3. MATIZ – É a propriedade que define a cor em si e depende diretamente do comprimento de onda da luz correspondente a essa cor. Característica que diferencia uma cor da outra. No círculo estão as 12 famílias de matizes.
4.
5. Primárias São as cores base: vermelho, amarelo e azul. Secundárias São as cores que se formam a partir da mistura de duas cores primárias: Vermelho + Amarelo = Laranja Vermelho + Azul = Violeta Amarelo + Azul = Verde Terciárias Resultam da mistura de duas cores secundárias.
6. A S C O R E S S Ã O I N F I N I T A S Inúmeras condições ambientais nos mostram as cores de maneiras diferentes. “ As pesquisas sobre a percepção das cores deveriam ser feitas em ambientes totalmente neutros, com paredes, teto e assoalho cinza-claros, iluminação de luz diurna (...) e até a decoração, as mesas, as cadeiras e os móveis deveriam ser neutros. Desse modo, teríamos uma constante ambiental para verificar efetivamente os valores cromáticos” (Bruno Munari – prefácio do livro A interação da cor , de Josef Albers, 2009). Através do reconhecimento da INTERAÇÃO DA COR pode-se observar efeitos cromáticos distintos, desenvolvendo-se a percepção da cor. Uma mesma cor evoca inúmeras leituras...
7. A R E L A T I V I D A D E D A C O R “ A cor é o meio mais relativo dentre os utilizados na arte” (ALBERS, 2009, p.15) Segundo o autor, procuramos encontrar as cores que tendem mais a exercer influência e as diferenciamos daquelas que sofrem influência. E que certas cores são difíceis de mudar, o que não é o caso de outras. Basta observarmos alguns exemplos instigantes de mudanças de cor surpreendentes para compreendermos a importância da comparação, da observação e do “ato de pensar em situações” no estudo das cores.
8. LUMINOSIDADE / DIFERENTES INTENSIDADES DA LUZ É a capacidade de refletir mais ou menos luz. A luminosidade independe do matiz, mas o globo ocular humano é mais sensível ao amarelo – que tenderá sempre a parecer mais luminoso do que qualquer outra cor, assim como o azul ou violeta parecerão menos luminosos. Albers reforça a dificuldade corrente em se distinguir o mais claro do mais escuro, principalmente quando se trata de breves intervalos, obscurecidos por matizes contrastantes ou por diferentes intensidades de cor. O tom refere-se à maior ou menor quantidade de luz presente na cor. Numa escala de tons e valores, as cores degradam-se no sentido do branco e rebaixam-se no sentido do preto. PODE-SE OBSERVAR NO CÍRCULO: As cores CLARAS turvam-se e descaracterizam-se ao serem rebaixadas pelo preto. As cores ESCURAS aniquilam-se e perdem consistência ao serem degradadas, saturadas pelo branco.
9. GRADAÇÃO Estudos de gradação desenvolvem uma sensibilidade mais discriminadora, fundamental para a distinção entre diferentes luminosidades. Criam-se as chamadas escalas de cinza, que demonstram uma progressão gradual, para cima ou para baixo, entre o branco e o preto, entre o mais claro e o mais escuro.
10. INTENSIDADE DE COR / BRILHO Quando se trata de intensidade de cor (brilho), muitas vezes não há um consenso comum. E isso também se aplica às combinações de cores.
11. UMA COR PARECE DUAS – FUNDOS INVERTIDOS Em geral, a cor escolhida faz, simultaneamente, os papéis das cores dos fundos. Estudos mostraram que, em geral, as cores escolhidas parecem mais próximas de um fundo do que de outro. Contudo, quando se tenta encontrar uma cor que esteja igualmente próxima ou distante de ambos os fundos, descobre-se que mesmo um grande sortimento de papéis coloridos pode não conter o tom adequado... Deve-se examinar a possibilidade de mudança da cor de 1 ou mesmo ambos os fundos. Albers coloca que depois de várias tentativas, pode-se concluir que a única cor apropriada é aquela situada topologicamente no meio das cores dos 2 fundos . A tarefa passa a ser então encontrar essa cor intermediária. POSSIBILIDADE DE DAR A UMA COR A APARÊNCIA DE DUAS
12. CORES DIFERENTES PARECEM IGUAIS – SUBTRAÇÃO DA COR Diferenças de cor são causadas por: tonalidade e/ou luminosidade. Podemos “expandir” tanto a luminosidade quanto a tonalidade com o uso de contrastes, afastando-a de seu aspecto original na direção das qualidades opostas. Fica portanto implícita a possibilidade de obter efeitos semelhantes por meio da subtração das qualidades indesejadas. Um bom exemplo é utilizar fundos de qualidade semelhante à cor escolhida . Exercícios nesse sentido podem comprovar que qualquer diferença entre as cores (de tonalidade/luminosidade) pode ser reduzida com essa operação. Qualquer fundo subtrai sua própria tonalidade das cores que lhe são intrínsecas (e que por esse motivo ele influencia).
13. TEMPERATURA CROMÁTICA Designa a capacidade que as cores têm de parecer quentes ou frias. CORES QUENTES - cores estimulantes, ativas, salientes. Aumentam o tamanho aparente das coisas e tendem a unificar/integrar. Tendem para o amarelo e suas matizes com os alaranjados e avermelhados. CORES FRIAS - cores tranqüilizantes, mas também tristes, melancólicas. Parecem estar mais distantes de nossos sentidos. Diminuem o tamanho aparente das coisas e tendem a desintegrar/separar. Tendem para o azul e suas matizes com o verde e o violeta.
14. TEMPERATURA CROMÁTICA Segundo Albers, qualquer medição de qualidades de CLARO-ESCURO está relacionada com uma escala de relações LEVE-PESADO, além do contraste de temperaturas QUENTE-FRIO. Mas é importante a observação de que, por exemplo, o vermelho e o azul (que em geral representam o quente e o frio) podem estar colocados alternadamente dos lados esquerdo e direito para demonstrar que as duas cores podem parecer tanto altas quanto baixas em termos de temperatura.
16. HARMONIA – ESQUEMAS DE CORES “ Quando aplicada de modo prático, a cor não somente aparece em incontestáveis tons e meios-tons, como também se caracteriza por forma e tamanho, por recorrência e posicionamento etc.” (Albers, 2009, p.53) ACROMÁTICOS MONOCROMÁTICOS COMPLEMETARES ANÁLOGOS NEUTROS PRIMÁRIOS SECUNDÁRIOS TERCIÁRIOS DIVISÃO COMPLEMENTAR
20. ESQUEMA ANÁLOGO Utiliza quaisquer cores consecutivas na combinação, incluindo-se seus complementos (provenientes de sua saturação ou rebaixamento) do círculo cromático.
21. ESQUEMA NEUTRO Utiliza uma cor em combinação com seus complementos - provenientes de sua saturação ou rebaixamento. E ainda com preto e cinzas.
24. ESQUEMA TERCIÁRIO Utiliza a combinação de cores que estão sempre eqüidistantes umas das outras no círculo. Isso inclui combinações de primárias com secundárias ou terciárias e secundárias com terciárias.
25. ESQUEMA DA DIVISÃO COMPLEMENTAR Utiliza a combinação de uma cor com as outras duas que estão de cada lado de sua complementar no círculo cromático.
26. Referências Bibliográficas: ALBERS,Josef. A intera ç ão da cor. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009. COSTA, Maria Izabel. Apostilas para estudos sobre Cores (Cap.I, II e III). Disciplina de Desenho Têxtil I. Curso de Bacharelado em Moda – UDESC. PEDROSA, Israel. Da cor a cor inexistente. RJ:FENAME, Perspectiva, 1976. ______________. O Universo da cor.Rio de Janeiro: Ed.Senac Nacional, 2004. WHELAN, Bride M. Color Harmony 2: a guide to creative color combinations. Massachusetts: Rockport publishers, 1997.