Este documento resume o status do mercado brasileiro de dispositivos médicos. Ele analisa as forças e fraquezas do setor no Brasil e discute oportunidades para o desenvolvimento da indústria local de dispositivos médicos, incluindo a criação de novas tecnologias disruptivas.
5. Objetivo
O objetivo deste estudo é apresentar um panorama sobre o
mercado brasileiro de Medical Devices no Brasil, com
pesquisa de pontos fortes e fracos para aumentar a
produção e exportação, e quais são as propostas para o
desenvolvimento do setor, para consolidação do Brasil
como um importante competidor global nessa área.
7. Medical Devices
Portaria nº 2.043, de 12 de dezembro de 1994 e Portaria SVS nº 686, de 27 de agosto de 1998
!
Equipamentos de Diagnóstico
Equipamentos de terapia
Equipamentos de apoio médico-hospitalar.
Material de uso em saúde
Materiais e artigos descartáveis
Materiais e artigos implantáveis
Materiais e artigos de apoio médico-hospitalar
Produtos para diagnóstico de uso in-vitro
Produtos para saúde
8. Setor brasileiro de produtos para saúde
Odontologia (Equipamentos, material de consumo e
instrumental)
Laboratório (Equipamentos, reagentes e produtos de consumo)
Radiologia (Aparelhos, acessórios e materiais de consumo)
Equipamentos médico-hospitalares (Mobiliários não elétricos,
eletromédicos, instrumentos cirúrgicos, equipamentos
fisioterápicos e hotelaria)
Implantes (Ortopédicos, neurológicos, cardíacos e outros)
Materiais de consumo (Hipodérmicos, têxteis, adesivos e
outros)
9. Variedade e Complexidade
Variam desde abaixadores de língua simples e
comadres até pacemakers programáveis
complexos com a tecnologia de micro-chip e
dispositivos cirúrgicos a laser.
10. P&D para Medical Devices
O mundo precisa de novos medical devices?
11. “a criação de novos produtos e
inovação é a primeira
prioridade dos CEOs para
expansão de seus negócios”
!
Pesquisa PwC 17a. Pesquisa Anual Global com CEOs
12. Necessidade de novos Medical Devices
Doenças ainda sem-tratamento, principalmente cirúrgicas
!
Custos das soluções atuais
!
Falta de acesso aos melhores cuidados de saúde disponíveis por uma parcela
significativa da população
!
Tecnologias melhores e mais baratas
!
Custos dos tratamentos atuais e custo sistêmico
13. Hospitais & Envelhecimento
0
15
30
45
60
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
27%!
Crescimento no Período
0
35000
70000
105000
140000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
10%!
Crescimento no Período
CLIENTES DE PLANOS DE SAÚDE!
(em milhões)
OFERTA DE LEITOS HOSPITALARES
Anahp
14. Hospitais & Envelhecimento
Anahp
36
37,75
39,5
41,25
43
2008 2009 2010 2011 2012 2013
Mediana de idade dos pacientes - 2013
0
4
8
12
16
00 a 14 30 a 44 60 a 74 Acima de 90
Tempo médio de permanência
hospitalar por faixa etária (em dias) -
2013
18. De acordo com a análise da
consultoria Frost & Sullivan, os
gastos em medical devices na
America Latina em 2011 foram
de USD$ 14,07 bilhões e são
esperados para alcançar USD$
24,56 bilhões em 2015.
19. Maiores mercados da América Latina
1. Brasil
2. México
3. Venezuela
4. Colômbia
5. Argentina
20. Status do Setor de Saúde no Brasil
- Saúde: 10,2% do PIB (R$ 514 bilhões)
- Diversidade econômica apresenta três tipos epidemiológicos: doenças
crônico-degenerativas, neoplásicas, e doenças infecto-parasitárias.
- Dupla cobertura: SUS e convênios
- Modelo Curativo vs. Modelo Preventivo
- População em sua maioria de jovens, com tendência de crescimento
na porção idosa (aumento das doenças crônico-degenerativas)
- Melhorias econômicas das classes C e D, puxando a tendência a
aumentar gastos com planos de saúde ( ~ 30% cobertura dos planos
de saúde)
21. Status do Setor de MedTech no Brasil
- Medical Devices: Crescimento do setor - 6,5% entre S1-12/S1-13
- Setor Público: descentralização da compra/remuneração por
procedimentos dificulta a precificação
- Setor Privado: Crescimento do convênios
- HealthEconomics/Fee-for-value/QALY
- Medical Devices importados devem atender regras específicas para
serem revendidos internamente.
- Estabelecer unidade de venda ou revendedor local
- Estabelecer distribuidor local
- Estabelecer empresas locais é essencial para conseguir clientes.
22. Desafios Regulatórios
- Rápido avanço tecnológico
- Aumento da complexidade de equipamentos
- Demanda pública por melhor controle na saúde
- Mercado global e regulação global
- Diminuição de equipes
- Baixa tecnologia tentando entrar no mercado
!
!
!
..e o sistema regulatório sendo solicitado a tomar
decisões mais rápidas do que nunca..
23. Novos Medical Devices no Brasil
- Cadeia global de produção
- Etapas que mais geram valor
- Produção chinesa
- Produção “importada”
- Protecionismo
24. “Nenhum povo dispõe nem
das aptidões, nem dos
elementos naturais, nem dos
recursos econômicos, para
estabelecer empresas de
todos os gêneros”
!
Ministro da Indústria Joaquim Murtinho, em 1897
25. 5%
10%
5%
15%
5%
60%
Recursos naturais e recursos minerais
Manufaturas de baixa tecnologia
Manufaturas de média tecnologia
Manufaturas sofisticadas
Serviços baseados em conhecimento
Serviços não-baseados em conhecimento
Exportações Brasileiras
Exame - Junho/2014
28. ABIMO - Pesquisa com CEOs
Oportunidades
Conhecimento do mercado nacional
Flexibilidade no atendimento às necessidades do mercado
Margem de comercialização adequada
!
Pontos Fortes
Qualidade dos produtos nacionais
Tendência de profissionalização
Planejamento da Demanda
29. ABIMO - Pesquisa com CEOs
Pontos Fracos
Baixa Capacidade de Produção em Escala
Fragilidade na busca de novas tecnologias internacionais
Baixa Interação e dificuldade de desenvolver parcerias universidades-empresas
!
Ameaças
Alta tributação
Inflação
Instabilidade Econômica-Financeira (Política?)
Câmbio Internacional
!
30. Análise SWOT
Pontos Fortes
Maior mercado da América Latina, tendendo a gastar por volta de US$ 24bi
em medical devices e US$ 1B em e-health.
Novos programas monitoramento anti-corrupção e sistemas de compliance.
Melhor distribuição para o mercado regional.
Programa de aceitação de medical devices nacionais:
Hospitais públicos compram com menores taxas se nenhuma empresa
nacional produzir o equipamento ou
Sendo produzido localmente, o preço for maior do que o importado.
Cooperação entre instituições públicas além de programas de financiamento
para projetos universitários.
Programas de Saúde da Família
31. Análise SWOT
Pontos Fracos
Corrupção do setor público
Logística e escoamento da produção ruins, e mal controle de gastos
públicos
Setor regulatório (Anvisa) x Ciclo de Inovação (18 – 24 months)
(fontes: Emerging MedTech Markets / Ministério da Saúde)
32. Análise SWOT
Oportunidades
Crescimento populacional e envelhecimento
Alta demanda de novos produtos
Avanços tecnológicos em um setor que não possuía alta tecnologia
Déficit de compras do setor de saúde
Abordagem nova do paciente em casa (Home Care)
Tecnologia da informação em crescimento (TI) / Telemedicina
Aumento populacional no continente
Hospitais buscando redução do tempo de internamento
Equiparação tarifária e projeto de lei de redução tarifária para produção de produtos
médicos em tramitação
Novas alianças em BioTech
!
(Setor de alta tecnologia puxando setor de Medical Devices)
(fontes: Emerging MedTech Markets / Ministério da Saúde)
33. Análise SWOT
Ameaças
Altas impostos de produção
Mercado internacional e produtos importados / de alta tecnologia
Grandes companhias já estabelecidas no país (Siemens, GE..)
(fontes: Emerging MedTech Markets / Ministério da Saúde)
38. ““Alguns dizem que o copo está pela metade
vazio, enquanto outros dizem que está
metade cheio. No entanto, na minha opinião,
ambos estão errados. O problema real é
que o copo é muito grande.
Algumas vezes tudo o que precisamos é de
uma nova perspectiva para o problema.””
!
"Foundation design", por Donald P Coduto
39. Produção Nacional
É muito mais vantajoso e barato para instituições filantrópicas e entidades públicas que têm
isenção de impostos na compra de produtos estrangeiros.
40. Pensamentos e Percepções
Principais Gargalos de Pesquisa
- Pouca clareza e estruturação no processo de patentes
- Poucos incentivos à pesquisa aplicada dentro da universidade
- Entraves às parcerias universidades e empresas
- Mercado pequeno para as empresas globais
- Mão-de-obra pouco qualificada e cara
!
Principais Gargalos de Desenvolvimento
- Alto Impostos
- Mão-de-obra pouco qualificada para as etapas que mais agregam valor
41. Oportunidades
Empresas que fabriquem tecnologia de qualidade, custo
baixo e que se sustentem com o pagamento do SUS
(PDPs - inovação incremental? inovação disruptiva na
redução do custo?)
42. Pergunta (introdução ao debate)
É possível criar tecnologias e empresas de fato
inovadoramente disruptivas no Brasil?
43. Dr. VITOR ASSEITUNO
+55 11 99281 3555
vitor@empreendersaude.com.br
Dr. KLEBER STELMASUK
+55 41 9246 1779
kstel8@gmail.com