1. O documento apresenta o plano de ensino de História para o 3o ano do ensino médio, dividido em quatro bimestres, com os principais conteúdos históricos a serem abordados em cada período.
2. Os conteúdos incluem temas como as guerras mundiais, os regimes totalitários, a descolonização, a ditadura militar brasileira e a história contemporânea de Sergipe.
3. O documento fornece ainda esquemas detalhados sobre os conteúdos de cada bimestre
1. 1
COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”
ALUNO (a):__________________________________________________, Nº ________
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
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“A História é o estudo orientado cientificamente que analisa o
passado e suas relações com o tempo presente, buscando linhas de
ação (transformação) para o futuro”. Lucien Febvre
Ribeirópolis –SE
2011
3º ANO
3. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
SUMÁRIO
1 – Esquema dos conteúdos do primeiro
bimestre ............................................................................... 03
2 – Esquema dos conteúdos do segundo
bimestre ...............................................................................08
3 – Esquema dos conteúdos do terceiro
bimestre ................................................................................ 11
4 – Esquema dos conteúdos do quarto
bimestre .................................................................................. 13
5 – Esquema dos conteúdos de História de
Sergipe ............................................................................ 17
6 – Questões referentes ao primeiro
bimestre ...................................................................................... 20
7 – Questões referentes ao segundo
bimestre ..................................................................................... 23
8 – Questões referentes ao terceiro
bimestre ....................................................................................... 26
9 – Questões referentes ao quarto
bimestre ......................................................................................... 31
10 – Questões de História de
Sergipe .................................................................................................. 34
11 – Questões do
ENEM........................................................................................................................ 35
12 - Lista de
siglas ................................................................................................................................ .
45
13 – Referências
Bibliográficas ............................................................................................................. . 45
14 - Anexos
(mapas) ..............................................................................................................................
.. 46
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PRIMEIRO BIMESTRE:
- A Primeira Guerra Mundial e seus reflexos no Brasil;
- Revolução Russa;
- A Questão Social na República Velha;
- A Cultura na República Velha;
- O Movimento Tenentista no Brasil e em Sergipe;
SEGUNDO BIMESTRE:
- A Crise do Capitalismo e o Período Entreguerras;
- Os Regimes Totalitários Europeus e Latino-americanos;
- A Segunda Guerra Mundial;
- A Era Vargas. Sergipe sob o domínio dos Interventores (1930-1945);
- Descolonização da Ásia e da África;
TERCEIRO BIMESTRE:
- A Redemocratização (1945-1964) e o Desenvolvimentismo;
3
4. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- Os Governos Militares e a Política Econômica e Social;
- Movimentos Sociais na América Latina;
- Sergipe sob o Regime Militar;
- A Crise do Regime Militar: a Abertura e o Movimento Sindical no Brasil;
QUARTO BIMESTRE:
- Movimentos Sociais e Culturais no Brasil nas décadas de 60 e 80;
- Sociedade e Cultura em Sergipe Contemporâneo;
- A Crise do Socialismo, as Lutas Inter étnicas na Europa e no Oriente Médio;
- A Globalização e seus efeitos.
“O principal objetivo da educação é ensinar as pessoas a pensar com
autonomia”.
Kant
Bom estudo !!
HISTÓRIA
TERCEIRA SÉRIE DO ENSINO
MÉDIO
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
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ESQUEMA DOS CONTEÚDOS
PRIMEIRO BIMESTRE
I - A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
(1914 – 1918)
1 – Introdução: “O século XX foi
marcado por inúmeras guerras e
revoluções. Muitas dessas ocorrências
estiveram ligadas às disputas
imperialistas travadas entre as grandes
potências pela dominação e exploração
de grande parte do mundo. O
Imperialismo praticado a partir da
segunda metade do século XIX pelas
potências industrializadas, foi
responsável, entre outros, por um dos
mais terríveis conflitos armados da
história da humanidade, que foi a
Primeira Guerra Mundial”.
(PETTA e OJEDA. 1999:195)
2- O que foi a primeira guerra mundial?
Um conflito armado entre as potências
imperialistas que lutavam por uma nova
divisão de mercados.
3 – Fatores:
- As rivalidades imperialistas das
grandes potências que competiam
violentamente por colônias e
mercados;
- Ressentimentos nacionalistas.
- Pontos de atritos permanentes:
* A rivalidade anglo-germânica
onde os ingleses desejavam
eliminar a concorrência econômica
da Alemanha;
* O revanchismo francês – os
franceses queriam recuperar a
região da Alsácia-Lorena e barrar
as ambições dos alemães no
Marrocos;
* O Pan-eslavismo russo – a
Rússia desejava aumentar sua
influência nos Bálcãs e encontrar
uma saída para o Mediterrâneo,
incentivando a união de todos os
povos eslavos que se encontrava
sob o domínio do império Austro-
Húngaro e do Otomano;
* O nacionalismo da Sérvia que
lutava pela sua emancipação
contra os turcos e austro-húngaros.
5 – Alianças:
- Tríplice Entente – Inglaterra,
França e Rússia;
- Tríplice Aliança – Alemanha,
Itália e Império Austro-Húngaro;
4
5. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
6 – Estopim da guerra: Assassinato do
imperador austríaco Francisco
Ferdinando e de sua esposa
(28/06/1914) em Sarajevo, capital da
Bósnia.
- Obs.: Esse fato acabou por
desencadear sucessivas declarações
de guerras entre os países europeus.
7 – Fases da Guerra:
- 1a -
Guerra de Movimentos
(agosto/novembro de 1914) –
caracterizou-se pela rápida mobilização
das tropas contra os inimigos. Os
alemães usando o plano Schlieffen
invadiram a França e foi derrotada na
batalha de Marne;
- 2a
- Guerra das Trincheiras (novembro
de 1914 – março de 1918)– marcada
pelo relativo equilíbrio dos países e
pelo uso de metralhadoras e tanques
blindados. Cada centímetro que se
avançava no mapa custava longa
preparação e milhares de vidas.
- 3ª - Ofensivas de 1918: elementos
que modificaram as condições da
guerra:
* uso de tanques a partir de 1916;
* maior eficácia dos aviões de caça,
bombardeio e observação;
* saída da Rússia e a entrada dos
Estados Unidos na guerra 1917.
8 – A Entrada dos Estados Unidos na
Guerra
-Acontecimentos:
* posição de neutralidade dos Estados
Unidos;
* a política de solidariedade aos aliados
(Tríplice Entente).
- Causa da entrada dos EUA na guerra:
* Torpedeamento do navio norte-
americano Vigilentia e a revelação de
que os alemães tinham oferecido ao
México uma aliança contra os Estados
Unidos.
9 – O fim da guerra:
- O presidente dos E.U.A Wilson
apresenta um plano de paz, composto
de 14 pontos baseados na idéia de
uma paz sem vencedores que foi
inviabilizado devido as pressões da
França e Inglaterra;
- Conferência de Paris – Paz de
Versalhes;
* Alemanha, além de perdas territoriais
foi obrigada a pagar indenizações aos
vencedores e reduzir seus exércitos;
* Criação da Liga das Nações.
10 – Conseqüências:
* Perdas humanas;
* Ascensão dos E.U.A;
* Decadência da Europa;
* Revolução Russa;
* Aparecimento dos Estados
Totalitários;
* Modificação do mapa político da
Europa;
* A crise do capitalismo liberal que
cedeu lugar ao Estado Intervencionista;
11 - O Brasil na Primeira Guerra
Mundial
– A situação econômica, social e
política do Brasil na época da primeira
guerra:
* Presidente Venceslau Brás;
* Situação econômica instável,
obrigando o Brasil a recorrer novo
empréstimo;
*Ganha impulso a exportação de
borracha;
– A Participação do Brasil:
*Após a entrada dos E.U.A e o
afundamento dos navios brasileiros
Paraná e Macau pelos alemães;
* Participou fornecendo alimentos e
matérias-primas aos aliados, policiando
o Atlântico e enviando uma equipe
médica, soldados e aviadores para a
Europa;
– Os reflexos da Primeira Guerra
Mundial no Brasil:
* Impulso à industrialização
(substituição das importações);
- O papel da guerra na indústria;
* Tese tradicional – Roberto Simonsen
e Caio Prado Júnior – aumento da
produção industrial;
* Tese revisionista (Warren Dean) –
ocorreu apenas um avanço no setor
industrial (açúcar, frigoríficos e tecidos)
que pôde vender seus produtos no
mercado mundial. Não ocorreu
aumento de energia elétrica, entrada de
capitais estrangeiros e máquinas, e
chegou a ocorrer falta de combustíveis;
- O processo de industrialização;
*Ausência de uma política industrial;
* Os agentes eram os imigrantes;
5
6. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
II – A REVOLUÇÃO RUSSA DE 1917
- Introdução: “Assim como a Revolução
Francesa de 1789 foi o modelo clássico
de revolução burguesa, que
desmantelou a velha ordem feudal e
aristocrática, criando as condições para
o desenvolvimento do capitalismo
moderno, a Revolução Russa de 1917
é considerada o modelo clássico de
revolução proletária, que destruiu a
ordem capitalista e burguesa e lançou
os fundamentos do primeiro Estado
socialistas da história”.
(MELLO e COSTA. 1999:295)
1 – A Rússia Pré-revolucionária:
- Agricultura semifeudal;
* Economia agrária, onde os
camponeses viviam em condições
semifeudais, condenados à miséria;
* As terras pertenciam aos boiardos e
ao clero que exploravam os
camponeses e os mujiques (servos);
- Industrialização tardia:
* Industrialização financiada por
capitais estrangeiros onde surgiram
industrias em Moscou e São
Petersburgo;
* Aparecimento de uma burguesia fraca
e um operariado forte e organizado;
- Autocracia política: governo de
Nicolau II:
* Ausência de liberdade de opinião,
eleições livres e direitos democráticos;
- A oposição ao Czarismo:
- Partido Socialista – Revolucionário
(PSR):
* Propunham uma ampla frente de
classes sociais para derrubar o
czarismo;
* Defendiam democracia e revolução
agrária;
- Partido Constitucional Democrático;
* Seus membros eram chamados de
Kadetes;
* Lutavam por reformas políticas que
implantasse a monarquia
constitucional;
- Partido Operário Social – Democrata
Russo (POSDR) – defensores dos
princípios marxistas;
* Bolcheviques (maioria) – eram
revolucionários e defendiam a
revolução Socialista com a aliança
entre camponeses e operários;
* Mencheviques (minoria) – defendiam
a aliança com a burguesia e a
passagem gradual ao socialismo
através de reformas;
3 – O Ensaio Revolucionário de 1905:
- A derrota da Rússia na guerra russo-
japonesa pelo controle da Manchúria
agravou a miséria das camadas baixas
da população;
- Domingo Sangrento – (Revolução de
1905);
- Surgimento dos Soviets – Conselho
de Operários;
* Criação da Duma;
- Em 1907, o czar organizou a contra-
revolução dissolvendo os Soviets e a
Duma;
4 – A Revolução Menchevique
(Fevereiro):
- Derrotas da Rússia frente aos
alemães agrava a crise econômica;
- A população reage com greves e
manifestações populares apoiadas por
soldados e marinheiros liderados pelos
Soviets;
- Derrubada do czarismo e ascensão
de um governo liberal-burguês;
- Dois centros de poder:
# Duma – controlada pela burguesia;
# Soviets – controlado pelos
trabalhadores que fazia a oposição;
* Manteve a Rússia na Primeira Guerra
Mundial;
* Concedeu anistia geral – volta de
Lênin que divulgou as teses de Abril –
Terra, Pão e Paz e de Trotski que foi
eleito Presidente do Soviete de
Petrogrado e organiza a Guarda
Vermelha;
5 – A Revolução Bolchevique (outubro):
- Queda de Kerenski;
- Ascensão dos Bolcheviques – Lênin:
• Reforma agrária;
• Nacionalização de
bancos e industrias;
• Assinatura do tratado
de Brest-Litovsk com a
Alemanha;
- A Guerra Civil:
* Envolvia o exército branco (burguesia,
latifundiários apoiados pelos países
europeus) e o Exército Vermelho
liderado por Trotski que lutava para
preservar a ordem Socialista;
* Lênin para garantir a produção e o
abastecimento colocou em prática o
comunismo de guerra;
6
7. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
* Vitória de Lênin;
6 – A NEP e a Estabilização do
Regime:
- Lênin colocou em prática a Nova
Política Econômica (NEP) – retorno
parcial a formas de economia
capitalista para superar a crise,
aumentando a produção;
- Surgimento da URSS (União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas) –
(1923);
- Morte de Lênin e a disputa pelo poder
entre Trotski (Revolução Permanente)
e Stálin (socialismo em um só país);
7 – Totalitarismo Stalinista:
- Substituiu a NEP pelos planos
Qüinqüenais caracterizados pela rígida
planificação do Estado na economia:
* Os dois primeiros planos tinham como
objetivo o incentivo a indústria pesada
e a coletivização da economia
(Rolkhozes e Sovrhozes); e o terceiro o
desenvolvimento da indústria química.
- No aspecto político criou o
ROMINFORM e procurou reprimir a
oposição e acabou com os Soviets;
- A Internacional Comunista, Moscou
1935;
- Os desafios dos partidos comunistas
nos dias atuais.
III – REPÚBLICA VELHA
(1889 – 1930)
- Introdução: “O período que se
estende da queda da monarquia, em
1889, até a revolução de 1930, é
conhecido em nossa história como
República Velha. Esta, por sua vez,
divide-se em: República da Espada
(1889 – 1904), controlada pelos
militares, e República Oligárquica
(1904-30), dominada pelos fazendeiros
de café. A República da Espada,
conhecida também como República
Jacobina, corresponde à época de
consolidação do regime republicano
federativo contra as tentativas de
restauração monárquica no Brasil”.
(COSTA e MELLO. 1999:238)
1 – República da Espada (1889 –
1904)
1.1 – Governo Provisório de
Deodoro da Fonseca;
- Grande naturalização de estrangeiros;
- Separação entre Igreja e Estado;
- Banimento da família real;
- Instituição do casamento civil;
- Política econômica – encilhamento –
Rui Barbosa:
• Estímulos à
industrialização;
• Aumento das tarifas de
importação;
• Agitações na bolsa de
valores: especulação e
empresas fantasmas;
• Crise econômica:
inflação, falência e
destituição de Rui
Barbosa;
- A constituição de 1891:
• Federalismo;
• Três poderes;
• Sufrágio universal;
• Liberdade de culto;
1.2 – Governo Constitucional de
Deodoro
- Antagonismo entre o governo e o
congresso:
• Dissolução do
congresso;
• Renúncia;
- 1a
Revolta da Armada;
1.3 – Floriano Peixoto (1891 –
1894)
- Reintegração do congresso;
- Acusado de continuísmo (não
convocar eleições)
- Política econômica – Serzedelo
Correia – Protecionista favorável à
indústria;
- Revoltas: Federalista e 2a
Revolta da
Armada, e agitações populares;
2 – República Oligárquica (1904 – 30)
- Política dos Governadores –
autonomia estadual, apoio eleitoral ao
governo federal;
- Coronelismo – obtenção de votos pela
manipulação dos currais eleitorais;
- Política do café-com-leite –
alternância de presidentes do PRP e
PRM;
- Hegemonia dos cafeicultores.
2.1 – Prudente de Morais (1894 –
1898)
7
8. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
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- Primeiro presidente civil;
- Incentivo a industrialização – reação
das oligarquias cafeeira e o fim do
protecionismo;
- Guerra de Canudos.
2.2 – Campos Sales (1898 –
1902):
- 1º Funding-Loan e o saneamento
financeiro colocado em prática por
Joaquim Murtinho;
- Política dos governadores;
- Questão do Amapá (Guiana
Francesa);
2.3 – Rodrigues Alves (1902 –
1906):
- Erradicação, no Rio de Janeiro, da
febre amarela;
- Surto da borracha;
- Revolta da vacina;
- Questão do Acre – ampliação de
fronteiras;
- Convênio de Taubaté – política de
valorização do café.
2.4 – Afonso Pena (1906 – 1909) –
governar é povoar
- Incentivo à imigração;
- Colocou em prática o convênio de
Taubaté;
- Participação do Brasil na conferência
de Haia, destaque para Rui Barbosa;
2.5 – Nilo Peçanha (1909 – 1910)
- Criação do Serviço de proteção ao
índio (SPI) presidido pelo Marechal
Rondon;
- Sucessão: campanha civilista (Rui
Barbosa que defendia a necessidade
de reformas políticas e moralização das
eleições) Hermes da Fonseca. Primeira
cisão da política café-com-leite.
2.6 – Hermes da Fonseca (1910 –
1914)
- Revoltas: Contestado, Chibata e
Padre Cícero (Pacto dos coronéis);
- Política das Salvações;
- Crise da borracha;
- Pacto de ouro fino (reatamento de
relações entre PRP e PRM);
2.7 – Venceslau Brás (1914 –
1918)
- Continuação da guerra do
Contestado;
- Promulgação do código civil – Clóvis
Beviláquia;
- 1a
guerra – impulso a industrialização;
- Greve de 1917;
- Morte de Rodrigues Alves antes de
tomar posse assumindo o vice-
presidente Delfim Moreira que
convocou eleições;
2.8 – Epitácio Pessoa (1919 –
1922)
- Lei de repressão ao Anarquismo para
conter as greves;
- Queda nas exportações; novo
empréstimo e valorização do café;
- Semana de Arte Moderna;
- Fundação do PCB (1922);
- Revolta do 18 do Forte de
Copacabana.
2.9 – Artur Bernardes (1922 –
1926)
- Permanente estado de sítio (reforma
constitucional - ampliou os poderes do
executivo);
- Eclosão de diversos movimentos
tenentistas (Revolta de Isidoro Dias
Lopes e a Coluna Prestes) – visava
combater o regime vigente;
- Intervenção no Rio Grande do Sul –
onde assinou o Pacto de Pedras Altas;
2.10 – Washington Luís (1926 –
1930)
- “Governar é abrir estradas” e a
“questão social é um caso de polícia”;
- Inflação e crise econômica (crise de
29 e superprodução do café);
- Sucessão: rompimento da política
café-com-leite Júlio Prestes (PRP) e
Getúlio Vargas (Aliança Liberal);
- Vitória do PRP e insatisfação das
oligarquias dissidentes (tenentistas e
camadas urbanas);
Iv - A Questão Social na República
Velha
– Introdução: “O continuísmo político da
República Velha esteve longe de suprir
as necessidades da grande massa da
população brasileira. Durante esse
período, a exclusão social gerada pelo
regime propiciou o surgimento de
8
9. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
revoltas, demonstrando o
descontentamento das camadas
populares para com as oligarquias
dominantes”.
(PETTA e OJEDA.1999:207)
1 – As Tensões Sociais no Campo
1.1 – Guerra de Canudos (Ba) 1896 –
1897
- Governo de Prudente de Morais;
- Fatores: Latifúndio, exploração,
miséria, seca e abandono da
população;
- Movimento Messiânico liderado por
Antônio conselheiro contra o governo e
defendendo a instalação de uma
sociedade igualitária, assim como a
vinda de um Messias (catolicismo
rústico);
- Em 1893, conselheiro e seus
seguidores se estabeleceram na antiga
fazenda de Canudos fundando o Arraial
de Belo Monte, onde a população
encontrava solidariedade, conforto
espiritual, abrigo e trabalho; economia
baseada na agricultura e pecuária e o
comércio de couro;
- Canudos resistiu a três expedições,
sendo destruída pela quarta expedição
em (05/10/1897);
- Euclides da Cunha escreveu “Os
Sertões”;
1.2 – A Guerra do Contestado
(19/12/1916):
- Governo de Rodrigues Alves e
Venceslau Brás;
- A região de contestado era disputada
pelo Paraná e Santa Catarina;
- Representou a luta dos camponeses
que foram expulsos da região pelos
proprietários da empresa Brazil Railway
para a construção de uma ferrovia;
- Nesta época a população era formada
por posseiros, desempregados da
ferrovia e camponeses;
- Em 1912, o monge José Maria fundou
um núcleo de povoamento chamado
Monarquia Celeste, onde pretendia
preservar os valores da Monarquia até
a volta do rei D. Sebastião;
- Foi destruída pelo governo por
parecer uma conspiração anti-
republicana;
1.3 – Revolta de Juazeiro (1914)
- Padre Cícero Romão era considerado
protetor dos sertanejos e apoiava os
coronéis;
- Tinha suas origens no quadro de
miséria e abandono da população rural;
- Em 1911 elegeu-se prefeito de
Juazeiro e firmou o Pacto dos coronéis,
um acordo para manter a família
Accioly no poder no Ceará;
- Teve início devido à política das
Salvações de Hermes da Fonseca que
derrubou a família Accioly substituindo
pela família Rabelo;
1.4 – O Cangaço:
- Fenômeno típico do Nordeste, onde a
miséria, a fome, a perda de terras e
roças, as secas e as arbitrariedades
dos coronéis geraram bandos que
queriam fazer justiça com as próprias
mãos;
- A figura do cangaceiro tem sua
origem no “cabra ou capanga” pagos
para servir ao coronel. O cangaceiro ao
contrário do coronel agia em beneficio
seu e de seu bando e não defendia o
latifúndio;
- O mais famoso cangaceiro do período
imperial foi Jesuíno Brilhante (defensor
dos fracos e oprimidos - tinha o apelido
de Robin Hood sertanejo);
- Surgiram Antônio Silvino que entrou
no cangaço para vingar a morte de seu
pai e Virgulino Ferreira da Silva
(Lampião) onde foi massacrado na
gruta de Angico (Sergipe);
- Em geral, a idéia de vingança
constituía a justificativa mais comum
para a adesão do cangaço ou a volante
(policiais que caçavam cangaceiros);
2 – Tensões Sociais na cidade:
2.1 – A Revolta da Vacina
- Governo de Rodrigues Alves;
- Devido aos recursos oriundos do
Funding-Loan e a exportação da
borracha, o governo federal, mandou
sanear e urbanizar o Rio de Janeiro;
- Ocorre a destruição das moradias
populares no centro da cidade e sua
população expulsa para dar passagem
ao progresso;
- Em outubro de 1904 foi aprovada a lei
da vacina obrigatória e o médico
Sanitarista Osvaldo Cruz promoveu o
combate a varíola.
9
10. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- O estopim foi do poder aquisitivo e
frustrações da população;
2.2 – A Revolta da Chibata (1910)
- Governo de Hermes da Fonseca;
- Foi a luta contra os castigos físicos
aplicados aos marinheiros e contra os
baixos salários;
- Líder: João Cândido;
- Os marinheiros amotinados
assumiram o controle dos navios e
ameaçaram bombardear a cidade, caso
o presidente não atendesse as
reivindicações. Ele prometeu atender e
depois mandou prender o líder;
- Alguns marinheiros foram mortos e
deportados para regiões distantes do
Rio de Janeiro;
2.3 – Greves de 1917
- Greves em São Paulo e Rio Janeiro,
em reação ao alto custo de vida e aos
baixos salários;
- Sofreram influência da ideologia do
anarcosindicalismo;
- Reivindicavam aumentos salariais e
legislação trabalhista;
2.4 – O Movimento Tenentista
- Movimento da jovem oficialidade do
exército de contestação ao domínio da
oligarquia cafeeira, cujas ações
expressavam os anseios de mudanças
dos grupos sociais urbanos,
especialmente aos ligados às classes
médias;
Combatia a corrupção na vida pública,
defendia o voto secreto e o
nacionalismo econômico;
2.4 – Revolta do Forte de
Copacabana (Rj – 1922)
- Primeira revolta tenentista;
- Líderes: Euclides da Fonseca, filho do
Marechal Hermes;
- Causa: A prisão do Marechal Hermes
da Fonseca e o fechamento do clube
Militar;
- Objetivo: Renúncia do candidato
recém-eleito Artur Bernardes e ainda
não empossado;
2.5 – Revolução Paulista de 1924:
- Causa: Descontentamento contra o
governo Artur Bernardes e exigiam sua
renúncia.
- Líder: Izidoro Dias Lopes e Miguel
Costa;
- Ocorreram combates violentos e com
a chegada de reforço federal, os
rebeldes se retiram para o interior
integrando depois a Coluna Prestes;
2.6 – A Coluna Prestes
- Ápice do movimento tenentista;
- Líder: Luís Carlos Prestes e Miguel
Costa;
- Percorre o Nordeste e o centro do
Brasil, incentivando a população a
lutarem contra as oligarquias. Enfrentou
exércitos sem perder uma batalha;
- Com o fim do governo de Artur
Bernardes, a coluna se desfez e os
principais líderes refugiaram-se na
Bolívia;
V - A Cultura na República Velha
- Papel da Igreja – fundar escolas,
orfanatos e seminários;
- Ciências:
* Nina Rodrigues – medicinal legal;
* Adolfo Luz e Emílio Ribas – pioneiros
na pesquisa sobre a transmissão da
febre amarela;
* Osvaldo Cruz – erradicou a febre
amarela no Rio de Janeiro;
* Carlos Chagas – pesquisa sobre a
doença transmitida pelo mosquito
barbeiro;
* Fundação do Instituto Marquinhos
(Osvaldo Cruz) e Vital Brasil fundou o
Instituto Butantã
* Capistrano de Abreu e Afonso Taunay
desenvolveram estudos sobre a história
do Brasil;
- Manifestações Artísticas;
- Artes plásticas estiveram sob a
influência das técnicas e dos temas da
Belle Epoque européia;
- Destaques:
• Pedro Américo – A
Batalha de Aval;
• Vitor Meireles de Lima
– Primeira Missa no
Brasil e a Batalha dos
Guararapes;
- Música:
10
11. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
• A elite curtia as polcas
e as valsas européias
ou de compositores
eruditos como: Carlos
Gomes e Basílio
Itaberê da Cunha;
• Principais óperas de
Carlos Gomes – “O
Guarani”, “Maria
Tudor”, “Fosca”;
- Teatro:
• Caracterizou-se pela
improvisação cômica
dos atores que não
respeitavam o texto e
as idéias do autor;
• Principais destaques
do Teatro de ator:
Procópio Ferreira,
Apolônia Pinto e
Joaquim José da
França Júnior que
retratava os costumes
de forma humorística;
- Cinema:
• Em 1896, o
cinematographo foi
lançado na Rua do
Ouvidor, no Rio de
Janeiro, onde foram
feitos os primeiros
filmes nacionais;
- Futebol:
• O foot-ball, esporte
inglês, introduzido no
Brasil por Charles
Miller em 1894, passou
a ser cada vez mais
popular. Fundaram-se
clubes como ªª Ponte
Preta (1900), O
Palestra-Itália
(Palmeiras);
- Carnaval;
• Em 1917 foi gravado o
primeiro samba do
Brasil: Pelo telefone.
Inicialmente foi muito
criticado por quem
queria continuar
ouvindo as canções
francesas, valsas ou
modinhas;
- Semana de Arte Moderna – (S.
Paulo – 1922);
SEGUNDO BIMESTRE
VI - A CRISE DO CAPITALISMO
- Introdução: “A década de 1930 seria
atingida por uma das maiores crises
econômicas da história capitalista, a
chamada Grande Depressão. A crise
favoreceu a polarização de forças no
plano político, opondo de um lado as
“frentes populares” e de outro os
partidos fascistas. No plano das
relações internacionais, os países
fascistas efetivaram agressões
expansionistas enquanto os países
democrático-liberais promoviam uma
política de apaziguamento”.
1 – Situação dos E.U.A após a Primeira
Guerra Mundial:
* Ascensão econômica americana;
* O american way of life (modo de vida
americano) caracterizado pelo grande
consumo, difusão do consumo
supérfluo e crescimento das cidades;
2 – Causa gerais da Depressão:
* Superprodução agrícola e industrial;
* Diminuição do consumo;
* O crack da bolsa de Nova York;
* Dependência econômica dos E.U.A –
ocorrendo crises por causa da redução
das importações americanas e
repartimento dos capitais;
3 – O New Deal – Franklin Roosevelt.
- Programa de recuperação que
abrangia a agricultura, a industria, área
social e previa uma intervenção do
Estado na economia;
VII – REGIMES TOTALITÁRIOS
- Introdução: “O período entre-guerras
assistiu ao aparecimento de um regime
que procurou, pelo cerceamento às
liberdades individuais, sustentar o
capitalismo então em crise. Trata-se do
fascismo, que, embora apresentando
peculiaridades de país para país,
instalou-se em vários Estados
europeus, asiáticos e latino-
americanos. Em nações como
Alemanha, Itália e Japão, o fascismo
desenvolveu uma forte atitude
imperialista, em grande parte
11
12. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
responsável pela Segunda Guerra
Mundial”.
(MELLO e COSTA. 1999:314)
1 – Fascismo – Itália
1.1 – Origens:
- A crise econômica do pós-guerra -
inflação, recessão, desemprego e a
perda de confianças nas soluções
liberais;
- Insatisfações com o resultado da
guerra e o fortalecimento dos
movimentos nacionalistas;
- Em 1919, Mussolini fundou o Fascio
di Combatimento que deu origem ao
Partido Fascista e a formação das
Squadras (camisas negras) que
usavam da violência para atacar seus
adversários;
- As esquadras eram apoiadas pela
burguesia;
1.2 – Ascensão do Fascismo:
- Marcha sobre Roma e o rei Vitor
Emanuel nomeou Mussolini para o
cargo de primeiro ministro e no poder
convocou eleições, onde os fascistas
foram vitoriosos;
- Denúncia de Matteotti, que foi
assassinado;
1.3 – O Governo dos Fascistas:
- Consolidação da ditadura por prisões,
seqüestros e morte dos opositores,
censura à imprensa e instituição do
unipartidarismo;
- Instituição da carta Del Lavoro (carta
do trabalho) introduzindo o
corporativismo;
- No plano econômico promoveram a
intervenção do Estado na economia/
obras públicas;
- Em 1929 é assinado o tratado de
Latrão, onde reconhecia a supremacia
do Papa sobre o Vaticano;
2 – Nazismo – Alemanha:
2.1 – Origens:
- Crise econômica – Ascensão da
República de Weimar que enfrentou
dificuldades financeiras, levando o
governo a emitir papel-moeda
agravando a inflação e o custo de vida;
- Fundação do Partido Nazista em 1919
por Adolf Hitler, onde tentou chegar ao
poder através do Putsch de Munique,
onde foi preso e escreveu o livro Mein
Kampf (Minha Luta) onde sistematizou
a ideologia nazista;
2.2 – Ascensão do Nazismo:
- Vitória eleitoral dos nazistas em 1930,
onde Hitler torna-se Chanceler;
- Incêndio no Reischtag (Parlamento) e
noite dos Longos Punhais;
2.3 – Governo Hitler:
- A morte de Hindenburg, Hitler
proclama a criação do terceiro Reich
(império);
- Eliminou Todos os Partidos;
- Colocaram em prática as leis de
Nuremberg e criou campos de
concentração;
- Adoção dos planos quadrienais
estimulou a expansão da industria,
investimentos no setor bélico e um
plano de obras públicas;
2.4 – Características:
- Totalitarismo, Nacionalismo,
Militarismo, corporativismo (Itália),
Expansionismo, Anticomunismo e
Racismo;
3 – Salazarismo – Portugal:
- Ascensão de Antônio Salazar em
1933, onde instituiu o Estado Novo
inspirado no fascismo, instituindo o
corporativismo, suprimiu as liberdades
e submeteu os sindicatos ao controle
do Estado;
- Em 1974 foi derrubado pela
Revolução dos Cravos;
4 – Franquismo – Espanha:
- Em 1931 foi proclamada a República;
- As esquerdas uniram-se na Frente
Popular vencendo as eleições de 1936
e adotaram um programa de Reforma
agrária;
- As forças de direita organizaram a
Falange e liderados pelo General
Franco inicia uma revolta, dando inicio
a guerra Civil Espanhola;
- O General Franco recebe ajuda de
Hitler e Mussolini e as forças
republicanas da Rússia;
- Vitória dos Franquistas e destruição
de Guernica que foi pintada por Pablo
Picasso;
12
13. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
VIII - A Segunda Guerra Mundial
(1939 – 1945)
-Introdução: “O desfecho da Primeira
Guerra Mundial não proporcionou a paz
que se esperava. Primeiro, porque
alguns países, sobretudo Alemanha e
Itália, ficaram em situação econômica
bem difícil; segundo, porque as
disputas imperialistas que levaram ao
primeiro conflito não foram resolvidas, e
as potências continuavam disputando
as áreas de dominação; terceiro,
porque, após se reorganizar
militarmente sob o governo nazista, a
Alemanha estava novamente
preparada para disputar seu espaço
entre as nações mais poderosas do
mundo”.
(PETTA e OJEDA. 1999:234)
1 – Causas:
- As frustrações e ressentimentos da
Primeira Guerra Mundial;
- A ineficiência da Liga das Nações
para preservar a paz;
- A política de apaziguamento colocada
em prática pela França e Inglaterra;
2 – Blocos:
- Eixo – Alemanha, Itália e Japão;
- Aliados – Inglaterra, França, Estados
Unidos, União Soviética e Brasil;
3 – As agressões na década de 1930:
- Japão conquistou a Manchúria e
invadiu a China;
- Itália invadiu a Etiópia e ocupou a
Albânia;
- Expansão da Alemanha – ocupou a
Renânia, participou da guerra Civil
Espanhola, anexou a Áustria e exigiu
os Sudetos;
- Em 1939 assinou o Pacto Germano-
Soviético e em seguida invadiu a
Polônia;
4 – A Guerra:
II – Fases da Guerra
1ª Fase (1939 – 1942) – marcada pelo
domínio das tropas do eixo, verificado
através das conquistas em relação à
França, em 1940, o bombardeio da
Inglaterra pela Luftwaffe. A estratégia
utilizada pelos nazistas foi denominada
de Blitzkrieg (guerra relâmpago). Em
1941, Hitler desrespeita o acordo com a
União Soviética e invade o seu
território. No mesmo ano o Japão
bombardeia a base militar norte-
americana no Havaí, Pear Harbor .
2ª Fase (1942 – 1945) – caracterizada
pela ofensiva dos aliados com a
entrada dos EUA e da URSS. Foram
organizadas três frentes de batalhas: a
1ª frente chefiada pelos soviéticos na
Europa oriental; a 2ª frente liderada
pelas trapas aliadas na áfrica e no
pacifico e a 3ª frente ao norte da
Europa com o propósito de libertar a
França dos nazistas, organizando o dia
D, em 1944. Em 01 de maio de 1945 o
exercito soviético derrota o exercito
nazista em Berlim. No entanto, a guerra
só terminou em agosto com os
ataques atômicos no Japão, nas
cidades de Hiroxima e Nagasáqui.
5 – Decisões Diplomáticas:
- Conferência de Teerã – os líderes
decidiram o desembarque na França e
a ocupação da Normandia;
- Conferência de Yallã – divisão da
Coréia e reformulação do mapa
europeu;
- Conferência de Postdam – destino da
Alemanha criando o Tribunal de
Nuremberg e a divisão da Alemanha
em zonas de influência;
- Conferência de S. Francisco – criação
da ONU;
6 – Conseqüências:
- Redefinição da nova ordem mundial:
Bipolarização;
- Descolonização afro-asiática;
- Guerra Fria;
IX - A ERA VARGAS (1930 –
1945)
1 – Governo Provisório (1930 –
1934):
- Nomeação de interventores e
dissolução do Congresso Nacional,
Câmaras Estaduais e Municipais;
- Criação do conselho Nacional do café;
Criação de dois Ministérios: o da
Educação e Saúde e do Trabalho,
industria e comércio;
- Proteção ao café – queima de
estoques;
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14. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- Revolução constitucionalista de 1932
– foi à reação paulista ao governo de
Getúlio, que derrotou o movimento,
mas convocou uma Assembléia
constituinte;
- Constituição de 1934:
* Voto feminino, voto secreto;
* Voto do mandato de segurança;
* Representação Classista e direitos
trabalhistas;
2 – Governo Constitucional (1934 –
1937):
- Radicalização Político-ideológica:
* Direita – Aliança Integralista Brasileira
(Fascista – Plínio Salgado);
* Esquerda – Aliança Nacional
Libertadora (antifascista – Luís Carlos
Prestes) que defendia a suspensão da
dívida externa, nacionalização das
empresas estrangeiras, reforma agrária
e governo popular;
- A Intentona Comunista de 1935 – teve
como pretexto o fechamento da sede
da ANL e foi reprimida com violência;
- O golpe de 1937:
* Pretexto: Plano Cohen e foi apoiado
pelos militares;
3 – O Estado Novo (1937 – 1945):
- Constituição de 1937 – (“a Polaca”)
característica autoritária e
antidemocrática;
- Fortalecimento ao poder do Estado;
- Criou a DASP (Departamento de
Administração do Serviço Público) e o
DIP (Departamento de Imprensa e
Propaganda);
- Política externa oscilando entre E.U.A
e Alemanha;
- Criou a polícia especial dirigida por
Filinto Muller criou a CLT (43);
- Intervenção do Estado na economia:
nacionalismo, planejamento
econômico, criação da Usina
Siderúrgica de Volta Redonda e da
Vale do Rio Doce (43);
- Fundação da UNE (1938);
- Participação do Brasil na segunda
guerra:
• Guerra ao EIXO
• Envio da FEB e da FAB
sob o comando do
General Mascarenha
de Morais;
4 – A Decadência do Estado Novo:
- Passeata dos estudantes (1942);
- Manifesto dos mineiros (43);
- Primeiro Congresso Brasileiro de
Escritores (45);
- Queremismo (45);
- Convocações de eleições e o
surgimento de partidos: PSD, PTB,
UDN;
- Golpe de 45, afastamento de Vargas
e o poder passa para José Linhares;
X – DESCOLONIZAÇÃO AFRO-
ASIÁTICA
- Introdução: “O século XX assinalou,
simultaneamente, a decadência do
colonialismo europeu e a ascensão do
nacionalismo nos países coloniais que,
após a Segunda Guerra Mundial,
iniciaram o processo de descolonização
africano e asiático. Os jovens Estados
que emergiram da descolonização
constituíram o bloco do Terceiro
Mundo, que enfrenta atualmente as
seqüelas do subdesenvolvimento, da
dependência e do neocolonialismo”.
(MELLO e COSTA. 1999:382)
1 – Causa:
- Declínio do poderio europeu após a
guerra;
- Ascensão do Nacionalismo afro-
asiático;
- Emergência das superpotências:
E.U.A e URSS;
- A conferência de Bandug (1955) –
debateu os problemas do terceiro
mundo e apoio ao anticolonialismo;
2 – Características:
- Guerras de libertação Nacional;
- Independência por meios pacíficos;
3 – Descolonização Asiática:
3.1 – Índia (1947):
- A luta foi inicialmente liderada pelo
partido do congresso fundado em 1885
de população hindu. Em 1906 foi criada
a liga mulçumana;
- O movimento da Índia foi liderado por
Mahatma Gandhi, que defendia
métodos não violentos de luta, como a
desobediência civil e resistência
pacífica;
14
15. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- Independência e divisão da Índia em:
Índia, Paquistão e Srilanka.
Permaneceram os conflitos étnicos e
religiosos;
3.2 – Indonésia:
- Foi liderado por Sukarno, que instalou
uma democracia dirigida e aproximou-
se da China;
- Shuarto derrubou o governo, instalou
uma ditadura e anexou o Timor Leste
em 1975;
3.3 – Indochina:
- Colônia francesa formada pelo Laos,
Camboja e Vietnã;
- A luta foi liderada por Ho Chi Min que
fundou a Liga Revolucionária para a
independência do Vietnã (Vietminh),
onde a França não reconhece a
independência;
- A conferência de Genebra decidiu
pela independência dos países e pela
divisão do Vietnã;
- A guerra civil (Vietnã do Norte e Sul)
contribuiu para a reunificação em 1976
com a vitória dos Vitcongues e
instalação de um governo comunista;
4 – Descolonização da África:
1 – Argélia:
- Entre 1952 e 1956 desencadearam-se
as lutas contra o domínio francês, sob a
liderança da Frente de Libertação
Nacional. Em 1962, a França concedeu
a independência;
2 – Congo:
- Vendido pelo rei belga ao próprio
governo, após muitas lutas conquistou
a independência;
3 – África Portuguesa:
- Angola – as lutas foram lideradas pela
MPLA (Movimento Popular pela
Libertação de Angola) que após várias
lutas conseguiu a sua independência
em 1975;
- Moçambique – FRELIMO – (Frente
pela Libertação de Moçambique)
liderada por Eduardo Mondlane;
TERCEIRO BIMESTRE
XI – REPÚBLICA DEMOCRÁTICA
POPULISTA (1946 – 1964)
- Introdução: “Entre 1946 e 1964, a
sociedade brasileira tentou, de maneira
inédita, a implantação de um modelo
democrático no processo político da
nação. O fim da ditadura do Estado
Novo, a vitória das democracias na
Segunda Guerra Mundial e a influência
do american way of life marcaram esse
período”.
I – Eurico Gaspar Dutra (46 – 51):
- A Constituição de 1946:
* Preservação da estrutura fundiária;
* Liberal – conservadora;
* Promulgada; mandato de cinco anos;
voto secreto; federalismo; liberdade de
expressão; direito de greve e livre
associação sindical;
- Plano SALTE (saúde, alimentação,
transporte e energia);
- Rompimento das relações
diplomáticas com a URSS;
- Criação da OEA;
- Missão Abbink;
- Política econômica marcada pelo
liberalismo, e a partir de 1917 ocorre à
volta do Intervencionismo estatal;
2 – Segundo governo de Vargas (51 –
54)
- Eleito pelo PTB/PSP, mas Carlos
Lacerda (UDN) tenta impedir a posse;
- Política econômica – nacionalismo,
intervencionismo e industrialismo;
desenvolvimento da industria de base;
- Criação da Petrobrás (1953) – “O
petróleo é nosso”;
- Criação do Banco Nacional de
desenvolvimento econômico BNDE;
- Plano LAFER – investimento nos
setores de base, em transporte e
energia;
- Criação da SUMOC
(Superintendência da Moeda e do
Crédito);
- Reajuste de 100% no salário mínimo
(1954) – Ministro do Trabalho: João
Goulart, os militares lançam o
manifesto dos coronéis;
- Crime na rua Tonoleiros
(05/agosto/1954) atentado contra
Carlos Lacerda;
- Suicídio de Vargas –
(24/agosto/1954);
3 – Café Filho (56):
15
16. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- Período de turbulência social e
política;
- Café Filho (vice): Carlos Luz
(presidenta da Câmara) e Nereu
Ramos (presidente do Senado). A
instabilidade foi contornada pelo
general Teixeira Lott;
- Programa de combate à inflação que
incluía a restrição ao crédito e
contenção aos gastos públicos;
4 – Juscelino Kubitschek (56 – 61);
- Lema “50 anos em 5”;
- Plano de Metas – conjunto de
programas de desenvolvimento
econômico setorial, energia, transporte,
industria, educação e alimentação;
- Inauguração de Brasília (24 – 04 –
1960);
- Criação da SUDENE;
-Implantação da industria
automobilística;
- Abertura da economia ao capital
estrangeiro – submissão político –
econômica aos E.U.A;
- Criação da operação Pan-Americana
(OPA) visava obter o apoio financeiro
dos E.U.A, para o desenvolvimento
econômico da América Latina;
- Descontrole inflacionário;
- Desenvolvimento cultural:
* Destaque para a temática social:
Guimarães Rosa, Jorge Amado;
* Surgimento da Bossa Nova;
* Surgimento do Cinema Novo;
* Em 1958 o Brasil foi campeão
mundial de futebol;
* Éder Jofre tornava-se campeão de
boxe na categoria “peso-galo”.
5 – Jânio Quadros – 1961:
- Eleições de 1960
- Jânio Quadros tinha como símbolo
uma vassoura para “varrer a
corrupção”.
- Política externa independente;
- Condecoração de Che Guevara com a
ordem do Cruzeiro do Sul;
- Programa de estabilização econômica
com a redução de despesas e
compressão de salários;
- Política interna:
* Proibiu a briga de galo no Brasil;
* Proibiu o uso de lança-perfume no
carnaval;
* Proibiu o uso de biquinis nas praias;
- Economia Anti-inflacionária ortodoxa.
- Renúncia de Quadros após sete
meses de governo;
6 – João Goulart (1961 – 1964)
- A crise do populismo e a organização
da campanha da legalidade por Leonel
Brizola e a campanha dos militares
apoiados pela UDN para impedir a
posse;
- Posse de Goulart em 7 – setembro de
1961 e com a realização do Plebiscito
em janeiro e a volta do
presidencialismo;
- Elaboração do Plano Trienal
elaborado por Celso Furtado para a
retomada do crescimento econômico e
a buscar a estabilização;
- Programa de Reforma de Base:
agrária, administrativa, urbana,
bancária e educacional;
- Promulgação do Estatuto do
Trabalhista Rural;
- Criação da Eletrobrás;
- Articulação com a frente de
mobilização popular, CGT, UNE e ligas
camponesas (NE);
- Atuação de organizações
antigovernistas de caráter burguês:
Instituto de Pesquisa e Estatuto Sociais
(IPES), Instituto Brasileiro de ação
Democrática (IBAD);
- Goulart busca apoio popular no
comício de 13/março/64;
- Em 19 de março – Marcha da família
com Deus pela liberdade;
- 31 de março começa em Minas
Gerais a mobilização militar que
derruba João Goulart;
XII – GOVERNOS MILITARES
(1964 – 1967)
- Introdução: “Após a derrubada do
governo João Goulart, a República
Militar instalada suprimiria
paulatinamente as liberdades
democráticas e imporia um modelo
econômico concentrador de rendas e
aberto ao capital internacional. A
República Militar durante seus 21 anos
de existência modernizaria a economia
brasileira à custa do sacrifício dos
setores populares e da ampliação da
dependência em relação ao capital
internacional”.
(MELLO e COSTA. 1999:349)
1 – Castelo Branco (1964 – 1967):
16
17. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- Publicação dos Atos Institucionais:
* A1 – Suspensão dos direitos políticos;
* A2 – Extinção dos partidos políticos e
criou a ARENA e MDB;
* A3 – Eleições indiretas para
governador;
* A4 – Determinou a forma a ser votada
a constituição;
- Instituição do PAEG – Plano de Ação
Econômica do Governo:
* Controle do déficit público e da
inflação;
* Estimulo as exportações e retomada
do crescimento econômico;
- Promoveu a operação limpeza do
país;
- Instituição do FGTS;
- Criação do Banco Central e do SNI
(Serviço Nacional de Informação);
2 – Costa e Silva (67 – 69):
- Constituição de 1967;
- Instituição da lei de imprensa e da lei
de Segurança Nacional;
- Articulação da Frente ampla
organizadora por Carlos Lacerda,
Kubitschek e Goulart visando
reconduzir o país à democracia;
- Movimento estudantil de 1968 e a
passeata dos cem mil no Rio de
Janeiro;
- Ato Institucional nº 5;
- Estruturação da Guerrilha Urbana –
Carlos Marighela e a adesão de Carlos
Lamarca;
- PED – Plano Estratégico de
Desenvolvimento;
3 – Médici (69 – 74):
- Apogeu da ditadura e a repressão
política;
- Criação do PIN (Plano de Integração
Nacional) e do PIS (Plano de
Integração Social);
- Criação do MOBRAL;
- Ponte Rio – Niterói, transamazônica e
ampliação do território marítimo para
200 milhas;
- I PND – Plano Nacional de
Desenvolvimento:
* Maior presença do Estado na
economia;
* Modernização industrial;
* Expansão da renda e competitividade
externa da economia nacional;
- Milagre econômico:
* Brasil avança a níveis de crescimento
do Primeiro mundo;
* Crescimento econômico em todos os
setores (industria, comércio e
agricultura). Brasil nos anos 70, oitava
economia do mundo;
* Suporte do milagre – empresa estatal
(autuação na siderúrgica, petroquímica
e comunicação); Empresa Nacional
(investimento em bens de consumo
duráveis e não duráveis: agricultura de
exportação) e capital estrangeiro
(atuação das multinacionais);
* Declínio do Milagre – queda dos
investimentos, altas de juros, aumento
do preço do petróleo, alta inflação e
dependência do crédito externo.
- A reação a Ditadura:
* Guerrilha urbana;
* Guerrilha rural;
4 – Ernesto Geisel (74 – 79):
- Retorno da democracia lenta, gradual
e segura;
- II PND – Plano Nacional de
Desenvolvimento:
* Continuidade do processo de
modernização;
* Apoio ao capital Nacional e
estrangeiro;
- O fim do milagre e o inicio da crise;
- Instituição do Proálcool;
- Programa Nuclear (Angra I e II) –
acordo com a Alemanha;
- Ferrovia do aço;
- Vitória eleitoral do MDB em 1974;
- Publicação do pacote de abril de
1977:
* Senadores biônicos (1/3 do senado);
* Lei falcão;
- Assassinato de Wladimir Herzog e
Manuel Fiel Filho – reflexos da
repressão política
- Ondas de greves no ABC lideradas
por Lula.
- Revogação do A5;
5 – João Batista Figueiredo (79 – 85):
- Continuidade da abertura;
- Pressões para a volta da democracia;
- Em 1979 intervenção no sindicato do
ABC e no ano seguinte prisão de Lula;
- Aprovação da lei da anistia (1980);
- Reformas partidária – PDS, PMDB,
PTB, PT, PDT;
17
18. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- Extinção dos senadores biônicos, voto
vinculado e eleições diretas para
governador em 1982;
- Atentados à bomba: Câmara
Municipal do Rio de Janeiro, Sede da
OAB e Rio centro;
- O fortalecimento dos movimentos
sindicais: criação da CUT e CONCLAT
e os prefeitos formam a Frente
Municipalista Nacional pela luta da
autonomia financeira municipal;
- Na área econômica – III PND,
incentivo a novas alternativas no
campo dos combustíveis e medidas se
austeridades;
- A campanha pelas diretas já –
Emenda Dante de Oliveira;
- Transição conciliadora – Paulo Maluf
(PDS) e Tancredo Neves (PMDB +
PFL);
QUARTO BIMESTRE
XIII - A NOVA REPÚBLICA
- Introdução: “Os cinco anos do
governo Sarney efetivaram a transição
para a democracia. Ao final de sua
gestão (1990) uma nova Constituição
estava promulgada e realizou-se a
primeira eleição direta para presidente
da República desde 1960. As
instituições democráticas mostraram-se
suficientemente consolidadas para
suportar um surto hiper-inflacionário, a
destruição de um presidente pelas vias
legais previstas na própria Constituição
e a posse de seu sucessor, também
respeitando-se as normas vigentes. A
estabilização da moeda e a solução
dos graves problemas sociais
passaram a ser os grandes desafios da
Nova República”.
( MELLO e COSTA. 1999:393)
1 – José Sarney (1985 – 1990):
- Transição democrática e medidas
para retirar o entulho autoritário:
* Convocação de uma Assembléia
Constituinte;
* Eleições em todos os níveis;
* Liberdade partidária;
- Economia:
* Plano cruzado (Dílson Funaro) nova
moeda; cruzado; congelamento de
preços e salários, aumento do
consumo, falta de produtos (ágio e
estocagem especulativa) e fim da
ORTM e criação da IPC;
* Plano cruzado II – descongelamento
de preços, aumento de impostos;
* Plano Bresser – congelamento de
preços por 90 dias e fim do subsídio do
trigo;
* Plano verão – Maílson da Nóbrega –
nova moeda (cruzado Novo),
congelamento de preços e salários e
elevação das taxas de juros. Todos
resultaram na hiperinflação;
- Reabertura de processos sobre
tortura, greves, assassinato de Chico
Mendes em Xapuri;
- Constituição de 1988:
• Conquistas sociais;
• Voto aos analfabetos.
2 – Fernando Collor (1990 – 1992):
- Características: Neoliberal e
Neopopulismo;
- Plano Collor – Zélia Cardoso de Melo:
• Confisco das
cadernetas de
poupança por 18
meses;
• Nova moeda: Cruzeiro;
• Aumento de impostos;
• Abertura ao capital
estrangeiro.
- Plano Collor II:
• Novo congelamento do
IOF;
• Aumento das tarifas
públicas;
• Redução das tarifas de
importação;
- ECO 92 no Rio de Janeiro;
- Extinção da lei de Sarney de incentivo
a cultura;
- Denúncia de corrupção –
Impeachment (papel dos estudantes –
movimento caras pintadas);
3 – Governo Itamar Franco (1992 –
1994):
- Plano Real – FHC (criação de uma
nova moeda e dolarização da
economia);
- Realização do Plebiscito;
- Abertura de CPTS e processos contra
a corrupção;
- Campanhas da sociedade civil: ação
da cidadania contra a miséria e fome
(Betinho);
18
19. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
4 – Governo de FHC (1995 – 2003):
- Revisão constitucional;
- Programa comunidade solitária;
- Quebra do monopólio estatal do
petróleo, nas telecomunicações;
- Indenização a familiares mortos e
desaparecidos políticos;
- Novo código Brasileiro de Trânsito e o
código civil Brasileiro;
- Continuação das Privatizações – Cia,
Vale do Rio Doce, Telebrás;
- Aumento do desemprego;
- Massacres: Eldorado do Carajás,
Corumbiara e greves (petroleiros,
professores universitários), marcha dos
Sem Terra a Brasília e marcha dos 100
mil, e gritos dos excluídos;
5 – O segundo mandato de FHC
- Em 1997 o congresso aprovou
emenda à constituição permitindo a
reeleição para presidente,
governadores e prefeitos.
- Vitória de Fernando Henrique no
primeiro turno com 53% dos votos
contra 31% de Lula.
- Colapso da economia mundial e
brasileira.
- Aumento do desemprego e da
violência.
- Crise de abastecimento de energia
(apagão).
- Alguns avanços de seus dois
mandatos:
* Implementação de programas de
combate à AIDS;
* Queda na taxa de mortalidade infantil;
* Queda nos índices de analfabetismo;
* Aprovação da LDB;
* Aprovação, em 2000, da lei de
responsabilidade fiscal.
6 – O Governo Lula (1° mandato)
- Crise política: atingido pelas
denúncias de corrupção do deputado
Roberto Jefferson, o governo de Lula
enfrentou grave crise em meados de
2005, perdendo seus dois principais
ministros: Antônio Palocci e José
Dirceu, ambos do PT.
- Economia: Lula manteve as linhas
gerais de seu antecessor. Garantiu o
superávit primário (arrecadação menos
gastos) para pagar a dívida pública e
preservou as metas de inflação, o que,
apesar do cenário externo favorável,
fez com que o país crescesse pouco.
- Gastos públicos: como conseqüência
do superávit, houve forte contenção de
gastos com educação, saúde e
saneamento básico. Investimentos em
infra-estrutura, necessários para o país
superar deficiências básicas, também
foram contidos.
- Reforma Agrária: Lula assentou 81,7
mil famílias por ano, em média, 17% a
mais do que seu antecessor. O número
de famílias sem terra acampadas
cresceu para 230 mil famílias (um
milhão de pessoas).
XIV – A AMÉRICA LATINA E
AS LUTAS SOCIAIS
-Introdução: “A excessiva exploração
das camadas pobres, realizada pelas
elites nacionais em aliança com o
capital estrangeiro, tem sido,
historicamente, fator de revoltas e de
formação de grupos revolucionários
que têm por objetivo mudar o governo e
expulsar os exploradores externos”.
- Em termos gerais, foram poucas
alterações na estrutura econômico-
social da América no início do século
XIX.
1 – México:
- A revolução iniciada em 1911 resultou
da política econômica do governo de
Porfírio Díaz, com intensa concentração
fundiária e entrada de elevadas somas
de capital estrangeiro voltadas para a
exploração e controle dos recursos
minerais e produção de artigos para a
exportação;
- A revolução mexicana foi chefiada
inicialmente por Francisco Madero, a
revolução radicalizou-se com a
exigência de reforma agrária por parte
dos camponeses liderados por Emiliano
Zapata e Francisco Vílla;
- Mesmo sofrendo forte oposição e dos
Estados Unidos, consolidou-se através
da Constituição de 1917, promulgada
por Carranza que legitimava as
conquistas da revolução;
2 – Cuba:
- Ditadura de Fulgêncio Batista;
- Fidel Castro tentou tomar de assalto o
quartel de Moncada, foi preso, onde
19
20. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
retomou e junto com Che Guevara
organizou guerrilhas contra o governo,
recebendo apoio dos camponeses e
trabalhadores urbanos, derrubando
Fulgêncio Batista;
- No governo Fidel, decretou reforma
agrária, urbana e rompeu com os
E.U.A, que tentou derrubar o novo
governo através da invasão da Baía
dos Porcos, que fracassou e foi
imposto um bloqueio econômico;
- Enfrenta atualmente o desafio de
seguir construindo praticamente o
socialismo;
3 – As Ditaduras:
- Durante esse ciclo, a perseguição
política, a anulação dos democráticos,
a tortura, o desaparecimento de
opositores se tornavam regra na vida
política do continente;
- No campo econômico abriu a
economia ao capital estrangeiro e
implantação de um modelo econômico
baseado na alta concentração de
renda, e no achatamento dos salários;
- Exemplos, Galtiere na Argentina,
Augustos Pinochet no Chile, Anastácio
Somoza Nicarágua;
4 – Populismo:
- Exemplos: Vargas (Brasil), Perón
(Argentina) e Lázaro Cárdenas,
(México);
- Os governos prometiam a realização
de amplas reformas econômicas de
cunho nacionalista, rápido
desenvolvimento industrial e diminuição
dos conflitos sociais;
- Argentina – Perón:
* Colocou em prática o justicialismo
(programa social) fez concessão aos
trabalhadores, apesar de seus órgãos
representativos (sindicato e CGT)
serem controlado pelos trabalhadores;
* Na área econômica estimulou a
industrialização e nacionalizou
empresas estrangeiras;
* Em 1955 foi deposto por um golpe
militar, sendo novamente eleito em
1973;
* Em 1983 foi eleito Rául Afosín (Plano
Austral) e Carlos Menem (1989) que
colocou em prática o Plano Carvalho
integrando o país ns princípios do
neoliberalismo;
5 – Chile:
- Eleição de Salvador Allende em 1970
que colocou em prática um programa
de nacionalização reforma agrária com
objetivo de implantar um governo
socialista;
- Sofrendo oposição dos E.U.A e da
sociedade burguesa que realiza a
marcha das Panelas Vazias;
- Foi derrubado em 11/setembro de
1973, por um golpe liderado por
Augusto que instalou uma ditadura até
1988;
XIV – A CRISE DO
SOCIALISMO
- Introdução: “No final da década de
1950, Nikita Kruchev, sucessor de
Stalin no Cargo de secretário-geral do
Partido Comunista Soviético (PCUS),
costumava dizer que a URSS logo
alcançaria e superaria o
desenvolvimento dos EUA, garantindo,
assim, a vitória do comunismo sobre o
capitalismo. Mas, apesar de todos os
esforços e dos êxitos obtidos pela
economia soviética em vários setores,
a previsão de Kruchev não se
confirmou. Além de nunca ter
alcançado os EUA, a URSS se revelou
um império frágil, incapaz de
acompanhar a revolução tecnológica
que caracterizou os últimos trinta anos
no mundo capitalista”.
(FIGUEIRA. 2002:394)
1 – O Governo de
Gorbatchev:
- A situação econômica – a partir de
1970, a economia apresentava taxas
de crescimento cada vez menores;
- Reformas – Glasnot;
- Perestroika;
- A reação Stalinista – as forças
conservadoras promoveu um golpe
liderado pelo vice-presidente Guennadi
Yanayev que assumiu o poder e Boris
Yeltsin procurou liderar a população
contra o golpe;
- Em 19991 as repúblicas bálticas –
Letônia, Lituânia e Estônia
proclamaram a independência e no
mesmo ano foi criada a comunidade de
Estados Independentes decretando o
fim da União Soviética e Boris Yeltsin
torna-se presidente da Rússia;
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21. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- Boris Yeltsin acelerou a transição do
socialismo burocrático de Estado para
o capitalismo, abolindo os controles dos
preços e privatizando as empresas
estatais. Paralelo a essas
transformações crescia a inflação,
desemprego e as tensões regionais, e
em 1998 a economia entrou em
colapso provocando a queda das
bolsas, e o governo recorreu a
empréstimos.
2 – As mudanças no Leste
Europeu:
- 2.1 – Polônia – a oposição ao
regime
- Foi conduzida pelo Sindicato
Solidariedade liderada por Lech
Walessa que em 1990 foi eleito
presidente por voto popular.
- 2.2 – Alemanha – em 1989
derrubaram o Muro de Berlim e no ano
seguinte foi aprovada a reunificação;
- 2.3 – Iugoslávia: Formada pela
Sérvia, Eslovênia, Croácia, Macedônia,
Bósnia-Herzegovina e Montenegro,
onde viviam diversos povos e etnias;
sérvios (cristãos ortodoxos), eslovenos
(católicos), bósnios (muçulmanos);
- Apesar das diferenças permaneceu
até 1980, sob liderança de Tito, e após
a sua morte foi estabelecido um
sistema de rodízio no governo;
- Em 1991, os sérvios se opuseram que
um croata assumiu o poder, e ao
mesmo tempo a Croácia e a Eslovênia
proclamaram a sua independência;
- O presidente Milosevic da Sérvia
declarou guerra aos croatas e
eslovenos. No ano seguinte a Bósnia e
a Macedônia se declararam
independentes, ficando a Sérvia e
Montenegro formando a nova
Iugoslávia;
- A declaração de independência da
Bósnia provocou um conflito entre a os
bósnios e os sérvios que viviam na
região, dando origem a Guerra de
Kosovo. Milosevic promoveu a limpeza
étnica a expulsando a população
albanesa e muçulmana provocando a
intervenção da OTAN e os conflitos
foram suspensos em 1995 com o
acordo de Payton.
2.4 – Tchecoslováquia:
- Em 1968 a população iniciou um
movimento – Primavera de Praga, onde
reivindicava um socialismo
humanizado. O país sofreu a
intervenção do Pacto de Varsóvia
(Brejnev) provocando o fim do conflito e
desposição de Dubcek;
- Em 1989 devido às pressões
populares, o presidente renunciou e
Dubcek foi eleito presidente, processo
que ficou conhecido como Revolução
de Veludo;
2.5 – China:
- Dominada pelos europeus desde a
Guerra do Ópio;
- A guerra civil entre os comunistas e
socialistas contribuiu para que após a
Longa Marcha, Mão-Tse-Tsung
proclamasse a República Popular da
China em 1949;
- Mão-Tse-Tsung realizou a reforma
agrária, abolição dos privilégios
feudais, educação obrigatória e as
bases da industrialização;
- Em 1958, o governo lançou o Grande
Salto para Frente, programa que
pretendia aumentar a produção
agrícola e de que acabou fracassando;
- Enfraquecido Mão-Tse-Tsung
deflagrou a Revolução Cultural – um
movimento de massas contra os seus
adversários a quem clamou de agentes
da burguesia infiltrados no Partido
Comunista. Através desse movimento,
afastou os opositores e fortaleceu o
governo;
- Em 1976, com a morte de Mão-Tse-
Tsung, teve início o processo de
“desmoralização” em que afastou os
adeptos da Revolução Cultural e a
partir de 1978 deu início à abertura
comercial e um programa de reformas
econômicas, procurando a
modernização da indústria, agricultura,
da defesa e da produção cultural.
XV - TENSÕES E CONFLITOS
NO ORIENTE MÉDIO
- Introdução: “O Oriente Médio se
configurou, ao longo do século XX,
numa das áreas mais conflituosas do
mundo. Parte das razões para isso tem
fundamento histórico. O lugar é berço
de três das mais importantes religiões
da atualidade, o judaísmo, o
cristianismo e o islamismo. As
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22. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
diferenças existentes entre essas
religiões servem como pano de fundo
para disputas políticas entre os povos
da região. Outra característica é a
cobiça que o Oriente Médio desperta,
há séculos, nas potências mundiais,
devido às suas riquezas e à posição
geográfica estratégica (...)”
(FIGUEIRA. 2002:418)
1 – A Questão Árabe –
Israelense:
- As tensões são originadas por
conflitos político-religiosos, imensas
reservas petrolíferas e ascensão do
nacionalismo islâmico;
- Após a Primavera Guerra, o território
ficou dividido em áreas de influência
entre os ingleses e franceses. A
Mesopotâmia (Iraque), Palestina e
Transjordânia (Jordânia) ficaram
submetidas à Inglaterra, enquanto a
Síria e o Líbano, à França. Aos poucos
alguns países tornaram-se
independentes; Líbano (1941), a Síria e
a Jordânia em 1946 e o Kuwait em
1961;
- Em 1948, por decisão da ONU foi
criado o Estado de Israel em território
palestino (habitado por maioria árabe,
junto com minorias de judeus e
cristãos). Em 1945, os países da região
tinham fundado a Liga Árabe para
enfrentar o expansionismo judeu na
região (mov. Sionista);
- A Primavera Guerra Árabe-israelense
(1948-1949) – em represália a criação
do Estado de Israel, a Liga Árabe
(Egito, Síria, Líbano, Transjordânia e
Iraque) invadiu a Galiléia, Israel
ampliou seu território anexando parte
da palestina e a outra parte ficou com a
Jordânia que ocupou a Cisjordânia e a
faixa de Gaza e o restante ficou com o
Egito;
- A principal conseqüência foi a fuga
dos palestinos das áreas incorporadas
por Israel;
- Segunda Guerra Árabe-Israelense ou
Guerra de Siiez (1956), onde Israel
ocupa a Península do Sinai;
- Em1967, ocorre a Guerra dos Seis
Dias – a organização para a libertação
da Palestina (O L P) promove ataques
a Israel apoiado pelos sírios. Nessa
guerra Israel ocupa a Península do
Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e
as Colinas de Golã.
- Em 1973, ocorre a Guerra do Yom
Kippur (Dia do Perdão) – tropas da
Síria e do Egito ataca Israel que vence
a guerra.
- Em 1979, Israel e Egito assinam o
acordo de Camp David onde previa a
devolução da Península do Sinai ao
Egito e autonomia aos palestinos de
Gaza e da Cisjordânia. Houve protestos
por parte de outros países;
- A Intifada – ocorreu em Gaza em
1987 motivadas pelo o atropelamento e
morte de quatro palestinos por
israelenses. Yasser Arafat é eleito
autoridade Nacional Palestina.
2 – A Revolução no Irã:
- Em 1978, revolucionários liderados
pelo aiatolá Khomein derrubaram o
governo do Xá Reza Pahlev (aliado dos
E.U.A.) implantando um regime
baseado nos princípios islâmicos;
- Em 1979, Iranianos xiitas invadiram a
embaixada dos E.U.A e, Teerã,
mantendo seus funcionários como
reféns durante meses;
- No ano seguinte ocorre a guerra Irã –
Iraque.
3 – A Guerra do Golfo:
- Teve como causa a invasão do
Kuawait pelo Iraque que alegava
deslealdade na política petrolífera do
Kuawait que vendia seu petróleo a
preços baixos;
- Diante da ocupação, a ONU decretou
embargos ao Iraque e ordenou a
retirada das tropas invasoras;
- Sem sucesso, os E.U.A comandaram
a operação Tempestade no Deserto
(George Bush), onde sem condições de
resistir, Saddam Hussein ordenou a
desocupação do Kuawait e tornou-se
inimigo dos americanos;
- Em 1998, o Iraque foi invadido pelos
E.U.A (Operação Raposa no Deserto
(Bill Clinton) por ter expulso técnicos
norte – americanos que fiscalizavam
em nome da ONU, a existência de
armas químicas;
- George W. Bush articulou uma
coalizão internacional contra o
terrorismo, após o 11 de setembro de
2001, para capturar Osama Bin Laden,
e por isso invadiu o Afeganistão, devido
à recusa do Teleban a entrega-lo para
julgamento.
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23. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
XVI – A GLOBALIZAÇÃO
Introdução: “A formação de grandes
grupos econômicos, que englobam
várias nações, não se deu por causa do
fim da bipolarização mundial. Esse
processo já vinha se organizando há
bastante tempo. Os países da Europa
que formavam a Comunidade
Econômica Européia (CEE), já
estudavam essa questão desde o fim
da Segunda Guerra Mundial. Em outras
partes do mundo, essas negociações
também já eram antigas. O fim da
Guerra Fria foi um acontecimento
paralelo, mas não determinante, da
globalização econômica”.
(PETTA e OJEDA, 1999:283)
- Etapas da internacionalização do
capitalismo:
* Grandes Navegações, séculos XV e
XVI (Expansão do capitalismo
comercial);
* Imperialismo, século XIX (Expansão
do capital financeiro e pela divisão
internacional do trabalho);
* Segunda Guerra Mundial (Expansão
do capitalismo através do poder militar
e econômico dos EUA).
* Fim da Guerra Fria (Início de uma
nova fase denominada globalização,
marcada pela expansão do capitalismo
e pela intensificação do comércio
internacional).
- O processo de Globalização:
* Formação de gigantescos grupos
econômicos;
*Formação de empresas tansnacionais;
* Comércio em escala mundial;
* Informação ao alcance de todos.
- Problemas da globalização:
desemprego; não favorece a
distribuição da riqueza entre os países;
aumento da exclusão social, etc.
HISTÓRIA DE SERGIPE
SERGIPE REPUBLICANO
A Oligarquia Olimpista (1899- 1906)
Nos primeiros anos do século XX, a
política sergipana foi marcada pela
presença de dois partidos políticos:
Partido Republicano de Sergipe
(cabaús) e pelo Partido Republicano
Sergipense (pebas). A partir de 1900 o
Monsenhor Olímpio Campos membro
do Partido Republicano de Sergipe,
conseguiu impor-se aos velhos políticos
cabaús e tornou-se líder de seu partido.
O Monsenhor foi Presidente do Estado,
indicou os seus sucessores no
governo, influiu poderosamente na
eleição de deputados e elegeu-se
senador da República.
Nos municípios eram eleitos para os
cargos eletivos os homens ligados a
Olímpio Campos e os empregos
públicos eram distribuídos entre seus
correligionários. Manteve controladas
as classes subalternas através do
esquema de poder e repressão,
apoiado nos coronéis. Procurou
contemplar as classes dominantes,
principalmente os senhores de
engenho, com um plano de
recuperação da economia açucareira.
A Revolta de Fausto Cardoso (1906)
A Revolta foi uma tentativa de golpe
para derrubar o governo olimpista.
Motivos: a longa permanência dos
olimpistas no poder; a formação de um
grupo mais radical da oposição; a
criação do Partido Progressista:
oposição radical ao olimpismo.
Causa Imediata: visita pela primeira vez
depois de eleito pelo partido dos pebas,
do deputado federal Fausto Cardoso
(natural de Divina Pastora e residente
no Rio de Janeiro, foi professor e
escritor.)
Movimento de Revolta
No dia 10.08.1906, um contingente da
Polícia Militar iniciou a revolta, tomou o
Palácio do Governo e depôs e
Presidente. Formou-se um novo
governo com membros das camadas
médias urbanas do Partido
Progressista. O movimento alcançou
Maruim, Itabaiana, N. Srª das Dores,
Laranjeiras, Rosário, Itaporanga,
Propriá, capela, Riachuelo e
Japaratuba.
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24. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
Intervenção Federal
Em 28.08.1906 o governo federal
articulado com Monsenhor Olímpio
Campos enviou uma força interventora
para Sergipe, que depôs os
progressitas, retomou as sedes
municipais e repôs o olimpista
Guilherme Campos na Presidência do
Estado. Fausto Cardoso foi
assassinado durante os embates
militares da intervenção. Dois meses
mais tarde os filhos de Fausto Cardoso
assassinaram Olímpio Campos no Rio
de Janeiro.
O Governo de Graccho Cardoso (1922-
1926)
Fazia parte do grupo político que
dominou Sergipe de 1910 a 1930, o
chamado Partido Republicano
Conservador (PRC)
Medidas: procurou modernizar a capital
e atingiu em certa medida o interior do
Estado (saneamento básico,
abastecimento de água, urbanização e
embelezamento de cidades, construção
de estradas, pontes e escolas no
interior).
Revolta de 13 de Julho (1924)
Movimento tenentista em Sergipe que
depôs Gracho Cardoso, aderindo à
revolta movida em São Paulo para
depor o presidente da República Arthur
Bernardes.
Motivos: crise política vivida pelo Brasil
a nível nacional; a presença do 28º BC
de oficiais implicados na revolta do
Forte de Copacabana (RJ): foco de
propaganda do antiliberalismo
(oposição ao Governo Federal).
Causa Imediata:
A participação de tropas do 28º BC na
deposição do governador baiano J. J.
Seabra, indignou os oficiais sergipanos
que se sentiram instrumento da política
vingativa e arbitrária do Presidente da
República.
Os rebeldes depuseram Gracho
Cardoso e tomaram as cidades de
Aracaju, Carmópolis, Rosário,
Japaratuba, Itaporanga e São
Cristóvão.
Repressão Federal:
Os revoltosos foram violentamente
derrotados pelas forças militares e
pelas tropas formadas pelos “coronéis”
sergipanos.
Conseqüências: divisão da sociedade
sergipana em vencedores e vencidos;
desgaste de Gracho Cardoso que se
tornou mais submisso ao Governo
Federal e aos “coronéis”.
O Movimento Tenentista em Sergipe
As revoltas tenentistas em Sergipe,
1924 e 1926 faziam parte do
movimento nacional e foram lideradas
pelos tenentes: Augusto Maynard
Gomes e João Soarino e pelo capitão
Eurípedes Lima.
A Revolta de 1924
Em 13 de julho de 1924, oficiais do 28º
Batalhão de Caçadores prenderam o
governador do Estado, o Sr. Gracho
Cardoso, o comandante da Polícia
Militar e ocuparam o governo do Estado
por aproximadamente um mês.
Seguindo ordens nacionais do
presidente Arthur Bernardes, as tropas
nacionais comandadas pelo General
Marçal de Faria, marchou para Sergipe,
debelando a revolta e prendendo os
conspiradores.
Revolta de Augusto Maynard
(19.01.1926)
Motivos: a repressão ao movimento
tenentismo, passagem da Coluna
prestes pelo Nordeste.
O Movimento: O tenente Augusto
Maynard fugiu da prisão, comandou
uma operação que a partir do controle
do 28º BC, tentou tomar o Quartel da
Polícia e depor o governo.
A Repressão: Gracho Cardoso
mobilizou as forças leais ao governo:
Augusto Maynard foi ferido e os
tenentes pediram rendição.
O Cangaço em Sergipe
O movimento do Cangaço aglutinou
homens e mulheres através do sertão
nordestino em peleja contra a polícia.
As principais causas desse movimento
se encontram na fome, falta de terras,
dominação dos poderosos
latifundiários.
Esses homens e mulheres se
embrenhavam pelo sertão a pé ou a
cavalo, armados de facas, facões,
revólveres e espingardas. Praticavam
vingança, roubos, atacavam cidades
para conseguir dinheiro e alimentos.
Em 1928, Lampião e seu bando
começaram a agir em Sergipe. Tendo
como lugares preferenciais os
municípios do sertão e do agreste.
Entre eles: Porto da Folha, Poço
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25. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
Redondo, Monte Alegre, Canindé,
Gararu, Carira, Frei Paulo, Pinhão,
Aquidabã e Capela.
Uma dos fatos que contribuiu para o
desenvolvimento do cangaço foi a
existência dos coiteros, ou seja
pessoas que os ajudavam lhes
proporcionando: alimentos, bebidas,
roupas, armas, hospedagem e
esconderijo e informações.
Dentre os combates entre cangaceiros
e a volante, os mais significativos em
Sergipe foram os de Maranduba,
Cangaleixo, Zitaí, de Poço da Volta e
Lagoa de São Domingos.
Finalmente em 1938, uma volante de
Alagoas conseguiu por fim as ações do
bando de Lampião na gruta Angico em
Porto da Folha (atualmente município
de Poço Redondo), próximo ao rio São
Francisco.
A Revolução de 1930 em Sergipe
O maior líder tenentista em Sergipe foi
Maynard Gomes, que estava preso
desde 1926. Contudo, nas eleições de
1930, os tenentes sergipanos apoiaram
Getúlio Vargas, que graças às fraudes
eleitorais perdeu para Júlio Prestes.
O Estado nesse momento era
governado pelo usineiro Manuel Dantas
que buscou resistir.
Em 16 de outubro de 1929, um avião
sobrevoou Sergipe conclamando a
população para apoiarem a revolução.
Uma coluna de aproximadamente
2.000 soldados revolucionários
marcharam para Sergipe, causando a
fuga do governador Manuel Dantas
para a Bahia, enquanto a força policial
juntava-se a eles.
Em 18 de outubro as tropas
revolucionárias entraram em Sergipe,
sob aclamação popular e Eronildes de
Carvalho foi empossado como
governador provisório, sendo depois
substituído pelo general José Calazans.
Após a posse de Getúlio, Augusto
Maynard assume como Interventor.
Grupos Políticos
Após a Constituição de 1934, dois
grupos políticos se formaram em
Sergipe:
URS (União Republicana de
Sergipe), o partido dos
usineiros, junto com o PSD
(Partido Social Democrático) de
Leandro Maciel.
PRS (Partido Republicano de
Sergipe) do interventor Augusto
Maynard, formado pelo PSP
(Partido Social progressista) de
Gracho Cardoso e a APS
(Aliança Proletária de Sergipe).
Sergipe durante a 2ª Grande Guerra
Durante o segundo conflito mundial
houve um ataque da marinha alemã em
águas sergipanas. O submarino U –507
comandado por Harro Schacht afundou
cerca de nove embarcações na costa
sergipana. Os ataques eram noturnos e
os torpedos do submarino atingiram os
navios mercantes.
Os principais navios afundados foram:
Baependy, Araraquara, Aníbal
Benevolo, Bagé, Itagiba e Arara.
Morreram aproximadamente 652
pessoas. Os cadáveres forma
sepultados nas dunas dos Mosqueiro,
dando origem ao primeiro cemitério de
náufragos da América Latina.
O Governo de Seixas Dórea (1962
1964)
Procurou trazer recursos para Sergipe
e conseguiu o início da exploração de
petróleo em 1963, implantou várias
escolas no interior. Incorporou-se à luta
pelas reformas de base do presidente
João Goulart ; Participou do comício de
13 de maio no Rio de Janeiro, no qual
anunciou a realização da reforma
agrária em Sergipe. Essas atitudes
provocaram inquietação nos grupos
conservadores. O golpe militar de 31 de
março de 1964, que derrubou João
Goulart, também depôs Seixas Dórea.
A Ditadura Militar em Sergipe
Durante o período dos governos
militares foram indicados de forma
indireta (biônica) alguns governantes
para Sergipe. Dentre eles: Lourival
Batista (1967-1970), Paulo Barreto
(1975-1979) e Augusto Franco (1979-
1982).
Preocupados com os movimentos de
esquerda, as autoridades militares
realizaram em 1975 a “Operação
Cajueiro” que consistia na caça e
prisão aos políticos, estudantes e
intelectuais contrários ao regime. A
tortura fazia parte do prato do dia.
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26. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- A partir de 1982 todos os
governadores de Sergipe foram eleitos
pelo voto popular:
* João Alves Filho – PFL (1983 – 1987);
* Antônio Carlos Valadares – PFL
(1987 – 1991);
* João Alves Filho – PFL (1991 – 1995);
* Albano Franco – PSDB (1995 –
1999);
* Albano Franco – PSDB (1999 –
2003);
* João Alves Filho – PFL (2003 – 2007);
* Deda (2007 ...)
CADERNO DE ATIVIDADES
PRIMEIRO BIMESTRE
01. (UFS – 2002) Analise as
proposições abaixo.
00 – A crise balcânica de 1914
precipitou a Guerra entre a Tríplice
Aliança (França, Inglaterra e Rússia) e
Tríplice Entente (Alemanha, Áustria e
Itália).
11 – A luta que se imaginava rápida,
alongou-se, numa guerra de trincheiras.
Os inimigos concentraram-se na
produção de armas e equipamentos;
pela primeira vez, a população se
mobilizou, daí o nome de Grande
Guerra.
22 – Os vencedores da Primeira Guerra
de 1914 -1918 se reuniram em Paris
para estabelecer as regras da paz. Não
se tratava de um acordo com a
Alemanha: a Alemanha não estava
presente. O Tratado imposto aos
alemães mutilava os catorze pontos da
proposta de Woodrow Wilson. Criava
áreas de atrito, como as reparações de
guerra.
33 – A Revolução Russa de 1917
resultou da desagregação do regime
czarista e da ação da oposição
organizada, mas explodiu sob forma de
revolta espontânea e imprevista das
massas exasperadas pela guerra e
pela miséria.
44 – Floriano Peixoto governou durante
a 1ª Guerra Mundial, que trouxe a
queda de importações e, como
conseqüência, um pequeno surto
industrial.
02. (UFAL – 2004)
O mundo acompanhou a disputa
presidencial nos Estados Unidos, e os
defensores da democracia, da
autodeterminação dos povos e da paz
estão apreensivos com a reeleição de
George Bush. Essa apreensão está
relacionada às ações desenvolvidas
por vários governos desse país ao
longo da sua história. Identifique fatos
que estejam relacionados à mensagem
sugerida na ilustração.
0 0 – Visando atender às necessidades
do capital industrial, os governos dos
Estados Unidos iniciaram uma
expansão imperialista na América
Latina para garantir fontes
fornecedoras de matérias-primas e
mercado consumidor.
1 1 – A política expansionista dos
Estados Unidos foi realizada com
intuito de realizar a conversão dos
latinos americanos à doutrina religiosa
calvinista, vista como único caminho
para civilizar os povos
subdesenvolvidos.
2 2 – O processo de colonização do
México pelos Estados Unidos
representou um dos fatores
fundamentais para a integração dos
dois países ao NAFTA, em condições
de igualdade social, política e
econômica.
3 3 – Na defesa de interesses
econômicos, políticos e estratégicos,
governos dos Estados Unidos valeram-
26
27. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
se da política do big stick para intervir
em vários países da América Latina, a
partir do início do século XX.
4 4 – Durante a Primeira Guerra
Mundial, o presidente dos Estados
Unidos, Woodrow Wilson, adotou uma
política agressiva contra os países
latino-americanos que não os
apoiassem na luta contra a Tríplice
Entente.
03. (UFS – 2006) Analise a tabela
abaixo.
(Edgar Carone in Aguinaldo Kupfer o Paulo A.
Chenso. Brasil:História Critica. São Paulo: FTD,
1998, p. 218)
A Primeira Guerra Mundial acarretou
profundas mudanças na economia
brasileira, até então fundamentalmente
alicerçada na agricultura de
exportação. Com base nos dados da
tabela e nos conhecimentos históricos,
pode-se afirmar que:
0 0 – A conversão da indústria européia
à produção bélica levou a uma
diminuição gradual das importações
brasileiras de produtos industrializados,
com o conseqüente estimulo à
produção nacional.
1 1 – Houve o aumento de preço dos
produtos agrícolas exportados pelo
Brasil, porém, as dificuldades de
importação de máquinas,
equipamentos e até de matérias-primas
acabou por levar a uma desaceleração
da produção industrial.
2 2 – O conflito criou condições para
que se iniciasse no país o trabalho de
coordenação e planejamento
econômico, com ênfase no
prosseguimento da industrialização por
substituição de importação
3 3 – A abertura da economia ao capital
externo acelerou a produção de
produtos manufaturados para os países
em guerra e consolidou o processo de
industrialização do país.
4 4 – Grupos sociais urbanos se
desenvolveram e passaram a ter uma
importância inédita no país,
convertendo-se, inclusive, em grupos
de pressão política com atuação
crescente, como os dos anarquistas
que influenciaram a greve geral de
1917.
04. (UFS – 2008) Como conseqüências
da Primeira Guerra Mundial ocorreram
mudanças significativas no cenário
mundial, em termos de geopolítica,
economia e comportamento. Analise as
proposições que abordam essas
conseqüências.
0 0 - A expansão dos ideais liberais e
democráticos favoreceu a ampliação da
participação popular na política e
possibilitou um maior equilíbrio entre os
diversos governos que se
estabeleceram na Europa nas décadas
seguintes.
1 1 - Os altos índices de desemprego,
as taxas de mortalidade e os danos
materiais causados pela guerra
abalaram profundamente o papel da
Europa como potência mundial, dando
lugar à ascensão dos Estados Unidos e
do Japão.
2 2 - A criação da Liga das Nações, por
iniciativa do governo norte-americano,
cujo objetivo era fomentar acordos e
evitar conflitos armados, contou com a
participação apenas dos países
vitoriosos mas se transformou,
posteriormente, na Organização das
Nações Unidas.
3 3 - O impulso ao neocolonialismo
ocorreu como uma tentativa de
recuperação política e econômica, por
parte dos países derrotados, em função
das perdas territoriais causadas pelo
surgimento de novos países e das
restrições determinadas pelo Tratado
de Versalhes.
4 4 - A descrença generalizada e a
precariedade das condições de vida na
Europa, após a guerra, intensificaram
sentimentos de revanchismo, que
somados a forte nacionalismo,
27
Ano Nº de
estabelecimentos
Nº de
operários
1889
<(1)
636
1907
(3)
3.250 150.841
1914(1
1
7.430 153.163
1920
(2)
13.336 275.512
28. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
culminaram na ocorrência de
movimentos fascistas.
05. (UFS – 2003) Analise as
afirmações sobre a Revolução Russa
de 1917.
0 0 – O processo da revolução teve
duas fases distintas: na primeira fase,
destaca-se a atuação reformista dos
socialistas e, na segunda, a atuação
revolucionária dos bolcheviques.
1 1 – A revolução teve um caráter
social urbano, pois foi realizada pelos
operários e pela classe média, não
tendo o apoio de todos os
camponeses, que defendiam a
monarquia.
2 2 – Um dos fatores desencadeadores
da revolução foi a insatisfação da
população camponesa contra as
péssimas condições de vida e de
trabalho, agravadas com a entrada da
Rússia na Guerra.
3 3 – A revolução de outubro de 1917
representou a vitória das teses
defendidas por Lênin que, dentre
outras, destacava a idéia de que o
poder deveria estar em mãos dos
sovietes.
4 4 – Para os russos, a revolução
representou o fim da Primeira Guerra
Mundial, já que o governo Lênin enviou
imediatamente proposta de paz aos
alemães.
06. (UFS – 2007) A Revolução Russa
representou, para milhões de pessoas,
o começo de uma nova “era histórica”.
Dessa revolução nasceu a União
Soviética. Analise as afirmações sobre
o processo de desenvolvimento dessa
revolução.
0 0 - A revolução de fevereiro de 1917
assumiu um caráter nitidamente
burguês de derrubada do absolutismo e
implantação de república
representativa, sem, no entanto,
aprofundar as transformações
econômica e social.
1 1 - A NEP (Nova Política Econômica)
foi o conjunto de medidas adotadas
pelo governo soviético, em março de
1921, para reconstruir a nação, depois
do chamado comunismo de guerra.
2 2 - O fim do regime de servidão, que
possibilitou o progresso agrícola e o
acesso à terra de grande parcela do
campesinato foi um dos fatores
responsáveis pelo desencadeamento
do processo revolucionário russo.
3 3 - O governo de Stalin, por meio de
planejamento econômico, desenvolveu
a indústria pesada, mecanizou a
agricultura e desenvolveu a educação
pública, tornando o país numa das
maiores potências do século XX.
4 4 - A luta pelo socialismo, durante a
Revolução Russa, teve como objetivo
promover o desenvolvimento através
da distribuição da renda e da
consolidação de um Estado cooperativo
e assistencial.
07. (UFS – 2009) Entre as
consequências da Revolução Russa
para a história do século XX, pode-se
considerar:
0 0 - O reforço do poder do Vaticano
na Europa Oriental e na Ásia, pois a
Igreja Católica era anti-capitalista e
favorável a uma sociedade igualitária.
1 1 - A implantação de regimes
totalitários, de tipo soviético, em vários
países das Américas, como Bolivia,
Paraguai, México e Cuba.
2 2 - O apoio da burguesia a regimes
fascistas em vários países da Europa,
como a Itália e Alemanha, com medo
das revoluções socialistas inspiradas
no exemplo russo.
3 3 - A divisão do mundo em duas
grandes zonas de influência -
capitalista liberal e socialista soviética -
após a I I Guerra Mundial.
4 4 - A volta de monarquias inspiradas
no Antigo Regime, apoiadas pelas
burguesias européias, temerosas da
expansão dos ideais revolucionários.
08. (UFS – 2003) Analise as
proposições sobre a questão social na
Primeira República (1889-1930).
0 0 – Os governos republicanos
desenvolveram projetos sociais de
interesse dos trabalhadores urbanos,
razão pela qual obtinham elevados
índices de aprovação nas eleições.
1 1 – A Revolta da Vacina, no Rio de
Janeiro, acabou representando uma
reação da população contra o
28
29. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
autoritarismo das medidas de
saneamento decretadas pelas
autoridades governamentais.
2 2 – Os líderes da Guerra do
Contestado foram condenados pelo
governo do presidente Wenceslau Brás
por atuarem contra a exploração e o
poder político dos coronéis do
Nordeste.
3 3 – Os operários das indústrias
paulistas tinham salários relativamente
superiores ao do conjunto dos
trabalhadores do país, pois os
movimentos grevistas que realizavam
forçaram os empresários a atenderem
suas reivindicações.
4 4 – O cangaço do Nordeste brasileiro
foi alimentado pelas próprias condições
de fome e de miséria do povo
decorrentes da estrutura latifundiária
daquela região.
09. (UFS – 2002) Analise as
proposições abaixo.
00 – A fundação da República veio, na
realidade, atender aos interesses dos
grandes fazendeiros de café paulista,
mineiros e fluminenses. A República
Velha, por isso foi chamada de
República do Café com Leite. Grande
parte da população dependia da
economia cafeeira, direta ou
indiretamente, considerando inclusive
os setores urbanos em
desenvolvimento. A massa, que fôra
marginalizada na própria elaboração da
república, permaneceria como
espectador passivo até o final da
República Velha.
11 – No Brasil, o rompimento com a
estética tradicional deu-se em 1942,
com a Semana de Arte Moderna – o
Modernismo.
22 – O descontentamento contra a
oligarquia dominante (Primeira
República) atingiu o auge com as
Revoltas Tenentistas, que tiveram dois
focos principais: o Rio de Janeiro
(1923) e Minas Gerais (1924).
33 – A 11 de novembro de 1930,
através do decreto nº 19.398,
dissolveu-se a Junta Governativa que
derrubara Washington Luís, formando-
se o Governo Provisório de Sergipe,
sob chefia, do interventor tenente João
Alberto. O decreto definia as
atribuições do novo governo e ratificava
as medidas da Junta Governativa.
Confirmava-se nele a dissolução do
Congresso Nacional e das Casas
Legislativas estaduais e municipais.
44 – Depois da Revolução de 1930,
que levou Getúlio Vargas à presidência
da República, Maynard Cardoso ficou
como interventor até 1935. Durante
dois anos, o Estado de Sergipe teve um
governador eleito, Eronides Ferreira de
Carvalho, mas voltou ao regime de
interventoria federal após o golpe de
Estado dado por Vargas em 1937 e que
instaurou o regime ditatorial que se
prolongaria até 1945.
10. (UFS – 2004) Analise as
proposições sobre o movimento
tenentista no Brasil.
0 0 – Na década de 1920, mais que a
luta social dos trabalhadores
anarquistas, socialistas e comunistas,
foi o movimento tenentista que se
destacou na cena política, abalando as
bases de sustentação da República
Velha.
1 1 – Em 1922, a Guarnição do Forte
de Copacabana rebelou-se contra a
repressão desencadeada pelo governo
federal e pelos proprietários de terras
aos movimentos sociais de
trabalhadores rurais e urbanos,
iniciados em 1919.
2 2 – Do ponto de vista ideológico, o
tenentismo defendia proposições
nacionalistas e moralizantes. Seu lema
era ‘representação e justiça’ e suas
principais reivindicações giravam em
torno do voto secreto, da moralização
da vida pública e da formação de um
governo centralizador.
3 3 – A revolta tenentista de 1906,
chefiada pelo oficial Fausto Cardoso,
empolgou grande parte do povo
sergipano na luta contra a política do
presidente Rodrigues Alves, que
concedia muito privilégio às oligarquias
rurais do Estado.
4 4 – Em 1924, os militares ameaçaram
o poder constituído do Estado de
Sergipe, quando oficiais do 28 B.C.,
solidários à revolução tenentista, se
rebelaram e depuseram Maurício
Graco Cardoso.
11. (UFS – 2005) Durante a Primeira
República (1889-1930), o Brasil
vivenciou momentos de grandes
tensões sociais no campo e nos
centros urbanos. Analise as
29
30. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
proposições sobre os movimentos
sociais nesse contexto histórico.
0 0 – Na busca de uma solução para os
problemas da miséria e da fome no
Nordeste, muitos se uniram aos bandos
de cangaceiros. No entanto, estes não
questionavam a grande propriedade
rural sertaneja, que era uma das
causas desses problemas, pois, apesar
de atacarem a propriedade de seus
inimigos, respeitavam e defendiam a de
seus protetores.
1 1 – As Revoltas de Canudos, do
Contestado e de Juazeiro do Norte
tornaram-se conhecidas por todo o país
como movimentos rurais e religiosos,
uma vez que tinham o apoio explicito
da cúpula da igreja Católica, que
fornecia amparo moral e espiritual aos
seus líderes e recursos materiais para
serem utilizados contra o poder público.
2 2 – Em razão das péssimas
condições de vida e trabalho nas
fábricas, a classe operária criou
organizações sindicais lideradas
predominantemente por adeptos do
anarquismo. Para estes, os sindicatos
deveriam formar a base de uma nova
sociedade e convocar greves gerais
contra o Estado e contra os patrões.
3 3 – O movimento operário de São
Paulo e do Rio de Janeiro, por ter
lideranças de nacionalidades italianas e
alemãs, apoiou-se nos ideais
corporativo-fascistas, razão pela qual
as confederações de trabalhadores
adotaram estratégias colaboracionistas
com os industriais, visando conquistas
trabalhistas.
4 4 – A insatisfação de grande parte
dos marinheiros brasileiros deu origem
à Revolta da Chibata, no Rio de
Janeiro, contra castigos físicos e
morais aviltantes que eram aplicados
na Marinha aos que desrespeitassem
as regras estabelecidas por essa
instituição.
SEGUNDO BIMESTRE
12. (UFAL – 2003). Considere o texto
para analisar as proposições.
O que deu ao fascismo sua
oportunidade após a Primeira Guerra
Mundial foi o colapso dos velhos
regimes, e com eles das velhas classes
dominantes e seu maquinário de poder,
influência e hegemonia. Onde estas
permaneceram em boa ordem de
funcionamento, não houve necessidade
de fascismo. (Eric Hobsbawm. A Era
dos extremos. Trad. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995. p. 129).
O autor faz referência à ascensão dos
regimes fascistas no período entre as
duas grandes guerras do século XX. A
partir do conhecimento histórico,
identifique as afirmações corretas e
que não se contraponham ao
pensamento do autor do texto.
0 0 – A grande maioria das camadas
de classe média e média baixa
representou um dos alicerces dos
movimentos que garantiu o
fortalecimento do fascismo.
1 1 – A ascensão da direita radical na
Europa do pós Primeira Guerra foi uma
resposta ao perigo da revolução social
e do poder operário.
2 2 – Os fascista faziam oposição aos
ideais democratas, defendidos pelos
liberais, uma vez que estes ideais
possibilitavam a ascensão dos partidos
de esquerda ao poder.
3 3 – Os liberais conseguiram manter a
estabilidade econômica na Espanha,
razão pela qual este pais manteve-se
distante dos movimentos fascistas.
4 4 – A derrota dos franceses na
Primeira Guerra Mundial criou o clima
propício para a ascensão dos
movimentos fascistas contra as
instituições liberais na França.
13. (UFS – 2006) Um dos fenômenos
mais marcantes do período que se
segue ao término da Primeira Guerra
Mundial foi a crise da democracia. Do
início dos anos 1920 ao fim dos anos
1930, em muitos países implantou-se a
ditadura. Nesse período, pode-se
afirmar que:
0 0 – A trajetória política institucional
dos países latino-americanos foi
marcada por um conjunto de normas de
exceção com a dissolução de partidos
políticos e sindicatos com objetivo de
estabelecer uma ordem de poder
democrático e popular.
1 1 – Nos países nazi-fascistas,
nenhuma atividade intelectual e
artística estava livre da ingerência dos
Estados, pois estes, impediam qualquer
manifestação cultural que podia
contrariar a ideologia oficial.
2 2 – A posição de neutralidade da
França, Inglaterra e Estados Unidos,
30
31. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
em relação à guerra civil espanhola,
permitiu que os radicais de direita se
consolidassem na Espanha,
fortalecendo o movimento fascista
internacional.
3 3 – A ideologia nazi-fascista foi
assimilada, no Brasil, pela Ação
integralista Brasileira, fundada por
Plínio Salgado, em 1932. Com o apoio
dos integralistas, Getúlio Vargas
implantou a ditadura do Estado Novo,
em 1937.
4 4 – A ascensão de Hitler ao poder, no
início dos anos 1930, ocorreu através
de uma ação golpista cuja ponta de
lança foram as forças paramilitares do
partido nazista e os comunistas.
14. (UFS – 2004) Analise as
informações sobre a crise do
capitalismo e o período entre guerras.
0 0 – Durante a década de 1930, os
governos totalitários da Itália,
Alemanha e Japão adotaram uma
política de apaziguamento para se
beneficiarem da ordem internacional
em vigor.
1 1 – O período entre as duas guerras
mundiais foi marcado pela crise do
capitalismo, do liberalismo e da
democracia e pela polarização
ideológica entre fascismo e
comunismo.
2 2 – Os EUA entraram em crise de
produção e começaram a baixar
perigosamente os índices de sua
economia, depois que a Europa,
recuperada da guerra, ter-se soerguido
economicamente e voltado a controlar
os mercados mundiais.
3 3 – As elites européias constando
que as democracias liberais
mostravam-se incapazes de
administrar os graves problemas da
época e temerosas do avanço das lutas
sociais, mostraram-se favoráveis à
formação de governos fortes e
autoritários, capazes de impor
disciplina e recompor a ordem
capitalista.
4 4 – Na primeira metade do século
XX, repercutiam em toda a Europa e
em diversas partes do mundo as
doutrinas de inspiração nazi-fascista.
Na Espanha, uma violenta Guerra Civil
resultou na tomada de poder pelo
general Francisco Franco, com o apoio
dos proprietários de terra, do alto clero
e de setores do exército.
15. (UFS – 2009) Considere o texto a
seguir:
Em 1929 irrompeu nos Estados Unidos
mais uma das crises periódicas que
vinham ocorrendo nos países
industrializados desde o século XIX.
Como nas crises anteriores, a crise
iniciada em 1929 foi marcada pela
superprodução e pelo subconsumo,
propagando-se dos países centrais
para a periferia do mundo capitalista.
No entanto ela se distinguiu das
demais por ter tido efeitos mais amplos
e graves.
(Wagner Pinheiro Pereira. 24 de
outubro de 1929: a quebra da bolsa
de Nova York e a Grande
Depressão. Série Rupturas, São
Paulo: Nacional, 2006, p. 3)
Pode-se afirmar que a crise em
questão:
0 0 - Atingiu não apenas o mercado de
bens de consumo, prejudicando o
comércio mundial, como afetou a
exportação de produtos primários de
vários países, como o café brasileiro,
que sofreu uma crise sem precedentes.
1 1 - Foi a primeira a ser enfrentada
pelo sistema capitalista globalizado, e
teve início com a dificuldade das
indústrias em fornecer produtos para
atender a demanda crescente dos
consumidores.
2 2 - Originou-se devido a
desorganização do sistema capitalista,
no final dos anos 1920, como
consequência das revoluções
socialistas e neoliberais que se
espalharam pelo mundo, a partir de
1917.
3 3 - concentrou-se na América Latina,
periferia do sistema capitalista, após
ter despontado nos Estados Unidos,
sendo logo controlada com a ajuda
financeira de grandes empresários
europeus.
4 4 - começou na Bolsa de Valores de
Nova York, com a queda nos valores
31
32. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
das ações dada a super-oferta das
mesmas, mas logo atingiu a economia
de vários países, causando falências
bancárias e desemprego em massa.
16. (UFS – 2005) Considere o mapa
histórico da Europa de 1936 a 1939.
O mapa contém informações sobre a
política internacional da Europa nos
anos considerados decisivos para a
emergência da Segunda Guerra
Mundial. Analise as afirmações
relacionadas ao mapa e ao contexto
histórico mencionado.
0 0 – Os chefes de Estado da
Alemanha e da Itália testaram os seus
novos armamentos contra os
socialistas e democratas na Guerra
Civil Espanhola, contribuindo para a
formação do Eixo Berlim-Roma.
1 1 – Os governos da França e da
Inglaterra envolveram-se militarmente
na Guerra Civil Espanhola com o
objetivo de combater as forças nazi-
fascistas, contribuindo para a formação
dos acordos entre os países aliados.
2 2 – Os chefes de Estado da Itália e da
união Soviética estabeleceram
negociações e assinaram um pacto
político visando barrar o expansionismo
alemão sobre seus territórios,
contribuindo para a formação da
Tríplice Aliança.
3 3 – Os governos da Alemanha e da
união Soviética, por interesses
estratégicos, fizeram um acordo de
não-agressão e neutralidade, relegando
a segundo plano suas diferenças
ideológicas entre o nazismo e o
socialismo.
4 4 – As forças armadas da França, da
Inglaterra e da Polônia desencadearam
a guerra contra os países do Eixo em
razão do ataque e da invasão
fulminante dos alemães e italianos na
região Nordeste da França.
17. (UFS – 2003) Considere a
caricatura, do brasileiro Belmonte, de
22/09/1939, mostrando as fragilidades
do pacto nazi-soviético.
Analise as proposições corretas de
fatos relacionados à caricatura.
0 0 – O pacto de não-agressão,
realizado entre Hitler e Stálin, foi
rompido pelos soviéticos após a
Segunda Guerra Mundial, quando teve
início a chamada Guerra Fria.
1 1 – O pacto mencionado na
caricatura nunca foi realizado entre os
dois governantes, pois os nazistas
pregavam a destruição total de todos
os comunistas.
2 2 – A Alemanha assinou o pacto de
não-agressão com a União Soviética,
pois estava preocupada em garantir a
neutralidade deste país no caso de um
confronto com a França e a Inglaterra.
3 3 – A caricatura ressalta a
importância do pacto assinado pelos
governos da Alemanha e da União
Soviética que pôs fim à Segunda
Guerra Mundial.
4 4 – O caricaturista ironiza os
interesses político-militares e
estratégicos dos governos da
Alemanha e da União Soviética no
período que antecede à Segunda
Guerra Mundial.
18. (UFS – 2002) Analise as afirmações
que seguem.
00 – O Fascismo surgiu como uma
doutrina de aceitação dos ideais
burgueses de liberalismo e democracia.
O primeiro país onde o fascismo
triunfou foi a Espanha, com a ascensão
de Mussolini em 1922.
32