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Programa CBERS Satélite Sino-brasileiro de Recursos Terrestres
Introdução A busca por meios mais eficazes e econômicos de observar a Terra motivou o homem a desenvolver os satélites de sensoriamento remoto. Mas os altos custos dessa tecnologia tornam os países em desenvolvimento dependentes das imagens fornecidas por equipamentos de outras nações. Na tentativa de reverter esse contexto, os governos do Brasil e da China assinaram em 06 de Julho de 1988 um acordo de parceria envolvendo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e a CAST (Academia Chinesa de Tecnologia Espacial) para o desenvolvimento de dois satélites avançados de sensoriamento remoto, denominado Programa CBERS (China-BrazilEarthResourcesSatellite), Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres.
Histórico No final da década de 80, o governo chinês traçava diretrizes de desenvolvimento intensivo de vários setores, entre eles a indústria e a área espacial; No Brasil, o avanço nos diversos programas de satélites da Missão Espacial Completa Brasileira (MECB) incentivava as pesquisas na área; A experiência chinesa na construção de satélites e foguetes lançadores tornou-se o grande aliado estratégico para o governo brasileiro; O Brasil trazia em sua bagagem a familiaridade com a alta tecnologia e um parque industrial mais moderno que o existente no parceiro; Além dos grandes potenciais agrícolas e ambientais, tanto o Brasil como a China viram a necessidade de monitorar constantemente essas áreas; Com a união de recursos financeiros e tecnológicos entre o Brasil e a China, num investimento superior a US$ 300 milhões, foi criado um sistema de responsabilidades divididas (30% brasileiro e 70% chinês), que tem como intuito a implantação de um sistema completo de sensoriamento remoto de nível internacional; A união entre os dois países é um esforço bilateral para derrubar as barreiras que impedem o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sensíveis impostas pelos países desenvolvidos;
CBERS 1 O satélite CBERS-1 foi lançado com sucesso na madrugada do dia 14.10.99, às 1h15 (horário de Brasília) pelo foguete Longa Marcha 4B, a partir do Centro de Lançamento de Taiwan, na República Popular da China; O satélite foi colocado a uma órbita de 98° de inclinação em relação à linha do Equador, à 1hora 28 minutos, e a uma altitude de 763 quilômetros; A passagem sobre o Brasil aconteceu na sétima órbita, por volta das 11 horas e 30 minutos do dia 14/10/99, 10 horas após o lançamento; O CBERS-1 operou por quase quatro anos encerrando suas atividades em agosto de 2003;
CBERS 2 O CBERS-2, segundo satélite desenvolvido em conjunto com a China, foi lançado com sucesso no dia 21 de outubro de 2003, partindo do Centro de Lançamento de Taiwan, na China. O horário do lançamento foi às 11h16m (horário de Pequim), o que corresponde a 1h16m em Brasília; Em quase cinco anos de atividade, o CBERS-2 enfrentou percalços. Em abril de 2005, foi detectada uma falha em uma de suas baterias. Desde então o satélite, que possui três câmeras, passou a operar com apenas uma delas, a CCD, para poupar energia e assim garantir o pleno funcionamento de todos os demais sistemas; Os últimos sinais do CBERS foram detectados em 15 de janeiro de 2009 pelos técnicos brasileiros e chineses. Não havendo contato, INPE e CAST decretaram encerrada a missão do CBERS-2.
CBERS 2B O lançamento do CBERS-2B ocorreu no dia 19 de setembro de 2007, a partir da base de lançamento de Taiwan, na China, com o mesmo foguete chinês - Longa Marcha 4B - que fez o lançamento dos CBERS-1 e 2; Igual no CBERS 1 e 2, possui órbita Polar Heliossíncrona; O CBERS-2B, teve custo menor por utilizar equipamentos e peças remanescentes do CBERS-2;
Descrição dos Satélites Os satélites CBERS-1 e 2 são compostos por dois módulos. O módulo "carga útil“: sistemas ópticos (CCD – Câmera Imageadora de Alta Resolução, IRMSS – Imageador por Varredura de Média Resolução e WFI – Câmera Imageadora de Amplo Campo de Visada) usadas para observação da Terra e o Repetidor para o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais; O módulo "serviço" que contém os equipamentos que asseguram o suprimento de energia, os controles, as telecomunicações e demais funções necessárias à operação do satélite; O satélite CBERS-2B é muito semelhante aos CBERS-1 e 2, mas o IRMSS é substituído pela HRC - Câmera Pancromática de Alta Resolução, foi instalado um receptor de GPS (Global Positioning System) e  um sensor de estrelas para assistir os mecanismos de controle de atitude;
Imagens dos Sensores Sensor WIFI/CBERS 2B  Amazônia/ Rondônia Sensor CCD/CBERS 2B Aripuana, no Mato Grosso
Imagens dos Sensores Sensor IRM/CBERS-2 Angra dos Reis, RJ Sensor CCD/CBERS-2 Recife, PE
Câmeras WFI (Câmera de Amplo Campo de Visada): Pode imagear grandes extensões territoriais, de 890 km nas escalas macro-regionais ou estaduais; CCD (Câmera Imageadora de Alta Resolução): Por possuir uma boa resolução espacial – 20 metros – e um campo de visada de 120 km, auxilia nos estudos municipais ou regionais. Suas bandas estão situadas na faixa espectral do visível e do infravermelho próximo, o que permite bons contrastes entre vegetação e outros tipos de objetos; IRMSS (Imageador por Varredura de Média Resolução): Presente nos CBERS-1 e 2, tem duas bandas espectrais na região do infravermelho médio e uma pancromática, com 80 metros de resolução espacial, mais uma banda na região do infravermelho termal com 160 metros. Suas aplicações são as mesmas da CCD, com as devidas adaptações; HRC (Câmera Pancromática de Alta Resolução): Pode imagear uma faixa relativamente estreita - 27 km -, mas com altíssima resolução, de 2,7 de dimensão de pixel. O modo de operação está estabelecido em uma revisita de 130 dias;
Usos e Aplicações Vegetação: Identificação de áreas de florestas, alterações florestais em parques, reservas, florestas nativas ou implantadas, quantificações de áreas, sinais de queimadas recentes; Agricultura: identificação de campos agrícolas, quantificação de áreas, monitoramento do desenvolvimento e da expansão agrícola, quantificação de pivôs centrais, auxílio em previsão de safras, fiscalizações diversas; Meio Ambiente: Identificação de anomalias antrópicas ao longo de cursos d´água, reservatórios, florestas, cercanias urbanas, estradas; análise de eventos episódicos naturais compatíveis com a resolução da Câmera, mapeamento de uso do solo, expansões urbanas; Água: Identificação de limites continente-água, estudos e gerenciamento costeiros, monitoramento de reservatórios; Cartografia: Dada a sua característica de permitir visadas laterais de até 32º a leste e a oeste, em pequenos passos, possibilita a obtenção de pares estereoscópicos e a conseqüente análise cartográfica. Essa característica também permite a obtenção de imagens de uma certa área no terreno em intervalos mais curtos, o que é útil para efeitos de monitoramento de fenômenos dinâmicos; Geologia: Apoio a levantamentos de solos; Educação: Geração de material de apoio a atividades educacionais em geografia, meio ambiente, e outras disciplinas.
Tendências Futuras Devido ao sucesso do CBERS-1, 2 e 2B, os dois governos decidiram, em novembro de 2002, dar continuidade ao Programa CBERS firmando um novo acordo para o desenvolvimento e lançamento de mais dois satélites, os CBERS-3 e 4; Nesse projeto, a participação brasileira será ampliada para 50%, o que leva o Brasil à uma condição de igualdade plena com o parceiro. A previsão de lançamento para o CBERS-3 é para 2009, e para o CBERS-4 em 2011.
Questionamentos Sendo satélites com o mesmo objetivo e idênticos, podemos dizer que a diferença entre o CBERS 1 e 2 para o CBERS 2B, seria? A Câmera HRC que substituiu a IRMSS Entre tantas razões para que o Brasil e a China se unissem nesse projeto, qual podemos destacar? Os altos custos dessa tecnologia tornam os países em desenvolvimento dependentes das imagens fornecidas por equipamentos de outras nações. Quais os dois principais aspectos que favoreceram esse trabalho conjunto entre Brasil e China?A experiência chinesa na construção de satélites e foguetes lançadores e a alta tecnologia e um parque industrial moderno do Brasil, mais que o da China. Qual foi a Percentagem de investimentos dos dois países no CBERS 1, 2 e 2B e no CBERS 3 e 4? No CBERS 1,2 e 2B foi 30% para o Brasil e 70% para a China; Já no CBERS 3 e 4 foi 50% para cada um Em quantos compartimentos é dividido o CBERS? Quais são? Em dois, módulo de Carga útil e módulo de Serviços.

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Programa CBERS: Satélites Sino-Brasileiros de Sensoriamento Remoto

  • 1. Programa CBERS Satélite Sino-brasileiro de Recursos Terrestres
  • 2. Introdução A busca por meios mais eficazes e econômicos de observar a Terra motivou o homem a desenvolver os satélites de sensoriamento remoto. Mas os altos custos dessa tecnologia tornam os países em desenvolvimento dependentes das imagens fornecidas por equipamentos de outras nações. Na tentativa de reverter esse contexto, os governos do Brasil e da China assinaram em 06 de Julho de 1988 um acordo de parceria envolvendo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e a CAST (Academia Chinesa de Tecnologia Espacial) para o desenvolvimento de dois satélites avançados de sensoriamento remoto, denominado Programa CBERS (China-BrazilEarthResourcesSatellite), Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres.
  • 3. Histórico No final da década de 80, o governo chinês traçava diretrizes de desenvolvimento intensivo de vários setores, entre eles a indústria e a área espacial; No Brasil, o avanço nos diversos programas de satélites da Missão Espacial Completa Brasileira (MECB) incentivava as pesquisas na área; A experiência chinesa na construção de satélites e foguetes lançadores tornou-se o grande aliado estratégico para o governo brasileiro; O Brasil trazia em sua bagagem a familiaridade com a alta tecnologia e um parque industrial mais moderno que o existente no parceiro; Além dos grandes potenciais agrícolas e ambientais, tanto o Brasil como a China viram a necessidade de monitorar constantemente essas áreas; Com a união de recursos financeiros e tecnológicos entre o Brasil e a China, num investimento superior a US$ 300 milhões, foi criado um sistema de responsabilidades divididas (30% brasileiro e 70% chinês), que tem como intuito a implantação de um sistema completo de sensoriamento remoto de nível internacional; A união entre os dois países é um esforço bilateral para derrubar as barreiras que impedem o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sensíveis impostas pelos países desenvolvidos;
  • 4. CBERS 1 O satélite CBERS-1 foi lançado com sucesso na madrugada do dia 14.10.99, às 1h15 (horário de Brasília) pelo foguete Longa Marcha 4B, a partir do Centro de Lançamento de Taiwan, na República Popular da China; O satélite foi colocado a uma órbita de 98° de inclinação em relação à linha do Equador, à 1hora 28 minutos, e a uma altitude de 763 quilômetros; A passagem sobre o Brasil aconteceu na sétima órbita, por volta das 11 horas e 30 minutos do dia 14/10/99, 10 horas após o lançamento; O CBERS-1 operou por quase quatro anos encerrando suas atividades em agosto de 2003;
  • 5. CBERS 2 O CBERS-2, segundo satélite desenvolvido em conjunto com a China, foi lançado com sucesso no dia 21 de outubro de 2003, partindo do Centro de Lançamento de Taiwan, na China. O horário do lançamento foi às 11h16m (horário de Pequim), o que corresponde a 1h16m em Brasília; Em quase cinco anos de atividade, o CBERS-2 enfrentou percalços. Em abril de 2005, foi detectada uma falha em uma de suas baterias. Desde então o satélite, que possui três câmeras, passou a operar com apenas uma delas, a CCD, para poupar energia e assim garantir o pleno funcionamento de todos os demais sistemas; Os últimos sinais do CBERS foram detectados em 15 de janeiro de 2009 pelos técnicos brasileiros e chineses. Não havendo contato, INPE e CAST decretaram encerrada a missão do CBERS-2.
  • 6. CBERS 2B O lançamento do CBERS-2B ocorreu no dia 19 de setembro de 2007, a partir da base de lançamento de Taiwan, na China, com o mesmo foguete chinês - Longa Marcha 4B - que fez o lançamento dos CBERS-1 e 2; Igual no CBERS 1 e 2, possui órbita Polar Heliossíncrona; O CBERS-2B, teve custo menor por utilizar equipamentos e peças remanescentes do CBERS-2;
  • 7. Descrição dos Satélites Os satélites CBERS-1 e 2 são compostos por dois módulos. O módulo "carga útil“: sistemas ópticos (CCD – Câmera Imageadora de Alta Resolução, IRMSS – Imageador por Varredura de Média Resolução e WFI – Câmera Imageadora de Amplo Campo de Visada) usadas para observação da Terra e o Repetidor para o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais; O módulo "serviço" que contém os equipamentos que asseguram o suprimento de energia, os controles, as telecomunicações e demais funções necessárias à operação do satélite; O satélite CBERS-2B é muito semelhante aos CBERS-1 e 2, mas o IRMSS é substituído pela HRC - Câmera Pancromática de Alta Resolução, foi instalado um receptor de GPS (Global Positioning System) e um sensor de estrelas para assistir os mecanismos de controle de atitude;
  • 8. Imagens dos Sensores Sensor WIFI/CBERS 2B Amazônia/ Rondônia Sensor CCD/CBERS 2B Aripuana, no Mato Grosso
  • 9. Imagens dos Sensores Sensor IRM/CBERS-2 Angra dos Reis, RJ Sensor CCD/CBERS-2 Recife, PE
  • 10. Câmeras WFI (Câmera de Amplo Campo de Visada): Pode imagear grandes extensões territoriais, de 890 km nas escalas macro-regionais ou estaduais; CCD (Câmera Imageadora de Alta Resolução): Por possuir uma boa resolução espacial – 20 metros – e um campo de visada de 120 km, auxilia nos estudos municipais ou regionais. Suas bandas estão situadas na faixa espectral do visível e do infravermelho próximo, o que permite bons contrastes entre vegetação e outros tipos de objetos; IRMSS (Imageador por Varredura de Média Resolução): Presente nos CBERS-1 e 2, tem duas bandas espectrais na região do infravermelho médio e uma pancromática, com 80 metros de resolução espacial, mais uma banda na região do infravermelho termal com 160 metros. Suas aplicações são as mesmas da CCD, com as devidas adaptações; HRC (Câmera Pancromática de Alta Resolução): Pode imagear uma faixa relativamente estreita - 27 km -, mas com altíssima resolução, de 2,7 de dimensão de pixel. O modo de operação está estabelecido em uma revisita de 130 dias;
  • 11. Usos e Aplicações Vegetação: Identificação de áreas de florestas, alterações florestais em parques, reservas, florestas nativas ou implantadas, quantificações de áreas, sinais de queimadas recentes; Agricultura: identificação de campos agrícolas, quantificação de áreas, monitoramento do desenvolvimento e da expansão agrícola, quantificação de pivôs centrais, auxílio em previsão de safras, fiscalizações diversas; Meio Ambiente: Identificação de anomalias antrópicas ao longo de cursos d´água, reservatórios, florestas, cercanias urbanas, estradas; análise de eventos episódicos naturais compatíveis com a resolução da Câmera, mapeamento de uso do solo, expansões urbanas; Água: Identificação de limites continente-água, estudos e gerenciamento costeiros, monitoramento de reservatórios; Cartografia: Dada a sua característica de permitir visadas laterais de até 32º a leste e a oeste, em pequenos passos, possibilita a obtenção de pares estereoscópicos e a conseqüente análise cartográfica. Essa característica também permite a obtenção de imagens de uma certa área no terreno em intervalos mais curtos, o que é útil para efeitos de monitoramento de fenômenos dinâmicos; Geologia: Apoio a levantamentos de solos; Educação: Geração de material de apoio a atividades educacionais em geografia, meio ambiente, e outras disciplinas.
  • 12. Tendências Futuras Devido ao sucesso do CBERS-1, 2 e 2B, os dois governos decidiram, em novembro de 2002, dar continuidade ao Programa CBERS firmando um novo acordo para o desenvolvimento e lançamento de mais dois satélites, os CBERS-3 e 4; Nesse projeto, a participação brasileira será ampliada para 50%, o que leva o Brasil à uma condição de igualdade plena com o parceiro. A previsão de lançamento para o CBERS-3 é para 2009, e para o CBERS-4 em 2011.
  • 13. Questionamentos Sendo satélites com o mesmo objetivo e idênticos, podemos dizer que a diferença entre o CBERS 1 e 2 para o CBERS 2B, seria? A Câmera HRC que substituiu a IRMSS Entre tantas razões para que o Brasil e a China se unissem nesse projeto, qual podemos destacar? Os altos custos dessa tecnologia tornam os países em desenvolvimento dependentes das imagens fornecidas por equipamentos de outras nações. Quais os dois principais aspectos que favoreceram esse trabalho conjunto entre Brasil e China?A experiência chinesa na construção de satélites e foguetes lançadores e a alta tecnologia e um parque industrial moderno do Brasil, mais que o da China. Qual foi a Percentagem de investimentos dos dois países no CBERS 1, 2 e 2B e no CBERS 3 e 4? No CBERS 1,2 e 2B foi 30% para o Brasil e 70% para a China; Já no CBERS 3 e 4 foi 50% para cada um Em quantos compartimentos é dividido o CBERS? Quais são? Em dois, módulo de Carga útil e módulo de Serviços.