SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 40
Descargar para leer sin conexión
São Paulo – 18 de Outubro de 2013 
Curso Anual de Revisão em Hemodinâmica 
e Cardiologia Intervencionista 
SBHCI 2013 
Manuel Nicolas Cano 
Doutor em medicina pela Universidade de São Paulo 
Ablação Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva: Indicações, resultados e técnicas. 
Hospital do Coração – Associação do Sanatório Sírio – São Paulo – Brasil 
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – São Paulo – Brasil
CASO TRATADO COM SUCESSO COM RSP HISTÓRIA E ANTECEDENTES 
RCA, Masculino, 44 anos, técnico de enfermagem no Hcor. 
Queixa: Forte tontura e escurecimento de vista, hipotensão importante. Procurou atendimento no PS do hospital durante o trabalho.
ELETROCARDIOGRAMA PRÉ-ALCOOLIZAÇÃO 
RCA, Masculino, 44 anos. 10/09/2004 
Fibrilo-Flutter com Freqüência Ventricular: 20bpm
RCA, Masculino, 44 anos. 13/09/2004 
Marca-passo provisório. 
ELETROCARDIOGRAMA PRÉ-ALCOOLIZAÇÃO
RESULTADOS ECOCARDIOGRÁFICOS PRÉ-RSP 
RCA, Masculino, 44anos, 20/09/2004 
A 
B 
C 
D 
MAS 
VM 
VM 
SEPTO 
AE 
VE 
AD 
GRADIENTE VSVE 112mmHg
Aorta 
SEPTO 
DA 
PP 
VE 
27mm 
Nome: RCA Sexo: Masculino Idade: 44 anos 
RESULTADOS RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
PRÉ-RSP
CINECORONARIOGRAFIA 
RCA, Masculino, 44 anos. 13/09/2004 
SEPTAL
REDUÇÃO SEPTAL PERCUTÂNEA Data RSP: 23/09/2004 
RCA, Masculino, 44 anos. 
SEPTAL 
PRÉ-ASA 
PÓS-ASA 
SEPTAL 
OCLUÍDA
CURVAS DE PRESSÃO 
RCA, Masculino, 44 anos. 23/09/2004 
SEM GRADIENTE 
CURVA DE PRESSÃO 
VENTRICULAR 
CURVA DE PRESSÃO 
AÓRTICA 
GRADIENTE 
80mmHg 
PRÉ-ALCOOLIZAÇÃO 
PÓS-ALCOOLIZAÇÃO
RESULTADOS ECOCARDIOGRÁFICOS PÓS-ASA 
RCA, Masculino, 44anos, 18/05/2005 – 8 meses após RSP 
A 
B 
C 
D 
AUSÊNCIA MAS 
VM 
VM 
SEPTO 
AE 
Ao 
VSVE 
VD 
VE 
INSUFICIÊNCIA MITRAL MÍNIMA
RESULTADOS ECOCARDIOGRÁFICOS PÓS-ASA 
RCA, Masculino, 44anos, 11/04/2006 – 19 meses após ASA 
VSVE 
VD 
Gradiente 
5mmHg 
Seguimento Clínico Tardio: paciente permanece assintomático.
A primeira descrição moderna da Cardiomiopatia Hipertrófica foi em 1958 realizada por um patologista britânico, Dr Donald Teare, que a denominou de hipertrofia assimétrica do coração ao analisar os achados anatômicos de 9 vítimas de morte súbita em 6 famílias. 
Histologicamente, revelava bandas musculares em diferentes direções, separadas por tecido conectivo. 
Características: hipertrofia inexplicada do VE, desarranjo dos miócitos, ocorrência familiar e associação com morte súbita. 
É uma doença do sarcômero, altamente heterogênea, que envolve pelo menos 11 proteínas contráteis. Esta complexidade genética nos leva a diversidade na morfologia cardíaca, características fisiopatológicas e manifestações clinicas até na mesma família. 
Sigwart U, et al. Lancet 1995; 346: 211-14. 
Rigopoulus AG Hellenic J Cardiol 2009,50:511-522
CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA: REDUÇÃO SEPTAL PERCUTÂNEA 
É uma desordem miocárdica primária definida clinicamente pela presença de uma hipertrofia ventricular inexplicada. A prevalência na população geral tem sido estimada em 1:500 ,sendo a doença cardíaca transmitida geneticamente mais comum. É uma doença do sarcômero, altamente heterogênea, que envolve mais de 400 mutações em pelo menos 11 proteínas contráteis. Esta complexidade genética nos leva a diversidade na morfologia cardíaca, características fisiopatológicas e manifestações clinicas até na mesma família. 
Rigopoulus AG Hellenic J Cardiol 2009,50:511-522.
CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA: 
REDUÇÃO SEPTAL PERCUTÂNEA 
MANUSEIO DA CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA OBSTRUTIVA 
Marca-passo 
Redução 
Septal 
Percutânea 
Pacientes Sintomáticos Miomectomia 
refratários a tratamento 
Clínico com: 
• Beta bloqueador 
• Verapamil 
• Disopiramida
REDUÇÃO SEPTAL PERCUTÂNEA 
19.06.1994 
Sigwart U, et al. Lancet 1995; 346: 211-14.
•Refratários ao tratamento clínico. 
•Maior de 30 anos 
•Classe funcional III/IV da NYHA. 
•Angina Classe 3-4 CCS-AC 
•Muito sintomático 
•Síncope induzida por exercício ou hipotensão ao esforço. 
•Re-intervenção: 
–Cirurgia de Miomectomia 
–Marcapasso Definitivo. 
–redução septal percutânea da primeira septal. 
•Pacientes com elevado risco cirúrgico. 
CRITÉRIO CLÍNICO 
•Relação septo / parede posterior >1.3. 
•Espessura do septo ≥16mm. 
•Gradiente em repouso > 30mmHg. 
•Gradiente induzido >50mmHg. 
•Movimento Anterior Sistólico (MAS). 
•Insuficiência mitral discreta a moderada. 
CRITÉRIO ECOCARDIOGRÁFICO 
Seggewiss H , et al. Rev Esp Cardiol 2003; 56:1153-1159 – 
NYHA (New York Heart Association) – CCS-AC (Canadian Cardiovascular Society - Angina Classification) 
Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica 
CRITÉRIO ANATÔMICO 
É necessária a presença de um ramo septal apropriado 
Critérios de Seleção
A técnica original de Sigwart de Ablação Septal Percutânea tem sofrido, até o momento, diversas modificações para melhorar a indentificação do ramo septal e diminuir as complicações. Um catéter eletrodo bipolar é colocado na ponta do ventrículo direito por via venosa e permanece até 48 horas após o procedimento. A artéria coronária esquerda é cateterizada com catéter guía 6F ou 7F de angioplastia coronária. 
CATÉTER 
ELETRODO 
BIPOLAR 
Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica 
Redução Septal Percutânea - Técnica 
Sigwart U, et al. Lancet 1995; 346: 211-14.
O primeiro grande ramo septal da artéria DA é abordado com fio guia de ATC 0,014 polegadas. É introduzido um catéter balão de diâmetro 0,5mm maior ao ramo septal, é inflado no 1/3 proximal. 
OCLUSÃO DO RAMO 
SEPTAL POR BALÃO 
Sigwart U, et al. Lancet 1995; 346: 211-14. 
Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica Redução Septal Percutânea - Técnica
Depois da retirada do guia de arame, injeta-se contraste pelo lúmen do balão para observar que NÃO exista refluxo para a artéria descendente anterior. Além disso, NÃO deve haver opacificação de outros ramos coronarianos através de artérias colaterais. 
INJEÇÃO DE 
CONTRASTE 
Sigwart U, et al. Lancet 1995; 346: 211-14. 
Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica 
Redução Septal Percutânea - Técnica
Posteriormente, injeta-se contraste ecocardiográfico através do lúmen do balão para verificar a relação entre o segmento do septo opacificado por este ramo e o local de maior gradiente na via de saída do ventrículo esquerdo. 
CONTRASTE 
ECOCARDIOGRÁFICO 
Sigwart U, et al. Lancet 1995; 346: 211-14. 
Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica 
Redução Septal Percutânea - Técnica
Uma vez identificado o ramo septal a ser tratado, injeta 1ml de álcool por cada centímetro de espessura de septo à velocidade de 0,5ml por minuto dependendo das mudanças ECGs e hemodinâmicas. 
Após 10 minutos, lava-se com 10ml de soro fisiológico; o balão é desinsuflado e retirado da coronária. 
OCLUSÃO DA ARTÉRIA POR ÁLCOOL 
Sigwart U, et al. Lancet 1995; 346: 211-14. 
Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica 
Redução Septal Percutânea - Técnica
Nos últimos anos, foi tentado substituir o Álcool por outros elementos de oclusão do ramo septal. 
• Molas (coils); 
• Partículas de Álcool Polivinil; 
• Pontas de fios guias 0,014 
• Cola de cianoacrilato; 
• Partículas de gelatina; 
• Radiofrequência; 
• Crioablação percutânea. Entretanto, nenhum destes métodos prosperou, devido a que o álcool joga um papel fundamental na fisiopatologia da redução septal. 
Rigopoulos AG, et al. Circ J. 2010 Dec 24;75(1):28-37. 
Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica 
Redução Septal Percutânea - Técnica
•O álcool produz toxicidade direta que leva necrose de coagulação tanto do miocárdio quanto da artéria septal e dos ramos atingidos. 
•Dentro das artérias o sangue coagula junto com partículas necróticas, e um infiltrado neutrofílico aparece à margem do tecido necrosado. 
•O edema aparece precocemente. O músculo é substituído por tecido fibroso tardiamente após vários dias. 
Baggish AL, et al. Heart 2006; 92: 1773-1778. 
Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica 
FISIOPATOLOGIA DA UTILIZAÇÃO DO ÁLCOOL
•A progressão das alterações histológicas e hemodinâmicas 
1- Perioperatório: Acinesia septal basal com do gradiente. 
2- A área necrótica sofre expansão edematosa do gradiente 
3- Formação da escara e redução do septo com do gradiente. 
•O álcool evita o desenvolvimento de colaterais no território miocárdico irrigado pelo ramo septal, permitindo tardiamente a cicatriz e a diminuição da espessura do septo. 
Baggish AL, et al. Heart 2006; 92: 1773-1778. 
Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica 
FISIOPATOLOGIA DA UTILIZAÇÃO DO ÁLCOOL
RESULTADOS IMEDIATOS E TARDIOS
CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA 
Resultados Imediatos 
Hemodinâmico 
- Redução do gradiente em ≥ 50% 
Ecocardiografia 
- Redução do movimento anterior sistólico 
da valva mitral 
- Redução da insuficiência mitral 
- Septo anterobasal acinético / hipocinético
CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA 
Resultados Imediatos 
ECG 
- QS em V1 - BCRD - Elevação importante de enzimas: - Troponina - CKMB 
Cinecoronariografia 
- Oclusão do ramo septal
1 
The PCR-EAPCI Textbook – Percutaneous interventional cardiovascular medicine 2012 Alcohol septal ablation for hypertrophic obstructive cardiomyopathy Hubert Seggewiss, Angelos G. Rigopoulos 
CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA OBSTRUTIVA RESULTADOS DA ABLAÇÃO SEPTAL PERCUTÂNEA
Idade média: 
59 ± 14 anos 
Classe Funcional 
em 1 ano 
94% (P<0,001) 
RESULTADOS em 1 ano 
Gradiente repouso 
79% (P≤0,001) 
Gradiente estimulado 
77,4% (P≤0,001) 
Jensen MK., et al. Circ Cardiovasc Interv. 2011 Jun;4(3):256-65. 
Entre 1999 e 2010 
313 procedimentos em 279 pacientes
Seguimento em anos 
1 ano 
5 anos 
10 anos 
P 
Sobrevida 
97% 
87% 
67% 
0,06 
Pacientes < 60 anos 
99% 
94% 
88% 
0,12 
Jensen MK., et al. Circ Cardiovasc Interv. 2011 Jun;4(3):256-65. 
SOBREVIDA RELACIONADA AO TEMPO DE SEGUIMENTO 
A idade foi o único preditor associado a sobrevida (HR, 2,4; 95% IC0,9-5.7; P=0,006)
JACC 2011 Nov 22;58(22):2322-8 
SOBREVIDA APÓS ABLAÇÃO SEPTAL – N =874 
Ano 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
Sobrevida 
96,8% 
94,3% 
93,6% 
90,5% 
85,6% 
83,0% 
81,2% 
81,2% 
74,2% 
IC Lim. inf 0.955 0.924 0.915 0.872 0.809 0.774 0.748 0.748 0.638 
IC Lim. sup 0.981 0.963 0.958 0.938 0.906 0.891 0.883 0.883 0.863
Leonardi RA, et al. Circ Cardiovasc Interv 2010 
As taxas de Óbito e Morte Súbita foram baixas.
Agarwal S, et al. J Am Coll Cardiol 2010;55:823-834.
Agarwal S, et al. J Am Coll Cardiol 2010;55:823-834.
Agarwal S, et al. J Am Coll Cardiol 2010;55:823-834. 
• Sem diferença na sobrevida a curto e longo prazo 
• Sem diferença melhora dos sintomas 
• Sem diferença na melhora da classe funcional 
• Sem diferença na frequencia de arritmias 
• Sem diferença nas taxas de repetição de procedimentos 
• Sem diferença na melhoria do refluxo mitral 
• Maior necessidade de marcapasso
ACC/AHA Guidelines – Septal Reduction Therapy 
Class IIa 
•Surgical septal myectomy, when performed in experienced centers can be beneficial and is the first consideration of the majority of eligible patients with HCM with severe drug-refractory symptoms and LVOT obstruction. (Level of Evidence: B) 
Gersh et al: Circ/JACC, 2011
ACC/AHA Guidelines – Septal Reduction Therapy 
Class IIb 
•When surgery is contraindicated or the risk is considered unacceptable because of serious comorbidities or advanced age, alcohol septal ablation, when performed in experienced centers, can be beneficial. (Level of Evidence: B 
•Alcohol septal ablation when performed in experienced centers, maybe considered as an alternative to surgical myectomy for eligible adult patients with HCM with severe drug-refractory symptoms and LVOT obstruction when, after a balanced and thorough discussion, the patient expresses a preference for septal ablation. (Level of Evidence: B) 
Gersh et al: Circ/JACC, 2011
ACC/AHA Guidelines – Alcohol Septal Ablation 
Class III 
Alcohol septal ablation should not be done in patients with HCM who are less than 21 years of age and is discouraged in adults less than 40 years of age if myectomy is a viable option. (Level of Evidence: C) 
Gersh et al: Circ/JACC, 2011
MUITO OBRIGADO !!!

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Neurorradiologia AVC isquêmico e hemorrágico
Neurorradiologia AVC isquêmico e hemorrágicoNeurorradiologia AVC isquêmico e hemorrágico
Neurorradiologia AVC isquêmico e hemorrágicoBruna Cesário
 
Apresentacao anvisa
Apresentacao anvisaApresentacao anvisa
Apresentacao anvisa07082001
 
Aula 3 arritmias
Aula 3  arritmiasAula 3  arritmias
Aula 3 arritmiasprofsempre
 
Síndrome do desfiladeiro torácico
Síndrome do desfiladeiro torácicoSíndrome do desfiladeiro torácico
Síndrome do desfiladeiro torácicoChristian Sgarbi
 
Classificação de-risco-para-prioridade-de-atend
Classificação de-risco-para-prioridade-de-atendClassificação de-risco-para-prioridade-de-atend
Classificação de-risco-para-prioridade-de-atendairtoncs1966
 
Aula Trombose Venosa Profunda (TVP) - Ortopedia
Aula Trombose Venosa Profunda (TVP) - OrtopediaAula Trombose Venosa Profunda (TVP) - Ortopedia
Aula Trombose Venosa Profunda (TVP) - OrtopediaDavid Sadigursky
 
Ventilação Mecânica Não Invasiva
Ventilação Mecânica Não InvasivaVentilação Mecânica Não Invasiva
Ventilação Mecânica Não InvasivaFábio Falcão
 
Ventilação mecânica
Ventilação mecânicaVentilação mecânica
Ventilação mecânicaresenfe2013
 
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiro
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiroUltrassonografia na Síndrome do desfiladeiro
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiroIared
 
Monitorização Parte I e Parte II.pptx
Monitorização Parte I e Parte II.pptxMonitorização Parte I e Parte II.pptx
Monitorização Parte I e Parte II.pptxEduardoMachado69756
 
2022_ACLS_Handbook português.pdf
2022_ACLS_Handbook português.pdf2022_ACLS_Handbook português.pdf
2022_ACLS_Handbook português.pdfPedroMatanaGondim
 
Fluido-responsividade - aula resumida
Fluido-responsividade - aula resumidaFluido-responsividade - aula resumida
Fluido-responsividade - aula resumidaAlexandre Francisco
 
Aula 3 - Anatomia Radiologica Fratura.pdf
Aula 3 - Anatomia Radiologica Fratura.pdfAula 3 - Anatomia Radiologica Fratura.pdf
Aula 3 - Anatomia Radiologica Fratura.pdfJoelLucasMartins1
 
Roteiro ausculta-cardiaca+pulmonar (2018 06-24 12_46_34 utc)
Roteiro ausculta-cardiaca+pulmonar (2018 06-24 12_46_34 utc)Roteiro ausculta-cardiaca+pulmonar (2018 06-24 12_46_34 utc)
Roteiro ausculta-cardiaca+pulmonar (2018 06-24 12_46_34 utc)amobsb
 

La actualidad más candente (20)

Neurorradiologia AVC isquêmico e hemorrágico
Neurorradiologia AVC isquêmico e hemorrágicoNeurorradiologia AVC isquêmico e hemorrágico
Neurorradiologia AVC isquêmico e hemorrágico
 
AVC Hemorragico
AVC HemorragicoAVC Hemorragico
AVC Hemorragico
 
O corpo e a moda
O corpo e a moda O corpo e a moda
O corpo e a moda
 
Apresentacao anvisa
Apresentacao anvisaApresentacao anvisa
Apresentacao anvisa
 
Aula 3 arritmias
Aula 3  arritmiasAula 3  arritmias
Aula 3 arritmias
 
Sinais vitais
Sinais vitais Sinais vitais
Sinais vitais
 
Síndrome do desfiladeiro torácico
Síndrome do desfiladeiro torácicoSíndrome do desfiladeiro torácico
Síndrome do desfiladeiro torácico
 
Classificação de-risco-para-prioridade-de-atend
Classificação de-risco-para-prioridade-de-atendClassificação de-risco-para-prioridade-de-atend
Classificação de-risco-para-prioridade-de-atend
 
Aula Trombose Venosa Profunda (TVP) - Ortopedia
Aula Trombose Venosa Profunda (TVP) - OrtopediaAula Trombose Venosa Profunda (TVP) - Ortopedia
Aula Trombose Venosa Profunda (TVP) - Ortopedia
 
Anestesia sedacao
Anestesia   sedacaoAnestesia   sedacao
Anestesia sedacao
 
Ventilação Mecânica Não Invasiva
Ventilação Mecânica Não InvasivaVentilação Mecânica Não Invasiva
Ventilação Mecânica Não Invasiva
 
Oxigenoterapia - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
Oxigenoterapia - Dr. José Alexandre Pires de AlmeidaOxigenoterapia - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
Oxigenoterapia - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
 
Ventilação mecânica
Ventilação mecânicaVentilação mecânica
Ventilação mecânica
 
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiro
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiroUltrassonografia na Síndrome do desfiladeiro
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiro
 
Monitorização Parte I e Parte II.pptx
Monitorização Parte I e Parte II.pptxMonitorização Parte I e Parte II.pptx
Monitorização Parte I e Parte II.pptx
 
2022_ACLS_Handbook português.pdf
2022_ACLS_Handbook português.pdf2022_ACLS_Handbook português.pdf
2022_ACLS_Handbook português.pdf
 
Fluido-responsividade - aula resumida
Fluido-responsividade - aula resumidaFluido-responsividade - aula resumida
Fluido-responsividade - aula resumida
 
Aula 3 - Anatomia Radiologica Fratura.pdf
Aula 3 - Anatomia Radiologica Fratura.pdfAula 3 - Anatomia Radiologica Fratura.pdf
Aula 3 - Anatomia Radiologica Fratura.pdf
 
Trauma na criança
Trauma na criança  Trauma na criança
Trauma na criança
 
Roteiro ausculta-cardiaca+pulmonar (2018 06-24 12_46_34 utc)
Roteiro ausculta-cardiaca+pulmonar (2018 06-24 12_46_34 utc)Roteiro ausculta-cardiaca+pulmonar (2018 06-24 12_46_34 utc)
Roteiro ausculta-cardiaca+pulmonar (2018 06-24 12_46_34 utc)
 

Similar a Ablação Septal Percutânea na Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva

Fibrilação atrial - aspectos práticos e atualizações.
Fibrilação atrial - aspectos práticos e atualizações. Fibrilação atrial - aspectos práticos e atualizações.
Fibrilação atrial - aspectos práticos e atualizações. Carlos Volponi Lovatto
 
Trabajo cardiología
Trabajo cardiologíaTrabajo cardiología
Trabajo cardiologíaGema FL
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdiojaquerpereira
 
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptx
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptxCASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptx
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptxLuisDaviDiniz2
 
Parada Cardiorrespiratória
Parada CardiorrespiratóriaParada Cardiorrespiratória
Parada CardiorrespiratóriaPaula Oliveira
 
AULA M PAES LEME FUNDAMENTOS C CARD.pdf
AULA M PAES LEME FUNDAMENTOS C CARD.pdfAULA M PAES LEME FUNDAMENTOS C CARD.pdf
AULA M PAES LEME FUNDAMENTOS C CARD.pdfShunierFajardo
 
Endomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renal
Endomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renalEndomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renal
Endomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renalgisa_legal
 
Intervenção Coronária Percutânea
Intervenção Coronária PercutâneaIntervenção Coronária Percutânea
Intervenção Coronária Percutânearesenfe2013
 
Infartoagudodomiocrdio 120204054416-phpapp01
Infartoagudodomiocrdio 120204054416-phpapp01Infartoagudodomiocrdio 120204054416-phpapp01
Infartoagudodomiocrdio 120204054416-phpapp01Vlc_val
 
Cirurgias paliativas em cardiopatias congênitas
Cirurgias paliativas em cardiopatias congênitasCirurgias paliativas em cardiopatias congênitas
Cirurgias paliativas em cardiopatias congênitasgisa_legal
 
Cirurgia de Revascularização do Miocárdio e de Troca de Válvulas
Cirurgia de Revascularização do Miocárdio e de Troca de VálvulasCirurgia de Revascularização do Miocárdio e de Troca de Válvulas
Cirurgia de Revascularização do Miocárdio e de Troca de Válvulasresenfe2013
 

Similar a Ablação Septal Percutânea na Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva (20)

Fibrilação atrial - aspectos práticos e atualizações.
Fibrilação atrial - aspectos práticos e atualizações. Fibrilação atrial - aspectos práticos e atualizações.
Fibrilação atrial - aspectos práticos e atualizações.
 
Trabajo cardiología
Trabajo cardiologíaTrabajo cardiología
Trabajo cardiología
 
Fisiologia Cardiovascular
Fisiologia CardiovascularFisiologia Cardiovascular
Fisiologia Cardiovascular
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdio
 
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptx
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptxCASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptx
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptx
 
Parada Cardiorrespiratória
Parada CardiorrespiratóriaParada Cardiorrespiratória
Parada Cardiorrespiratória
 
AULA M PAES LEME FUNDAMENTOS C CARD.pdf
AULA M PAES LEME FUNDAMENTOS C CARD.pdfAULA M PAES LEME FUNDAMENTOS C CARD.pdf
AULA M PAES LEME FUNDAMENTOS C CARD.pdf
 
Ppt rcp 2014 (1)
Ppt rcp 2014 (1)Ppt rcp 2014 (1)
Ppt rcp 2014 (1)
 
Persistência do Canal Arterial (PCA) em recém-nascidos pré-termo: diagnóstico
Persistência do Canal Arterial (PCA) em recém-nascidos pré-termo: diagnósticoPersistência do Canal Arterial (PCA) em recém-nascidos pré-termo: diagnóstico
Persistência do Canal Arterial (PCA) em recém-nascidos pré-termo: diagnóstico
 
Endomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renal
Endomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renalEndomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renal
Endomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renal
 
1 arterite
1 arterite1 arterite
1 arterite
 
RCP
RCPRCP
RCP
 
Caso clínico
Caso clínicoCaso clínico
Caso clínico
 
rcp.pdf
rcp.pdfrcp.pdf
rcp.pdf
 
Intervenção Coronária Percutânea
Intervenção Coronária PercutâneaIntervenção Coronária Percutânea
Intervenção Coronária Percutânea
 
Infartoagudodomiocrdio 120204054416-phpapp01
Infartoagudodomiocrdio 120204054416-phpapp01Infartoagudodomiocrdio 120204054416-phpapp01
Infartoagudodomiocrdio 120204054416-phpapp01
 
Cirurgias paliativas em cardiopatias congênitas
Cirurgias paliativas em cardiopatias congênitasCirurgias paliativas em cardiopatias congênitas
Cirurgias paliativas em cardiopatias congênitas
 
Cirurgia de Revascularização do Miocárdio e de Troca de Válvulas
Cirurgia de Revascularização do Miocárdio e de Troca de VálvulasCirurgia de Revascularização do Miocárdio e de Troca de Válvulas
Cirurgia de Revascularização do Miocárdio e de Troca de Válvulas
 
Relatório
RelatórioRelatório
Relatório
 
1332097248 choque cardiog
1332097248 choque cardiog1332097248 choque cardiog
1332097248 choque cardiog
 

Último

cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 
Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024RicardoTST2
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 

Último (10)

cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 
Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 

Ablação Septal Percutânea na Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva

  • 1.
  • 2. São Paulo – 18 de Outubro de 2013 Curso Anual de Revisão em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista SBHCI 2013 Manuel Nicolas Cano Doutor em medicina pela Universidade de São Paulo Ablação Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva: Indicações, resultados e técnicas. Hospital do Coração – Associação do Sanatório Sírio – São Paulo – Brasil Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – São Paulo – Brasil
  • 3. CASO TRATADO COM SUCESSO COM RSP HISTÓRIA E ANTECEDENTES RCA, Masculino, 44 anos, técnico de enfermagem no Hcor. Queixa: Forte tontura e escurecimento de vista, hipotensão importante. Procurou atendimento no PS do hospital durante o trabalho.
  • 4. ELETROCARDIOGRAMA PRÉ-ALCOOLIZAÇÃO RCA, Masculino, 44 anos. 10/09/2004 Fibrilo-Flutter com Freqüência Ventricular: 20bpm
  • 5. RCA, Masculino, 44 anos. 13/09/2004 Marca-passo provisório. ELETROCARDIOGRAMA PRÉ-ALCOOLIZAÇÃO
  • 6. RESULTADOS ECOCARDIOGRÁFICOS PRÉ-RSP RCA, Masculino, 44anos, 20/09/2004 A B C D MAS VM VM SEPTO AE VE AD GRADIENTE VSVE 112mmHg
  • 7. Aorta SEPTO DA PP VE 27mm Nome: RCA Sexo: Masculino Idade: 44 anos RESULTADOS RESSONÂNCIA MAGNÉTICA PRÉ-RSP
  • 8. CINECORONARIOGRAFIA RCA, Masculino, 44 anos. 13/09/2004 SEPTAL
  • 9. REDUÇÃO SEPTAL PERCUTÂNEA Data RSP: 23/09/2004 RCA, Masculino, 44 anos. SEPTAL PRÉ-ASA PÓS-ASA SEPTAL OCLUÍDA
  • 10. CURVAS DE PRESSÃO RCA, Masculino, 44 anos. 23/09/2004 SEM GRADIENTE CURVA DE PRESSÃO VENTRICULAR CURVA DE PRESSÃO AÓRTICA GRADIENTE 80mmHg PRÉ-ALCOOLIZAÇÃO PÓS-ALCOOLIZAÇÃO
  • 11. RESULTADOS ECOCARDIOGRÁFICOS PÓS-ASA RCA, Masculino, 44anos, 18/05/2005 – 8 meses após RSP A B C D AUSÊNCIA MAS VM VM SEPTO AE Ao VSVE VD VE INSUFICIÊNCIA MITRAL MÍNIMA
  • 12. RESULTADOS ECOCARDIOGRÁFICOS PÓS-ASA RCA, Masculino, 44anos, 11/04/2006 – 19 meses após ASA VSVE VD Gradiente 5mmHg Seguimento Clínico Tardio: paciente permanece assintomático.
  • 13. A primeira descrição moderna da Cardiomiopatia Hipertrófica foi em 1958 realizada por um patologista britânico, Dr Donald Teare, que a denominou de hipertrofia assimétrica do coração ao analisar os achados anatômicos de 9 vítimas de morte súbita em 6 famílias. Histologicamente, revelava bandas musculares em diferentes direções, separadas por tecido conectivo. Características: hipertrofia inexplicada do VE, desarranjo dos miócitos, ocorrência familiar e associação com morte súbita. É uma doença do sarcômero, altamente heterogênea, que envolve pelo menos 11 proteínas contráteis. Esta complexidade genética nos leva a diversidade na morfologia cardíaca, características fisiopatológicas e manifestações clinicas até na mesma família. Sigwart U, et al. Lancet 1995; 346: 211-14. Rigopoulus AG Hellenic J Cardiol 2009,50:511-522
  • 14. CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA: REDUÇÃO SEPTAL PERCUTÂNEA É uma desordem miocárdica primária definida clinicamente pela presença de uma hipertrofia ventricular inexplicada. A prevalência na população geral tem sido estimada em 1:500 ,sendo a doença cardíaca transmitida geneticamente mais comum. É uma doença do sarcômero, altamente heterogênea, que envolve mais de 400 mutações em pelo menos 11 proteínas contráteis. Esta complexidade genética nos leva a diversidade na morfologia cardíaca, características fisiopatológicas e manifestações clinicas até na mesma família. Rigopoulus AG Hellenic J Cardiol 2009,50:511-522.
  • 15. CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA: REDUÇÃO SEPTAL PERCUTÂNEA MANUSEIO DA CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA OBSTRUTIVA Marca-passo Redução Septal Percutânea Pacientes Sintomáticos Miomectomia refratários a tratamento Clínico com: • Beta bloqueador • Verapamil • Disopiramida
  • 16. REDUÇÃO SEPTAL PERCUTÂNEA 19.06.1994 Sigwart U, et al. Lancet 1995; 346: 211-14.
  • 17. •Refratários ao tratamento clínico. •Maior de 30 anos •Classe funcional III/IV da NYHA. •Angina Classe 3-4 CCS-AC •Muito sintomático •Síncope induzida por exercício ou hipotensão ao esforço. •Re-intervenção: –Cirurgia de Miomectomia –Marcapasso Definitivo. –redução septal percutânea da primeira septal. •Pacientes com elevado risco cirúrgico. CRITÉRIO CLÍNICO •Relação septo / parede posterior >1.3. •Espessura do septo ≥16mm. •Gradiente em repouso > 30mmHg. •Gradiente induzido >50mmHg. •Movimento Anterior Sistólico (MAS). •Insuficiência mitral discreta a moderada. CRITÉRIO ECOCARDIOGRÁFICO Seggewiss H , et al. Rev Esp Cardiol 2003; 56:1153-1159 – NYHA (New York Heart Association) – CCS-AC (Canadian Cardiovascular Society - Angina Classification) Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica CRITÉRIO ANATÔMICO É necessária a presença de um ramo septal apropriado Critérios de Seleção
  • 18. A técnica original de Sigwart de Ablação Septal Percutânea tem sofrido, até o momento, diversas modificações para melhorar a indentificação do ramo septal e diminuir as complicações. Um catéter eletrodo bipolar é colocado na ponta do ventrículo direito por via venosa e permanece até 48 horas após o procedimento. A artéria coronária esquerda é cateterizada com catéter guía 6F ou 7F de angioplastia coronária. CATÉTER ELETRODO BIPOLAR Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica Redução Septal Percutânea - Técnica Sigwart U, et al. Lancet 1995; 346: 211-14.
  • 19. O primeiro grande ramo septal da artéria DA é abordado com fio guia de ATC 0,014 polegadas. É introduzido um catéter balão de diâmetro 0,5mm maior ao ramo septal, é inflado no 1/3 proximal. OCLUSÃO DO RAMO SEPTAL POR BALÃO Sigwart U, et al. Lancet 1995; 346: 211-14. Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica Redução Septal Percutânea - Técnica
  • 20. Depois da retirada do guia de arame, injeta-se contraste pelo lúmen do balão para observar que NÃO exista refluxo para a artéria descendente anterior. Além disso, NÃO deve haver opacificação de outros ramos coronarianos através de artérias colaterais. INJEÇÃO DE CONTRASTE Sigwart U, et al. Lancet 1995; 346: 211-14. Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica Redução Septal Percutânea - Técnica
  • 21. Posteriormente, injeta-se contraste ecocardiográfico através do lúmen do balão para verificar a relação entre o segmento do septo opacificado por este ramo e o local de maior gradiente na via de saída do ventrículo esquerdo. CONTRASTE ECOCARDIOGRÁFICO Sigwart U, et al. Lancet 1995; 346: 211-14. Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica Redução Septal Percutânea - Técnica
  • 22. Uma vez identificado o ramo septal a ser tratado, injeta 1ml de álcool por cada centímetro de espessura de septo à velocidade de 0,5ml por minuto dependendo das mudanças ECGs e hemodinâmicas. Após 10 minutos, lava-se com 10ml de soro fisiológico; o balão é desinsuflado e retirado da coronária. OCLUSÃO DA ARTÉRIA POR ÁLCOOL Sigwart U, et al. Lancet 1995; 346: 211-14. Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica Redução Septal Percutânea - Técnica
  • 23. Nos últimos anos, foi tentado substituir o Álcool por outros elementos de oclusão do ramo septal. • Molas (coils); • Partículas de Álcool Polivinil; • Pontas de fios guias 0,014 • Cola de cianoacrilato; • Partículas de gelatina; • Radiofrequência; • Crioablação percutânea. Entretanto, nenhum destes métodos prosperou, devido a que o álcool joga um papel fundamental na fisiopatologia da redução septal. Rigopoulos AG, et al. Circ J. 2010 Dec 24;75(1):28-37. Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica Redução Septal Percutânea - Técnica
  • 24. •O álcool produz toxicidade direta que leva necrose de coagulação tanto do miocárdio quanto da artéria septal e dos ramos atingidos. •Dentro das artérias o sangue coagula junto com partículas necróticas, e um infiltrado neutrofílico aparece à margem do tecido necrosado. •O edema aparece precocemente. O músculo é substituído por tecido fibroso tardiamente após vários dias. Baggish AL, et al. Heart 2006; 92: 1773-1778. Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica FISIOPATOLOGIA DA UTILIZAÇÃO DO ÁLCOOL
  • 25. •A progressão das alterações histológicas e hemodinâmicas 1- Perioperatório: Acinesia septal basal com do gradiente. 2- A área necrótica sofre expansão edematosa do gradiente 3- Formação da escara e redução do septo com do gradiente. •O álcool evita o desenvolvimento de colaterais no território miocárdico irrigado pelo ramo septal, permitindo tardiamente a cicatriz e a diminuição da espessura do septo. Baggish AL, et al. Heart 2006; 92: 1773-1778. Tratamento Percutâneo de Redução Septal na Cardiomiopatia Hipertrófica FISIOPATOLOGIA DA UTILIZAÇÃO DO ÁLCOOL
  • 27. CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA Resultados Imediatos Hemodinâmico - Redução do gradiente em ≥ 50% Ecocardiografia - Redução do movimento anterior sistólico da valva mitral - Redução da insuficiência mitral - Septo anterobasal acinético / hipocinético
  • 28. CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA Resultados Imediatos ECG - QS em V1 - BCRD - Elevação importante de enzimas: - Troponina - CKMB Cinecoronariografia - Oclusão do ramo septal
  • 29. 1 The PCR-EAPCI Textbook – Percutaneous interventional cardiovascular medicine 2012 Alcohol septal ablation for hypertrophic obstructive cardiomyopathy Hubert Seggewiss, Angelos G. Rigopoulos CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA OBSTRUTIVA RESULTADOS DA ABLAÇÃO SEPTAL PERCUTÂNEA
  • 30. Idade média: 59 ± 14 anos Classe Funcional em 1 ano 94% (P<0,001) RESULTADOS em 1 ano Gradiente repouso 79% (P≤0,001) Gradiente estimulado 77,4% (P≤0,001) Jensen MK., et al. Circ Cardiovasc Interv. 2011 Jun;4(3):256-65. Entre 1999 e 2010 313 procedimentos em 279 pacientes
  • 31. Seguimento em anos 1 ano 5 anos 10 anos P Sobrevida 97% 87% 67% 0,06 Pacientes < 60 anos 99% 94% 88% 0,12 Jensen MK., et al. Circ Cardiovasc Interv. 2011 Jun;4(3):256-65. SOBREVIDA RELACIONADA AO TEMPO DE SEGUIMENTO A idade foi o único preditor associado a sobrevida (HR, 2,4; 95% IC0,9-5.7; P=0,006)
  • 32. JACC 2011 Nov 22;58(22):2322-8 SOBREVIDA APÓS ABLAÇÃO SEPTAL – N =874 Ano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Sobrevida 96,8% 94,3% 93,6% 90,5% 85,6% 83,0% 81,2% 81,2% 74,2% IC Lim. inf 0.955 0.924 0.915 0.872 0.809 0.774 0.748 0.748 0.638 IC Lim. sup 0.981 0.963 0.958 0.938 0.906 0.891 0.883 0.883 0.863
  • 33. Leonardi RA, et al. Circ Cardiovasc Interv 2010 As taxas de Óbito e Morte Súbita foram baixas.
  • 34. Agarwal S, et al. J Am Coll Cardiol 2010;55:823-834.
  • 35. Agarwal S, et al. J Am Coll Cardiol 2010;55:823-834.
  • 36. Agarwal S, et al. J Am Coll Cardiol 2010;55:823-834. • Sem diferença na sobrevida a curto e longo prazo • Sem diferença melhora dos sintomas • Sem diferença na melhora da classe funcional • Sem diferença na frequencia de arritmias • Sem diferença nas taxas de repetição de procedimentos • Sem diferença na melhoria do refluxo mitral • Maior necessidade de marcapasso
  • 37. ACC/AHA Guidelines – Septal Reduction Therapy Class IIa •Surgical septal myectomy, when performed in experienced centers can be beneficial and is the first consideration of the majority of eligible patients with HCM with severe drug-refractory symptoms and LVOT obstruction. (Level of Evidence: B) Gersh et al: Circ/JACC, 2011
  • 38. ACC/AHA Guidelines – Septal Reduction Therapy Class IIb •When surgery is contraindicated or the risk is considered unacceptable because of serious comorbidities or advanced age, alcohol septal ablation, when performed in experienced centers, can be beneficial. (Level of Evidence: B •Alcohol septal ablation when performed in experienced centers, maybe considered as an alternative to surgical myectomy for eligible adult patients with HCM with severe drug-refractory symptoms and LVOT obstruction when, after a balanced and thorough discussion, the patient expresses a preference for septal ablation. (Level of Evidence: B) Gersh et al: Circ/JACC, 2011
  • 39. ACC/AHA Guidelines – Alcohol Septal Ablation Class III Alcohol septal ablation should not be done in patients with HCM who are less than 21 years of age and is discouraged in adults less than 40 years of age if myectomy is a viable option. (Level of Evidence: C) Gersh et al: Circ/JACC, 2011