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Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Mecânica Computacional na Análise de
Esforços de Contato em Sistemas com e sem
Revestimento
Roberto Martins Souza
Universidade de Caxias do Sul
20/08/2013
.

roberto.souza@poli.usp.br
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

• Mecânica do contato

Sumário

– Relevância
– Complexidade
– Análise
• Identificar característica mecânica – precisão da análise
• Associar problema de contato com a característica mecânica
• Propor alternativa para melhoria de desempenho

• Exemplos de análise numérica
– Indentação instrumentada (nanoindentação)
– Indentação de sistema com filme resistente ao desgaste e substrato dútil
– Esforços normais e tangenciais
– Simulações por dinâmica molecular
roberto.souza@poli.usp.br

2
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Mecânica do Contato
• Presente em várias situações práticas

– Contatos tribológicos (atrito, desgaste e lubrificação)

Componentes
mecânicos
roberto.souza@poli.usp.br

Aplicações de
bioengenharia

Manufatura
(ferramentas de
corte e conformação)

http://www.sfhga.com/total-hip-replacement

http://www.lazpiur.com/

3
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Mecânica do Contato
• Presente em testes laboratoriais

Dureza
http://openlearn.open.ac.uk

roberto.souza@poli.usp.br

Scratch testing
http://www.bam.de

4
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Mecânica do Contato
• Contato pode ser simples ou complexo

– Geometria: regular or irregular
– Cargas: periódicas or aleatórias

normais, tangenciais
– Estrutura

[N.K. Fukumasu et al. Wear 2005]

roberto.souza@poli.usp.br

B. Bhushan and B.K. Gupta, “Handbook of
Tribology: Materials, Coatings and Surface
Treatments”

5
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Mecânica do Contato
• Análises no Laboratório de Fenômenos de Superfície
Característica
mecânica:
• Propiedade
• Estado de tensões
+
Precisão na medida

Correlacionar
característica
com
desempenho

Propor
alternativa:
• Material
• Processo
• Estado de
tensões

Exemplos mostrando atividades de pesquisa nas três áreas
roberto.souza@poli.usp.br

6
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

• Mecânica do contato

Sumário

– Relevância
– Complexidade
– Análise
• Identificar característica mecânica – precisão da análise
• Associar problema de contato com a característica mecânica
• Propor alternativa para melhoria de desempenho

• Exemplos de análise numérica
– Indentação instrumentada (nanoindentação)
– Indentação de sistema com filme resistente ao desgaste e substrato dútil
– Esforços normais e tangenciais
– Simulações por dinâmica molecular
roberto.souza@poli.usp.br

7
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação Instrumentada
• Teste de dureza com acompanhamento contínuo:
carga e deslocamento da ponta do penetrador
• Técnica adequada para pequenos volumes
P
S

Pmax

Descarregamento
P=B( – r)m

Carregamento
P=K 
Wp

WT=Wp+We

We

roberto.souza@poli.usp.br

r e

max



8
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação Instrumentada
• Ponto chave: Area real de contato
– Dureza, módulo elástico reduzido


Er 
2

Pmax
H
Ac

h

S
Ac



Ac  24,5hc2
9

roberto.souza@poli.usp.br
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação Instrumentada
• Problemas:
– Ponta do penetrador pode não ser perfeita – função de area

Ac  f (hc )

10
roberto.souza@poli.usp.br
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação Instrumentada
• Problemas:
– “Constante” 


Er 
2

S
Ac

11
roberto.souza@poli.usp.br
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação Instrumentada
• Morfologia da indentação: Modelo analítico mais comum
assume Sink-in

Tensão de von Mises e deslocamentos (Y = 1600 MPa, E = 50,5 GPa, n = 0,4)
roberto.souza@poli.usp.br

12
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação Instrumentada
• Morfologia da indentação: Pile-up

Tensão de von Mises e deslocamentos (Y = 335 MPa, E = 210 GPa, n = 0,1)
roberto.souza@poli.usp.br

13
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação Instrumentada
• Algoritmos diretos e inversos:
Equações adimensionais Π

Método dos elementos finitos

Coeficientes para as equações adimensionais Π

Equações Π
Curvas de
indentação
(P-)
roberto.souza@poli.usp.br

Algoritmo direto

Algoritmo inverso

Propriedades
mecânicas
(H E, y, n)

14
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação Instrumentada
r
e
,
,
2
Er  max  max
P

• Parâmetros adimensionais curva P - :

y
• Parâmetros adimensionais material:
, n , Er
Er
Ei
P

S

Pmax
carregamento
P=K 

roberto.souza@poli.usp.br

r e

descarregamento
P=B( – r)m

max



15
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação Instrumentada
• Método dos elementos finitos – Condições analisadas
Geometry
Berkovich (3D)

Indented material

n

Bulk

0-0.05

0-0.5

0-0.4

Vickers (3D)

Bulk/Film

0-0.05

0-0.5

0

Perfect Cone (2D)

Bulk/Film

0-0.1

0-0.5

0-0.4

Tip rounded cone (2D)

Bulk/Film

0-0.1

0-0.5

0

roberto.souza@poli.usp.br

16
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação Instrumentada
• Algoritmos diretos e inversos:
Equações adimensionais Π

Método dos elementos finitos

Coeficientes para as equações adimensionais Π

Equações Π
Curvas de
indentação
(P-)
roberto.souza@poli.usp.br

Algoritmo direto

Algoritmo inverso

Propriedades
mecânicas
(H E, y, n)

17
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação Instrumentada
e/ max, r/ max

y

 r

e

 3 
, n

 max
  max 

E

 r

  4 
  , n

 max 



  f1 ( )
Ac  As  f

roberto.souza@poli.usp.br

1
( 1   2 ) ( 1   i2 )


Er
E
Ei

Pmax
H
Ac

n

Y

r
 1 
 E , n

 max
 r 

2

Er  

Rodríguez et al, Philosophical Magazine, 91 2011
Rodríguez et al, Surface and Coatings Technology, 205, 2010



Pmax

 max


2 Ac 1   e

 max 


18
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação Instrumentada
• Unicidade no cálculo de “n”?

Rodríguez et al Philosophical Magazine, 91 2011

19
roberto.souza@poli.usp.br
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação Instrumentada
• Método dos elementos finitos: Tensões residuais de filmes finos

Curvas de
indentação
(P-)

Método direto
Método inverso

Tensões
residuais
em filmes

Mady et al Surface and Coatings Technology, 205, 2010

20
roberto.souza@poli.usp.br
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação Instrumentada
• Método dos elementos finitos: Tensões residuais de filmes finos
– Cargas mais altas para atingir a mesma penetração
– Em laboratório: Necessidade de manter as mesmas propriedades

roberto.souza@poli.usp.br

21
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação Instrumentada
• Método dos elementos finitos: Tensões residuais de filmes finos

• Mudança na área de contato

22
roberto.souza@poli.usp.br

Mady et al Surface and Coatings Technology, 205, 2010
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação Instrumentada
• Método dos elementos finitos: Tensões residuais de filmes finos

Curvas de
indentação
(P-)

Método direto
Método inverso

Tensões
residuais
em filmes

Suresh and Giannakopoulous Acta Mater. 46, 5755
(1998).
Atar et al. Scripta Mater. 48, 1331 (2003).
Lee and Kwon Scripta Mater. 49, 459 (2003).
Lee and Kwon Acta Mater. 52, 1555 (2004).

r  K

P
Acontact
23

roberto.souza@poli.usp.br
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Aplicação: Tensões em filmes
• Método dos elementos finitos: Tensões residuais de filmes finos
• Métodos inversos (Cont.)

r 

P
Aresidual

Wang et al. Nucl. Instrum. Methods Phys. Res. 242, 2823 (2006)

roberto.souza@poli.usp.br

24
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Aplicação: Tensões em filmes
• Método dos elementos finitos: Tensões residuais de filmes finos
• Métodos inversos (Cont.)

Diferença de dureza:

P0
P
 r  H0  Hr 
 
Ac0 Ac

– Durezas H0 e Hr medidas por meio do método de Oliver & Pharr

Mady et al Journal of Materials Research, 27, 2012
roberto.souza@poli.usp.br

25
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Aplicação: Tensões em filmes
Efeito das
propriedades
mecânicas nos
resultados dos
métodos

roberto.souza@poli.usp.br

Mady et al Journal of Materials Research, 27, 2012

26
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Aplicação: Tensões em filmes
• Resultados do método proposto:

roberto.souza@poli.usp.br

Mady et al Journal of Materials Research, 27, 2012

27
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

• Mecânica do contato

Sumário

– Relevância
– Complexidade
– Análise
• Identificar característica mecânica – precisão da análise
• Associar problema de contato com a característica mecânica
• Propor alternativa para melhoria de desempenho

• Exemplos de análise numérica
– Indentação instrumentada (nanoindentação)
– Indentação de sistema com filme resistente ao desgaste e substrato dútil
– Esforços normais e tangenciais
– Simulações por dinâmica molecular
roberto.souza@poli.usp.br

28
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação de Substratos “moles”
• Substratos “moles”
– Metálicos

– Poliméricos

http://tech4teacher.wordpress.com/tag/flexible-display/
roberto.souza@poli.usp.br

29
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação de Substratos “moles”
• Substratos “moles” – Comportamento similar – falta de
suporte mecânico ao filme
• Análises por elementos finitos: Compreensão inicial
– Série de análises MEF
Condições
• Efilm > Esubstrate
• Filme elástico
• Substrato elasto-plástico
Análises consideraram
• Tensões residuais nos filmes
• Fratura do filme
• Separação filme/substrato
roberto.souza@poli.usp.br

30
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação de Substratos “moles”

Normalized Radial Stress, r/pos

• Análises por elementos finitos: Compreensão inicial
– Resultados das análises MEF – Flexão do filme

a

t = 0.6 m, E=210 GPa
t = 2.1 m, E=210 GPa
t = 4.6 m, E=210 GPa
t = 2.1 m, E=280 GPa
t = 0.6 m, E=280 GPa
t = 4.6 m, E=280 GPa

1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
-0.2
0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

Normalized Radial Distance, r/aos

31
roberto.souza@poli.usp.br
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação de Substratos “moles”
• Análises MEF: Propagação de trincas no filme

Cracks 1 to 8
@ 12 m

Cracks 8 to 15
@ 4.5 m

0.2 m
[R.M. Souza et al. Thin Solid Films 1999]

roberto.souza@poli.usp.br

32
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação de Substratos “moles”
0.5

• MEF:

0.5

0.5

0.0

0.0

0.0

"time" = 1.000

"time" = 1.000

"time" = 1.000

-0.5

– Evolução das tensões
radiais ao longo da
superfície

-0.5

0.5

0.5

0.5

0.0

0.0

0.0

"time" = 0.900

-0.5

"time" = 0.900

-0.5

-0.5

0.5

0.5

0.5

0.0

0.0

0.0

"time" = 0.489

-0.5

"time" = 0.486

-0.5

-0.5

0.5

0.5

0.5

0.0

0.0
"time" = 0.460

"time" = 0.455

Load

0.5

0.0

-0.5

0.0

-0.5 "time" = 0.458
0.5

0.5

0.0

0.0

0.0

"time" = 0.429

-0.5

-0.5 "time" = 0.442
0.5

0.5

0.0

10

0.0

0.0

-0.5 "time" = 0.419

-0.5 "time" = 0.381

0.5

0
0.0

0.2

0.4

0.6

"Time"

roberto.souza@poli.usp.br

0.8

1.0

"time" = 0.290

-0.5

0.5

20

"time" = 0.393

-0.5

0.5

30

"time" = 0.435

-0.5

0.5

0.0

40

-0.5

-0.5 "time" = 0.461

0.5

50

"time" = 0.467

0.0

-0.5

a

"time" = 0.900

0.5

0.0
-0.5
0

-0.5
0.5

"time" = 0.173

-0.5

-0.5
1
2
Radial Distance, r/aos

3

0

"time" = 0.041

0.0

0.0

"time" = 0.108

"time" = 0.134

1
2
Radial Distance, r/aos

3

0

1
2
Radial Distance, r/aos

3
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação de Substratos “moles”
• O que causa a flexão do filme?

1.59 mm
3.18 mm
6.35 mm

0

0,25
0,5
0,75
Radial distance, r(mm)

1

Load 294.2 N
10
8
6
4
2
0
-2
-4
-6
-8
-10

1.59 mm
3.18 mm
6.35 mm

0

0,25

0,5

0,75

Radial distance, r(mm)

1

Axial displacement, uz (m)

Load 196.1 N

10
8
6
4
2
0
-2
-4
-6
-8
-10

Axial displacement, u z (m)

Axial displacement, u z (m)

– Efeito da carga e do diâmetro do penetrador (esférico)
– Análise numérica – Altura do pile-up
Load 490.3 N
10
8
6
4
2
0
-2
-4
-6
-8
-10

1.59 mm
3.18 mm
6.35 mm

0

0,25
0,5
0,75
Radial distance, r (mm)

1

34
roberto.souza@poli.usp.br
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação de Substratos “moles”

roberto.souza@poli.usp.br

-10
-15
-20

(d)

2000

3000

10
8
6
4
2
0
-2
-4
-6
-8
-10

4000

5000

1000

2000

3000

10
8
6
4
2
0
-2
-4
-6
-8
-10

4000

5000

(c)
0

1000

2000

3000

4000

1000

2000

3000

20
15
10
5
0
-5
-10
-15
-20

(b)
0

0

5000

Axial Distance (micrometer)

1000

4000

5000

(e)
0

1000

2000

3000

4000

5000

20
15
10
5
0
-5
-10
-15
-20

(f)
0

1000

2000

3000

4000

Axial Distance (micrometer)

10
5
0
-5

50
40
30
20
10
0
-10
-20
-30

Axial Distance (micrometer)

20
15

Menos trincas
0

Diameter 1.59 mm

50
40
30
20
10
0
-10
-20
-30

(g)
0

Axial Distance (micromete r)

Axial Distance (micrometer)

(a)

Axial Distance (micrometer)

Axial Distance (micrometer)

Axial Distance (micrometer)

10
8
6
4
2
0
-2
-4
-6
-8
-10

Axial Distance (micrometer)

Load 196.1 N
Load 294.2 N

Experimental
– Efeito carga e
diâmetro do
penetrador
(esférico)
– Análise
experimental
(quantidade
de trincas)

Diameter 3.17 mm

Diameter 6.35 mm

Load 490.3 N

• O que causa a
flexão do filme?

1000

2000

3000

4000

5000

(h)
0

1000

2000

3000

4000

5000

50
40
30
20
10
0

Mais trincas
5000

-10
-20
-30

(i)
0

1000

2000

3000

4000

35

5000
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação de Substratos “moles”
Tensões responsáveis
pela fratura do filme

pile-up do substrato

Deformação
plástica na direção
da carga

 ABAQUS:Material com propriedades

plásticas ortotrópicas

roberto.souza@poli.usp.br

36
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Indentação de Substratos “moles”
Superfície
(região de contato)
Eixo de simetria

Interface entre filme e
substrato

Interface entre material ortotrópico e
isotrópico

- Resultado: Diminuição das tensões responsáveis pela fratura
roberto.souza@poli.usp.br

[N.K. Fukumasu e R.M. Souza Surf. and Coatings Technol 2005]

37
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

• Mecânica do contato

Sumário

– Relevância
– Complexidade
– Análise
• Identificar característica mecânica – precisão da análise
• Associar problema de contato com a característica mecânica
• Propor alternativa para melhoria de desempenho

• Exemplos de análise numérica
– Indentação instrumentada (nanoindentação)
– Indentação de sistema com filme resistente ao desgaste e substrato dútil
– Esforços normais e tangenciais
– Simulações por dinâmica molecular
roberto.souza@poli.usp.br

38
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Esforços Normais e Tangenciais
• Scratch test em sistemas
revestidos – sequência
de estados de tensão

[Holmberg et al. Wear 267 (2009) 2142–2156]
roberto.souza@poli.usp.br

39
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Esforços Normais e Tangenciais
• Análise tridimensional por elementos finitos
 Filme: isotrópico, elástico ou elasto-plástico
 Substrato: com propriedades plásticas ortotrópicas

roberto.souza@poli.usp.br

40
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Esforços Normais e Tangenciais
• Análise tridimensional por elementos finitos
 Análise das componentes do coeficiente de atrito

0

 friction   adhesion   ploughing
 ploughing 

roberto.souza@poli.usp.br

Ortotr.

Isotr.

Flongitudin
al
Fnormal

41
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Esforços Normais e Tangenciais
• Ensaio pino sobre disco em materiais bifásicos
Análise : Comportamento ao desgaste de discos de freio em ferro fundido
vermicular

- Durante os testes tribológicos: Veios de grafite recobertos
roberto.souza@poli.usp.br

42
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Esforços Normais e Tangenciais
Análise: Tensões em nível microestrutural - ABAQUS + ppm2oof (NIST, USA)

roberto.souza@poli.usp.br

[N.K. Fukumasu et al. Wear 2005]

43
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Esforços Normais e Tangenciais

roberto.souza@poli.usp.br

44
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Esforços Normais e Tangenciais

roberto.souza@poli.usp.br

45
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Esforços Normais e Tangenciais

roberto.souza@poli.usp.br

46
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

• Mecânica do contato

Sumário

– Relevância
– Complexidade
– Análise
• Identificar característica mecânica – precisão da análise
• Associar problema de contato com a característica mecânica
• Propor alternativa para melhoria de desempenho

• Exemplos de análise numérica
– Indentação instrumentada (nanoindentação)
– Indentação de sistema com filme resistente ao desgaste e substrato dútil
– Esforços normais e tangenciais
– Simulações por dinâmica molecular
roberto.souza@poli.usp.br

47
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Simulações por Dinâmica Molecular
• Objetivo de longo prazo: Entendimento de fenômenos
tribológicos no nível atômico
• Etapas iniciais: esforços normais
• Etapas atuais: esforços normais e tangenciais

roberto.souza@poli.usp.br

48
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Simulações por Dinâmica Molecular
Exemplo: Esfera em contato com plano rígido (aspereza Ni diâmetro aprox. 2 nm)

roberto.souza@poli.usp.br

49
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Simulações por Dinâmica Molecular
• Carregamento:
0. Movimento inicial

roberto.souza@poli.usp.br

Direção de
movimento

Fy, raio de contato e energia por distância
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Simulações por Dinâmica Molecular
• Carregamento:
0. Movimento inicial
1. Jump into contact
–
–

Direção de
movimento

Aumento de área
Força negativa

JC

Fenômeno de jump into contact: (a): imediatamente
antes do ponto crítico (b): Depois do Jump into contact
roberto.souza@poli.usp.br

Fy, raio de contato e energia por distância
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Simulações por Dinâmica Molecular
• Carregamento:
0. Movimento inicial
1. Jump into contact
–
–
–
–

Parâmetro de rede Ni 0,352nm
Jump into contact (JC) ocorre
em 0,4 nm
Decréscimo de energia
Aumento da área em degraus

roberto.souza@poli.usp.br

Direção de
movimento

JC

Fy, raio de contato e energia por distância
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Simulações por Dinâmica Molecular
• Carregamento:
0. Movimento inicial
1. Jump into contact
2. “Compressão”
–
–
–
–

Átomos em distâncias maiores
que a de equilíbrio
Energia atinge mínimo
Átomos mais próximos que no
equilíbrio
Área de contato permance
constante

roberto.souza@poli.usp.br

Direção de
moviemento

Geração e
movimento
de defeitos
cristalinos
Cha et al.
Fortini et al.

Fy, raio de contato e energia por distância
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Simulações por Dinâmica Molecular
• Carregamento:
0. Movimento inicial
1. Jump into contact
2. “Compressão”
3. Deformação plástica
–
–

Direção de
moviemento

Aumento da área de contato
Atinge-se o deslocamento
máximo

roberto.souza@poli.usp.br

Fy, raio de contato e energia por distância
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Simulações por Dinâmica Molecular
• Descarregamento
– Fratura não ocorre na interface
– Adesão: transferência de
material
Material da aspereza e do plano
é o mesmo

Momento imediatamente
anterior ao descolamento
roberto.souza@poli.usp.br
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Considerações Finais
• Tentativa de mostrar que as análise numéricas são
ferramentas úteis. Por exemplo, para:
– Entendimento de fenômenos (contato, tribológicos)

– Identificação do efeito de uma dada característica
mecânica (propriedade mecânica, estado de tensões,…)
– Propor alternativas de melhoria de uma dada aplicação,
reduzindo o número de experimentos necessários

56
roberto.souza@poli.usp.br
Escola Politécnica
Universidade de São Paulo

Agradecimentos
•

Órgãos governamentais: CAPES, CNPq e FAPESP

•

Colaboração com pesquisadores de ou atualmente na:
– Universidade de São Paulo, Brasil
– Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil
– Universidade Federal do ABC, Brasil
– Universidade Federal de Brasília, Brasil
– Mahle, Brasil
– Universidad del Valle, Colômbia

– Universidad de Ibagué, Colômbia
– Universidad Nacional de Colombia, Medellín, Colômbia
– Colorado School of Mines, E.U.A.
– Universitat Politècnica de Catalunya, Espanha
57
roberto.souza@poli.usp.br

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Mecânica Computacional na Análise de Esforços de Contato em Sistemas com e sem Revestimento

  • 1. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Mecânica Computacional na Análise de Esforços de Contato em Sistemas com e sem Revestimento Roberto Martins Souza Universidade de Caxias do Sul 20/08/2013 . roberto.souza@poli.usp.br
  • 2. Escola Politécnica Universidade de São Paulo • Mecânica do contato Sumário – Relevância – Complexidade – Análise • Identificar característica mecânica – precisão da análise • Associar problema de contato com a característica mecânica • Propor alternativa para melhoria de desempenho • Exemplos de análise numérica – Indentação instrumentada (nanoindentação) – Indentação de sistema com filme resistente ao desgaste e substrato dútil – Esforços normais e tangenciais – Simulações por dinâmica molecular roberto.souza@poli.usp.br 2
  • 3. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Mecânica do Contato • Presente em várias situações práticas – Contatos tribológicos (atrito, desgaste e lubrificação) Componentes mecânicos roberto.souza@poli.usp.br Aplicações de bioengenharia Manufatura (ferramentas de corte e conformação) http://www.sfhga.com/total-hip-replacement http://www.lazpiur.com/ 3
  • 4. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Mecânica do Contato • Presente em testes laboratoriais Dureza http://openlearn.open.ac.uk roberto.souza@poli.usp.br Scratch testing http://www.bam.de 4
  • 5. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Mecânica do Contato • Contato pode ser simples ou complexo – Geometria: regular or irregular – Cargas: periódicas or aleatórias normais, tangenciais – Estrutura [N.K. Fukumasu et al. Wear 2005] roberto.souza@poli.usp.br B. Bhushan and B.K. Gupta, “Handbook of Tribology: Materials, Coatings and Surface Treatments” 5
  • 6. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Mecânica do Contato • Análises no Laboratório de Fenômenos de Superfície Característica mecânica: • Propiedade • Estado de tensões + Precisão na medida Correlacionar característica com desempenho Propor alternativa: • Material • Processo • Estado de tensões Exemplos mostrando atividades de pesquisa nas três áreas roberto.souza@poli.usp.br 6
  • 7. Escola Politécnica Universidade de São Paulo • Mecânica do contato Sumário – Relevância – Complexidade – Análise • Identificar característica mecânica – precisão da análise • Associar problema de contato com a característica mecânica • Propor alternativa para melhoria de desempenho • Exemplos de análise numérica – Indentação instrumentada (nanoindentação) – Indentação de sistema com filme resistente ao desgaste e substrato dútil – Esforços normais e tangenciais – Simulações por dinâmica molecular roberto.souza@poli.usp.br 7
  • 8. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação Instrumentada • Teste de dureza com acompanhamento contínuo: carga e deslocamento da ponta do penetrador • Técnica adequada para pequenos volumes P S Pmax Descarregamento P=B( – r)m Carregamento P=K  Wp WT=Wp+We We roberto.souza@poli.usp.br r e max  8
  • 9. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação Instrumentada • Ponto chave: Area real de contato – Dureza, módulo elástico reduzido  Er  2 Pmax H Ac h S Ac  Ac  24,5hc2 9 roberto.souza@poli.usp.br
  • 10. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação Instrumentada • Problemas: – Ponta do penetrador pode não ser perfeita – função de area Ac  f (hc ) 10 roberto.souza@poli.usp.br
  • 11. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação Instrumentada • Problemas: – “Constante”   Er  2 S Ac 11 roberto.souza@poli.usp.br
  • 12. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação Instrumentada • Morfologia da indentação: Modelo analítico mais comum assume Sink-in Tensão de von Mises e deslocamentos (Y = 1600 MPa, E = 50,5 GPa, n = 0,4) roberto.souza@poli.usp.br 12
  • 13. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação Instrumentada • Morfologia da indentação: Pile-up Tensão de von Mises e deslocamentos (Y = 335 MPa, E = 210 GPa, n = 0,1) roberto.souza@poli.usp.br 13
  • 14. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação Instrumentada • Algoritmos diretos e inversos: Equações adimensionais Π Método dos elementos finitos Coeficientes para as equações adimensionais Π Equações Π Curvas de indentação (P-) roberto.souza@poli.usp.br Algoritmo direto Algoritmo inverso Propriedades mecânicas (H E, y, n) 14
  • 15. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação Instrumentada r e , , 2 Er  max  max P • Parâmetros adimensionais curva P - : y • Parâmetros adimensionais material: , n , Er Er Ei P S Pmax carregamento P=K  roberto.souza@poli.usp.br r e descarregamento P=B( – r)m max  15
  • 16. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação Instrumentada • Método dos elementos finitos – Condições analisadas Geometry Berkovich (3D) Indented material n Bulk 0-0.05 0-0.5 0-0.4 Vickers (3D) Bulk/Film 0-0.05 0-0.5 0 Perfect Cone (2D) Bulk/Film 0-0.1 0-0.5 0-0.4 Tip rounded cone (2D) Bulk/Film 0-0.1 0-0.5 0 roberto.souza@poli.usp.br 16
  • 17. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação Instrumentada • Algoritmos diretos e inversos: Equações adimensionais Π Método dos elementos finitos Coeficientes para as equações adimensionais Π Equações Π Curvas de indentação (P-) roberto.souza@poli.usp.br Algoritmo direto Algoritmo inverso Propriedades mecânicas (H E, y, n) 17
  • 18. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação Instrumentada e/ max, r/ max y  r  e   3  , n   max   max  E  r    4    , n   max     f1 ( ) Ac  As  f roberto.souza@poli.usp.br 1 ( 1   2 ) ( 1   i2 )   Er E Ei Pmax H Ac n Y  r  1   E , n   max  r  2 Er   Rodríguez et al, Philosophical Magazine, 91 2011 Rodríguez et al, Surface and Coatings Technology, 205, 2010  Pmax  max  2 Ac 1   e   max    18
  • 19. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação Instrumentada • Unicidade no cálculo de “n”? Rodríguez et al Philosophical Magazine, 91 2011 19 roberto.souza@poli.usp.br
  • 20. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação Instrumentada • Método dos elementos finitos: Tensões residuais de filmes finos Curvas de indentação (P-) Método direto Método inverso Tensões residuais em filmes Mady et al Surface and Coatings Technology, 205, 2010 20 roberto.souza@poli.usp.br
  • 21. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação Instrumentada • Método dos elementos finitos: Tensões residuais de filmes finos – Cargas mais altas para atingir a mesma penetração – Em laboratório: Necessidade de manter as mesmas propriedades roberto.souza@poli.usp.br 21
  • 22. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação Instrumentada • Método dos elementos finitos: Tensões residuais de filmes finos • Mudança na área de contato 22 roberto.souza@poli.usp.br Mady et al Surface and Coatings Technology, 205, 2010
  • 23. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação Instrumentada • Método dos elementos finitos: Tensões residuais de filmes finos Curvas de indentação (P-) Método direto Método inverso Tensões residuais em filmes Suresh and Giannakopoulous Acta Mater. 46, 5755 (1998). Atar et al. Scripta Mater. 48, 1331 (2003). Lee and Kwon Scripta Mater. 49, 459 (2003). Lee and Kwon Acta Mater. 52, 1555 (2004). r  K P Acontact 23 roberto.souza@poli.usp.br
  • 24. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Aplicação: Tensões em filmes • Método dos elementos finitos: Tensões residuais de filmes finos • Métodos inversos (Cont.) r  P Aresidual Wang et al. Nucl. Instrum. Methods Phys. Res. 242, 2823 (2006) roberto.souza@poli.usp.br 24
  • 25. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Aplicação: Tensões em filmes • Método dos elementos finitos: Tensões residuais de filmes finos • Métodos inversos (Cont.) Diferença de dureza: P0 P  r  H0  Hr    Ac0 Ac – Durezas H0 e Hr medidas por meio do método de Oliver & Pharr Mady et al Journal of Materials Research, 27, 2012 roberto.souza@poli.usp.br 25
  • 26. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Aplicação: Tensões em filmes Efeito das propriedades mecânicas nos resultados dos métodos roberto.souza@poli.usp.br Mady et al Journal of Materials Research, 27, 2012 26
  • 27. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Aplicação: Tensões em filmes • Resultados do método proposto: roberto.souza@poli.usp.br Mady et al Journal of Materials Research, 27, 2012 27
  • 28. Escola Politécnica Universidade de São Paulo • Mecânica do contato Sumário – Relevância – Complexidade – Análise • Identificar característica mecânica – precisão da análise • Associar problema de contato com a característica mecânica • Propor alternativa para melhoria de desempenho • Exemplos de análise numérica – Indentação instrumentada (nanoindentação) – Indentação de sistema com filme resistente ao desgaste e substrato dútil – Esforços normais e tangenciais – Simulações por dinâmica molecular roberto.souza@poli.usp.br 28
  • 29. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação de Substratos “moles” • Substratos “moles” – Metálicos – Poliméricos http://tech4teacher.wordpress.com/tag/flexible-display/ roberto.souza@poli.usp.br 29
  • 30. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação de Substratos “moles” • Substratos “moles” – Comportamento similar – falta de suporte mecânico ao filme • Análises por elementos finitos: Compreensão inicial – Série de análises MEF Condições • Efilm > Esubstrate • Filme elástico • Substrato elasto-plástico Análises consideraram • Tensões residuais nos filmes • Fratura do filme • Separação filme/substrato roberto.souza@poli.usp.br 30
  • 31. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação de Substratos “moles” Normalized Radial Stress, r/pos • Análises por elementos finitos: Compreensão inicial – Resultados das análises MEF – Flexão do filme a t = 0.6 m, E=210 GPa t = 2.1 m, E=210 GPa t = 4.6 m, E=210 GPa t = 2.1 m, E=280 GPa t = 0.6 m, E=280 GPa t = 4.6 m, E=280 GPa 1.2 1.0 0.8 0.6 0.4 0.2 0.0 -0.2 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 Normalized Radial Distance, r/aos 31 roberto.souza@poli.usp.br
  • 32. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação de Substratos “moles” • Análises MEF: Propagação de trincas no filme Cracks 1 to 8 @ 12 m Cracks 8 to 15 @ 4.5 m 0.2 m [R.M. Souza et al. Thin Solid Films 1999] roberto.souza@poli.usp.br 32
  • 33. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação de Substratos “moles” 0.5 • MEF: 0.5 0.5 0.0 0.0 0.0 "time" = 1.000 "time" = 1.000 "time" = 1.000 -0.5 – Evolução das tensões radiais ao longo da superfície -0.5 0.5 0.5 0.5 0.0 0.0 0.0 "time" = 0.900 -0.5 "time" = 0.900 -0.5 -0.5 0.5 0.5 0.5 0.0 0.0 0.0 "time" = 0.489 -0.5 "time" = 0.486 -0.5 -0.5 0.5 0.5 0.5 0.0 0.0 "time" = 0.460 "time" = 0.455 Load 0.5 0.0 -0.5 0.0 -0.5 "time" = 0.458 0.5 0.5 0.0 0.0 0.0 "time" = 0.429 -0.5 -0.5 "time" = 0.442 0.5 0.5 0.0 10 0.0 0.0 -0.5 "time" = 0.419 -0.5 "time" = 0.381 0.5 0 0.0 0.2 0.4 0.6 "Time" roberto.souza@poli.usp.br 0.8 1.0 "time" = 0.290 -0.5 0.5 20 "time" = 0.393 -0.5 0.5 30 "time" = 0.435 -0.5 0.5 0.0 40 -0.5 -0.5 "time" = 0.461 0.5 50 "time" = 0.467 0.0 -0.5 a "time" = 0.900 0.5 0.0 -0.5 0 -0.5 0.5 "time" = 0.173 -0.5 -0.5 1 2 Radial Distance, r/aos 3 0 "time" = 0.041 0.0 0.0 "time" = 0.108 "time" = 0.134 1 2 Radial Distance, r/aos 3 0 1 2 Radial Distance, r/aos 3
  • 34. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação de Substratos “moles” • O que causa a flexão do filme? 1.59 mm 3.18 mm 6.35 mm 0 0,25 0,5 0,75 Radial distance, r(mm) 1 Load 294.2 N 10 8 6 4 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 1.59 mm 3.18 mm 6.35 mm 0 0,25 0,5 0,75 Radial distance, r(mm) 1 Axial displacement, uz (m) Load 196.1 N 10 8 6 4 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 Axial displacement, u z (m) Axial displacement, u z (m) – Efeito da carga e do diâmetro do penetrador (esférico) – Análise numérica – Altura do pile-up Load 490.3 N 10 8 6 4 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 1.59 mm 3.18 mm 6.35 mm 0 0,25 0,5 0,75 Radial distance, r (mm) 1 34 roberto.souza@poli.usp.br
  • 35. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação de Substratos “moles” roberto.souza@poli.usp.br -10 -15 -20 (d) 2000 3000 10 8 6 4 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 4000 5000 1000 2000 3000 10 8 6 4 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 4000 5000 (c) 0 1000 2000 3000 4000 1000 2000 3000 20 15 10 5 0 -5 -10 -15 -20 (b) 0 0 5000 Axial Distance (micrometer) 1000 4000 5000 (e) 0 1000 2000 3000 4000 5000 20 15 10 5 0 -5 -10 -15 -20 (f) 0 1000 2000 3000 4000 Axial Distance (micrometer) 10 5 0 -5 50 40 30 20 10 0 -10 -20 -30 Axial Distance (micrometer) 20 15 Menos trincas 0 Diameter 1.59 mm 50 40 30 20 10 0 -10 -20 -30 (g) 0 Axial Distance (micromete r) Axial Distance (micrometer) (a) Axial Distance (micrometer) Axial Distance (micrometer) Axial Distance (micrometer) 10 8 6 4 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 Axial Distance (micrometer) Load 196.1 N Load 294.2 N Experimental – Efeito carga e diâmetro do penetrador (esférico) – Análise experimental (quantidade de trincas) Diameter 3.17 mm Diameter 6.35 mm Load 490.3 N • O que causa a flexão do filme? 1000 2000 3000 4000 5000 (h) 0 1000 2000 3000 4000 5000 50 40 30 20 10 0 Mais trincas 5000 -10 -20 -30 (i) 0 1000 2000 3000 4000 35 5000
  • 36. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação de Substratos “moles” Tensões responsáveis pela fratura do filme pile-up do substrato Deformação plástica na direção da carga  ABAQUS:Material com propriedades plásticas ortotrópicas roberto.souza@poli.usp.br 36
  • 37. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Indentação de Substratos “moles” Superfície (região de contato) Eixo de simetria Interface entre filme e substrato Interface entre material ortotrópico e isotrópico - Resultado: Diminuição das tensões responsáveis pela fratura roberto.souza@poli.usp.br [N.K. Fukumasu e R.M. Souza Surf. and Coatings Technol 2005] 37
  • 38. Escola Politécnica Universidade de São Paulo • Mecânica do contato Sumário – Relevância – Complexidade – Análise • Identificar característica mecânica – precisão da análise • Associar problema de contato com a característica mecânica • Propor alternativa para melhoria de desempenho • Exemplos de análise numérica – Indentação instrumentada (nanoindentação) – Indentação de sistema com filme resistente ao desgaste e substrato dútil – Esforços normais e tangenciais – Simulações por dinâmica molecular roberto.souza@poli.usp.br 38
  • 39. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Esforços Normais e Tangenciais • Scratch test em sistemas revestidos – sequência de estados de tensão [Holmberg et al. Wear 267 (2009) 2142–2156] roberto.souza@poli.usp.br 39
  • 40. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Esforços Normais e Tangenciais • Análise tridimensional por elementos finitos  Filme: isotrópico, elástico ou elasto-plástico  Substrato: com propriedades plásticas ortotrópicas roberto.souza@poli.usp.br 40
  • 41. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Esforços Normais e Tangenciais • Análise tridimensional por elementos finitos  Análise das componentes do coeficiente de atrito 0  friction   adhesion   ploughing  ploughing  roberto.souza@poli.usp.br Ortotr. Isotr. Flongitudin al Fnormal 41
  • 42. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Esforços Normais e Tangenciais • Ensaio pino sobre disco em materiais bifásicos Análise : Comportamento ao desgaste de discos de freio em ferro fundido vermicular - Durante os testes tribológicos: Veios de grafite recobertos roberto.souza@poli.usp.br 42
  • 43. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Esforços Normais e Tangenciais Análise: Tensões em nível microestrutural - ABAQUS + ppm2oof (NIST, USA) roberto.souza@poli.usp.br [N.K. Fukumasu et al. Wear 2005] 43
  • 44. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Esforços Normais e Tangenciais roberto.souza@poli.usp.br 44
  • 45. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Esforços Normais e Tangenciais roberto.souza@poli.usp.br 45
  • 46. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Esforços Normais e Tangenciais roberto.souza@poli.usp.br 46
  • 47. Escola Politécnica Universidade de São Paulo • Mecânica do contato Sumário – Relevância – Complexidade – Análise • Identificar característica mecânica – precisão da análise • Associar problema de contato com a característica mecânica • Propor alternativa para melhoria de desempenho • Exemplos de análise numérica – Indentação instrumentada (nanoindentação) – Indentação de sistema com filme resistente ao desgaste e substrato dútil – Esforços normais e tangenciais – Simulações por dinâmica molecular roberto.souza@poli.usp.br 47
  • 48. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Simulações por Dinâmica Molecular • Objetivo de longo prazo: Entendimento de fenômenos tribológicos no nível atômico • Etapas iniciais: esforços normais • Etapas atuais: esforços normais e tangenciais roberto.souza@poli.usp.br 48
  • 49. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Simulações por Dinâmica Molecular Exemplo: Esfera em contato com plano rígido (aspereza Ni diâmetro aprox. 2 nm) roberto.souza@poli.usp.br 49
  • 50. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Simulações por Dinâmica Molecular • Carregamento: 0. Movimento inicial roberto.souza@poli.usp.br Direção de movimento Fy, raio de contato e energia por distância
  • 51. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Simulações por Dinâmica Molecular • Carregamento: 0. Movimento inicial 1. Jump into contact – – Direção de movimento Aumento de área Força negativa JC Fenômeno de jump into contact: (a): imediatamente antes do ponto crítico (b): Depois do Jump into contact roberto.souza@poli.usp.br Fy, raio de contato e energia por distância
  • 52. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Simulações por Dinâmica Molecular • Carregamento: 0. Movimento inicial 1. Jump into contact – – – – Parâmetro de rede Ni 0,352nm Jump into contact (JC) ocorre em 0,4 nm Decréscimo de energia Aumento da área em degraus roberto.souza@poli.usp.br Direção de movimento JC Fy, raio de contato e energia por distância
  • 53. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Simulações por Dinâmica Molecular • Carregamento: 0. Movimento inicial 1. Jump into contact 2. “Compressão” – – – – Átomos em distâncias maiores que a de equilíbrio Energia atinge mínimo Átomos mais próximos que no equilíbrio Área de contato permance constante roberto.souza@poli.usp.br Direção de moviemento Geração e movimento de defeitos cristalinos Cha et al. Fortini et al. Fy, raio de contato e energia por distância
  • 54. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Simulações por Dinâmica Molecular • Carregamento: 0. Movimento inicial 1. Jump into contact 2. “Compressão” 3. Deformação plástica – – Direção de moviemento Aumento da área de contato Atinge-se o deslocamento máximo roberto.souza@poli.usp.br Fy, raio de contato e energia por distância
  • 55. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Simulações por Dinâmica Molecular • Descarregamento – Fratura não ocorre na interface – Adesão: transferência de material Material da aspereza e do plano é o mesmo Momento imediatamente anterior ao descolamento roberto.souza@poli.usp.br
  • 56. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Considerações Finais • Tentativa de mostrar que as análise numéricas são ferramentas úteis. Por exemplo, para: – Entendimento de fenômenos (contato, tribológicos) – Identificação do efeito de uma dada característica mecânica (propriedade mecânica, estado de tensões,…) – Propor alternativas de melhoria de uma dada aplicação, reduzindo o número de experimentos necessários 56 roberto.souza@poli.usp.br
  • 57. Escola Politécnica Universidade de São Paulo Agradecimentos • Órgãos governamentais: CAPES, CNPq e FAPESP • Colaboração com pesquisadores de ou atualmente na: – Universidade de São Paulo, Brasil – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil – Universidade Federal do ABC, Brasil – Universidade Federal de Brasília, Brasil – Mahle, Brasil – Universidad del Valle, Colômbia – Universidad de Ibagué, Colômbia – Universidad Nacional de Colombia, Medellín, Colômbia – Colorado School of Mines, E.U.A. – Universitat Politècnica de Catalunya, Espanha 57 roberto.souza@poli.usp.br