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Denise Medeiros Selegato
   Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através
    dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a
    resistência que ele encontra para circular no corpo.


   A pressão pode ser modificada pela:
     variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue;
     freqüência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto);
     elasticidade dos vasos;
     estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sangüínea
       (estes sofrem a influência pessoal e ambiental).
Condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e
sustentados de pressão arterial, frequentemente associada a alterações
funcionais/estruturais de órgão alvo, como:
 Coração;
 Sistema nervoso central;
 Rins;
 Vasos sanguíneos.

Esta condição causa um aumento do risco de evento cardiovascular e
   pode ser dividida de acordo com este risco:
 Hipertensão Leve ou de Grau I;
 Hipertensão Moderada;
 Hipertensão Grave;
 Hipertensão Muito Grave.
Categoria       Sistólica (mmHg)   Diastólica (mmHg)
     Normal              < 130               < 85
Normal Elevada ou       130-139              85-89
 Pré-Hipertensos

Hipertensão Leve        140-159              90-99
  ou de Grau I

  Hipertensão           160-179            100-109
   Moderada

Hipertensão Grave       180-209            110-119
Hipertensão Muito   > ou igual a 210    > ou igual a 120
      Grave
   Repouso de 15 minutos em ambiente calmo e
    agradável;
   Bexiga vazia;
   Evitar aferição após exercícios, depois de consumo
    de álcool ou café ou fumo (aguardar 30 minutos
    para medir);
   O manguito do aparelho de pressão deve estar firme
    e bem ajustado ao braço e ter a largura de 40% da
    circunferência do braço. Este dever ser mantido na
    altura do coração.
   Não falar durante o procedimento;
   Esperar 1 a 2 minutos entre as medidas;
   Utilizar manguito especial para crianças e obesos;
   Fazer a afericação preferencialmente com o paciente
    sentado ou deitado.
   A hipertensão arterial é assintomática
    até em fases avançadas.



   Não existe um sintoma típico que possa
    servir de alarme para estimular a
    procura por um médico, por isso, é
    importante a aferição periódica da
    pressão arterial.
 O diagnóstico não pode ser baseado apenas em uma aferição isolada da
  pressão arterial.
 Um paciente hipertenso pode ter momentos do dia em que a pressão esteja
  dentro ou próximo da faixa de normalidade, assim como uma pessoa sem
  hipertensão pode apresentar elevações pontuais de pressão arterial, devido a
  fatores como estresse e esforço físico.
 Vários fatores podem alterar a pressão arterial pontualmente, entre eles,
  estresse, esforço físico, uso de bebidas alcoólicas, cigarro, etc.

 Para o diagnóstico de hipertensão arterial são necessárias de três a seis
  aferições elevadas, realizadas em dias diferentes, com um intervalo maior que
  um mês entre a primeira e a última aferição.
 Deste modo, minimiza-se os fatores confusionais externos. O paciente
  considerado hipertenso é aquele que apresenta a sua pressão arterial elevada
  frequentemente        e      durante      vários     períodos      do     dia.
 A Monitorização Ambulatorial de Pressão Arteiral (MAPA) é realizado em
  casos onde o diagnóstico de hipertensão é duvidoso ou quando o paciente
  apresenta-se nervoso no momento das aferições.
 Neste exame, é colocado um aparelho de pressão que fica no braço do
  paciente durante 24h, e este afere e registra os valores da pressão arterial
  diversas vezes por dia, em situações diárias comuns, como dormir, comer,
  trabalhar, etc.
 Após 24h de aferições, o aparelho é entregue ao médico que faz a
  interpretação dos registros.
     Pessoas com mais de 50% das aferições elevadas são consideradas hipertensas.
     Entre 20% e 40% das medições elevadas, são pessoas com grande risco de
      desenvolver hipertensão arterial, o que já indica mudanças nos hábitos de vida e de
      alimentação.
     Pessoas normais apresentam a pressão controlada por mais de 80% do dia.
   O M.A.P.A pode ser usado para se fazer o diagnóstico e para verificar a
    efetividade do anti-hipertensivos em pacientes já sabidamente hipertensos e
    em tratamento.
   Existem pacientes que só apresentam pressão alta durante as consultas
    médicas e este episódio é denominado como hipertensão do jaleco
    branco.
   Em geral é preciso realizar o M.A.P.A para confirmação do diagnóstico de
    hipertensal arterial sistêmica.

   A hipertensão do jaleco branco não é hipertensão propriamente dita, mas
    acomete pessoas que apresentam maior tendência de desenvolvê-
    la, sendo um fator de risco para hipertensão real.
   Estes pacientes têm indicação para mudanças nos hábitos de
    vida, visando impedir a progressão para a doença estabelecida.
   Tabagismo;
   Dislipidemias;
   Diabete Mellitus;
   Idade acima de 60 anos;
   História familiar de doença cardiovascular:
     mulheres com menos de 65 anos de idade;
     homens com menos de 55 anos de idade.
   Estresse intenso;
   Mulheres pós-menopausa;
   Obesidade;
   Ingestão excessiva de sal;
   Ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.
1.   Doença arterial periférica;
2.   Doenças cardíaca, como infarto, angina, insuficiencia cardíaca, cardiopatias
     isquêmicas
 A pressão arterial elevada faz com o coração tenha que bombear o sangue com
  mais força para vencer a resistência. Por se submeter a este esforço
  cronicamente,      ocorre    hipertrofia   cardíaca    (aumenta      a     massa
  muscular), diminuindo, por consequência, o espaço na sua cavidade para receber
  sangue. Esta diminuição no causa a chamada disfunção diastólica.
 A hipertrofia do ventrículo esquerdo e a disfunção diastólica são os sinais mais
  precoces de estresse cardíaco pela hipertensão. Podem ser detectados no
  eletrocardiograma, mas são mais facilmente vistos no ecocardiograma.
 O coração, depois de anos de estresse pela hipertensão, deixa de hipertrofiar e
  começa a dilatar-se, perdendo a capacidade de bombear o sangue. A esta fase dá-
  se o nome de insuficiência cardíaca.
 A hipertensão também aumenta o risco de doença coronariana, estando os
  pacientes hipertensos mal controlados sob maior risco de infarto do miocárdio.
3. Doença cerebrovascular: um dos mais importantes fatores de risco para AVC
   (derrame cerebral) é hipertensão arterial.


   Muitas vezes, os infartos cerebrais são pequenos e não causam grandes sequelas
    neurológicas. Conforme o tempo passa e hipertensão não é controlada, essas
    pequenas lesões vão se multiplicando, sendo responsáveis pela morte de milhares
    de neurônios. O paciente começa a apresentar um quadro de progressiva perda
    das capacidades intelectuais, que costuma passar despercebida pela família nas
    fases iniciais, mas que ao final de vários anos leva a um quadro chamado de
    demência multi-infarto ou demência vascular.

   Na maioria das vezes, estas lesões de órgãos importantes causadas pela
    hipertensão arterial mal controlada podem ser revertidas se tratadas a tempo.
    Mas, para isso, é necessária a conscientização de que a hipertensão deve ser
    tratada antes dos sintomas das lesões destes órgãos aparecerem, e não depois.
4. Retinopatia avançada:

 A hipertensão arterial leva à lesão dos vasos que irrigam os olhos causando
  perda progressiva da visão.
 Um exame de fundo de olho pode revelar lesões precoces que ainda não
  causam sintomas.




      A primeira foto é de um olho normal. A segunda, é um olho com retinopatia hipertensiva avançada. As manchas
     vermelhas arredondadas são hemorragias, as manchas claras são pus e a deformidade dos vasos está bem visível.
5. Doença renal: pode ocorrer nefropatia diabética, insuficiência renal ou
   déficit importante da função (clearance < 60 mL/min).


   Uma manifestação precoce de lesão renal pela pressão alta é a presença de
    proteínas na urina, chamada proteinúria. Essas proteínas podem ser
    detectadas facilmente através de um exame de urina simples chamado de
    E.A.S. Pequenas quantidades de proteínas são assintomáticas. Lesões renais
    avançadas levam a grandes proteinúrias, que se manifestam como uma
    grande formação de espuma na urina. Outro sinal de doença avançada é a
    elevação da creatinina sanguínea.

   A pressão alta, se não tratada, pode a longo prazo levar à insuficiência renal
    terminal e necessidade de hemodiálise.
   É uma emergência médica e ocorre quando há aumento súbito e crítico dos
    níveis da pressão arterial, causando lesão aguda de órgãos nobres como
    rins, coração, cérebro e olhos. A hipertensão maligna normalmente se
    apresenta com valores de pressão sistólica acima de 220 mmHg ou diastólica
    acima de 120 mmHg.

   As manifestações mais comuns são insuficiência renal aguda, hemorragias da
    retina, edema da papila do olho, insuficiência cardíaca aguda e encefalopatia
    (alterações neurológicas pela pressão elevada), todas sendo potencialmente
    fatais.

   A hipertensão maligna é indicação de internação e redução rápida dos valores
    da pressão, por mediamentos por via parenteral.

   Fármacos                  utilizados:             nitroprussiato             de
    sódio, nitroglicerina, hidralazina, metroprolol, furosemida, esmolol, etc.
   Ocorre elevação crítica da pressão arterial (pressão diastólica > 120
    mmHg), sem comprometimento de órgão alvo.

   Aumenta o risco de eventos cardiovasculares.

   O tratamento é feito com a redução da PA por medicamentos orais em
    até 24 horas.
1. Hipertensão causada por      2.     Fármacos    que     podem
   enfermedades graves, como:        aumentar a pressão arterial:


   Insuficiência renal;            Anti-inflamatórios não    –
   Hipertensão renovascular;        esteróidais;
   Feocromocitoma;                 Contraceptivos orais;
   Hipertiroidismo;                Simpatomiméticos;
   Sindrome de Cushing.            Antidepressivos;
                                    Glicocorticóides;
                                    Ciclosporina;
                                    Cafeína.
1. Dieta DASH (Dietary Approch to Stop Hipertension):

    Escolher alimentos que possuam pouca gordura saturada, colesterol e gordura
     total: carne magra, aves e peixes em pequenas quantidades;
    Comer muitas frutas e hortaliças 8 – 10 porções/dia;
    Incluir duas ou três porções de laticínios desnatados ou semidesnatados por
     dia;Preferir os alimentos integrais, como pão, cereais e massas;
    Comer oleaginosas (castanhas), sementes e grãos (4 – 5 porções por semana):
      ▪ 1 porção = 1/3 de xícara ou 40g de castanhas ou 2 colheres de sopa de sementes ou 1;2
        xícara de feijões ou ervilhas;
    Reduzir gorduras: utilizar margarina “light” e óleos vegetais insaturados (azeite,
     soja, milho canola);
    Evitar adição de sal aos alimento;
    Evitar produtos industrializados;
    Diminuir e evitar o consumo de doces e bebidas com açúcar.
2. Controle do peso e tratamento de obesidade: manter o peso na faixa
   normal, ou seja, com índice de massa corpórea entre 18,5 a 24,9 kg/m2
   (causa redução aproximada da Pressão: 5 – 20 mmHg/10 kg de peso
   reduzido).

3. Redução da ingestão de sal: reduzir a ingestão de sódio para 2g/dia, ou
   seja, 5g de NaCl/dia (redução da PA: 2 – 8 mmHg):
    3 colheres de café rasas de sal (3 g);
    2 g dos próprios alimentos.

4. Abandono do tabagismo;

5. Adotar medidas antiestresse: musicoterapia, meditação, yoga (redução
   discreta da PAS);
6. Moderação do consumo de álcool (redução da PAS: 2 a 4 mmHg):
    30g/dia homens;
    15 g/dia mulheres.

7. Exercício físico: prática regular de atividade aeróbica: caminhar
   30min/dia; 3 dias/semana (redução da PA: 4 a 9 mmHg).

8. Ácidos graxos insaturados:
     Ômega 3 em altas doses diárias: azeite, óleo de canola, abacate,
      oleaginosas (redução discreta da PA principalmente em idosos);

9. Chocolate amargo: discreta redução da PA pela presença de alta
   concentração de polifenóis;
Escolha Inicial do Fármaco:
 Capacidade do fármaco em reduzir a morbidade e mortalidade
   cardiovasculares;
 Características individuais do paciente;
 Doenças associadas;
 Condições socioeconômicas;


Individualização da Terapia:
 Características especiais do paciente;
 Possibilidade de interações medicamentosas.
 História prévia de resposta a medicação anti-hipertensiva;
 Condições coexistentes;
 Fármaco pode afetar;
    Beneficamente;
    Adversamente.
   Diuréticos com outros diuréticos de mecanismo de ação diferentes;
   Diuréticos com simpatolíticos de ação central;
   Diuréticos com betabloqueadores;
   Diuréticos com inibidores da ECA;
   Diuréticos com bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina II;
   Diuréticos com inibidor direto da renina;
   Diuréticos com bloqueadores dos canais de cálcio;

   Bloqueadores dos canais de cálcio com betabloqueadores;
   Bloqueadores dos canais de cálcio com inibidores da ECA;
   Bloqueadores dos canais de cálcio com bloqueadores do receptor AT1.
   Betabloqueadores: hipertensão e hipertiroidismo;

   Diurético tiazídico: hipertensão e osteosporose;

   Antagonista Alfa: hipertensão e dislipidemia.
   Doença broncoespástica: contra-indicado uso de beta-bloqueadores;
   Depressão: contra-indicado uso de beta-bloqueadores, agonistas de ação
    central e reserpina;
   Diabetes Mellitus: contra-indicado uso de beta-bloqueadores e altas
    doses de diuréticos;
   Dislipidemias: contra-indicado uso de altas doses de diuréticos;
   Gota: contra-indicado uso de diuréticos;
   Insuficiência cardíaca: contra-indicado uso de beta-bloqueadores, com
    algumas exceções, como carvedilol e metoprolol.
   Doença hepática: contra-indicado uso de labetolol e metildopa;
   Gravidez: contra-indicado uso de inibidores de ECA e antagonistas de
    angiotensina;
   Insuficiência renal: contra-indicado o uso de diuréticos de potássio.
1.    Diuréticos:
   a)    Diureticos de Alça;
   b)    Diuréticos Tiazídicos;
   c)    Diuréticos Poupadores de Potássio.
2.    Bloqueadores adrenérgicos:
   a)    Simpatolíticos de ação central;
   b)    Antagonistas beta;
   c)    Antagonistas alfa.
3.    Vasodilatadores:
   a)    Bloqueadores dos canais de cálcio;
   b)    Vasodilatadores diretos – nitroprussiato de sódio;
   c)    Vasodilatadores diretos – minoxidil;
   d)    Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA);
   e)    Bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina II.
1.a) Diuréticos de Alça:

   Bumetamida, furosemida, piretanida.
   Mecanismo de ação: inibem a bomba Na+/K+/Cl- na alça ascendente, inibindo
    o transporte de sódio e aumentando, por consequência, a excreção desse
    (aumento do volume urinário).
   Usos: utilizados em pacientes que apresentam hipertensão associada com
    insuficiência renal e cardíaca e com edema (pulmonar, insuficiência cardíaca
    congestiva, insuficiência renal crônica ou cirrose).
   Farmacocinética: são rapidamente absorvidos e tem excreção renal (filtração
    glomerular e secreção tubular); Competem com AINES na secreção tubular.
   Farmacodinâmica: tem grande potência e início de ação rápido. A furosemida
    tem duração de ação de 2 a 3 horas, enquanto o ácido etacrínico dura de 4 a 6
    horas.
1.a) Diuréticos de Alça:

   Efeitos Adversos:

     Hipocalemia;                   • Hiperglicemia;
       Hipomagnesemia;              • Aumento de LDL, colesterol e
     Hipocalcemia;                  triglicérides;
                                     • Diminuição de HDL.
     Hipercalciúria;
                                     • Reações alérgicas:
     Reação alérgica cruzada com          • Exantema cutâneo;
    sulfonamidas.                          • Eosinofilia;
     Ototoxicidade: diminuição da         • Nefrite interticial.
    audição e surdez;
1.a) Diuréticos de Alça:

   Interações:
     Aminoglicosideos: aumento do risco de ototoxicidade;
     Anticoagulantes: aumento efeito anticoagulante;
     Digitálicos: aumento do risco de arritmias induzidas pelos digitálicos;
     Lítio: aumento das concentrações plasmáticas de lítio;
     Propranolol: aumento das concentrações plasmáticas do propranolol;
     Sulfoniluréias: hiperglicemia;
     Cisplatina: aumenta o risco de ototoxicidade;
     Antiinflamatórios não esteroidais: diminuem o efeito diurético;
     Diuréticos tiazídicos: aumento do efeito diurético;
     Anfotericina B: aumento do risco de nefrotoxicidade.
1.b) Diuréticos Tiazídicos:


   Clortalidona, hidroclorotiazida, indapamida, clorotiazida.

   Mecanismo de ação: inibem a bomba de Na+/Cl- no túbulo contornado distal,
    inibindo o transporte de sódio e aumentando, por consequência, a excreção
    desse (aumento do volume urinário).

   Usos: pacientes com edema, hipertensão (principalmente negros e idosos),
    nefrolitíase e osteoporose.

   Dose: normalmente de 12,5 mg ao dia (dose máxima não deve ultrapassar
    25mg).
1.b) Diuréticos Tiazídicos:


   Hidroclorotiazina;
     Biodisponibilidade: 50-60%;
     Ligação a proteínas: 67.9%;
     Metabolismo: Não metabolizado;
     Meia-vida: 5,6 a 14,8 horas;
     Excreção: Renal.
1.b) Diuréticos Tiazídicos:

   Efeitos Adversos:
     Disfunção sexual (impotência);
     Hiponatremia;
     Depleção do volume extra-celular;
     Hipocalemia;
     Hipercalcemia;
     Diminuição da tolerância à glicose;
        ▪ Diminuição da secreção de insulina;
        ▪ Alteração do metabolismo da glicose;
     Aumento de LDL, colesterol e triglicérides;
     Reação alérgica cruzada com sulfonamidas.
1.b) Diuréticos Tiazídicos:

   Interação:
     Diminuição do efeito de: anticoagulantes, agentes uricosúricos,
       sulfoniluréias e insulina.
     Aumento do efeito de: digitálicos, lítio e diuréticos de alça.
     Fármacos que diminuem os efeitos dos tiazídicos:
        ▪ AINEs;
        ▪ Sequestrantes de sais biliares.
     Tiazídicos + quinidina:
        ▪ Hipocalemia aumenta o risco de fibrilações ventriculares causadas pela
          quinidina;
        ▪ Interação potencialmente fatal.
1.c) Diuréticos Poupadores de Potássio:

   Amilorida, triantereno, espironolactona.

   Mecanismo de ação: inibe secreção de aldosterona e os canais de sódio no
    ductor coletor.

   Uso: associação com diuréticos de alça e tiazídicos, para hiperaldosteronismo
    (espironolactona) e para previnir hipotatassemia.

   Possuem baixa eficácia.
1.c) Diuréticos Poupadores de Potássio:

 Amilorida e triantereno:
   Hipercalemia;
   Náusea, vômito, diarréia e cefaléia (amilorida);
   Náusea, vômito e tontura (triantereno)
 Espironolactona:
   Hipercalemia: contra-indicados a pacientes com risco de desenvolver
     hipercalemia devido a doença ou uso de outro fármaco indutor de
     hipercalemia.
   Ginecomastia, impotência, diminuição da libido, menstruação irregular;
   Diarréia, gastrite, sangramento gástrico e úlcera;
   Sonolência, letargia, ataxia, confusão e cefaléia.
2.a) Simpatolíticos de Ação Central:


•   Alfametildopa, clonidina, guanabenzo, moxonidina, rilmenidina, guanabenz, e
    tc;
•   Mecanismo de ação: atuam reduzindo o tônus do simpático
    (e, consequentemente, a resistência periférica e o débito cardíaco) pelo
    estímulo aos receptores pré-sinápticos alfa-2-adrenérgicos e /ou receptores
    imidazolidínicos. Ou seja, são agonistas de receptores alfa-2 com ação no
    tronco cerebral.
•   Usos:
    • Fármaco de escolha no tratamento da paciente grávida hipertensa (única
        situação em que o fármaco é utilizado em monoterapia);
    • Associado à diurético.
2.a) Simpatolíticos de Ação Central:

   Efeitos adversos:
     Alfametildopa:
        ▪ SNC: sedação, depressão, parkinsonismo, diminuição da libido, hiper-
          prolactinemia (ginescomastia e galactorréia), boca seca;
        ▪ Hepatotoxicidade;
        ▪ Anemia hemolítica.

     Clonidina, Guanabenz e Guanficina:
       ▪ Xerostomia, sedação, sonhos vívidos e pesadelo, depressão, impotência
         sexual, bradicardia.
       ▪ Sindrome de retirada por interupção abrupta do tratamento: cefaléia,
         tremor, dor abdominal, sudorese e taquicardia e hipertensão.
2.b) Alfabloqueadores:

•   Prazosina, terazosina, doxazosina.

•   Mecanismo de Ação: bloqueiam os receptores adrenérgicos alfa-1 no local
    pós-sináptico das arteríolas pré capilares, causando redução da resistência
    vascular periférica. Além disso, melhoram o metabolismo lipídico e os
    sintomas em pacientes com hipertrofia prostática benigna.

   Uso: Geralmente em associação com diuréticos ou outros anti-hipertensivos.

   Efeitos Adversos:
     Hipotensão postural e taquicardia reflexa;
     Fenômeno de primeira dose.
2.c) Betabloqueadores:

   Propranolol, nadolol , propanolol , sotalol timolol , oxprenolol , pindolol
    , atenolol , metoprolol , besofnolol e acebutolol.

   Mecanismo de ação: antagonistas dos receptores beta-adrenérgicos; afetam
    a regulação da circulação, diminuindo frequência e contratilidade cardíaca e
    a liberação de renina.

   Usos: muito usados em monoterapia ou em associação.

   Contra indicados a pacientes com asma brônquica, doença pulmonar
    obstrutiva crônica e bloqueio atroventricular de 2º e 3º grau.

   Interações: antiinflamatório não-esteroidais.
2.c) Betabloqueadores:

   Efeitos adversos e precauções:
     Sistema respiratório;
     Sistema nervoso central:
        ▪ Alterações do sono;
        ▪ Depressão.
     Disfunção sexual;
     Pacientes diabéticos:
        ▪ Mascara os sinais de hipoglicemia;
        ▪ Diminui glicogenólise e gliconeogênese: retarda a recuperação da
          hipoglicemia.
3.a) Bloqueadores de Cálcio:

   Divididos em fenilalquilaminas (verapamil), benzotiodiazepinas (diltiazem) e
    diidropiridínicos (amilodipina e nifedipina).

   Mecanismo de ação: bloqueia a entrada de cálcio no músculo liso, impedindo
    ligação com calmodulina e consequentemente, a contração muscular. Ou
    seja, promove relaxamento do músculo liso arteriolar, diminuindo a
    resistência vascular periférica.

   Usos: não utilizado em monoterapia (sempre em associação).
3.a) Bloqueadores de Cálcio:

   Efeitos adversos:

       Cefaléia, tontura, “flushing”, edema;
       Diminuição da contração do esfincter esofageal;
     Constipação (verapamil);
     Parada cardíaca, bradicardia, bloqueio atrioventricular, insuficiência
        cardíaca (raros).
3.b) Vasodilatadores Direto – nitroprussiato de sódio:

   Mecanismo de ação: atuam diretamente na parede vascular, sem intermédio
    de receptores específicos, promovendo relaxamento muscular e consequente
    valodilatação. Aumenta a concentração de NO, permitindo maior formação da
    forma inativa (fosforilada) da miosina quinase.

   Usos: emergência hipertensiva por adminsitração intravenosa contínua. Seu
    efeito tem início em 30 segundos, pico em 02 horas e duração após
    interrupção da infusão de 03 minutos.
3.b) Vasodilatadores Direto – nitroprussiato de sódio:

   Metabolismo: ocorre redução do nitroprussiato de sódio no músculo liso
    liberando NO (ativo) e cianeto. O cianeto é captado pelo fígado, onde sofre
    transformação pela rodanase em tiocianato, que é excretado na urina (tem
    meia vida de 3 dias).

   Toxicidade e precauções:
     Vasodilatação intensa: hipotensão.
     Acúmulo de cianeto: acidose láctica;
     Acúmulo de tiocianato: anorexia, náusea, fadiga, desorientação, psicose;
     Hipertensão rebote.
3.c) Vasodilatadores Direto – minoxidil e hidralazina:

   Mecanismo de ação: ativam canais de potássio, promovendo vasodilatação
    periférica.

   Usos: hipertensão severa que responde pouco a outros fármacos.

   Efeitos Adversos:
     Retenção hídrica;
     Coração: aumento da frequência, contratilidade e consumo de oxigênio e
       causa taquicardia reflexa;
     Hipotenção postural;
     Hirsutismo (crescimento excessivo de pêlos).
3.d) Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (ECA):


   Captopril, enalapril, lisinopril, quinapril e fosinopril. Captopril é o
    medicamento mais utilizado e deve ser ingerido uma ou duas horas antes da
    refeição, para que não tenha sua absorção diminuida.

   Mecanismo de ação: são compostos que inibem a enzima conversora da
    angiotensina, que converte a angiotensina I em angiotensina II. A
    angiotensina II é um potente vasoconstritor e estimula a produção de
    aldosterona, hormônio que promove a retenção de sódio e água. Ao inibir
    essa enzima, os IECAs produzem vasodilatação e diminuição da resistância
    periférica, diminuindo a pressão arterial.
3.d) Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (ECA):

   Efeitos adversos
     Diminuição da sensibilidade gustativa;
     Hipercalemia:
        ▪ Insuficiência renal;
        ▪ Suplemento de potássio;
        ▪ Bloqueadores beta adrenérgicos.
     Tosse;
     Angioedema;
     “Fetopatias”.

   Interações:
     Anti-inflamatórios não esteroidais;
     Anti-ácidos;
     Diuréticos poupadores de potássio.
3.e) Antagonistas de Receptores da Angiotensina II:


   Losartan, valsartan, candesartan, telmisartan.

   Mecanismo de ação: bloqueio dos receptores AT1 da angiotensina
    II, ocasionando em vasodilatação e diminuição da secreção de aldosterona.

   Efeitos adversos:
     Hipercalemia;
     Potencial “fetopático”;
     Angioedema.
   VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial realizada em conjunto pelas Sociedades
    Brasileiras de Nefrologia, Cardiologia e Hipertensão em 2010 Arq. Bras. Cardiologia,
    95(Supl.1): 1 -51.
   The American Pharmaceutical Association, Drug Treatment Protocols, 2 ed.,
    Aphabooks, Washington, 2001.
   Sintomas e Tratamento de Hipertensão – MD Saúde. Disponível em:
    http://www.mdsaude.com/2009/02/sintomas-e-tratamento-da-hipertensao.html.
    Acessado em: 23.04.2012
   Hipertensão       Arterial     -    Associação      Brasil    AVC.    Disponível     em:
    http://www.abavc.org.br/informativo/hipertensao-arterial/. Acessado em: 23.04.2012.
   Terapia anti-hipertensiva em adultos. Aula Profa. Dra. Cleópatra Planeta,
    Departamento de Princípios Ativos e Toxicologia, Disciplina de Farmacoterapia,
    Faculdade de Ciências Farmacêuticas UNESP Araraquara – 2011.
   Fármacos Anti-hipertensivo. Aula Profa. Dra. Cleópatra Planeta, Departamento de
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Pressão arterial e hipertensão

  • 2. Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo.  A pressão pode ser modificada pela:  variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue;  freqüência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto);  elasticidade dos vasos;  estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sangüínea (estes sofrem a influência pessoal e ambiental).
  • 3. Condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial, frequentemente associada a alterações funcionais/estruturais de órgão alvo, como:  Coração;  Sistema nervoso central;  Rins;  Vasos sanguíneos. Esta condição causa um aumento do risco de evento cardiovascular e pode ser dividida de acordo com este risco:  Hipertensão Leve ou de Grau I;  Hipertensão Moderada;  Hipertensão Grave;  Hipertensão Muito Grave.
  • 4. Categoria Sistólica (mmHg) Diastólica (mmHg) Normal < 130 < 85 Normal Elevada ou 130-139 85-89 Pré-Hipertensos Hipertensão Leve 140-159 90-99 ou de Grau I Hipertensão 160-179 100-109 Moderada Hipertensão Grave 180-209 110-119 Hipertensão Muito > ou igual a 210 > ou igual a 120 Grave
  • 5. Repouso de 15 minutos em ambiente calmo e agradável;  Bexiga vazia;  Evitar aferição após exercícios, depois de consumo de álcool ou café ou fumo (aguardar 30 minutos para medir);  O manguito do aparelho de pressão deve estar firme e bem ajustado ao braço e ter a largura de 40% da circunferência do braço. Este dever ser mantido na altura do coração.  Não falar durante o procedimento;  Esperar 1 a 2 minutos entre as medidas;  Utilizar manguito especial para crianças e obesos;  Fazer a afericação preferencialmente com o paciente sentado ou deitado.
  • 6. A hipertensão arterial é assintomática até em fases avançadas.  Não existe um sintoma típico que possa servir de alarme para estimular a procura por um médico, por isso, é importante a aferição periódica da pressão arterial.
  • 7.  O diagnóstico não pode ser baseado apenas em uma aferição isolada da pressão arterial.  Um paciente hipertenso pode ter momentos do dia em que a pressão esteja dentro ou próximo da faixa de normalidade, assim como uma pessoa sem hipertensão pode apresentar elevações pontuais de pressão arterial, devido a fatores como estresse e esforço físico.  Vários fatores podem alterar a pressão arterial pontualmente, entre eles, estresse, esforço físico, uso de bebidas alcoólicas, cigarro, etc.  Para o diagnóstico de hipertensão arterial são necessárias de três a seis aferições elevadas, realizadas em dias diferentes, com um intervalo maior que um mês entre a primeira e a última aferição.  Deste modo, minimiza-se os fatores confusionais externos. O paciente considerado hipertenso é aquele que apresenta a sua pressão arterial elevada frequentemente e durante vários períodos do dia.
  • 8.  A Monitorização Ambulatorial de Pressão Arteiral (MAPA) é realizado em casos onde o diagnóstico de hipertensão é duvidoso ou quando o paciente apresenta-se nervoso no momento das aferições.  Neste exame, é colocado um aparelho de pressão que fica no braço do paciente durante 24h, e este afere e registra os valores da pressão arterial diversas vezes por dia, em situações diárias comuns, como dormir, comer, trabalhar, etc.  Após 24h de aferições, o aparelho é entregue ao médico que faz a interpretação dos registros.  Pessoas com mais de 50% das aferições elevadas são consideradas hipertensas.  Entre 20% e 40% das medições elevadas, são pessoas com grande risco de desenvolver hipertensão arterial, o que já indica mudanças nos hábitos de vida e de alimentação.  Pessoas normais apresentam a pressão controlada por mais de 80% do dia.  O M.A.P.A pode ser usado para se fazer o diagnóstico e para verificar a efetividade do anti-hipertensivos em pacientes já sabidamente hipertensos e em tratamento.
  • 9. Existem pacientes que só apresentam pressão alta durante as consultas médicas e este episódio é denominado como hipertensão do jaleco branco.  Em geral é preciso realizar o M.A.P.A para confirmação do diagnóstico de hipertensal arterial sistêmica.  A hipertensão do jaleco branco não é hipertensão propriamente dita, mas acomete pessoas que apresentam maior tendência de desenvolvê- la, sendo um fator de risco para hipertensão real.  Estes pacientes têm indicação para mudanças nos hábitos de vida, visando impedir a progressão para a doença estabelecida.
  • 10. Tabagismo;  Dislipidemias;  Diabete Mellitus;  Idade acima de 60 anos;  História familiar de doença cardiovascular:  mulheres com menos de 65 anos de idade;  homens com menos de 55 anos de idade.  Estresse intenso;  Mulheres pós-menopausa;  Obesidade;  Ingestão excessiva de sal;  Ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.
  • 11. 1. Doença arterial periférica; 2. Doenças cardíaca, como infarto, angina, insuficiencia cardíaca, cardiopatias isquêmicas  A pressão arterial elevada faz com o coração tenha que bombear o sangue com mais força para vencer a resistência. Por se submeter a este esforço cronicamente, ocorre hipertrofia cardíaca (aumenta a massa muscular), diminuindo, por consequência, o espaço na sua cavidade para receber sangue. Esta diminuição no causa a chamada disfunção diastólica.  A hipertrofia do ventrículo esquerdo e a disfunção diastólica são os sinais mais precoces de estresse cardíaco pela hipertensão. Podem ser detectados no eletrocardiograma, mas são mais facilmente vistos no ecocardiograma.  O coração, depois de anos de estresse pela hipertensão, deixa de hipertrofiar e começa a dilatar-se, perdendo a capacidade de bombear o sangue. A esta fase dá- se o nome de insuficiência cardíaca.  A hipertensão também aumenta o risco de doença coronariana, estando os pacientes hipertensos mal controlados sob maior risco de infarto do miocárdio.
  • 12. 3. Doença cerebrovascular: um dos mais importantes fatores de risco para AVC (derrame cerebral) é hipertensão arterial.  Muitas vezes, os infartos cerebrais são pequenos e não causam grandes sequelas neurológicas. Conforme o tempo passa e hipertensão não é controlada, essas pequenas lesões vão se multiplicando, sendo responsáveis pela morte de milhares de neurônios. O paciente começa a apresentar um quadro de progressiva perda das capacidades intelectuais, que costuma passar despercebida pela família nas fases iniciais, mas que ao final de vários anos leva a um quadro chamado de demência multi-infarto ou demência vascular.  Na maioria das vezes, estas lesões de órgãos importantes causadas pela hipertensão arterial mal controlada podem ser revertidas se tratadas a tempo. Mas, para isso, é necessária a conscientização de que a hipertensão deve ser tratada antes dos sintomas das lesões destes órgãos aparecerem, e não depois.
  • 13. 4. Retinopatia avançada:  A hipertensão arterial leva à lesão dos vasos que irrigam os olhos causando perda progressiva da visão.  Um exame de fundo de olho pode revelar lesões precoces que ainda não causam sintomas. A primeira foto é de um olho normal. A segunda, é um olho com retinopatia hipertensiva avançada. As manchas vermelhas arredondadas são hemorragias, as manchas claras são pus e a deformidade dos vasos está bem visível.
  • 14. 5. Doença renal: pode ocorrer nefropatia diabética, insuficiência renal ou déficit importante da função (clearance < 60 mL/min).  Uma manifestação precoce de lesão renal pela pressão alta é a presença de proteínas na urina, chamada proteinúria. Essas proteínas podem ser detectadas facilmente através de um exame de urina simples chamado de E.A.S. Pequenas quantidades de proteínas são assintomáticas. Lesões renais avançadas levam a grandes proteinúrias, que se manifestam como uma grande formação de espuma na urina. Outro sinal de doença avançada é a elevação da creatinina sanguínea.  A pressão alta, se não tratada, pode a longo prazo levar à insuficiência renal terminal e necessidade de hemodiálise.
  • 15. É uma emergência médica e ocorre quando há aumento súbito e crítico dos níveis da pressão arterial, causando lesão aguda de órgãos nobres como rins, coração, cérebro e olhos. A hipertensão maligna normalmente se apresenta com valores de pressão sistólica acima de 220 mmHg ou diastólica acima de 120 mmHg.  As manifestações mais comuns são insuficiência renal aguda, hemorragias da retina, edema da papila do olho, insuficiência cardíaca aguda e encefalopatia (alterações neurológicas pela pressão elevada), todas sendo potencialmente fatais.  A hipertensão maligna é indicação de internação e redução rápida dos valores da pressão, por mediamentos por via parenteral.  Fármacos utilizados: nitroprussiato de sódio, nitroglicerina, hidralazina, metroprolol, furosemida, esmolol, etc.
  • 16. Ocorre elevação crítica da pressão arterial (pressão diastólica > 120 mmHg), sem comprometimento de órgão alvo.  Aumenta o risco de eventos cardiovasculares.  O tratamento é feito com a redução da PA por medicamentos orais em até 24 horas.
  • 17. 1. Hipertensão causada por 2. Fármacos que podem enfermedades graves, como: aumentar a pressão arterial:  Insuficiência renal;  Anti-inflamatórios não –  Hipertensão renovascular; esteróidais;  Feocromocitoma;  Contraceptivos orais;  Hipertiroidismo;  Simpatomiméticos;  Sindrome de Cushing.  Antidepressivos;  Glicocorticóides;  Ciclosporina;  Cafeína.
  • 18. 1. Dieta DASH (Dietary Approch to Stop Hipertension):  Escolher alimentos que possuam pouca gordura saturada, colesterol e gordura total: carne magra, aves e peixes em pequenas quantidades;  Comer muitas frutas e hortaliças 8 – 10 porções/dia;  Incluir duas ou três porções de laticínios desnatados ou semidesnatados por dia;Preferir os alimentos integrais, como pão, cereais e massas;  Comer oleaginosas (castanhas), sementes e grãos (4 – 5 porções por semana): ▪ 1 porção = 1/3 de xícara ou 40g de castanhas ou 2 colheres de sopa de sementes ou 1;2 xícara de feijões ou ervilhas;  Reduzir gorduras: utilizar margarina “light” e óleos vegetais insaturados (azeite, soja, milho canola);  Evitar adição de sal aos alimento;  Evitar produtos industrializados;  Diminuir e evitar o consumo de doces e bebidas com açúcar.
  • 19. 2. Controle do peso e tratamento de obesidade: manter o peso na faixa normal, ou seja, com índice de massa corpórea entre 18,5 a 24,9 kg/m2 (causa redução aproximada da Pressão: 5 – 20 mmHg/10 kg de peso reduzido). 3. Redução da ingestão de sal: reduzir a ingestão de sódio para 2g/dia, ou seja, 5g de NaCl/dia (redução da PA: 2 – 8 mmHg):  3 colheres de café rasas de sal (3 g);  2 g dos próprios alimentos. 4. Abandono do tabagismo; 5. Adotar medidas antiestresse: musicoterapia, meditação, yoga (redução discreta da PAS);
  • 20. 6. Moderação do consumo de álcool (redução da PAS: 2 a 4 mmHg):  30g/dia homens;  15 g/dia mulheres. 7. Exercício físico: prática regular de atividade aeróbica: caminhar 30min/dia; 3 dias/semana (redução da PA: 4 a 9 mmHg). 8. Ácidos graxos insaturados:  Ômega 3 em altas doses diárias: azeite, óleo de canola, abacate, oleaginosas (redução discreta da PA principalmente em idosos); 9. Chocolate amargo: discreta redução da PA pela presença de alta concentração de polifenóis;
  • 21. Escolha Inicial do Fármaco:  Capacidade do fármaco em reduzir a morbidade e mortalidade cardiovasculares;  Características individuais do paciente;  Doenças associadas;  Condições socioeconômicas; Individualização da Terapia:  Características especiais do paciente;  Possibilidade de interações medicamentosas.  História prévia de resposta a medicação anti-hipertensiva;  Condições coexistentes;  Fármaco pode afetar;  Beneficamente;  Adversamente.
  • 22. Diuréticos com outros diuréticos de mecanismo de ação diferentes;  Diuréticos com simpatolíticos de ação central;  Diuréticos com betabloqueadores;  Diuréticos com inibidores da ECA;  Diuréticos com bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina II;  Diuréticos com inibidor direto da renina;  Diuréticos com bloqueadores dos canais de cálcio;  Bloqueadores dos canais de cálcio com betabloqueadores;  Bloqueadores dos canais de cálcio com inibidores da ECA;  Bloqueadores dos canais de cálcio com bloqueadores do receptor AT1.
  • 23. Betabloqueadores: hipertensão e hipertiroidismo;  Diurético tiazídico: hipertensão e osteosporose;  Antagonista Alfa: hipertensão e dislipidemia.
  • 24. Doença broncoespástica: contra-indicado uso de beta-bloqueadores;  Depressão: contra-indicado uso de beta-bloqueadores, agonistas de ação central e reserpina;  Diabetes Mellitus: contra-indicado uso de beta-bloqueadores e altas doses de diuréticos;  Dislipidemias: contra-indicado uso de altas doses de diuréticos;  Gota: contra-indicado uso de diuréticos;  Insuficiência cardíaca: contra-indicado uso de beta-bloqueadores, com algumas exceções, como carvedilol e metoprolol.  Doença hepática: contra-indicado uso de labetolol e metildopa;  Gravidez: contra-indicado uso de inibidores de ECA e antagonistas de angiotensina;  Insuficiência renal: contra-indicado o uso de diuréticos de potássio.
  • 25.
  • 26. 1. Diuréticos: a) Diureticos de Alça; b) Diuréticos Tiazídicos; c) Diuréticos Poupadores de Potássio. 2. Bloqueadores adrenérgicos: a) Simpatolíticos de ação central; b) Antagonistas beta; c) Antagonistas alfa. 3. Vasodilatadores: a) Bloqueadores dos canais de cálcio; b) Vasodilatadores diretos – nitroprussiato de sódio; c) Vasodilatadores diretos – minoxidil; d) Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA); e) Bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina II.
  • 27. 1.a) Diuréticos de Alça:  Bumetamida, furosemida, piretanida.  Mecanismo de ação: inibem a bomba Na+/K+/Cl- na alça ascendente, inibindo o transporte de sódio e aumentando, por consequência, a excreção desse (aumento do volume urinário).  Usos: utilizados em pacientes que apresentam hipertensão associada com insuficiência renal e cardíaca e com edema (pulmonar, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência renal crônica ou cirrose).  Farmacocinética: são rapidamente absorvidos e tem excreção renal (filtração glomerular e secreção tubular); Competem com AINES na secreção tubular.  Farmacodinâmica: tem grande potência e início de ação rápido. A furosemida tem duração de ação de 2 a 3 horas, enquanto o ácido etacrínico dura de 4 a 6 horas.
  • 28. 1.a) Diuréticos de Alça:  Efeitos Adversos:  Hipocalemia; • Hiperglicemia;  Hipomagnesemia; • Aumento de LDL, colesterol e  Hipocalcemia; triglicérides; • Diminuição de HDL.  Hipercalciúria; • Reações alérgicas:  Reação alérgica cruzada com • Exantema cutâneo; sulfonamidas. • Eosinofilia;  Ototoxicidade: diminuição da • Nefrite interticial. audição e surdez;
  • 29. 1.a) Diuréticos de Alça:  Interações:  Aminoglicosideos: aumento do risco de ototoxicidade;  Anticoagulantes: aumento efeito anticoagulante;  Digitálicos: aumento do risco de arritmias induzidas pelos digitálicos;  Lítio: aumento das concentrações plasmáticas de lítio;  Propranolol: aumento das concentrações plasmáticas do propranolol;  Sulfoniluréias: hiperglicemia;  Cisplatina: aumenta o risco de ototoxicidade;  Antiinflamatórios não esteroidais: diminuem o efeito diurético;  Diuréticos tiazídicos: aumento do efeito diurético;  Anfotericina B: aumento do risco de nefrotoxicidade.
  • 30. 1.b) Diuréticos Tiazídicos:  Clortalidona, hidroclorotiazida, indapamida, clorotiazida.  Mecanismo de ação: inibem a bomba de Na+/Cl- no túbulo contornado distal, inibindo o transporte de sódio e aumentando, por consequência, a excreção desse (aumento do volume urinário).  Usos: pacientes com edema, hipertensão (principalmente negros e idosos), nefrolitíase e osteoporose.  Dose: normalmente de 12,5 mg ao dia (dose máxima não deve ultrapassar 25mg).
  • 31. 1.b) Diuréticos Tiazídicos:  Hidroclorotiazina;  Biodisponibilidade: 50-60%;  Ligação a proteínas: 67.9%;  Metabolismo: Não metabolizado;  Meia-vida: 5,6 a 14,8 horas;  Excreção: Renal.
  • 32. 1.b) Diuréticos Tiazídicos:  Efeitos Adversos:  Disfunção sexual (impotência);  Hiponatremia;  Depleção do volume extra-celular;  Hipocalemia;  Hipercalcemia;  Diminuição da tolerância à glicose; ▪ Diminuição da secreção de insulina; ▪ Alteração do metabolismo da glicose;  Aumento de LDL, colesterol e triglicérides;  Reação alérgica cruzada com sulfonamidas.
  • 33. 1.b) Diuréticos Tiazídicos:  Interação:  Diminuição do efeito de: anticoagulantes, agentes uricosúricos, sulfoniluréias e insulina.  Aumento do efeito de: digitálicos, lítio e diuréticos de alça.  Fármacos que diminuem os efeitos dos tiazídicos: ▪ AINEs; ▪ Sequestrantes de sais biliares.  Tiazídicos + quinidina: ▪ Hipocalemia aumenta o risco de fibrilações ventriculares causadas pela quinidina; ▪ Interação potencialmente fatal.
  • 34. 1.c) Diuréticos Poupadores de Potássio:  Amilorida, triantereno, espironolactona.  Mecanismo de ação: inibe secreção de aldosterona e os canais de sódio no ductor coletor.  Uso: associação com diuréticos de alça e tiazídicos, para hiperaldosteronismo (espironolactona) e para previnir hipotatassemia.  Possuem baixa eficácia.
  • 35. 1.c) Diuréticos Poupadores de Potássio:  Amilorida e triantereno:  Hipercalemia;  Náusea, vômito, diarréia e cefaléia (amilorida);  Náusea, vômito e tontura (triantereno)  Espironolactona:  Hipercalemia: contra-indicados a pacientes com risco de desenvolver hipercalemia devido a doença ou uso de outro fármaco indutor de hipercalemia.  Ginecomastia, impotência, diminuição da libido, menstruação irregular;  Diarréia, gastrite, sangramento gástrico e úlcera;  Sonolência, letargia, ataxia, confusão e cefaléia.
  • 36. 2.a) Simpatolíticos de Ação Central: • Alfametildopa, clonidina, guanabenzo, moxonidina, rilmenidina, guanabenz, e tc; • Mecanismo de ação: atuam reduzindo o tônus do simpático (e, consequentemente, a resistência periférica e o débito cardíaco) pelo estímulo aos receptores pré-sinápticos alfa-2-adrenérgicos e /ou receptores imidazolidínicos. Ou seja, são agonistas de receptores alfa-2 com ação no tronco cerebral. • Usos: • Fármaco de escolha no tratamento da paciente grávida hipertensa (única situação em que o fármaco é utilizado em monoterapia); • Associado à diurético.
  • 37. 2.a) Simpatolíticos de Ação Central:  Efeitos adversos:  Alfametildopa: ▪ SNC: sedação, depressão, parkinsonismo, diminuição da libido, hiper- prolactinemia (ginescomastia e galactorréia), boca seca; ▪ Hepatotoxicidade; ▪ Anemia hemolítica.  Clonidina, Guanabenz e Guanficina: ▪ Xerostomia, sedação, sonhos vívidos e pesadelo, depressão, impotência sexual, bradicardia. ▪ Sindrome de retirada por interupção abrupta do tratamento: cefaléia, tremor, dor abdominal, sudorese e taquicardia e hipertensão.
  • 38. 2.b) Alfabloqueadores: • Prazosina, terazosina, doxazosina. • Mecanismo de Ação: bloqueiam os receptores adrenérgicos alfa-1 no local pós-sináptico das arteríolas pré capilares, causando redução da resistência vascular periférica. Além disso, melhoram o metabolismo lipídico e os sintomas em pacientes com hipertrofia prostática benigna.  Uso: Geralmente em associação com diuréticos ou outros anti-hipertensivos.  Efeitos Adversos:  Hipotensão postural e taquicardia reflexa;  Fenômeno de primeira dose.
  • 39. 2.c) Betabloqueadores:  Propranolol, nadolol , propanolol , sotalol timolol , oxprenolol , pindolol , atenolol , metoprolol , besofnolol e acebutolol.  Mecanismo de ação: antagonistas dos receptores beta-adrenérgicos; afetam a regulação da circulação, diminuindo frequência e contratilidade cardíaca e a liberação de renina.  Usos: muito usados em monoterapia ou em associação.  Contra indicados a pacientes com asma brônquica, doença pulmonar obstrutiva crônica e bloqueio atroventricular de 2º e 3º grau.  Interações: antiinflamatório não-esteroidais.
  • 40. 2.c) Betabloqueadores:  Efeitos adversos e precauções:  Sistema respiratório;  Sistema nervoso central: ▪ Alterações do sono; ▪ Depressão.  Disfunção sexual;  Pacientes diabéticos: ▪ Mascara os sinais de hipoglicemia; ▪ Diminui glicogenólise e gliconeogênese: retarda a recuperação da hipoglicemia.
  • 41.
  • 42. 3.a) Bloqueadores de Cálcio:  Divididos em fenilalquilaminas (verapamil), benzotiodiazepinas (diltiazem) e diidropiridínicos (amilodipina e nifedipina).  Mecanismo de ação: bloqueia a entrada de cálcio no músculo liso, impedindo ligação com calmodulina e consequentemente, a contração muscular. Ou seja, promove relaxamento do músculo liso arteriolar, diminuindo a resistência vascular periférica.  Usos: não utilizado em monoterapia (sempre em associação).
  • 43. 3.a) Bloqueadores de Cálcio:  Efeitos adversos:  Cefaléia, tontura, “flushing”, edema;  Diminuição da contração do esfincter esofageal;  Constipação (verapamil);  Parada cardíaca, bradicardia, bloqueio atrioventricular, insuficiência cardíaca (raros).
  • 44. 3.b) Vasodilatadores Direto – nitroprussiato de sódio:  Mecanismo de ação: atuam diretamente na parede vascular, sem intermédio de receptores específicos, promovendo relaxamento muscular e consequente valodilatação. Aumenta a concentração de NO, permitindo maior formação da forma inativa (fosforilada) da miosina quinase.  Usos: emergência hipertensiva por adminsitração intravenosa contínua. Seu efeito tem início em 30 segundos, pico em 02 horas e duração após interrupção da infusão de 03 minutos.
  • 45. 3.b) Vasodilatadores Direto – nitroprussiato de sódio:  Metabolismo: ocorre redução do nitroprussiato de sódio no músculo liso liberando NO (ativo) e cianeto. O cianeto é captado pelo fígado, onde sofre transformação pela rodanase em tiocianato, que é excretado na urina (tem meia vida de 3 dias).  Toxicidade e precauções:  Vasodilatação intensa: hipotensão.  Acúmulo de cianeto: acidose láctica;  Acúmulo de tiocianato: anorexia, náusea, fadiga, desorientação, psicose;  Hipertensão rebote.
  • 46. 3.c) Vasodilatadores Direto – minoxidil e hidralazina:  Mecanismo de ação: ativam canais de potássio, promovendo vasodilatação periférica.  Usos: hipertensão severa que responde pouco a outros fármacos.  Efeitos Adversos:  Retenção hídrica;  Coração: aumento da frequência, contratilidade e consumo de oxigênio e causa taquicardia reflexa;  Hipotenção postural;  Hirsutismo (crescimento excessivo de pêlos).
  • 47. 3.d) Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (ECA):  Captopril, enalapril, lisinopril, quinapril e fosinopril. Captopril é o medicamento mais utilizado e deve ser ingerido uma ou duas horas antes da refeição, para que não tenha sua absorção diminuida.  Mecanismo de ação: são compostos que inibem a enzima conversora da angiotensina, que converte a angiotensina I em angiotensina II. A angiotensina II é um potente vasoconstritor e estimula a produção de aldosterona, hormônio que promove a retenção de sódio e água. Ao inibir essa enzima, os IECAs produzem vasodilatação e diminuição da resistância periférica, diminuindo a pressão arterial.
  • 48. 3.d) Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (ECA):  Efeitos adversos  Diminuição da sensibilidade gustativa;  Hipercalemia: ▪ Insuficiência renal; ▪ Suplemento de potássio; ▪ Bloqueadores beta adrenérgicos.  Tosse;  Angioedema;  “Fetopatias”.  Interações:  Anti-inflamatórios não esteroidais;  Anti-ácidos;  Diuréticos poupadores de potássio.
  • 49. 3.e) Antagonistas de Receptores da Angiotensina II:  Losartan, valsartan, candesartan, telmisartan.  Mecanismo de ação: bloqueio dos receptores AT1 da angiotensina II, ocasionando em vasodilatação e diminuição da secreção de aldosterona.  Efeitos adversos:  Hipercalemia;  Potencial “fetopático”;  Angioedema.
  • 50.
  • 51. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial realizada em conjunto pelas Sociedades Brasileiras de Nefrologia, Cardiologia e Hipertensão em 2010 Arq. Bras. Cardiologia, 95(Supl.1): 1 -51.  The American Pharmaceutical Association, Drug Treatment Protocols, 2 ed., Aphabooks, Washington, 2001.  Sintomas e Tratamento de Hipertensão – MD Saúde. Disponível em: http://www.mdsaude.com/2009/02/sintomas-e-tratamento-da-hipertensao.html. Acessado em: 23.04.2012  Hipertensão Arterial - Associação Brasil AVC. Disponível em: http://www.abavc.org.br/informativo/hipertensao-arterial/. Acessado em: 23.04.2012.  Terapia anti-hipertensiva em adultos. Aula Profa. Dra. Cleópatra Planeta, Departamento de Princípios Ativos e Toxicologia, Disciplina de Farmacoterapia, Faculdade de Ciências Farmacêuticas UNESP Araraquara – 2011.  Fármacos Anti-hipertensivo. Aula Profa. Dra. Cleópatra Planeta, Departamento de Princípios Ativos e Toxicologia, Disciplina de Farmacologia, Faculdade de Ciências Farmacêuticas UNESP Araraquara – 2010.