SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 8
Descargar para leer sin conexión
1
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
O Projeto Diretrizes, iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal
de Medicina, tem por objetivo conciliar informações da área médica a fim de padronizar
condutas que auxiliem o raciocínio e a tomada de decisão do médico. As informações contidas
neste projeto devem ser submetidas à avaliação e à crítica do médico, responsável pela conduta
a ser seguida, frente à realidade e ao estado clínico de cada paciente.
Alergias: Imunoterapia Específica
Autoria: Sociedade Brasileira de
Alergia e Imunopatologia
Elaboração Final: 10 de julho de 2002
Participantes: Seba JB
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
2 Alergias: Imunoterapia Específica
DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIAS:
Texto redigido a partir de consulta a trabalhos científicos originais,
artigos de revisão, livros nacionais e internacionais publicados até 2001.
GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA:
A: Estudos experimentais e observacionais de melhor consistência.
B: Estudos experimentais e observacionais de menor consistência.
C: Relatos de casos (estudos não controlados).
D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos,
estudos fisiológicos ou modelos animais.
OBJETIVOS:
1. Definir normas para realização de testes alergológicos;
2. Definir critérios para administração da imunoterapia específica.
CONFLITO DE INTERESSE:
Nenhum conflito de interesse declarado.
3Alergias: Imunoterapia Específica
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
INTRODUÇÃO
A imunoterapia foi introduzida por Noon e Freeman em 1911,
inicialmente destinada para tratamento da rinite alérgica. Con-
siste na administração de alérgenos em doses crescentes, com o
objetivo de dessensibilizar os pacientes alérgicos ou de prevenir os
sintomas decorrentes da exposição natural a esses alérgenos1
(D).
A seleção e a concentração dos alérgenos a serem utilizados na
imunoterapia específica são baseadas nos resultados dos testes
alergológicos, que fornecem dados precisos para uma adequada
avaliação, qualitativa e quantitativa, do perfil das doenças
alérgicas2
(D) 3
(C). Os mesmos extratos alergênicos utilizados nos
testes alergológicos devem ser, preferencialmente, utilizados na
imunoterapia específica4
(D).
A Organização Mundial de Saúde recomenda a imunoterapia
específica como uma forma de tratamento comprovadamente efi-
caz nas doenças alérgicas mediadas pela IgE, como rinoconjuntivite
alérgica, asma atópica e reações alérgicas ao veneno de picada de
insetos. Está ainda indicada nos pacientes com baixa resposta ou
efeitos colaterais graves aos medicamentos empregados no con-
trole sintomático da asma e outras manifestações alérgicas5
(D).
PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES
QUANTO AO LOCAL ONDE SE REALIZA O
PROCEDIMENTO4-6
(D)
Condições básicas do local destinado à realização de testes
alergológicos, diluição e aplicação de imunoterapia alérgeno-
específica:
• Área física com luminosidade e ventilação adequada, com
geladeira tipo doméstico;
• O mobiliário deve ser simples, com linhas retas que facilitem
a limpeza e a conservação;
• O material deverá estar acondicionado em local apropriado de
fácil acesso e limpo;
• Os extratos alergênicos devem ser estocados, em geladeira, à
temperatura de 4º
C a 17º
C.
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
4 Alergias: Imunoterapia Específica
RECURSOS HUMANOS
A diluição e a utilização dos extratos
alergênicos para fins diagnóstico e tera-
pêutico são procedimentos inerentes à prá-
tica médica. Recomenda-se, portanto, que
testes alergológicos e a imunoterapia
alérgeno-específica sejam realizados por
médico especializado ou por profissional
técnico devidamente treinado, e, nesse caso,
obrigatoriamente supervisionado pelo
médico6
(D) 7
(B).
A imunoterapia alérgeno-específica pode ser
indicada por via subcutânea ou através das
mucosas, utilizando-se extratos diluídos em
diferentes soluções carreadoras. As diluições
dos extratos alergênicos para imunoterapia
específica deverão ser realizadas pelo próprio
médico4
(D).
A administração, por via subcutânea, deve
ser realizada no consultório, clínicas ou hospi-
tais. Em casos especiais, será permitida a apli-
cação por farmacêuticos ou por enfermeiros em
postos de saúde6
(D).
MATERIAIS NECESSÁRIOS4-6
(D)
Considera-se como materiais imprescindí-
veis para a realização de testes e preparo de
imunoterapia específica:
• Seringas, agulhas, puntores descartáveis,
algodão, álcool iodado;
• Medicamentos de emergência incluem
adrenalina, anti-histamínico, corticosteróide
e broncodilatador;
• Material para intubação endotraqueal e
ventilação.
FUNDAMENTOS TÉCNICOS
Indicações
A imunoterapia específica está indicada no
tratamento da rinoconjuntivite alérgica, asma
alérgica, reações ao veneno de insetos, e em
outras doenças de hipersensibilidade mediadas
por IgE5
(D).
Extratos alergênicos
A qualidade dos extratos alergênicos é crucial
tanto para a fidedignidade do diagnóstico, quan-
to para o sucesso do tratamento. O material
deve ser padronizado de acordo com as normas
internacionais, obedecendo à legislação vigente
no país8,9
(D).
Seleção de extratos alergênicos
A escolha varia em função da história clí-
nica. O teste alergológico cutâneo é um exa-
me complementar que auxilia na identificação
causal das doenças alérgicas e na determina-
ção da dose inicial da imunoterapia específica.
Doses subótimas são ineficazes e doses supra-
ótimas podem produzir reações adversas
graves10,11
(D)12
(A), que incluem, embora mui-
to raramente, o óbito7
(B).
Diluição dos extratos alergênicos13
(D)
Considerações ao diluir extratos alergênicos
para a imunoterapia específica:
• Dose ótima para obter uma resposta tera-
pêutica eficaz;
• Compatibilidade na mistura entre os
diferentes extratos alergênicos.
5Alergias: Imunoterapia Específica
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
Início e aumento de dose
A dose inicial deve ser selecionada com base
na sensibilidade de cada paciente, por meio do
teste cutâneo. Doses progressivamente crescen-
tes deverão ser administradas em intervalos re-
gulares, até se atingir a dose ótima de manu-
tenção. Ocorrendo reações locais ou focais,
considerar a utilização de menores concentra-
ções ou a interrupção imediata da imunoterapia
específica14-18
(D).
GUIA PARA IMUNOTERAPIA ESPECÍFICA
Técnica
Após assepsia da pele, injetar por via sub-
cutânea, após aspiração. Se vier sangue, des-
prezar o material e repetir a aplicação em
outro local. Após a aplicação, pressionar o
local por 15 a 20 segundos e não massagear.
Observar o paciente por 30 minutos, pelo
risco de reações imediatas. Se necessário,
poderá ser indicado o uso prévio de anti-
histamínico para reduzir a prevalência de
efeitos sistêmicos4,5
(D).
Reações locais
Eritema, edema ou prurido, considerar
o prosseguimento da imunoterapia específica
com cuidados adicionais ou a sua inter-
rupção4,5,9
(D) 7
(B).
Reações sistêmicas4,5,19,20
(D)
Reações moderadas: prurido, espirros,
tosse, eritema difuso, urticária, angioedema
e taquipnéia, que na maioria das vezes res-
pondem bem ao uso de anti-histamínicos. A
incidência é maior na fase inicial ou de
indução da imunoterapia específica. Quase
todas as reações acontecem até 30 minutos
após a injeção.
Reações graves incluem crise de asma e
reações anafiláticas7
(B). Ao primeiro sinal de
reação sistêmica, recomenda-se aplicação sub-
cutânea de solução milesimal de epinefrina, e
de anti-histamínico e glicocorticóide por via
intramuscular. Hospitalização pode ser neces-
sária. Interromper, de imediato, o uso da
imunoterapia específica.
Contra-indicações relativas4,15
(D)
Asma corticóide-dependente, gestação,
dermatite atópica grave, paciente idoso e crian-
ças abaixo de dois anos.
Contra-indicações absolutas4,15
(D)
Doenças malignas, doenças auto-imunes,
distúrbios psíquicos graves, uso de beta-
bloqueadores adrenérgicos, doença alérgica não
mediada por IgE e condições de risco para o
uso de epinefrina.
Considerações adicionais4
(D)
• Conservar o frasco em geladeira afastado do
congelador;
• Desprezar o material se houver precipitação
ou turvação do conteúdo;
• Observar data de validade;
• Evitar exercícios por duas horas após
injeção;
• Suspender a aplicação se o paciente
apresentar reações.
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
6 Alergias: Imunoterapia Específica
Duração da imunoterapia específica21
(B)
22,23
(A) 24
(B) 25,26
(D)
A imunoterapia específica deverá ser desconti-
nuada, após um ano de uso da dose de manuten-
ção,seopacientenãoapresentarmelhora.Reavaliar
o perfil alergológico e a indicação terapêutica.
Nos pacientes com boa resposta clínica
com a imunoterapia alérgeno-específica, o
tratamento deverá ser mantido por dois a
quatro anos. A dose ótima de manutenção
é variável, devendo ser estabelecida a cada
caso.
7Alergias: Imunoterapia Específica
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
REFERÊNCIAS
1. Noon L. Prophylactic inoculation against
hay fever. Lancet 191l;i:1572-3. In:
Bousquet J, Demoly P, Michel FB.
Allergen immunotherapy in the 21st
century: therapeutic vaccines for allergic
diseases. 57th
Annual Meeting (Handouts)
AAAAI; 2001.
2. Ownby DR, Adinoff AD. The appropriate
use of skin testing and allergen immuno-
therapy in young children. J Allergy Clin
Immunol 1994; 94:662-5.
3. Rosario NA, Vilela MM. Quantitative skin
prick tests and serum IgE antibodies in
atopic asthmatics. J Investig Allergol Clin
Immunol 1997; 7:40-5.
4. Seba J, Mendes N, Rosário N, França
A. Guia prático de utilização de extra-
tos alergênicos para fins diagnóstico e
terapêutico nas doenças alérgicas.
Rev Bras Alergia Imunopatol 2001;24:
116-9.
5. Bousquet J, Lockey R, Malling HJ. Allergen
immunotherapy: therapeutic vaccines for
allergic diseases: a WHO position paper. J
Allergy Clin Immunol 1998; 102:558-62.
6. Resolução do Cremerj n: 181/2002. Diá-
rio Oficial do Estado do Rio de Janeiro.
16 abril, 2002: 34 – Parte V.
7. Lockey RF, Benedict LM, Turkeltaub PC,
Bukantz SC. Fatalities from immu-
notherapy (IT) and skin testing (ST). J
Allergy Clin Immunol 1987; 79:660-77.
8. Seba J, Mendes N. Rumos da imunoterapia
alérgeno-específica (editorial). Rev Bras
Alergia Imunopatol 2001; 24:75-6.
9. Lockey RF, Bukantz SC, editors. Allergens
and allergen immunotherapy. In: Clinical
allergy and immunology. 2nd ed. New York:
Marcel Dekker; 1999.
10. Allergen products (Producta allergenica)
European Pharmacopeia 1997: p.1063-8.
11. Bousquet J, Michel F. Standardization of
allergens. In: Spector S, editor. Provocation
testing in clinical practice. New York:
Marcel Dekker; 1994. p.15-50.
12. Walker SM, Pajno GB, Lima MT, Wilson
DR, Durham SR. Grass pollen
immunotherapy for seasonal rhinitis and
asthma: a randomized, controlled trial. J
Allergy Clin Immunol 2001; 107:87-93.
13. Nelson HS, Ikle D, Buchmeier A. Studies
of allergen extract stability: the effects of
dilution and mixing. J Allergy Clin
Immunol 1996; 98:382-8.
14. Durham SR, Till SJ. Immunologic changes
associated with allergen immunotherapy. J
Allergy Clin Immunol 1998; 102:157-64.
15. European Academy of Allergology and
Clinical Immunology. Position paper:
Immunotherapy. Allergy 1993; 48:7-35.
16. International Consensus Report on
diagnosis and management of asthma.
International Asthma Management Project.
Allergy 1992; 47:1-61.
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
8 Alergias: Imunoterapia Específica
17. International Consensus Report on
diagnosis and management of rhinitis.
International Rhinitis Management
Working Group. Allergy 1994; 49:1-34.
18. Global strategy for asthma management and
prevention. WHO/NHLBI workshop
report:NationalInstitutesofHealth,National
Heart, Lung and Blood Institute, Publication
Number 95-3659; January 1995.
19. Stewart GE 2nd, Lockey RF. Systemic
reactions from allergen immunotherapy.
J Allergy Clin Immunol 1992; 90:
567-78.
20. Personnel and equipment to treat systemic
reactions caused by immunotherapy with
allergenic extracts. American Academy of
Allergy and Immunology. J Allergy Clin
Immunol 1986; 77:271-3.
21. FantaC,BohleB,HirtW,SiemannU,Horak
F, Kraft D, et al. Systemic immunological
changes induced by administration of grass
pollen allergens via the oral mucosa during
sublingual immunotherapy. Int Arch Allergy
Immunol 1999; 120:218-24.
22. Naclerio RM, Proud D, Moylan B, Balcer
S, Freidhoff L, Kagey-Sobotka A, et al. A
double-blind study of the discontinuation
of ragweed immunotherapy. J Allergy Clin
Immunol 1997; 100:293-300.
23. Durham SR, Walker SM, Varga EM,
Jacobson MR, O’Brien F, Noble W, et al.
Long-term clinical efficacy of grass-pollen
immunotherapy. N Engl J Med 1999;
341:468-75.
24. Des Roches A, Paradis L, Menardo JL,
Bouges S, Daures JP, Bousquet J.
Immunotherapy with a standardized
Dermatophagoides pteronyssinus extract:
VI specific immunotherapy prevents the
onset of new sensitizations in children. J
Allergy Clin Immunol 1997; 99:450-3.
25. Johnstone DE. Immunotherapy in
children: past, present, and future. (Part II).
Ann Allergy 1981; 46:59-66.
26. Jacobsen L, Dreborg S, Moller C, Valovirta
E, Wahn U, Niggemann B, et al.
Immunotherapy as a preventive treatment.
J Allergy Clin Immunol 1996; 97:232.

Más contenido relacionado

Similar a Imunoterapia Específica Alergias

Asma de dificil controle
Asma de dificil controleAsma de dificil controle
Asma de dificil controleFlávia Salame
 
Meios de contraste iodado
Meios de contraste iodadoMeios de contraste iodado
Meios de contraste iodadoEdna Souza
 
Aulasepsisuti 6ano-130130065348-phpapp01
Aulasepsisuti 6ano-130130065348-phpapp01Aulasepsisuti 6ano-130130065348-phpapp01
Aulasepsisuti 6ano-130130065348-phpapp01Magali Barros
 
Aim pac1 apresent caso
Aim pac1   apresent casoAim pac1   apresent caso
Aim pac1 apresent casoRenato sg
 
Prontuario Terapeutico
Prontuario TerapeuticoProntuario Terapeutico
Prontuario Terapeuticonuno
 
Uso de antibioticos pmc
Uso de antibioticos pmcUso de antibioticos pmc
Uso de antibioticos pmcRodrigo Calado
 
Lupus eritematoso sistemico tto
Lupus eritematoso sistemico   ttoLupus eritematoso sistemico   tto
Lupus eritematoso sistemico ttoIsabelle Gontijo
 
Imunodiagnóstico
ImunodiagnósticoImunodiagnóstico
Imunodiagnósticorwportela
 
Diagnóstico anclivepa
Diagnóstico anclivepaDiagnóstico anclivepa
Diagnóstico ancliveparwportela
 
Administração de injetáveis.pptx
Administração de injetáveis.pptxAdministração de injetáveis.pptx
Administração de injetáveis.pptxLarissaCampos96
 
Bula Sinovac-Butantan
Bula Sinovac-ButantanBula Sinovac-Butantan
Bula Sinovac-ButantanLia Prado
 
Câncer_tratamento-quimiterápico (1).pdf
Câncer_tratamento-quimiterápico (1).pdfCâncer_tratamento-quimiterápico (1).pdf
Câncer_tratamento-quimiterápico (1).pdfEnfermagemUniavan
 
Farmacoterapia das infecções
Farmacoterapia das infecçõesFarmacoterapia das infecções
Farmacoterapia das infecçõesCristina Nassis
 
Bula Coronavac Instituto ButantannZqAapNkAtD0QdDPB7YvjgINpkYlui7K.pdf
Bula Coronavac Instituto ButantannZqAapNkAtD0QdDPB7YvjgINpkYlui7K.pdfBula Coronavac Instituto ButantannZqAapNkAtD0QdDPB7YvjgINpkYlui7K.pdf
Bula Coronavac Instituto ButantannZqAapNkAtD0QdDPB7YvjgINpkYlui7K.pdfELIAS OMEGA
 

Similar a Imunoterapia Específica Alergias (20)

Asma de dificil controle
Asma de dificil controleAsma de dificil controle
Asma de dificil controle
 
meios-de-contraste.pdf
meios-de-contraste.pdfmeios-de-contraste.pdf
meios-de-contraste.pdf
 
Meios de contraste iodado
Meios de contraste iodadoMeios de contraste iodado
Meios de contraste iodado
 
Aulasepsisuti 6ano-130130065348-phpapp01
Aulasepsisuti 6ano-130130065348-phpapp01Aulasepsisuti 6ano-130130065348-phpapp01
Aulasepsisuti 6ano-130130065348-phpapp01
 
Diagnóstico das alérgias
Diagnóstico das alérgias Diagnóstico das alérgias
Diagnóstico das alérgias
 
Diagnóstico das alérgias.
Diagnóstico das alérgias.Diagnóstico das alérgias.
Diagnóstico das alérgias.
 
Aim pac1 apresent caso
Aim pac1   apresent casoAim pac1   apresent caso
Aim pac1 apresent caso
 
Prontuario Terapeutico
Prontuario TerapeuticoProntuario Terapeutico
Prontuario Terapeutico
 
Injetáveis.pptx
Injetáveis.pptxInjetáveis.pptx
Injetáveis.pptx
 
Uso de antibioticos pmc
Uso de antibioticos pmcUso de antibioticos pmc
Uso de antibioticos pmc
 
Lupus eritematoso sistemico tto
Lupus eritematoso sistemico   ttoLupus eritematoso sistemico   tto
Lupus eritematoso sistemico tto
 
Artrite 2001
Artrite 2001Artrite 2001
Artrite 2001
 
Imunodiagnóstico
ImunodiagnósticoImunodiagnóstico
Imunodiagnóstico
 
Diagnóstico anclivepa
Diagnóstico anclivepaDiagnóstico anclivepa
Diagnóstico anclivepa
 
Administração de injetáveis.pptx
Administração de injetáveis.pptxAdministração de injetáveis.pptx
Administração de injetáveis.pptx
 
Bula Sinovac-Butantan
Bula Sinovac-ButantanBula Sinovac-Butantan
Bula Sinovac-Butantan
 
Gripe A Influenza H1 N1
Gripe A Influenza H1 N1Gripe A Influenza H1 N1
Gripe A Influenza H1 N1
 
Câncer_tratamento-quimiterápico (1).pdf
Câncer_tratamento-quimiterápico (1).pdfCâncer_tratamento-quimiterápico (1).pdf
Câncer_tratamento-quimiterápico (1).pdf
 
Farmacoterapia das infecções
Farmacoterapia das infecçõesFarmacoterapia das infecções
Farmacoterapia das infecções
 
Bula Coronavac Instituto ButantannZqAapNkAtD0QdDPB7YvjgINpkYlui7K.pdf
Bula Coronavac Instituto ButantannZqAapNkAtD0QdDPB7YvjgINpkYlui7K.pdfBula Coronavac Instituto ButantannZqAapNkAtD0QdDPB7YvjgINpkYlui7K.pdf
Bula Coronavac Instituto ButantannZqAapNkAtD0QdDPB7YvjgINpkYlui7K.pdf
 

Más de Arquivo-FClinico

Ebola Ministério da Saúde
Ebola Ministério da SaúdeEbola Ministério da Saúde
Ebola Ministério da SaúdeArquivo-FClinico
 
Diretrizes brasileiras de diabetes 2013/2014
Diretrizes brasileiras de diabetes 2013/2014Diretrizes brasileiras de diabetes 2013/2014
Diretrizes brasileiras de diabetes 2013/2014Arquivo-FClinico
 
Armazenamento e descarte de medicamentos e materiais
Armazenamento e descarte de medicamentos e materiaisArmazenamento e descarte de medicamentos e materiais
Armazenamento e descarte de medicamentos e materiaisArquivo-FClinico
 
Farmacovigilância - Hospital Sírio Libanês
Farmacovigilância - Hospital Sírio LibanêsFarmacovigilância - Hospital Sírio Libanês
Farmacovigilância - Hospital Sírio LibanêsArquivo-FClinico
 
Barreiras de segurança no processo de medicação unidade internação
Barreiras de segurança no processo de medicação   unidade internaçãoBarreiras de segurança no processo de medicação   unidade internação
Barreiras de segurança no processo de medicação unidade internaçãoArquivo-FClinico
 
Busca ativa de reações adversas a medicamentos ram
Busca ativa de reações adversas a medicamentos   ramBusca ativa de reações adversas a medicamentos   ram
Busca ativa de reações adversas a medicamentos ramArquivo-FClinico
 
Avaliação de prescrição e protocolos de tratamento oncológico
Avaliação de prescrição e protocolos de tratamento oncológicoAvaliação de prescrição e protocolos de tratamento oncológico
Avaliação de prescrição e protocolos de tratamento oncológicoArquivo-FClinico
 
Cristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínicaCristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínicaArquivo-FClinico
 
Medicamentos de atenção especial
Medicamentos de atenção especialMedicamentos de atenção especial
Medicamentos de atenção especialArquivo-FClinico
 
Nomes de medicamentos semelhantes na pronúncia ou na escrita
Nomes de medicamentos semelhantes na pronúncia ou na escritaNomes de medicamentos semelhantes na pronúncia ou na escrita
Nomes de medicamentos semelhantes na pronúncia ou na escritaArquivo-FClinico
 
Fluxo de medicamentos da farmácia oncológica
Fluxo de medicamentos da farmácia oncológicaFluxo de medicamentos da farmácia oncológica
Fluxo de medicamentos da farmácia oncológicaArquivo-FClinico
 
Antidepressivos brats 2012
Antidepressivos brats 2012Antidepressivos brats 2012
Antidepressivos brats 2012Arquivo-FClinico
 
Refluxo gastroesofágico - MS
Refluxo gastroesofágico - MSRefluxo gastroesofágico - MS
Refluxo gastroesofágico - MSArquivo-FClinico
 
Hipertensão arterial - MS
Hipertensão arterial - MSHipertensão arterial - MS
Hipertensão arterial - MSArquivo-FClinico
 
Hipertensão arterial referencias - MS
Hipertensão arterial referencias - MSHipertensão arterial referencias - MS
Hipertensão arterial referencias - MSArquivo-FClinico
 
Epilepsia referencias - MS
Epilepsia referencias - MSEpilepsia referencias - MS
Epilepsia referencias - MSArquivo-FClinico
 

Más de Arquivo-FClinico (20)

Ebola Ministério da Saúde
Ebola Ministério da SaúdeEbola Ministério da Saúde
Ebola Ministério da Saúde
 
Diretrizes brasileiras de diabetes 2013/2014
Diretrizes brasileiras de diabetes 2013/2014Diretrizes brasileiras de diabetes 2013/2014
Diretrizes brasileiras de diabetes 2013/2014
 
Armazenamento e descarte de medicamentos e materiais
Armazenamento e descarte de medicamentos e materiaisArmazenamento e descarte de medicamentos e materiais
Armazenamento e descarte de medicamentos e materiais
 
Farmacovigilância - Hospital Sírio Libanês
Farmacovigilância - Hospital Sírio LibanêsFarmacovigilância - Hospital Sírio Libanês
Farmacovigilância - Hospital Sírio Libanês
 
Barreiras de segurança no processo de medicação unidade internação
Barreiras de segurança no processo de medicação   unidade internaçãoBarreiras de segurança no processo de medicação   unidade internação
Barreiras de segurança no processo de medicação unidade internação
 
Busca ativa de reações adversas a medicamentos ram
Busca ativa de reações adversas a medicamentos   ramBusca ativa de reações adversas a medicamentos   ram
Busca ativa de reações adversas a medicamentos ram
 
Avaliação de prescrição e protocolos de tratamento oncológico
Avaliação de prescrição e protocolos de tratamento oncológicoAvaliação de prescrição e protocolos de tratamento oncológico
Avaliação de prescrição e protocolos de tratamento oncológico
 
Cristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínicaCristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínica
 
Medicamentos de atenção especial
Medicamentos de atenção especialMedicamentos de atenção especial
Medicamentos de atenção especial
 
Nomes de medicamentos semelhantes na pronúncia ou na escrita
Nomes de medicamentos semelhantes na pronúncia ou na escritaNomes de medicamentos semelhantes na pronúncia ou na escrita
Nomes de medicamentos semelhantes na pronúncia ou na escrita
 
Fluxo de medicamentos da farmácia oncológica
Fluxo de medicamentos da farmácia oncológicaFluxo de medicamentos da farmácia oncológica
Fluxo de medicamentos da farmácia oncológica
 
Antidepressivos brats 2012
Antidepressivos brats 2012Antidepressivos brats 2012
Antidepressivos brats 2012
 
Osteoporose
OsteoporoseOsteoporose
Osteoporose
 
Refluxo gastroesofágico - MS
Refluxo gastroesofágico - MSRefluxo gastroesofágico - MS
Refluxo gastroesofágico - MS
 
Osteoporose -MS
Osteoporose -MSOsteoporose -MS
Osteoporose -MS
 
Hipertensão arterial - MS
Hipertensão arterial - MSHipertensão arterial - MS
Hipertensão arterial - MS
 
Hipertensão arterial referencias - MS
Hipertensão arterial referencias - MSHipertensão arterial referencias - MS
Hipertensão arterial referencias - MS
 
Glaucoma - MS
Glaucoma - MSGlaucoma - MS
Glaucoma - MS
 
Epilepsia - MS
Epilepsia - MSEpilepsia - MS
Epilepsia - MS
 
Epilepsia referencias - MS
Epilepsia referencias - MSEpilepsia referencias - MS
Epilepsia referencias - MS
 

Imunoterapia Específica Alergias

  • 1. 1 Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina O Projeto Diretrizes, iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, tem por objetivo conciliar informações da área médica a fim de padronizar condutas que auxiliem o raciocínio e a tomada de decisão do médico. As informações contidas neste projeto devem ser submetidas à avaliação e à crítica do médico, responsável pela conduta a ser seguida, frente à realidade e ao estado clínico de cada paciente. Alergias: Imunoterapia Específica Autoria: Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia Elaboração Final: 10 de julho de 2002 Participantes: Seba JB
  • 2. Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina 2 Alergias: Imunoterapia Específica DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIAS: Texto redigido a partir de consulta a trabalhos científicos originais, artigos de revisão, livros nacionais e internacionais publicados até 2001. GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA: A: Estudos experimentais e observacionais de melhor consistência. B: Estudos experimentais e observacionais de menor consistência. C: Relatos de casos (estudos não controlados). D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais. OBJETIVOS: 1. Definir normas para realização de testes alergológicos; 2. Definir critérios para administração da imunoterapia específica. CONFLITO DE INTERESSE: Nenhum conflito de interesse declarado.
  • 3. 3Alergias: Imunoterapia Específica Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina INTRODUÇÃO A imunoterapia foi introduzida por Noon e Freeman em 1911, inicialmente destinada para tratamento da rinite alérgica. Con- siste na administração de alérgenos em doses crescentes, com o objetivo de dessensibilizar os pacientes alérgicos ou de prevenir os sintomas decorrentes da exposição natural a esses alérgenos1 (D). A seleção e a concentração dos alérgenos a serem utilizados na imunoterapia específica são baseadas nos resultados dos testes alergológicos, que fornecem dados precisos para uma adequada avaliação, qualitativa e quantitativa, do perfil das doenças alérgicas2 (D) 3 (C). Os mesmos extratos alergênicos utilizados nos testes alergológicos devem ser, preferencialmente, utilizados na imunoterapia específica4 (D). A Organização Mundial de Saúde recomenda a imunoterapia específica como uma forma de tratamento comprovadamente efi- caz nas doenças alérgicas mediadas pela IgE, como rinoconjuntivite alérgica, asma atópica e reações alérgicas ao veneno de picada de insetos. Está ainda indicada nos pacientes com baixa resposta ou efeitos colaterais graves aos medicamentos empregados no con- trole sintomático da asma e outras manifestações alérgicas5 (D). PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES QUANTO AO LOCAL ONDE SE REALIZA O PROCEDIMENTO4-6 (D) Condições básicas do local destinado à realização de testes alergológicos, diluição e aplicação de imunoterapia alérgeno- específica: • Área física com luminosidade e ventilação adequada, com geladeira tipo doméstico; • O mobiliário deve ser simples, com linhas retas que facilitem a limpeza e a conservação; • O material deverá estar acondicionado em local apropriado de fácil acesso e limpo; • Os extratos alergênicos devem ser estocados, em geladeira, à temperatura de 4º C a 17º C.
  • 4. Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina 4 Alergias: Imunoterapia Específica RECURSOS HUMANOS A diluição e a utilização dos extratos alergênicos para fins diagnóstico e tera- pêutico são procedimentos inerentes à prá- tica médica. Recomenda-se, portanto, que testes alergológicos e a imunoterapia alérgeno-específica sejam realizados por médico especializado ou por profissional técnico devidamente treinado, e, nesse caso, obrigatoriamente supervisionado pelo médico6 (D) 7 (B). A imunoterapia alérgeno-específica pode ser indicada por via subcutânea ou através das mucosas, utilizando-se extratos diluídos em diferentes soluções carreadoras. As diluições dos extratos alergênicos para imunoterapia específica deverão ser realizadas pelo próprio médico4 (D). A administração, por via subcutânea, deve ser realizada no consultório, clínicas ou hospi- tais. Em casos especiais, será permitida a apli- cação por farmacêuticos ou por enfermeiros em postos de saúde6 (D). MATERIAIS NECESSÁRIOS4-6 (D) Considera-se como materiais imprescindí- veis para a realização de testes e preparo de imunoterapia específica: • Seringas, agulhas, puntores descartáveis, algodão, álcool iodado; • Medicamentos de emergência incluem adrenalina, anti-histamínico, corticosteróide e broncodilatador; • Material para intubação endotraqueal e ventilação. FUNDAMENTOS TÉCNICOS Indicações A imunoterapia específica está indicada no tratamento da rinoconjuntivite alérgica, asma alérgica, reações ao veneno de insetos, e em outras doenças de hipersensibilidade mediadas por IgE5 (D). Extratos alergênicos A qualidade dos extratos alergênicos é crucial tanto para a fidedignidade do diagnóstico, quan- to para o sucesso do tratamento. O material deve ser padronizado de acordo com as normas internacionais, obedecendo à legislação vigente no país8,9 (D). Seleção de extratos alergênicos A escolha varia em função da história clí- nica. O teste alergológico cutâneo é um exa- me complementar que auxilia na identificação causal das doenças alérgicas e na determina- ção da dose inicial da imunoterapia específica. Doses subótimas são ineficazes e doses supra- ótimas podem produzir reações adversas graves10,11 (D)12 (A), que incluem, embora mui- to raramente, o óbito7 (B). Diluição dos extratos alergênicos13 (D) Considerações ao diluir extratos alergênicos para a imunoterapia específica: • Dose ótima para obter uma resposta tera- pêutica eficaz; • Compatibilidade na mistura entre os diferentes extratos alergênicos.
  • 5. 5Alergias: Imunoterapia Específica Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina Início e aumento de dose A dose inicial deve ser selecionada com base na sensibilidade de cada paciente, por meio do teste cutâneo. Doses progressivamente crescen- tes deverão ser administradas em intervalos re- gulares, até se atingir a dose ótima de manu- tenção. Ocorrendo reações locais ou focais, considerar a utilização de menores concentra- ções ou a interrupção imediata da imunoterapia específica14-18 (D). GUIA PARA IMUNOTERAPIA ESPECÍFICA Técnica Após assepsia da pele, injetar por via sub- cutânea, após aspiração. Se vier sangue, des- prezar o material e repetir a aplicação em outro local. Após a aplicação, pressionar o local por 15 a 20 segundos e não massagear. Observar o paciente por 30 minutos, pelo risco de reações imediatas. Se necessário, poderá ser indicado o uso prévio de anti- histamínico para reduzir a prevalência de efeitos sistêmicos4,5 (D). Reações locais Eritema, edema ou prurido, considerar o prosseguimento da imunoterapia específica com cuidados adicionais ou a sua inter- rupção4,5,9 (D) 7 (B). Reações sistêmicas4,5,19,20 (D) Reações moderadas: prurido, espirros, tosse, eritema difuso, urticária, angioedema e taquipnéia, que na maioria das vezes res- pondem bem ao uso de anti-histamínicos. A incidência é maior na fase inicial ou de indução da imunoterapia específica. Quase todas as reações acontecem até 30 minutos após a injeção. Reações graves incluem crise de asma e reações anafiláticas7 (B). Ao primeiro sinal de reação sistêmica, recomenda-se aplicação sub- cutânea de solução milesimal de epinefrina, e de anti-histamínico e glicocorticóide por via intramuscular. Hospitalização pode ser neces- sária. Interromper, de imediato, o uso da imunoterapia específica. Contra-indicações relativas4,15 (D) Asma corticóide-dependente, gestação, dermatite atópica grave, paciente idoso e crian- ças abaixo de dois anos. Contra-indicações absolutas4,15 (D) Doenças malignas, doenças auto-imunes, distúrbios psíquicos graves, uso de beta- bloqueadores adrenérgicos, doença alérgica não mediada por IgE e condições de risco para o uso de epinefrina. Considerações adicionais4 (D) • Conservar o frasco em geladeira afastado do congelador; • Desprezar o material se houver precipitação ou turvação do conteúdo; • Observar data de validade; • Evitar exercícios por duas horas após injeção; • Suspender a aplicação se o paciente apresentar reações.
  • 6. Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina 6 Alergias: Imunoterapia Específica Duração da imunoterapia específica21 (B) 22,23 (A) 24 (B) 25,26 (D) A imunoterapia específica deverá ser desconti- nuada, após um ano de uso da dose de manuten- ção,seopacientenãoapresentarmelhora.Reavaliar o perfil alergológico e a indicação terapêutica. Nos pacientes com boa resposta clínica com a imunoterapia alérgeno-específica, o tratamento deverá ser mantido por dois a quatro anos. A dose ótima de manutenção é variável, devendo ser estabelecida a cada caso.
  • 7. 7Alergias: Imunoterapia Específica Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina REFERÊNCIAS 1. Noon L. Prophylactic inoculation against hay fever. Lancet 191l;i:1572-3. In: Bousquet J, Demoly P, Michel FB. Allergen immunotherapy in the 21st century: therapeutic vaccines for allergic diseases. 57th Annual Meeting (Handouts) AAAAI; 2001. 2. Ownby DR, Adinoff AD. The appropriate use of skin testing and allergen immuno- therapy in young children. J Allergy Clin Immunol 1994; 94:662-5. 3. Rosario NA, Vilela MM. Quantitative skin prick tests and serum IgE antibodies in atopic asthmatics. J Investig Allergol Clin Immunol 1997; 7:40-5. 4. Seba J, Mendes N, Rosário N, França A. Guia prático de utilização de extra- tos alergênicos para fins diagnóstico e terapêutico nas doenças alérgicas. Rev Bras Alergia Imunopatol 2001;24: 116-9. 5. Bousquet J, Lockey R, Malling HJ. Allergen immunotherapy: therapeutic vaccines for allergic diseases: a WHO position paper. J Allergy Clin Immunol 1998; 102:558-62. 6. Resolução do Cremerj n: 181/2002. Diá- rio Oficial do Estado do Rio de Janeiro. 16 abril, 2002: 34 – Parte V. 7. Lockey RF, Benedict LM, Turkeltaub PC, Bukantz SC. Fatalities from immu- notherapy (IT) and skin testing (ST). J Allergy Clin Immunol 1987; 79:660-77. 8. Seba J, Mendes N. Rumos da imunoterapia alérgeno-específica (editorial). Rev Bras Alergia Imunopatol 2001; 24:75-6. 9. Lockey RF, Bukantz SC, editors. Allergens and allergen immunotherapy. In: Clinical allergy and immunology. 2nd ed. New York: Marcel Dekker; 1999. 10. Allergen products (Producta allergenica) European Pharmacopeia 1997: p.1063-8. 11. Bousquet J, Michel F. Standardization of allergens. In: Spector S, editor. Provocation testing in clinical practice. New York: Marcel Dekker; 1994. p.15-50. 12. Walker SM, Pajno GB, Lima MT, Wilson DR, Durham SR. Grass pollen immunotherapy for seasonal rhinitis and asthma: a randomized, controlled trial. J Allergy Clin Immunol 2001; 107:87-93. 13. Nelson HS, Ikle D, Buchmeier A. Studies of allergen extract stability: the effects of dilution and mixing. J Allergy Clin Immunol 1996; 98:382-8. 14. Durham SR, Till SJ. Immunologic changes associated with allergen immunotherapy. J Allergy Clin Immunol 1998; 102:157-64. 15. European Academy of Allergology and Clinical Immunology. Position paper: Immunotherapy. Allergy 1993; 48:7-35. 16. International Consensus Report on diagnosis and management of asthma. International Asthma Management Project. Allergy 1992; 47:1-61.
  • 8. Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina 8 Alergias: Imunoterapia Específica 17. International Consensus Report on diagnosis and management of rhinitis. International Rhinitis Management Working Group. Allergy 1994; 49:1-34. 18. Global strategy for asthma management and prevention. WHO/NHLBI workshop report:NationalInstitutesofHealth,National Heart, Lung and Blood Institute, Publication Number 95-3659; January 1995. 19. Stewart GE 2nd, Lockey RF. Systemic reactions from allergen immunotherapy. J Allergy Clin Immunol 1992; 90: 567-78. 20. Personnel and equipment to treat systemic reactions caused by immunotherapy with allergenic extracts. American Academy of Allergy and Immunology. J Allergy Clin Immunol 1986; 77:271-3. 21. FantaC,BohleB,HirtW,SiemannU,Horak F, Kraft D, et al. Systemic immunological changes induced by administration of grass pollen allergens via the oral mucosa during sublingual immunotherapy. Int Arch Allergy Immunol 1999; 120:218-24. 22. Naclerio RM, Proud D, Moylan B, Balcer S, Freidhoff L, Kagey-Sobotka A, et al. A double-blind study of the discontinuation of ragweed immunotherapy. J Allergy Clin Immunol 1997; 100:293-300. 23. Durham SR, Walker SM, Varga EM, Jacobson MR, O’Brien F, Noble W, et al. Long-term clinical efficacy of grass-pollen immunotherapy. N Engl J Med 1999; 341:468-75. 24. Des Roches A, Paradis L, Menardo JL, Bouges S, Daures JP, Bousquet J. Immunotherapy with a standardized Dermatophagoides pteronyssinus extract: VI specific immunotherapy prevents the onset of new sensitizations in children. J Allergy Clin Immunol 1997; 99:450-3. 25. Johnstone DE. Immunotherapy in children: past, present, and future. (Part II). Ann Allergy 1981; 46:59-66. 26. Jacobsen L, Dreborg S, Moller C, Valovirta E, Wahn U, Niggemann B, et al. Immunotherapy as a preventive treatment. J Allergy Clin Immunol 1996; 97:232.