2. Amiel, T., Orey, M. & West, R. (2011). Recursos Educacionais Abertos (REA): modelos para
localização e adaptação. ETD – Educação Temática Digital, v 12, n esp., pp 112-125,
Campinas. Recuperado em 22 novembro, 2015, de
https://www.fe.unicamp.br/revistas/ged/etd/article/view/2284
O artigo Recursos Educacionais Abertos (REA): modelos para localização e adaptação, de Amiel, Orey e
West (2011), propõe uma reflexão acerca do design de recursos educacionais, abordando a
complexidade envolvida no trabalho de acomodação dos mesmos aos diferentes contextos culturais.
Os autores apontam aspectos de localização e adaptação dentro do movimento para Recursos
Educacionais Abertos (REA).
O texto parte da diferenciação entre o conceito de REA e Objetos de Aprendizagem, em seguida,
passam a argumentar em favor do fomento e da busca de possibilidades para a facilitação dos
processos de adaptação e localização destes recursos, de modo que possam ser facilmente
aproveitados em contextos diversos. Apresentam e discutem ao longo do texto os conceitos de
“saliência cultural” e “affordance”, afirmando sua importância para o design educacional que garanta a
produção de recursos mais abertos e facilmente adaptados para contextos culturais diferentes.
Apresentam ainda os modelos de adaptação e localização de recursos educacionais, explicitando os
atributos que os fazem mais ou menos restritivos para reutilização.
Considera-se o presente artigo relevante, por apresentar de maneira didática e objetiva os principais
aspectos que permeiam os designs educacionais que buscam se traduzir em recursos abertos e, que se
pretendem capazes de possibilitar efetiva prática de reutilização em contextos culturais distintos. Além
disso, amplia a discussão sobre REA para além dos aspectos já bastante debatidos, como os que dizem
respeito às licenças de atribuição, agregando questões relativas aos formatos e características de
design destes recursos.
3. Hilu, L., Torres, P. L. & Behrens, M. A. (2015). REA (Recursos Educacionais Abertos) -
conhecimentos e (des)conhecimentos. Revista e-Curriculum, v 13, n 1, pp 130-146. São
Paulo. Recuperado em 23 novembro, 2015, de
http://www.redalyc.org/pdf/766/76638304007.pdf
As autoras, ao longo do texto, discutem a importância dos Recursos educacionais
abertos sob a perspectiva de possibilitar uma educação do século XXI. Defendem um
cenário que delimita e resguarda as autorias, mas que ao mesmo tempo estimula a
coletivização, a atitude colaborativa, a co-criação e a conexão. Para promoção deste
debate as autoras partem de uma pesquisa com um grupo de doutorandos e
coordenadores, realizada durante o Seminário de aprofundamento de tese, no Programa
de Doutorado em Educação da PUC PR.
O texto apresenta e discute os resultados da pesquisa, reforçando aspectos que atribuem
ao desconhecimento um dos principais entraves para a ampliação das iniciativas de REA no
meio acadêmico, associado a questões de infraestrutura e conservadorismo das principais
Teorias da Aprendizagem, o que impediria a realização de práticas mais condizentes com
uma cultura digital.
Por fim, considera-se importante a leitura deste artigo, por trazer ao debate questões
fundamentais que estão na base das transformações para uma efetiva pratica pedagógica
alinhada as necessidades do século XXI, onde uma cultura da propriedade seria substituída
por uma cultura digital e haveria um espaço maior para a colaboração e co-criação.