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Eficiência Energética em Edificações
Roberto Lamberts
Universidade Federal de Santa Catarina
Laboratório de Eficiência Energética em
Edificações
www.labeee.ufsc.br
2
Tópicos
• A indústria da construção no mundo
• Consumo de energia no mundo
• Desenvolvimento sustentável?
• Consumo de energia no Brasil
• O setor residencial
• O setor comercial
2
3
A indústria da construção no mundo
• A industria da construção é um dos setores mais importantes
da economia mundial
• Os gastos em construção representam 10% da economia
mundial
• Os edifícios são responsáveis por 40% do consumo de
energia mundial, 16 % da água potável e 25 % da madeira
das florestas.
• A indústria da construção é responsável por 50% das
emissões de CO2
4
Consumo de energia no mundo
Energia primária
0
500
1000
1500
2000
2500
1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000
Mtep
USA
Canada
Brazil
Germany
Sweden
United Kingdom
Australia
China
Japan
China
USA
Japan
Germany
Brazil
24%
No Brasil 44.1% da oferta interna de energia provem de fontes
renováveis: hidroelétricas e biomassa
3
5
Consumo de energia no mundo
Evolução do consumo de energia primária por habitante
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
kWh/hab
EUA
Austrália
Japão
Alemanha
Inglaterra
África do Sul
Brasil
Tailândia
Bangladesh
China
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Desenvolvimento sustentável???
• Exploração dos recursos
naturais
• Efeito estufa
• Aumento da frequência e
intensidade de furacões
• O furacão Catarina
• Aumento do nível do mar
• Deslocamento de populações
• Prejuízos econômicos
incalculáveis
4
7
Desenvolvimento sustentável
• Ecologicamente correto
• Socialmente justo
• Economicamente viável
8
Consumo de energia elétrica - Brasil
5
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Consumo de energia elétrica no Brasil
Consumo de energia elétrica X PIB
0
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20
30
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50
60
70
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90
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1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
Year
Consumption
(TWh)
0
200
400
600
800
1000
GNP(billion
US$)
RESIDENTIAL COMMERCIAL
PUBLIC GNP
10
Eficiência energética em edificações
É mais barato ECONOMIZAR energia do que FORNECÊ-LA.”
6
11
Lei da Eficiência Energética
• LEI Nº 10295, DE 17 DE OUTUBRO DE 2001
Dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de
Energia e dá outras providências.
Visa desenvolver a eficiência energética no país.
• DECRETO Nº 4.059, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2001
Regulamenta a Lei no 10.295.
“Fica instituído Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência
Energética – CGIEE”
“Os níveis mínimos de eficiência energética, deverão ser estabelecidos
segundo regulamentação específica.”
“O MME deverá constituir um Grupo Técnico que adote procedimentos
para avaliação da eficiência energética das edificações e que crie
indicadores técnicos referenciais do consumo de energia destas
edificações”.
12
Uso final de energia elétrica no setor residencial
Chuveiro
25% consumo
70% saturação
Geladeira
31% con.
Freezer
11% con.
83% sat.
Lâmpadas
incandescentes
13% consumo
93% saturação
Ar condicionado
4% consumo
7% saturação
Televisão
6% consumo
87% saturação
SINPHA: 1998
IBGE: 2000
7
13
Uso final de energia elétrica no setor residencial
BRASIL
Geladeira
22%
Freezer
5%
Lampadas
14%
Chuveiro
24%
Ar Condicionado
20%
TV
9%
Som
3%
Lava Roupa
0,4%
Ferro
3%
Microondas
0,1%
Avaliação do Mercado de Eficiência Energética no Brasil: Pesquisa na Classe Residencial PROCEL-Eletrobras 2007
14
Uso final de energia elétrica no setor residencial
NORDESTE
Geladeira
29%
Freezer
5%
Chuveiro
9%
Ar Condicionado
27%
TV
11%
Lampadas
11%
Som
5%
Microondas
0,1%
Ferro
3%
Lava Roupa
0,3%
NORTE
Geladeira
25%
Ar Condicionado
40%
TV
9%
Ferro
3%
Lava Roupa
0,5%
Microondas
0,04%Som
3%
Chuveiro
2%
Freezer
4%
Lampadas
14%
8
15
Uso final de energia elétrica no setor residencial
SUL
Geladeira
16%
Freezer
7%
Lampadas
8%
Chuveiro
25%
Ar Condicionado
32%
TV
7%
Ferro
2%
Som
3%
Lava Roupa
0,4% Microondas
0,1%
SUDESTE
Geladeira
22%
Freezer
5%
Lampadas
19%Chuveiro
26%
Ar Condicionado
11%
TV
10%
Som
3%
Ferro
3%
Lava Roupa
1%
Microondas
0,2%
16
Estratégias para redução do consumo de energia elétrica no
setor residencial
• Projeto Bioclimático:
Iluminação natural
Ventilação natural
Zoneamento bioclimático brasileiro – NBR 15220-3
• Uso de aparelhos e equipamentos energeticamente
eficientes – etiqueta INMETRO (A-E)
• Incorporação de energias renováveis: aquecimento
solar
9
17
Zoneamento bioclimático brasileiro
De acordo à NBR 15220-3
18
Zona bioclimática 3 - Florianópolis
• Estratégia verão:
• Ventilação cruzada
• Sombreamento
• Estratégia inverno:
• Aquecimento solar da edificação
• Inércia térmica
• Aberturas para ventilação (A em % da área de piso):
• Aberturas Médias
• 15% < A < 25%
• Sombreamento das aberturas:
• Permitir sol apenas durante o inverno
• Paredes: U ≤ 3,60 (Parede leve refletora); ϕ ≤ 4,3; FSo ≤ 4,0
• Cobertura: U ≤ 2,00 (leve isolada); ϕ ≤ 3,3; FSo ≤ 6,5
10
19
Regulamentação para Etiquetagem - Residencial
• Envoltória;
• Sistema de Condicionamento de Ar;
• Sistema de Aquecimento de Água;
• Sistema de Iluminação e Equipamentos
20
Projeto residencial sustentável - Brasil
Projeto Casa Eficiente - Florianópolis
ELETROSUL
11
21
Projeto Casa Eficiente - Florianópolis
• Vitrine de tecnologias de
ponta de eficiência
energética e conforto
ambiental voltadas para
edificações.
• Centro de demonstração do
potencial de conforto e
eficiência energética de
estratégias utilizadas de
acordo com o padrão de uso
da edificação.
• Projeto desenvolvido com
sistemas e soluções para a
máxima eficiência
energética e conforto
térmico integrados ao
projeto arquitetônico.
Projeto Casa Eficiente - Florianópolis
22
Projeto Casa Eficiente - Florianópolis
• Tecnologias implementadas:
Geração de energia
fotovoltaica interligada à rede,
Estratégias passivas de
condicionamento de ar
Aquecimento solar de água.
Projeto Casa Eficiente - Florianópolis
12
23
Projeto Casa Eficiente - Florianópolis
• Estratégias:
• Orientação solar: ventos, e
aproveitamento da radiação
solar.
• Favorecimento da ventilação
cruzada.
• Proteções solares de acordo à
fachada.
• Redutor de velocidade para o
vento sul.
• Uso de materiais locais de menor
impacto ambiental.
• Utilização de vidros duplos e
persianas externas.
Projeto Casa Eficiente - Florianópolis
24
Projeto Casa Eficiente - Florianópolis
• Resgate de soluções da
arquitetura vernacular:uso do
fogão a lenha, aquecendo o
interior da casa no inverno.
• Concentração da área molhada
no lado oeste.
• Tratamento de efluentes com
zona de raízes.
• Uso de sistema solar para
aquecimento de água.
• Accesibilidade para portadores
de necessidades especiais.
Projeto Casa Eficiente - Florianópolis
www.eletrosul.gov.br/casaeficiente
13
25
Setor comercial
26
Uso final de energia elétrica no setor comercial
Escritórios
IL = 50 %
AC = 34 %
Bancos
IL = 52 %
AC = 34 %
Restaurante
IL = 20 %
AC = 7 %
Shoppings Centers
IL = 49 %
AC = 34 %
Lojas do varejo
IL = 76 %
AC = 12 %
Oficinas
IL = 56 %
AC = 4 %
Posto de
gasolina
IL = 43 %
Serviços pessoais
IL = 9 %
AC = 3 %Mercearias
IL = 25 %
AC = 2 %
1990
Média do setor:
IL = 44 %
AC = 20 %
Eq = 36%
Média do setor:
IL = 44 %
AC = 20 %
Eq = 36%
14
27
Uso final de energia elétrica no setor comercial
1990
28
Usos finais escritórios
36
28
52
26
16
12
57
33 34
42
64
67
75
25
31
38
6
10
17
13
18
0
10
20
30
40
50
60
70
80
UsoFinal(%)
Iluminação
Ar-condicionado
Equipamentos
Edifício 1 Edifício 2 Edifício 3 Edifício 1 Edifício 4 Edifício 1 Edifício 1
Florianópolis Salvador Florianópolis Brasília Rio de Janeiro
• Iluminação: 12 a 57%
• Condicionador de ar: 25 a 75%
• Equipamentos: 6 a 38%
15
29
Uso final de energia elétrica no setor comercial AT
Distribuição do Consumo por Uso Final
Iluminação
22%
Demais Cargas
31%
Ar
Condicionado
47%
Avaliação do Mercado de Eficiência Energética no Brasil: Pesquisa Setor Comercial AT PROCEL-Eletrobras 2007
30
Prédios Públicos
Distribuição do Consumo por Uso Final
Iluminação
23%
Equip.Escritório
15%
Outras Cargas
14%
Ar
Condicionado
48%
Avaliação do Mercado de Eficiência Energética no Brasil: Pesquisa Prédios Públicos AT
PROCEL-Eletrobras 2007
16
31
Variáveis que influenciam o consumo de energia
Arquitetura
Iluminação
Equipamentos
Ocupantes
Infiltração/
Ventilação
32
Arquitetura
Shading
17
33
Sistemas do Iluminação
Daylight integration
Controles:
T5 - 28W
2.900 lm
103,6 lm/W
34
Cargas Internas: Equipamentos
Energy Saver
18
35
Regulamentação para Etiquetagem - Comercial
Regulations and Certification
• 1. Termonologia
• 2. Introdução
• 3. Sistemas de Iluminação
• 4. Sistemas de Condicionamento de ar
• 5. Envoltória
• 6. Simulação
36
Edifício Comercial Sustentavel
• Eficiência
Energética
• Uso eficiente
de água
• Escolha de
materiais
• Qualidade do
ambiente
interno
Project Primavera Green Office – Florianópolis
19
37
Primavera Green Office
Strategies
38
Eficiência Energética em Edificações
• Arquitetura Bioclimática
Incorporadores
Arquitetos
Projetistas
• Equipamentos Eficientes
INMETRO (Etiqueta OK, falta estabelecer os níveis mínimos)
• Usuário Eficiente
Comprando edifícios eficientes e usando de forma eficiente
Basta cada um fazer a sua parte
20
39
Eficiência Energética e Sustentabilidade
• Etiqueta de nível de eficiência energética em edificações
comerciais e públicas –
Aprovada em 2006
Testes em 2007
Voluntária em 2008
Obrigatória em 2011
• Etiqueta de nível de eficiência energética em edificações
residenciais
Aprovação em 2007 ?
Testes em 2008
Voluntária em 2009
Obrigatória em 2012
• Sustentabilidade de edificações
Conselho Brasileiro para a Construção Sustentável
40
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21
41
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Artigo eficiencia energética

  • 1. 1 [ ] Eficiência Energética em Edificações Roberto Lamberts Universidade Federal de Santa Catarina Laboratório de Eficiência Energética em Edificações www.labeee.ufsc.br 2 Tópicos • A indústria da construção no mundo • Consumo de energia no mundo • Desenvolvimento sustentável? • Consumo de energia no Brasil • O setor residencial • O setor comercial
  • 2. 2 3 A indústria da construção no mundo • A industria da construção é um dos setores mais importantes da economia mundial • Os gastos em construção representam 10% da economia mundial • Os edifícios são responsáveis por 40% do consumo de energia mundial, 16 % da água potável e 25 % da madeira das florestas. • A indústria da construção é responsável por 50% das emissões de CO2 4 Consumo de energia no mundo Energia primária 0 500 1000 1500 2000 2500 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 Mtep USA Canada Brazil Germany Sweden United Kingdom Australia China Japan China USA Japan Germany Brazil 24% No Brasil 44.1% da oferta interna de energia provem de fontes renováveis: hidroelétricas e biomassa
  • 3. 3 5 Consumo de energia no mundo Evolução do consumo de energia primária por habitante 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 kWh/hab EUA Austrália Japão Alemanha Inglaterra África do Sul Brasil Tailândia Bangladesh China 6 Desenvolvimento sustentável??? • Exploração dos recursos naturais • Efeito estufa • Aumento da frequência e intensidade de furacões • O furacão Catarina • Aumento do nível do mar • Deslocamento de populações • Prejuízos econômicos incalculáveis
  • 4. 4 7 Desenvolvimento sustentável • Ecologicamente correto • Socialmente justo • Economicamente viável 8 Consumo de energia elétrica - Brasil
  • 5. 5 9 Consumo de energia elétrica no Brasil Consumo de energia elétrica X PIB 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 Year Consumption (TWh) 0 200 400 600 800 1000 GNP(billion US$) RESIDENTIAL COMMERCIAL PUBLIC GNP 10 Eficiência energética em edificações É mais barato ECONOMIZAR energia do que FORNECÊ-LA.”
  • 6. 6 11 Lei da Eficiência Energética • LEI Nº 10295, DE 17 DE OUTUBRO DE 2001 Dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia e dá outras providências. Visa desenvolver a eficiência energética no país. • DECRETO Nº 4.059, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2001 Regulamenta a Lei no 10.295. “Fica instituído Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética – CGIEE” “Os níveis mínimos de eficiência energética, deverão ser estabelecidos segundo regulamentação específica.” “O MME deverá constituir um Grupo Técnico que adote procedimentos para avaliação da eficiência energética das edificações e que crie indicadores técnicos referenciais do consumo de energia destas edificações”. 12 Uso final de energia elétrica no setor residencial Chuveiro 25% consumo 70% saturação Geladeira 31% con. Freezer 11% con. 83% sat. Lâmpadas incandescentes 13% consumo 93% saturação Ar condicionado 4% consumo 7% saturação Televisão 6% consumo 87% saturação SINPHA: 1998 IBGE: 2000
  • 7. 7 13 Uso final de energia elétrica no setor residencial BRASIL Geladeira 22% Freezer 5% Lampadas 14% Chuveiro 24% Ar Condicionado 20% TV 9% Som 3% Lava Roupa 0,4% Ferro 3% Microondas 0,1% Avaliação do Mercado de Eficiência Energética no Brasil: Pesquisa na Classe Residencial PROCEL-Eletrobras 2007 14 Uso final de energia elétrica no setor residencial NORDESTE Geladeira 29% Freezer 5% Chuveiro 9% Ar Condicionado 27% TV 11% Lampadas 11% Som 5% Microondas 0,1% Ferro 3% Lava Roupa 0,3% NORTE Geladeira 25% Ar Condicionado 40% TV 9% Ferro 3% Lava Roupa 0,5% Microondas 0,04%Som 3% Chuveiro 2% Freezer 4% Lampadas 14%
  • 8. 8 15 Uso final de energia elétrica no setor residencial SUL Geladeira 16% Freezer 7% Lampadas 8% Chuveiro 25% Ar Condicionado 32% TV 7% Ferro 2% Som 3% Lava Roupa 0,4% Microondas 0,1% SUDESTE Geladeira 22% Freezer 5% Lampadas 19%Chuveiro 26% Ar Condicionado 11% TV 10% Som 3% Ferro 3% Lava Roupa 1% Microondas 0,2% 16 Estratégias para redução do consumo de energia elétrica no setor residencial • Projeto Bioclimático: Iluminação natural Ventilação natural Zoneamento bioclimático brasileiro – NBR 15220-3 • Uso de aparelhos e equipamentos energeticamente eficientes – etiqueta INMETRO (A-E) • Incorporação de energias renováveis: aquecimento solar
  • 9. 9 17 Zoneamento bioclimático brasileiro De acordo à NBR 15220-3 18 Zona bioclimática 3 - Florianópolis • Estratégia verão: • Ventilação cruzada • Sombreamento • Estratégia inverno: • Aquecimento solar da edificação • Inércia térmica • Aberturas para ventilação (A em % da área de piso): • Aberturas Médias • 15% < A < 25% • Sombreamento das aberturas: • Permitir sol apenas durante o inverno • Paredes: U ≤ 3,60 (Parede leve refletora); ϕ ≤ 4,3; FSo ≤ 4,0 • Cobertura: U ≤ 2,00 (leve isolada); ϕ ≤ 3,3; FSo ≤ 6,5
  • 10. 10 19 Regulamentação para Etiquetagem - Residencial • Envoltória; • Sistema de Condicionamento de Ar; • Sistema de Aquecimento de Água; • Sistema de Iluminação e Equipamentos 20 Projeto residencial sustentável - Brasil Projeto Casa Eficiente - Florianópolis ELETROSUL
  • 11. 11 21 Projeto Casa Eficiente - Florianópolis • Vitrine de tecnologias de ponta de eficiência energética e conforto ambiental voltadas para edificações. • Centro de demonstração do potencial de conforto e eficiência energética de estratégias utilizadas de acordo com o padrão de uso da edificação. • Projeto desenvolvido com sistemas e soluções para a máxima eficiência energética e conforto térmico integrados ao projeto arquitetônico. Projeto Casa Eficiente - Florianópolis 22 Projeto Casa Eficiente - Florianópolis • Tecnologias implementadas: Geração de energia fotovoltaica interligada à rede, Estratégias passivas de condicionamento de ar Aquecimento solar de água. Projeto Casa Eficiente - Florianópolis
  • 12. 12 23 Projeto Casa Eficiente - Florianópolis • Estratégias: • Orientação solar: ventos, e aproveitamento da radiação solar. • Favorecimento da ventilação cruzada. • Proteções solares de acordo à fachada. • Redutor de velocidade para o vento sul. • Uso de materiais locais de menor impacto ambiental. • Utilização de vidros duplos e persianas externas. Projeto Casa Eficiente - Florianópolis 24 Projeto Casa Eficiente - Florianópolis • Resgate de soluções da arquitetura vernacular:uso do fogão a lenha, aquecendo o interior da casa no inverno. • Concentração da área molhada no lado oeste. • Tratamento de efluentes com zona de raízes. • Uso de sistema solar para aquecimento de água. • Accesibilidade para portadores de necessidades especiais. Projeto Casa Eficiente - Florianópolis www.eletrosul.gov.br/casaeficiente
  • 13. 13 25 Setor comercial 26 Uso final de energia elétrica no setor comercial Escritórios IL = 50 % AC = 34 % Bancos IL = 52 % AC = 34 % Restaurante IL = 20 % AC = 7 % Shoppings Centers IL = 49 % AC = 34 % Lojas do varejo IL = 76 % AC = 12 % Oficinas IL = 56 % AC = 4 % Posto de gasolina IL = 43 % Serviços pessoais IL = 9 % AC = 3 %Mercearias IL = 25 % AC = 2 % 1990 Média do setor: IL = 44 % AC = 20 % Eq = 36% Média do setor: IL = 44 % AC = 20 % Eq = 36%
  • 14. 14 27 Uso final de energia elétrica no setor comercial 1990 28 Usos finais escritórios 36 28 52 26 16 12 57 33 34 42 64 67 75 25 31 38 6 10 17 13 18 0 10 20 30 40 50 60 70 80 UsoFinal(%) Iluminação Ar-condicionado Equipamentos Edifício 1 Edifício 2 Edifício 3 Edifício 1 Edifício 4 Edifício 1 Edifício 1 Florianópolis Salvador Florianópolis Brasília Rio de Janeiro • Iluminação: 12 a 57% • Condicionador de ar: 25 a 75% • Equipamentos: 6 a 38%
  • 15. 15 29 Uso final de energia elétrica no setor comercial AT Distribuição do Consumo por Uso Final Iluminação 22% Demais Cargas 31% Ar Condicionado 47% Avaliação do Mercado de Eficiência Energética no Brasil: Pesquisa Setor Comercial AT PROCEL-Eletrobras 2007 30 Prédios Públicos Distribuição do Consumo por Uso Final Iluminação 23% Equip.Escritório 15% Outras Cargas 14% Ar Condicionado 48% Avaliação do Mercado de Eficiência Energética no Brasil: Pesquisa Prédios Públicos AT PROCEL-Eletrobras 2007
  • 16. 16 31 Variáveis que influenciam o consumo de energia Arquitetura Iluminação Equipamentos Ocupantes Infiltração/ Ventilação 32 Arquitetura Shading
  • 17. 17 33 Sistemas do Iluminação Daylight integration Controles: T5 - 28W 2.900 lm 103,6 lm/W 34 Cargas Internas: Equipamentos Energy Saver
  • 18. 18 35 Regulamentação para Etiquetagem - Comercial Regulations and Certification • 1. Termonologia • 2. Introdução • 3. Sistemas de Iluminação • 4. Sistemas de Condicionamento de ar • 5. Envoltória • 6. Simulação 36 Edifício Comercial Sustentavel • Eficiência Energética • Uso eficiente de água • Escolha de materiais • Qualidade do ambiente interno Project Primavera Green Office – Florianópolis
  • 19. 19 37 Primavera Green Office Strategies 38 Eficiência Energética em Edificações • Arquitetura Bioclimática Incorporadores Arquitetos Projetistas • Equipamentos Eficientes INMETRO (Etiqueta OK, falta estabelecer os níveis mínimos) • Usuário Eficiente Comprando edifícios eficientes e usando de forma eficiente Basta cada um fazer a sua parte
  • 20. 20 39 Eficiência Energética e Sustentabilidade • Etiqueta de nível de eficiência energética em edificações comerciais e públicas – Aprovada em 2006 Testes em 2007 Voluntária em 2008 Obrigatória em 2011 • Etiqueta de nível de eficiência energética em edificações residenciais Aprovação em 2007 ? Testes em 2008 Voluntária em 2009 Obrigatória em 2012 • Sustentabilidade de edificações Conselho Brasileiro para a Construção Sustentável 40 Sustentável?