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ALGUMAS BILHARZIOSESALGUMAS BILHARZIOSESALGUMAS BILHARZIOSESALGUMAS BILHARZIOSESALGUMAS BILHARZIOSESALGUMAS BILHARZIOSESALGUMAS BILHARZIOSESALGUMAS BILHARZIOSES
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Bilharziose
Elevada
prevalência
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Regiões
tropicais
Regiões
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ClassificaClassificaClassificaClassificaççççãoãoãoão
Etiologia
Aspectos
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funcional
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Conhecimentos
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Aspectos
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patológicos
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Complicações
Maturação
Invasão
Invasão
Reacção cutânea local
ou alérgica geral
CaracterCaracterCaracterCaracteríííísticas da bilharziosesticas da bilharziosesticas da bilharziosesticas da bilharziose
Maturação
Febre ou síndroma de
Katayama
Infestação instalada diferentes quadros clínicos
Complicações
reflexo do envolvimento
de órgãos diversos
PerPerPerPerííííodos de invasão e maturaodos de invasão e maturaodos de invasão e maturaodos de invasão e maturaççççãoãoãoão
Dermite por cercárias
Reacção cutânea local na
primo-infecção,ou alérgica
geral nas infecções
subsequentes
Início
Duração
Incidência
Variáveis
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factores
Dermite por cercárias
Peters & Gilles, 1997
respiratórios gastrintestinais hepáticos
neuropsíquicos
cutâneos
PerPerPerPerííííodos de invasão e maturaodos de invasão e maturaodos de invasão e maturaodos de invasão e maturaççççãoãoãoão
Febre ou Sindroma
de Katayama
Início mais ou menos súbito,
com febre, astenia,mal estar
geral, diarreia, dores
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Complicações
Favorecem a evolução para
a cronicidade
Órgãos mais atingidos
UreteresUreteresBexigaBexiga RimRim
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S. haematobiumS. haematobiumS. haematobiumS. haematobium
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Aparelho urinário
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S. haematobiumS. haematobiumS. haematobiumS. haematobium
Sindroma nefrótico
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Nefrite intersticial
Hidronefrose
Inf. bacterianas
Litíase
Nefropatia glomerular
Insuficiência renal
Ureteres
Lombalgias
Estenoses bilaterais
Hidronefrose Inf. bacter.
Litíase
ureteral
Periuretrite
Compromisso da função renal
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S. haematobiumS. haematobiumS. haematobiumS. haematobium
Aparelho urinário
Estenoses bilaterais
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S. haematobiumS. haematobiumS. haematobiumS. haematobium
Bexiga
Hematúria
Disúria
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Cistite
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Refluxo vesico-ureteral
Diag. Diferencial: neoplasiasAjudam a localizar a sede
das lesões principais
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S. haematobiumS. haematobiumS. haematobiumS. haematobium
Aparelho urinário
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Peters & Gilles, 1997
Peters & Gilles, 1997
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S. haematobiumS. haematobiumS. haematobiumS. haematobium
Uretra
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Estenose uretral
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Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S. haematobiumS. haematobiumS. haematobiumS. haematobium
Aparelho urinário
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Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S. haematobiumS. haematobiumS. haematobiumS. haematobium
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Aparelho genital
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Localização da deposição dos ovos
Intensidade das lesões resultantes
Hepato-esplenomegália
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
Manifestações clínicas gastrointestinais
Hepato-
esplenomegália
Peters & Gilles, 1997
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
Fase aguda
Formas benignas
Prurido, por vezes com:
Febrícula Anorexia
Sudorese Tosse
Cefaleias Dores abdominais
Astenia Diarreia
Perda de peso Linfadenopatia
Eritema máculo-papular localizado
Hepatomegália de pequenas dimensões
Esplenomegália de tamanho reduzido
Diag. Diferencial: febre tifóide, malária, tuberculose, pneumonia,
Kala-azar, amebíase aguda, etc.
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
Manifestações clínicas gastrointestinais
Atraso de crescimento
Peters & Gilles, 1997
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
Fase aguda
Formas toxémicas
De início:
Febre Anorexia
Cefaleias Naúseas
Tosse seca ou produtiva Broncoespasmo
Depois:
Febre irregular ou intermitente
Arrepios de frio Diarreia
Sudorese abundante Vómitos
Mialgias generalizadas Prostração
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
Manifestações clínicas gastrointestinais
Diag. Diferencial: desinteria bacilar, estrongiloidose grave, septicémias
por salmonelas e infecções decorrentes de cirurgia abdominal
Podem associar-se: pneumonia ou broncopneumonia, prurido generalizado,
excepcionalmente icterícia, abdómen agudo, choque e coma
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
Fase aguda
Formas toxémicas
De início:
Febre Anorexia
Cefaleias Naúseas
Tosse seca ou produtiva Broncoespasmo
Depois:
Febre irregular ou intermitente
Arrepios de frio Diarreia
Sudorese abundante Vómitos
Mialgias generalizadas Prostração
Formas benignas sem hipertensão portal ou formas intestinais
Formas graves com hipertensão portal
Após alguns meses Fase crónica
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
Manifestações clínicas gastrointestinais
Fase crónica
Formas benignas sem hipertensão portal ou formas intestinais
Diarreia, ocasionalmente com sangue
Obstipação (vários dias)
Períodos assintomáticos (várias semanas)
Dores abdominais localizadas (hipocôndrio e fossa ilíaca esquerda)
Naúseas Insónias
Cefaleias Mialgias
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
Deposição de ovos
no intestino
Granulomas
Pâncreas Testículo Rins
Vesícula Ovário Coração
Estomago Útero S.N.
Bexiga Peritoneu
RX polipose do cólon
Polipose do cólon no post mortem
Peters & Gilles, 1997
Peters & Gilles, 1997
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
Fase crónica
Formas graves com hipertensão portal
Cinco a dez anos Hipertensão portal
Varizes esofágicas
Hematemeses
Circulação colateral
Esplenomegália
Alterações hematológicas
“ endócrinas
“ imunológicas
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
Principais manifestações clínicas (fase avançada)
Ascite Aranhas vasculares
Icterícia Eritema palmar
Circulação colateral superficial Ginecomastia
Cefaleias Hematemeses (fulminantes ou repetitivas)
Diarreia Dores difusas ou cólicas
Astenia Epistáxis
Dispneia Edemas maleolares
Por frequência:
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
Circulação colateral
Ascite
Peters & Gilles, 1997
Peters & Gilles, 1997
Varizes esofágicas
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
Peters & Gilles, 1997
Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. intercalatumintercalatumintercalatumintercalatum
Manifestações clínicas do ap. digestivo
Sobreponíveis às da fase aguda do S. mansoni
Manifestações clínicas do ap. genital
O envolvimento ginecológico é superior ao causado
Pelo S. mansoni
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS RARAS DA BILHARZIOSE
TratamentoTratamentoTratamentoTratamento
Praziquantel platelmintícida de largo espectro
excelente tolerância: náuseas
epigastralgias
diarreia
sangue nas fezes
rash
(↑↑↑↑ infecções ↑↑↑↑graves)
dose: 40 mg/kg dose única →→→→ S. haematobium
(WHO) S. mansoni
S. intercalatum
60 mg/kg-2/3 doses →→→→ S. japonicum
S. mekongi
TratamentoTratamentoTratamentoTratamento
Methriphonate (=dichlorvos) organosfosfarado
→→→→ muito activo: S. haematobium
→→→→ moderadamente activo: S.mansoni, S.japonicum
oncocercose
filaríases
cisticercose
nemátodos intestinais
• • •
→ excelente tolerância. Raro: fadiga, tremor, sudorese,
náuseas, cólicas, diarreia, etc.
Dose: 3 x 7,5 mg/kg
ou de 2/2 semanas
3 x 10 mg/kg
→→→→ muito barato e fácil de armazenar
TratamentoTratamentoTratamentoTratamento
Oxamniquine só actua no S. mansoni
→→→→ boa tolerância:
contra-indicação absoluta: epilepsia
gravidez
contra-indicação relativa: motoristas e ≈≈≈≈
Pode: alucinações
convulsões
cefaleias
tonturas e vertigens
Dose:
15-20 mg/kg (1-2 doses) - Américas+ Áf.Ocidental
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  • 1. MANIFESTAMANIFESTAMANIFESTAMANIFESTAMANIFESTAMANIFESTAMANIFESTAMANIFESTAÇÇÇÇÇÇÇÇÕES CLÕES CLÕES CLÕES CLÕES CLÕES CLÕES CLÕES CLÍÍÍÍÍÍÍÍNICAS DENICAS DENICAS DENICAS DENICAS DENICAS DENICAS DENICAS DE ALGUMAS BILHARZIOSESALGUMAS BILHARZIOSESALGUMAS BILHARZIOSESALGUMAS BILHARZIOSESALGUMAS BILHARZIOSESALGUMAS BILHARZIOSESALGUMAS BILHARZIOSESALGUMAS BILHARZIOSES E SEU TRATAMENTOE SEU TRATAMENTOE SEU TRATAMENTOE SEU TRATAMENTOE SEU TRATAMENTOE SEU TRATAMENTOE SEU TRATAMENTOE SEU TRATAMENTO VII Congresso PortuguêsVII Congresso Português de Parasitologiade Parasitologia LisboaLisboa –– Abril 2003Abril 2003 AbAbíílio Antuneslio Antunes
  • 2. Importância mImportância mImportância mImportância méééédicadicadicadica Bilharziose Elevada prevalência e incidência Regiões tropicais Regiões subtropicais
  • 4. As caracterAs caracterAs caracterAs caracteríííísticas da bilharziosesticas da bilharziosesticas da bilharziosesticas da bilharziose Conhecimentos parasitológicos Aspectos clínicos Anátomo- patológicos Infestação instalada Complicações Maturação Invasão
  • 5. Invasão Reacção cutânea local ou alérgica geral CaracterCaracterCaracterCaracteríííísticas da bilharziosesticas da bilharziosesticas da bilharziosesticas da bilharziose Maturação Febre ou síndroma de Katayama Infestação instalada diferentes quadros clínicos Complicações reflexo do envolvimento de órgãos diversos
  • 6. PerPerPerPerííííodos de invasão e maturaodos de invasão e maturaodos de invasão e maturaodos de invasão e maturaççççãoãoãoão Dermite por cercárias Reacção cutânea local na primo-infecção,ou alérgica geral nas infecções subsequentes Início Duração Incidência Variáveis Numerosos factores
  • 8. respiratórios gastrintestinais hepáticos neuropsíquicos cutâneos PerPerPerPerííííodos de invasão e maturaodos de invasão e maturaodos de invasão e maturaodos de invasão e maturaççççãoãoãoão Febre ou Sindroma de Katayama Início mais ou menos súbito, com febre, astenia,mal estar geral, diarreia, dores abdominais difusas Complicações Favorecem a evolução para a cronicidade
  • 9. Órgãos mais atingidos UreteresUreteresBexigaBexiga RimRim Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S. haematobiumS. haematobiumS. haematobiumS. haematobium
  • 10. Rim Aparelho urinário Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S. haematobiumS. haematobiumS. haematobiumS. haematobium Sindroma nefrótico Edemas Nefrite intersticial Hidronefrose Inf. bacterianas Litíase Nefropatia glomerular Insuficiência renal
  • 11. Ureteres Lombalgias Estenoses bilaterais Hidronefrose Inf. bacter. Litíase ureteral Periuretrite Compromisso da função renal Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S. haematobiumS. haematobiumS. haematobiumS. haematobium Aparelho urinário
  • 12. Estenoses bilaterais Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S. haematobiumS. haematobiumS. haematobiumS. haematobium
  • 13. Bexiga Hematúria Disúria Polaquiúria Tenesmo vesical Complicações: Cistite Litíase vesical Refluxo vesico-ureteral Diag. Diferencial: neoplasiasAjudam a localizar a sede das lesões principais Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S. haematobiumS. haematobiumS. haematobiumS. haematobium Aparelho urinário
  • 14. Bexiga em cabeça de feto Calcificação da bexiga e hidronefrose bilateral Peters & Gilles, 1997 Peters & Gilles, 1997 Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S. haematobiumS. haematobiumS. haematobiumS. haematobium
  • 15. Uretra Dores Estenose uretral Fístulas perineais Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S. haematobiumS. haematobiumS. haematobiumS. haematobium Aparelho urinário
  • 16. Endometrite Anexite Risco obstétrico Sensação de peso Desconforto no hipogastro Dores difusas quadrantes inferiores ΕΕΕΕΕΕΕΕ Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S. haematobiumS. haematobiumS. haematobiumS. haematobium Hemospermia Dores perineais Queixas dolorosas ao toque rectalΓΓΓΓΓΓΓΓ Aparelho genital
  • 17. Severidade do quadro clínico Localização da deposição dos ovos Intensidade das lesões resultantes Hepato-esplenomegália Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni Manifestações clínicas gastrointestinais
  • 18. Hepato- esplenomegália Peters & Gilles, 1997 Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
  • 19. Fase aguda Formas benignas Prurido, por vezes com: Febrícula Anorexia Sudorese Tosse Cefaleias Dores abdominais Astenia Diarreia Perda de peso Linfadenopatia Eritema máculo-papular localizado Hepatomegália de pequenas dimensões Esplenomegália de tamanho reduzido Diag. Diferencial: febre tifóide, malária, tuberculose, pneumonia, Kala-azar, amebíase aguda, etc. Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni Manifestações clínicas gastrointestinais
  • 20. Atraso de crescimento Peters & Gilles, 1997 Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
  • 21. Fase aguda Formas toxémicas De início: Febre Anorexia Cefaleias Naúseas Tosse seca ou produtiva Broncoespasmo Depois: Febre irregular ou intermitente Arrepios de frio Diarreia Sudorese abundante Vómitos Mialgias generalizadas Prostração Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni Manifestações clínicas gastrointestinais
  • 22. Diag. Diferencial: desinteria bacilar, estrongiloidose grave, septicémias por salmonelas e infecções decorrentes de cirurgia abdominal Podem associar-se: pneumonia ou broncopneumonia, prurido generalizado, excepcionalmente icterícia, abdómen agudo, choque e coma Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni Fase aguda Formas toxémicas De início: Febre Anorexia Cefaleias Naúseas Tosse seca ou produtiva Broncoespasmo Depois: Febre irregular ou intermitente Arrepios de frio Diarreia Sudorese abundante Vómitos Mialgias generalizadas Prostração
  • 23. Formas benignas sem hipertensão portal ou formas intestinais Formas graves com hipertensão portal Após alguns meses Fase crónica Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni Manifestações clínicas gastrointestinais
  • 24. Fase crónica Formas benignas sem hipertensão portal ou formas intestinais Diarreia, ocasionalmente com sangue Obstipação (vários dias) Períodos assintomáticos (várias semanas) Dores abdominais localizadas (hipocôndrio e fossa ilíaca esquerda) Naúseas Insónias Cefaleias Mialgias Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni Deposição de ovos no intestino Granulomas Pâncreas Testículo Rins Vesícula Ovário Coração Estomago Útero S.N. Bexiga Peritoneu
  • 25. RX polipose do cólon Polipose do cólon no post mortem Peters & Gilles, 1997 Peters & Gilles, 1997 Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
  • 26. Fase crónica Formas graves com hipertensão portal Cinco a dez anos Hipertensão portal Varizes esofágicas Hematemeses Circulação colateral Esplenomegália Alterações hematológicas “ endócrinas “ imunológicas Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
  • 27. Principais manifestações clínicas (fase avançada) Ascite Aranhas vasculares Icterícia Eritema palmar Circulação colateral superficial Ginecomastia Cefaleias Hematemeses (fulminantes ou repetitivas) Diarreia Dores difusas ou cólicas Astenia Epistáxis Dispneia Edemas maleolares Por frequência: Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni
  • 28. Circulação colateral Ascite Peters & Gilles, 1997 Peters & Gilles, 1997 Varizes esofágicas Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. mansonimansonimansonimansoni Peters & Gilles, 1997
  • 29. Bilharziose porBilharziose porBilharziose porBilharziose por S.S.S.S. intercalatumintercalatumintercalatumintercalatum Manifestações clínicas do ap. digestivo Sobreponíveis às da fase aguda do S. mansoni Manifestações clínicas do ap. genital O envolvimento ginecológico é superior ao causado Pelo S. mansoni
  • 31. TratamentoTratamentoTratamentoTratamento Praziquantel platelmintícida de largo espectro excelente tolerância: náuseas epigastralgias diarreia sangue nas fezes rash (↑↑↑↑ infecções ↑↑↑↑graves) dose: 40 mg/kg dose única →→→→ S. haematobium (WHO) S. mansoni S. intercalatum 60 mg/kg-2/3 doses →→→→ S. japonicum S. mekongi
  • 32. TratamentoTratamentoTratamentoTratamento Methriphonate (=dichlorvos) organosfosfarado →→→→ muito activo: S. haematobium →→→→ moderadamente activo: S.mansoni, S.japonicum oncocercose filaríases cisticercose nemátodos intestinais • • • → excelente tolerância. Raro: fadiga, tremor, sudorese, náuseas, cólicas, diarreia, etc. Dose: 3 x 7,5 mg/kg ou de 2/2 semanas 3 x 10 mg/kg →→→→ muito barato e fácil de armazenar
  • 33. TratamentoTratamentoTratamentoTratamento Oxamniquine só actua no S. mansoni →→→→ boa tolerância: contra-indicação absoluta: epilepsia gravidez contra-indicação relativa: motoristas e ≈≈≈≈ Pode: alucinações convulsões cefaleias tonturas e vertigens Dose: 15-20 mg/kg (1-2 doses) - Américas+ Áf.Ocidental 30-40 mg/kg (2-4 doses) - África Oriental 60mg/kg (4 doses) - Egipto, África Austral