2. Jean Baptiste Debret
Título da Obra: Bugres, Província de Santa Catarina,
1834
Técnicas e Dimensões: litografia sobre papel, 23 X 32
3. Observe a pintura de Debret
Como são os índios?
Como vivem?
Porque você acha que a obra têm esse título?
Observe que a pintura foi confeccionada no século XIX, que
traço da cultura europeia está explicito na pintura.
4. Diversas fontes da literatura europeia ocidental (portuguesas,
francesas, italianas) trazem a tradução do termo bugre sempre
associado a conceitos ofensivos, à sodomia, à heresia. Finalmente,
este termo vem a ser associado aos índios encontrados na América e,
simultaneamente, no Brasil.
No Brasil, os costumes dos índios, os hábitos alimentares, o fato de
andarem nus, a cor da pele, os traços faciais, a "imoralidade" e a
relação com o meio ambiente seriam vistos como sinais de
proximidade ou mesmo plena imersão na natureza, configurando
uma pré-humanidade que mal se distingue da animalidade —esta
entendida como prova da privação das luzes da fé
religiosa.( Guisard, 1999).
5. Qual era a Situação após expulsão dos
padres Jesuítas?
• Fome, desorganização política da coroa
portuguesa
• Os índios entregues a própria sorte
• Saques, prostituição, trabalho mal
remunerado( quase escravo).
6. A fome, a desorganização politico-
administrativa impeliam centenas
de guarani-missioneiros que sem
direção, invadiam as fazendas à
procura de alimentação O medo
tomava conta dos brancos, e estes
íam buscar refúgio junto ao
governandor do Continete do Rio
Grande de São Pedro. Este põe a
milícia portuguesa no mato, a fim
de prear os índios( QUEVEDO.
1998. Pg.13).
7. Os guaranis são de estatura média; têm a pele
bronzeada, cabelos pretos e muito finos; e
geralmente feios. Os traços e a estrutura de seus
corpos apresentam, em geral, as características da
raça americana; mas o que me parece distingui-
los particularmente como tribo é o comprimento
do nariz e a suavidade de suas fisionomias. As
mulheres têm o rosto extremamente achatado. As
rugas da velhice são mais pronunciadas que em
nossa raça. (Saint-Hilaire, 2002,)
8. Como o viajante francês via os
índios Guaranis
• Concepção eurocêntrica de que os
índios, eram inferiores
• Visão estereotipada, pautada na
brancura de pele, como sinal de
civilidade
• Menosprezo pelas mulheres guaranis
9. É verdade que, mesmo no estado atual, ele quase não desfruta
conforto. Podendo partilhar com uma companheira sua
choupana mal construída e pior cuidada, possuindo alguns
farrapos, vendo um pedaço de carne suspenso ao seu teto, tendo
sua cuia cheia de mate, será mais feliz que o mais rico e
poderoso branco, rodeado de bajuladores e atraído pelas
seduções. Contudo, esse mínimo conforto é suficiente para
prendê-lo a uma sociedade, que tende a destruí-lo; pois, para
poder matar sua fome, é preciso que ele trabalhe, que se
submeta e se deixe oprimir. ( Saint-Hilarie. 2002. Pg 302).
10. Para entender:
• O viajante não deixou passar despercebido a situação
deplorável em que os índios se encontravam
• Porém sua visão sobre os nativos, principalmente as
mulheres, deve ser analisada com cuidado, levando
em conta seus costumes, e sua bagagem cultural
11. Sobre a continuidade dos hábitos
das reduções:
• A maioria dos índios continuou a observar a religiosidade,
apesar de constantes casos de prostituição, adultério e
saques.
• Os índios continuaram a aprender tocar instrumentos
musicais
• Porém não mais habitavam casas mas sim choupanas em
regiões periféricas as cidades.
• Os índios se alistavam no exército, em sua maioria, deixando
a região, praticamente improdutiva, pois o serviço militar os
impedia de cultivar a terra.
12. Por que essa gente demonstra pela arte musical grande
despendores. Como os índios não ouviam o som dos
instrumentos, pelos quais eram apaixonados, senão nas
cerimônias religiosas, logo adotaram a música como parte
essencial do culto divino. Ela lhes fez amar as cerimônias
religiosas, tornando-os cristãos tanto quanto podiam ser.
Após a expulsão dos jesuítas, o gosto pelos instrumentos
persistiu entre os guaranis, por assim dizer sem mestres;
continuaram a aprender música que talvez tenha
contribuído tanto para fazê-los soldados, como outrora
cristãos. (SAINT-HILAIRE. 2002. Pg. 331).
13. As construções dessa estância
são consideráveis; a capela,
sobretudo, muito grande.
Existem aqui índios e brancos
que fazem parte daqueles que
atravessaram ultimamente o
Uruguai; à noite, põem-se a
dançar com as índias,
enquanto um deles toca violão
e canta, segundo o costume,
com voz lamentável. (Saint-
Hilaire. 2002. Pg 351).
Campos do Itaroquem
14.
15. Cenair Maicá
Canção Guarani
Caminham guaranis pelas estradas
Tempos de gente se arrastando a pé
Resto de raça dos meus sete povos
Últimas crias do sangue Sepé.
Fazem balaios de taquaras bravas
Em pobre rancho que parecem ninhos
Como se visem aves migratórias
A mendigar alguns mireis pelos caminhos.
O balaio foi taquara, a taquara foi a lança
Que restou dos sete povos quando o pago era criança
Vão os índios pela estrada como aguapé pelos rios
Cantam versos tristes nos seus balaios vazios.
16. Seguem os índios o destino peregrinos
dos sem terras
Tropeçando nos caminhos já sem luz
Afogados na fumaça do progresso
Junto aos animais em debandada.
Das florestas virgens violentadas
Pelos que vieram pelos que vieram sob o
símbolo da cruz.
Quem os vê na humildade dos perdidos
Na senda amarga que abraço um dia
Não acredita que seus braços um dia
Levantou catedrais dos sete povos
Vende balaio o índio que plantava
Um meu novo mundo no império das
missões
Balaios de taquara que eram lanças
Marcando a historia das sete reduções
17. A partir das informações, imagens, e a musica de
Cenair Maicá. Descreva a vida dos Guaranis do fim
das reduções e os guaranis que moram hoje nas
missões.
Você acha que eles dispõe de tudo que precisam,
como é sua vida em sociedade?
Sua cultura foi alterada? Ou preservada.