SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 6
Os Raciocínios dedutivos e
indutivos Parte 2
 Os tipos de raciocínio que nos
interessaram para o estudo da Lógica
serão os dedutivos. No entanto, os
raciocínios indutivos podem ainda dividir-
se em mais géneros de raciocínios.
Vejamos quais os raciocínios indutivos
possíveis.
 Raciocínio por analogia é todo o raciocínio que
fundamenta a sua conclusão com recurso a
algumas semelhanças entre duas coisas.
 Exemplo: Luanda e Lobito são cidades, Luanda
tem muito trânsito. Logo, o Lobito terá muito
trânsito.
 A conclusão baseia-se no facto de Luanda e
Lobito serem ambos cidades (uma primeira
semelhança) e pretende retirar dessa primeira
semelhança uma outra (de que ambas as cidades
têm muito trânsito).
 Raciocínio abdutivo é aquele raciocínio cuja
conclusão se baseia em alguns indícios (o
raciocínio predilecto dos detectives).
 Exemplo: a rua está molhada. Logo esteve a
chover.
 A conclusão baseia-se num indício (a rua
estar molhada) que parece apenas poder ser
explicado pela conclusão (de que está a
chover).
Os raciocínios indutivos não se dizem
válidos ou inválidos, mas apenas fortes ou
fracos – serão fortes caso as premissas
sejam verdadeiras e que, por isso, a
conclusão seja improvavelmente falsa;
serão fracos caso as premissas sejam
verdadeiras e, ainda assim, a conclusão
ser provavelmente falsa.

Más contenido relacionado

Más de Diogo Santos

Filosofia Política
Filosofia PolíticaFilosofia Política
Filosofia PolíticaDiogo Santos
 
ONU: instituições e papel
ONU: instituições e papelONU: instituições e papel
ONU: instituições e papelDiogo Santos
 
Limites da intervenção democrática intro
Limites da intervenção democrática introLimites da intervenção democrática intro
Limites da intervenção democrática introDiogo Santos
 
Intervenção democrática intro
Intervenção democrática introIntervenção democrática intro
Intervenção democrática introDiogo Santos
 
Cidadania democrática intro
Cidadania democrática introCidadania democrática intro
Cidadania democrática introDiogo Santos
 
Casos práticos intro
Casos práticos   introCasos práticos   intro
Casos práticos introDiogo Santos
 
Amizade rapaz rapariga intro
Amizade rapaz rapariga   introAmizade rapaz rapariga   intro
Amizade rapaz rapariga introDiogo Santos
 
Women and literature
Women and literatureWomen and literature
Women and literatureDiogo Santos
 
First noun and the infinitive
First noun and the infinitiveFirst noun and the infinitive
First noun and the infinitiveDiogo Santos
 
Sociedade e amizade intro
Sociedade e amizade   introSociedade e amizade   intro
Sociedade e amizade introDiogo Santos
 
Respeito pelo outro e amizade intro
Respeito pelo outro e amizade   introRespeito pelo outro e amizade   intro
Respeito pelo outro e amizade introDiogo Santos
 

Más de Diogo Santos (20)

Filosofia Política
Filosofia PolíticaFilosofia Política
Filosofia Política
 
ONU: instituições e papel
ONU: instituições e papelONU: instituições e papel
ONU: instituições e papel
 
Génese da ONU
Génese da ONUGénese da ONU
Génese da ONU
 
Direitos Humanos
Direitos HumanosDireitos Humanos
Direitos Humanos
 
Make and do
Make and doMake and do
Make and do
 
Limites da intervenção democrática intro
Limites da intervenção democrática introLimites da intervenção democrática intro
Limites da intervenção democrática intro
 
Intervenção democrática intro
Intervenção democrática introIntervenção democrática intro
Intervenção democrática intro
 
Cidadania democrática intro
Cidadania democrática introCidadania democrática intro
Cidadania democrática intro
 
Casos práticos intro
Casos práticos   introCasos práticos   intro
Casos práticos intro
 
Amizade rapaz rapariga intro
Amizade rapaz rapariga   introAmizade rapaz rapariga   intro
Amizade rapaz rapariga intro
 
Simple past
Simple pastSimple past
Simple past
 
Simple past rules
Simple past rulesSimple past rules
Simple past rules
 
Women and literature
Women and literatureWomen and literature
Women and literature
 
Since and for
Since and forSince and for
Since and for
 
Quantifiers
QuantifiersQuantifiers
Quantifiers
 
Present perfect
Present perfectPresent perfect
Present perfect
 
Past conditionals
Past conditionalsPast conditionals
Past conditionals
 
First noun and the infinitive
First noun and the infinitiveFirst noun and the infinitive
First noun and the infinitive
 
Sociedade e amizade intro
Sociedade e amizade   introSociedade e amizade   intro
Sociedade e amizade intro
 
Respeito pelo outro e amizade intro
Respeito pelo outro e amizade   introRespeito pelo outro e amizade   intro
Respeito pelo outro e amizade intro
 

Último

DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptxpamelacastro71
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 

Último (20)

DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 

RaciocíniosDedutivosIndutivosParte2Tipos

  • 1. Os Raciocínios dedutivos e indutivos Parte 2
  • 2.  Os tipos de raciocínio que nos interessaram para o estudo da Lógica serão os dedutivos. No entanto, os raciocínios indutivos podem ainda dividir- se em mais géneros de raciocínios. Vejamos quais os raciocínios indutivos possíveis.
  • 3.
  • 4.  Raciocínio por analogia é todo o raciocínio que fundamenta a sua conclusão com recurso a algumas semelhanças entre duas coisas.  Exemplo: Luanda e Lobito são cidades, Luanda tem muito trânsito. Logo, o Lobito terá muito trânsito.  A conclusão baseia-se no facto de Luanda e Lobito serem ambos cidades (uma primeira semelhança) e pretende retirar dessa primeira semelhança uma outra (de que ambas as cidades têm muito trânsito).
  • 5.  Raciocínio abdutivo é aquele raciocínio cuja conclusão se baseia em alguns indícios (o raciocínio predilecto dos detectives).  Exemplo: a rua está molhada. Logo esteve a chover.  A conclusão baseia-se num indício (a rua estar molhada) que parece apenas poder ser explicado pela conclusão (de que está a chover).
  • 6. Os raciocínios indutivos não se dizem válidos ou inválidos, mas apenas fortes ou fracos – serão fortes caso as premissas sejam verdadeiras e que, por isso, a conclusão seja improvavelmente falsa; serão fracos caso as premissas sejam verdadeiras e, ainda assim, a conclusão ser provavelmente falsa.