Este documento resume dois poemas, um de Camões e outro anônimo. Ambos descrevem as qualidades físicas e psicológicas das amadas dos poetas de forma idealizada, comparando sua beleza à da natureza e afirmando que elas são abençoadas por Deus. Os poetas também revelam que vivem cativos do amor que sentem por elas.
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Analise dos poemas de camoes ... apresentação
1. Trabalho de grupo realizado pelas alunas:
Ângela Silva, nº 4
Catia Alexandra Ferreira , nº7
Beatriz Teixeira, nº6
2. O poema que passaremos a analisar divide se em 2 partes:
Mote: descreve a acção geral realizada por Leonor, a sua amada.
Volta: o poeta anda em volta do assunto tratado no mote.
Na volta o sujeito poético faz a descrição da figura feminina
tratada no mote, descrevendo tanto a beleza física e psicológica
da sua amada demonstrando assim o fascínio que ela exerce
nele.
3. O sujeito poético apresenta Leonor fisicamente e psicologicamente pelo uso de
expressões como:
“ : encontra-se no mote verso 3- uso do adjectivo “formosa”
fazendo referência a sua beleza.
encontra-se na volta, na primeira redondilha, verso 5
– é feita a caracterização das mãos de Leonor como sendo muito valiosas porque
são mãos laboriosas.
encontra-se na volta, na primeira
redondilha, verso6 – faz referência á sua elegância.
encontra-se na volta, primeira redondilha, verso 8 e 9 – refere que o
seu tom de pele branco, comparando-o a brancura da neve.
4. encontra-se na volta segunda
redondilha, verso 12 – refere-se a cor loira do seu cabelo, comparando-o com o ouro.
Aqui o sujeito poético diz que Leonor é tão bela que é como que se a sua beleza
“chove-se” do céu derramada por deus, sob a forma de bênção. Fazendo com que o
conceito de beleza fosse enaltecido por Leonor
encontra-se na volta, segunda
redondilha verso 14 – o sujeito poético elogia a beleza da sua amada.
5. Aqui o sujeito poético diz que Leonor é
tão bela que é como que se a sua beleza
“chove-se” do céu derramada por deus,
sob a forma de bênção. Fazendo com
que o conceito de beleza fosse
enaltecido por Leonor
6. Neste poema Camões descreve Bárbora, a sua amada, na Índia.
Aqui Camões chama a Barbora de “cativa”
porque ele como é apaixonado por ela sente-
se cativo, ela cativou-o e mantêm-no cativo
sob influencia do seu amor.
“porque nela vivo” ele revela que sem ela ele
não é nada e não vive sem ela,( é ela que lhe
dá vida) ele só vive por causa do seu amor .
7. Aqui Camões faz uma
comparação entre a beleza das
rosas e a beleza da sua amada, na
qual ele acaba por concluir que a
beleza de Bárbora é superior á das
rosas ao dizer “ nunca vi rosa…
que para meus olhos fosse mais
fermosa”.
8. Na segunda oitava do verso 9 ao 13:
“nem no campo flores Aqui novamente Camões chama
a atenção para a beleza “dos seus
Nem no céu estrelas amores” denunciando a falta de
Me parecem belas beleza da natureza ao comparar
com a beleza dos seus amores,
Como os meus por dizer que nem no campo nas
amores” flores ou no céu nas estrelas ele
encontra ou aos seus olhos lhe
parecem mais bonitas do que as
suas amadas.
9. Dos versos 14 a 16 da segunda oitava deste poema, Camões faz a
descrição física dos seus amores:
“Rosto singular
Olhos sossegados,
Pretos e cansados,
Mas não de matar”
Na terceira oitava deste poema, versos 18 a 20:
Aqui Camões revela que também a sua
Ũa graça viva amada é cativa, ela é cativa da sua beleza.
Que neles lhe mora Ela é cativa da sua beleza no sentido que
Para ser senhora por ela ser tão bela não se pode expor
muito na sociedade para que não venha a
De quem é cativa” se tornar também ela uma vitima do
amor.
10. Nos versos 21 a 24:
“pretosos cabelos ,*
** Onde o povo vão
Perde opinião
Que os louros são belos”
(*)No verso 21 é dado a conhecer mais um elemento físico da amada, a cor dos
cabelos, assim ficamos a saber que Barbosa tem os cabelos “pretos” ( é
morena).
(**) O sujeito poético enfatiza mais uma vez a beleza da sua amada, ao dizer
que ela apesar de ser morena, de ter os cabelos escuros, é tão bela que “o
povo”, ou seja, a sociedade mudaria de opinião ao vê-la porque não só os
“louros são belos”.
11. Na quarta oitava, dos versos 25 a 32:
“predidão de Amor,
Tão doce a figura
Que a neve lhe jura
Que trocara a cor.
Leda a mansidão
Que o siso acompanha;
Bem parece estranha,
Mas Barbora não.”
O sujeito poético, nestes versos não poupa elogios e adjectivos, de forma a enaltecer
e caracterizar a figura de sua amada.
12. “predidão de Amor, Nestes versos, Camões tem um
Tão doce a figura raciocínio um pouco exagerado
( uso da hipérbole) ao dizer que
Que a neve lhe jura Barbora é tão bela e sua figura tão
Que trocara a cor.” doce que a própria neve invejosa de
sua tonalidade morena jura que por
ela trocaria de cor.
Na quinta oitava, dos versos 33 ao 40:
“Presença serena
Que a tormenta amansa;
Nela, enfim, descansa
Toda a minha pena.
13. “Esta é a cativa
Que me tem cativo.
E pois nela vivo,
É a força que viva.”
Nesta parte final, Camões apresenta novamente Barbora de “cativa”
porque ele como é apaixonado por ela sente-se cativo, ela cativou-o e
mantêm-no cativo sob o seu amor.
“porque nela vivo” ele revela que sem ela ele não é nada e não vive sem
ela,( é ela que lhe dá vida) ele só vive por causa do seu amor .
É o amor que ele sente por ela que o motiva a viver.
14. Tanto num poema como no outro, o sujeito poético ao longo dos poemas vai
dado a conhecer aos leitores elementos tanto físicos como psicológicos sobre
os seus amores.
É demonstrado da parte do sujeito poético, que ele dá muita importância aos
traços físicos da amada, contudo a beleza da mulher amada é resultado da
conjugação das suas qualidades físicas e morais, que vão sendo realçados nos
poemas através dos diversos adjectivos e comparações usadas pelo poeta.
Este conjunto de qualidades apontam para uma imagem de perfeito
estereotipada da amada, passando a ideia de que ela é “mais bela” do que
todas as outras mulheres e que nem mesmo a natureza, apesar de toda a sua
beleza, consegue superar a beleza desta mulher descrito pelo poeta.
Uma mulher assemelhada a um ser divino, um ser abençoado por Deus e
extremamente belo.
Assim como em muitos dos poemas da época de Camões também ele retrata
e apresenta o “Amor” como algo trágico, sinonimo de dor e sofrimento.