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- Não é possível imaginar um tradutor
profissional que não utilize computadores e não
esteja conectado a Web.
  - As pesquisas recentes que investigam o
processo tradutório dão aos tradutores
computadores conectados à internet: Alves
(2005), Silva (2005), Araújo (2005).
-Entretanto não há grande número de pesquisas
que tenham como objetivo analisar como o
tradutor utiliza a Web para resolver seus
problemas tradutórios.
Os ato de linguagem aplicados
          a tradução
- Sujeitos de Pesquisa
Três tradutores iniciantes
Até que ponto computadores, dicionários digitais e
  internet auxiliam o sujeito durante o processo tradutório.
Dois tradutores estagiários
Serviu de base para observar as ferramentas tradutórias
  em uso
Dois tradutores profissionais
Permitiu observar como um tradutor inserido no mercado
  usa as ferramentas tradutórias
Formação do corpus de
             pesquisa
Utilizamos a técnica de “pensar alto” (ERICSSON E SIMON,
 1987, p.32-35), no qual, durante a tradução, o sujeito relata
 oralmente tudo que lhe vem a cabeça, para criação dos
 protocolos verbais (técnica de introspecção imediata).
Para facilitar e dar maior fidelidade aos protocolos verbais,
 gravamos, através de um gravador de voz o relato do sujeito e
 através do programa “Camtasia” a tela do computador e a voz
 do sujeito.
 Antes do processo tradutório, fizemos um questionário que nos
 permitiria tirar conclusões sobre a realidade apresentada.
 E, após o processo tradutório, fizemos um questionário sobre
 os pareceres, níveis de satisfação do tradutor e maiores
 problemas em relação a sua tradução.(retrospecção imediata)
Antes de dar o texto base para criação do protocolo
 verbal, demos um outro texto para aquecimento, para que
 o sujeito se acostumasse com a técnica de “falar alto”.
Tanto o primeiro quanto o segundo texto foram retirados
 do jornal “Le monde” versão on-line.
Uma das críticas às pesquisas de tradução realizadas
 através dos modelos introspectivos era a falta de controle
 das variáveis. Sendo assim, para assegurar esse controle,
 fizemos uso das ferramentas: questionários, introspecção
 imediata, retrospecção imediata, gravação da tela do
 computador, gravação do áudio.
Além de determinar ao sujeito os objetivos da tarefa
 tradutória
Problema x estratégia x percurso
Problemas de natureza linguística: Problemas que
 envolvem a insuficiência de conhecimento em relação à
 apropriação de modelos fonéticos, morfológicos,
 sintáticos e lexicais do sistema da língua.
Problemas de natureza discursivo-textual: Problemas que
 envolvem a insuficiência de conhecimento em relação ao
 tipo de discurso, a organização em função da situação de
 comunicação.
Problemas de natureza de conhecimento de mundo:
 problemas que envolvem a insuficiência de conhecimento
 em relação aos conhecimentos prévios que o sujeito
 deveria ter para compreensão do texto produzido.
Problemas de natureza linguística
No geral, problemas dessa natureza foram resolvidos
 através de consulta a dicionários: bilíngues, monolíngues
 (digitais ou on-line)
Dentre os problemas observados 88% foram resolvidos
 através de dicionários. Escolhidos por questões subjetivas.
Outros problemas:
Google para procurar dicionários.
Google como dicionário (Google define)
Wikipédia
Google para criação de corpus
Fóruns
Problemas de natureza
          discursivo-textual
- Busca interna
- Google para criação de corpus



Entretanto, uma vez que o texto base para criação do corpus
 tinha uma natureza discursiva conhecida pelos sujeitos, se
 faz importante repetir esta pesquisa com textos de
 naturezas discursivas diferentes.
Problemas de natureza de
     conhecimento de mundo
- Busca interna
- Solução de abandono
Busca no próprio TLO (texto língua de origem)
Google como site de busca.


Entretanto, uma vez que o texto base para criação do corpus
 tinha um assunto conhecido pelos sujeitos, se faz
 importante repetir esta pesquisa com textos de diferentes.
Formas de navegação
Segundo Batista (2007) há três formas de buscar uma
 informação na rede.
1 – Navegação livre
2 – Realizar buscas através de diretórios
3 – Realizar buscas através de ferramentas de buscas



Todos os tradutores utilizaram a terceira forma de
 navegação e escolheram como site de busca o Google.
Formas de uso do Google
                (Ferramenta de Busca),
[1] Buscavam-se sites que servissem de ferramentas para
 auxiliar no processo tradutório
[2] Buscavam-se sites em que se obtivessem as
 informações necessárias para a solução de um problema
 tradutório imediato .
[3] O Google era usado não para encontrar um site
 específico, mas sim gerar dados que permitissem a
 solução do problema tradutório. Três formas diferentes
 para esse uso:
                 Comparação estatística

Comparação entre duas ou mais possíveis formas para
 definir a mais usual;

Determinar se tal palavra ou expressão é recorrente
 na lingua de tradução ou de origem.

Comparação de determinada estrutura em diversos
 textos para definir a melhor tradução para o termo.
Em relação às ferramentas on-line
    utilizadas para traduzir.
Outros: Youtube
FERRAMENTAS “POTENCIAIS” DE TRADUÇÃO:
 ferramentas que podem se tornar ferramentas de tradução,
 mas não foram desenvolvidas para este fim.



                         X
FERRAMENTAS “REAIS” DE TRADUÇÃO:
  Ferramentas projetadas que possuem como objetivo
  principal realizar ou auxiliar na tradução.
Ferramentas reais de tradução
Tradutores (google translator)
Ferramentas CAT´s (Computer Aided Translator)
TAC (Tradução assistida por computador)
CONCLUSÕES
É possível classificar as ferramentas digitais de tradução em
 potenciais e específicas
Problemas de natureza linguística, na maioria das vezes, são
 resolvidos através de consulta a dicionários.
Problemas de natureza discursivo-textual são resolvidos, na
 maioria dos casos, através de criação de corpus.
Problemas de natureza de conhecimento de mundo, na maioria
 dos casos, são resolvidos a partir de consultas iniciadas em
 ferramentas de busca.
O dicionário impresso está em completo desuso
Conforme     o tradutor resolve seus problemas
 tradutórios on-line, há uma possibilidade de que sejam
 deixados “resíduos” de suas buscas, podendo facilitar
 buscas realizadas por outros tradutores no futuro.
Acreditamos que, ao ensinarmos ao tradutor
 inexperiente os alicerces teóricos da tradução e o
 “saber-como” em relação às ferramentas de tradução,
 eles poderiam, enquanto ainda não possuírem ampla
 proficiência da língua de origem e de tradução,
 alcançar traduções bem sucedidas, ainda que através
 de percursos mais complexos.
Em meio as inúmeras possibilidades que o universo digital
 apresenta ao tradutor, se faz necessário uma constante reflexão
 sobre quais ferramentas são melhores para quais situações e
 como elas podem ser usadas, levando ao tradutor a escolhas
 objetivas e não subjetivas para uso das ferramentas tradutórias.

"... tenho a meu favor tudo o que não sei e - por ser um
   campo virgem - está livre de preconceitos..." (Clarisse
   Linspector)
REFERENCIAS
ARAÚJO, José Paulo de. Uso de uma Ferramenta de Busca da Web
  como Estratégia para Solução de Problemas Tradutórios. Linguagem
  em (dis)curso, Palhoça, v. 5, n. 1, p.41-69, julho-Dezembro de 2005.
  Quadrimestral.                      Disponível                   em:
  <http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/0501/03.htm>
  . Acesso em: 22 mar. 2010.

BARBOSA, Heloisa Gonçalves. A tradução, seus modelos teóricos e
  sua prática cotidiana. Caderno de Letras, Rio de Janeiro, v. 16, p.
  345-359, 2001.

BARBOSA, Heloisa Gonçalves; NEIVA, Aurora Maria Soares.
  Using Think-Aloud Protocols to Investigate the Translation Process.
  In: ALVES, Fábio. TRiangulating Translation: perspectives in
  process oriented research. Amsterdam: Benjamins Translation
  Library 45, 2003. Cap. 3, p. 137-156
 BATISTA, Donizeti. Uma Análise Do Funcionamento Dos Mecanismos De Busca
  Na Rede Mundial De Computadores. 2007. 91 f. Dissertação (Mestrado) - UFRJ,
  Rio de Janeiro, 2007.

 BOMFIN, Maurício Nunes da Costa & SAMPAIO Fábio Ferrentini. A Web 2.0,
  suas tecnologias e aplicações educacionais. Relatório Técnico – NCE / UFRJ,
  fevereiro de 2008.

 BORTONI-RICARDO, S. M. O professor pesquisador: introdução à pesquisa
  qualitativa. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

 CHARAUDEAU, Patrick. Linguagem e discurso: modos de organização.
  (Coordenação da equipe de tradução Ângela M. S. Corrêa & Ida Lúcia Machado).
  São Paulo: Contexto, 2008.

 CORRÊA, Angela Maria da Silva. Erros de tradução do francês para o português:
  do plano lingüístico ao plano discursivo. 1991. 322 f. Tese (Doutorado) - UFRJ, Rio
  de Janeiro, 1991.

 CORRÊA, Angela Maria da Silva; NEIVA, Aurora Maria Soares. Estratégias e
  problemas do tradutor aprendiz: uma visão introspectiva do processo tradutório. In:
  MONTEIRO, Maria José (Org.). Práticas discursivas: instituição, tradução e
  literatura, UFRJ, Rio de Janeiro, 2000, p.34-52.
 CUNHA, Tânia Reis. Fatores discursivos de interrupção do fluxo tradutório
  do francês para o português. 2002. 230 f. Tese (Doutorado) - UFRJ, Rio de
  Janeiro. 2002.

 EVANS, T & NATION, D. Educational Technologies: reforming open and
  distance education. In: Reforming Open and Distance Education. Londres:
  Koogan, 1993.

 FREITAS, Ladislau Tenório de; PÍCOLO, Guilherme Gouvea; RIZZO,
  Alexandre Marcpos (Comp.). Google guia definitivo: O mundo em um
  clique do mouse!. São Paulo: Universoeditorial, 2009. 128 p.

 LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da
  informática. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.
 __________. A inteligência coletiva. São Paulo: ed. Loyola, 1998.
 __________. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo:
  Ed. 34, 1999.
 PÓVOA, Marcello. Anatomia da Internet: Investigações estratégicas sobre
  o universo digital. Rio de Janeiro: ed. Casa da Palavra, 2000.

 SACRAMENTO, Cristina Jesus do. Relações entre estratégias de tradução
  e estratégias de leitura: uma pesquisa introspectiva. Dissertação de
  mestrado. Letras Neolatinas. Rio de Janeiro: Faculdade de Letras, UFRJ,
  2001.

 SANTOS, Luiz Américo Portela dos. O processo tradutório: análise de
  problemas e estratégias de solução em tradução do francês para o
  português. Dissertação de mestrado. Letras Neolatinas. Rio de Janeiro:
  Faculdade de Letras, UFRJ, 2002.

 SILVA, Lucília Marques Ferreira da. Pesquisa auto-etnográfica do processo
  tradutório desenvolvido de metodologia e análise do uso de buscas
  externas. Dissertação de mestrado. Letras Neolatinas. Rio de Janeiro:
  Faculdade de Letras, UFRJ, 2005.

 TAVARES, Kátia Cristina do Amaral. O uso da introspecção: da técnica de
  pesquisa para o ensino de leitura. 1993. 237f. Dissertação (Mestrado) -
  UFRJ, Rio de Janeiro. 1993.
DIOGONCOSTA@YAHOO.COM.BR
ERRATAS
COSTA, Diogo Neves da. As Ferramentas, os percursos e as estratégias de
tradução no universo digital no par lingüístico francês-português. 2010.
139f Dissertação (Mestrado) – UFRJ, Rio de Janeiro. 2010

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Ferramentas digitais na tradução

  • 1.
  • 2. - Não é possível imaginar um tradutor profissional que não utilize computadores e não esteja conectado a Web. - As pesquisas recentes que investigam o processo tradutório dão aos tradutores computadores conectados à internet: Alves (2005), Silva (2005), Araújo (2005). -Entretanto não há grande número de pesquisas que tenham como objetivo analisar como o tradutor utiliza a Web para resolver seus problemas tradutórios.
  • 3. Os ato de linguagem aplicados a tradução
  • 4. - Sujeitos de Pesquisa Três tradutores iniciantes Até que ponto computadores, dicionários digitais e internet auxiliam o sujeito durante o processo tradutório. Dois tradutores estagiários Serviu de base para observar as ferramentas tradutórias em uso Dois tradutores profissionais Permitiu observar como um tradutor inserido no mercado usa as ferramentas tradutórias
  • 5. Formação do corpus de pesquisa Utilizamos a técnica de “pensar alto” (ERICSSON E SIMON, 1987, p.32-35), no qual, durante a tradução, o sujeito relata oralmente tudo que lhe vem a cabeça, para criação dos protocolos verbais (técnica de introspecção imediata). Para facilitar e dar maior fidelidade aos protocolos verbais, gravamos, através de um gravador de voz o relato do sujeito e através do programa “Camtasia” a tela do computador e a voz do sujeito. Antes do processo tradutório, fizemos um questionário que nos permitiria tirar conclusões sobre a realidade apresentada. E, após o processo tradutório, fizemos um questionário sobre os pareceres, níveis de satisfação do tradutor e maiores problemas em relação a sua tradução.(retrospecção imediata)
  • 6. Antes de dar o texto base para criação do protocolo verbal, demos um outro texto para aquecimento, para que o sujeito se acostumasse com a técnica de “falar alto”. Tanto o primeiro quanto o segundo texto foram retirados do jornal “Le monde” versão on-line. Uma das críticas às pesquisas de tradução realizadas através dos modelos introspectivos era a falta de controle das variáveis. Sendo assim, para assegurar esse controle, fizemos uso das ferramentas: questionários, introspecção imediata, retrospecção imediata, gravação da tela do computador, gravação do áudio. Além de determinar ao sujeito os objetivos da tarefa tradutória
  • 7. Problema x estratégia x percurso Problemas de natureza linguística: Problemas que envolvem a insuficiência de conhecimento em relação à apropriação de modelos fonéticos, morfológicos, sintáticos e lexicais do sistema da língua. Problemas de natureza discursivo-textual: Problemas que envolvem a insuficiência de conhecimento em relação ao tipo de discurso, a organização em função da situação de comunicação. Problemas de natureza de conhecimento de mundo: problemas que envolvem a insuficiência de conhecimento em relação aos conhecimentos prévios que o sujeito deveria ter para compreensão do texto produzido.
  • 8. Problemas de natureza linguística No geral, problemas dessa natureza foram resolvidos através de consulta a dicionários: bilíngues, monolíngues (digitais ou on-line) Dentre os problemas observados 88% foram resolvidos através de dicionários. Escolhidos por questões subjetivas. Outros problemas: Google para procurar dicionários. Google como dicionário (Google define) Wikipédia Google para criação de corpus Fóruns
  • 9. Problemas de natureza discursivo-textual - Busca interna - Google para criação de corpus Entretanto, uma vez que o texto base para criação do corpus tinha uma natureza discursiva conhecida pelos sujeitos, se faz importante repetir esta pesquisa com textos de naturezas discursivas diferentes.
  • 10. Problemas de natureza de conhecimento de mundo - Busca interna - Solução de abandono Busca no próprio TLO (texto língua de origem) Google como site de busca. Entretanto, uma vez que o texto base para criação do corpus tinha um assunto conhecido pelos sujeitos, se faz importante repetir esta pesquisa com textos de diferentes.
  • 11. Formas de navegação Segundo Batista (2007) há três formas de buscar uma informação na rede. 1 – Navegação livre 2 – Realizar buscas através de diretórios 3 – Realizar buscas através de ferramentas de buscas Todos os tradutores utilizaram a terceira forma de navegação e escolheram como site de busca o Google.
  • 12. Formas de uso do Google (Ferramenta de Busca), [1] Buscavam-se sites que servissem de ferramentas para auxiliar no processo tradutório [2] Buscavam-se sites em que se obtivessem as informações necessárias para a solução de um problema tradutório imediato . [3] O Google era usado não para encontrar um site específico, mas sim gerar dados que permitissem a solução do problema tradutório. Três formas diferentes para esse uso:
  • 13. Comparação estatística Comparação entre duas ou mais possíveis formas para definir a mais usual; Determinar se tal palavra ou expressão é recorrente na lingua de tradução ou de origem. Comparação de determinada estrutura em diversos textos para definir a melhor tradução para o termo.
  • 14. Em relação às ferramentas on-line utilizadas para traduzir.
  • 15.
  • 16.
  • 18. FERRAMENTAS “POTENCIAIS” DE TRADUÇÃO: ferramentas que podem se tornar ferramentas de tradução, mas não foram desenvolvidas para este fim. X FERRAMENTAS “REAIS” DE TRADUÇÃO: Ferramentas projetadas que possuem como objetivo principal realizar ou auxiliar na tradução.
  • 19. Ferramentas reais de tradução Tradutores (google translator) Ferramentas CAT´s (Computer Aided Translator) TAC (Tradução assistida por computador)
  • 20.
  • 21. CONCLUSÕES É possível classificar as ferramentas digitais de tradução em potenciais e específicas Problemas de natureza linguística, na maioria das vezes, são resolvidos através de consulta a dicionários. Problemas de natureza discursivo-textual são resolvidos, na maioria dos casos, através de criação de corpus. Problemas de natureza de conhecimento de mundo, na maioria dos casos, são resolvidos a partir de consultas iniciadas em ferramentas de busca. O dicionário impresso está em completo desuso
  • 22. Conforme o tradutor resolve seus problemas tradutórios on-line, há uma possibilidade de que sejam deixados “resíduos” de suas buscas, podendo facilitar buscas realizadas por outros tradutores no futuro. Acreditamos que, ao ensinarmos ao tradutor inexperiente os alicerces teóricos da tradução e o “saber-como” em relação às ferramentas de tradução, eles poderiam, enquanto ainda não possuírem ampla proficiência da língua de origem e de tradução, alcançar traduções bem sucedidas, ainda que através de percursos mais complexos.
  • 23. Em meio as inúmeras possibilidades que o universo digital apresenta ao tradutor, se faz necessário uma constante reflexão sobre quais ferramentas são melhores para quais situações e como elas podem ser usadas, levando ao tradutor a escolhas objetivas e não subjetivas para uso das ferramentas tradutórias. "... tenho a meu favor tudo o que não sei e - por ser um campo virgem - está livre de preconceitos..." (Clarisse Linspector)
  • 24. REFERENCIAS ARAÚJO, José Paulo de. Uso de uma Ferramenta de Busca da Web como Estratégia para Solução de Problemas Tradutórios. Linguagem em (dis)curso, Palhoça, v. 5, n. 1, p.41-69, julho-Dezembro de 2005. Quadrimestral. Disponível em: <http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/0501/03.htm> . Acesso em: 22 mar. 2010. BARBOSA, Heloisa Gonçalves. A tradução, seus modelos teóricos e sua prática cotidiana. Caderno de Letras, Rio de Janeiro, v. 16, p. 345-359, 2001.  BARBOSA, Heloisa Gonçalves; NEIVA, Aurora Maria Soares. Using Think-Aloud Protocols to Investigate the Translation Process. In: ALVES, Fábio. TRiangulating Translation: perspectives in process oriented research. Amsterdam: Benjamins Translation Library 45, 2003. Cap. 3, p. 137-156
  • 25.  BATISTA, Donizeti. Uma Análise Do Funcionamento Dos Mecanismos De Busca Na Rede Mundial De Computadores. 2007. 91 f. Dissertação (Mestrado) - UFRJ, Rio de Janeiro, 2007.  BOMFIN, Maurício Nunes da Costa & SAMPAIO Fábio Ferrentini. A Web 2.0, suas tecnologias e aplicações educacionais. Relatório Técnico – NCE / UFRJ, fevereiro de 2008.  BORTONI-RICARDO, S. M. O professor pesquisador: introdução à pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.  CHARAUDEAU, Patrick. Linguagem e discurso: modos de organização. (Coordenação da equipe de tradução Ângela M. S. Corrêa & Ida Lúcia Machado). São Paulo: Contexto, 2008.  CORRÊA, Angela Maria da Silva. Erros de tradução do francês para o português: do plano lingüístico ao plano discursivo. 1991. 322 f. Tese (Doutorado) - UFRJ, Rio de Janeiro, 1991.  CORRÊA, Angela Maria da Silva; NEIVA, Aurora Maria Soares. Estratégias e problemas do tradutor aprendiz: uma visão introspectiva do processo tradutório. In: MONTEIRO, Maria José (Org.). Práticas discursivas: instituição, tradução e literatura, UFRJ, Rio de Janeiro, 2000, p.34-52.
  • 26.  CUNHA, Tânia Reis. Fatores discursivos de interrupção do fluxo tradutório do francês para o português. 2002. 230 f. Tese (Doutorado) - UFRJ, Rio de Janeiro. 2002.  EVANS, T & NATION, D. Educational Technologies: reforming open and distance education. In: Reforming Open and Distance Education. Londres: Koogan, 1993.  FREITAS, Ladislau Tenório de; PÍCOLO, Guilherme Gouvea; RIZZO, Alexandre Marcpos (Comp.). Google guia definitivo: O mundo em um clique do mouse!. São Paulo: Universoeditorial, 2009. 128 p.  LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.  __________. A inteligência coletiva. São Paulo: ed. Loyola, 1998.  __________. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Ed. 34, 1999.
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  • 29. ERRATAS COSTA, Diogo Neves da. As Ferramentas, os percursos e as estratégias de tradução no universo digital no par lingüístico francês-português. 2010. 139f Dissertação (Mestrado) – UFRJ, Rio de Janeiro. 2010