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Querubismo
   Carlos Nelson
Caroline Vasconcelos
  Charles Junior
  Edlane Moraes
  Gabriel Hilário
  Ramon Rebelo
Histórico
●   Foi descrito pela primeira vez por Jones em 1933;
●   O termo “querubismo”, segundo Mangion et al. (1999),
    originou-se do fenótipo característico dos indivíduos
    acometidos;
Histórico
●   O querubismo também ocorre na síndrome de Ramon, descrita
    pela primeira vez em 1967 por Ramon et al. em duas
    crianças nascidas de casamento consangüíneo de primos
    em primeiro grau.
●   Principais características desta síndrome:
     –   Deficiência mental;
     –   Epilepsia;
     –   Fibromatose gengival;
     –   Hipertricose;
     –   Déficit de crescimento;
     –   Artrite reumatóide juvenil;
     –   Querubismo;
Epidemiologia

●   O querubismo é caracterizado como uma lesão pseudo-
    tumoral da infância de menor prevalência;
●   É raro, entre 1933 a 1975 foram registrados pouco mais
    de 40 casos;
●   Aparentemente há uma penetrância de 100% em meninos
    e somente 50% a 70% em meninas;
Do que se trata?
●   É hereditária e rara;

●   Tem penetrância incompleta e
    expressividade variável;

●   Tem caráter autossômico dominante;

●   Mutação ocorre no cromossomo 4p16.3
    mais precisamente no gene SH3BP2;

●   Acredita-se que um distúrbio de
    desenvolvimento na formação do
    mesênquima possa ser uma possível
    causa;
Classificação
●   Arnott sugeriu um sistema de graduação progressiva para
    as lesões do querubismo:
    –   Grau I, caracterizado por envolvimento de ambos os
        ramos ascendentes mandibulares;
    –   Grau II, por envolvimento de ambas as tuberosidades
        maxilares, assim como ramos ascendentes
        mandibulares;
    –   Grau III, por acometimento extenso de toda a maxila e
        mandíbula, exceto processos coronóides e côndilos. O
        acometimento maxilar pode ser assimétrico;
As lesões
●   Fibroóssea benigna;          ●   Firmes, rígidas e
                                     palpáveis;
●   Não neoplásica;
                                 ●   Progride por volta dos 3
●   Semelhante ao granuloma
                                     anos até a puberdade;
    de células gigantes;
                                 ●   Acredita-se que a lesão
●   Proliferativas;
                                     regride
●   No interior da mandíbula e       espontâneamente na
    da maxila causam expansão        puberdade pelo fato dos
    progressiva e indolor            hormônios sexuais
    geralmente bilateral e           diminuírem a produção
    simétrica;                       de osteoclastos;
Aspectos clínicos
●   Semelhança facial com anjos querubins;
●   Expansão de mandíbula e maxila bilateral;
●   Indolor;
●   Retração palpebral;
Aspectos Clínicos
●   De acordo com a severidade da lesão pode
    haver:
    –   Ausência de germes de permanentes;
    –   Esfoliação precoce dos decíduos;
    –   Reabsorção radicular em decíduos e
        permanentes também;
●   Podem ser encontradas:
    –   Deformações no palato;
    –   Impacção dental levando a má-oclusão;
    –   Distúrbios oculares;
    –   Obstrução respiratória e prejuízo da audição;
Diagnóstico
●   O diagnóstico do querubismo não apresenta dificuldades
    para ser efetuado quando da presença de familiaridade
●   Simetria e a bilateralidade
●   O aspecto radiográfico, as características clínicas e a
    anamnese são patognomônicos, sendo os exames adicionais
    geralmente desnecessários (BECELLI, MARINI e CARBONI,
    1998)
Aspectos radiológicos
●   Radiograficamente, evidenciam-se radiolucências bilaterais e
    multiloculares, com aspecto de bolhas de sabão
    (COLOMBO et al., 2001)
●   Inicialmente, atinge o ângulo goníaco e, a partir daí, ocorre
    progressão para o ramo ascendente e o corpo da mandíbula
●   O côndilo geralmente não se encontra afetado
Exame histopatológico
●   A avaliação histopatológica das lesões revela:
     –   Estroma fibroso frouxo muito vascularizado
     –   Grande número de células gigantes multinucleadas
         (vários osteoclastos unidos) e fibroblastos
     –   Caractetísticas fenotípicas de osteoclastos distribuídas sem
         uniformidade e próximas a focos hemorrágicos
     –   Hemossiderina degenerada
     –   Vasos sanguíneos bem formados com grande número de
         células endoteliais, podem ser observados no interior da
         lesão (SOUTHGATE et al., 1998)
Exame histopatológico
Exames complementares

●   pode-se lançar mão de biópsia, de
    tomodensiometria, de tomografia
    computadorizada e de ressonância
    magnética;

●   exames bioquímicos do sangue;

●   Análise genética;
Tratamento
●   Antigamente, a radioterapia era usada com sucesso nesses
    casos, mas atualmente esse método caiu em desuso por causa
    do potencial de malignização dessa lesão, do risco de
    osteoradionecrose e do atraso no desenvolvimentodas
    estruturas ósseas;
●   Uso de calcitonina para diminuir a reabsorção óssea
    ocasionada pelas células multinucleadas, controlando a doença
    na sua fase deformante mais ativa até que o paciente atinja a
    puberdade;
●   O controle rigoroso da higiene bucal é sempre fundamental;
●   O tratamento cosmético, a curetagem associada à extração
    dentária, a curetagem associada a contorno da cortical e o
    tratamento expectante são citados na literatura;
Referências
●   OLIVEIRA, Fernanda; CAVASIN, Júlio Cesar; COSTA,Cláudio ; DIB,
    Luciano. Artigo: Querubismo: Aspectos clínicos, radiográficos
    terapêuticos. Rev Inst Ciênc Saúde. 26(2):254-7. 2008.
●   PENA, Nilson; CAMPOS, Paulo Sérgio ; ALMEIDA, Solange Maria ;
    HAITER, Francisco; BÓSCOLO, Frab Noberto . Querubismo: Revisão de
    literatura.
●   CARVALHO, Tarsísio Nunes; et al. Publicação cientifica oficial do colégio
    brasileiro de radiologia. Querubismo: Relato de caso e revisão da
    literatura com aspectos imaginológicos; Vol. 37 nº 3 - Maio / Jun. De
    2004.
●   QUEIROZ, Alessandra Mussolino de; et al. Querubismo - Revisão de
    literatura, relato de caso e tratamento odontológico-cirúrgico em
    paciente portador da síndrome de Ramon. Passo Fundo, v. 10, n. 1, p.
    13-16, jan./jun. 2005.
●   NEVILLE, Brad W.; et al. Patologia Oral e Maxilofacial. Editora Guanabara
    Koogan. 2ª ed. 2008.
●   SHAFER,

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Querubismo revisado

  • 1. Querubismo Carlos Nelson Caroline Vasconcelos Charles Junior Edlane Moraes Gabriel Hilário Ramon Rebelo
  • 2. Histórico ● Foi descrito pela primeira vez por Jones em 1933; ● O termo “querubismo”, segundo Mangion et al. (1999), originou-se do fenótipo característico dos indivíduos acometidos;
  • 3. Histórico ● O querubismo também ocorre na síndrome de Ramon, descrita pela primeira vez em 1967 por Ramon et al. em duas crianças nascidas de casamento consangüíneo de primos em primeiro grau. ● Principais características desta síndrome: – Deficiência mental; – Epilepsia; – Fibromatose gengival; – Hipertricose; – Déficit de crescimento; – Artrite reumatóide juvenil; – Querubismo;
  • 4. Epidemiologia ● O querubismo é caracterizado como uma lesão pseudo- tumoral da infância de menor prevalência; ● É raro, entre 1933 a 1975 foram registrados pouco mais de 40 casos; ● Aparentemente há uma penetrância de 100% em meninos e somente 50% a 70% em meninas;
  • 5. Do que se trata? ● É hereditária e rara; ● Tem penetrância incompleta e expressividade variável; ● Tem caráter autossômico dominante; ● Mutação ocorre no cromossomo 4p16.3 mais precisamente no gene SH3BP2; ● Acredita-se que um distúrbio de desenvolvimento na formação do mesênquima possa ser uma possível causa;
  • 6. Classificação ● Arnott sugeriu um sistema de graduação progressiva para as lesões do querubismo: – Grau I, caracterizado por envolvimento de ambos os ramos ascendentes mandibulares; – Grau II, por envolvimento de ambas as tuberosidades maxilares, assim como ramos ascendentes mandibulares; – Grau III, por acometimento extenso de toda a maxila e mandíbula, exceto processos coronóides e côndilos. O acometimento maxilar pode ser assimétrico;
  • 7. As lesões ● Fibroóssea benigna; ● Firmes, rígidas e palpáveis; ● Não neoplásica; ● Progride por volta dos 3 ● Semelhante ao granuloma anos até a puberdade; de células gigantes; ● Acredita-se que a lesão ● Proliferativas; regride ● No interior da mandíbula e espontâneamente na da maxila causam expansão puberdade pelo fato dos progressiva e indolor hormônios sexuais geralmente bilateral e diminuírem a produção simétrica; de osteoclastos;
  • 8. Aspectos clínicos ● Semelhança facial com anjos querubins; ● Expansão de mandíbula e maxila bilateral; ● Indolor; ● Retração palpebral;
  • 9. Aspectos Clínicos ● De acordo com a severidade da lesão pode haver: – Ausência de germes de permanentes; – Esfoliação precoce dos decíduos; – Reabsorção radicular em decíduos e permanentes também; ● Podem ser encontradas: – Deformações no palato; – Impacção dental levando a má-oclusão; – Distúrbios oculares; – Obstrução respiratória e prejuízo da audição;
  • 10. Diagnóstico ● O diagnóstico do querubismo não apresenta dificuldades para ser efetuado quando da presença de familiaridade ● Simetria e a bilateralidade ● O aspecto radiográfico, as características clínicas e a anamnese são patognomônicos, sendo os exames adicionais geralmente desnecessários (BECELLI, MARINI e CARBONI, 1998)
  • 11. Aspectos radiológicos ● Radiograficamente, evidenciam-se radiolucências bilaterais e multiloculares, com aspecto de bolhas de sabão (COLOMBO et al., 2001) ● Inicialmente, atinge o ângulo goníaco e, a partir daí, ocorre progressão para o ramo ascendente e o corpo da mandíbula ● O côndilo geralmente não se encontra afetado
  • 12. Exame histopatológico ● A avaliação histopatológica das lesões revela: – Estroma fibroso frouxo muito vascularizado – Grande número de células gigantes multinucleadas (vários osteoclastos unidos) e fibroblastos – Caractetísticas fenotípicas de osteoclastos distribuídas sem uniformidade e próximas a focos hemorrágicos – Hemossiderina degenerada – Vasos sanguíneos bem formados com grande número de células endoteliais, podem ser observados no interior da lesão (SOUTHGATE et al., 1998)
  • 14. Exames complementares ● pode-se lançar mão de biópsia, de tomodensiometria, de tomografia computadorizada e de ressonância magnética; ● exames bioquímicos do sangue; ● Análise genética;
  • 15. Tratamento ● Antigamente, a radioterapia era usada com sucesso nesses casos, mas atualmente esse método caiu em desuso por causa do potencial de malignização dessa lesão, do risco de osteoradionecrose e do atraso no desenvolvimentodas estruturas ósseas; ● Uso de calcitonina para diminuir a reabsorção óssea ocasionada pelas células multinucleadas, controlando a doença na sua fase deformante mais ativa até que o paciente atinja a puberdade; ● O controle rigoroso da higiene bucal é sempre fundamental; ● O tratamento cosmético, a curetagem associada à extração dentária, a curetagem associada a contorno da cortical e o tratamento expectante são citados na literatura;
  • 16. Referências ● OLIVEIRA, Fernanda; CAVASIN, Júlio Cesar; COSTA,Cláudio ; DIB, Luciano. Artigo: Querubismo: Aspectos clínicos, radiográficos terapêuticos. Rev Inst Ciênc Saúde. 26(2):254-7. 2008. ● PENA, Nilson; CAMPOS, Paulo Sérgio ; ALMEIDA, Solange Maria ; HAITER, Francisco; BÓSCOLO, Frab Noberto . Querubismo: Revisão de literatura. ● CARVALHO, Tarsísio Nunes; et al. Publicação cientifica oficial do colégio brasileiro de radiologia. Querubismo: Relato de caso e revisão da literatura com aspectos imaginológicos; Vol. 37 nº 3 - Maio / Jun. De 2004. ● QUEIROZ, Alessandra Mussolino de; et al. Querubismo - Revisão de literatura, relato de caso e tratamento odontológico-cirúrgico em paciente portador da síndrome de Ramon. Passo Fundo, v. 10, n. 1, p. 13-16, jan./jun. 2005. ● NEVILLE, Brad W.; et al. Patologia Oral e Maxilofacial. Editora Guanabara Koogan. 2ª ed. 2008. ● SHAFER,