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6º E.E.C.I.
 Patrono: J. Sanson

Tema: A Lei de Causa e Efeito
   C.I. 1ª Parte Cap. VIII


    CELD 28/11/2010
A Lei de Causa e Efeito




                                  ÍNDICE

1     A CARNE É FRACA                                2

2     COMO É A PREPARAÇÃO DA ENCARNAÇÃO              5

3     A LEI É PUNITIVA?                              7

4     A REENCARNAÇÃO: CASTIGO OU OPORTUNIDADE?       9

5     ESTUDO DE CASOS                                10

5.1   MARCEL – O MENINO DO Nº 4                      10

5.2   UM SÁBIO AMBICIOSO                             12

      REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS                     14




                                     1
6º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno

1 - A CARNE É FRACA.

       Todos nós já ouvimos, ao menos uma vez nesta vida, alguém pronunciar a frase
―a carne é fraca‖, para justificar algum deslize. Se buscarmos atentamente em nossas
lembranças, é muito provável que nós mesmos a tenhamos pronunciado. Mas será que a
usamos com o mesmo significado histórico religioso? É possível que esta frase, que
tinha o objetivo de ‗alertar‘, agora seja usada para ‗justificar‘. Pois, então, vejamos o
contexto ao qual ela está associada.
        No Evangelho de Mateus, capítulo 26, versículos 36 a 45, vemos o seguinte
relato do que acontece momentos antes de Judas trair Jesus com o beijo:
        ―Então foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos
discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar. E levando consigo Pedro e os dois
filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se.
        Então lhes disse: A minha alma está triste até a morte; ficai aqui e vigiai comigo.
E adiantando-se um pouco, prostrou-se com o rosto em terra e orou, dizendo: Meu Pai,
se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu
queres.
        Voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Assim nem
uma hora pudestes vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o
espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
        Retirando-se mais uma vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode
passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.
        E, voltando outra vez, achou-os dormindo, porque seus olhos estavam
carregados. Deixando-os novamente, foi orar terceira vez, repetindo as mesmas
palavras. Então voltou para os discípulos e disse-lhes: Dormi agora e descansai. Eis que
é chegada a hora, e o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores.‖
       No Evangelho de Marcos encontramos estes mesmos momentos descritos nos
versículos 32 a 41 do capítulo 14, como se segue:

        ―Então chegaram a um lugar chamado Getsêmani, e disse Jesus a seus
discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto eu oro. E levou consigo a Pedro, a Tiago e a João,
e começou a ter pavor e a angustiar-se; e disse-lhes: A minha alma está triste até a
morte; ficai aqui e vigiai.
        E adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra; e orava para que, se fosse
possível, passasse dele aquela hora. E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; afasta de mim
este cálice; todavia não seja o que eu quero, mas o que tu queres.
        Voltando, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Simão, dormes? Não pudeste
vigiar uma hora? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade,
está pronto, mas a carne é fraca.
        Retirou-se de novo e orou, dizendo as mesmas palavras. E voltando outra vez,
achou-os dormindo, porque seus olhos estavam carregados; e não sabiam o que lhe
responder.
        Ao voltar pela terceira vez, disse-lhes: Dormi agora e descansai.
        Basta; é chegada a hora. Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas
mãos dos pecadores.‖

       Como podemos ver nestas passagens dos Evangelhos, Jesus reconhece as
limitações do corpo, do ponto de vista físico, mais especificamente, a necessidade de

                                            2
A Lei de Causa e Efeito


repouso, e alerta que podemos superar estas limitações físicas com nossos atributos de
espírito. Já o sentido que damos a esta frase, atribuindo nossos deslizes morais a uma
necessidade irresistível do corpo físico, é o oposto do ensinamento de Jesus, pois
responsabiliza a carne pela fraqueza do espírito. Se fizermos uma avaliação isenta das
situações que vivenciamos, poderemos constatar que, se falhamos, não foi ‗por causa‘
de nossas potencialidades, mas, pelo uso que fizemos delas.

“JUSTIFICAR SEUS ERROS PELA FRAQUEZA DA CARNE É APENAS UM
SUBTERFÚGIO PARA ESCAPAR À RESPONSABILIDADE.”
                                Kardec, O Céu e o Inferno, cap. VIII

        A ciência do século XIX procurou associar determinados desvios
comportamentais aos caracteres do corpo físico, em um ramo chamado Frenologia. Seu
criador, o médico alemão Franz Joseph Gall (1758-1828), achava possível determinar o
caráter, as características da personalidade e o grau de criminalidade de um indivíduo
pelo formato de sua cabeça. O médico e cientista italiano César Lombroso (1835/1909)
desenvolveu esta ideia e criou a figura do criminoso nato, pois defendia que o crime era
um fenômeno decorrente do determinismo biológico.

       Destas idéias equivocadas desenvolveu-se a Antropologia Criminal, mudando o
foco do Direito Penal, que passou a adotar medidas preventivas, como o policiamento
ostensivo e medidas sociais.

        César Lombroso, no período em que defendeu estas ideias, escreveu artigos
ridicularizando o Espiritismo. No entanto, em 15/07/1891, publicou carta, declarando
sua rendição aos fatos espirituais. ―Estou muito envergonhado e desgostoso por haver
combatido com tanta persistência a possibilidade dos fatos chamados espiríticos‖, disse
ele. Esta ‗rendição aos fatos‘ aconteceu após incansáveis pesquisas com a médium
Eusápia Paladino, através das quais pôde atestar a veracidade de tais fenômenos,
testemunhados e verificados por outros renomados cientistas.

“A CARNE SÓ É FRACA PORQUE O ESPÍRITO É FRACO, O QUE REVERTE
A QUESTÃO, E DEIXA AO ESPÍRITO A RESPONSABILIDADE DE TODOS
OS SEUS ATOS.”
                                  Kardec, O Céu e o Inferno, cap. VIII

        O entendimento da relação entre o corpo e o espírito tem importância
fundamental na compreensão da Lei de Causa e Efeito, dando o real sentido às
vicissitudes da vida, permitindo-nos o aproveitamento efetivo das oportunidades, por
atribuir o verdadeiro valor ao ‗TER‘, ao ‗SER‘ e discernir entre o que é efêmero e o que
é eterno.

       As diversas religiões têm concepções diferentes acerca da origem e destino do
corpo físico e do espírito. Basicamente as religiões ocidentais tradicionais fixam-se
numa única vida, sendo o espírito criado para um corpo determinado, cumprindo o seu
destino juntos, seja no Céu, Inferno, Purgatório, ‗no sono dos justos até o Dia do Juízo‘.
Ou, então, o ‗deixando de existir‘ do materialismo.

       A concepção da Doutrina Espírita desenvolve e atualiza a visão de Paulo no
capítulo 15 da Primeira Epístola aos Coríntios:

                                            3
6º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno

       “Mas, dirá alguém, como é que os mortos vão ressuscitar? Com que corpo
virão? Louco! O que semeias não reviverá, se não morrer antes. E o que semeias não é
o corpo a se formar, mas grão nu, de trigo, por exemplo, ou de qualquer planta. E Deus
lhe dá um corpo que bem entende, e a cada semente, o seu corpo apropriado. Toda a
carne não é a mesma carne, mas uma é a carne dos homens, outra a carne das feras,
outra, a carne das aves, outra, a dos peixes. Há corpos celestes e corpos terrestres;
mas um é o esplendor dos corpos celestes e outro o dos terrestres. Um é o brilho do sol
e outro o brilho das estrelas. E uma estrela brilha diferente de outra estrela. Assim
também na ressurreição dos mortos: semeado na podridão, o corpo ressuscita
incorruptível. Semeado na humilhação ele ressuscita glorioso. Semeado frágil,
ressuscita forte. E semeando um corpo animal, ressuscita um corpo espiritual. Como
há um corpo animal, há também um corpo espiritual". (grifos nossos)

         Na Wikipédia temos a seguinte definição para ressurreição: “Significa
literalmente "levantar; erguer‖... No seio do povo hebreu, a palavra correlata designava
diversos fenômenos que eram confundidos na mentalidade da época. O seu significado
literal é voltar à vida‖...

       Paulo faz distinção entre os dois corpos que possuímos, um o corpo físico e
outro o corpo espiritual. É com este último que iremos ressuscitar no mundo espiritual,
ao qual retornaremos após a morte do primeiro. Ele ainda afirma: "A carne e o sangue
não podem herdar o reino de Deus” (I Coríntios 15, 50).

       Em O Livro dos Espíritos, São Luís nos traz os seguintes esclarecimentos, sobre
reencarnação e ressurreição:

1010. O dogma da ressurreição da carne será a consagração do da reencarnação
ensinada pelos Espíritos?
        ―Como quereríeis que fosse de outra maneira? Acontece com estas palavras o
mesmo que com tantas outras, que só parecem despropositadas, aos olhos de certas
pessoas, porque as tomam ao pé da letra, e é por isso que elas conduzem à
incredulidade; porém, dai-lhes uma interpretação lógica e aqueles a quem chamais de
livres pensadores as admitirão sem dificuldade, precisamente porque eles refletem;
porque, não vos enganeis, esses livres pensadores só querem é acreditar; têm, como os
outros, mais do que os outros talvez, sede do futuro, mas não podem admitir o que é
desmentido pela Ciência. A doutrina da pluralidade das existências é conforme à justiça
de Deus; só ela pode explicar o que, sem ela, é inexplicável; como quereríeis que o
princípio não estivesse na própria religião?‖

1011. Assim, através do dogma da ressurreição da carne, a Igreja ensina, ela própria, a
doutrina da reencarnação?
        ―Isto é evidente; esta doutrina é, aliás, a consequência de muitas coisas que
passaram despercebidas e que não se tardará a compreender neste sentido; dentro em
pouco, reconhecer-se-á que o Espiritismo ressalta, a cada passo, do próprio texto das
Escrituras sagradas. Os Espíritos não vêm, portanto, subverter a religião, como alguns o
pretendem; vêm, ao contrário, confirmá-la, sancioná-la, através de provas irrecusáveis;
mas, como chegou o tempo de não mais se empregar a linguagem figurada, eles se
exprimem sem alegoria e dão às coisas um sentido claro e preciso, que não possa estar
sujeito a nenhuma falsa interpretação.


                                           4
A Lei de Causa e Efeito


        Eis por que, daqui a algum tempo, tereis maior número de pessoas sinceramente
religiosas e crentes do que tendes hoje.‖
                                                                             São Luís

      Na resposta da questão 207 de O Livro dos Espíritos, temos a relação de
procedência:

        Os pais transmitem, frequentemente, aos seus filhos uma semelhança física.
Transmitem-lhes, também, uma semelhança moral?
        ―Não, visto que eles possuem almas ou Espíritos diferentes. O corpo procede
do corpo, o Espírito, porém, não procede do Espírito. Entre os descendentes das
raças, apenas há consanguinidade.‖ (grifo nosso)

        A reencarnação também explica as diversas tendências inatas dos indivíduos
que, quando viciosas, outros atribuem à ―fraqueza da carne‖; quando virtuosas, são
atribuídas à ―Graça do Senhor‖. Para a Doutrina Espírita, todas as qualidades que
possuímos são produto do exercício do nosso livre arbítrio, no aprendizado contínuo, ao
longo das diversas encarnações. As virtudes são os progressos já alcançados; as más
inclinações indicam o que nos falta aprender.

       ―... uma pessoa sensível facilmente verte lágrimas; não é a abundância das
lágrimas que dá sensibilidade ao espírito, é a sensibilidade do espírito que provoca a
secreção abundante das lágrimas.‖
                                                           O Céu e o Inferno, cap. VIII

219. Qual a origem das faculdades extraordinárias dos indivíduos que, sem estudo
prévio, parecem ter a intuição de certos conhecimentos, como o das línguas, o do
cálculo, etc.?
       ―Lembrança do passado; progresso anterior da alma, mas do qual ela própria não
tem consciência. De onde queres que venham? O corpo muda, o Espírito, porém, não
muda, embora troque de vestimenta.‖

2 - COMO É A PREPARAÇÃO DA ENCARNAÇÃO.

       Todo corpo físico é perfeito. Se devemos avaliar a árvore por seus frutos,
podemos afirmar que a perfeição de nosso corpo físico consiste em ter tudo o de que
necessitamos para o aprendizado terreno. Lembremos a resposta dada pelos Espíritos a
Kardec, na questão 922 de O Livro dos Espíritos, sobre ―a soma de felicidade comum a
todos os homens‖. Eles nos dizem que, ―com relação à vida material, é a posse do
necessário‖. Portanto esta ‗felicidade‘ começa na posse de um corpo físico feito ‗sob
medida‘ para nós e, quando estamos aptos, com a nossa efetiva participação. Mesmo
quando não estamos ‗aptos‘, somos nós que imprimimos, no nosso ‗molde‘, o roteiro a
ser seguido, pois uma das funções do perispírito é ser o modelo organizador biológico.

262. Como pode o Espírito, que, em sua origem, é simples, ignorante e carecido de
experiência, escolher uma existência com conhecimento de causa e ser responsável por
essa escolha?
        ―Deus lhe supre a inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir, como
fazeis com a criancinha. Deixa-o, porém, pouco a pouco, à medida que o seu livre-
arbítrio se desenvolve, senhor de proceder à escolha e só então é que muitas vezes lhe

                                          5
6º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno

acontece extraviar-se, tomando o mau caminho, por desatender os conselhos dos bons
Espíritos. A isso é que se pode chamar a queda do homem.‖

a) - Quando o Espírito goza do livre-arbítrio, a escolha da existência corporal
dependerá sempre exclusivamente de sua vontade, ou essa existência lhe pode ser
imposta, como expiação, pela vontade de Deus?
        ―Deus sabe esperar, não apressa a expiação. Todavia, pode impor certa
existência a um Espírito, quando este, pela sua inferioridade ou má-vontade, não se
mostra apto a compreender o que lhe seria mais útil, e quando vê que tal existência
servirá para a purificação e o progresso do Espírito, ao mesmo tempo que lhe sirva de
expiação.‖

       No dia a dia, quando vemos um ‗casamento perfeito‘, dizemos: foram feitos um
para o outro. Neste casamento corpo-espírito, a afirmação só é válida no sentido de que
o corpo é feito para o Espírito, já que este precede e subsiste ao corpo.

344. Em que momento a alma se une ao corpo?
        ―A união começa na concepção, mas só é completa no momento do nascimento.
Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar tal corpo a este
se liga por um laço fluídico, que vai se apertando cada vez mais, até o instante em que
a criança vem à luz. O grito que, então, a criança solta, anuncia que ela faz parte do
número dos vivos e servidores de Deus.‖ (grifo nosso)

345. A união entre o Espírito e o corpo é definitiva, desde o momento da concepção?
Durante este primeiro período, o Espírito poderia renunciar a habitar o corpo
designado?
        ―A união é definitiva, no sentido de que um outro Espírito não poderia
substituir o que está designado para aquele corpo; porém, como os laços que a ele o
prendem são muito fracos, facilmente se rompem e podem romper-se pela vontade do
Espírito, que recua diante da prova que escolheu; neste caso, porém, a criança não
sobrevive.‖ (grifo nosso)

       No capítulo 13 do livro Missionários da Luz, André Luiz faz o relato do
processo reencarnatório de Segismundo. Ele dá detalhes tanto do ponto de vista físico,
quanto do ponto de vista espiritual.

        (...) ―Já observei o gráfico referente ao organismo físico que o nosso amigo
receberá de futuro, verificando, de perto, as imagens da moléstia do coração que ele
sofrerá na idade madura, como consequência da falta cometida no passado.‖
        (...) ―Com exceção do tubo arterial, na parte a dilatar-se para o mecanismo do
coração, tudo irá muito bem. Todos os genes poderão ser localizados com normalidade
absoluta.‖
        (...) ―Os membros e os órgãos serão excelentes. E se o nosso amigo souber
valorizar as oportunidades do futuro, possivelmente conquistará o equilíbrio do aparelho
circulatório, mantendo-se em serviço de iluminação por abençoado tempo de trabalho
terrestre. Depende dele o êxito preciso.‖

       Já no livro de Adelino Silveira intitulado Chico, de Francisco, há o seguinte
diálogo entre uma mãe e Chico Xavier, com o amparo de Emmanuel:


                                           6
A Lei de Causa e Efeito


       ―Chico, meu filho nasceu surdo, mudo, cego e sem os dois braços. Agora está
com uma doença nas pernas e os médicos querem amputar as duas para salvar a vida
dele. Há uma resposta pra mim no Espiritismo?‖

       Foi com a intervenção de Emmanuel que a resposta veio.

        _ Chico, explique à nossa irmã que este nosso irmão em seus braços suicidou-se
nas dez últimas encarnações e pediu, antes de nascer, que lhe fossem retiradas todas as
possibilidades de se matar novamente. Mas, agora que está aproximadamente com cinco
anos, procura um rio, um precipício para se atirar.
        Avise nossa irmã que os médicos amigos estão com a razão. As duas pernas dele
vão ser amputadas, em seu próprio benefício, para que ele fique mais algum tempo na
Terra, a fim de que diminua a ideia de suicídio.‖

       Com o esclarecimento de Emmanuel conseguimos perceber a perfeição no que
parecia disforme.

3 - A LEI É PUNITIVA?

       A ciência atual, através da genética, tem feito grandes descobertas, respondido
muitas perguntas e formulado muitas outras. Com o projeto de mapeamento do genoma
humano, esperava-se chegar a respostas sobre a possível cura de algumas doenças, nas
quais se acreditava ser a presença de determinado gene ou falha genética o fator
determinante para o desenvolvimento de doenças ou síndromes; entretanto o resultado
das pesquisas mostrou que a presença desses genes, ou alguma falha neles, não implica
necessariamente que elas aparecerão. Indicam um aumento da probabilidade de o
indivíduo desenvolver a doença. E, assim, chegou-se a outra pergunta: o que faz
desenvolver o processo em alguns indivíduos e noutros permanecer latente?

        Vimos anteriormente que trazemos em nosso corpo o reflexo das marcas que
imprimimos em nosso molde, as chamadas marcas perispirituais. No entanto, tais
marcas não implicam, necessariamente, vicissitudes, pois Deus deixa sempre uma porta
aberta ao arrependimento. No momento em que há uma efetiva mudança, um
arrependimento sincero, enfim, um retorno ao caminho do bem, não é mais necessário
desencadear processos que tivessem por objetivo a mudança de rumo, a transformação,
pois ela já ocorreu. No exemplo do livro Chico, de Francisco, não houve a mudança
desejada pelo próprio Espírito antes de nascer e os processos necessários à sua
transformação foram desencadeados. Estes recursos poderiam estar latentes em seu
organismo ou foram colocados providencialmente em seu caminho como complemento
ao seu esforço transformador. O que parecia um mal se mostra como remédio.

       ―A duração do castigo está subordinada à melhora do espírito culpado. Nenhuma
condenação, por um tempo determinado, é pronunciada contra ele. O que Deus exige
para colocar um fim aos sofrimentos, é o arrependimento, a expiação e a reparação, em
uma palavra, uma melhora séria, efetiva, e um retorno sincero ao bem.
       O espírito, assim, sempre é o árbitro da sua própria sorte; ele pode prolongar
seus sofrimentos pela sua obstinação no mal, abrandá-los ou abreviá-los por seus
esforços em fazer o bem.‖
                          O Céu e o Inferno - Artigo 8º do Código Penal da Vida Futura


                                          7
6º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno

        André Luiz esclarece a questão relativa ao que vulgarmente chamamos
fatalidade, destino, etc...

       ―Os orientadores de Segismundo, porém, nas esferas mais altas, guardam o
programa traçado para o bem do reencarnante. Note que me refiro ao bem e não ao
destino. Muita gente confunde plano construtivo com fatalismo. O próprio Segismundo
e o nosso irmão Herculano estão de posse dos informes a que nos reportamos, porque
ninguém penetra num educandário, para estágio mais ou menos longo, sem finalidade
específica e sem conhecimento dos estatutos a que deve obedecer.‖
                                    Missionários da Luz, capítulo13 – a Reencarnação

        Uma objeção que muitos fazem, ao infringir as leis, é que, se conhecessem os
limites, os teriam obedecido. Sobre este argumento citamos algumas passagens de O
Evangelho Segundo o Espiritismo e questões de O Livro dos Espíritos, que dizem:

621. Onde está escrita a lei da Deus?
      ―Na consciência.‖

        “Deste ao bruto o instinto, que lhe traça o limite do necessário, e ele
maquinalmente se conforma; ao homem, no entanto, além desse instinto, deste a
inteligência e a razão; também lhe deste a liberdade de cumprir ou infringir aquelas das
tuas leis que pessoalmente lhe concernem, isto é, a liberdade de escolher entre o bem e o
mal, a fim de que tenha o mérito e a responsabilidade das suas ações.
        Ninguém pode pretextar ignorância das tuas leis, pois, com paternal
previdência, quiseste que elas se gravassem na consciência de cada um, sem
distinção de cultos, nem de nações. Se as violam, é porque as desprezam.‖
            ESE - cap. XXVIII - Oração Dominical - II. Venha o teu reino! (grifo nosso)

627. Uma vez que Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, qual a utilidade do ensino
que os Espíritos dão? Terão que nos ensinar mais alguma coisa?
        ―Jesus empregava amiúde, na sua linguagem, alegorias e parábolas, porque
falava de conformidade com os tempos e os lugares. Faz-se mister agora que a
verdade se torne inteligível para todo mundo. Muito necessário é que aquelas leis
sejam explicadas e desenvolvidas, tão poucos são os que as compreendem e ainda
menos os que as praticam. A nossa missão consiste em abrir os olhos e os ouvidos a
todos, confundindo os orgulhosos e desmascarando os hipócritas: os que vestem a capa
da virtude e da religião, a fim de ocultarem suas torpezas. O ensino dos Espíritos tem
que ser claro e sem equívocos, para que ninguém possa pretextar ignorância e para
que todos o possam julgar e apreciar com a razão. Estamos incumbidos de preparar o
reino do bem que Jesus anunciou. Daí a necessidade de que a ninguém seja possível
interpretar a lei de Deus ao sabor de suas paixões, nem falsear o sentido de uma lei
toda de amor e de caridade.‖ (grifos nossos)

        ―O ensino dos Espíritos, reproduzindo essas máximas sob diferentes formas,
desenvolvendo-as e comentando-as, para pô-las ao alcance de todos, tem isto de
particular: não é circunscrito; todos, letrados ou iletrados, crentes ou incrédulos, cristãos
ou não, o podem receber, pois que os Espíritos se comunicam por toda parte. Nenhum
dos que o recebam, diretamente ou por intermédio de outrem, pode pretextar ignorância;
não se pode desculpar nem com a falta de instrução, nem com a obscuridade do sentido
alegórico.

                                             8
A Lei de Causa e Efeito


       Aquele, portanto, que não aproveita essas máximas para melhorar-se, que as
admira como coisas interessantes e curiosas, sem que lhe toquem o coração, que não se
torna nem menos vão, nem menos orgulhoso, nem menos egoísta, nem menos apegado
aos bens materiais, nem melhor para seu próximo, mais culpado é, porque mais meios
tem de conhecer a verdade.‖
                                                             ESE cap.XVIII – item 12

        Portanto, temos todos os recursos disponíveis para alcançar o nosso progresso e
a felicidade. Então, por que ainda não a sentimos? Novamente os Espíritos nos explicam
o motivo: ―A lei natural é a lei de Deus; é a única verdadeira para a felicidade do
homem; indica-lhe o que deve fazer ou não fazer e ele só é infeliz, porque dela se
afasta.‖

       Sendo assim, o efeito produzido pelo nosso distanciamento das Leis é uma
necessidade de retorno ao bom caminho. Para tanto, em função das escolhas que
fizemos, desprezando os chamados de amor, o único remédio eficaz é a dor.

       ―No fundo, a dor é apenas uma lei de equilíbrio e educação. Sem dúvida, os
erros do passado recaem sobre nós, com todo o peso e determinam as condições de
nosso destino. Com frequência, o sofrimento é só o contragolpe das violações cometidas
contra a ordem eterna; mas, sendo o legado de todos, ela deve ser considerada como
uma necessidade de ordem geral, como um agente de desenvolvimento, uma condição
do progresso. Todos os seres devem experimentá-la, por sua vez. Sua ação é benfazeja,
para quem sabe compreendê-la. Porém, só podem compreendê-la aqueles que sentiram
seus efeitos poderosos. É principalmente a estes que dirijo estas páginas; a todos os que
sofrem, sofreram, ou merecem sofrer!‖
                               Léon Denis, O Problema do Ser e do Destino. cap. XXVI

4 - A REENCARNAÇÃO: CASTIGO OU OPORTUNIDADE?

       Lembremos alguns atributos de Deus: Ele é eterno, infinito, imaterial, único,
todo-poderoso, soberanamente justo e bom. Fruto de Sua infinita justiça e bondade,
temos a Sua infinita misericórdia. Mas por ―misericórdia infinita, é preciso entender que
Deus não é implacável, e sempre deixa aberta uma porta para o retorno ao bem.‖

        Na questão 222 de O Livro dos Espíritos, que na verdade é uma reflexão sobre
existência única e reencarnação, Kardec faz diversas considerações sobre a pluralidade
das existências e expõe diversas situações que verificamos no cotidiano e as analisa sob
os dois aspectos: o da pluralidade e o da unicidade. Dele, destacamos este pequeno
trecho:

       ―Em resumo, reconheçamos, portanto, que só a doutrina da pluralidade das
existências explica o que, sem ela, é inexplicável; que ela é eminentemente consoladora
e conforme à justiça mais rigorosa e que ela é, para o homem, a tábua de salvação que
Deus lhe deu, por sua misericórdia.‖

       ―Esse quadro tem o mérito de ser verdadeiro, ou melhor, perfeitamente
verossímil; quer dizer que nada se afasta das leis naturais, que sabemos hoje reger as
relações dos seres humanos entre si. Aqui, nada de fantástico nem de maravilhoso; tudo
é possível e justificado pelos numerosos exemplos que temos de indivíduos renascendo

                                           9
6º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno

no meio onde já viveram, em contato com os mesmos indivíduos, para ter ocasião de
reparar os erros, ou cumprir deveres de reconhecimento.‖
                                                         Revista Espírita, janeiro 1867

        ―Apesar da diversidade dos gêneros e dos graus de sofrimento dos espíritos
imperfeitos, o código penal da vida futura pode se resumir nestes três princípios:
• O sofrimento está ligado à imperfeição.
• Toda imperfeição, e toda falta que é procedente dessa imperfeição, traz consigo seu
próprio castigo, por suas consequências naturais e inevitáveis, como a doença é a
consequência dos excessos, o tédio é a consequência da ociosidade, sem que haja
necessidade de uma condenação especial para cada falta e cada indivíduo.
• Todo homem, podendo se desfazer das suas imperfeições por efeito da sua vontade,
pode se poupar dos males que são consequentes dessas imperfeições, e assegurar sua
felicidade futura.‖


      “Esta é a lei da justiça divina: a cada um segundo suas obras, no céu como
na Terra.”


5 - ESTUDO DE CASOS.

      Os exemplos a seguir estão no capítulo VIII do livro O Céu e o Inferno, parte
segunda, destinado às Expiações Terrestres.

5.1 - MARCEL – O MENINO DO Nº 4.

         ―Em um hospício da província estava um menino, de oito a dez anos mais ou
menos, em um estado difícil de se descrever; ele era designado apenas como o no 4.
Completamente constrangido, fosse pela deformidade natural, fosse em consequência da
doença, suas pernas deformadas tocavam o pescoço; sua magreza era tão grande que a
pele se rasgava sobre o relevo dos ossos; seu corpo era uma chaga só e seus
sofrimentos, atrozes. Ele pertencia a uma pobre família israelita, e essa triste situação
durava há quatro anos. Sua inteligência era notável para a sua idade; sua meiguice, sua
paciência e sua resignação eram edificantes. O médico do setor em que o menino se
encontrava, cheio de compaixão por esse pobre ser, de certa forma abandonado porque
não parecia que seus parentes viessem vê-lo muitas vezes, interessou-se por ele, e
gostava de conversar com o menino, seduzido por sua inteligência precoce. Não só o
tratava com bondade como, quando suas ocupações lhe permitiam, vinha ler para ele, e
se admirava da exatidão do seu julgamento sobre coisas que pareciam acima da sua
idade.
         Um dia, o menino lhe disse: — Doutor, tende a bondade de me dar novamente
pílulas, como as últimas que me receitastes. — E por que isso, meu menino? Disse o
médico, já te dei as suficientes, e receio que uma quantidade maior te faça mal.
— É que sofro de tal forma, respondeu o menino, que embora me esforce para não
gritar, e peça a Deus que me dê forças para não me lamentar, a fim de não incomodar os
outros doentes que estão ao meu lado, muitas vezes tenho muita dificuldade em me
controlar; essas pílulas me adormecem e, pelo menos durante esse tempo, não perturbo
ninguém.


                                           10
A Lei de Causa e Efeito


        Essas palavras são suficientes para mostrar quanto era elevada a alma que aquele
corpo disforme encerrava. Onde esse menino havia haurido semelhantes sentimentos?
Não podia ser no meio onde fora educado e, além disso, na idade em que ele começou a
sofrer, ainda não podia compreender nenhum raciocínio, portanto, eles lhe eram inatos;
mas então, com tão nobres instintos, por que Deus o condenava a uma vida tão
miserável e tão dolorosa, admitindo-se que Deus tivesse criado essa alma ao mesmo
tempo que esse corpo, instrumento de tão cruéis sofrimentos? Ou é preciso negar a
bondade de Deus, ou é preciso admitir uma anterior, isto é, a preexistência da alma e a
pluralidade das existências. Esse menino morreu, e seus últimos pensamentos foram
para Deus, e para o médico caridoso que tivera piedade dele.
        Algum tempo depois, ele foi evocado na Sociedade de Paris, onde deu, isto em
1863, a seguinte comunicação:
        ―Vós me chamastes; vim fazer com que minha voz se estenda além deste recinto
para atingir a todos os corações; que o eco que ela fará vibrar chegue até a sua solidão;
ela lhes lembrará que a agonia na Terra prepara as alegrias no céu e que o sofrimento
não é nada mais que a casca amarga de um fruto delicioso que dá a coragem e a
resignação. Ela lhes dirá que sobre a cama tosca e pobre onde se alojou a miséria, estão
os enviados de Deus, cuja missão é ensinar à humanidade que não existe dor que não se
possa suportar com a ajuda do Todo-Poderoso e dos bons espíritos. Ela ainda lhes dirá
para ouvir as lamentações misturando-se às preces, e compreender a sua harmonia
piedosa, tão diferente dos tons culpados do lamento misturando-se às blasfêmias.
        Um dos vossos bons espíritos, grande apóstolo do Espiritismo, concordou em
ceder-me este lugar esta noite; também devo vos dizer, por minha vez, algumas palavras
sobre o progresso da vossa Doutrina. Ela deve ajudar, na sua missão, aqueles que
encarnam entre vós para aprenderem a sofrer. O Espiritismo será o pilar indicador; eles
terão o exemplo e a palavra, e então os lamentos serão transformados em gritos de
alegria e em lágrimas de contentamento.

P. Parece, de acordo com o que acabais de dizer, que vossos sofrimentos não eram a
expiação de faltas anteriores.
R. Eles não eram uma expiação direta, porém, ficai certos de que toda dor tem sua causa
justa. Aquele que conhecestes tão miserável foi belo, importante, rico e lisonjeado; eu
tinha aduladores e cortesãos, fui fútil e orgulhoso. Outrora fui bem culpado, reneguei
Deus e fiz o mal ao meu próximo, mas expiei cruelmente; primeiro no mundo dos
espíritos e a seguir na Terra. O que sofri durante alguns anos somente, nesta última e
muito curta existência, eu padeci durante uma vida inteira até o fim da velhice. Por meu
arrependimento, obtive perdão diante do Senhor, que teve a bondade de me confiar
várias missões das quais a última vos é conhecida.
        Eu a solicitei para terminar minha depuração.
        Adeus, meus amigos, tornarei a vir algumas vezes entre vós. Minha missão é a
de consolar e não a de instruir; mas existem tantos aqui cujos tormentos estão ocultos
que eles ficarão contentes com a minha vinda.
                                                                                  Marcel

Instrução do Guia do Médium:
       ―Pobre pequeno ser sofredor, fraco, ulceroso e disforme! Quantos gemidos fazia
ouvir nesse asilo de miséria e de lágrimas! E, apesar de sua pouca idade, como era
resignado, e quanto sua alma já compreendia o objetivo dos sofrimentos! Ele percebia
que além do túmulo esperava-o uma recompensa por tantos queixumes abafados! Assim
sendo, como ele orava por aqueles que, como ele, não tinham a coragem de suportar

                                           11
6º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno

seus males, por aqueles, principalmente, que lançavam blasfêmias ao céu em vez de
preces!
        Se a agonia foi longa, a hora da morte não foi terrível; os membros
convulsionados sem dúvida se contorciam e mostravam aos assistentes um corpo
deformado se revoltando contra a morte, a lei da carne que quer viver apesar de tudo;
mas um anjo planava por cima do leito do moribundo e cicatrizava seu coração; depois
levou sobre suas asas brancas essa alma tão bela que se evadia desse corpo disforme
pronunciando estas palavras: ‗Glória vos seja dada, ó meu Deus!‘ E essa alma subiu
feliz para o Todo-Poderoso e exclamou: ‗Eis-me aqui, Senhor! Vós me destes por
missão ensinar a sofrer; suportei dignamente a prova?‘
        E agora o espírito do pobre menino retomou as suas proporções; ele plana no
espaço, indo do fraco ao pequeno, e dizendo a todos: ‗Esperança e coragem‘.
Liberto de toda a matéria e de toda a mácula, ele está perto de vós, e vos fala não mais
com sua voz sofredora e queixosa, mas em tons vigorosos; ele vos diz: ‗Aqueles que me
viram, contemplaram o menino que não se queixava; nele colheram a calma para os
seus males; e seus corações se reforçaram na benigna confiança em Deus; eis o objetivo
da minha curta passagem pela Terra.‘
                                                                       Santo Agostinho

5.2 - UM SÁBIO AMBICIOSO.

        A senhora B., de Bordeaux, não passou pelas terríveis angústias da miséria, mas
foi, toda a sua vida, mártir de dores físicas pelas numerosas doenças graves que a
atingiram durante setenta anos, desde a idade de cinco meses, e que, quase a cada ano, a
colocava à beira da morte. Três vezes foi envenenada pelas experiências que uma
ciência insegura fez com ela, e seu temperamento, arruinado pelos remédios tanto
quanto pelas doenças, deixou-a até o fim de seus dias presa a sofrimentos intoleráveis
que nada podia atenuar. Sua filha, espírita-cristã e médium, pedia a Deus, em suas
preces, que aliviasse suas provas cruéis, mas seu guia espiritual disse-lhe que
simplesmente pedisse forças para sua mãe suportá-las com paciência e resignação, e
ditou-lhe as seguintes instruções:
        ―Na existência humana, tudo tem a sua razão de ser; não há um só sofrimento
dos que causastes que não encontre uma repercussão nos sofrimentos por que passais;
nenhum dos vossos excessos que não encontre contrapartida em uma de vossas
privações; uma lágrima que caía dos vossos olhos sem ser para lavar uma falta, algumas
vezes um crime. Sofrei, portanto, com paciência e resignação vossas dores físicas e
morais, por mais cruéis que elas vos pareçam, e pensai no lavrador, cujos membros são
alquebrados pela fadiga, mas continua sua obra sem se deter porque tem diante dele as
espigas douradas que serão o fruto da sua perseverança.
        Tal é o destino do infeliz que sofre na vossa Terra; o desejo ardente que ele tem
pela felicidade, que deve ser o fruto da sua paciência, torna-o forte contra as dores
passageiras da humanidade.
        Assim acontece com tua mãe; cada dor que ela aceita como uma expiação é uma
nódoa do seu passado que se apaga, e quanto mais cedo todas as manchas forem
apagadas, mais cedo ela será feliz. A falta de resignação só torna o sofrimento
improdutivo, porque então as provas deverão recomeçar. Portanto, o mais útil para ela é
a coragem e a submissão, é isso que é preciso pedir que Deus e os bons espíritos lhe
concedam.
        Tua mãe em tempos passados foi um médico sábio, admitido em uma classe
onde nada custava garantir-se o bem-estar e onde foi coberto de dádivas e de honras.

                                           12
A Lei de Causa e Efeito


Desejando ardentemente glórias e riquezas, querendo atingir o apogeu da ciência, não
com a intenção de aliviar seus irmãos, porque ele não era filantropo, mas sim a de
aumentar sua reputação, e, por consequência, sua clientela, nada lhe importou para levar
seus estudos a um bom resultado. A mãe era martirizada em seu leito de sofrimento
porque ele previa um estudo nas convulsões que provocava; a criança era submetida às
experiências que deviam lhe dar a solução de certos fenômenos; o velho via seu fim se
acelerar; o homem vigoroso sentia-se enfraquecer pelas tentativas que deviam constatar
a ação desta ou daquela poção medicinal, e todas essas experiências eram praticadas no
infeliz sem levantar desconfiança. A satisfação da cupidez e do orgulho, a sede de ouro
e de celebridade, estas foram as causas de sua conduta. Foram precisos séculos e
terríveis provas para domar esse espírito orgulhoso e ambicioso; depois o
arrependimento começou sua obra de regeneração, e a reparação está terminando,
porque as provas desta última existência são suaves em comparação com aquelas que
ele sofreu. Coragem, portanto, se a pena foi longa e cruel; a recompensa concedida pela
paciência, pela resignação e pela humildade será grande.
        Coragem, todos vós que sofreis; pensai no pouco tempo que dura a vossa
existência material; pensai nas alegrias da eternidade; chamai para junto de vós a
esperança, esta amiga dedicada de todo coração sofredor; chamai para junto de vós a fé,
irmã da esperança; a fé que vos mostra o céu onde a esperança vos faz entrar antes do
tempo. Chamai também, para junto de vós, esses amigos que o Senhor vos dá, que vos
cercam, vos sustentam e vos amam e dos quais a solicitude constante vos encaminha
para aquele que ofendestes, transgredindo suas leis.‖
        Após sua morte, a senhora B. deu, tanto à sua filha como à Sociedade Espírita de
Paris, comunicações em que se refletem as mais elevadas qualidades, e onde ela
confirma o que fora dito de seus antecedentes.




                                          13
6º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

3º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno – O Temor da Morte. Org.
.    CARVALHO, Homero & MOREIRA, Lúcia. 1ª ed. Rio de Janeiro: Léon Denis
.     Gráfica e Editora, 2007.

4º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno – A Passagem. Org.
.    CARVALHO, Homero & MOREIRA, Lúcia. 1ª ed. Rio de Janeiro: Léon Denis
.    Gráfica e Editora, 2007.

5º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno – O Céu. Org. CARVALHO,
.     Homero & MOREIRA, Lúcia. 1ª ed. Rio de Janeiro: Léon Denis Gráfica e
.     Editora, 2007.
A Intuição das Penas Futuras. Org. CARVALHO, Homero & MOREIRA, Lúcia. 1ª
      ed. Rio de Janeiro: Léon Denis - Gráfica e Editora, 2006.
Bíblia Sagrada (eletrônica) – Europa Multimedia.

DENIS, Léon, O Problema do ser e do Destino. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis,
.    no prelo.
KARDEC, Allan, O Céu e o Inferno. 1ª ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2007.
KARDEC, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo. 4ª ed. Rio de Janeiro: Edições
    Léon Denis. 2007.
KARDEC, Allan, O Livro dos Espíritos. 1ª ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis,
.   2007.
O Futuro e o Nada. Org. CARVALHO, Homero & MOREIRA, Lúcia. 1ª ed. Rio de
      Janeiro: Léon Denis - Gráfica e Editora, 2005.
PALHANO JR, Lamartine. Teologia Espírita – 1. ed – Rio de Janeiro: CELD, 2004.

Revista Superinteressante, Edição 282, setembro 2010.

SILVEIRA, Adelino da. Chico, de Francisco. 6ª ed – São Paulo: Cultura Espírita
.    União, 1987.

XAVIER, Francisco C. & André Luiz (espírito). Missionários da Luz – 39ª ed. – Rio
.   de Janeiro: FEB, 2004.




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  • 1. 6º E.E.C.I. Patrono: J. Sanson Tema: A Lei de Causa e Efeito C.I. 1ª Parte Cap. VIII CELD 28/11/2010
  • 2. A Lei de Causa e Efeito ÍNDICE 1 A CARNE É FRACA 2 2 COMO É A PREPARAÇÃO DA ENCARNAÇÃO 5 3 A LEI É PUNITIVA? 7 4 A REENCARNAÇÃO: CASTIGO OU OPORTUNIDADE? 9 5 ESTUDO DE CASOS 10 5.1 MARCEL – O MENINO DO Nº 4 10 5.2 UM SÁBIO AMBICIOSO 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14 1
  • 3. 6º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno 1 - A CARNE É FRACA. Todos nós já ouvimos, ao menos uma vez nesta vida, alguém pronunciar a frase ―a carne é fraca‖, para justificar algum deslize. Se buscarmos atentamente em nossas lembranças, é muito provável que nós mesmos a tenhamos pronunciado. Mas será que a usamos com o mesmo significado histórico religioso? É possível que esta frase, que tinha o objetivo de ‗alertar‘, agora seja usada para ‗justificar‘. Pois, então, vejamos o contexto ao qual ela está associada. No Evangelho de Mateus, capítulo 26, versículos 36 a 45, vemos o seguinte relato do que acontece momentos antes de Judas trair Jesus com o beijo: ―Então foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar. E levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então lhes disse: A minha alma está triste até a morte; ficai aqui e vigiai comigo. E adiantando-se um pouco, prostrou-se com o rosto em terra e orou, dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. Voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Assim nem uma hora pudestes vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Retirando-se mais uma vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. E, voltando outra vez, achou-os dormindo, porque seus olhos estavam carregados. Deixando-os novamente, foi orar terceira vez, repetindo as mesmas palavras. Então voltou para os discípulos e disse-lhes: Dormi agora e descansai. Eis que é chegada a hora, e o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores.‖ No Evangelho de Marcos encontramos estes mesmos momentos descritos nos versículos 32 a 41 do capítulo 14, como se segue: ―Então chegaram a um lugar chamado Getsêmani, e disse Jesus a seus discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto eu oro. E levou consigo a Pedro, a Tiago e a João, e começou a ter pavor e a angustiar-se; e disse-lhes: A minha alma está triste até a morte; ficai aqui e vigiai. E adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra; e orava para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora. E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; afasta de mim este cálice; todavia não seja o que eu quero, mas o que tu queres. Voltando, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Simão, dormes? Não pudeste vigiar uma hora? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Retirou-se de novo e orou, dizendo as mesmas palavras. E voltando outra vez, achou-os dormindo, porque seus olhos estavam carregados; e não sabiam o que lhe responder. Ao voltar pela terceira vez, disse-lhes: Dormi agora e descansai. Basta; é chegada a hora. Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores.‖ Como podemos ver nestas passagens dos Evangelhos, Jesus reconhece as limitações do corpo, do ponto de vista físico, mais especificamente, a necessidade de 2
  • 4. A Lei de Causa e Efeito repouso, e alerta que podemos superar estas limitações físicas com nossos atributos de espírito. Já o sentido que damos a esta frase, atribuindo nossos deslizes morais a uma necessidade irresistível do corpo físico, é o oposto do ensinamento de Jesus, pois responsabiliza a carne pela fraqueza do espírito. Se fizermos uma avaliação isenta das situações que vivenciamos, poderemos constatar que, se falhamos, não foi ‗por causa‘ de nossas potencialidades, mas, pelo uso que fizemos delas. “JUSTIFICAR SEUS ERROS PELA FRAQUEZA DA CARNE É APENAS UM SUBTERFÚGIO PARA ESCAPAR À RESPONSABILIDADE.” Kardec, O Céu e o Inferno, cap. VIII A ciência do século XIX procurou associar determinados desvios comportamentais aos caracteres do corpo físico, em um ramo chamado Frenologia. Seu criador, o médico alemão Franz Joseph Gall (1758-1828), achava possível determinar o caráter, as características da personalidade e o grau de criminalidade de um indivíduo pelo formato de sua cabeça. O médico e cientista italiano César Lombroso (1835/1909) desenvolveu esta ideia e criou a figura do criminoso nato, pois defendia que o crime era um fenômeno decorrente do determinismo biológico. Destas idéias equivocadas desenvolveu-se a Antropologia Criminal, mudando o foco do Direito Penal, que passou a adotar medidas preventivas, como o policiamento ostensivo e medidas sociais. César Lombroso, no período em que defendeu estas ideias, escreveu artigos ridicularizando o Espiritismo. No entanto, em 15/07/1891, publicou carta, declarando sua rendição aos fatos espirituais. ―Estou muito envergonhado e desgostoso por haver combatido com tanta persistência a possibilidade dos fatos chamados espiríticos‖, disse ele. Esta ‗rendição aos fatos‘ aconteceu após incansáveis pesquisas com a médium Eusápia Paladino, através das quais pôde atestar a veracidade de tais fenômenos, testemunhados e verificados por outros renomados cientistas. “A CARNE SÓ É FRACA PORQUE O ESPÍRITO É FRACO, O QUE REVERTE A QUESTÃO, E DEIXA AO ESPÍRITO A RESPONSABILIDADE DE TODOS OS SEUS ATOS.” Kardec, O Céu e o Inferno, cap. VIII O entendimento da relação entre o corpo e o espírito tem importância fundamental na compreensão da Lei de Causa e Efeito, dando o real sentido às vicissitudes da vida, permitindo-nos o aproveitamento efetivo das oportunidades, por atribuir o verdadeiro valor ao ‗TER‘, ao ‗SER‘ e discernir entre o que é efêmero e o que é eterno. As diversas religiões têm concepções diferentes acerca da origem e destino do corpo físico e do espírito. Basicamente as religiões ocidentais tradicionais fixam-se numa única vida, sendo o espírito criado para um corpo determinado, cumprindo o seu destino juntos, seja no Céu, Inferno, Purgatório, ‗no sono dos justos até o Dia do Juízo‘. Ou, então, o ‗deixando de existir‘ do materialismo. A concepção da Doutrina Espírita desenvolve e atualiza a visão de Paulo no capítulo 15 da Primeira Epístola aos Coríntios: 3
  • 5. 6º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno “Mas, dirá alguém, como é que os mortos vão ressuscitar? Com que corpo virão? Louco! O que semeias não reviverá, se não morrer antes. E o que semeias não é o corpo a se formar, mas grão nu, de trigo, por exemplo, ou de qualquer planta. E Deus lhe dá um corpo que bem entende, e a cada semente, o seu corpo apropriado. Toda a carne não é a mesma carne, mas uma é a carne dos homens, outra a carne das feras, outra, a carne das aves, outra, a dos peixes. Há corpos celestes e corpos terrestres; mas um é o esplendor dos corpos celestes e outro o dos terrestres. Um é o brilho do sol e outro o brilho das estrelas. E uma estrela brilha diferente de outra estrela. Assim também na ressurreição dos mortos: semeado na podridão, o corpo ressuscita incorruptível. Semeado na humilhação ele ressuscita glorioso. Semeado frágil, ressuscita forte. E semeando um corpo animal, ressuscita um corpo espiritual. Como há um corpo animal, há também um corpo espiritual". (grifos nossos) Na Wikipédia temos a seguinte definição para ressurreição: “Significa literalmente "levantar; erguer‖... No seio do povo hebreu, a palavra correlata designava diversos fenômenos que eram confundidos na mentalidade da época. O seu significado literal é voltar à vida‖... Paulo faz distinção entre os dois corpos que possuímos, um o corpo físico e outro o corpo espiritual. É com este último que iremos ressuscitar no mundo espiritual, ao qual retornaremos após a morte do primeiro. Ele ainda afirma: "A carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus” (I Coríntios 15, 50). Em O Livro dos Espíritos, São Luís nos traz os seguintes esclarecimentos, sobre reencarnação e ressurreição: 1010. O dogma da ressurreição da carne será a consagração do da reencarnação ensinada pelos Espíritos? ―Como quereríeis que fosse de outra maneira? Acontece com estas palavras o mesmo que com tantas outras, que só parecem despropositadas, aos olhos de certas pessoas, porque as tomam ao pé da letra, e é por isso que elas conduzem à incredulidade; porém, dai-lhes uma interpretação lógica e aqueles a quem chamais de livres pensadores as admitirão sem dificuldade, precisamente porque eles refletem; porque, não vos enganeis, esses livres pensadores só querem é acreditar; têm, como os outros, mais do que os outros talvez, sede do futuro, mas não podem admitir o que é desmentido pela Ciência. A doutrina da pluralidade das existências é conforme à justiça de Deus; só ela pode explicar o que, sem ela, é inexplicável; como quereríeis que o princípio não estivesse na própria religião?‖ 1011. Assim, através do dogma da ressurreição da carne, a Igreja ensina, ela própria, a doutrina da reencarnação? ―Isto é evidente; esta doutrina é, aliás, a consequência de muitas coisas que passaram despercebidas e que não se tardará a compreender neste sentido; dentro em pouco, reconhecer-se-á que o Espiritismo ressalta, a cada passo, do próprio texto das Escrituras sagradas. Os Espíritos não vêm, portanto, subverter a religião, como alguns o pretendem; vêm, ao contrário, confirmá-la, sancioná-la, através de provas irrecusáveis; mas, como chegou o tempo de não mais se empregar a linguagem figurada, eles se exprimem sem alegoria e dão às coisas um sentido claro e preciso, que não possa estar sujeito a nenhuma falsa interpretação. 4
  • 6. A Lei de Causa e Efeito Eis por que, daqui a algum tempo, tereis maior número de pessoas sinceramente religiosas e crentes do que tendes hoje.‖ São Luís Na resposta da questão 207 de O Livro dos Espíritos, temos a relação de procedência: Os pais transmitem, frequentemente, aos seus filhos uma semelhança física. Transmitem-lhes, também, uma semelhança moral? ―Não, visto que eles possuem almas ou Espíritos diferentes. O corpo procede do corpo, o Espírito, porém, não procede do Espírito. Entre os descendentes das raças, apenas há consanguinidade.‖ (grifo nosso) A reencarnação também explica as diversas tendências inatas dos indivíduos que, quando viciosas, outros atribuem à ―fraqueza da carne‖; quando virtuosas, são atribuídas à ―Graça do Senhor‖. Para a Doutrina Espírita, todas as qualidades que possuímos são produto do exercício do nosso livre arbítrio, no aprendizado contínuo, ao longo das diversas encarnações. As virtudes são os progressos já alcançados; as más inclinações indicam o que nos falta aprender. ―... uma pessoa sensível facilmente verte lágrimas; não é a abundância das lágrimas que dá sensibilidade ao espírito, é a sensibilidade do espírito que provoca a secreção abundante das lágrimas.‖ O Céu e o Inferno, cap. VIII 219. Qual a origem das faculdades extraordinárias dos indivíduos que, sem estudo prévio, parecem ter a intuição de certos conhecimentos, como o das línguas, o do cálculo, etc.? ―Lembrança do passado; progresso anterior da alma, mas do qual ela própria não tem consciência. De onde queres que venham? O corpo muda, o Espírito, porém, não muda, embora troque de vestimenta.‖ 2 - COMO É A PREPARAÇÃO DA ENCARNAÇÃO. Todo corpo físico é perfeito. Se devemos avaliar a árvore por seus frutos, podemos afirmar que a perfeição de nosso corpo físico consiste em ter tudo o de que necessitamos para o aprendizado terreno. Lembremos a resposta dada pelos Espíritos a Kardec, na questão 922 de O Livro dos Espíritos, sobre ―a soma de felicidade comum a todos os homens‖. Eles nos dizem que, ―com relação à vida material, é a posse do necessário‖. Portanto esta ‗felicidade‘ começa na posse de um corpo físico feito ‗sob medida‘ para nós e, quando estamos aptos, com a nossa efetiva participação. Mesmo quando não estamos ‗aptos‘, somos nós que imprimimos, no nosso ‗molde‘, o roteiro a ser seguido, pois uma das funções do perispírito é ser o modelo organizador biológico. 262. Como pode o Espírito, que, em sua origem, é simples, ignorante e carecido de experiência, escolher uma existência com conhecimento de causa e ser responsável por essa escolha? ―Deus lhe supre a inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir, como fazeis com a criancinha. Deixa-o, porém, pouco a pouco, à medida que o seu livre- arbítrio se desenvolve, senhor de proceder à escolha e só então é que muitas vezes lhe 5
  • 7. 6º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno acontece extraviar-se, tomando o mau caminho, por desatender os conselhos dos bons Espíritos. A isso é que se pode chamar a queda do homem.‖ a) - Quando o Espírito goza do livre-arbítrio, a escolha da existência corporal dependerá sempre exclusivamente de sua vontade, ou essa existência lhe pode ser imposta, como expiação, pela vontade de Deus? ―Deus sabe esperar, não apressa a expiação. Todavia, pode impor certa existência a um Espírito, quando este, pela sua inferioridade ou má-vontade, não se mostra apto a compreender o que lhe seria mais útil, e quando vê que tal existência servirá para a purificação e o progresso do Espírito, ao mesmo tempo que lhe sirva de expiação.‖ No dia a dia, quando vemos um ‗casamento perfeito‘, dizemos: foram feitos um para o outro. Neste casamento corpo-espírito, a afirmação só é válida no sentido de que o corpo é feito para o Espírito, já que este precede e subsiste ao corpo. 344. Em que momento a alma se une ao corpo? ―A união começa na concepção, mas só é completa no momento do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar tal corpo a este se liga por um laço fluídico, que vai se apertando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz. O grito que, então, a criança solta, anuncia que ela faz parte do número dos vivos e servidores de Deus.‖ (grifo nosso) 345. A união entre o Espírito e o corpo é definitiva, desde o momento da concepção? Durante este primeiro período, o Espírito poderia renunciar a habitar o corpo designado? ―A união é definitiva, no sentido de que um outro Espírito não poderia substituir o que está designado para aquele corpo; porém, como os laços que a ele o prendem são muito fracos, facilmente se rompem e podem romper-se pela vontade do Espírito, que recua diante da prova que escolheu; neste caso, porém, a criança não sobrevive.‖ (grifo nosso) No capítulo 13 do livro Missionários da Luz, André Luiz faz o relato do processo reencarnatório de Segismundo. Ele dá detalhes tanto do ponto de vista físico, quanto do ponto de vista espiritual. (...) ―Já observei o gráfico referente ao organismo físico que o nosso amigo receberá de futuro, verificando, de perto, as imagens da moléstia do coração que ele sofrerá na idade madura, como consequência da falta cometida no passado.‖ (...) ―Com exceção do tubo arterial, na parte a dilatar-se para o mecanismo do coração, tudo irá muito bem. Todos os genes poderão ser localizados com normalidade absoluta.‖ (...) ―Os membros e os órgãos serão excelentes. E se o nosso amigo souber valorizar as oportunidades do futuro, possivelmente conquistará o equilíbrio do aparelho circulatório, mantendo-se em serviço de iluminação por abençoado tempo de trabalho terrestre. Depende dele o êxito preciso.‖ Já no livro de Adelino Silveira intitulado Chico, de Francisco, há o seguinte diálogo entre uma mãe e Chico Xavier, com o amparo de Emmanuel: 6
  • 8. A Lei de Causa e Efeito ―Chico, meu filho nasceu surdo, mudo, cego e sem os dois braços. Agora está com uma doença nas pernas e os médicos querem amputar as duas para salvar a vida dele. Há uma resposta pra mim no Espiritismo?‖ Foi com a intervenção de Emmanuel que a resposta veio. _ Chico, explique à nossa irmã que este nosso irmão em seus braços suicidou-se nas dez últimas encarnações e pediu, antes de nascer, que lhe fossem retiradas todas as possibilidades de se matar novamente. Mas, agora que está aproximadamente com cinco anos, procura um rio, um precipício para se atirar. Avise nossa irmã que os médicos amigos estão com a razão. As duas pernas dele vão ser amputadas, em seu próprio benefício, para que ele fique mais algum tempo na Terra, a fim de que diminua a ideia de suicídio.‖ Com o esclarecimento de Emmanuel conseguimos perceber a perfeição no que parecia disforme. 3 - A LEI É PUNITIVA? A ciência atual, através da genética, tem feito grandes descobertas, respondido muitas perguntas e formulado muitas outras. Com o projeto de mapeamento do genoma humano, esperava-se chegar a respostas sobre a possível cura de algumas doenças, nas quais se acreditava ser a presença de determinado gene ou falha genética o fator determinante para o desenvolvimento de doenças ou síndromes; entretanto o resultado das pesquisas mostrou que a presença desses genes, ou alguma falha neles, não implica necessariamente que elas aparecerão. Indicam um aumento da probabilidade de o indivíduo desenvolver a doença. E, assim, chegou-se a outra pergunta: o que faz desenvolver o processo em alguns indivíduos e noutros permanecer latente? Vimos anteriormente que trazemos em nosso corpo o reflexo das marcas que imprimimos em nosso molde, as chamadas marcas perispirituais. No entanto, tais marcas não implicam, necessariamente, vicissitudes, pois Deus deixa sempre uma porta aberta ao arrependimento. No momento em que há uma efetiva mudança, um arrependimento sincero, enfim, um retorno ao caminho do bem, não é mais necessário desencadear processos que tivessem por objetivo a mudança de rumo, a transformação, pois ela já ocorreu. No exemplo do livro Chico, de Francisco, não houve a mudança desejada pelo próprio Espírito antes de nascer e os processos necessários à sua transformação foram desencadeados. Estes recursos poderiam estar latentes em seu organismo ou foram colocados providencialmente em seu caminho como complemento ao seu esforço transformador. O que parecia um mal se mostra como remédio. ―A duração do castigo está subordinada à melhora do espírito culpado. Nenhuma condenação, por um tempo determinado, é pronunciada contra ele. O que Deus exige para colocar um fim aos sofrimentos, é o arrependimento, a expiação e a reparação, em uma palavra, uma melhora séria, efetiva, e um retorno sincero ao bem. O espírito, assim, sempre é o árbitro da sua própria sorte; ele pode prolongar seus sofrimentos pela sua obstinação no mal, abrandá-los ou abreviá-los por seus esforços em fazer o bem.‖ O Céu e o Inferno - Artigo 8º do Código Penal da Vida Futura 7
  • 9. 6º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno André Luiz esclarece a questão relativa ao que vulgarmente chamamos fatalidade, destino, etc... ―Os orientadores de Segismundo, porém, nas esferas mais altas, guardam o programa traçado para o bem do reencarnante. Note que me refiro ao bem e não ao destino. Muita gente confunde plano construtivo com fatalismo. O próprio Segismundo e o nosso irmão Herculano estão de posse dos informes a que nos reportamos, porque ninguém penetra num educandário, para estágio mais ou menos longo, sem finalidade específica e sem conhecimento dos estatutos a que deve obedecer.‖ Missionários da Luz, capítulo13 – a Reencarnação Uma objeção que muitos fazem, ao infringir as leis, é que, se conhecessem os limites, os teriam obedecido. Sobre este argumento citamos algumas passagens de O Evangelho Segundo o Espiritismo e questões de O Livro dos Espíritos, que dizem: 621. Onde está escrita a lei da Deus? ―Na consciência.‖ “Deste ao bruto o instinto, que lhe traça o limite do necessário, e ele maquinalmente se conforma; ao homem, no entanto, além desse instinto, deste a inteligência e a razão; também lhe deste a liberdade de cumprir ou infringir aquelas das tuas leis que pessoalmente lhe concernem, isto é, a liberdade de escolher entre o bem e o mal, a fim de que tenha o mérito e a responsabilidade das suas ações. Ninguém pode pretextar ignorância das tuas leis, pois, com paternal previdência, quiseste que elas se gravassem na consciência de cada um, sem distinção de cultos, nem de nações. Se as violam, é porque as desprezam.‖ ESE - cap. XXVIII - Oração Dominical - II. Venha o teu reino! (grifo nosso) 627. Uma vez que Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, qual a utilidade do ensino que os Espíritos dão? Terão que nos ensinar mais alguma coisa? ―Jesus empregava amiúde, na sua linguagem, alegorias e parábolas, porque falava de conformidade com os tempos e os lugares. Faz-se mister agora que a verdade se torne inteligível para todo mundo. Muito necessário é que aquelas leis sejam explicadas e desenvolvidas, tão poucos são os que as compreendem e ainda menos os que as praticam. A nossa missão consiste em abrir os olhos e os ouvidos a todos, confundindo os orgulhosos e desmascarando os hipócritas: os que vestem a capa da virtude e da religião, a fim de ocultarem suas torpezas. O ensino dos Espíritos tem que ser claro e sem equívocos, para que ninguém possa pretextar ignorância e para que todos o possam julgar e apreciar com a razão. Estamos incumbidos de preparar o reino do bem que Jesus anunciou. Daí a necessidade de que a ninguém seja possível interpretar a lei de Deus ao sabor de suas paixões, nem falsear o sentido de uma lei toda de amor e de caridade.‖ (grifos nossos) ―O ensino dos Espíritos, reproduzindo essas máximas sob diferentes formas, desenvolvendo-as e comentando-as, para pô-las ao alcance de todos, tem isto de particular: não é circunscrito; todos, letrados ou iletrados, crentes ou incrédulos, cristãos ou não, o podem receber, pois que os Espíritos se comunicam por toda parte. Nenhum dos que o recebam, diretamente ou por intermédio de outrem, pode pretextar ignorância; não se pode desculpar nem com a falta de instrução, nem com a obscuridade do sentido alegórico. 8
  • 10. A Lei de Causa e Efeito Aquele, portanto, que não aproveita essas máximas para melhorar-se, que as admira como coisas interessantes e curiosas, sem que lhe toquem o coração, que não se torna nem menos vão, nem menos orgulhoso, nem menos egoísta, nem menos apegado aos bens materiais, nem melhor para seu próximo, mais culpado é, porque mais meios tem de conhecer a verdade.‖ ESE cap.XVIII – item 12 Portanto, temos todos os recursos disponíveis para alcançar o nosso progresso e a felicidade. Então, por que ainda não a sentimos? Novamente os Espíritos nos explicam o motivo: ―A lei natural é a lei de Deus; é a única verdadeira para a felicidade do homem; indica-lhe o que deve fazer ou não fazer e ele só é infeliz, porque dela se afasta.‖ Sendo assim, o efeito produzido pelo nosso distanciamento das Leis é uma necessidade de retorno ao bom caminho. Para tanto, em função das escolhas que fizemos, desprezando os chamados de amor, o único remédio eficaz é a dor. ―No fundo, a dor é apenas uma lei de equilíbrio e educação. Sem dúvida, os erros do passado recaem sobre nós, com todo o peso e determinam as condições de nosso destino. Com frequência, o sofrimento é só o contragolpe das violações cometidas contra a ordem eterna; mas, sendo o legado de todos, ela deve ser considerada como uma necessidade de ordem geral, como um agente de desenvolvimento, uma condição do progresso. Todos os seres devem experimentá-la, por sua vez. Sua ação é benfazeja, para quem sabe compreendê-la. Porém, só podem compreendê-la aqueles que sentiram seus efeitos poderosos. É principalmente a estes que dirijo estas páginas; a todos os que sofrem, sofreram, ou merecem sofrer!‖ Léon Denis, O Problema do Ser e do Destino. cap. XXVI 4 - A REENCARNAÇÃO: CASTIGO OU OPORTUNIDADE? Lembremos alguns atributos de Deus: Ele é eterno, infinito, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom. Fruto de Sua infinita justiça e bondade, temos a Sua infinita misericórdia. Mas por ―misericórdia infinita, é preciso entender que Deus não é implacável, e sempre deixa aberta uma porta para o retorno ao bem.‖ Na questão 222 de O Livro dos Espíritos, que na verdade é uma reflexão sobre existência única e reencarnação, Kardec faz diversas considerações sobre a pluralidade das existências e expõe diversas situações que verificamos no cotidiano e as analisa sob os dois aspectos: o da pluralidade e o da unicidade. Dele, destacamos este pequeno trecho: ―Em resumo, reconheçamos, portanto, que só a doutrina da pluralidade das existências explica o que, sem ela, é inexplicável; que ela é eminentemente consoladora e conforme à justiça mais rigorosa e que ela é, para o homem, a tábua de salvação que Deus lhe deu, por sua misericórdia.‖ ―Esse quadro tem o mérito de ser verdadeiro, ou melhor, perfeitamente verossímil; quer dizer que nada se afasta das leis naturais, que sabemos hoje reger as relações dos seres humanos entre si. Aqui, nada de fantástico nem de maravilhoso; tudo é possível e justificado pelos numerosos exemplos que temos de indivíduos renascendo 9
  • 11. 6º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno no meio onde já viveram, em contato com os mesmos indivíduos, para ter ocasião de reparar os erros, ou cumprir deveres de reconhecimento.‖ Revista Espírita, janeiro 1867 ―Apesar da diversidade dos gêneros e dos graus de sofrimento dos espíritos imperfeitos, o código penal da vida futura pode se resumir nestes três princípios: • O sofrimento está ligado à imperfeição. • Toda imperfeição, e toda falta que é procedente dessa imperfeição, traz consigo seu próprio castigo, por suas consequências naturais e inevitáveis, como a doença é a consequência dos excessos, o tédio é a consequência da ociosidade, sem que haja necessidade de uma condenação especial para cada falta e cada indivíduo. • Todo homem, podendo se desfazer das suas imperfeições por efeito da sua vontade, pode se poupar dos males que são consequentes dessas imperfeições, e assegurar sua felicidade futura.‖ “Esta é a lei da justiça divina: a cada um segundo suas obras, no céu como na Terra.” 5 - ESTUDO DE CASOS. Os exemplos a seguir estão no capítulo VIII do livro O Céu e o Inferno, parte segunda, destinado às Expiações Terrestres. 5.1 - MARCEL – O MENINO DO Nº 4. ―Em um hospício da província estava um menino, de oito a dez anos mais ou menos, em um estado difícil de se descrever; ele era designado apenas como o no 4. Completamente constrangido, fosse pela deformidade natural, fosse em consequência da doença, suas pernas deformadas tocavam o pescoço; sua magreza era tão grande que a pele se rasgava sobre o relevo dos ossos; seu corpo era uma chaga só e seus sofrimentos, atrozes. Ele pertencia a uma pobre família israelita, e essa triste situação durava há quatro anos. Sua inteligência era notável para a sua idade; sua meiguice, sua paciência e sua resignação eram edificantes. O médico do setor em que o menino se encontrava, cheio de compaixão por esse pobre ser, de certa forma abandonado porque não parecia que seus parentes viessem vê-lo muitas vezes, interessou-se por ele, e gostava de conversar com o menino, seduzido por sua inteligência precoce. Não só o tratava com bondade como, quando suas ocupações lhe permitiam, vinha ler para ele, e se admirava da exatidão do seu julgamento sobre coisas que pareciam acima da sua idade. Um dia, o menino lhe disse: — Doutor, tende a bondade de me dar novamente pílulas, como as últimas que me receitastes. — E por que isso, meu menino? Disse o médico, já te dei as suficientes, e receio que uma quantidade maior te faça mal. — É que sofro de tal forma, respondeu o menino, que embora me esforce para não gritar, e peça a Deus que me dê forças para não me lamentar, a fim de não incomodar os outros doentes que estão ao meu lado, muitas vezes tenho muita dificuldade em me controlar; essas pílulas me adormecem e, pelo menos durante esse tempo, não perturbo ninguém. 10
  • 12. A Lei de Causa e Efeito Essas palavras são suficientes para mostrar quanto era elevada a alma que aquele corpo disforme encerrava. Onde esse menino havia haurido semelhantes sentimentos? Não podia ser no meio onde fora educado e, além disso, na idade em que ele começou a sofrer, ainda não podia compreender nenhum raciocínio, portanto, eles lhe eram inatos; mas então, com tão nobres instintos, por que Deus o condenava a uma vida tão miserável e tão dolorosa, admitindo-se que Deus tivesse criado essa alma ao mesmo tempo que esse corpo, instrumento de tão cruéis sofrimentos? Ou é preciso negar a bondade de Deus, ou é preciso admitir uma anterior, isto é, a preexistência da alma e a pluralidade das existências. Esse menino morreu, e seus últimos pensamentos foram para Deus, e para o médico caridoso que tivera piedade dele. Algum tempo depois, ele foi evocado na Sociedade de Paris, onde deu, isto em 1863, a seguinte comunicação: ―Vós me chamastes; vim fazer com que minha voz se estenda além deste recinto para atingir a todos os corações; que o eco que ela fará vibrar chegue até a sua solidão; ela lhes lembrará que a agonia na Terra prepara as alegrias no céu e que o sofrimento não é nada mais que a casca amarga de um fruto delicioso que dá a coragem e a resignação. Ela lhes dirá que sobre a cama tosca e pobre onde se alojou a miséria, estão os enviados de Deus, cuja missão é ensinar à humanidade que não existe dor que não se possa suportar com a ajuda do Todo-Poderoso e dos bons espíritos. Ela ainda lhes dirá para ouvir as lamentações misturando-se às preces, e compreender a sua harmonia piedosa, tão diferente dos tons culpados do lamento misturando-se às blasfêmias. Um dos vossos bons espíritos, grande apóstolo do Espiritismo, concordou em ceder-me este lugar esta noite; também devo vos dizer, por minha vez, algumas palavras sobre o progresso da vossa Doutrina. Ela deve ajudar, na sua missão, aqueles que encarnam entre vós para aprenderem a sofrer. O Espiritismo será o pilar indicador; eles terão o exemplo e a palavra, e então os lamentos serão transformados em gritos de alegria e em lágrimas de contentamento. P. Parece, de acordo com o que acabais de dizer, que vossos sofrimentos não eram a expiação de faltas anteriores. R. Eles não eram uma expiação direta, porém, ficai certos de que toda dor tem sua causa justa. Aquele que conhecestes tão miserável foi belo, importante, rico e lisonjeado; eu tinha aduladores e cortesãos, fui fútil e orgulhoso. Outrora fui bem culpado, reneguei Deus e fiz o mal ao meu próximo, mas expiei cruelmente; primeiro no mundo dos espíritos e a seguir na Terra. O que sofri durante alguns anos somente, nesta última e muito curta existência, eu padeci durante uma vida inteira até o fim da velhice. Por meu arrependimento, obtive perdão diante do Senhor, que teve a bondade de me confiar várias missões das quais a última vos é conhecida. Eu a solicitei para terminar minha depuração. Adeus, meus amigos, tornarei a vir algumas vezes entre vós. Minha missão é a de consolar e não a de instruir; mas existem tantos aqui cujos tormentos estão ocultos que eles ficarão contentes com a minha vinda. Marcel Instrução do Guia do Médium: ―Pobre pequeno ser sofredor, fraco, ulceroso e disforme! Quantos gemidos fazia ouvir nesse asilo de miséria e de lágrimas! E, apesar de sua pouca idade, como era resignado, e quanto sua alma já compreendia o objetivo dos sofrimentos! Ele percebia que além do túmulo esperava-o uma recompensa por tantos queixumes abafados! Assim sendo, como ele orava por aqueles que, como ele, não tinham a coragem de suportar 11
  • 13. 6º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno seus males, por aqueles, principalmente, que lançavam blasfêmias ao céu em vez de preces! Se a agonia foi longa, a hora da morte não foi terrível; os membros convulsionados sem dúvida se contorciam e mostravam aos assistentes um corpo deformado se revoltando contra a morte, a lei da carne que quer viver apesar de tudo; mas um anjo planava por cima do leito do moribundo e cicatrizava seu coração; depois levou sobre suas asas brancas essa alma tão bela que se evadia desse corpo disforme pronunciando estas palavras: ‗Glória vos seja dada, ó meu Deus!‘ E essa alma subiu feliz para o Todo-Poderoso e exclamou: ‗Eis-me aqui, Senhor! Vós me destes por missão ensinar a sofrer; suportei dignamente a prova?‘ E agora o espírito do pobre menino retomou as suas proporções; ele plana no espaço, indo do fraco ao pequeno, e dizendo a todos: ‗Esperança e coragem‘. Liberto de toda a matéria e de toda a mácula, ele está perto de vós, e vos fala não mais com sua voz sofredora e queixosa, mas em tons vigorosos; ele vos diz: ‗Aqueles que me viram, contemplaram o menino que não se queixava; nele colheram a calma para os seus males; e seus corações se reforçaram na benigna confiança em Deus; eis o objetivo da minha curta passagem pela Terra.‘ Santo Agostinho 5.2 - UM SÁBIO AMBICIOSO. A senhora B., de Bordeaux, não passou pelas terríveis angústias da miséria, mas foi, toda a sua vida, mártir de dores físicas pelas numerosas doenças graves que a atingiram durante setenta anos, desde a idade de cinco meses, e que, quase a cada ano, a colocava à beira da morte. Três vezes foi envenenada pelas experiências que uma ciência insegura fez com ela, e seu temperamento, arruinado pelos remédios tanto quanto pelas doenças, deixou-a até o fim de seus dias presa a sofrimentos intoleráveis que nada podia atenuar. Sua filha, espírita-cristã e médium, pedia a Deus, em suas preces, que aliviasse suas provas cruéis, mas seu guia espiritual disse-lhe que simplesmente pedisse forças para sua mãe suportá-las com paciência e resignação, e ditou-lhe as seguintes instruções: ―Na existência humana, tudo tem a sua razão de ser; não há um só sofrimento dos que causastes que não encontre uma repercussão nos sofrimentos por que passais; nenhum dos vossos excessos que não encontre contrapartida em uma de vossas privações; uma lágrima que caía dos vossos olhos sem ser para lavar uma falta, algumas vezes um crime. Sofrei, portanto, com paciência e resignação vossas dores físicas e morais, por mais cruéis que elas vos pareçam, e pensai no lavrador, cujos membros são alquebrados pela fadiga, mas continua sua obra sem se deter porque tem diante dele as espigas douradas que serão o fruto da sua perseverança. Tal é o destino do infeliz que sofre na vossa Terra; o desejo ardente que ele tem pela felicidade, que deve ser o fruto da sua paciência, torna-o forte contra as dores passageiras da humanidade. Assim acontece com tua mãe; cada dor que ela aceita como uma expiação é uma nódoa do seu passado que se apaga, e quanto mais cedo todas as manchas forem apagadas, mais cedo ela será feliz. A falta de resignação só torna o sofrimento improdutivo, porque então as provas deverão recomeçar. Portanto, o mais útil para ela é a coragem e a submissão, é isso que é preciso pedir que Deus e os bons espíritos lhe concedam. Tua mãe em tempos passados foi um médico sábio, admitido em uma classe onde nada custava garantir-se o bem-estar e onde foi coberto de dádivas e de honras. 12
  • 14. A Lei de Causa e Efeito Desejando ardentemente glórias e riquezas, querendo atingir o apogeu da ciência, não com a intenção de aliviar seus irmãos, porque ele não era filantropo, mas sim a de aumentar sua reputação, e, por consequência, sua clientela, nada lhe importou para levar seus estudos a um bom resultado. A mãe era martirizada em seu leito de sofrimento porque ele previa um estudo nas convulsões que provocava; a criança era submetida às experiências que deviam lhe dar a solução de certos fenômenos; o velho via seu fim se acelerar; o homem vigoroso sentia-se enfraquecer pelas tentativas que deviam constatar a ação desta ou daquela poção medicinal, e todas essas experiências eram praticadas no infeliz sem levantar desconfiança. A satisfação da cupidez e do orgulho, a sede de ouro e de celebridade, estas foram as causas de sua conduta. Foram precisos séculos e terríveis provas para domar esse espírito orgulhoso e ambicioso; depois o arrependimento começou sua obra de regeneração, e a reparação está terminando, porque as provas desta última existência são suaves em comparação com aquelas que ele sofreu. Coragem, portanto, se a pena foi longa e cruel; a recompensa concedida pela paciência, pela resignação e pela humildade será grande. Coragem, todos vós que sofreis; pensai no pouco tempo que dura a vossa existência material; pensai nas alegrias da eternidade; chamai para junto de vós a esperança, esta amiga dedicada de todo coração sofredor; chamai para junto de vós a fé, irmã da esperança; a fé que vos mostra o céu onde a esperança vos faz entrar antes do tempo. Chamai também, para junto de vós, esses amigos que o Senhor vos dá, que vos cercam, vos sustentam e vos amam e dos quais a solicitude constante vos encaminha para aquele que ofendestes, transgredindo suas leis.‖ Após sua morte, a senhora B. deu, tanto à sua filha como à Sociedade Espírita de Paris, comunicações em que se refletem as mais elevadas qualidades, e onde ela confirma o que fora dito de seus antecedentes. 13
  • 15. 6º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 3º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno – O Temor da Morte. Org. . CARVALHO, Homero & MOREIRA, Lúcia. 1ª ed. Rio de Janeiro: Léon Denis . Gráfica e Editora, 2007. 4º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno – A Passagem. Org. . CARVALHO, Homero & MOREIRA, Lúcia. 1ª ed. Rio de Janeiro: Léon Denis . Gráfica e Editora, 2007. 5º Encontro Espírita sobre o livro O Céu e o Inferno – O Céu. Org. CARVALHO, . Homero & MOREIRA, Lúcia. 1ª ed. Rio de Janeiro: Léon Denis Gráfica e . Editora, 2007. A Intuição das Penas Futuras. Org. CARVALHO, Homero & MOREIRA, Lúcia. 1ª ed. Rio de Janeiro: Léon Denis - Gráfica e Editora, 2006. Bíblia Sagrada (eletrônica) – Europa Multimedia. DENIS, Léon, O Problema do ser e do Destino. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, . no prelo. KARDEC, Allan, O Céu e o Inferno. 1ª ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2007. KARDEC, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo. 4ª ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis. 2007. KARDEC, Allan, O Livro dos Espíritos. 1ª ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, . 2007. O Futuro e o Nada. Org. CARVALHO, Homero & MOREIRA, Lúcia. 1ª ed. Rio de Janeiro: Léon Denis - Gráfica e Editora, 2005. PALHANO JR, Lamartine. Teologia Espírita – 1. ed – Rio de Janeiro: CELD, 2004. Revista Superinteressante, Edição 282, setembro 2010. SILVEIRA, Adelino da. Chico, de Francisco. 6ª ed – São Paulo: Cultura Espírita . União, 1987. XAVIER, Francisco C. & André Luiz (espírito). Missionários da Luz – 39ª ed. – Rio . de Janeiro: FEB, 2004. 14