O documento descreve as características morfológicas e os efeitos dos venenos de diferentes aracnídeos, incluindo aranhas, escorpiões e outros. Detalha a anatomia dessas espécies, como o corpo dividido em partes nas aranhas e a presença de quelíceras. Também explica os sintomas causados pelos venenos, como dor, náusea e alterações cardíacas, dependendo do gênero da aranha ou do escorpião.
Parasitologia- Morfologia e Efeito Do veneno das Aranhas e Escorpião
1. Aracnídeos
Esta classe compreende artrópodes incorretamente
confundidos com os insetos. Mas distinguem-se deles
nitidamente pela divisão do corpo, pelo número de patas e
pela ausência de antenas. Como aracnídeos, são
englobados as aranhas, os escorpiões, os carrapatos, os
pseudo-escorpiões e os opilões.
3. Seu corpo dividido: em um parte anterior (cefalotórax ou prosoma) e uma
parte posterior (o abdômen ou opistosoma), ligado por uma estreita haste (o
pedúncolo).
Cabeça e tórax é revestido externamente por uma carapaça quitinosa
A maioria das aranhas têm 8 olhos
Algumas têm 6, 4 ou 2 olhos, ou mesmo nenhum
Quelíceras constituem primeiro par de apêndices da cabeça divididos por
dois segmentos: Basal ( largo e forte) e outro terminal (garra ou ferrão)
Segundo apêndice da cabeça é formado pelos palpos.
A boca situa-se entre os palpos
5. As picadas de aranhas são um evento médico raro, mas ainda assim são objeto
de medo dos pacientes.
As reações locais são usualmente similares as de uma picada por abelha, com
aparecimento de hiperemia e nodulação no local da picada.
Existem cerca de 41.000 espécies de aranha, todas produzem uma espécie de
veneno em suas quelíceras, na maior parte dos casos inofensivo para humanos,
sendo assim, poucas espécies têm alguma relevância do ponto de vista médico.
Com distribuição mundial, há dois tipos de síndromes secundárias a picadas de
aranhas que podem ocorrer: o Latrodetismo e o Loxsocelismo.
A epidemiologia das picadas de aranha depende de fatores ambientais e da
interação entre seres humanos e aracnídeos.
6. Picadas de aranhas do gênero
lactrodectus (Viúva Negra)
Suas picadas caracteristicamente
produzem alterações sensoriais no
local da picada, o sistema nervoso
autônomo é envolvido com
liberação de neuromediadores
podendo ocorrer:
contratura facial e trismo;
retenção urinária
hipertensão arterial
taquicardia ou bradicardia.
7. Picadas por aranhas do gênero
loxsocelles (Aranha Marrom)
A injeção do veneno de aranha
inicia uma reação inflamatória de
mediadores lipídicos, o veneno
loxsocélico também tem ação
direta hemolítica e leva a
ativação e
agregação plaquetária, podendo
causar trombose na
microcirculação com isquemia
local e consequentes necrose
tecidual e dor intensa.
8. Inicialmente, a picada é pouco
dolorosa e passa despercebida em
grande número de casos,
eventualmente pode ocorrer uma
sensação de queimação local.
A dor tipicamente apresenta um
aumento progressivo nas próximas 2 a
8 horas e pode se tornar severa, a
aparência inicial da lesão é de uma
pápula avermelhada, alguns
pacientes podem apresentar rash
urticarifrome associado.
Picadas de aranhas do gênero
lactrodectus (Viúva Negra)
9. Picadas por aranhas do gênero
photoneutria (Aranha Armadeira)
Seu veneno tem ação neurotóxica,
com liberação de adrenalina e
acetilcolina com manifestações de
sistema nervoso central simpático e
parassimpático.
São aranhas noturnas e solitárias
que ocasionalmente entram em
domicílios, e neste local assumem
postura agressiva característica,
ocorrendo milhares de eventos no
Brasil.
10. As picadas causam dor local
imediata com diaforese
localizada, piloereção e eritema.
Os sintomas sistêmicos incluem:
Náuseas;
Vômitos;
Tonturas;
Salivação;
Alterações visuais;
Priapismo;
Picadas por aranhas do gênero
photoneutria (Aranha Armadeira)
12. São característicos por possuírem os palpos mais compridos em relação a
outros aracnídeos;
Palpos mais sensíveis ao tato devido a presença de cerdas muito longas e finas;
Podem possuir maior numero de olhos que outros aracnídeos, alguns espécies
chegando a possuir até seis pares;
Corpo constituído de duas partes: tronco e “cauda”
Cefalotórax não apresenta uma cabeça distinta
Região do abdômen (opistossoma) bastante segmento e divido em duas
partes: mesossoma e metassoma
14. O envenenamento por escorpião pode levar a um complexo conjunto de
sinais clínicos.
O primeiro deles é a dor local que, nos envenenamentos mais graves, pode
não ser observada devido às manifestações sistêmicas
As toxinas agem em diferentes sítios do organismo, levando ao aparecimento
do quadro clínico.
O agravamento dessas alterações pode levar à insuficiência
cardiocirculatória, edema pulmonar agudo, choque e morte, o que revela a
importância de se avaliar o quadro clínico apresentado pelo indivíduo
envenenado.