Guerra de Canudos e Contestado: causas e consequências
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E.E.B Antenor Nascentes
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Nomes: Daise, Djonatan e Letícia
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Disciplina: História
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Tema: Guerra de Canudos e Contestado
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Objetivo: Identificar as causas e as
consequências das revoltas de Canudos
e Contestado
3. INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
A Guerra do Contestado foi um conflito armado que
ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de
1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de
20 mil camponeses que enfrentaram forças militares
dos poderes federal e estadual. Ganhou o nome de
Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem
numa área de disputa territorial entre os estados do
Paraná e Santa Catarina.
4. Causas da GuerraCausas da Guerra
A estrada de ferro entre São Paulo e RioA estrada de ferro entre São Paulo e Rio
Grande do Sul estava sendo construída porGrande do Sul estava sendo construída por
uma empresa norte-americana, com apoio dosuma empresa norte-americana, com apoio dos
coronéis (grandes proprietários rurais comcoronéis (grandes proprietários rurais com
força política) da região e do governo. Para aforça política) da região e do governo. Para a
construção da estrada de ferro, milhares deconstrução da estrada de ferro, milhares de
família de camponeses perderam suas terras.família de camponeses perderam suas terras.
Este fato, gerou muito desemprego entre osEste fato, gerou muito desemprego entre os
camponeses da região, que ficaram semcamponeses da região, que ficaram sem
terras para trabalhar.terras para trabalhar.
5. Outro motivo da revolta foi a compra deOutro motivo da revolta foi a compra de
uma grande área da região por de umuma grande área da região por de um
grupo de pessoas ligadas à empresagrupo de pessoas ligadas à empresa
construtora da estrada de ferro. Estaconstrutora da estrada de ferro. Esta
propriedade foi adquirida para opropriedade foi adquirida para o
estabelecimento de uma grande empresaestabelecimento de uma grande empresa
madeireira, voltada para a exportação.madeireira, voltada para a exportação.
Com isso, muitas famílias foram expulsasCom isso, muitas famílias foram expulsas
de suas terras.de suas terras.
6. ●
O clima ficou mais tenso quando a estrada de
ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que
atuaram em sua construção tinham sido
trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram
desempregados com o fim da obra. Eles
permaneceram na região sem qualquer apoio
por parte da empresa norte-americana ou do
governo.
7. Participação do monge José Maria
Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil
eram terreno fértil para o aparecimento de
lideranças religiosas de caráter messiânico. Na
área do Contestado não foi diferente, pois, diante
da crise e insatisfação popular, ganhou força a
figura do beato José Maria.
Este pregava a criação de um mundo novo,
regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em
paz, com prosperidade justiça e terras para
trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de
seguidores, principalmente de camponeses sem
terras.
8. Os conflitos
Os coronéis da região e os governos
(federal e estadual) começaram a ficar
preocupados com a liderança de José
Maria e sua capacidade de atrair os
camponeses. O governo passou a acusar o
beato de ser um inimigo da República, que
tinha como objetivo desestruturar o
governo e a ordem da região. Com isso,
policiais e soldados do exército foram
enviados para o local, com o objetivo de
desarticular o movimento.
9. Os soldados e policiais começaram aOs soldados e policiais começaram a
perseguir o beato e seus seguidores.perseguir o beato e seus seguidores.
Armados de espingardas de caça, facões eArmados de espingardas de caça, facões e
enxadas, os camponeses resistiram eenxadas, os camponeses resistiram e
enfrentaram as forças oficiais que estavamenfrentaram as forças oficiais que estavam
bem armadas. Nestes conflitos armados,bem armadas. Nestes conflitos armados,
entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioriaentre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria
camponeses, morreram. As baixas do ladocamponeses, morreram. As baixas do lado
das tropas oficiais foram bem menores.das tropas oficiais foram bem menores.
10. ConclusãoConclusão
A Guerra do Contestado mostra a forma com que osA Guerra do Contestado mostra a forma com que os
políticos e os governos tratavam as questões sociais nopolíticos e os governos tratavam as questões sociais no
início da República. Os interesses financeiros de grandesinício da República. Os interesses financeiros de grandes
empresas e proprietários rurais ficavam sempre acimaempresas e proprietários rurais ficavam sempre acima
das necessidades da população mais pobre. Não haviadas necessidades da população mais pobre. Não havia
espaço para a tentativa de solucionar os conflitos comespaço para a tentativa de solucionar os conflitos com
negociação. Quando havia organização daqueles quenegociação. Quando havia organização daqueles que
eram injustiçados, as forças oficiais, com apoio doseram injustiçados, as forças oficiais, com apoio dos
coronéis, combatiam os movimentos com repressão ecoronéis, combatiam os movimentos com repressão e
forçaforça militar.militar.
12. Contexto histórico
A situação do Nordeste brasileiro,
no final do século XIX, era muito
precária. Fome, seca, miséria, violência
e abandono político afetavam os
nordestinos, principalmente, a
população mais carente. Toda essa
situação, em conjunto com o fanatismo
religioso, desencadeou um grave
problema social.
13. Em novembro de 1896, no sertão da
Bahia, foi iniciado este conflito civil. Ele
teve a duração de quase um ano, até 05
de outubro de 1897, e, devido à força
adquirida, o governo da Bahia pediu o
apoio da República para conter este
movimento formado por fanáticos,
jagunços e sertanejos sem emprego.
14. Liderança de Antônio
Conselheiro
O beato Conselheiro, homem que passou a
ser conhecido logo depois da Proclamação da
República, era quem liderava este movimento. Ele
acreditava que havia sido enviado por Deus para
acabar com as diferenças sociais e também com
os pecados republicanos, entre estes, estavam o
casamento civil e a cobrança de impostos. Com
estas idéias em mente, ele conseguiu reunir um
grande número de adeptos que acreditavam que
seu líder realmente poderia libertá-los da
situação de extrema pobreza na qual se
encontravam.
15. Com o passar do tempo, as idéias
iniciais difundiram-se de tal forma que
jagunços passaram a utilizar-se das
mesmas para justificar seus roubos e
suas atitudes que em nada condiziam
com nenhum tipo de ensinamento
religioso; este fato tirou por completo a
tranqüilidade na qual os sertanejos
daquela região estavam acostumados a
viver.
16. Os combates
Devido a enorme proporção que este
movimento adquiriu, o governo da Bahia não
conseguiu por si só segurar a grande revolta
que acontecia em seu Estado, por esta razão,
pediu a interferência da República. Esta, por
sua vez, também encontrou muitas
dificuldades para conter os fanáticos.
Somente no quarto combate, onde as forças da
República já estavam mais bem equipadas e
organizadas, os incansáveis guerreiros foram
vencidos pelo cerco que os impediam de sair
do local no qual se encontravam para buscar
qualquer tipo de alimento e muitos morreram
de fome.
17. O massacre foi tamanho que não
escaparam idosos, mulheres e crianças.
Pode-se dizer que este acontecimento
histórico representou a luta pela libertação
dos pobres que viviam na zona rural, e,
também, que a resistência mostrada durante
todas as batalhas ressaltou o potencial do
sertanejo na luta por seus ideais. Euclides da
Cunha, em seu livro Os Sertões, eternizou
este movimento que evidenciou a importância
da luta social na história de nosso país.
18. Conclusão
Esta revolta, ocorrida nos primeiros
tempos da República, mostra o descaso dos
governantes com relação aos grandes
problemas sociais do Brasil. Assim como as
greves, as revoltas que reivindicavam
melhores condições de vida ( mais empregos,
justiça social, liberdade, educação etc),
foram tratadas como "casos de polícia" pelo
governo republicano. A violência oficial foi
usada, muitas vezes em exagero, na
tentativa de calar aqueles que lutavam por
direitos sociais e melhores condições de
vida.