O documento resume os principais processos de impressão gráfica como silk-screen, off-set e policromias. Descreve detalhadamente o processo de silk-screen, incluindo como funciona a emulsão fotográfica e telas. Também explica em detalhes o processo off-set, como funcionam os "castelos" e suas vantagens em relação a outros métodos.
6. SILK SCREEN
• Pode imprimir sobre tecido, cerâmica, vidro, plástico, papel, metal,
cortiça, madeira etc. Em qualquer formato, cor ou tamanho.
• Usa um matriz feita de material poroso ou finamente perfurado,
como uma tela de nylon ou aço, montada em uma moldura rígida.
• O custo é alto para pequenas tiragens e varia na proporção direta
com a qualidade que se exige da impressão.
• O processo está associado a camisetas porque foi, por muitos anos,
a única forma de imprimir em tecido. Também é o principal método
usado para imprimir bonés, rótulos de CDs e DVDs, banners,
materiais promocionais e painéis.
7. SILK SCREEN: processo
• A tela é feita de um material poroso, de textura bem fina.
Originalmente usava-se seda (daí o nome), mas desde os
anos 40 usa-se uma tela de poliéster presa a uma moldura
rígida, de alumínio ou madeira.
• A matriz (estêncil) é um negativo do material final.
Ela bloqueia algumas áreas da tela com material
impermeável.
• A tela é colocada sobre o material a ser impresso e a tinta,
sobre a tela. Uma espécie de rodo força a tinta através dos
poros para o suporte final.
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12. SILK SCREEN: processo
• A precisão da impressão é diretamente relacionada à
precisão do estêncil, delicadeza dos poros da tela,
espessura da tinta e textura do suporte.
• Terminado o processo, a tela pode ser guardada ou lavada
para remover qualquer obstrução de poros e reutilizar.
• Quando surgiu a impressão off-set, a diferença em
qualidade e velocidade entre os dois processos era tão
grande que muitos passaram a acreditar que silk screen
era sinônimo de impressão em baixa qualidade.
Não é verdade.
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14. SILK SCREEN:
fotolito e estêncil
O método mais simples é recortar uma máscara
em material impermeável, como plástico ou
borracha, e colá-lo à tela. Outra forma simples é
pintar a própria tela com tinta impermeável.
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16. SILK SCREEN: emulsão fotográfica
• Tornou o processo mais prático, preciso e menos artesanal.
• A imagem original é criada em um suporte transparente (fotolito) –
ela pode ser desenhada, fotocopiada ou impressa, contanto que seja
monocromática e opaca. O melhor é usar preto.
• Um negativo de filme PB também pode ser usado, mas é importante
lembrar que a matriz de impressão é uma imagem invertida do
material final (preto onde deve ser transparente e vice-versa).
• O fotolito é colocado sobre uma tela coberta de emulsão
fotográfica. Ela é exposta à luz e se polimeriza, criando uma
superfície impermeável. O processo gera imagens de alta fidelidade,
que podem reproduzir dezenas de milhares de exemplares.
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19. SILK SCREEN: vantagens
• Silk screen é mais versátil:
• Pode imprimir em uma grande variedade de materiais
• O suporte de impressão não precisa ser planos
• Ele nem precisa ser móvel (pode-se imprimir em paredes ou
postes)
• A superfície não precisa ser impressa sob pressão, como em
tipografia, litografia, gravura ou até mesmo off-set
• Por isso variações dessa forma de impressão continuam a ser
utilizadas para marcação de produtos industriais, tecidos e até
placas de circuitos eletrônicos.
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21. SILK SCREEN: vantagens
• O processo é acessível. Material rudimentar para sua execução é
barato e fácil de se achar. Por isso é freqüentemente usado em
manifestações de arte underground, independente e amadora.
• Impressões coloridas podem ser feitas ao usar quatro telas para
CMYK (cyan, magenta, yellow and black). Conforme o processo e o
suporte, pode-se chegar a um material de altíssima qualidade.
• O custo adicional para cada cor de impressão depende, quase que
exclusivamente, de telas e pigmentos.
• Assim pode-se imprimir em cores especiais ou em um grande
número de cores (o que garante maior vividez e fidelidade
cromática) sem que o custo fique proibitivo.
25. OFF-SET
• É uma revolução completa na impressão, derivada da
litografia:
• Não há incisão, cortes ou relevos, mas um método chamado
“planográfico”, em que os espaços em branco e as áreas de
impressão estão praticamente no mesmo plano da matriz.
• A matriz é feita com uma folha de alumínio coberta de uma
emulsão fotosensível.
• A separação entre as áreas de impressão é feita através de
um processo químico, não mecânico: a repulsão entre a
tinta off-set, que é oleosa, e a água.
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29. OFF-SET
• Atualmente é o processo de impressão mais popular.
• Seu princípio marca uma revolução completa na forma de se
imprimir: off-set difere dos outros processos gráficos convencionais:
• Não há incisão, cortes ou relevos, mas um método chamado
“planográfico”, em que os espaços em branco e as áreas de
impressão estão praticamente no mesmo plano da matriz.
• A matriz é feita com uma folha de alumínio coberta de uma
emulsão fotosensível.
• A separação entre as áreas de impressão é feita através de um
processo químico, não mecânico: a repulsão entre a tinta off-set,
que é oleosa, e a água.
30. OFF-SET: processo
• Como no silk-screen, usa-se emulsão fotográfica e fotolitos,
mas há várias diferenças:
• O fotolito é positivo, não negativo: ele marca as áreas que
serão impressas, não as protege da tinta.
• A emulsão fotográfica aplicada na chapa de impressão
não se polimeriza, mas cria um material gorduroso,
repelente à água e receptivo à tinta.
• A tinta não é aplicada diretamente: ela é transferida da
matriz para um cilindro de borracha e desse cilindro para o
papel.
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32. OFF-SET: processo
• A chapa é montada em rolo de impressão que, ao
rodar, a coloca em contato sucessivo com rolos
umedecidos com água e com tinta.
• A água adere às áreas que não serão impressas; a
tinta faz o mesmo nas áreas a serem impressas. Cada
uma repele a outra.
• A imagem com tinta (entintada) é transferida para
um cilindro de borracha que a transfere para o papel,
por pressão.
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35. OFF-SET: processo
• Esse processo se repete por tantas cores quantas forem
necessárias. As máquinas antigas eram de uma ou duas
cores. Hoje é comum encontrar impressoras de quatro a
sete cores, que fazem até acabamento (verniz).
• A técnica de transferir a imagem da matriz para um
cilindro de borracha antes de transferi-la para o papel é
chamada off-set. Ela também pode ser utilizada em
Tipografia, Rotogravura e Litografia.
• Ou seja, é possível ter Tipografia, Rotogravura ou
Litografia offset.
36. OFF-SET: castelos
• Máquinas de impressão off-set são compostas de unidades
autônomas (“castelos”), interligadas em uma linha de
produção.
• As máquinas mais antigas tinham apenas uma ou duas dessas
unidades – uma impressão em quatro cores demandava duas
ou mais passagens pela máquina, o que costumava causar
imprecisões e perdas por defeitos. Impressões de cores
especiais e vernizes sofriam os mesmos problemas.
• As máquinas mais modernas têm cinco ou seis “castelos”, o que
permite a impressão com maior precisão e velocidade.
37. OFF-SET: castelos
• Por demandar várias matrizes, é um processo que
tem alto custo fixo e baixo custo variável. É por
isso que algumas gráficas têm tiragens mínimas e
suas faixas de orçamento variam em patamares.
• Essas máquinas também permitem a impressão em
processos mais modernos e de maior qualidade,
como a impressão em seis cores (Hexacromia) ou
sete cores (Hi-Fi Color).
42. OFF-SET: vantagens
• A matriz não entra em contato direto com o papel. Isso permite:
• Maior detalhe: como não há pressão, não há bordas
irregulares ou manchadas;
• Maior consistência: o material praticamente não se
desgasta,por isso a diferença entre o primeiro e o último
impressos de um lote é desprezível;
• Maior velocidade: a maioria dos impressos conhecidos usam
essa técnica;
• Materiais de menor espessura: usa menos tinta, por isso é
menos visível no verso;
43. OFF-SET: vantagens (cont)
• A matriz não entra em contato direto com o papel. Isso permite:
• Maior durabilidade da matriz: que pode ser lavada e reciclada;
• Custo variável baixo: impressão “mais barata” à medida que
aumenta em volume;
• Variedade: possibilidade de impressão em uma grande
variedade de papéis e superfícies absorventes lisas ou rugosas
com um mínimo de pressão; e
• Melhor controle da impressão em frente-e-verso: há
equipamentos que imprimem as duas faces do papel
simultaneamente.
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46. Policromias
• Duotones: duas ou mais tintas simulam meios-tons
• Monotone: impressão em uma só cor, qualquer
cor, inclusive C, M, Y ou K.
• Duotone: impressão monocromática com base em
duas cores.
• Tritone, Quadtone: idem para três ou mais cores.
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• Cor especial: qualquer uma que não seja CMYK.
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73. RGB vs. CMY
tem espaços cromáticos diferentes.
É preciso converter a imagem para que a
qualidade de cores não fique comprometida.
Mesmo assim certas cores não imprimem bem.
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81. HEXACROMIA Pantone:
mais dois tons saturados de
laranja e verde!
Dá uma tonalidade mais viva e cores que a
escala Europa (CMYK) não alcança
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83. Hi-Fi color: mais vermelho,
verde e azul-violeta.
Só imprime em retícula estocástica.
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86. Retícula estocástica
Também chamada de Freqüência Modulada
Os tons são condensados de acordo com a cor
Melhor definição de detalhes - Cores mais vívidas
Melhor simulação de tons contínuos
O processo é parecido a impressora inkjet,
só que em pontos microscópicos
(7 a 40 milésimos de mm).
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94. Registro
• Problema: as cores escuras sempre aparecem
• Se a área só for cavada, pode ocorrer um erro de
registro
• É preciso “cavar um buraco” para que as cores não
se misturem e sobrepor uma área para não
aparecer o erro de registro.
• Cuidado com áreas pequenas
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101. Para evitar erros de registro:
• Knock-out: a imagem a ser impressa “por cima” na verdade é
impressa sobre fundo branco, como se “cavasse” um buraco
sobre o fundo.
• Overprint: uma imagem é impressa sobre a outra. O
resultado cromático pode ser imprevisível. Pode ser usado
para compensar erros de registro em molduras de fotos ou
em textos.
• Trap: avanço de uma cor sobre a outra para se precaver
quanto a erros de registro.
• Textos e áreas pequenas: knock-out ou overprint.
102. Calçamento
• Preto transparente: 100% K.
• Preto neutro: 100%K, 40%C, 30%M, 20%Y.
• Preto calçado (ou frio): 100%K, 40%C.
• Preto quente: 100%K, 40%M.
• Preto para marcas de corte e registro: 100%C, 100%M, 100%Y, 100%K
• Para evitar problemas de secagem e de decalque (a imagem aparecer
no verso), a soma dos percentuais não deve ultrapassar 320%.
Recomenda-se que a área mais escura não ultrapasse 240%.
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104. Provas de fotolito:
• Utilizadas para ver se a impressão se aproxima do layout.
As mais antigas eram as provas de prelo, que, apesar de
poderem ser feitas em qualquer papel, podiam ter os
pigmentos facilmente alterados.
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• Provas automáticas são chamadas por seus nomes
comerciais: Cromalin (DuPont) e Match-Print (3M).
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• Falsas provas: provas de pré-impressão.
105. Anatomia de uma prova
• Marcas de corte
• Marcas de registro
• Marcas de dobras e facas especiais
• Tiras de cor
• Tiras de tonalidade
106. OFF-SET DIGITAL:
impressão a seco
• A indústria gráfica é um grande poluidor e
consumidor de água, produtos químicos e energia.
Novas formas de impressão estão sendo
desenvolvidas para minimizar o impacto ambiental.
• A “impressão a seco” usa a tecnologia de CTP
(Computer to plate) para criar chapas eletrostáticas
que eliminam os produtos químicos para a
marcação de matrizes e a água para impressão.