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1
COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”
ALUNO (a):__________________________________________________, Nº ________
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
site: http://givaldohistoria.webnode.com.br
e-mail: givaldogeohistoria@hotmail.com
“A História é o estudo orientado cientificamente que analisa o
passado e suas relações com o tempo presente, buscando linhas de
ação (transformação) para o futuro”. Lucien Febvre
Ribeirópolis –SE
2011
3º ANO
1
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
SUMÁRIO
1 – Esquema dos conteúdos do primeiro
bimestre ............................................................................... 03
2 – Esquema dos conteúdos do segundo
bimestre ...............................................................................08
3 – Esquema dos conteúdos do terceiro
bimestre ................................................................................ 11
4 – Esquema dos conteúdos do quarto
bimestre .................................................................................. 13
5 – Esquema dos conteúdos de História de
Sergipe ............................................................................ 17
6 – Questões referentes ao primeiro
bimestre ...................................................................................... 20
7 – Questões referentes ao segundo
bimestre ..................................................................................... 23
8 – Questões referentes ao terceiro
bimestre ....................................................................................... 26
9 – Questões referentes ao quarto
bimestre ......................................................................................... 31
10 – Questões de História de
Sergipe .................................................................................................. 34
11 – Questões do
ENEM........................................................................................................................ 35
12 - Lista de
siglas ................................................................................................................................ .
45
13 – Referências
Bibliográficas ............................................................................................................. . 45
14 - Anexos
(mapas) ..............................................................................................................................
.. 46
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PRIMEIRO BIMESTRE:
- A Primeira Guerra Mundial e seus reflexos no Brasil;
- Revolução Russa;
- A Questão Social na República Velha;
- A Cultura na República Velha;
- O Movimento Tenentista no Brasil e em Sergipe;
SEGUNDO BIMESTRE:
- A Crise do Capitalismo e o Período Entreguerras;
- Os Regimes Totalitários Europeus e Latino-americanos;
- A Segunda Guerra Mundial;
- A Era Vargas. Sergipe sob o domínio dos Interventores (1930-1945);
- Descolonização da Ásia e da África;
TERCEIRO BIMESTRE:
- A Redemocratização (1945-1964) e o Desenvolvimentismo;
3
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- Os Governos Militares e a Política Econômica e Social;
- Movimentos Sociais na América Latina;
- Sergipe sob o Regime Militar;
- A Crise do Regime Militar: a Abertura e o Movimento Sindical no Brasil;
QUARTO BIMESTRE:
- Movimentos Sociais e Culturais no Brasil nas décadas de 60 e 80;
- Sociedade e Cultura em Sergipe Contemporâneo;
- A Crise do Socialismo, as Lutas Inter étnicas na Europa e no Oriente Médio;
- A Globalização e seus efeitos.
“O principal objetivo da educação é ensinar as pessoas a pensar com
autonomia”.
Kant
Bom estudo !!
HISTÓRIA
TERCEIRA SÉRIE DO ENSINO
MÉDIO
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
site:
http://givaldohistoria.webnode.com.br
e-mail: givaldogeohistoria@hotmail.com
ESQUEMA DOS CONTEÚDOS
PRIMEIRO BIMESTRE
I - A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
(1914 – 1918)
1 – Introdução: “O século XX foi
marcado por inúmeras guerras e
revoluções. Muitas dessas ocorrências
estiveram ligadas às disputas
imperialistas travadas entre as grandes
potências pela dominação e exploração
de grande parte do mundo. O
Imperialismo praticado a partir da
segunda metade do século XIX pelas
potências industrializadas, foi
responsável, entre outros, por um dos
mais terríveis conflitos armados da
história da humanidade, que foi a
Primeira Guerra Mundial”.
(PETTA e OJEDA. 1999:195)
2- O que foi a primeira guerra mundial?
Um conflito armado entre as potências
imperialistas que lutavam por uma nova
divisão de mercados.
3 – Fatores:
- As rivalidades imperialistas das
grandes potências que competiam
violentamente por colônias e
mercados;
- Ressentimentos nacionalistas.
- Pontos de atritos permanentes:
* A rivalidade anglo-germânica
onde os ingleses desejavam
eliminar a concorrência econômica
da Alemanha;
* O revanchismo francês – os
franceses queriam recuperar a
região da Alsácia-Lorena e barrar
as ambições dos alemães no
Marrocos;
* O Pan-eslavismo russo – a
Rússia desejava aumentar sua
influência nos Bálcãs e encontrar
uma saída para o Mediterrâneo,
incentivando a união de todos os
povos eslavos que se encontrava
sob o domínio do império Austro-
Húngaro e do Otomano;
* O nacionalismo da Sérvia que
lutava pela sua emancipação
contra os turcos e austro-húngaros.
5 – Alianças:
- Tríplice Entente – Inglaterra,
França e Rússia;
- Tríplice Aliança – Alemanha,
Itália e Império Austro-Húngaro;
4
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
6 – Estopim da guerra: Assassinato do
imperador austríaco Francisco
Ferdinando e de sua esposa
(28/06/1914) em Sarajevo, capital da
Bósnia.
- Obs.: Esse fato acabou por
desencadear sucessivas declarações
de guerras entre os países europeus.
7 – Fases da Guerra:
- 1a -
Guerra de Movimentos
(agosto/novembro de 1914) –
caracterizou-se pela rápida mobilização
das tropas contra os inimigos. Os
alemães usando o plano Schlieffen
invadiram a França e foi derrotada na
batalha de Marne;
- 2a
- Guerra das Trincheiras (novembro
de 1914 – março de 1918)– marcada
pelo relativo equilíbrio dos países e
pelo uso de metralhadoras e tanques
blindados. Cada centímetro que se
avançava no mapa custava longa
preparação e milhares de vidas.
- 3ª - Ofensivas de 1918: elementos
que modificaram as condições da
guerra:
* uso de tanques a partir de 1916;
* maior eficácia dos aviões de caça,
bombardeio e observação;
* saída da Rússia e a entrada dos
Estados Unidos na guerra 1917.
8 – A Entrada dos Estados Unidos na
Guerra
-Acontecimentos:
* posição de neutralidade dos Estados
Unidos;
* a política de solidariedade aos aliados
(Tríplice Entente).
- Causa da entrada dos EUA na guerra:
* Torpedeamento do navio norte-
americano Vigilentia e a revelação de
que os alemães tinham oferecido ao
México uma aliança contra os Estados
Unidos.
9 – O fim da guerra:
- O presidente dos E.U.A Wilson
apresenta um plano de paz, composto
de 14 pontos baseados na idéia de
uma paz sem vencedores que foi
inviabilizado devido as pressões da
França e Inglaterra;
- Conferência de Paris – Paz de
Versalhes;
* Alemanha, além de perdas territoriais
foi obrigada a pagar indenizações aos
vencedores e reduzir seus exércitos;
* Criação da Liga das Nações.
10 – Conseqüências:
* Perdas humanas;
* Ascensão dos E.U.A;
* Decadência da Europa;
* Revolução Russa;
* Aparecimento dos Estados
Totalitários;
* Modificação do mapa político da
Europa;
* A crise do capitalismo liberal que
cedeu lugar ao Estado Intervencionista;
11 - O Brasil na Primeira Guerra
Mundial
– A situação econômica, social e
política do Brasil na época da primeira
guerra:
* Presidente Venceslau Brás;
* Situação econômica instável,
obrigando o Brasil a recorrer novo
empréstimo;
*Ganha impulso a exportação de
borracha;
– A Participação do Brasil:
*Após a entrada dos E.U.A e o
afundamento dos navios brasileiros
Paraná e Macau pelos alemães;
* Participou fornecendo alimentos e
matérias-primas aos aliados, policiando
o Atlântico e enviando uma equipe
médica, soldados e aviadores para a
Europa;
– Os reflexos da Primeira Guerra
Mundial no Brasil:
* Impulso à industrialização
(substituição das importações);
- O papel da guerra na indústria;
* Tese tradicional – Roberto Simonsen
e Caio Prado Júnior – aumento da
produção industrial;
* Tese revisionista (Warren Dean) –
ocorreu apenas um avanço no setor
industrial (açúcar, frigoríficos e tecidos)
que pôde vender seus produtos no
mercado mundial. Não ocorreu
aumento de energia elétrica, entrada de
capitais estrangeiros e máquinas, e
chegou a ocorrer falta de combustíveis;
- O processo de industrialização;
*Ausência de uma política industrial;
* Os agentes eram os imigrantes;
5
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
II – A REVOLUÇÃO RUSSA DE 1917
- Introdução: “Assim como a Revolução
Francesa de 1789 foi o modelo clássico
de revolução burguesa, que
desmantelou a velha ordem feudal e
aristocrática, criando as condições para
o desenvolvimento do capitalismo
moderno, a Revolução Russa de 1917
é considerada o modelo clássico de
revolução proletária, que destruiu a
ordem capitalista e burguesa e lançou
os fundamentos do primeiro Estado
socialistas da história”.
(MELLO e COSTA. 1999:295)
1 – A Rússia Pré-revolucionária:
- Agricultura semifeudal;
* Economia agrária, onde os
camponeses viviam em condições
semifeudais, condenados à miséria;
* As terras pertenciam aos boiardos e
ao clero que exploravam os
camponeses e os mujiques (servos);
- Industrialização tardia:
* Industrialização financiada por
capitais estrangeiros onde surgiram
industrias em Moscou e São
Petersburgo;
* Aparecimento de uma burguesia fraca
e um operariado forte e organizado;
- Autocracia política: governo de
Nicolau II:
* Ausência de liberdade de opinião,
eleições livres e direitos democráticos;
- A oposição ao Czarismo:
- Partido Socialista – Revolucionário
(PSR):
* Propunham uma ampla frente de
classes sociais para derrubar o
czarismo;
* Defendiam democracia e revolução
agrária;
- Partido Constitucional Democrático;
* Seus membros eram chamados de
Kadetes;
* Lutavam por reformas políticas que
implantasse a monarquia
constitucional;
- Partido Operário Social – Democrata
Russo (POSDR) – defensores dos
princípios marxistas;
* Bolcheviques (maioria) – eram
revolucionários e defendiam a
revolução Socialista com a aliança
entre camponeses e operários;
* Mencheviques (minoria) – defendiam
a aliança com a burguesia e a
passagem gradual ao socialismo
através de reformas;
3 – O Ensaio Revolucionário de 1905:
- A derrota da Rússia na guerra russo-
japonesa pelo controle da Manchúria
agravou a miséria das camadas baixas
da população;
- Domingo Sangrento – (Revolução de
1905);
- Surgimento dos Soviets – Conselho
de Operários;
* Criação da Duma;
- Em 1907, o czar organizou a contra-
revolução dissolvendo os Soviets e a
Duma;
4 – A Revolução Menchevique
(Fevereiro):
- Derrotas da Rússia frente aos
alemães agrava a crise econômica;
- A população reage com greves e
manifestações populares apoiadas por
soldados e marinheiros liderados pelos
Soviets;
- Derrubada do czarismo e ascensão
de um governo liberal-burguês;
- Dois centros de poder:
# Duma – controlada pela burguesia;
# Soviets – controlado pelos
trabalhadores que fazia a oposição;
* Manteve a Rússia na Primeira Guerra
Mundial;
* Concedeu anistia geral – volta de
Lênin que divulgou as teses de Abril –
Terra, Pão e Paz e de Trotski que foi
eleito Presidente do Soviete de
Petrogrado e organiza a Guarda
Vermelha;
5 – A Revolução Bolchevique (outubro):
- Queda de Kerenski;
- Ascensão dos Bolcheviques – Lênin:
• Reforma agrária;
• Nacionalização de
bancos e industrias;
• Assinatura do tratado
de Brest-Litovsk com a
Alemanha;
- A Guerra Civil:
* Envolvia o exército branco (burguesia,
latifundiários apoiados pelos países
europeus) e o Exército Vermelho
liderado por Trotski que lutava para
preservar a ordem Socialista;
* Lênin para garantir a produção e o
abastecimento colocou em prática o
comunismo de guerra;
6
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
* Vitória de Lênin;
6 – A NEP e a Estabilização do
Regime:
- Lênin colocou em prática a Nova
Política Econômica (NEP) – retorno
parcial a formas de economia
capitalista para superar a crise,
aumentando a produção;
- Surgimento da URSS (União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas) –
(1923);
- Morte de Lênin e a disputa pelo poder
entre Trotski (Revolução Permanente)
e Stálin (socialismo em um só país);
7 – Totalitarismo Stalinista:
- Substituiu a NEP pelos planos
Qüinqüenais caracterizados pela rígida
planificação do Estado na economia:
* Os dois primeiros planos tinham como
objetivo o incentivo a indústria pesada
e a coletivização da economia
(Rolkhozes e Sovrhozes); e o terceiro o
desenvolvimento da indústria química.
- No aspecto político criou o
ROMINFORM e procurou reprimir a
oposição e acabou com os Soviets;
- A Internacional Comunista, Moscou
1935;
- Os desafios dos partidos comunistas
nos dias atuais.
III – REPÚBLICA VELHA
(1889 – 1930)
- Introdução: “O período que se
estende da queda da monarquia, em
1889, até a revolução de 1930, é
conhecido em nossa história como
República Velha. Esta, por sua vez,
divide-se em: República da Espada
(1889 – 1904), controlada pelos
militares, e República Oligárquica
(1904-30), dominada pelos fazendeiros
de café. A República da Espada,
conhecida também como República
Jacobina, corresponde à época de
consolidação do regime republicano
federativo contra as tentativas de
restauração monárquica no Brasil”.
(COSTA e MELLO. 1999:238)
1 – República da Espada (1889 –
1904)
1.1 – Governo Provisório de
Deodoro da Fonseca;
- Grande naturalização de estrangeiros;
- Separação entre Igreja e Estado;
- Banimento da família real;
- Instituição do casamento civil;
- Política econômica – encilhamento –
Rui Barbosa:
• Estímulos à
industrialização;
• Aumento das tarifas de
importação;
• Agitações na bolsa de
valores: especulação e
empresas fantasmas;
• Crise econômica:
inflação, falência e
destituição de Rui
Barbosa;
- A constituição de 1891:
• Federalismo;
• Três poderes;
• Sufrágio universal;
• Liberdade de culto;
1.2 – Governo Constitucional de
Deodoro
- Antagonismo entre o governo e o
congresso:
• Dissolução do
congresso;
• Renúncia;
- 1a
Revolta da Armada;
1.3 – Floriano Peixoto (1891 –
1894)
- Reintegração do congresso;
- Acusado de continuísmo (não
convocar eleições)
- Política econômica – Serzedelo
Correia – Protecionista favorável à
indústria;
- Revoltas: Federalista e 2a
Revolta da
Armada, e agitações populares;
2 – República Oligárquica (1904 – 30)
- Política dos Governadores –
autonomia estadual, apoio eleitoral ao
governo federal;
- Coronelismo – obtenção de votos pela
manipulação dos currais eleitorais;
- Política do café-com-leite –
alternância de presidentes do PRP e
PRM;
- Hegemonia dos cafeicultores.
2.1 – Prudente de Morais (1894 –
1898)
7
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- Primeiro presidente civil;
- Incentivo a industrialização – reação
das oligarquias cafeeira e o fim do
protecionismo;
- Guerra de Canudos.
2.2 – Campos Sales (1898 –
1902):
- 1º Funding-Loan e o saneamento
financeiro colocado em prática por
Joaquim Murtinho;
- Política dos governadores;
- Questão do Amapá (Guiana
Francesa);
2.3 – Rodrigues Alves (1902 –
1906):
- Erradicação, no Rio de Janeiro, da
febre amarela;
- Surto da borracha;
- Revolta da vacina;
- Questão do Acre – ampliação de
fronteiras;
- Convênio de Taubaté – política de
valorização do café.
2.4 – Afonso Pena (1906 – 1909) –
governar é povoar
- Incentivo à imigração;
- Colocou em prática o convênio de
Taubaté;
- Participação do Brasil na conferência
de Haia, destaque para Rui Barbosa;
2.5 – Nilo Peçanha (1909 – 1910)
- Criação do Serviço de proteção ao
índio (SPI) presidido pelo Marechal
Rondon;
- Sucessão: campanha civilista (Rui
Barbosa que defendia a necessidade
de reformas políticas e moralização das
eleições) Hermes da Fonseca. Primeira
cisão da política café-com-leite.
2.6 – Hermes da Fonseca (1910 –
1914)
- Revoltas: Contestado, Chibata e
Padre Cícero (Pacto dos coronéis);
- Política das Salvações;
- Crise da borracha;
- Pacto de ouro fino (reatamento de
relações entre PRP e PRM);
2.7 – Venceslau Brás (1914 –
1918)
- Continuação da guerra do
Contestado;
- Promulgação do código civil – Clóvis
Beviláquia;
- 1a
guerra – impulso a industrialização;
- Greve de 1917;
- Morte de Rodrigues Alves antes de
tomar posse assumindo o vice-
presidente Delfim Moreira que
convocou eleições;
2.8 – Epitácio Pessoa (1919 –
1922)
- Lei de repressão ao Anarquismo para
conter as greves;
- Queda nas exportações; novo
empréstimo e valorização do café;
- Semana de Arte Moderna;
- Fundação do PCB (1922);
- Revolta do 18 do Forte de
Copacabana.
2.9 – Artur Bernardes (1922 –
1926)
- Permanente estado de sítio (reforma
constitucional - ampliou os poderes do
executivo);
- Eclosão de diversos movimentos
tenentistas (Revolta de Isidoro Dias
Lopes e a Coluna Prestes) – visava
combater o regime vigente;
- Intervenção no Rio Grande do Sul –
onde assinou o Pacto de Pedras Altas;
2.10 – Washington Luís (1926 –
1930)
- “Governar é abrir estradas” e a
“questão social é um caso de polícia”;
- Inflação e crise econômica (crise de
29 e superprodução do café);
- Sucessão: rompimento da política
café-com-leite Júlio Prestes (PRP) e
Getúlio Vargas (Aliança Liberal);
- Vitória do PRP e insatisfação das
oligarquias dissidentes (tenentistas e
camadas urbanas);
Iv - A Questão Social na República
Velha
– Introdução: “O continuísmo político da
República Velha esteve longe de suprir
as necessidades da grande massa da
população brasileira. Durante esse
período, a exclusão social gerada pelo
regime propiciou o surgimento de
8
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
revoltas, demonstrando o
descontentamento das camadas
populares para com as oligarquias
dominantes”.
(PETTA e OJEDA.1999:207)
1 – As Tensões Sociais no Campo
1.1 – Guerra de Canudos (Ba) 1896 –
1897
- Governo de Prudente de Morais;
- Fatores: Latifúndio, exploração,
miséria, seca e abandono da
população;
- Movimento Messiânico liderado por
Antônio conselheiro contra o governo e
defendendo a instalação de uma
sociedade igualitária, assim como a
vinda de um Messias (catolicismo
rústico);
- Em 1893, conselheiro e seus
seguidores se estabeleceram na antiga
fazenda de Canudos fundando o Arraial
de Belo Monte, onde a população
encontrava solidariedade, conforto
espiritual, abrigo e trabalho; economia
baseada na agricultura e pecuária e o
comércio de couro;
- Canudos resistiu a três expedições,
sendo destruída pela quarta expedição
em (05/10/1897);
- Euclides da Cunha escreveu “Os
Sertões”;
1.2 – A Guerra do Contestado
(19/12/1916):
- Governo de Rodrigues Alves e
Venceslau Brás;
- A região de contestado era disputada
pelo Paraná e Santa Catarina;
- Representou a luta dos camponeses
que foram expulsos da região pelos
proprietários da empresa Brazil Railway
para a construção de uma ferrovia;
- Nesta época a população era formada
por posseiros, desempregados da
ferrovia e camponeses;
- Em 1912, o monge José Maria fundou
um núcleo de povoamento chamado
Monarquia Celeste, onde pretendia
preservar os valores da Monarquia até
a volta do rei D. Sebastião;
- Foi destruída pelo governo por
parecer uma conspiração anti-
republicana;
1.3 – Revolta de Juazeiro (1914)
- Padre Cícero Romão era considerado
protetor dos sertanejos e apoiava os
coronéis;
- Tinha suas origens no quadro de
miséria e abandono da população rural;
- Em 1911 elegeu-se prefeito de
Juazeiro e firmou o Pacto dos coronéis,
um acordo para manter a família
Accioly no poder no Ceará;
- Teve início devido à política das
Salvações de Hermes da Fonseca que
derrubou a família Accioly substituindo
pela família Rabelo;
1.4 – O Cangaço:
- Fenômeno típico do Nordeste, onde a
miséria, a fome, a perda de terras e
roças, as secas e as arbitrariedades
dos coronéis geraram bandos que
queriam fazer justiça com as próprias
mãos;
- A figura do cangaceiro tem sua
origem no “cabra ou capanga” pagos
para servir ao coronel. O cangaceiro ao
contrário do coronel agia em beneficio
seu e de seu bando e não defendia o
latifúndio;
- O mais famoso cangaceiro do período
imperial foi Jesuíno Brilhante (defensor
dos fracos e oprimidos - tinha o apelido
de Robin Hood sertanejo);
- Surgiram Antônio Silvino que entrou
no cangaço para vingar a morte de seu
pai e Virgulino Ferreira da Silva
(Lampião) onde foi massacrado na
gruta de Angico (Sergipe);
- Em geral, a idéia de vingança
constituía a justificativa mais comum
para a adesão do cangaço ou a volante
(policiais que caçavam cangaceiros);
2 – Tensões Sociais na cidade:
2.1 – A Revolta da Vacina
- Governo de Rodrigues Alves;
- Devido aos recursos oriundos do
Funding-Loan e a exportação da
borracha, o governo federal, mandou
sanear e urbanizar o Rio de Janeiro;
- Ocorre a destruição das moradias
populares no centro da cidade e sua
população expulsa para dar passagem
ao progresso;
- Em outubro de 1904 foi aprovada a lei
da vacina obrigatória e o médico
Sanitarista Osvaldo Cruz promoveu o
combate a varíola.
9
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- O estopim foi do poder aquisitivo e
frustrações da população;
2.2 – A Revolta da Chibata (1910)
- Governo de Hermes da Fonseca;
- Foi a luta contra os castigos físicos
aplicados aos marinheiros e contra os
baixos salários;
- Líder: João Cândido;
- Os marinheiros amotinados
assumiram o controle dos navios e
ameaçaram bombardear a cidade, caso
o presidente não atendesse as
reivindicações. Ele prometeu atender e
depois mandou prender o líder;
- Alguns marinheiros foram mortos e
deportados para regiões distantes do
Rio de Janeiro;
2.3 – Greves de 1917
- Greves em São Paulo e Rio Janeiro,
em reação ao alto custo de vida e aos
baixos salários;
- Sofreram influência da ideologia do
anarcosindicalismo;
- Reivindicavam aumentos salariais e
legislação trabalhista;
2.4 – O Movimento Tenentista
- Movimento da jovem oficialidade do
exército de contestação ao domínio da
oligarquia cafeeira, cujas ações
expressavam os anseios de mudanças
dos grupos sociais urbanos,
especialmente aos ligados às classes
médias;
Combatia a corrupção na vida pública,
defendia o voto secreto e o
nacionalismo econômico;
2.4 – Revolta do Forte de
Copacabana (Rj – 1922)
- Primeira revolta tenentista;
- Líderes: Euclides da Fonseca, filho do
Marechal Hermes;
- Causa: A prisão do Marechal Hermes
da Fonseca e o fechamento do clube
Militar;
- Objetivo: Renúncia do candidato
recém-eleito Artur Bernardes e ainda
não empossado;
2.5 – Revolução Paulista de 1924:
- Causa: Descontentamento contra o
governo Artur Bernardes e exigiam sua
renúncia.
- Líder: Izidoro Dias Lopes e Miguel
Costa;
- Ocorreram combates violentos e com
a chegada de reforço federal, os
rebeldes se retiram para o interior
integrando depois a Coluna Prestes;
2.6 – A Coluna Prestes
- Ápice do movimento tenentista;
- Líder: Luís Carlos Prestes e Miguel
Costa;
- Percorre o Nordeste e o centro do
Brasil, incentivando a população a
lutarem contra as oligarquias. Enfrentou
exércitos sem perder uma batalha;
- Com o fim do governo de Artur
Bernardes, a coluna se desfez e os
principais líderes refugiaram-se na
Bolívia;
V - A Cultura na República Velha
- Papel da Igreja – fundar escolas,
orfanatos e seminários;
- Ciências:
* Nina Rodrigues – medicinal legal;
* Adolfo Luz e Emílio Ribas – pioneiros
na pesquisa sobre a transmissão da
febre amarela;
* Osvaldo Cruz – erradicou a febre
amarela no Rio de Janeiro;
* Carlos Chagas – pesquisa sobre a
doença transmitida pelo mosquito
barbeiro;
* Fundação do Instituto Marquinhos
(Osvaldo Cruz) e Vital Brasil fundou o
Instituto Butantã
* Capistrano de Abreu e Afonso Taunay
desenvolveram estudos sobre a história
do Brasil;
- Manifestações Artísticas;
- Artes plásticas estiveram sob a
influência das técnicas e dos temas da
Belle Epoque européia;
- Destaques:
• Pedro Américo – A
Batalha de Aval;
• Vitor Meireles de Lima
– Primeira Missa no
Brasil e a Batalha dos
Guararapes;
- Música:
10
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
• A elite curtia as polcas
e as valsas européias
ou de compositores
eruditos como: Carlos
Gomes e Basílio
Itaberê da Cunha;
• Principais óperas de
Carlos Gomes – “O
Guarani”, “Maria
Tudor”, “Fosca”;
- Teatro:
• Caracterizou-se pela
improvisação cômica
dos atores que não
respeitavam o texto e
as idéias do autor;
• Principais destaques
do Teatro de ator:
Procópio Ferreira,
Apolônia Pinto e
Joaquim José da
França Júnior que
retratava os costumes
de forma humorística;
- Cinema:
• Em 1896, o
cinematographo foi
lançado na Rua do
Ouvidor, no Rio de
Janeiro, onde foram
feitos os primeiros
filmes nacionais;
- Futebol:
• O foot-ball, esporte
inglês, introduzido no
Brasil por Charles
Miller em 1894, passou
a ser cada vez mais
popular. Fundaram-se
clubes como ªª Ponte
Preta (1900), O
Palestra-Itália
(Palmeiras);
- Carnaval;
• Em 1917 foi gravado o
primeiro samba do
Brasil: Pelo telefone.
Inicialmente foi muito
criticado por quem
queria continuar
ouvindo as canções
francesas, valsas ou
modinhas;
- Semana de Arte Moderna – (S.
Paulo – 1922);
SEGUNDO BIMESTRE
VI - A CRISE DO CAPITALISMO
- Introdução: “A década de 1930 seria
atingida por uma das maiores crises
econômicas da história capitalista, a
chamada Grande Depressão. A crise
favoreceu a polarização de forças no
plano político, opondo de um lado as
“frentes populares” e de outro os
partidos fascistas. No plano das
relações internacionais, os países
fascistas efetivaram agressões
expansionistas enquanto os países
democrático-liberais promoviam uma
política de apaziguamento”.
1 – Situação dos E.U.A após a Primeira
Guerra Mundial:
* Ascensão econômica americana;
* O american way of life (modo de vida
americano) caracterizado pelo grande
consumo, difusão do consumo
supérfluo e crescimento das cidades;
2 – Causa gerais da Depressão:
* Superprodução agrícola e industrial;
* Diminuição do consumo;
* O crack da bolsa de Nova York;
* Dependência econômica dos E.U.A –
ocorrendo crises por causa da redução
das importações americanas e
repartimento dos capitais;
3 – O New Deal – Franklin Roosevelt.
- Programa de recuperação que
abrangia a agricultura, a industria, área
social e previa uma intervenção do
Estado na economia;
VII – REGIMES TOTALITÁRIOS
- Introdução: “O período entre-guerras
assistiu ao aparecimento de um regime
que procurou, pelo cerceamento às
liberdades individuais, sustentar o
capitalismo então em crise. Trata-se do
fascismo, que, embora apresentando
peculiaridades de país para país,
instalou-se em vários Estados
europeus, asiáticos e latino-
americanos. Em nações como
Alemanha, Itália e Japão, o fascismo
desenvolveu uma forte atitude
imperialista, em grande parte
11
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
responsável pela Segunda Guerra
Mundial”.
(MELLO e COSTA. 1999:314)
1 – Fascismo – Itália
1.1 – Origens:
- A crise econômica do pós-guerra -
inflação, recessão, desemprego e a
perda de confianças nas soluções
liberais;
- Insatisfações com o resultado da
guerra e o fortalecimento dos
movimentos nacionalistas;
- Em 1919, Mussolini fundou o Fascio
di Combatimento que deu origem ao
Partido Fascista e a formação das
Squadras (camisas negras) que
usavam da violência para atacar seus
adversários;
- As esquadras eram apoiadas pela
burguesia;
1.2 – Ascensão do Fascismo:
- Marcha sobre Roma e o rei Vitor
Emanuel nomeou Mussolini para o
cargo de primeiro ministro e no poder
convocou eleições, onde os fascistas
foram vitoriosos;
- Denúncia de Matteotti, que foi
assassinado;
1.3 – O Governo dos Fascistas:
- Consolidação da ditadura por prisões,
seqüestros e morte dos opositores,
censura à imprensa e instituição do
unipartidarismo;
- Instituição da carta Del Lavoro (carta
do trabalho) introduzindo o
corporativismo;
- No plano econômico promoveram a
intervenção do Estado na economia/
obras públicas;
- Em 1929 é assinado o tratado de
Latrão, onde reconhecia a supremacia
do Papa sobre o Vaticano;
2 – Nazismo – Alemanha:
2.1 – Origens:
- Crise econômica – Ascensão da
República de Weimar que enfrentou
dificuldades financeiras, levando o
governo a emitir papel-moeda
agravando a inflação e o custo de vida;
- Fundação do Partido Nazista em 1919
por Adolf Hitler, onde tentou chegar ao
poder através do Putsch de Munique,
onde foi preso e escreveu o livro Mein
Kampf (Minha Luta) onde sistematizou
a ideologia nazista;
2.2 – Ascensão do Nazismo:
- Vitória eleitoral dos nazistas em 1930,
onde Hitler torna-se Chanceler;
- Incêndio no Reischtag (Parlamento) e
noite dos Longos Punhais;
2.3 – Governo Hitler:
- A morte de Hindenburg, Hitler
proclama a criação do terceiro Reich
(império);
- Eliminou Todos os Partidos;
- Colocaram em prática as leis de
Nuremberg e criou campos de
concentração;
- Adoção dos planos quadrienais
estimulou a expansão da industria,
investimentos no setor bélico e um
plano de obras públicas;
2.4 – Características:
- Totalitarismo, Nacionalismo,
Militarismo, corporativismo (Itália),
Expansionismo, Anticomunismo e
Racismo;
3 – Salazarismo – Portugal:
- Ascensão de Antônio Salazar em
1933, onde instituiu o Estado Novo
inspirado no fascismo, instituindo o
corporativismo, suprimiu as liberdades
e submeteu os sindicatos ao controle
do Estado;
- Em 1974 foi derrubado pela
Revolução dos Cravos;
4 – Franquismo – Espanha:
- Em 1931 foi proclamada a República;
- As esquerdas uniram-se na Frente
Popular vencendo as eleições de 1936
e adotaram um programa de Reforma
agrária;
- As forças de direita organizaram a
Falange e liderados pelo General
Franco inicia uma revolta, dando inicio
a guerra Civil Espanhola;
- O General Franco recebe ajuda de
Hitler e Mussolini e as forças
republicanas da Rússia;
- Vitória dos Franquistas e destruição
de Guernica que foi pintada por Pablo
Picasso;
12
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
VIII - A Segunda Guerra Mundial
(1939 – 1945)
-Introdução: “O desfecho da Primeira
Guerra Mundial não proporcionou a paz
que se esperava. Primeiro, porque
alguns países, sobretudo Alemanha e
Itália, ficaram em situação econômica
bem difícil; segundo, porque as
disputas imperialistas que levaram ao
primeiro conflito não foram resolvidas, e
as potências continuavam disputando
as áreas de dominação; terceiro,
porque, após se reorganizar
militarmente sob o governo nazista, a
Alemanha estava novamente
preparada para disputar seu espaço
entre as nações mais poderosas do
mundo”.
(PETTA e OJEDA. 1999:234)
1 – Causas:
- As frustrações e ressentimentos da
Primeira Guerra Mundial;
- A ineficiência da Liga das Nações
para preservar a paz;
- A política de apaziguamento colocada
em prática pela França e Inglaterra;
2 – Blocos:
- Eixo – Alemanha, Itália e Japão;
- Aliados – Inglaterra, França, Estados
Unidos, União Soviética e Brasil;
3 – As agressões na década de 1930:
- Japão conquistou a Manchúria e
invadiu a China;
- Itália invadiu a Etiópia e ocupou a
Albânia;
- Expansão da Alemanha – ocupou a
Renânia, participou da guerra Civil
Espanhola, anexou a Áustria e exigiu
os Sudetos;
- Em 1939 assinou o Pacto Germano-
Soviético e em seguida invadiu a
Polônia;
4 – A Guerra:
II – Fases da Guerra
1ª Fase (1939 – 1942) – marcada pelo
domínio das tropas do eixo, verificado
através das conquistas em relação à
França, em 1940, o bombardeio da
Inglaterra pela Luftwaffe. A estratégia
utilizada pelos nazistas foi denominada
de Blitzkrieg (guerra relâmpago). Em
1941, Hitler desrespeita o acordo com a
União Soviética e invade o seu
território. No mesmo ano o Japão
bombardeia a base militar norte-
americana no Havaí, Pear Harbor .
2ª Fase (1942 – 1945) – caracterizada
pela ofensiva dos aliados com a
entrada dos EUA e da URSS. Foram
organizadas três frentes de batalhas: a
1ª frente chefiada pelos soviéticos na
Europa oriental; a 2ª frente liderada
pelas trapas aliadas na áfrica e no
pacifico e a 3ª frente ao norte da
Europa com o propósito de libertar a
França dos nazistas, organizando o dia
D, em 1944. Em 01 de maio de 1945 o
exercito soviético derrota o exercito
nazista em Berlim. No entanto, a guerra
só terminou em agosto com os
ataques atômicos no Japão, nas
cidades de Hiroxima e Nagasáqui.
5 – Decisões Diplomáticas:
- Conferência de Teerã – os líderes
decidiram o desembarque na França e
a ocupação da Normandia;
- Conferência de Yallã – divisão da
Coréia e reformulação do mapa
europeu;
- Conferência de Postdam – destino da
Alemanha criando o Tribunal de
Nuremberg e a divisão da Alemanha
em zonas de influência;
- Conferência de S. Francisco – criação
da ONU;
6 – Conseqüências:
- Redefinição da nova ordem mundial:
Bipolarização;
- Descolonização afro-asiática;
- Guerra Fria;
IX - A ERA VARGAS (1930 –
1945)
1 – Governo Provisório (1930 –
1934):
- Nomeação de interventores e
dissolução do Congresso Nacional,
Câmaras Estaduais e Municipais;
- Criação do conselho Nacional do café;
Criação de dois Ministérios: o da
Educação e Saúde e do Trabalho,
industria e comércio;
- Proteção ao café – queima de
estoques;
13
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Jesus
- Revolução constitucionalista de 1932
– foi à reação paulista ao governo de
Getúlio, que derrotou o movimento,
mas convocou uma Assembléia
constituinte;
- Constituição de 1934:
* Voto feminino, voto secreto;
* Voto do mandato de segurança;
* Representação Classista e direitos
trabalhistas;
2 – Governo Constitucional (1934 –
1937):
- Radicalização Político-ideológica:
* Direita – Aliança Integralista Brasileira
(Fascista – Plínio Salgado);
* Esquerda – Aliança Nacional
Libertadora (antifascista – Luís Carlos
Prestes) que defendia a suspensão da
dívida externa, nacionalização das
empresas estrangeiras, reforma agrária
e governo popular;
- A Intentona Comunista de 1935 – teve
como pretexto o fechamento da sede
da ANL e foi reprimida com violência;
- O golpe de 1937:
* Pretexto: Plano Cohen e foi apoiado
pelos militares;
3 – O Estado Novo (1937 – 1945):
- Constituição de 1937 – (“a Polaca”)
característica autoritária e
antidemocrática;
- Fortalecimento ao poder do Estado;
- Criou a DASP (Departamento de
Administração do Serviço Público) e o
DIP (Departamento de Imprensa e
Propaganda);
- Política externa oscilando entre E.U.A
e Alemanha;
- Criou a polícia especial dirigida por
Filinto Muller criou a CLT (43);
- Intervenção do Estado na economia:
nacionalismo, planejamento
econômico, criação da Usina
Siderúrgica de Volta Redonda e da
Vale do Rio Doce (43);
- Fundação da UNE (1938);
- Participação do Brasil na segunda
guerra:
• Guerra ao EIXO
• Envio da FEB e da FAB
sob o comando do
General Mascarenha
de Morais;
4 – A Decadência do Estado Novo:
- Passeata dos estudantes (1942);
- Manifesto dos mineiros (43);
- Primeiro Congresso Brasileiro de
Escritores (45);
- Queremismo (45);
- Convocações de eleições e o
surgimento de partidos: PSD, PTB,
UDN;
- Golpe de 45, afastamento de Vargas
e o poder passa para José Linhares;
X – DESCOLONIZAÇÃO AFRO-
ASIÁTICA
- Introdução: “O século XX assinalou,
simultaneamente, a decadência do
colonialismo europeu e a ascensão do
nacionalismo nos países coloniais que,
após a Segunda Guerra Mundial,
iniciaram o processo de descolonização
africano e asiático. Os jovens Estados
que emergiram da descolonização
constituíram o bloco do Terceiro
Mundo, que enfrenta atualmente as
seqüelas do subdesenvolvimento, da
dependência e do neocolonialismo”.
(MELLO e COSTA. 1999:382)
1 – Causa:
- Declínio do poderio europeu após a
guerra;
- Ascensão do Nacionalismo afro-
asiático;
- Emergência das superpotências:
E.U.A e URSS;
- A conferência de Bandug (1955) –
debateu os problemas do terceiro
mundo e apoio ao anticolonialismo;
2 – Características:
- Guerras de libertação Nacional;
- Independência por meios pacíficos;
3 – Descolonização Asiática:
3.1 – Índia (1947):
- A luta foi inicialmente liderada pelo
partido do congresso fundado em 1885
de população hindu. Em 1906 foi criada
a liga mulçumana;
- O movimento da Índia foi liderado por
Mahatma Gandhi, que defendia
métodos não violentos de luta, como a
desobediência civil e resistência
pacífica;
14
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- Independência e divisão da Índia em:
Índia, Paquistão e Srilanka.
Permaneceram os conflitos étnicos e
religiosos;
3.2 – Indonésia:
- Foi liderado por Sukarno, que instalou
uma democracia dirigida e aproximou-
se da China;
- Shuarto derrubou o governo, instalou
uma ditadura e anexou o Timor Leste
em 1975;
3.3 – Indochina:
- Colônia francesa formada pelo Laos,
Camboja e Vietnã;
- A luta foi liderada por Ho Chi Min que
fundou a Liga Revolucionária para a
independência do Vietnã (Vietminh),
onde a França não reconhece a
independência;
- A conferência de Genebra decidiu
pela independência dos países e pela
divisão do Vietnã;
- A guerra civil (Vietnã do Norte e Sul)
contribuiu para a reunificação em 1976
com a vitória dos Vitcongues e
instalação de um governo comunista;
4 – Descolonização da África:
1 – Argélia:
- Entre 1952 e 1956 desencadearam-se
as lutas contra o domínio francês, sob a
liderança da Frente de Libertação
Nacional. Em 1962, a França concedeu
a independência;
2 – Congo:
- Vendido pelo rei belga ao próprio
governo, após muitas lutas conquistou
a independência;
3 – África Portuguesa:
- Angola – as lutas foram lideradas pela
MPLA (Movimento Popular pela
Libertação de Angola) que após várias
lutas conseguiu a sua independência
em 1975;
- Moçambique – FRELIMO – (Frente
pela Libertação de Moçambique)
liderada por Eduardo Mondlane;
TERCEIRO BIMESTRE
XI – REPÚBLICA DEMOCRÁTICA
POPULISTA (1946 – 1964)
- Introdução: “Entre 1946 e 1964, a
sociedade brasileira tentou, de maneira
inédita, a implantação de um modelo
democrático no processo político da
nação. O fim da ditadura do Estado
Novo, a vitória das democracias na
Segunda Guerra Mundial e a influência
do american way of life marcaram esse
período”.
I – Eurico Gaspar Dutra (46 – 51):
- A Constituição de 1946:
* Preservação da estrutura fundiária;
* Liberal – conservadora;
* Promulgada; mandato de cinco anos;
voto secreto; federalismo; liberdade de
expressão; direito de greve e livre
associação sindical;
- Plano SALTE (saúde, alimentação,
transporte e energia);
- Rompimento das relações
diplomáticas com a URSS;
- Criação da OEA;
- Missão Abbink;
- Política econômica marcada pelo
liberalismo, e a partir de 1917 ocorre à
volta do Intervencionismo estatal;
2 – Segundo governo de Vargas (51 –
54)
- Eleito pelo PTB/PSP, mas Carlos
Lacerda (UDN) tenta impedir a posse;
- Política econômica – nacionalismo,
intervencionismo e industrialismo;
desenvolvimento da industria de base;
- Criação da Petrobrás (1953) – “O
petróleo é nosso”;
- Criação do Banco Nacional de
desenvolvimento econômico BNDE;
- Plano LAFER – investimento nos
setores de base, em transporte e
energia;
- Criação da SUMOC
(Superintendência da Moeda e do
Crédito);
- Reajuste de 100% no salário mínimo
(1954) – Ministro do Trabalho: João
Goulart, os militares lançam o
manifesto dos coronéis;
- Crime na rua Tonoleiros
(05/agosto/1954) atentado contra
Carlos Lacerda;
- Suicídio de Vargas –
(24/agosto/1954);
3 – Café Filho (56):
15
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- Período de turbulência social e
política;
- Café Filho (vice): Carlos Luz
(presidenta da Câmara) e Nereu
Ramos (presidente do Senado). A
instabilidade foi contornada pelo
general Teixeira Lott;
- Programa de combate à inflação que
incluía a restrição ao crédito e
contenção aos gastos públicos;
4 – Juscelino Kubitschek (56 – 61);
- Lema “50 anos em 5”;
- Plano de Metas – conjunto de
programas de desenvolvimento
econômico setorial, energia, transporte,
industria, educação e alimentação;
- Inauguração de Brasília (24 – 04 –
1960);
- Criação da SUDENE;
-Implantação da industria
automobilística;
- Abertura da economia ao capital
estrangeiro – submissão político –
econômica aos E.U.A;
- Criação da operação Pan-Americana
(OPA) visava obter o apoio financeiro
dos E.U.A, para o desenvolvimento
econômico da América Latina;
- Descontrole inflacionário;
- Desenvolvimento cultural:
* Destaque para a temática social:
Guimarães Rosa, Jorge Amado;
* Surgimento da Bossa Nova;
* Surgimento do Cinema Novo;
* Em 1958 o Brasil foi campeão
mundial de futebol;
* Éder Jofre tornava-se campeão de
boxe na categoria “peso-galo”.
5 – Jânio Quadros – 1961:
- Eleições de 1960
- Jânio Quadros tinha como símbolo
uma vassoura para “varrer a
corrupção”.
- Política externa independente;
- Condecoração de Che Guevara com a
ordem do Cruzeiro do Sul;
- Programa de estabilização econômica
com a redução de despesas e
compressão de salários;
- Política interna:
* Proibiu a briga de galo no Brasil;
* Proibiu o uso de lança-perfume no
carnaval;
* Proibiu o uso de biquinis nas praias;
- Economia Anti-inflacionária ortodoxa.
- Renúncia de Quadros após sete
meses de governo;
6 – João Goulart (1961 – 1964)
- A crise do populismo e a organização
da campanha da legalidade por Leonel
Brizola e a campanha dos militares
apoiados pela UDN para impedir a
posse;
- Posse de Goulart em 7 – setembro de
1961 e com a realização do Plebiscito
em janeiro e a volta do
presidencialismo;
- Elaboração do Plano Trienal
elaborado por Celso Furtado para a
retomada do crescimento econômico e
a buscar a estabilização;
- Programa de Reforma de Base:
agrária, administrativa, urbana,
bancária e educacional;
- Promulgação do Estatuto do
Trabalhista Rural;
- Criação da Eletrobrás;
- Articulação com a frente de
mobilização popular, CGT, UNE e ligas
camponesas (NE);
- Atuação de organizações
antigovernistas de caráter burguês:
Instituto de Pesquisa e Estatuto Sociais
(IPES), Instituto Brasileiro de ação
Democrática (IBAD);
- Goulart busca apoio popular no
comício de 13/março/64;
- Em 19 de março – Marcha da família
com Deus pela liberdade;
- 31 de março começa em Minas
Gerais a mobilização militar que
derruba João Goulart;
XII – GOVERNOS MILITARES
(1964 – 1967)
- Introdução: “Após a derrubada do
governo João Goulart, a República
Militar instalada suprimiria
paulatinamente as liberdades
democráticas e imporia um modelo
econômico concentrador de rendas e
aberto ao capital internacional. A
República Militar durante seus 21 anos
de existência modernizaria a economia
brasileira à custa do sacrifício dos
setores populares e da ampliação da
dependência em relação ao capital
internacional”.
(MELLO e COSTA. 1999:349)
1 – Castelo Branco (1964 – 1967):
16
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Jesus
- Publicação dos Atos Institucionais:
* A1 – Suspensão dos direitos políticos;
* A2 – Extinção dos partidos políticos e
criou a ARENA e MDB;
* A3 – Eleições indiretas para
governador;
* A4 – Determinou a forma a ser votada
a constituição;
- Instituição do PAEG – Plano de Ação
Econômica do Governo:
* Controle do déficit público e da
inflação;
* Estimulo as exportações e retomada
do crescimento econômico;
- Promoveu a operação limpeza do
país;
- Instituição do FGTS;
- Criação do Banco Central e do SNI
(Serviço Nacional de Informação);
2 – Costa e Silva (67 – 69):
- Constituição de 1967;
- Instituição da lei de imprensa e da lei
de Segurança Nacional;
- Articulação da Frente ampla
organizadora por Carlos Lacerda,
Kubitschek e Goulart visando
reconduzir o país à democracia;
- Movimento estudantil de 1968 e a
passeata dos cem mil no Rio de
Janeiro;
- Ato Institucional nº 5;
- Estruturação da Guerrilha Urbana –
Carlos Marighela e a adesão de Carlos
Lamarca;
- PED – Plano Estratégico de
Desenvolvimento;
3 – Médici (69 – 74):
- Apogeu da ditadura e a repressão
política;
- Criação do PIN (Plano de Integração
Nacional) e do PIS (Plano de
Integração Social);
- Criação do MOBRAL;
- Ponte Rio – Niterói, transamazônica e
ampliação do território marítimo para
200 milhas;
- I PND – Plano Nacional de
Desenvolvimento:
* Maior presença do Estado na
economia;
* Modernização industrial;
* Expansão da renda e competitividade
externa da economia nacional;
- Milagre econômico:
* Brasil avança a níveis de crescimento
do Primeiro mundo;
* Crescimento econômico em todos os
setores (industria, comércio e
agricultura). Brasil nos anos 70, oitava
economia do mundo;
* Suporte do milagre – empresa estatal
(autuação na siderúrgica, petroquímica
e comunicação); Empresa Nacional
(investimento em bens de consumo
duráveis e não duráveis: agricultura de
exportação) e capital estrangeiro
(atuação das multinacionais);
* Declínio do Milagre – queda dos
investimentos, altas de juros, aumento
do preço do petróleo, alta inflação e
dependência do crédito externo.
- A reação a Ditadura:
* Guerrilha urbana;
* Guerrilha rural;
4 – Ernesto Geisel (74 – 79):
- Retorno da democracia lenta, gradual
e segura;
- II PND – Plano Nacional de
Desenvolvimento:
* Continuidade do processo de
modernização;
* Apoio ao capital Nacional e
estrangeiro;
- O fim do milagre e o inicio da crise;
- Instituição do Proálcool;
- Programa Nuclear (Angra I e II) –
acordo com a Alemanha;
- Ferrovia do aço;
- Vitória eleitoral do MDB em 1974;
- Publicação do pacote de abril de
1977:
* Senadores biônicos (1/3 do senado);
* Lei falcão;
- Assassinato de Wladimir Herzog e
Manuel Fiel Filho – reflexos da
repressão política
- Ondas de greves no ABC lideradas
por Lula.
- Revogação do A5;
5 – João Batista Figueiredo (79 – 85):
- Continuidade da abertura;
- Pressões para a volta da democracia;
- Em 1979 intervenção no sindicato do
ABC e no ano seguinte prisão de Lula;
- Aprovação da lei da anistia (1980);
- Reformas partidária – PDS, PMDB,
PTB, PT, PDT;
17
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- Extinção dos senadores biônicos, voto
vinculado e eleições diretas para
governador em 1982;
- Atentados à bomba: Câmara
Municipal do Rio de Janeiro, Sede da
OAB e Rio centro;
- O fortalecimento dos movimentos
sindicais: criação da CUT e CONCLAT
e os prefeitos formam a Frente
Municipalista Nacional pela luta da
autonomia financeira municipal;
- Na área econômica – III PND,
incentivo a novas alternativas no
campo dos combustíveis e medidas se
austeridades;
- A campanha pelas diretas já –
Emenda Dante de Oliveira;
- Transição conciliadora – Paulo Maluf
(PDS) e Tancredo Neves (PMDB +
PFL);
QUARTO BIMESTRE
XIII - A NOVA REPÚBLICA
- Introdução: “Os cinco anos do
governo Sarney efetivaram a transição
para a democracia. Ao final de sua
gestão (1990) uma nova Constituição
estava promulgada e realizou-se a
primeira eleição direta para presidente
da República desde 1960. As
instituições democráticas mostraram-se
suficientemente consolidadas para
suportar um surto hiper-inflacionário, a
destruição de um presidente pelas vias
legais previstas na própria Constituição
e a posse de seu sucessor, também
respeitando-se as normas vigentes. A
estabilização da moeda e a solução
dos graves problemas sociais
passaram a ser os grandes desafios da
Nova República”.
( MELLO e COSTA. 1999:393)
1 – José Sarney (1985 – 1990):
- Transição democrática e medidas
para retirar o entulho autoritário:
* Convocação de uma Assembléia
Constituinte;
* Eleições em todos os níveis;
* Liberdade partidária;
- Economia:
* Plano cruzado (Dílson Funaro) nova
moeda; cruzado; congelamento de
preços e salários, aumento do
consumo, falta de produtos (ágio e
estocagem especulativa) e fim da
ORTM e criação da IPC;
* Plano cruzado II – descongelamento
de preços, aumento de impostos;
* Plano Bresser – congelamento de
preços por 90 dias e fim do subsídio do
trigo;
* Plano verão – Maílson da Nóbrega –
nova moeda (cruzado Novo),
congelamento de preços e salários e
elevação das taxas de juros. Todos
resultaram na hiperinflação;
- Reabertura de processos sobre
tortura, greves, assassinato de Chico
Mendes em Xapuri;
- Constituição de 1988:
• Conquistas sociais;
• Voto aos analfabetos.
2 – Fernando Collor (1990 – 1992):
- Características: Neoliberal e
Neopopulismo;
- Plano Collor – Zélia Cardoso de Melo:
• Confisco das
cadernetas de
poupança por 18
meses;
• Nova moeda: Cruzeiro;
• Aumento de impostos;
• Abertura ao capital
estrangeiro.
- Plano Collor II:
• Novo congelamento do
IOF;
• Aumento das tarifas
públicas;
• Redução das tarifas de
importação;
- ECO 92 no Rio de Janeiro;
- Extinção da lei de Sarney de incentivo
a cultura;
- Denúncia de corrupção –
Impeachment (papel dos estudantes –
movimento caras pintadas);
3 – Governo Itamar Franco (1992 –
1994):
- Plano Real – FHC (criação de uma
nova moeda e dolarização da
economia);
- Realização do Plebiscito;
- Abertura de CPTS e processos contra
a corrupção;
- Campanhas da sociedade civil: ação
da cidadania contra a miséria e fome
(Betinho);
18
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
4 – Governo de FHC (1995 – 2003):
- Revisão constitucional;
- Programa comunidade solitária;
- Quebra do monopólio estatal do
petróleo, nas telecomunicações;
- Indenização a familiares mortos e
desaparecidos políticos;
- Novo código Brasileiro de Trânsito e o
código civil Brasileiro;
- Continuação das Privatizações – Cia,
Vale do Rio Doce, Telebrás;
- Aumento do desemprego;
- Massacres: Eldorado do Carajás,
Corumbiara e greves (petroleiros,
professores universitários), marcha dos
Sem Terra a Brasília e marcha dos 100
mil, e gritos dos excluídos;
5 – O segundo mandato de FHC
- Em 1997 o congresso aprovou
emenda à constituição permitindo a
reeleição para presidente,
governadores e prefeitos.
- Vitória de Fernando Henrique no
primeiro turno com 53% dos votos
contra 31% de Lula.
- Colapso da economia mundial e
brasileira.
- Aumento do desemprego e da
violência.
- Crise de abastecimento de energia
(apagão).
- Alguns avanços de seus dois
mandatos:
* Implementação de programas de
combate à AIDS;
* Queda na taxa de mortalidade infantil;
* Queda nos índices de analfabetismo;
* Aprovação da LDB;
* Aprovação, em 2000, da lei de
responsabilidade fiscal.
6 – O Governo Lula (1° mandato)
- Crise política: atingido pelas
denúncias de corrupção do deputado
Roberto Jefferson, o governo de Lula
enfrentou grave crise em meados de
2005, perdendo seus dois principais
ministros: Antônio Palocci e José
Dirceu, ambos do PT.
- Economia: Lula manteve as linhas
gerais de seu antecessor. Garantiu o
superávit primário (arrecadação menos
gastos) para pagar a dívida pública e
preservou as metas de inflação, o que,
apesar do cenário externo favorável,
fez com que o país crescesse pouco.
- Gastos públicos: como conseqüência
do superávit, houve forte contenção de
gastos com educação, saúde e
saneamento básico. Investimentos em
infra-estrutura, necessários para o país
superar deficiências básicas, também
foram contidos.
- Reforma Agrária: Lula assentou 81,7
mil famílias por ano, em média, 17% a
mais do que seu antecessor. O número
de famílias sem terra acampadas
cresceu para 230 mil famílias (um
milhão de pessoas).
XIV – A AMÉRICA LATINA E
AS LUTAS SOCIAIS
-Introdução: “A excessiva exploração
das camadas pobres, realizada pelas
elites nacionais em aliança com o
capital estrangeiro, tem sido,
historicamente, fator de revoltas e de
formação de grupos revolucionários
que têm por objetivo mudar o governo e
expulsar os exploradores externos”.
- Em termos gerais, foram poucas
alterações na estrutura econômico-
social da América no início do século
XIX.
1 – México:
- A revolução iniciada em 1911 resultou
da política econômica do governo de
Porfírio Díaz, com intensa concentração
fundiária e entrada de elevadas somas
de capital estrangeiro voltadas para a
exploração e controle dos recursos
minerais e produção de artigos para a
exportação;
- A revolução mexicana foi chefiada
inicialmente por Francisco Madero, a
revolução radicalizou-se com a
exigência de reforma agrária por parte
dos camponeses liderados por Emiliano
Zapata e Francisco Vílla;
- Mesmo sofrendo forte oposição e dos
Estados Unidos, consolidou-se através
da Constituição de 1917, promulgada
por Carranza que legitimava as
conquistas da revolução;
2 – Cuba:
- Ditadura de Fulgêncio Batista;
- Fidel Castro tentou tomar de assalto o
quartel de Moncada, foi preso, onde
19
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
retomou e junto com Che Guevara
organizou guerrilhas contra o governo,
recebendo apoio dos camponeses e
trabalhadores urbanos, derrubando
Fulgêncio Batista;
- No governo Fidel, decretou reforma
agrária, urbana e rompeu com os
E.U.A, que tentou derrubar o novo
governo através da invasão da Baía
dos Porcos, que fracassou e foi
imposto um bloqueio econômico;
- Enfrenta atualmente o desafio de
seguir construindo praticamente o
socialismo;
3 – As Ditaduras:
- Durante esse ciclo, a perseguição
política, a anulação dos democráticos,
a tortura, o desaparecimento de
opositores se tornavam regra na vida
política do continente;
- No campo econômico abriu a
economia ao capital estrangeiro e
implantação de um modelo econômico
baseado na alta concentração de
renda, e no achatamento dos salários;
- Exemplos, Galtiere na Argentina,
Augustos Pinochet no Chile, Anastácio
Somoza Nicarágua;
4 – Populismo:
- Exemplos: Vargas (Brasil), Perón
(Argentina) e Lázaro Cárdenas,
(México);
- Os governos prometiam a realização
de amplas reformas econômicas de
cunho nacionalista, rápido
desenvolvimento industrial e diminuição
dos conflitos sociais;
- Argentina – Perón:
* Colocou em prática o justicialismo
(programa social) fez concessão aos
trabalhadores, apesar de seus órgãos
representativos (sindicato e CGT)
serem controlado pelos trabalhadores;
* Na área econômica estimulou a
industrialização e nacionalizou
empresas estrangeiras;
* Em 1955 foi deposto por um golpe
militar, sendo novamente eleito em
1973;
* Em 1983 foi eleito Rául Afosín (Plano
Austral) e Carlos Menem (1989) que
colocou em prática o Plano Carvalho
integrando o país ns princípios do
neoliberalismo;
5 – Chile:
- Eleição de Salvador Allende em 1970
que colocou em prática um programa
de nacionalização reforma agrária com
objetivo de implantar um governo
socialista;
- Sofrendo oposição dos E.U.A e da
sociedade burguesa que realiza a
marcha das Panelas Vazias;
- Foi derrubado em 11/setembro de
1973, por um golpe liderado por
Augusto que instalou uma ditadura até
1988;
XIV – A CRISE DO
SOCIALISMO
- Introdução: “No final da década de
1950, Nikita Kruchev, sucessor de
Stalin no Cargo de secretário-geral do
Partido Comunista Soviético (PCUS),
costumava dizer que a URSS logo
alcançaria e superaria o
desenvolvimento dos EUA, garantindo,
assim, a vitória do comunismo sobre o
capitalismo. Mas, apesar de todos os
esforços e dos êxitos obtidos pela
economia soviética em vários setores,
a previsão de Kruchev não se
confirmou. Além de nunca ter
alcançado os EUA, a URSS se revelou
um império frágil, incapaz de
acompanhar a revolução tecnológica
que caracterizou os últimos trinta anos
no mundo capitalista”.
(FIGUEIRA. 2002:394)
1 – O Governo de
Gorbatchev:
- A situação econômica – a partir de
1970, a economia apresentava taxas
de crescimento cada vez menores;
- Reformas – Glasnot;
- Perestroika;
- A reação Stalinista – as forças
conservadoras promoveu um golpe
liderado pelo vice-presidente Guennadi
Yanayev que assumiu o poder e Boris
Yeltsin procurou liderar a população
contra o golpe;
- Em 19991 as repúblicas bálticas –
Letônia, Lituânia e Estônia
proclamaram a independência e no
mesmo ano foi criada a comunidade de
Estados Independentes decretando o
fim da União Soviética e Boris Yeltsin
torna-se presidente da Rússia;
20
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- Boris Yeltsin acelerou a transição do
socialismo burocrático de Estado para
o capitalismo, abolindo os controles dos
preços e privatizando as empresas
estatais. Paralelo a essas
transformações crescia a inflação,
desemprego e as tensões regionais, e
em 1998 a economia entrou em
colapso provocando a queda das
bolsas, e o governo recorreu a
empréstimos.
2 – As mudanças no Leste
Europeu:
- 2.1 – Polônia – a oposição ao
regime
- Foi conduzida pelo Sindicato
Solidariedade liderada por Lech
Walessa que em 1990 foi eleito
presidente por voto popular.
- 2.2 – Alemanha – em 1989
derrubaram o Muro de Berlim e no ano
seguinte foi aprovada a reunificação;
- 2.3 – Iugoslávia: Formada pela
Sérvia, Eslovênia, Croácia, Macedônia,
Bósnia-Herzegovina e Montenegro,
onde viviam diversos povos e etnias;
sérvios (cristãos ortodoxos), eslovenos
(católicos), bósnios (muçulmanos);
- Apesar das diferenças permaneceu
até 1980, sob liderança de Tito, e após
a sua morte foi estabelecido um
sistema de rodízio no governo;
- Em 1991, os sérvios se opuseram que
um croata assumiu o poder, e ao
mesmo tempo a Croácia e a Eslovênia
proclamaram a sua independência;
- O presidente Milosevic da Sérvia
declarou guerra aos croatas e
eslovenos. No ano seguinte a Bósnia e
a Macedônia se declararam
independentes, ficando a Sérvia e
Montenegro formando a nova
Iugoslávia;
- A declaração de independência da
Bósnia provocou um conflito entre a os
bósnios e os sérvios que viviam na
região, dando origem a Guerra de
Kosovo. Milosevic promoveu a limpeza
étnica a expulsando a população
albanesa e muçulmana provocando a
intervenção da OTAN e os conflitos
foram suspensos em 1995 com o
acordo de Payton.
2.4 – Tchecoslováquia:
- Em 1968 a população iniciou um
movimento – Primavera de Praga, onde
reivindicava um socialismo
humanizado. O país sofreu a
intervenção do Pacto de Varsóvia
(Brejnev) provocando o fim do conflito e
desposição de Dubcek;
- Em 1989 devido às pressões
populares, o presidente renunciou e
Dubcek foi eleito presidente, processo
que ficou conhecido como Revolução
de Veludo;
2.5 – China:
- Dominada pelos europeus desde a
Guerra do Ópio;
- A guerra civil entre os comunistas e
socialistas contribuiu para que após a
Longa Marcha, Mão-Tse-Tsung
proclamasse a República Popular da
China em 1949;
- Mão-Tse-Tsung realizou a reforma
agrária, abolição dos privilégios
feudais, educação obrigatória e as
bases da industrialização;
- Em 1958, o governo lançou o Grande
Salto para Frente, programa que
pretendia aumentar a produção
agrícola e de que acabou fracassando;
- Enfraquecido Mão-Tse-Tsung
deflagrou a Revolução Cultural – um
movimento de massas contra os seus
adversários a quem clamou de agentes
da burguesia infiltrados no Partido
Comunista. Através desse movimento,
afastou os opositores e fortaleceu o
governo;
- Em 1976, com a morte de Mão-Tse-
Tsung, teve início o processo de
“desmoralização” em que afastou os
adeptos da Revolução Cultural e a
partir de 1978 deu início à abertura
comercial e um programa de reformas
econômicas, procurando a
modernização da indústria, agricultura,
da defesa e da produção cultural.
XV - TENSÕES E CONFLITOS
NO ORIENTE MÉDIO
- Introdução: “O Oriente Médio se
configurou, ao longo do século XX,
numa das áreas mais conflituosas do
mundo. Parte das razões para isso tem
fundamento histórico. O lugar é berço
de três das mais importantes religiões
da atualidade, o judaísmo, o
cristianismo e o islamismo. As
21
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
diferenças existentes entre essas
religiões servem como pano de fundo
para disputas políticas entre os povos
da região. Outra característica é a
cobiça que o Oriente Médio desperta,
há séculos, nas potências mundiais,
devido às suas riquezas e à posição
geográfica estratégica (...)”
(FIGUEIRA. 2002:418)
1 – A Questão Árabe –
Israelense:
- As tensões são originadas por
conflitos político-religiosos, imensas
reservas petrolíferas e ascensão do
nacionalismo islâmico;
- Após a Primavera Guerra, o território
ficou dividido em áreas de influência
entre os ingleses e franceses. A
Mesopotâmia (Iraque), Palestina e
Transjordânia (Jordânia) ficaram
submetidas à Inglaterra, enquanto a
Síria e o Líbano, à França. Aos poucos
alguns países tornaram-se
independentes; Líbano (1941), a Síria e
a Jordânia em 1946 e o Kuwait em
1961;
- Em 1948, por decisão da ONU foi
criado o Estado de Israel em território
palestino (habitado por maioria árabe,
junto com minorias de judeus e
cristãos). Em 1945, os países da região
tinham fundado a Liga Árabe para
enfrentar o expansionismo judeu na
região (mov. Sionista);
- A Primavera Guerra Árabe-israelense
(1948-1949) – em represália a criação
do Estado de Israel, a Liga Árabe
(Egito, Síria, Líbano, Transjordânia e
Iraque) invadiu a Galiléia, Israel
ampliou seu território anexando parte
da palestina e a outra parte ficou com a
Jordânia que ocupou a Cisjordânia e a
faixa de Gaza e o restante ficou com o
Egito;
- A principal conseqüência foi a fuga
dos palestinos das áreas incorporadas
por Israel;
- Segunda Guerra Árabe-Israelense ou
Guerra de Siiez (1956), onde Israel
ocupa a Península do Sinai;
- Em1967, ocorre a Guerra dos Seis
Dias – a organização para a libertação
da Palestina (O L P) promove ataques
a Israel apoiado pelos sírios. Nessa
guerra Israel ocupa a Península do
Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e
as Colinas de Golã.
- Em 1973, ocorre a Guerra do Yom
Kippur (Dia do Perdão) – tropas da
Síria e do Egito ataca Israel que vence
a guerra.
- Em 1979, Israel e Egito assinam o
acordo de Camp David onde previa a
devolução da Península do Sinai ao
Egito e autonomia aos palestinos de
Gaza e da Cisjordânia. Houve protestos
por parte de outros países;
- A Intifada – ocorreu em Gaza em
1987 motivadas pelo o atropelamento e
morte de quatro palestinos por
israelenses. Yasser Arafat é eleito
autoridade Nacional Palestina.
2 – A Revolução no Irã:
- Em 1978, revolucionários liderados
pelo aiatolá Khomein derrubaram o
governo do Xá Reza Pahlev (aliado dos
E.U.A.) implantando um regime
baseado nos princípios islâmicos;
- Em 1979, Iranianos xiitas invadiram a
embaixada dos E.U.A e, Teerã,
mantendo seus funcionários como
reféns durante meses;
- No ano seguinte ocorre a guerra Irã –
Iraque.
3 – A Guerra do Golfo:
- Teve como causa a invasão do
Kuawait pelo Iraque que alegava
deslealdade na política petrolífera do
Kuawait que vendia seu petróleo a
preços baixos;
- Diante da ocupação, a ONU decretou
embargos ao Iraque e ordenou a
retirada das tropas invasoras;
- Sem sucesso, os E.U.A comandaram
a operação Tempestade no Deserto
(George Bush), onde sem condições de
resistir, Saddam Hussein ordenou a
desocupação do Kuawait e tornou-se
inimigo dos americanos;
- Em 1998, o Iraque foi invadido pelos
E.U.A (Operação Raposa no Deserto
(Bill Clinton) por ter expulso técnicos
norte – americanos que fiscalizavam
em nome da ONU, a existência de
armas químicas;
- George W. Bush articulou uma
coalizão internacional contra o
terrorismo, após o 11 de setembro de
2001, para capturar Osama Bin Laden,
e por isso invadiu o Afeganistão, devido
à recusa do Teleban a entrega-lo para
julgamento.
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Jesus
XVI – A GLOBALIZAÇÃO
Introdução: “A formação de grandes
grupos econômicos, que englobam
várias nações, não se deu por causa do
fim da bipolarização mundial. Esse
processo já vinha se organizando há
bastante tempo. Os países da Europa
que formavam a Comunidade
Econômica Européia (CEE), já
estudavam essa questão desde o fim
da Segunda Guerra Mundial. Em outras
partes do mundo, essas negociações
também já eram antigas. O fim da
Guerra Fria foi um acontecimento
paralelo, mas não determinante, da
globalização econômica”.
(PETTA e OJEDA, 1999:283)
- Etapas da internacionalização do
capitalismo:
* Grandes Navegações, séculos XV e
XVI (Expansão do capitalismo
comercial);
* Imperialismo, século XIX (Expansão
do capital financeiro e pela divisão
internacional do trabalho);
* Segunda Guerra Mundial (Expansão
do capitalismo através do poder militar
e econômico dos EUA).
* Fim da Guerra Fria (Início de uma
nova fase denominada globalização,
marcada pela expansão do capitalismo
e pela intensificação do comércio
internacional).
- O processo de Globalização:
* Formação de gigantescos grupos
econômicos;
*Formação de empresas tansnacionais;
* Comércio em escala mundial;
* Informação ao alcance de todos.
- Problemas da globalização:
desemprego; não favorece a
distribuição da riqueza entre os países;
aumento da exclusão social, etc.
HISTÓRIA DE SERGIPE
SERGIPE REPUBLICANO
A Oligarquia Olimpista (1899- 1906)
Nos primeiros anos do século XX, a
política sergipana foi marcada pela
presença de dois partidos políticos:
Partido Republicano de Sergipe
(cabaús) e pelo Partido Republicano
Sergipense (pebas). A partir de 1900 o
Monsenhor Olímpio Campos membro
do Partido Republicano de Sergipe,
conseguiu impor-se aos velhos políticos
cabaús e tornou-se líder de seu partido.
O Monsenhor foi Presidente do Estado,
indicou os seus sucessores no
governo, influiu poderosamente na
eleição de deputados e elegeu-se
senador da República.
Nos municípios eram eleitos para os
cargos eletivos os homens ligados a
Olímpio Campos e os empregos
públicos eram distribuídos entre seus
correligionários. Manteve controladas
as classes subalternas através do
esquema de poder e repressão,
apoiado nos coronéis. Procurou
contemplar as classes dominantes,
principalmente os senhores de
engenho, com um plano de
recuperação da economia açucareira.
A Revolta de Fausto Cardoso (1906)
A Revolta foi uma tentativa de golpe
para derrubar o governo olimpista.
Motivos: a longa permanência dos
olimpistas no poder; a formação de um
grupo mais radical da oposição; a
criação do Partido Progressista:
oposição radical ao olimpismo.
Causa Imediata: visita pela primeira vez
depois de eleito pelo partido dos pebas,
do deputado federal Fausto Cardoso
(natural de Divina Pastora e residente
no Rio de Janeiro, foi professor e
escritor.)
Movimento de Revolta
No dia 10.08.1906, um contingente da
Polícia Militar iniciou a revolta, tomou o
Palácio do Governo e depôs e
Presidente. Formou-se um novo
governo com membros das camadas
médias urbanas do Partido
Progressista. O movimento alcançou
Maruim, Itabaiana, N. Srª das Dores,
Laranjeiras, Rosário, Itaporanga,
Propriá, capela, Riachuelo e
Japaratuba.
23
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
Intervenção Federal
Em 28.08.1906 o governo federal
articulado com Monsenhor Olímpio
Campos enviou uma força interventora
para Sergipe, que depôs os
progressitas, retomou as sedes
municipais e repôs o olimpista
Guilherme Campos na Presidência do
Estado. Fausto Cardoso foi
assassinado durante os embates
militares da intervenção. Dois meses
mais tarde os filhos de Fausto Cardoso
assassinaram Olímpio Campos no Rio
de Janeiro.
O Governo de Graccho Cardoso (1922-
1926)
Fazia parte do grupo político que
dominou Sergipe de 1910 a 1930, o
chamado Partido Republicano
Conservador (PRC)
Medidas: procurou modernizar a capital
e atingiu em certa medida o interior do
Estado (saneamento básico,
abastecimento de água, urbanização e
embelezamento de cidades, construção
de estradas, pontes e escolas no
interior).
Revolta de 13 de Julho (1924)
Movimento tenentista em Sergipe que
depôs Gracho Cardoso, aderindo à
revolta movida em São Paulo para
depor o presidente da República Arthur
Bernardes.
Motivos: crise política vivida pelo Brasil
a nível nacional; a presença do 28º BC
de oficiais implicados na revolta do
Forte de Copacabana (RJ): foco de
propaganda do antiliberalismo
(oposição ao Governo Federal).
Causa Imediata:
A participação de tropas do 28º BC na
deposição do governador baiano J. J.
Seabra, indignou os oficiais sergipanos
que se sentiram instrumento da política
vingativa e arbitrária do Presidente da
República.
Os rebeldes depuseram Gracho
Cardoso e tomaram as cidades de
Aracaju, Carmópolis, Rosário,
Japaratuba, Itaporanga e São
Cristóvão.
Repressão Federal:
Os revoltosos foram violentamente
derrotados pelas forças militares e
pelas tropas formadas pelos “coronéis”
sergipanos.
Conseqüências: divisão da sociedade
sergipana em vencedores e vencidos;
desgaste de Gracho Cardoso que se
tornou mais submisso ao Governo
Federal e aos “coronéis”.
O Movimento Tenentista em Sergipe
As revoltas tenentistas em Sergipe,
1924 e 1926 faziam parte do
movimento nacional e foram lideradas
pelos tenentes: Augusto Maynard
Gomes e João Soarino e pelo capitão
Eurípedes Lima.
A Revolta de 1924
Em 13 de julho de 1924, oficiais do 28º
Batalhão de Caçadores prenderam o
governador do Estado, o Sr. Gracho
Cardoso, o comandante da Polícia
Militar e ocuparam o governo do Estado
por aproximadamente um mês.
Seguindo ordens nacionais do
presidente Arthur Bernardes, as tropas
nacionais comandadas pelo General
Marçal de Faria, marchou para Sergipe,
debelando a revolta e prendendo os
conspiradores.
Revolta de Augusto Maynard
(19.01.1926)
Motivos: a repressão ao movimento
tenentismo, passagem da Coluna
prestes pelo Nordeste.
O Movimento: O tenente Augusto
Maynard fugiu da prisão, comandou
uma operação que a partir do controle
do 28º BC, tentou tomar o Quartel da
Polícia e depor o governo.
A Repressão: Gracho Cardoso
mobilizou as forças leais ao governo:
Augusto Maynard foi ferido e os
tenentes pediram rendição.
O Cangaço em Sergipe
O movimento do Cangaço aglutinou
homens e mulheres através do sertão
nordestino em peleja contra a polícia.
As principais causas desse movimento
se encontram na fome, falta de terras,
dominação dos poderosos
latifundiários.
Esses homens e mulheres se
embrenhavam pelo sertão a pé ou a
cavalo, armados de facas, facões,
revólveres e espingardas. Praticavam
vingança, roubos, atacavam cidades
para conseguir dinheiro e alimentos.
Em 1928, Lampião e seu bando
começaram a agir em Sergipe. Tendo
como lugares preferenciais os
municípios do sertão e do agreste.
Entre eles: Porto da Folha, Poço
24
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
Redondo, Monte Alegre, Canindé,
Gararu, Carira, Frei Paulo, Pinhão,
Aquidabã e Capela.
Uma dos fatos que contribuiu para o
desenvolvimento do cangaço foi a
existência dos coiteros, ou seja
pessoas que os ajudavam lhes
proporcionando: alimentos, bebidas,
roupas, armas, hospedagem e
esconderijo e informações.
Dentre os combates entre cangaceiros
e a volante, os mais significativos em
Sergipe foram os de Maranduba,
Cangaleixo, Zitaí, de Poço da Volta e
Lagoa de São Domingos.
Finalmente em 1938, uma volante de
Alagoas conseguiu por fim as ações do
bando de Lampião na gruta Angico em
Porto da Folha (atualmente município
de Poço Redondo), próximo ao rio São
Francisco.
A Revolução de 1930 em Sergipe
O maior líder tenentista em Sergipe foi
Maynard Gomes, que estava preso
desde 1926. Contudo, nas eleições de
1930, os tenentes sergipanos apoiaram
Getúlio Vargas, que graças às fraudes
eleitorais perdeu para Júlio Prestes.
O Estado nesse momento era
governado pelo usineiro Manuel Dantas
que buscou resistir.
Em 16 de outubro de 1929, um avião
sobrevoou Sergipe conclamando a
população para apoiarem a revolução.
Uma coluna de aproximadamente
2.000 soldados revolucionários
marcharam para Sergipe, causando a
fuga do governador Manuel Dantas
para a Bahia, enquanto a força policial
juntava-se a eles.
Em 18 de outubro as tropas
revolucionárias entraram em Sergipe,
sob aclamação popular e Eronildes de
Carvalho foi empossado como
governador provisório, sendo depois
substituído pelo general José Calazans.
Após a posse de Getúlio, Augusto
Maynard assume como Interventor.
Grupos Políticos
Após a Constituição de 1934, dois
grupos políticos se formaram em
Sergipe:
 URS (União Republicana de
Sergipe), o partido dos
usineiros, junto com o PSD
(Partido Social Democrático) de
Leandro Maciel.
 PRS (Partido Republicano de
Sergipe) do interventor Augusto
Maynard, formado pelo PSP
(Partido Social progressista) de
Gracho Cardoso e a APS
(Aliança Proletária de Sergipe).
Sergipe durante a 2ª Grande Guerra
Durante o segundo conflito mundial
houve um ataque da marinha alemã em
águas sergipanas. O submarino U –507
comandado por Harro Schacht afundou
cerca de nove embarcações na costa
sergipana. Os ataques eram noturnos e
os torpedos do submarino atingiram os
navios mercantes.
Os principais navios afundados foram:
Baependy, Araraquara, Aníbal
Benevolo, Bagé, Itagiba e Arara.
Morreram aproximadamente 652
pessoas. Os cadáveres forma
sepultados nas dunas dos Mosqueiro,
dando origem ao primeiro cemitério de
náufragos da América Latina.
O Governo de Seixas Dórea (1962
1964)
Procurou trazer recursos para Sergipe
e conseguiu o início da exploração de
petróleo em 1963, implantou várias
escolas no interior. Incorporou-se à luta
pelas reformas de base do presidente
João Goulart ; Participou do comício de
13 de maio no Rio de Janeiro, no qual
anunciou a realização da reforma
agrária em Sergipe. Essas atitudes
provocaram inquietação nos grupos
conservadores. O golpe militar de 31 de
março de 1964, que derrubou João
Goulart, também depôs Seixas Dórea.
A Ditadura Militar em Sergipe
Durante o período dos governos
militares foram indicados de forma
indireta (biônica) alguns governantes
para Sergipe. Dentre eles: Lourival
Batista (1967-1970), Paulo Barreto
(1975-1979) e Augusto Franco (1979-
1982).
Preocupados com os movimentos de
esquerda, as autoridades militares
realizaram em 1975 a “Operação
Cajueiro” que consistia na caça e
prisão aos políticos, estudantes e
intelectuais contrários ao regime. A
tortura fazia parte do prato do dia.
25
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
- A partir de 1982 todos os
governadores de Sergipe foram eleitos
pelo voto popular:
* João Alves Filho – PFL (1983 – 1987);
* Antônio Carlos Valadares – PFL
(1987 – 1991);
* João Alves Filho – PFL (1991 – 1995);
* Albano Franco – PSDB (1995 –
1999);
* Albano Franco – PSDB (1999 –
2003);
* João Alves Filho – PFL (2003 – 2007);
* Deda (2007 ...)
CADERNO DE ATIVIDADES
PRIMEIRO BIMESTRE
01. (UFS – 2002) Analise as
proposições abaixo.
00 – A crise balcânica de 1914
precipitou a Guerra entre a Tríplice
Aliança (França, Inglaterra e Rússia) e
Tríplice Entente (Alemanha, Áustria e
Itália).
11 – A luta que se imaginava rápida,
alongou-se, numa guerra de trincheiras.
Os inimigos concentraram-se na
produção de armas e equipamentos;
pela primeira vez, a população se
mobilizou, daí o nome de Grande
Guerra.
22 – Os vencedores da Primeira Guerra
de 1914 -1918 se reuniram em Paris
para estabelecer as regras da paz. Não
se tratava de um acordo com a
Alemanha: a Alemanha não estava
presente. O Tratado imposto aos
alemães mutilava os catorze pontos da
proposta de Woodrow Wilson. Criava
áreas de atrito, como as reparações de
guerra.
33 – A Revolução Russa de 1917
resultou da desagregação do regime
czarista e da ação da oposição
organizada, mas explodiu sob forma de
revolta espontânea e imprevista das
massas exasperadas pela guerra e
pela miséria.
44 – Floriano Peixoto governou durante
a 1ª Guerra Mundial, que trouxe a
queda de importações e, como
conseqüência, um pequeno surto
industrial.
02. (UFAL – 2004)
O mundo acompanhou a disputa
presidencial nos Estados Unidos, e os
defensores da democracia, da
autodeterminação dos povos e da paz
estão apreensivos com a reeleição de
George Bush. Essa apreensão está
relacionada às ações desenvolvidas
por vários governos desse país ao
longo da sua história. Identifique fatos
que estejam relacionados à mensagem
sugerida na ilustração.
0 0 – Visando atender às necessidades
do capital industrial, os governos dos
Estados Unidos iniciaram uma
expansão imperialista na América
Latina para garantir fontes
fornecedoras de matérias-primas e
mercado consumidor.
1 1 – A política expansionista dos
Estados Unidos foi realizada com
intuito de realizar a conversão dos
latinos americanos à doutrina religiosa
calvinista, vista como único caminho
para civilizar os povos
subdesenvolvidos.
2 2 – O processo de colonização do
México pelos Estados Unidos
representou um dos fatores
fundamentais para a integração dos
dois países ao NAFTA, em condições
de igualdade social, política e
econômica.
3 3 – Na defesa de interesses
econômicos, políticos e estratégicos,
governos dos Estados Unidos valeram-
26
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
se da política do big stick para intervir
em vários países da América Latina, a
partir do início do século XX.
4 4 – Durante a Primeira Guerra
Mundial, o presidente dos Estados
Unidos, Woodrow Wilson, adotou uma
política agressiva contra os países
latino-americanos que não os
apoiassem na luta contra a Tríplice
Entente.
03. (UFS – 2006) Analise a tabela
abaixo.
(Edgar Carone in Aguinaldo Kupfer o Paulo A.
Chenso. Brasil:História Critica. São Paulo: FTD,
1998, p. 218)
A Primeira Guerra Mundial acarretou
profundas mudanças na economia
brasileira, até então fundamentalmente
alicerçada na agricultura de
exportação. Com base nos dados da
tabela e nos conhecimentos históricos,
pode-se afirmar que:
0 0 – A conversão da indústria européia
à produção bélica levou a uma
diminuição gradual das importações
brasileiras de produtos industrializados,
com o conseqüente estimulo à
produção nacional.
1 1 – Houve o aumento de preço dos
produtos agrícolas exportados pelo
Brasil, porém, as dificuldades de
importação de máquinas,
equipamentos e até de matérias-primas
acabou por levar a uma desaceleração
da produção industrial.
2 2 – O conflito criou condições para
que se iniciasse no país o trabalho de
coordenação e planejamento
econômico, com ênfase no
prosseguimento da industrialização por
substituição de importação
3 3 – A abertura da economia ao capital
externo acelerou a produção de
produtos manufaturados para os países
em guerra e consolidou o processo de
industrialização do país.
4 4 – Grupos sociais urbanos se
desenvolveram e passaram a ter uma
importância inédita no país,
convertendo-se, inclusive, em grupos
de pressão política com atuação
crescente, como os dos anarquistas
que influenciaram a greve geral de
1917.
04. (UFS – 2008) Como conseqüências
da Primeira Guerra Mundial ocorreram
mudanças significativas no cenário
mundial, em termos de geopolítica,
economia e comportamento. Analise as
proposições que abordam essas
conseqüências.
0 0 - A expansão dos ideais liberais e
democráticos favoreceu a ampliação da
participação popular na política e
possibilitou um maior equilíbrio entre os
diversos governos que se
estabeleceram na Europa nas décadas
seguintes.
1 1 - Os altos índices de desemprego,
as taxas de mortalidade e os danos
materiais causados pela guerra
abalaram profundamente o papel da
Europa como potência mundial, dando
lugar à ascensão dos Estados Unidos e
do Japão.
2 2 - A criação da Liga das Nações, por
iniciativa do governo norte-americano,
cujo objetivo era fomentar acordos e
evitar conflitos armados, contou com a
participação apenas dos países
vitoriosos mas se transformou,
posteriormente, na Organização das
Nações Unidas.
3 3 - O impulso ao neocolonialismo
ocorreu como uma tentativa de
recuperação política e econômica, por
parte dos países derrotados, em função
das perdas territoriais causadas pelo
surgimento de novos países e das
restrições determinadas pelo Tratado
de Versalhes.
4 4 - A descrença generalizada e a
precariedade das condições de vida na
Europa, após a guerra, intensificaram
sentimentos de revanchismo, que
somados a forte nacionalismo,
27
Ano Nº de
estabelecimentos
Nº de
operários
1889
<(1)
636
1907
(3)
3.250 150.841
1914(1
1
7.430 153.163
1920
(2)
13.336 275.512
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
culminaram na ocorrência de
movimentos fascistas.
05. (UFS – 2003) Analise as
afirmações sobre a Revolução Russa
de 1917.
0 0 – O processo da revolução teve
duas fases distintas: na primeira fase,
destaca-se a atuação reformista dos
socialistas e, na segunda, a atuação
revolucionária dos bolcheviques.
1 1 – A revolução teve um caráter
social urbano, pois foi realizada pelos
operários e pela classe média, não
tendo o apoio de todos os
camponeses, que defendiam a
monarquia.
2 2 – Um dos fatores desencadeadores
da revolução foi a insatisfação da
população camponesa contra as
péssimas condições de vida e de
trabalho, agravadas com a entrada da
Rússia na Guerra.
3 3 – A revolução de outubro de 1917
representou a vitória das teses
defendidas por Lênin que, dentre
outras, destacava a idéia de que o
poder deveria estar em mãos dos
sovietes.
4 4 – Para os russos, a revolução
representou o fim da Primeira Guerra
Mundial, já que o governo Lênin enviou
imediatamente proposta de paz aos
alemães.
06. (UFS – 2007) A Revolução Russa
representou, para milhões de pessoas,
o começo de uma nova “era histórica”.
Dessa revolução nasceu a União
Soviética. Analise as afirmações sobre
o processo de desenvolvimento dessa
revolução.
0 0 - A revolução de fevereiro de 1917
assumiu um caráter nitidamente
burguês de derrubada do absolutismo e
implantação de república
representativa, sem, no entanto,
aprofundar as transformações
econômica e social.
1 1 - A NEP (Nova Política Econômica)
foi o conjunto de medidas adotadas
pelo governo soviético, em março de
1921, para reconstruir a nação, depois
do chamado comunismo de guerra.
2 2 - O fim do regime de servidão, que
possibilitou o progresso agrícola e o
acesso à terra de grande parcela do
campesinato foi um dos fatores
responsáveis pelo desencadeamento
do processo revolucionário russo.
3 3 - O governo de Stalin, por meio de
planejamento econômico, desenvolveu
a indústria pesada, mecanizou a
agricultura e desenvolveu a educação
pública, tornando o país numa das
maiores potências do século XX.
4 4 - A luta pelo socialismo, durante a
Revolução Russa, teve como objetivo
promover o desenvolvimento através
da distribuição da renda e da
consolidação de um Estado cooperativo
e assistencial.
07. (UFS – 2009) Entre as
consequências da Revolução Russa
para a história do século XX, pode-se
considerar:
0 0 - O reforço do poder do Vaticano
na Europa Oriental e na Ásia, pois a
Igreja Católica era anti-capitalista e
favorável a uma sociedade igualitária.
1 1 - A implantação de regimes
totalitários, de tipo soviético, em vários
países das Américas, como Bolivia,
Paraguai, México e Cuba.
2 2 - O apoio da burguesia a regimes
fascistas em vários países da Europa,
como a Itália e Alemanha, com medo
das revoluções socialistas inspiradas
no exemplo russo.
3 3 - A divisão do mundo em duas
grandes zonas de influência -
capitalista liberal e socialista soviética -
após a I I Guerra Mundial.
4 4 - A volta de monarquias inspiradas
no Antigo Regime, apoiadas pelas
burguesias européias, temerosas da
expansão dos ideais revolucionários.
08. (UFS – 2003) Analise as
proposições sobre a questão social na
Primeira República (1889-1930).
0 0 – Os governos republicanos
desenvolveram projetos sociais de
interesse dos trabalhadores urbanos,
razão pela qual obtinham elevados
índices de aprovação nas eleições.
1 1 – A Revolta da Vacina, no Rio de
Janeiro, acabou representando uma
reação da população contra o
28
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
autoritarismo das medidas de
saneamento decretadas pelas
autoridades governamentais.
2 2 – Os líderes da Guerra do
Contestado foram condenados pelo
governo do presidente Wenceslau Brás
por atuarem contra a exploração e o
poder político dos coronéis do
Nordeste.
3 3 – Os operários das indústrias
paulistas tinham salários relativamente
superiores ao do conjunto dos
trabalhadores do país, pois os
movimentos grevistas que realizavam
forçaram os empresários a atenderem
suas reivindicações.
4 4 – O cangaço do Nordeste brasileiro
foi alimentado pelas próprias condições
de fome e de miséria do povo
decorrentes da estrutura latifundiária
daquela região.
09. (UFS – 2002) Analise as
proposições abaixo.
00 – A fundação da República veio, na
realidade, atender aos interesses dos
grandes fazendeiros de café paulista,
mineiros e fluminenses. A República
Velha, por isso foi chamada de
República do Café com Leite. Grande
parte da população dependia da
economia cafeeira, direta ou
indiretamente, considerando inclusive
os setores urbanos em
desenvolvimento. A massa, que fôra
marginalizada na própria elaboração da
república, permaneceria como
espectador passivo até o final da
República Velha.
11 – No Brasil, o rompimento com a
estética tradicional deu-se em 1942,
com a Semana de Arte Moderna – o
Modernismo.
22 – O descontentamento contra a
oligarquia dominante (Primeira
República) atingiu o auge com as
Revoltas Tenentistas, que tiveram dois
focos principais: o Rio de Janeiro
(1923) e Minas Gerais (1924).
33 – A 11 de novembro de 1930,
através do decreto nº 19.398,
dissolveu-se a Junta Governativa que
derrubara Washington Luís, formando-
se o Governo Provisório de Sergipe,
sob chefia, do interventor tenente João
Alberto. O decreto definia as
atribuições do novo governo e ratificava
as medidas da Junta Governativa.
Confirmava-se nele a dissolução do
Congresso Nacional e das Casas
Legislativas estaduais e municipais.
44 – Depois da Revolução de 1930,
que levou Getúlio Vargas à presidência
da República, Maynard Cardoso ficou
como interventor até 1935. Durante
dois anos, o Estado de Sergipe teve um
governador eleito, Eronides Ferreira de
Carvalho, mas voltou ao regime de
interventoria federal após o golpe de
Estado dado por Vargas em 1937 e que
instaurou o regime ditatorial que se
prolongaria até 1945.
10. (UFS – 2004) Analise as
proposições sobre o movimento
tenentista no Brasil.
0 0 – Na década de 1920, mais que a
luta social dos trabalhadores
anarquistas, socialistas e comunistas,
foi o movimento tenentista que se
destacou na cena política, abalando as
bases de sustentação da República
Velha.
1 1 – Em 1922, a Guarnição do Forte
de Copacabana rebelou-se contra a
repressão desencadeada pelo governo
federal e pelos proprietários de terras
aos movimentos sociais de
trabalhadores rurais e urbanos,
iniciados em 1919.
2 2 – Do ponto de vista ideológico, o
tenentismo defendia proposições
nacionalistas e moralizantes. Seu lema
era ‘representação e justiça’ e suas
principais reivindicações giravam em
torno do voto secreto, da moralização
da vida pública e da formação de um
governo centralizador.
3 3 – A revolta tenentista de 1906,
chefiada pelo oficial Fausto Cardoso,
empolgou grande parte do povo
sergipano na luta contra a política do
presidente Rodrigues Alves, que
concedia muito privilégio às oligarquias
rurais do Estado.
4 4 – Em 1924, os militares ameaçaram
o poder constituído do Estado de
Sergipe, quando oficiais do 28 B.C.,
solidários à revolução tenentista, se
rebelaram e depuseram Maurício
Graco Cardoso.
11. (UFS – 2005) Durante a Primeira
República (1889-1930), o Brasil
vivenciou momentos de grandes
tensões sociais no campo e nos
centros urbanos. Analise as
29
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
proposições sobre os movimentos
sociais nesse contexto histórico.
0 0 – Na busca de uma solução para os
problemas da miséria e da fome no
Nordeste, muitos se uniram aos bandos
de cangaceiros. No entanto, estes não
questionavam a grande propriedade
rural sertaneja, que era uma das
causas desses problemas, pois, apesar
de atacarem a propriedade de seus
inimigos, respeitavam e defendiam a de
seus protetores.
1 1 – As Revoltas de Canudos, do
Contestado e de Juazeiro do Norte
tornaram-se conhecidas por todo o país
como movimentos rurais e religiosos,
uma vez que tinham o apoio explicito
da cúpula da igreja Católica, que
fornecia amparo moral e espiritual aos
seus líderes e recursos materiais para
serem utilizados contra o poder público.
2 2 – Em razão das péssimas
condições de vida e trabalho nas
fábricas, a classe operária criou
organizações sindicais lideradas
predominantemente por adeptos do
anarquismo. Para estes, os sindicatos
deveriam formar a base de uma nova
sociedade e convocar greves gerais
contra o Estado e contra os patrões.
3 3 – O movimento operário de São
Paulo e do Rio de Janeiro, por ter
lideranças de nacionalidades italianas e
alemãs, apoiou-se nos ideais
corporativo-fascistas, razão pela qual
as confederações de trabalhadores
adotaram estratégias colaboracionistas
com os industriais, visando conquistas
trabalhistas.
4 4 – A insatisfação de grande parte
dos marinheiros brasileiros deu origem
à Revolta da Chibata, no Rio de
Janeiro, contra castigos físicos e
morais aviltantes que eram aplicados
na Marinha aos que desrespeitassem
as regras estabelecidas por essa
instituição.
SEGUNDO BIMESTRE
12. (UFAL – 2003). Considere o texto
para analisar as proposições.
O que deu ao fascismo sua
oportunidade após a Primeira Guerra
Mundial foi o colapso dos velhos
regimes, e com eles das velhas classes
dominantes e seu maquinário de poder,
influência e hegemonia. Onde estas
permaneceram em boa ordem de
funcionamento, não houve necessidade
de fascismo. (Eric Hobsbawm. A Era
dos extremos. Trad. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995. p. 129).
O autor faz referência à ascensão dos
regimes fascistas no período entre as
duas grandes guerras do século XX. A
partir do conhecimento histórico,
identifique as afirmações corretas e
que não se contraponham ao
pensamento do autor do texto.
0 0 – A grande maioria das camadas
de classe média e média baixa
representou um dos alicerces dos
movimentos que garantiu o
fortalecimento do fascismo.
1 1 – A ascensão da direita radical na
Europa do pós Primeira Guerra foi uma
resposta ao perigo da revolução social
e do poder operário.
2 2 – Os fascista faziam oposição aos
ideais democratas, defendidos pelos
liberais, uma vez que estes ideais
possibilitavam a ascensão dos partidos
de esquerda ao poder.
3 3 – Os liberais conseguiram manter a
estabilidade econômica na Espanha,
razão pela qual este pais manteve-se
distante dos movimentos fascistas.
4 4 – A derrota dos franceses na
Primeira Guerra Mundial criou o clima
propício para a ascensão dos
movimentos fascistas contra as
instituições liberais na França.
13. (UFS – 2006) Um dos fenômenos
mais marcantes do período que se
segue ao término da Primeira Guerra
Mundial foi a crise da democracia. Do
início dos anos 1920 ao fim dos anos
1930, em muitos países implantou-se a
ditadura. Nesse período, pode-se
afirmar que:
0 0 – A trajetória política institucional
dos países latino-americanos foi
marcada por um conjunto de normas de
exceção com a dissolução de partidos
políticos e sindicatos com objetivo de
estabelecer uma ordem de poder
democrático e popular.
1 1 – Nos países nazi-fascistas,
nenhuma atividade intelectual e
artística estava livre da ingerência dos
Estados, pois estes, impediam qualquer
manifestação cultural que podia
contrariar a ideologia oficial.
2 2 – A posição de neutralidade da
França, Inglaterra e Estados Unidos,
30
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
em relação à guerra civil espanhola,
permitiu que os radicais de direita se
consolidassem na Espanha,
fortalecendo o movimento fascista
internacional.
3 3 – A ideologia nazi-fascista foi
assimilada, no Brasil, pela Ação
integralista Brasileira, fundada por
Plínio Salgado, em 1932. Com o apoio
dos integralistas, Getúlio Vargas
implantou a ditadura do Estado Novo,
em 1937.
4 4 – A ascensão de Hitler ao poder, no
início dos anos 1930, ocorreu através
de uma ação golpista cuja ponta de
lança foram as forças paramilitares do
partido nazista e os comunistas.
14. (UFS – 2004) Analise as
informações sobre a crise do
capitalismo e o período entre guerras.
0 0 – Durante a década de 1930, os
governos totalitários da Itália,
Alemanha e Japão adotaram uma
política de apaziguamento para se
beneficiarem da ordem internacional
em vigor.
1 1 – O período entre as duas guerras
mundiais foi marcado pela crise do
capitalismo, do liberalismo e da
democracia e pela polarização
ideológica entre fascismo e
comunismo.
2 2 – Os EUA entraram em crise de
produção e começaram a baixar
perigosamente os índices de sua
economia, depois que a Europa,
recuperada da guerra, ter-se soerguido
economicamente e voltado a controlar
os mercados mundiais.
3 3 – As elites européias constando
que as democracias liberais
mostravam-se incapazes de
administrar os graves problemas da
época e temerosas do avanço das lutas
sociais, mostraram-se favoráveis à
formação de governos fortes e
autoritários, capazes de impor
disciplina e recompor a ordem
capitalista.
4 4 – Na primeira metade do século
XX, repercutiam em toda a Europa e
em diversas partes do mundo as
doutrinas de inspiração nazi-fascista.
Na Espanha, uma violenta Guerra Civil
resultou na tomada de poder pelo
general Francisco Franco, com o apoio
dos proprietários de terra, do alto clero
e de setores do exército.
15. (UFS – 2009) Considere o texto a
seguir:
Em 1929 irrompeu nos Estados Unidos
mais uma das crises periódicas que
vinham ocorrendo nos países
industrializados desde o século XIX.
Como nas crises anteriores, a crise
iniciada em 1929 foi marcada pela
superprodução e pelo subconsumo,
propagando-se dos países centrais
para a periferia do mundo capitalista.
No entanto ela se distinguiu das
demais por ter tido efeitos mais amplos
e graves.
(Wagner Pinheiro Pereira. 24 de
outubro de 1929: a quebra da bolsa
de Nova York e a Grande
Depressão. Série Rupturas, São
Paulo: Nacional, 2006, p. 3)
Pode-se afirmar que a crise em
questão:
0 0 - Atingiu não apenas o mercado de
bens de consumo, prejudicando o
comércio mundial, como afetou a
exportação de produtos primários de
vários países, como o café brasileiro,
que sofreu uma crise sem precedentes.
1 1 - Foi a primeira a ser enfrentada
pelo sistema capitalista globalizado, e
teve início com a dificuldade das
indústrias em fornecer produtos para
atender a demanda crescente dos
consumidores.
2 2 - Originou-se devido a
desorganização do sistema capitalista,
no final dos anos 1920, como
consequência das revoluções
socialistas e neoliberais que se
espalharam pelo mundo, a partir de
1917.
3 3 - concentrou-se na América Latina,
periferia do sistema capitalista, após
ter despontado nos Estados Unidos,
sendo logo controlada com a ajuda
financeira de grandes empresários
europeus.
4 4 - começou na Bolsa de Valores de
Nova York, com a queda nos valores
31
Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de
Jesus
das ações dada a super-oferta das
mesmas, mas logo atingiu a economia
de vários países, causando falências
bancárias e desemprego em massa.
16. (UFS – 2005) Considere o mapa
histórico da Europa de 1936 a 1939.
O mapa contém informações sobre a
política internacional da Europa nos
anos considerados decisivos para a
emergência da Segunda Guerra
Mundial. Analise as afirmações
relacionadas ao mapa e ao contexto
histórico mencionado.
0 0 – Os chefes de Estado da
Alemanha e da Itália testaram os seus
novos armamentos contra os
socialistas e democratas na Guerra
Civil Espanhola, contribuindo para a
formação do Eixo Berlim-Roma.
1 1 – Os governos da França e da
Inglaterra envolveram-se militarmente
na Guerra Civil Espanhola com o
objetivo de combater as forças nazi-
fascistas, contribuindo para a formação
dos acordos entre os países aliados.
2 2 – Os chefes de Estado da Itália e da
união Soviética estabeleceram
negociações e assinaram um pacto
político visando barrar o expansionismo
alemão sobre seus territórios,
contribuindo para a formação da
Tríplice Aliança.
3 3 – Os governos da Alemanha e da
união Soviética, por interesses
estratégicos, fizeram um acordo de
não-agressão e neutralidade, relegando
a segundo plano suas diferenças
ideológicas entre o nazismo e o
socialismo.
4 4 – As forças armadas da França, da
Inglaterra e da Polônia desencadearam
a guerra contra os países do Eixo em
razão do ataque e da invasão
fulminante dos alemães e italianos na
região Nordeste da França.
17. (UFS – 2003) Considere a
caricatura, do brasileiro Belmonte, de
22/09/1939, mostrando as fragilidades
do pacto nazi-soviético.
Analise as proposições corretas de
fatos relacionados à caricatura.
0 0 – O pacto de não-agressão,
realizado entre Hitler e Stálin, foi
rompido pelos soviéticos após a
Segunda Guerra Mundial, quando teve
início a chamada Guerra Fria.
1 1 – O pacto mencionado na
caricatura nunca foi realizado entre os
dois governantes, pois os nazistas
pregavam a destruição total de todos
os comunistas.
2 2 – A Alemanha assinou o pacto de
não-agressão com a União Soviética,
pois estava preocupada em garantir a
neutralidade deste país no caso de um
confronto com a França e a Inglaterra.
3 3 – A caricatura ressalta a
importância do pacto assinado pelos
governos da Alemanha e da União
Soviética que pôs fim à Segunda
Guerra Mundial.
4 4 – O caricaturista ironiza os
interesses político-militares e
estratégicos dos governos da
Alemanha e da União Soviética no
período que antecede à Segunda
Guerra Mundial.
18. (UFS – 2002) Analise as afirmações
que seguem.
00 – O Fascismo surgiu como uma
doutrina de aceitação dos ideais
burgueses de liberalismo e democracia.
O primeiro país onde o fascismo
triunfou foi a Espanha, com a ascensão
de Mussolini em 1922.
32
História 3o ano EM
História 3o ano EM
História 3o ano EM
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  • 1. 1 COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII” ALUNO (a):__________________________________________________, Nº ________ Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus site: http://givaldohistoria.webnode.com.br e-mail: givaldogeohistoria@hotmail.com “A História é o estudo orientado cientificamente que analisa o passado e suas relações com o tempo presente, buscando linhas de ação (transformação) para o futuro”. Lucien Febvre Ribeirópolis –SE 2011 3º ANO
  • 2. 1
  • 3. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus SUMÁRIO 1 – Esquema dos conteúdos do primeiro bimestre ............................................................................... 03 2 – Esquema dos conteúdos do segundo bimestre ...............................................................................08 3 – Esquema dos conteúdos do terceiro bimestre ................................................................................ 11 4 – Esquema dos conteúdos do quarto bimestre .................................................................................. 13 5 – Esquema dos conteúdos de História de Sergipe ............................................................................ 17 6 – Questões referentes ao primeiro bimestre ...................................................................................... 20 7 – Questões referentes ao segundo bimestre ..................................................................................... 23 8 – Questões referentes ao terceiro bimestre ....................................................................................... 26 9 – Questões referentes ao quarto bimestre ......................................................................................... 31 10 – Questões de História de Sergipe .................................................................................................. 34 11 – Questões do ENEM........................................................................................................................ 35 12 - Lista de siglas ................................................................................................................................ . 45 13 – Referências Bibliográficas ............................................................................................................. . 45 14 - Anexos (mapas) .............................................................................................................................. .. 46 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRIMEIRO BIMESTRE: - A Primeira Guerra Mundial e seus reflexos no Brasil; - Revolução Russa; - A Questão Social na República Velha; - A Cultura na República Velha; - O Movimento Tenentista no Brasil e em Sergipe; SEGUNDO BIMESTRE: - A Crise do Capitalismo e o Período Entreguerras; - Os Regimes Totalitários Europeus e Latino-americanos; - A Segunda Guerra Mundial; - A Era Vargas. Sergipe sob o domínio dos Interventores (1930-1945); - Descolonização da Ásia e da África; TERCEIRO BIMESTRE: - A Redemocratização (1945-1964) e o Desenvolvimentismo; 3
  • 4. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus - Os Governos Militares e a Política Econômica e Social; - Movimentos Sociais na América Latina; - Sergipe sob o Regime Militar; - A Crise do Regime Militar: a Abertura e o Movimento Sindical no Brasil; QUARTO BIMESTRE: - Movimentos Sociais e Culturais no Brasil nas décadas de 60 e 80; - Sociedade e Cultura em Sergipe Contemporâneo; - A Crise do Socialismo, as Lutas Inter étnicas na Europa e no Oriente Médio; - A Globalização e seus efeitos. “O principal objetivo da educação é ensinar as pessoas a pensar com autonomia”. Kant Bom estudo !! HISTÓRIA TERCEIRA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus site: http://givaldohistoria.webnode.com.br e-mail: givaldogeohistoria@hotmail.com ESQUEMA DOS CONTEÚDOS PRIMEIRO BIMESTRE I - A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914 – 1918) 1 – Introdução: “O século XX foi marcado por inúmeras guerras e revoluções. Muitas dessas ocorrências estiveram ligadas às disputas imperialistas travadas entre as grandes potências pela dominação e exploração de grande parte do mundo. O Imperialismo praticado a partir da segunda metade do século XIX pelas potências industrializadas, foi responsável, entre outros, por um dos mais terríveis conflitos armados da história da humanidade, que foi a Primeira Guerra Mundial”. (PETTA e OJEDA. 1999:195) 2- O que foi a primeira guerra mundial? Um conflito armado entre as potências imperialistas que lutavam por uma nova divisão de mercados. 3 – Fatores: - As rivalidades imperialistas das grandes potências que competiam violentamente por colônias e mercados; - Ressentimentos nacionalistas. - Pontos de atritos permanentes: * A rivalidade anglo-germânica onde os ingleses desejavam eliminar a concorrência econômica da Alemanha; * O revanchismo francês – os franceses queriam recuperar a região da Alsácia-Lorena e barrar as ambições dos alemães no Marrocos; * O Pan-eslavismo russo – a Rússia desejava aumentar sua influência nos Bálcãs e encontrar uma saída para o Mediterrâneo, incentivando a união de todos os povos eslavos que se encontrava sob o domínio do império Austro- Húngaro e do Otomano; * O nacionalismo da Sérvia que lutava pela sua emancipação contra os turcos e austro-húngaros. 5 – Alianças: - Tríplice Entente – Inglaterra, França e Rússia; - Tríplice Aliança – Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro; 4
  • 5. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus 6 – Estopim da guerra: Assassinato do imperador austríaco Francisco Ferdinando e de sua esposa (28/06/1914) em Sarajevo, capital da Bósnia. - Obs.: Esse fato acabou por desencadear sucessivas declarações de guerras entre os países europeus. 7 – Fases da Guerra: - 1a - Guerra de Movimentos (agosto/novembro de 1914) – caracterizou-se pela rápida mobilização das tropas contra os inimigos. Os alemães usando o plano Schlieffen invadiram a França e foi derrotada na batalha de Marne; - 2a - Guerra das Trincheiras (novembro de 1914 – março de 1918)– marcada pelo relativo equilíbrio dos países e pelo uso de metralhadoras e tanques blindados. Cada centímetro que se avançava no mapa custava longa preparação e milhares de vidas. - 3ª - Ofensivas de 1918: elementos que modificaram as condições da guerra: * uso de tanques a partir de 1916; * maior eficácia dos aviões de caça, bombardeio e observação; * saída da Rússia e a entrada dos Estados Unidos na guerra 1917. 8 – A Entrada dos Estados Unidos na Guerra -Acontecimentos: * posição de neutralidade dos Estados Unidos; * a política de solidariedade aos aliados (Tríplice Entente). - Causa da entrada dos EUA na guerra: * Torpedeamento do navio norte- americano Vigilentia e a revelação de que os alemães tinham oferecido ao México uma aliança contra os Estados Unidos. 9 – O fim da guerra: - O presidente dos E.U.A Wilson apresenta um plano de paz, composto de 14 pontos baseados na idéia de uma paz sem vencedores que foi inviabilizado devido as pressões da França e Inglaterra; - Conferência de Paris – Paz de Versalhes; * Alemanha, além de perdas territoriais foi obrigada a pagar indenizações aos vencedores e reduzir seus exércitos; * Criação da Liga das Nações. 10 – Conseqüências: * Perdas humanas; * Ascensão dos E.U.A; * Decadência da Europa; * Revolução Russa; * Aparecimento dos Estados Totalitários; * Modificação do mapa político da Europa; * A crise do capitalismo liberal que cedeu lugar ao Estado Intervencionista; 11 - O Brasil na Primeira Guerra Mundial – A situação econômica, social e política do Brasil na época da primeira guerra: * Presidente Venceslau Brás; * Situação econômica instável, obrigando o Brasil a recorrer novo empréstimo; *Ganha impulso a exportação de borracha; – A Participação do Brasil: *Após a entrada dos E.U.A e o afundamento dos navios brasileiros Paraná e Macau pelos alemães; * Participou fornecendo alimentos e matérias-primas aos aliados, policiando o Atlântico e enviando uma equipe médica, soldados e aviadores para a Europa; – Os reflexos da Primeira Guerra Mundial no Brasil: * Impulso à industrialização (substituição das importações); - O papel da guerra na indústria; * Tese tradicional – Roberto Simonsen e Caio Prado Júnior – aumento da produção industrial; * Tese revisionista (Warren Dean) – ocorreu apenas um avanço no setor industrial (açúcar, frigoríficos e tecidos) que pôde vender seus produtos no mercado mundial. Não ocorreu aumento de energia elétrica, entrada de capitais estrangeiros e máquinas, e chegou a ocorrer falta de combustíveis; - O processo de industrialização; *Ausência de uma política industrial; * Os agentes eram os imigrantes; 5
  • 6. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus II – A REVOLUÇÃO RUSSA DE 1917 - Introdução: “Assim como a Revolução Francesa de 1789 foi o modelo clássico de revolução burguesa, que desmantelou a velha ordem feudal e aristocrática, criando as condições para o desenvolvimento do capitalismo moderno, a Revolução Russa de 1917 é considerada o modelo clássico de revolução proletária, que destruiu a ordem capitalista e burguesa e lançou os fundamentos do primeiro Estado socialistas da história”. (MELLO e COSTA. 1999:295) 1 – A Rússia Pré-revolucionária: - Agricultura semifeudal; * Economia agrária, onde os camponeses viviam em condições semifeudais, condenados à miséria; * As terras pertenciam aos boiardos e ao clero que exploravam os camponeses e os mujiques (servos); - Industrialização tardia: * Industrialização financiada por capitais estrangeiros onde surgiram industrias em Moscou e São Petersburgo; * Aparecimento de uma burguesia fraca e um operariado forte e organizado; - Autocracia política: governo de Nicolau II: * Ausência de liberdade de opinião, eleições livres e direitos democráticos; - A oposição ao Czarismo: - Partido Socialista – Revolucionário (PSR): * Propunham uma ampla frente de classes sociais para derrubar o czarismo; * Defendiam democracia e revolução agrária; - Partido Constitucional Democrático; * Seus membros eram chamados de Kadetes; * Lutavam por reformas políticas que implantasse a monarquia constitucional; - Partido Operário Social – Democrata Russo (POSDR) – defensores dos princípios marxistas; * Bolcheviques (maioria) – eram revolucionários e defendiam a revolução Socialista com a aliança entre camponeses e operários; * Mencheviques (minoria) – defendiam a aliança com a burguesia e a passagem gradual ao socialismo através de reformas; 3 – O Ensaio Revolucionário de 1905: - A derrota da Rússia na guerra russo- japonesa pelo controle da Manchúria agravou a miséria das camadas baixas da população; - Domingo Sangrento – (Revolução de 1905); - Surgimento dos Soviets – Conselho de Operários; * Criação da Duma; - Em 1907, o czar organizou a contra- revolução dissolvendo os Soviets e a Duma; 4 – A Revolução Menchevique (Fevereiro): - Derrotas da Rússia frente aos alemães agrava a crise econômica; - A população reage com greves e manifestações populares apoiadas por soldados e marinheiros liderados pelos Soviets; - Derrubada do czarismo e ascensão de um governo liberal-burguês; - Dois centros de poder: # Duma – controlada pela burguesia; # Soviets – controlado pelos trabalhadores que fazia a oposição; * Manteve a Rússia na Primeira Guerra Mundial; * Concedeu anistia geral – volta de Lênin que divulgou as teses de Abril – Terra, Pão e Paz e de Trotski que foi eleito Presidente do Soviete de Petrogrado e organiza a Guarda Vermelha; 5 – A Revolução Bolchevique (outubro): - Queda de Kerenski; - Ascensão dos Bolcheviques – Lênin: • Reforma agrária; • Nacionalização de bancos e industrias; • Assinatura do tratado de Brest-Litovsk com a Alemanha; - A Guerra Civil: * Envolvia o exército branco (burguesia, latifundiários apoiados pelos países europeus) e o Exército Vermelho liderado por Trotski que lutava para preservar a ordem Socialista; * Lênin para garantir a produção e o abastecimento colocou em prática o comunismo de guerra; 6
  • 7. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus * Vitória de Lênin; 6 – A NEP e a Estabilização do Regime: - Lênin colocou em prática a Nova Política Econômica (NEP) – retorno parcial a formas de economia capitalista para superar a crise, aumentando a produção; - Surgimento da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) – (1923); - Morte de Lênin e a disputa pelo poder entre Trotski (Revolução Permanente) e Stálin (socialismo em um só país); 7 – Totalitarismo Stalinista: - Substituiu a NEP pelos planos Qüinqüenais caracterizados pela rígida planificação do Estado na economia: * Os dois primeiros planos tinham como objetivo o incentivo a indústria pesada e a coletivização da economia (Rolkhozes e Sovrhozes); e o terceiro o desenvolvimento da indústria química. - No aspecto político criou o ROMINFORM e procurou reprimir a oposição e acabou com os Soviets; - A Internacional Comunista, Moscou 1935; - Os desafios dos partidos comunistas nos dias atuais. III – REPÚBLICA VELHA (1889 – 1930) - Introdução: “O período que se estende da queda da monarquia, em 1889, até a revolução de 1930, é conhecido em nossa história como República Velha. Esta, por sua vez, divide-se em: República da Espada (1889 – 1904), controlada pelos militares, e República Oligárquica (1904-30), dominada pelos fazendeiros de café. A República da Espada, conhecida também como República Jacobina, corresponde à época de consolidação do regime republicano federativo contra as tentativas de restauração monárquica no Brasil”. (COSTA e MELLO. 1999:238) 1 – República da Espada (1889 – 1904) 1.1 – Governo Provisório de Deodoro da Fonseca; - Grande naturalização de estrangeiros; - Separação entre Igreja e Estado; - Banimento da família real; - Instituição do casamento civil; - Política econômica – encilhamento – Rui Barbosa: • Estímulos à industrialização; • Aumento das tarifas de importação; • Agitações na bolsa de valores: especulação e empresas fantasmas; • Crise econômica: inflação, falência e destituição de Rui Barbosa; - A constituição de 1891: • Federalismo; • Três poderes; • Sufrágio universal; • Liberdade de culto; 1.2 – Governo Constitucional de Deodoro - Antagonismo entre o governo e o congresso: • Dissolução do congresso; • Renúncia; - 1a Revolta da Armada; 1.3 – Floriano Peixoto (1891 – 1894) - Reintegração do congresso; - Acusado de continuísmo (não convocar eleições) - Política econômica – Serzedelo Correia – Protecionista favorável à indústria; - Revoltas: Federalista e 2a Revolta da Armada, e agitações populares; 2 – República Oligárquica (1904 – 30) - Política dos Governadores – autonomia estadual, apoio eleitoral ao governo federal; - Coronelismo – obtenção de votos pela manipulação dos currais eleitorais; - Política do café-com-leite – alternância de presidentes do PRP e PRM; - Hegemonia dos cafeicultores. 2.1 – Prudente de Morais (1894 – 1898) 7
  • 8. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus - Primeiro presidente civil; - Incentivo a industrialização – reação das oligarquias cafeeira e o fim do protecionismo; - Guerra de Canudos. 2.2 – Campos Sales (1898 – 1902): - 1º Funding-Loan e o saneamento financeiro colocado em prática por Joaquim Murtinho; - Política dos governadores; - Questão do Amapá (Guiana Francesa); 2.3 – Rodrigues Alves (1902 – 1906): - Erradicação, no Rio de Janeiro, da febre amarela; - Surto da borracha; - Revolta da vacina; - Questão do Acre – ampliação de fronteiras; - Convênio de Taubaté – política de valorização do café. 2.4 – Afonso Pena (1906 – 1909) – governar é povoar - Incentivo à imigração; - Colocou em prática o convênio de Taubaté; - Participação do Brasil na conferência de Haia, destaque para Rui Barbosa; 2.5 – Nilo Peçanha (1909 – 1910) - Criação do Serviço de proteção ao índio (SPI) presidido pelo Marechal Rondon; - Sucessão: campanha civilista (Rui Barbosa que defendia a necessidade de reformas políticas e moralização das eleições) Hermes da Fonseca. Primeira cisão da política café-com-leite. 2.6 – Hermes da Fonseca (1910 – 1914) - Revoltas: Contestado, Chibata e Padre Cícero (Pacto dos coronéis); - Política das Salvações; - Crise da borracha; - Pacto de ouro fino (reatamento de relações entre PRP e PRM); 2.7 – Venceslau Brás (1914 – 1918) - Continuação da guerra do Contestado; - Promulgação do código civil – Clóvis Beviláquia; - 1a guerra – impulso a industrialização; - Greve de 1917; - Morte de Rodrigues Alves antes de tomar posse assumindo o vice- presidente Delfim Moreira que convocou eleições; 2.8 – Epitácio Pessoa (1919 – 1922) - Lei de repressão ao Anarquismo para conter as greves; - Queda nas exportações; novo empréstimo e valorização do café; - Semana de Arte Moderna; - Fundação do PCB (1922); - Revolta do 18 do Forte de Copacabana. 2.9 – Artur Bernardes (1922 – 1926) - Permanente estado de sítio (reforma constitucional - ampliou os poderes do executivo); - Eclosão de diversos movimentos tenentistas (Revolta de Isidoro Dias Lopes e a Coluna Prestes) – visava combater o regime vigente; - Intervenção no Rio Grande do Sul – onde assinou o Pacto de Pedras Altas; 2.10 – Washington Luís (1926 – 1930) - “Governar é abrir estradas” e a “questão social é um caso de polícia”; - Inflação e crise econômica (crise de 29 e superprodução do café); - Sucessão: rompimento da política café-com-leite Júlio Prestes (PRP) e Getúlio Vargas (Aliança Liberal); - Vitória do PRP e insatisfação das oligarquias dissidentes (tenentistas e camadas urbanas); Iv - A Questão Social na República Velha – Introdução: “O continuísmo político da República Velha esteve longe de suprir as necessidades da grande massa da população brasileira. Durante esse período, a exclusão social gerada pelo regime propiciou o surgimento de 8
  • 9. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus revoltas, demonstrando o descontentamento das camadas populares para com as oligarquias dominantes”. (PETTA e OJEDA.1999:207) 1 – As Tensões Sociais no Campo 1.1 – Guerra de Canudos (Ba) 1896 – 1897 - Governo de Prudente de Morais; - Fatores: Latifúndio, exploração, miséria, seca e abandono da população; - Movimento Messiânico liderado por Antônio conselheiro contra o governo e defendendo a instalação de uma sociedade igualitária, assim como a vinda de um Messias (catolicismo rústico); - Em 1893, conselheiro e seus seguidores se estabeleceram na antiga fazenda de Canudos fundando o Arraial de Belo Monte, onde a população encontrava solidariedade, conforto espiritual, abrigo e trabalho; economia baseada na agricultura e pecuária e o comércio de couro; - Canudos resistiu a três expedições, sendo destruída pela quarta expedição em (05/10/1897); - Euclides da Cunha escreveu “Os Sertões”; 1.2 – A Guerra do Contestado (19/12/1916): - Governo de Rodrigues Alves e Venceslau Brás; - A região de contestado era disputada pelo Paraná e Santa Catarina; - Representou a luta dos camponeses que foram expulsos da região pelos proprietários da empresa Brazil Railway para a construção de uma ferrovia; - Nesta época a população era formada por posseiros, desempregados da ferrovia e camponeses; - Em 1912, o monge José Maria fundou um núcleo de povoamento chamado Monarquia Celeste, onde pretendia preservar os valores da Monarquia até a volta do rei D. Sebastião; - Foi destruída pelo governo por parecer uma conspiração anti- republicana; 1.3 – Revolta de Juazeiro (1914) - Padre Cícero Romão era considerado protetor dos sertanejos e apoiava os coronéis; - Tinha suas origens no quadro de miséria e abandono da população rural; - Em 1911 elegeu-se prefeito de Juazeiro e firmou o Pacto dos coronéis, um acordo para manter a família Accioly no poder no Ceará; - Teve início devido à política das Salvações de Hermes da Fonseca que derrubou a família Accioly substituindo pela família Rabelo; 1.4 – O Cangaço: - Fenômeno típico do Nordeste, onde a miséria, a fome, a perda de terras e roças, as secas e as arbitrariedades dos coronéis geraram bandos que queriam fazer justiça com as próprias mãos; - A figura do cangaceiro tem sua origem no “cabra ou capanga” pagos para servir ao coronel. O cangaceiro ao contrário do coronel agia em beneficio seu e de seu bando e não defendia o latifúndio; - O mais famoso cangaceiro do período imperial foi Jesuíno Brilhante (defensor dos fracos e oprimidos - tinha o apelido de Robin Hood sertanejo); - Surgiram Antônio Silvino que entrou no cangaço para vingar a morte de seu pai e Virgulino Ferreira da Silva (Lampião) onde foi massacrado na gruta de Angico (Sergipe); - Em geral, a idéia de vingança constituía a justificativa mais comum para a adesão do cangaço ou a volante (policiais que caçavam cangaceiros); 2 – Tensões Sociais na cidade: 2.1 – A Revolta da Vacina - Governo de Rodrigues Alves; - Devido aos recursos oriundos do Funding-Loan e a exportação da borracha, o governo federal, mandou sanear e urbanizar o Rio de Janeiro; - Ocorre a destruição das moradias populares no centro da cidade e sua população expulsa para dar passagem ao progresso; - Em outubro de 1904 foi aprovada a lei da vacina obrigatória e o médico Sanitarista Osvaldo Cruz promoveu o combate a varíola. 9
  • 10. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus - O estopim foi do poder aquisitivo e frustrações da população; 2.2 – A Revolta da Chibata (1910) - Governo de Hermes da Fonseca; - Foi a luta contra os castigos físicos aplicados aos marinheiros e contra os baixos salários; - Líder: João Cândido; - Os marinheiros amotinados assumiram o controle dos navios e ameaçaram bombardear a cidade, caso o presidente não atendesse as reivindicações. Ele prometeu atender e depois mandou prender o líder; - Alguns marinheiros foram mortos e deportados para regiões distantes do Rio de Janeiro; 2.3 – Greves de 1917 - Greves em São Paulo e Rio Janeiro, em reação ao alto custo de vida e aos baixos salários; - Sofreram influência da ideologia do anarcosindicalismo; - Reivindicavam aumentos salariais e legislação trabalhista; 2.4 – O Movimento Tenentista - Movimento da jovem oficialidade do exército de contestação ao domínio da oligarquia cafeeira, cujas ações expressavam os anseios de mudanças dos grupos sociais urbanos, especialmente aos ligados às classes médias; Combatia a corrupção na vida pública, defendia o voto secreto e o nacionalismo econômico; 2.4 – Revolta do Forte de Copacabana (Rj – 1922) - Primeira revolta tenentista; - Líderes: Euclides da Fonseca, filho do Marechal Hermes; - Causa: A prisão do Marechal Hermes da Fonseca e o fechamento do clube Militar; - Objetivo: Renúncia do candidato recém-eleito Artur Bernardes e ainda não empossado; 2.5 – Revolução Paulista de 1924: - Causa: Descontentamento contra o governo Artur Bernardes e exigiam sua renúncia. - Líder: Izidoro Dias Lopes e Miguel Costa; - Ocorreram combates violentos e com a chegada de reforço federal, os rebeldes se retiram para o interior integrando depois a Coluna Prestes; 2.6 – A Coluna Prestes - Ápice do movimento tenentista; - Líder: Luís Carlos Prestes e Miguel Costa; - Percorre o Nordeste e o centro do Brasil, incentivando a população a lutarem contra as oligarquias. Enfrentou exércitos sem perder uma batalha; - Com o fim do governo de Artur Bernardes, a coluna se desfez e os principais líderes refugiaram-se na Bolívia; V - A Cultura na República Velha - Papel da Igreja – fundar escolas, orfanatos e seminários; - Ciências: * Nina Rodrigues – medicinal legal; * Adolfo Luz e Emílio Ribas – pioneiros na pesquisa sobre a transmissão da febre amarela; * Osvaldo Cruz – erradicou a febre amarela no Rio de Janeiro; * Carlos Chagas – pesquisa sobre a doença transmitida pelo mosquito barbeiro; * Fundação do Instituto Marquinhos (Osvaldo Cruz) e Vital Brasil fundou o Instituto Butantã * Capistrano de Abreu e Afonso Taunay desenvolveram estudos sobre a história do Brasil; - Manifestações Artísticas; - Artes plásticas estiveram sob a influência das técnicas e dos temas da Belle Epoque européia; - Destaques: • Pedro Américo – A Batalha de Aval; • Vitor Meireles de Lima – Primeira Missa no Brasil e a Batalha dos Guararapes; - Música: 10
  • 11. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus • A elite curtia as polcas e as valsas européias ou de compositores eruditos como: Carlos Gomes e Basílio Itaberê da Cunha; • Principais óperas de Carlos Gomes – “O Guarani”, “Maria Tudor”, “Fosca”; - Teatro: • Caracterizou-se pela improvisação cômica dos atores que não respeitavam o texto e as idéias do autor; • Principais destaques do Teatro de ator: Procópio Ferreira, Apolônia Pinto e Joaquim José da França Júnior que retratava os costumes de forma humorística; - Cinema: • Em 1896, o cinematographo foi lançado na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro, onde foram feitos os primeiros filmes nacionais; - Futebol: • O foot-ball, esporte inglês, introduzido no Brasil por Charles Miller em 1894, passou a ser cada vez mais popular. Fundaram-se clubes como ªª Ponte Preta (1900), O Palestra-Itália (Palmeiras); - Carnaval; • Em 1917 foi gravado o primeiro samba do Brasil: Pelo telefone. Inicialmente foi muito criticado por quem queria continuar ouvindo as canções francesas, valsas ou modinhas; - Semana de Arte Moderna – (S. Paulo – 1922); SEGUNDO BIMESTRE VI - A CRISE DO CAPITALISMO - Introdução: “A década de 1930 seria atingida por uma das maiores crises econômicas da história capitalista, a chamada Grande Depressão. A crise favoreceu a polarização de forças no plano político, opondo de um lado as “frentes populares” e de outro os partidos fascistas. No plano das relações internacionais, os países fascistas efetivaram agressões expansionistas enquanto os países democrático-liberais promoviam uma política de apaziguamento”. 1 – Situação dos E.U.A após a Primeira Guerra Mundial: * Ascensão econômica americana; * O american way of life (modo de vida americano) caracterizado pelo grande consumo, difusão do consumo supérfluo e crescimento das cidades; 2 – Causa gerais da Depressão: * Superprodução agrícola e industrial; * Diminuição do consumo; * O crack da bolsa de Nova York; * Dependência econômica dos E.U.A – ocorrendo crises por causa da redução das importações americanas e repartimento dos capitais; 3 – O New Deal – Franklin Roosevelt. - Programa de recuperação que abrangia a agricultura, a industria, área social e previa uma intervenção do Estado na economia; VII – REGIMES TOTALITÁRIOS - Introdução: “O período entre-guerras assistiu ao aparecimento de um regime que procurou, pelo cerceamento às liberdades individuais, sustentar o capitalismo então em crise. Trata-se do fascismo, que, embora apresentando peculiaridades de país para país, instalou-se em vários Estados europeus, asiáticos e latino- americanos. Em nações como Alemanha, Itália e Japão, o fascismo desenvolveu uma forte atitude imperialista, em grande parte 11
  • 12. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus responsável pela Segunda Guerra Mundial”. (MELLO e COSTA. 1999:314) 1 – Fascismo – Itália 1.1 – Origens: - A crise econômica do pós-guerra - inflação, recessão, desemprego e a perda de confianças nas soluções liberais; - Insatisfações com o resultado da guerra e o fortalecimento dos movimentos nacionalistas; - Em 1919, Mussolini fundou o Fascio di Combatimento que deu origem ao Partido Fascista e a formação das Squadras (camisas negras) que usavam da violência para atacar seus adversários; - As esquadras eram apoiadas pela burguesia; 1.2 – Ascensão do Fascismo: - Marcha sobre Roma e o rei Vitor Emanuel nomeou Mussolini para o cargo de primeiro ministro e no poder convocou eleições, onde os fascistas foram vitoriosos; - Denúncia de Matteotti, que foi assassinado; 1.3 – O Governo dos Fascistas: - Consolidação da ditadura por prisões, seqüestros e morte dos opositores, censura à imprensa e instituição do unipartidarismo; - Instituição da carta Del Lavoro (carta do trabalho) introduzindo o corporativismo; - No plano econômico promoveram a intervenção do Estado na economia/ obras públicas; - Em 1929 é assinado o tratado de Latrão, onde reconhecia a supremacia do Papa sobre o Vaticano; 2 – Nazismo – Alemanha: 2.1 – Origens: - Crise econômica – Ascensão da República de Weimar que enfrentou dificuldades financeiras, levando o governo a emitir papel-moeda agravando a inflação e o custo de vida; - Fundação do Partido Nazista em 1919 por Adolf Hitler, onde tentou chegar ao poder através do Putsch de Munique, onde foi preso e escreveu o livro Mein Kampf (Minha Luta) onde sistematizou a ideologia nazista; 2.2 – Ascensão do Nazismo: - Vitória eleitoral dos nazistas em 1930, onde Hitler torna-se Chanceler; - Incêndio no Reischtag (Parlamento) e noite dos Longos Punhais; 2.3 – Governo Hitler: - A morte de Hindenburg, Hitler proclama a criação do terceiro Reich (império); - Eliminou Todos os Partidos; - Colocaram em prática as leis de Nuremberg e criou campos de concentração; - Adoção dos planos quadrienais estimulou a expansão da industria, investimentos no setor bélico e um plano de obras públicas; 2.4 – Características: - Totalitarismo, Nacionalismo, Militarismo, corporativismo (Itália), Expansionismo, Anticomunismo e Racismo; 3 – Salazarismo – Portugal: - Ascensão de Antônio Salazar em 1933, onde instituiu o Estado Novo inspirado no fascismo, instituindo o corporativismo, suprimiu as liberdades e submeteu os sindicatos ao controle do Estado; - Em 1974 foi derrubado pela Revolução dos Cravos; 4 – Franquismo – Espanha: - Em 1931 foi proclamada a República; - As esquerdas uniram-se na Frente Popular vencendo as eleições de 1936 e adotaram um programa de Reforma agrária; - As forças de direita organizaram a Falange e liderados pelo General Franco inicia uma revolta, dando inicio a guerra Civil Espanhola; - O General Franco recebe ajuda de Hitler e Mussolini e as forças republicanas da Rússia; - Vitória dos Franquistas e destruição de Guernica que foi pintada por Pablo Picasso; 12
  • 13. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus VIII - A Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) -Introdução: “O desfecho da Primeira Guerra Mundial não proporcionou a paz que se esperava. Primeiro, porque alguns países, sobretudo Alemanha e Itália, ficaram em situação econômica bem difícil; segundo, porque as disputas imperialistas que levaram ao primeiro conflito não foram resolvidas, e as potências continuavam disputando as áreas de dominação; terceiro, porque, após se reorganizar militarmente sob o governo nazista, a Alemanha estava novamente preparada para disputar seu espaço entre as nações mais poderosas do mundo”. (PETTA e OJEDA. 1999:234) 1 – Causas: - As frustrações e ressentimentos da Primeira Guerra Mundial; - A ineficiência da Liga das Nações para preservar a paz; - A política de apaziguamento colocada em prática pela França e Inglaterra; 2 – Blocos: - Eixo – Alemanha, Itália e Japão; - Aliados – Inglaterra, França, Estados Unidos, União Soviética e Brasil; 3 – As agressões na década de 1930: - Japão conquistou a Manchúria e invadiu a China; - Itália invadiu a Etiópia e ocupou a Albânia; - Expansão da Alemanha – ocupou a Renânia, participou da guerra Civil Espanhola, anexou a Áustria e exigiu os Sudetos; - Em 1939 assinou o Pacto Germano- Soviético e em seguida invadiu a Polônia; 4 – A Guerra: II – Fases da Guerra 1ª Fase (1939 – 1942) – marcada pelo domínio das tropas do eixo, verificado através das conquistas em relação à França, em 1940, o bombardeio da Inglaterra pela Luftwaffe. A estratégia utilizada pelos nazistas foi denominada de Blitzkrieg (guerra relâmpago). Em 1941, Hitler desrespeita o acordo com a União Soviética e invade o seu território. No mesmo ano o Japão bombardeia a base militar norte- americana no Havaí, Pear Harbor . 2ª Fase (1942 – 1945) – caracterizada pela ofensiva dos aliados com a entrada dos EUA e da URSS. Foram organizadas três frentes de batalhas: a 1ª frente chefiada pelos soviéticos na Europa oriental; a 2ª frente liderada pelas trapas aliadas na áfrica e no pacifico e a 3ª frente ao norte da Europa com o propósito de libertar a França dos nazistas, organizando o dia D, em 1944. Em 01 de maio de 1945 o exercito soviético derrota o exercito nazista em Berlim. No entanto, a guerra só terminou em agosto com os ataques atômicos no Japão, nas cidades de Hiroxima e Nagasáqui. 5 – Decisões Diplomáticas: - Conferência de Teerã – os líderes decidiram o desembarque na França e a ocupação da Normandia; - Conferência de Yallã – divisão da Coréia e reformulação do mapa europeu; - Conferência de Postdam – destino da Alemanha criando o Tribunal de Nuremberg e a divisão da Alemanha em zonas de influência; - Conferência de S. Francisco – criação da ONU; 6 – Conseqüências: - Redefinição da nova ordem mundial: Bipolarização; - Descolonização afro-asiática; - Guerra Fria; IX - A ERA VARGAS (1930 – 1945) 1 – Governo Provisório (1930 – 1934): - Nomeação de interventores e dissolução do Congresso Nacional, Câmaras Estaduais e Municipais; - Criação do conselho Nacional do café; Criação de dois Ministérios: o da Educação e Saúde e do Trabalho, industria e comércio; - Proteção ao café – queima de estoques; 13
  • 14. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus - Revolução constitucionalista de 1932 – foi à reação paulista ao governo de Getúlio, que derrotou o movimento, mas convocou uma Assembléia constituinte; - Constituição de 1934: * Voto feminino, voto secreto; * Voto do mandato de segurança; * Representação Classista e direitos trabalhistas; 2 – Governo Constitucional (1934 – 1937): - Radicalização Político-ideológica: * Direita – Aliança Integralista Brasileira (Fascista – Plínio Salgado); * Esquerda – Aliança Nacional Libertadora (antifascista – Luís Carlos Prestes) que defendia a suspensão da dívida externa, nacionalização das empresas estrangeiras, reforma agrária e governo popular; - A Intentona Comunista de 1935 – teve como pretexto o fechamento da sede da ANL e foi reprimida com violência; - O golpe de 1937: * Pretexto: Plano Cohen e foi apoiado pelos militares; 3 – O Estado Novo (1937 – 1945): - Constituição de 1937 – (“a Polaca”) característica autoritária e antidemocrática; - Fortalecimento ao poder do Estado; - Criou a DASP (Departamento de Administração do Serviço Público) e o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda); - Política externa oscilando entre E.U.A e Alemanha; - Criou a polícia especial dirigida por Filinto Muller criou a CLT (43); - Intervenção do Estado na economia: nacionalismo, planejamento econômico, criação da Usina Siderúrgica de Volta Redonda e da Vale do Rio Doce (43); - Fundação da UNE (1938); - Participação do Brasil na segunda guerra: • Guerra ao EIXO • Envio da FEB e da FAB sob o comando do General Mascarenha de Morais; 4 – A Decadência do Estado Novo: - Passeata dos estudantes (1942); - Manifesto dos mineiros (43); - Primeiro Congresso Brasileiro de Escritores (45); - Queremismo (45); - Convocações de eleições e o surgimento de partidos: PSD, PTB, UDN; - Golpe de 45, afastamento de Vargas e o poder passa para José Linhares; X – DESCOLONIZAÇÃO AFRO- ASIÁTICA - Introdução: “O século XX assinalou, simultaneamente, a decadência do colonialismo europeu e a ascensão do nacionalismo nos países coloniais que, após a Segunda Guerra Mundial, iniciaram o processo de descolonização africano e asiático. Os jovens Estados que emergiram da descolonização constituíram o bloco do Terceiro Mundo, que enfrenta atualmente as seqüelas do subdesenvolvimento, da dependência e do neocolonialismo”. (MELLO e COSTA. 1999:382) 1 – Causa: - Declínio do poderio europeu após a guerra; - Ascensão do Nacionalismo afro- asiático; - Emergência das superpotências: E.U.A e URSS; - A conferência de Bandug (1955) – debateu os problemas do terceiro mundo e apoio ao anticolonialismo; 2 – Características: - Guerras de libertação Nacional; - Independência por meios pacíficos; 3 – Descolonização Asiática: 3.1 – Índia (1947): - A luta foi inicialmente liderada pelo partido do congresso fundado em 1885 de população hindu. Em 1906 foi criada a liga mulçumana; - O movimento da Índia foi liderado por Mahatma Gandhi, que defendia métodos não violentos de luta, como a desobediência civil e resistência pacífica; 14
  • 15. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus - Independência e divisão da Índia em: Índia, Paquistão e Srilanka. Permaneceram os conflitos étnicos e religiosos; 3.2 – Indonésia: - Foi liderado por Sukarno, que instalou uma democracia dirigida e aproximou- se da China; - Shuarto derrubou o governo, instalou uma ditadura e anexou o Timor Leste em 1975; 3.3 – Indochina: - Colônia francesa formada pelo Laos, Camboja e Vietnã; - A luta foi liderada por Ho Chi Min que fundou a Liga Revolucionária para a independência do Vietnã (Vietminh), onde a França não reconhece a independência; - A conferência de Genebra decidiu pela independência dos países e pela divisão do Vietnã; - A guerra civil (Vietnã do Norte e Sul) contribuiu para a reunificação em 1976 com a vitória dos Vitcongues e instalação de um governo comunista; 4 – Descolonização da África: 1 – Argélia: - Entre 1952 e 1956 desencadearam-se as lutas contra o domínio francês, sob a liderança da Frente de Libertação Nacional. Em 1962, a França concedeu a independência; 2 – Congo: - Vendido pelo rei belga ao próprio governo, após muitas lutas conquistou a independência; 3 – África Portuguesa: - Angola – as lutas foram lideradas pela MPLA (Movimento Popular pela Libertação de Angola) que após várias lutas conseguiu a sua independência em 1975; - Moçambique – FRELIMO – (Frente pela Libertação de Moçambique) liderada por Eduardo Mondlane; TERCEIRO BIMESTRE XI – REPÚBLICA DEMOCRÁTICA POPULISTA (1946 – 1964) - Introdução: “Entre 1946 e 1964, a sociedade brasileira tentou, de maneira inédita, a implantação de um modelo democrático no processo político da nação. O fim da ditadura do Estado Novo, a vitória das democracias na Segunda Guerra Mundial e a influência do american way of life marcaram esse período”. I – Eurico Gaspar Dutra (46 – 51): - A Constituição de 1946: * Preservação da estrutura fundiária; * Liberal – conservadora; * Promulgada; mandato de cinco anos; voto secreto; federalismo; liberdade de expressão; direito de greve e livre associação sindical; - Plano SALTE (saúde, alimentação, transporte e energia); - Rompimento das relações diplomáticas com a URSS; - Criação da OEA; - Missão Abbink; - Política econômica marcada pelo liberalismo, e a partir de 1917 ocorre à volta do Intervencionismo estatal; 2 – Segundo governo de Vargas (51 – 54) - Eleito pelo PTB/PSP, mas Carlos Lacerda (UDN) tenta impedir a posse; - Política econômica – nacionalismo, intervencionismo e industrialismo; desenvolvimento da industria de base; - Criação da Petrobrás (1953) – “O petróleo é nosso”; - Criação do Banco Nacional de desenvolvimento econômico BNDE; - Plano LAFER – investimento nos setores de base, em transporte e energia; - Criação da SUMOC (Superintendência da Moeda e do Crédito); - Reajuste de 100% no salário mínimo (1954) – Ministro do Trabalho: João Goulart, os militares lançam o manifesto dos coronéis; - Crime na rua Tonoleiros (05/agosto/1954) atentado contra Carlos Lacerda; - Suicídio de Vargas – (24/agosto/1954); 3 – Café Filho (56): 15
  • 16. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus - Período de turbulência social e política; - Café Filho (vice): Carlos Luz (presidenta da Câmara) e Nereu Ramos (presidente do Senado). A instabilidade foi contornada pelo general Teixeira Lott; - Programa de combate à inflação que incluía a restrição ao crédito e contenção aos gastos públicos; 4 – Juscelino Kubitschek (56 – 61); - Lema “50 anos em 5”; - Plano de Metas – conjunto de programas de desenvolvimento econômico setorial, energia, transporte, industria, educação e alimentação; - Inauguração de Brasília (24 – 04 – 1960); - Criação da SUDENE; -Implantação da industria automobilística; - Abertura da economia ao capital estrangeiro – submissão político – econômica aos E.U.A; - Criação da operação Pan-Americana (OPA) visava obter o apoio financeiro dos E.U.A, para o desenvolvimento econômico da América Latina; - Descontrole inflacionário; - Desenvolvimento cultural: * Destaque para a temática social: Guimarães Rosa, Jorge Amado; * Surgimento da Bossa Nova; * Surgimento do Cinema Novo; * Em 1958 o Brasil foi campeão mundial de futebol; * Éder Jofre tornava-se campeão de boxe na categoria “peso-galo”. 5 – Jânio Quadros – 1961: - Eleições de 1960 - Jânio Quadros tinha como símbolo uma vassoura para “varrer a corrupção”. - Política externa independente; - Condecoração de Che Guevara com a ordem do Cruzeiro do Sul; - Programa de estabilização econômica com a redução de despesas e compressão de salários; - Política interna: * Proibiu a briga de galo no Brasil; * Proibiu o uso de lança-perfume no carnaval; * Proibiu o uso de biquinis nas praias; - Economia Anti-inflacionária ortodoxa. - Renúncia de Quadros após sete meses de governo; 6 – João Goulart (1961 – 1964) - A crise do populismo e a organização da campanha da legalidade por Leonel Brizola e a campanha dos militares apoiados pela UDN para impedir a posse; - Posse de Goulart em 7 – setembro de 1961 e com a realização do Plebiscito em janeiro e a volta do presidencialismo; - Elaboração do Plano Trienal elaborado por Celso Furtado para a retomada do crescimento econômico e a buscar a estabilização; - Programa de Reforma de Base: agrária, administrativa, urbana, bancária e educacional; - Promulgação do Estatuto do Trabalhista Rural; - Criação da Eletrobrás; - Articulação com a frente de mobilização popular, CGT, UNE e ligas camponesas (NE); - Atuação de organizações antigovernistas de caráter burguês: Instituto de Pesquisa e Estatuto Sociais (IPES), Instituto Brasileiro de ação Democrática (IBAD); - Goulart busca apoio popular no comício de 13/março/64; - Em 19 de março – Marcha da família com Deus pela liberdade; - 31 de março começa em Minas Gerais a mobilização militar que derruba João Goulart; XII – GOVERNOS MILITARES (1964 – 1967) - Introdução: “Após a derrubada do governo João Goulart, a República Militar instalada suprimiria paulatinamente as liberdades democráticas e imporia um modelo econômico concentrador de rendas e aberto ao capital internacional. A República Militar durante seus 21 anos de existência modernizaria a economia brasileira à custa do sacrifício dos setores populares e da ampliação da dependência em relação ao capital internacional”. (MELLO e COSTA. 1999:349) 1 – Castelo Branco (1964 – 1967): 16
  • 17. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus - Publicação dos Atos Institucionais: * A1 – Suspensão dos direitos políticos; * A2 – Extinção dos partidos políticos e criou a ARENA e MDB; * A3 – Eleições indiretas para governador; * A4 – Determinou a forma a ser votada a constituição; - Instituição do PAEG – Plano de Ação Econômica do Governo: * Controle do déficit público e da inflação; * Estimulo as exportações e retomada do crescimento econômico; - Promoveu a operação limpeza do país; - Instituição do FGTS; - Criação do Banco Central e do SNI (Serviço Nacional de Informação); 2 – Costa e Silva (67 – 69): - Constituição de 1967; - Instituição da lei de imprensa e da lei de Segurança Nacional; - Articulação da Frente ampla organizadora por Carlos Lacerda, Kubitschek e Goulart visando reconduzir o país à democracia; - Movimento estudantil de 1968 e a passeata dos cem mil no Rio de Janeiro; - Ato Institucional nº 5; - Estruturação da Guerrilha Urbana – Carlos Marighela e a adesão de Carlos Lamarca; - PED – Plano Estratégico de Desenvolvimento; 3 – Médici (69 – 74): - Apogeu da ditadura e a repressão política; - Criação do PIN (Plano de Integração Nacional) e do PIS (Plano de Integração Social); - Criação do MOBRAL; - Ponte Rio – Niterói, transamazônica e ampliação do território marítimo para 200 milhas; - I PND – Plano Nacional de Desenvolvimento: * Maior presença do Estado na economia; * Modernização industrial; * Expansão da renda e competitividade externa da economia nacional; - Milagre econômico: * Brasil avança a níveis de crescimento do Primeiro mundo; * Crescimento econômico em todos os setores (industria, comércio e agricultura). Brasil nos anos 70, oitava economia do mundo; * Suporte do milagre – empresa estatal (autuação na siderúrgica, petroquímica e comunicação); Empresa Nacional (investimento em bens de consumo duráveis e não duráveis: agricultura de exportação) e capital estrangeiro (atuação das multinacionais); * Declínio do Milagre – queda dos investimentos, altas de juros, aumento do preço do petróleo, alta inflação e dependência do crédito externo. - A reação a Ditadura: * Guerrilha urbana; * Guerrilha rural; 4 – Ernesto Geisel (74 – 79): - Retorno da democracia lenta, gradual e segura; - II PND – Plano Nacional de Desenvolvimento: * Continuidade do processo de modernização; * Apoio ao capital Nacional e estrangeiro; - O fim do milagre e o inicio da crise; - Instituição do Proálcool; - Programa Nuclear (Angra I e II) – acordo com a Alemanha; - Ferrovia do aço; - Vitória eleitoral do MDB em 1974; - Publicação do pacote de abril de 1977: * Senadores biônicos (1/3 do senado); * Lei falcão; - Assassinato de Wladimir Herzog e Manuel Fiel Filho – reflexos da repressão política - Ondas de greves no ABC lideradas por Lula. - Revogação do A5; 5 – João Batista Figueiredo (79 – 85): - Continuidade da abertura; - Pressões para a volta da democracia; - Em 1979 intervenção no sindicato do ABC e no ano seguinte prisão de Lula; - Aprovação da lei da anistia (1980); - Reformas partidária – PDS, PMDB, PTB, PT, PDT; 17
  • 18. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus - Extinção dos senadores biônicos, voto vinculado e eleições diretas para governador em 1982; - Atentados à bomba: Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Sede da OAB e Rio centro; - O fortalecimento dos movimentos sindicais: criação da CUT e CONCLAT e os prefeitos formam a Frente Municipalista Nacional pela luta da autonomia financeira municipal; - Na área econômica – III PND, incentivo a novas alternativas no campo dos combustíveis e medidas se austeridades; - A campanha pelas diretas já – Emenda Dante de Oliveira; - Transição conciliadora – Paulo Maluf (PDS) e Tancredo Neves (PMDB + PFL); QUARTO BIMESTRE XIII - A NOVA REPÚBLICA - Introdução: “Os cinco anos do governo Sarney efetivaram a transição para a democracia. Ao final de sua gestão (1990) uma nova Constituição estava promulgada e realizou-se a primeira eleição direta para presidente da República desde 1960. As instituições democráticas mostraram-se suficientemente consolidadas para suportar um surto hiper-inflacionário, a destruição de um presidente pelas vias legais previstas na própria Constituição e a posse de seu sucessor, também respeitando-se as normas vigentes. A estabilização da moeda e a solução dos graves problemas sociais passaram a ser os grandes desafios da Nova República”. ( MELLO e COSTA. 1999:393) 1 – José Sarney (1985 – 1990): - Transição democrática e medidas para retirar o entulho autoritário: * Convocação de uma Assembléia Constituinte; * Eleições em todos os níveis; * Liberdade partidária; - Economia: * Plano cruzado (Dílson Funaro) nova moeda; cruzado; congelamento de preços e salários, aumento do consumo, falta de produtos (ágio e estocagem especulativa) e fim da ORTM e criação da IPC; * Plano cruzado II – descongelamento de preços, aumento de impostos; * Plano Bresser – congelamento de preços por 90 dias e fim do subsídio do trigo; * Plano verão – Maílson da Nóbrega – nova moeda (cruzado Novo), congelamento de preços e salários e elevação das taxas de juros. Todos resultaram na hiperinflação; - Reabertura de processos sobre tortura, greves, assassinato de Chico Mendes em Xapuri; - Constituição de 1988: • Conquistas sociais; • Voto aos analfabetos. 2 – Fernando Collor (1990 – 1992): - Características: Neoliberal e Neopopulismo; - Plano Collor – Zélia Cardoso de Melo: • Confisco das cadernetas de poupança por 18 meses; • Nova moeda: Cruzeiro; • Aumento de impostos; • Abertura ao capital estrangeiro. - Plano Collor II: • Novo congelamento do IOF; • Aumento das tarifas públicas; • Redução das tarifas de importação; - ECO 92 no Rio de Janeiro; - Extinção da lei de Sarney de incentivo a cultura; - Denúncia de corrupção – Impeachment (papel dos estudantes – movimento caras pintadas); 3 – Governo Itamar Franco (1992 – 1994): - Plano Real – FHC (criação de uma nova moeda e dolarização da economia); - Realização do Plebiscito; - Abertura de CPTS e processos contra a corrupção; - Campanhas da sociedade civil: ação da cidadania contra a miséria e fome (Betinho); 18
  • 19. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus 4 – Governo de FHC (1995 – 2003): - Revisão constitucional; - Programa comunidade solitária; - Quebra do monopólio estatal do petróleo, nas telecomunicações; - Indenização a familiares mortos e desaparecidos políticos; - Novo código Brasileiro de Trânsito e o código civil Brasileiro; - Continuação das Privatizações – Cia, Vale do Rio Doce, Telebrás; - Aumento do desemprego; - Massacres: Eldorado do Carajás, Corumbiara e greves (petroleiros, professores universitários), marcha dos Sem Terra a Brasília e marcha dos 100 mil, e gritos dos excluídos; 5 – O segundo mandato de FHC - Em 1997 o congresso aprovou emenda à constituição permitindo a reeleição para presidente, governadores e prefeitos. - Vitória de Fernando Henrique no primeiro turno com 53% dos votos contra 31% de Lula. - Colapso da economia mundial e brasileira. - Aumento do desemprego e da violência. - Crise de abastecimento de energia (apagão). - Alguns avanços de seus dois mandatos: * Implementação de programas de combate à AIDS; * Queda na taxa de mortalidade infantil; * Queda nos índices de analfabetismo; * Aprovação da LDB; * Aprovação, em 2000, da lei de responsabilidade fiscal. 6 – O Governo Lula (1° mandato) - Crise política: atingido pelas denúncias de corrupção do deputado Roberto Jefferson, o governo de Lula enfrentou grave crise em meados de 2005, perdendo seus dois principais ministros: Antônio Palocci e José Dirceu, ambos do PT. - Economia: Lula manteve as linhas gerais de seu antecessor. Garantiu o superávit primário (arrecadação menos gastos) para pagar a dívida pública e preservou as metas de inflação, o que, apesar do cenário externo favorável, fez com que o país crescesse pouco. - Gastos públicos: como conseqüência do superávit, houve forte contenção de gastos com educação, saúde e saneamento básico. Investimentos em infra-estrutura, necessários para o país superar deficiências básicas, também foram contidos. - Reforma Agrária: Lula assentou 81,7 mil famílias por ano, em média, 17% a mais do que seu antecessor. O número de famílias sem terra acampadas cresceu para 230 mil famílias (um milhão de pessoas). XIV – A AMÉRICA LATINA E AS LUTAS SOCIAIS -Introdução: “A excessiva exploração das camadas pobres, realizada pelas elites nacionais em aliança com o capital estrangeiro, tem sido, historicamente, fator de revoltas e de formação de grupos revolucionários que têm por objetivo mudar o governo e expulsar os exploradores externos”. - Em termos gerais, foram poucas alterações na estrutura econômico- social da América no início do século XIX. 1 – México: - A revolução iniciada em 1911 resultou da política econômica do governo de Porfírio Díaz, com intensa concentração fundiária e entrada de elevadas somas de capital estrangeiro voltadas para a exploração e controle dos recursos minerais e produção de artigos para a exportação; - A revolução mexicana foi chefiada inicialmente por Francisco Madero, a revolução radicalizou-se com a exigência de reforma agrária por parte dos camponeses liderados por Emiliano Zapata e Francisco Vílla; - Mesmo sofrendo forte oposição e dos Estados Unidos, consolidou-se através da Constituição de 1917, promulgada por Carranza que legitimava as conquistas da revolução; 2 – Cuba: - Ditadura de Fulgêncio Batista; - Fidel Castro tentou tomar de assalto o quartel de Moncada, foi preso, onde 19
  • 20. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus retomou e junto com Che Guevara organizou guerrilhas contra o governo, recebendo apoio dos camponeses e trabalhadores urbanos, derrubando Fulgêncio Batista; - No governo Fidel, decretou reforma agrária, urbana e rompeu com os E.U.A, que tentou derrubar o novo governo através da invasão da Baía dos Porcos, que fracassou e foi imposto um bloqueio econômico; - Enfrenta atualmente o desafio de seguir construindo praticamente o socialismo; 3 – As Ditaduras: - Durante esse ciclo, a perseguição política, a anulação dos democráticos, a tortura, o desaparecimento de opositores se tornavam regra na vida política do continente; - No campo econômico abriu a economia ao capital estrangeiro e implantação de um modelo econômico baseado na alta concentração de renda, e no achatamento dos salários; - Exemplos, Galtiere na Argentina, Augustos Pinochet no Chile, Anastácio Somoza Nicarágua; 4 – Populismo: - Exemplos: Vargas (Brasil), Perón (Argentina) e Lázaro Cárdenas, (México); - Os governos prometiam a realização de amplas reformas econômicas de cunho nacionalista, rápido desenvolvimento industrial e diminuição dos conflitos sociais; - Argentina – Perón: * Colocou em prática o justicialismo (programa social) fez concessão aos trabalhadores, apesar de seus órgãos representativos (sindicato e CGT) serem controlado pelos trabalhadores; * Na área econômica estimulou a industrialização e nacionalizou empresas estrangeiras; * Em 1955 foi deposto por um golpe militar, sendo novamente eleito em 1973; * Em 1983 foi eleito Rául Afosín (Plano Austral) e Carlos Menem (1989) que colocou em prática o Plano Carvalho integrando o país ns princípios do neoliberalismo; 5 – Chile: - Eleição de Salvador Allende em 1970 que colocou em prática um programa de nacionalização reforma agrária com objetivo de implantar um governo socialista; - Sofrendo oposição dos E.U.A e da sociedade burguesa que realiza a marcha das Panelas Vazias; - Foi derrubado em 11/setembro de 1973, por um golpe liderado por Augusto que instalou uma ditadura até 1988; XIV – A CRISE DO SOCIALISMO - Introdução: “No final da década de 1950, Nikita Kruchev, sucessor de Stalin no Cargo de secretário-geral do Partido Comunista Soviético (PCUS), costumava dizer que a URSS logo alcançaria e superaria o desenvolvimento dos EUA, garantindo, assim, a vitória do comunismo sobre o capitalismo. Mas, apesar de todos os esforços e dos êxitos obtidos pela economia soviética em vários setores, a previsão de Kruchev não se confirmou. Além de nunca ter alcançado os EUA, a URSS se revelou um império frágil, incapaz de acompanhar a revolução tecnológica que caracterizou os últimos trinta anos no mundo capitalista”. (FIGUEIRA. 2002:394) 1 – O Governo de Gorbatchev: - A situação econômica – a partir de 1970, a economia apresentava taxas de crescimento cada vez menores; - Reformas – Glasnot; - Perestroika; - A reação Stalinista – as forças conservadoras promoveu um golpe liderado pelo vice-presidente Guennadi Yanayev que assumiu o poder e Boris Yeltsin procurou liderar a população contra o golpe; - Em 19991 as repúblicas bálticas – Letônia, Lituânia e Estônia proclamaram a independência e no mesmo ano foi criada a comunidade de Estados Independentes decretando o fim da União Soviética e Boris Yeltsin torna-se presidente da Rússia; 20
  • 21. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus - Boris Yeltsin acelerou a transição do socialismo burocrático de Estado para o capitalismo, abolindo os controles dos preços e privatizando as empresas estatais. Paralelo a essas transformações crescia a inflação, desemprego e as tensões regionais, e em 1998 a economia entrou em colapso provocando a queda das bolsas, e o governo recorreu a empréstimos. 2 – As mudanças no Leste Europeu: - 2.1 – Polônia – a oposição ao regime - Foi conduzida pelo Sindicato Solidariedade liderada por Lech Walessa que em 1990 foi eleito presidente por voto popular. - 2.2 – Alemanha – em 1989 derrubaram o Muro de Berlim e no ano seguinte foi aprovada a reunificação; - 2.3 – Iugoslávia: Formada pela Sérvia, Eslovênia, Croácia, Macedônia, Bósnia-Herzegovina e Montenegro, onde viviam diversos povos e etnias; sérvios (cristãos ortodoxos), eslovenos (católicos), bósnios (muçulmanos); - Apesar das diferenças permaneceu até 1980, sob liderança de Tito, e após a sua morte foi estabelecido um sistema de rodízio no governo; - Em 1991, os sérvios se opuseram que um croata assumiu o poder, e ao mesmo tempo a Croácia e a Eslovênia proclamaram a sua independência; - O presidente Milosevic da Sérvia declarou guerra aos croatas e eslovenos. No ano seguinte a Bósnia e a Macedônia se declararam independentes, ficando a Sérvia e Montenegro formando a nova Iugoslávia; - A declaração de independência da Bósnia provocou um conflito entre a os bósnios e os sérvios que viviam na região, dando origem a Guerra de Kosovo. Milosevic promoveu a limpeza étnica a expulsando a população albanesa e muçulmana provocando a intervenção da OTAN e os conflitos foram suspensos em 1995 com o acordo de Payton. 2.4 – Tchecoslováquia: - Em 1968 a população iniciou um movimento – Primavera de Praga, onde reivindicava um socialismo humanizado. O país sofreu a intervenção do Pacto de Varsóvia (Brejnev) provocando o fim do conflito e desposição de Dubcek; - Em 1989 devido às pressões populares, o presidente renunciou e Dubcek foi eleito presidente, processo que ficou conhecido como Revolução de Veludo; 2.5 – China: - Dominada pelos europeus desde a Guerra do Ópio; - A guerra civil entre os comunistas e socialistas contribuiu para que após a Longa Marcha, Mão-Tse-Tsung proclamasse a República Popular da China em 1949; - Mão-Tse-Tsung realizou a reforma agrária, abolição dos privilégios feudais, educação obrigatória e as bases da industrialização; - Em 1958, o governo lançou o Grande Salto para Frente, programa que pretendia aumentar a produção agrícola e de que acabou fracassando; - Enfraquecido Mão-Tse-Tsung deflagrou a Revolução Cultural – um movimento de massas contra os seus adversários a quem clamou de agentes da burguesia infiltrados no Partido Comunista. Através desse movimento, afastou os opositores e fortaleceu o governo; - Em 1976, com a morte de Mão-Tse- Tsung, teve início o processo de “desmoralização” em que afastou os adeptos da Revolução Cultural e a partir de 1978 deu início à abertura comercial e um programa de reformas econômicas, procurando a modernização da indústria, agricultura, da defesa e da produção cultural. XV - TENSÕES E CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO - Introdução: “O Oriente Médio se configurou, ao longo do século XX, numa das áreas mais conflituosas do mundo. Parte das razões para isso tem fundamento histórico. O lugar é berço de três das mais importantes religiões da atualidade, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. As 21
  • 22. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus diferenças existentes entre essas religiões servem como pano de fundo para disputas políticas entre os povos da região. Outra característica é a cobiça que o Oriente Médio desperta, há séculos, nas potências mundiais, devido às suas riquezas e à posição geográfica estratégica (...)” (FIGUEIRA. 2002:418) 1 – A Questão Árabe – Israelense: - As tensões são originadas por conflitos político-religiosos, imensas reservas petrolíferas e ascensão do nacionalismo islâmico; - Após a Primavera Guerra, o território ficou dividido em áreas de influência entre os ingleses e franceses. A Mesopotâmia (Iraque), Palestina e Transjordânia (Jordânia) ficaram submetidas à Inglaterra, enquanto a Síria e o Líbano, à França. Aos poucos alguns países tornaram-se independentes; Líbano (1941), a Síria e a Jordânia em 1946 e o Kuwait em 1961; - Em 1948, por decisão da ONU foi criado o Estado de Israel em território palestino (habitado por maioria árabe, junto com minorias de judeus e cristãos). Em 1945, os países da região tinham fundado a Liga Árabe para enfrentar o expansionismo judeu na região (mov. Sionista); - A Primavera Guerra Árabe-israelense (1948-1949) – em represália a criação do Estado de Israel, a Liga Árabe (Egito, Síria, Líbano, Transjordânia e Iraque) invadiu a Galiléia, Israel ampliou seu território anexando parte da palestina e a outra parte ficou com a Jordânia que ocupou a Cisjordânia e a faixa de Gaza e o restante ficou com o Egito; - A principal conseqüência foi a fuga dos palestinos das áreas incorporadas por Israel; - Segunda Guerra Árabe-Israelense ou Guerra de Siiez (1956), onde Israel ocupa a Península do Sinai; - Em1967, ocorre a Guerra dos Seis Dias – a organização para a libertação da Palestina (O L P) promove ataques a Israel apoiado pelos sírios. Nessa guerra Israel ocupa a Península do Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas de Golã. - Em 1973, ocorre a Guerra do Yom Kippur (Dia do Perdão) – tropas da Síria e do Egito ataca Israel que vence a guerra. - Em 1979, Israel e Egito assinam o acordo de Camp David onde previa a devolução da Península do Sinai ao Egito e autonomia aos palestinos de Gaza e da Cisjordânia. Houve protestos por parte de outros países; - A Intifada – ocorreu em Gaza em 1987 motivadas pelo o atropelamento e morte de quatro palestinos por israelenses. Yasser Arafat é eleito autoridade Nacional Palestina. 2 – A Revolução no Irã: - Em 1978, revolucionários liderados pelo aiatolá Khomein derrubaram o governo do Xá Reza Pahlev (aliado dos E.U.A.) implantando um regime baseado nos princípios islâmicos; - Em 1979, Iranianos xiitas invadiram a embaixada dos E.U.A e, Teerã, mantendo seus funcionários como reféns durante meses; - No ano seguinte ocorre a guerra Irã – Iraque. 3 – A Guerra do Golfo: - Teve como causa a invasão do Kuawait pelo Iraque que alegava deslealdade na política petrolífera do Kuawait que vendia seu petróleo a preços baixos; - Diante da ocupação, a ONU decretou embargos ao Iraque e ordenou a retirada das tropas invasoras; - Sem sucesso, os E.U.A comandaram a operação Tempestade no Deserto (George Bush), onde sem condições de resistir, Saddam Hussein ordenou a desocupação do Kuawait e tornou-se inimigo dos americanos; - Em 1998, o Iraque foi invadido pelos E.U.A (Operação Raposa no Deserto (Bill Clinton) por ter expulso técnicos norte – americanos que fiscalizavam em nome da ONU, a existência de armas químicas; - George W. Bush articulou uma coalizão internacional contra o terrorismo, após o 11 de setembro de 2001, para capturar Osama Bin Laden, e por isso invadiu o Afeganistão, devido à recusa do Teleban a entrega-lo para julgamento. 22
  • 23. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus XVI – A GLOBALIZAÇÃO Introdução: “A formação de grandes grupos econômicos, que englobam várias nações, não se deu por causa do fim da bipolarização mundial. Esse processo já vinha se organizando há bastante tempo. Os países da Europa que formavam a Comunidade Econômica Européia (CEE), já estudavam essa questão desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Em outras partes do mundo, essas negociações também já eram antigas. O fim da Guerra Fria foi um acontecimento paralelo, mas não determinante, da globalização econômica”. (PETTA e OJEDA, 1999:283) - Etapas da internacionalização do capitalismo: * Grandes Navegações, séculos XV e XVI (Expansão do capitalismo comercial); * Imperialismo, século XIX (Expansão do capital financeiro e pela divisão internacional do trabalho); * Segunda Guerra Mundial (Expansão do capitalismo através do poder militar e econômico dos EUA). * Fim da Guerra Fria (Início de uma nova fase denominada globalização, marcada pela expansão do capitalismo e pela intensificação do comércio internacional). - O processo de Globalização: * Formação de gigantescos grupos econômicos; *Formação de empresas tansnacionais; * Comércio em escala mundial; * Informação ao alcance de todos. - Problemas da globalização: desemprego; não favorece a distribuição da riqueza entre os países; aumento da exclusão social, etc. HISTÓRIA DE SERGIPE SERGIPE REPUBLICANO A Oligarquia Olimpista (1899- 1906) Nos primeiros anos do século XX, a política sergipana foi marcada pela presença de dois partidos políticos: Partido Republicano de Sergipe (cabaús) e pelo Partido Republicano Sergipense (pebas). A partir de 1900 o Monsenhor Olímpio Campos membro do Partido Republicano de Sergipe, conseguiu impor-se aos velhos políticos cabaús e tornou-se líder de seu partido. O Monsenhor foi Presidente do Estado, indicou os seus sucessores no governo, influiu poderosamente na eleição de deputados e elegeu-se senador da República. Nos municípios eram eleitos para os cargos eletivos os homens ligados a Olímpio Campos e os empregos públicos eram distribuídos entre seus correligionários. Manteve controladas as classes subalternas através do esquema de poder e repressão, apoiado nos coronéis. Procurou contemplar as classes dominantes, principalmente os senhores de engenho, com um plano de recuperação da economia açucareira. A Revolta de Fausto Cardoso (1906) A Revolta foi uma tentativa de golpe para derrubar o governo olimpista. Motivos: a longa permanência dos olimpistas no poder; a formação de um grupo mais radical da oposição; a criação do Partido Progressista: oposição radical ao olimpismo. Causa Imediata: visita pela primeira vez depois de eleito pelo partido dos pebas, do deputado federal Fausto Cardoso (natural de Divina Pastora e residente no Rio de Janeiro, foi professor e escritor.) Movimento de Revolta No dia 10.08.1906, um contingente da Polícia Militar iniciou a revolta, tomou o Palácio do Governo e depôs e Presidente. Formou-se um novo governo com membros das camadas médias urbanas do Partido Progressista. O movimento alcançou Maruim, Itabaiana, N. Srª das Dores, Laranjeiras, Rosário, Itaporanga, Propriá, capela, Riachuelo e Japaratuba. 23
  • 24. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus Intervenção Federal Em 28.08.1906 o governo federal articulado com Monsenhor Olímpio Campos enviou uma força interventora para Sergipe, que depôs os progressitas, retomou as sedes municipais e repôs o olimpista Guilherme Campos na Presidência do Estado. Fausto Cardoso foi assassinado durante os embates militares da intervenção. Dois meses mais tarde os filhos de Fausto Cardoso assassinaram Olímpio Campos no Rio de Janeiro. O Governo de Graccho Cardoso (1922- 1926) Fazia parte do grupo político que dominou Sergipe de 1910 a 1930, o chamado Partido Republicano Conservador (PRC) Medidas: procurou modernizar a capital e atingiu em certa medida o interior do Estado (saneamento básico, abastecimento de água, urbanização e embelezamento de cidades, construção de estradas, pontes e escolas no interior). Revolta de 13 de Julho (1924) Movimento tenentista em Sergipe que depôs Gracho Cardoso, aderindo à revolta movida em São Paulo para depor o presidente da República Arthur Bernardes. Motivos: crise política vivida pelo Brasil a nível nacional; a presença do 28º BC de oficiais implicados na revolta do Forte de Copacabana (RJ): foco de propaganda do antiliberalismo (oposição ao Governo Federal). Causa Imediata: A participação de tropas do 28º BC na deposição do governador baiano J. J. Seabra, indignou os oficiais sergipanos que se sentiram instrumento da política vingativa e arbitrária do Presidente da República. Os rebeldes depuseram Gracho Cardoso e tomaram as cidades de Aracaju, Carmópolis, Rosário, Japaratuba, Itaporanga e São Cristóvão. Repressão Federal: Os revoltosos foram violentamente derrotados pelas forças militares e pelas tropas formadas pelos “coronéis” sergipanos. Conseqüências: divisão da sociedade sergipana em vencedores e vencidos; desgaste de Gracho Cardoso que se tornou mais submisso ao Governo Federal e aos “coronéis”. O Movimento Tenentista em Sergipe As revoltas tenentistas em Sergipe, 1924 e 1926 faziam parte do movimento nacional e foram lideradas pelos tenentes: Augusto Maynard Gomes e João Soarino e pelo capitão Eurípedes Lima. A Revolta de 1924 Em 13 de julho de 1924, oficiais do 28º Batalhão de Caçadores prenderam o governador do Estado, o Sr. Gracho Cardoso, o comandante da Polícia Militar e ocuparam o governo do Estado por aproximadamente um mês. Seguindo ordens nacionais do presidente Arthur Bernardes, as tropas nacionais comandadas pelo General Marçal de Faria, marchou para Sergipe, debelando a revolta e prendendo os conspiradores. Revolta de Augusto Maynard (19.01.1926) Motivos: a repressão ao movimento tenentismo, passagem da Coluna prestes pelo Nordeste. O Movimento: O tenente Augusto Maynard fugiu da prisão, comandou uma operação que a partir do controle do 28º BC, tentou tomar o Quartel da Polícia e depor o governo. A Repressão: Gracho Cardoso mobilizou as forças leais ao governo: Augusto Maynard foi ferido e os tenentes pediram rendição. O Cangaço em Sergipe O movimento do Cangaço aglutinou homens e mulheres através do sertão nordestino em peleja contra a polícia. As principais causas desse movimento se encontram na fome, falta de terras, dominação dos poderosos latifundiários. Esses homens e mulheres se embrenhavam pelo sertão a pé ou a cavalo, armados de facas, facões, revólveres e espingardas. Praticavam vingança, roubos, atacavam cidades para conseguir dinheiro e alimentos. Em 1928, Lampião e seu bando começaram a agir em Sergipe. Tendo como lugares preferenciais os municípios do sertão e do agreste. Entre eles: Porto da Folha, Poço 24
  • 25. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus Redondo, Monte Alegre, Canindé, Gararu, Carira, Frei Paulo, Pinhão, Aquidabã e Capela. Uma dos fatos que contribuiu para o desenvolvimento do cangaço foi a existência dos coiteros, ou seja pessoas que os ajudavam lhes proporcionando: alimentos, bebidas, roupas, armas, hospedagem e esconderijo e informações. Dentre os combates entre cangaceiros e a volante, os mais significativos em Sergipe foram os de Maranduba, Cangaleixo, Zitaí, de Poço da Volta e Lagoa de São Domingos. Finalmente em 1938, uma volante de Alagoas conseguiu por fim as ações do bando de Lampião na gruta Angico em Porto da Folha (atualmente município de Poço Redondo), próximo ao rio São Francisco. A Revolução de 1930 em Sergipe O maior líder tenentista em Sergipe foi Maynard Gomes, que estava preso desde 1926. Contudo, nas eleições de 1930, os tenentes sergipanos apoiaram Getúlio Vargas, que graças às fraudes eleitorais perdeu para Júlio Prestes. O Estado nesse momento era governado pelo usineiro Manuel Dantas que buscou resistir. Em 16 de outubro de 1929, um avião sobrevoou Sergipe conclamando a população para apoiarem a revolução. Uma coluna de aproximadamente 2.000 soldados revolucionários marcharam para Sergipe, causando a fuga do governador Manuel Dantas para a Bahia, enquanto a força policial juntava-se a eles. Em 18 de outubro as tropas revolucionárias entraram em Sergipe, sob aclamação popular e Eronildes de Carvalho foi empossado como governador provisório, sendo depois substituído pelo general José Calazans. Após a posse de Getúlio, Augusto Maynard assume como Interventor. Grupos Políticos Após a Constituição de 1934, dois grupos políticos se formaram em Sergipe:  URS (União Republicana de Sergipe), o partido dos usineiros, junto com o PSD (Partido Social Democrático) de Leandro Maciel.  PRS (Partido Republicano de Sergipe) do interventor Augusto Maynard, formado pelo PSP (Partido Social progressista) de Gracho Cardoso e a APS (Aliança Proletária de Sergipe). Sergipe durante a 2ª Grande Guerra Durante o segundo conflito mundial houve um ataque da marinha alemã em águas sergipanas. O submarino U –507 comandado por Harro Schacht afundou cerca de nove embarcações na costa sergipana. Os ataques eram noturnos e os torpedos do submarino atingiram os navios mercantes. Os principais navios afundados foram: Baependy, Araraquara, Aníbal Benevolo, Bagé, Itagiba e Arara. Morreram aproximadamente 652 pessoas. Os cadáveres forma sepultados nas dunas dos Mosqueiro, dando origem ao primeiro cemitério de náufragos da América Latina. O Governo de Seixas Dórea (1962 1964) Procurou trazer recursos para Sergipe e conseguiu o início da exploração de petróleo em 1963, implantou várias escolas no interior. Incorporou-se à luta pelas reformas de base do presidente João Goulart ; Participou do comício de 13 de maio no Rio de Janeiro, no qual anunciou a realização da reforma agrária em Sergipe. Essas atitudes provocaram inquietação nos grupos conservadores. O golpe militar de 31 de março de 1964, que derrubou João Goulart, também depôs Seixas Dórea. A Ditadura Militar em Sergipe Durante o período dos governos militares foram indicados de forma indireta (biônica) alguns governantes para Sergipe. Dentre eles: Lourival Batista (1967-1970), Paulo Barreto (1975-1979) e Augusto Franco (1979- 1982). Preocupados com os movimentos de esquerda, as autoridades militares realizaram em 1975 a “Operação Cajueiro” que consistia na caça e prisão aos políticos, estudantes e intelectuais contrários ao regime. A tortura fazia parte do prato do dia. 25
  • 26. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus - A partir de 1982 todos os governadores de Sergipe foram eleitos pelo voto popular: * João Alves Filho – PFL (1983 – 1987); * Antônio Carlos Valadares – PFL (1987 – 1991); * João Alves Filho – PFL (1991 – 1995); * Albano Franco – PSDB (1995 – 1999); * Albano Franco – PSDB (1999 – 2003); * João Alves Filho – PFL (2003 – 2007); * Deda (2007 ...) CADERNO DE ATIVIDADES PRIMEIRO BIMESTRE 01. (UFS – 2002) Analise as proposições abaixo. 00 – A crise balcânica de 1914 precipitou a Guerra entre a Tríplice Aliança (França, Inglaterra e Rússia) e Tríplice Entente (Alemanha, Áustria e Itália). 11 – A luta que se imaginava rápida, alongou-se, numa guerra de trincheiras. Os inimigos concentraram-se na produção de armas e equipamentos; pela primeira vez, a população se mobilizou, daí o nome de Grande Guerra. 22 – Os vencedores da Primeira Guerra de 1914 -1918 se reuniram em Paris para estabelecer as regras da paz. Não se tratava de um acordo com a Alemanha: a Alemanha não estava presente. O Tratado imposto aos alemães mutilava os catorze pontos da proposta de Woodrow Wilson. Criava áreas de atrito, como as reparações de guerra. 33 – A Revolução Russa de 1917 resultou da desagregação do regime czarista e da ação da oposição organizada, mas explodiu sob forma de revolta espontânea e imprevista das massas exasperadas pela guerra e pela miséria. 44 – Floriano Peixoto governou durante a 1ª Guerra Mundial, que trouxe a queda de importações e, como conseqüência, um pequeno surto industrial. 02. (UFAL – 2004) O mundo acompanhou a disputa presidencial nos Estados Unidos, e os defensores da democracia, da autodeterminação dos povos e da paz estão apreensivos com a reeleição de George Bush. Essa apreensão está relacionada às ações desenvolvidas por vários governos desse país ao longo da sua história. Identifique fatos que estejam relacionados à mensagem sugerida na ilustração. 0 0 – Visando atender às necessidades do capital industrial, os governos dos Estados Unidos iniciaram uma expansão imperialista na América Latina para garantir fontes fornecedoras de matérias-primas e mercado consumidor. 1 1 – A política expansionista dos Estados Unidos foi realizada com intuito de realizar a conversão dos latinos americanos à doutrina religiosa calvinista, vista como único caminho para civilizar os povos subdesenvolvidos. 2 2 – O processo de colonização do México pelos Estados Unidos representou um dos fatores fundamentais para a integração dos dois países ao NAFTA, em condições de igualdade social, política e econômica. 3 3 – Na defesa de interesses econômicos, políticos e estratégicos, governos dos Estados Unidos valeram- 26
  • 27. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus se da política do big stick para intervir em vários países da América Latina, a partir do início do século XX. 4 4 – Durante a Primeira Guerra Mundial, o presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, adotou uma política agressiva contra os países latino-americanos que não os apoiassem na luta contra a Tríplice Entente. 03. (UFS – 2006) Analise a tabela abaixo. (Edgar Carone in Aguinaldo Kupfer o Paulo A. Chenso. Brasil:História Critica. São Paulo: FTD, 1998, p. 218) A Primeira Guerra Mundial acarretou profundas mudanças na economia brasileira, até então fundamentalmente alicerçada na agricultura de exportação. Com base nos dados da tabela e nos conhecimentos históricos, pode-se afirmar que: 0 0 – A conversão da indústria européia à produção bélica levou a uma diminuição gradual das importações brasileiras de produtos industrializados, com o conseqüente estimulo à produção nacional. 1 1 – Houve o aumento de preço dos produtos agrícolas exportados pelo Brasil, porém, as dificuldades de importação de máquinas, equipamentos e até de matérias-primas acabou por levar a uma desaceleração da produção industrial. 2 2 – O conflito criou condições para que se iniciasse no país o trabalho de coordenação e planejamento econômico, com ênfase no prosseguimento da industrialização por substituição de importação 3 3 – A abertura da economia ao capital externo acelerou a produção de produtos manufaturados para os países em guerra e consolidou o processo de industrialização do país. 4 4 – Grupos sociais urbanos se desenvolveram e passaram a ter uma importância inédita no país, convertendo-se, inclusive, em grupos de pressão política com atuação crescente, como os dos anarquistas que influenciaram a greve geral de 1917. 04. (UFS – 2008) Como conseqüências da Primeira Guerra Mundial ocorreram mudanças significativas no cenário mundial, em termos de geopolítica, economia e comportamento. Analise as proposições que abordam essas conseqüências. 0 0 - A expansão dos ideais liberais e democráticos favoreceu a ampliação da participação popular na política e possibilitou um maior equilíbrio entre os diversos governos que se estabeleceram na Europa nas décadas seguintes. 1 1 - Os altos índices de desemprego, as taxas de mortalidade e os danos materiais causados pela guerra abalaram profundamente o papel da Europa como potência mundial, dando lugar à ascensão dos Estados Unidos e do Japão. 2 2 - A criação da Liga das Nações, por iniciativa do governo norte-americano, cujo objetivo era fomentar acordos e evitar conflitos armados, contou com a participação apenas dos países vitoriosos mas se transformou, posteriormente, na Organização das Nações Unidas. 3 3 - O impulso ao neocolonialismo ocorreu como uma tentativa de recuperação política e econômica, por parte dos países derrotados, em função das perdas territoriais causadas pelo surgimento de novos países e das restrições determinadas pelo Tratado de Versalhes. 4 4 - A descrença generalizada e a precariedade das condições de vida na Europa, após a guerra, intensificaram sentimentos de revanchismo, que somados a forte nacionalismo, 27 Ano Nº de estabelecimentos Nº de operários 1889 <(1) 636 1907 (3) 3.250 150.841 1914(1 1 7.430 153.163 1920 (2) 13.336 275.512
  • 28. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus culminaram na ocorrência de movimentos fascistas. 05. (UFS – 2003) Analise as afirmações sobre a Revolução Russa de 1917. 0 0 – O processo da revolução teve duas fases distintas: na primeira fase, destaca-se a atuação reformista dos socialistas e, na segunda, a atuação revolucionária dos bolcheviques. 1 1 – A revolução teve um caráter social urbano, pois foi realizada pelos operários e pela classe média, não tendo o apoio de todos os camponeses, que defendiam a monarquia. 2 2 – Um dos fatores desencadeadores da revolução foi a insatisfação da população camponesa contra as péssimas condições de vida e de trabalho, agravadas com a entrada da Rússia na Guerra. 3 3 – A revolução de outubro de 1917 representou a vitória das teses defendidas por Lênin que, dentre outras, destacava a idéia de que o poder deveria estar em mãos dos sovietes. 4 4 – Para os russos, a revolução representou o fim da Primeira Guerra Mundial, já que o governo Lênin enviou imediatamente proposta de paz aos alemães. 06. (UFS – 2007) A Revolução Russa representou, para milhões de pessoas, o começo de uma nova “era histórica”. Dessa revolução nasceu a União Soviética. Analise as afirmações sobre o processo de desenvolvimento dessa revolução. 0 0 - A revolução de fevereiro de 1917 assumiu um caráter nitidamente burguês de derrubada do absolutismo e implantação de república representativa, sem, no entanto, aprofundar as transformações econômica e social. 1 1 - A NEP (Nova Política Econômica) foi o conjunto de medidas adotadas pelo governo soviético, em março de 1921, para reconstruir a nação, depois do chamado comunismo de guerra. 2 2 - O fim do regime de servidão, que possibilitou o progresso agrícola e o acesso à terra de grande parcela do campesinato foi um dos fatores responsáveis pelo desencadeamento do processo revolucionário russo. 3 3 - O governo de Stalin, por meio de planejamento econômico, desenvolveu a indústria pesada, mecanizou a agricultura e desenvolveu a educação pública, tornando o país numa das maiores potências do século XX. 4 4 - A luta pelo socialismo, durante a Revolução Russa, teve como objetivo promover o desenvolvimento através da distribuição da renda e da consolidação de um Estado cooperativo e assistencial. 07. (UFS – 2009) Entre as consequências da Revolução Russa para a história do século XX, pode-se considerar: 0 0 - O reforço do poder do Vaticano na Europa Oriental e na Ásia, pois a Igreja Católica era anti-capitalista e favorável a uma sociedade igualitária. 1 1 - A implantação de regimes totalitários, de tipo soviético, em vários países das Américas, como Bolivia, Paraguai, México e Cuba. 2 2 - O apoio da burguesia a regimes fascistas em vários países da Europa, como a Itália e Alemanha, com medo das revoluções socialistas inspiradas no exemplo russo. 3 3 - A divisão do mundo em duas grandes zonas de influência - capitalista liberal e socialista soviética - após a I I Guerra Mundial. 4 4 - A volta de monarquias inspiradas no Antigo Regime, apoiadas pelas burguesias européias, temerosas da expansão dos ideais revolucionários. 08. (UFS – 2003) Analise as proposições sobre a questão social na Primeira República (1889-1930). 0 0 – Os governos republicanos desenvolveram projetos sociais de interesse dos trabalhadores urbanos, razão pela qual obtinham elevados índices de aprovação nas eleições. 1 1 – A Revolta da Vacina, no Rio de Janeiro, acabou representando uma reação da população contra o 28
  • 29. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus autoritarismo das medidas de saneamento decretadas pelas autoridades governamentais. 2 2 – Os líderes da Guerra do Contestado foram condenados pelo governo do presidente Wenceslau Brás por atuarem contra a exploração e o poder político dos coronéis do Nordeste. 3 3 – Os operários das indústrias paulistas tinham salários relativamente superiores ao do conjunto dos trabalhadores do país, pois os movimentos grevistas que realizavam forçaram os empresários a atenderem suas reivindicações. 4 4 – O cangaço do Nordeste brasileiro foi alimentado pelas próprias condições de fome e de miséria do povo decorrentes da estrutura latifundiária daquela região. 09. (UFS – 2002) Analise as proposições abaixo. 00 – A fundação da República veio, na realidade, atender aos interesses dos grandes fazendeiros de café paulista, mineiros e fluminenses. A República Velha, por isso foi chamada de República do Café com Leite. Grande parte da população dependia da economia cafeeira, direta ou indiretamente, considerando inclusive os setores urbanos em desenvolvimento. A massa, que fôra marginalizada na própria elaboração da república, permaneceria como espectador passivo até o final da República Velha. 11 – No Brasil, o rompimento com a estética tradicional deu-se em 1942, com a Semana de Arte Moderna – o Modernismo. 22 – O descontentamento contra a oligarquia dominante (Primeira República) atingiu o auge com as Revoltas Tenentistas, que tiveram dois focos principais: o Rio de Janeiro (1923) e Minas Gerais (1924). 33 – A 11 de novembro de 1930, através do decreto nº 19.398, dissolveu-se a Junta Governativa que derrubara Washington Luís, formando- se o Governo Provisório de Sergipe, sob chefia, do interventor tenente João Alberto. O decreto definia as atribuições do novo governo e ratificava as medidas da Junta Governativa. Confirmava-se nele a dissolução do Congresso Nacional e das Casas Legislativas estaduais e municipais. 44 – Depois da Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à presidência da República, Maynard Cardoso ficou como interventor até 1935. Durante dois anos, o Estado de Sergipe teve um governador eleito, Eronides Ferreira de Carvalho, mas voltou ao regime de interventoria federal após o golpe de Estado dado por Vargas em 1937 e que instaurou o regime ditatorial que se prolongaria até 1945. 10. (UFS – 2004) Analise as proposições sobre o movimento tenentista no Brasil. 0 0 – Na década de 1920, mais que a luta social dos trabalhadores anarquistas, socialistas e comunistas, foi o movimento tenentista que se destacou na cena política, abalando as bases de sustentação da República Velha. 1 1 – Em 1922, a Guarnição do Forte de Copacabana rebelou-se contra a repressão desencadeada pelo governo federal e pelos proprietários de terras aos movimentos sociais de trabalhadores rurais e urbanos, iniciados em 1919. 2 2 – Do ponto de vista ideológico, o tenentismo defendia proposições nacionalistas e moralizantes. Seu lema era ‘representação e justiça’ e suas principais reivindicações giravam em torno do voto secreto, da moralização da vida pública e da formação de um governo centralizador. 3 3 – A revolta tenentista de 1906, chefiada pelo oficial Fausto Cardoso, empolgou grande parte do povo sergipano na luta contra a política do presidente Rodrigues Alves, que concedia muito privilégio às oligarquias rurais do Estado. 4 4 – Em 1924, os militares ameaçaram o poder constituído do Estado de Sergipe, quando oficiais do 28 B.C., solidários à revolução tenentista, se rebelaram e depuseram Maurício Graco Cardoso. 11. (UFS – 2005) Durante a Primeira República (1889-1930), o Brasil vivenciou momentos de grandes tensões sociais no campo e nos centros urbanos. Analise as 29
  • 30. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus proposições sobre os movimentos sociais nesse contexto histórico. 0 0 – Na busca de uma solução para os problemas da miséria e da fome no Nordeste, muitos se uniram aos bandos de cangaceiros. No entanto, estes não questionavam a grande propriedade rural sertaneja, que era uma das causas desses problemas, pois, apesar de atacarem a propriedade de seus inimigos, respeitavam e defendiam a de seus protetores. 1 1 – As Revoltas de Canudos, do Contestado e de Juazeiro do Norte tornaram-se conhecidas por todo o país como movimentos rurais e religiosos, uma vez que tinham o apoio explicito da cúpula da igreja Católica, que fornecia amparo moral e espiritual aos seus líderes e recursos materiais para serem utilizados contra o poder público. 2 2 – Em razão das péssimas condições de vida e trabalho nas fábricas, a classe operária criou organizações sindicais lideradas predominantemente por adeptos do anarquismo. Para estes, os sindicatos deveriam formar a base de uma nova sociedade e convocar greves gerais contra o Estado e contra os patrões. 3 3 – O movimento operário de São Paulo e do Rio de Janeiro, por ter lideranças de nacionalidades italianas e alemãs, apoiou-se nos ideais corporativo-fascistas, razão pela qual as confederações de trabalhadores adotaram estratégias colaboracionistas com os industriais, visando conquistas trabalhistas. 4 4 – A insatisfação de grande parte dos marinheiros brasileiros deu origem à Revolta da Chibata, no Rio de Janeiro, contra castigos físicos e morais aviltantes que eram aplicados na Marinha aos que desrespeitassem as regras estabelecidas por essa instituição. SEGUNDO BIMESTRE 12. (UFAL – 2003). Considere o texto para analisar as proposições. O que deu ao fascismo sua oportunidade após a Primeira Guerra Mundial foi o colapso dos velhos regimes, e com eles das velhas classes dominantes e seu maquinário de poder, influência e hegemonia. Onde estas permaneceram em boa ordem de funcionamento, não houve necessidade de fascismo. (Eric Hobsbawm. A Era dos extremos. Trad. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 129). O autor faz referência à ascensão dos regimes fascistas no período entre as duas grandes guerras do século XX. A partir do conhecimento histórico, identifique as afirmações corretas e que não se contraponham ao pensamento do autor do texto. 0 0 – A grande maioria das camadas de classe média e média baixa representou um dos alicerces dos movimentos que garantiu o fortalecimento do fascismo. 1 1 – A ascensão da direita radical na Europa do pós Primeira Guerra foi uma resposta ao perigo da revolução social e do poder operário. 2 2 – Os fascista faziam oposição aos ideais democratas, defendidos pelos liberais, uma vez que estes ideais possibilitavam a ascensão dos partidos de esquerda ao poder. 3 3 – Os liberais conseguiram manter a estabilidade econômica na Espanha, razão pela qual este pais manteve-se distante dos movimentos fascistas. 4 4 – A derrota dos franceses na Primeira Guerra Mundial criou o clima propício para a ascensão dos movimentos fascistas contra as instituições liberais na França. 13. (UFS – 2006) Um dos fenômenos mais marcantes do período que se segue ao término da Primeira Guerra Mundial foi a crise da democracia. Do início dos anos 1920 ao fim dos anos 1930, em muitos países implantou-se a ditadura. Nesse período, pode-se afirmar que: 0 0 – A trajetória política institucional dos países latino-americanos foi marcada por um conjunto de normas de exceção com a dissolução de partidos políticos e sindicatos com objetivo de estabelecer uma ordem de poder democrático e popular. 1 1 – Nos países nazi-fascistas, nenhuma atividade intelectual e artística estava livre da ingerência dos Estados, pois estes, impediam qualquer manifestação cultural que podia contrariar a ideologia oficial. 2 2 – A posição de neutralidade da França, Inglaterra e Estados Unidos, 30
  • 31. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus em relação à guerra civil espanhola, permitiu que os radicais de direita se consolidassem na Espanha, fortalecendo o movimento fascista internacional. 3 3 – A ideologia nazi-fascista foi assimilada, no Brasil, pela Ação integralista Brasileira, fundada por Plínio Salgado, em 1932. Com o apoio dos integralistas, Getúlio Vargas implantou a ditadura do Estado Novo, em 1937. 4 4 – A ascensão de Hitler ao poder, no início dos anos 1930, ocorreu através de uma ação golpista cuja ponta de lança foram as forças paramilitares do partido nazista e os comunistas. 14. (UFS – 2004) Analise as informações sobre a crise do capitalismo e o período entre guerras. 0 0 – Durante a década de 1930, os governos totalitários da Itália, Alemanha e Japão adotaram uma política de apaziguamento para se beneficiarem da ordem internacional em vigor. 1 1 – O período entre as duas guerras mundiais foi marcado pela crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia e pela polarização ideológica entre fascismo e comunismo. 2 2 – Os EUA entraram em crise de produção e começaram a baixar perigosamente os índices de sua economia, depois que a Europa, recuperada da guerra, ter-se soerguido economicamente e voltado a controlar os mercados mundiais. 3 3 – As elites européias constando que as democracias liberais mostravam-se incapazes de administrar os graves problemas da época e temerosas do avanço das lutas sociais, mostraram-se favoráveis à formação de governos fortes e autoritários, capazes de impor disciplina e recompor a ordem capitalista. 4 4 – Na primeira metade do século XX, repercutiam em toda a Europa e em diversas partes do mundo as doutrinas de inspiração nazi-fascista. Na Espanha, uma violenta Guerra Civil resultou na tomada de poder pelo general Francisco Franco, com o apoio dos proprietários de terra, do alto clero e de setores do exército. 15. (UFS – 2009) Considere o texto a seguir: Em 1929 irrompeu nos Estados Unidos mais uma das crises periódicas que vinham ocorrendo nos países industrializados desde o século XIX. Como nas crises anteriores, a crise iniciada em 1929 foi marcada pela superprodução e pelo subconsumo, propagando-se dos países centrais para a periferia do mundo capitalista. No entanto ela se distinguiu das demais por ter tido efeitos mais amplos e graves. (Wagner Pinheiro Pereira. 24 de outubro de 1929: a quebra da bolsa de Nova York e a Grande Depressão. Série Rupturas, São Paulo: Nacional, 2006, p. 3) Pode-se afirmar que a crise em questão: 0 0 - Atingiu não apenas o mercado de bens de consumo, prejudicando o comércio mundial, como afetou a exportação de produtos primários de vários países, como o café brasileiro, que sofreu uma crise sem precedentes. 1 1 - Foi a primeira a ser enfrentada pelo sistema capitalista globalizado, e teve início com a dificuldade das indústrias em fornecer produtos para atender a demanda crescente dos consumidores. 2 2 - Originou-se devido a desorganização do sistema capitalista, no final dos anos 1920, como consequência das revoluções socialistas e neoliberais que se espalharam pelo mundo, a partir de 1917. 3 3 - concentrou-se na América Latina, periferia do sistema capitalista, após ter despontado nos Estados Unidos, sendo logo controlada com a ajuda financeira de grandes empresários europeus. 4 4 - começou na Bolsa de Valores de Nova York, com a queda nos valores 31
  • 32. Terceira Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus das ações dada a super-oferta das mesmas, mas logo atingiu a economia de vários países, causando falências bancárias e desemprego em massa. 16. (UFS – 2005) Considere o mapa histórico da Europa de 1936 a 1939. O mapa contém informações sobre a política internacional da Europa nos anos considerados decisivos para a emergência da Segunda Guerra Mundial. Analise as afirmações relacionadas ao mapa e ao contexto histórico mencionado. 0 0 – Os chefes de Estado da Alemanha e da Itália testaram os seus novos armamentos contra os socialistas e democratas na Guerra Civil Espanhola, contribuindo para a formação do Eixo Berlim-Roma. 1 1 – Os governos da França e da Inglaterra envolveram-se militarmente na Guerra Civil Espanhola com o objetivo de combater as forças nazi- fascistas, contribuindo para a formação dos acordos entre os países aliados. 2 2 – Os chefes de Estado da Itália e da união Soviética estabeleceram negociações e assinaram um pacto político visando barrar o expansionismo alemão sobre seus territórios, contribuindo para a formação da Tríplice Aliança. 3 3 – Os governos da Alemanha e da união Soviética, por interesses estratégicos, fizeram um acordo de não-agressão e neutralidade, relegando a segundo plano suas diferenças ideológicas entre o nazismo e o socialismo. 4 4 – As forças armadas da França, da Inglaterra e da Polônia desencadearam a guerra contra os países do Eixo em razão do ataque e da invasão fulminante dos alemães e italianos na região Nordeste da França. 17. (UFS – 2003) Considere a caricatura, do brasileiro Belmonte, de 22/09/1939, mostrando as fragilidades do pacto nazi-soviético. Analise as proposições corretas de fatos relacionados à caricatura. 0 0 – O pacto de não-agressão, realizado entre Hitler e Stálin, foi rompido pelos soviéticos após a Segunda Guerra Mundial, quando teve início a chamada Guerra Fria. 1 1 – O pacto mencionado na caricatura nunca foi realizado entre os dois governantes, pois os nazistas pregavam a destruição total de todos os comunistas. 2 2 – A Alemanha assinou o pacto de não-agressão com a União Soviética, pois estava preocupada em garantir a neutralidade deste país no caso de um confronto com a França e a Inglaterra. 3 3 – A caricatura ressalta a importância do pacto assinado pelos governos da Alemanha e da União Soviética que pôs fim à Segunda Guerra Mundial. 4 4 – O caricaturista ironiza os interesses político-militares e estratégicos dos governos da Alemanha e da União Soviética no período que antecede à Segunda Guerra Mundial. 18. (UFS – 2002) Analise as afirmações que seguem. 00 – O Fascismo surgiu como uma doutrina de aceitação dos ideais burgueses de liberalismo e democracia. O primeiro país onde o fascismo triunfou foi a Espanha, com a ascensão de Mussolini em 1922. 32