O documento introduz conceitos fundamentais da economia, como a definição de economia como ciência que estuda a produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços. Apresenta as diferenças entre ciência econômica e doutrina econômica e discute as primeiras manifestações do pensamento econômico na Grécia, Roma e Idade Média, assim como o mercantilismo, a escola fisiocrática e a escola clássica.
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Introduçao a Economia
1. INTRODUÇÃO A ECONOMIA – CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Economia é a ciência que estuda a produção, a circulação, a distribuição e o consumo
dos bens e serviços.
Economia é fundamentalmente o estudo da escassez dos problemas delas decorrentes.
Para SAMUELSON economia é o estudo das leis econômicas, indicadoras do caminho
que deve ser seguido afim de que seja mantida em nível elevado a produtividade,
melhorando o padrão de vida das populações com o correto emprego dos recursos.
Ciência econômica – visa a explicação dos fenômenos econômicos, para isso observa,
analisa, levanta hipóteses e faz sua verificação em confronto com os fatos. Tais
operações se desenvolvem em ambiente de objetividade, de neutralidade e de
amoralidade científica.
Doutrina econômica – propõe diretrizes à política econômica para realizar a organização
econômica que considera a melhor. A priori que o ator fixa o fim que espera atingir. A
doutrina é uma síntese de idéias pertencentes aos domínios mais diversos. São
considerados fontes da doutrina: a Sociologia, a História, a Política, a Religião, a
Geografia, a Economia.
Em uma doutrina existe:
• Idéias morais
• Posições filosóficas e políticas
• Atitudes psicológicas
• Interesses individuais, de classes e de nações.
Logo as doutrinas estão carregadas de idéias e sentimentos. De conhecimento
indispensável à formação, a cultura e as pesquisas científicas do economista e do
historiador. Ambos buscam conhecimento necessário à exata interpretação do passado e
do presente.
As doutrinas econômicas são parte integrante do pensamento, das idéias e da
intelectualidade de uma época, é elemento eficaz sempre ativo, algumas vezes decisivo
da organização e da evolução das sociedades, situa-se na linha divisória dos problemas
do espírito e dos fatos.
A economia se divide em dois grandes grupos:
A Macroeconomia – se preocupa com os grandes setores, em seus aspectos globais,
através de seus agregados.
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2. E a Microeconomia – estuda os problemas econômicos do indivíduo, da família e da
empresa.
Surgiu em 1758 século XVIII – Inglaterra
• Tableau Economic
• A riqueza das Nações de Adam Smith
Terra é a única fonte de riqueza.
– depois, torna-se a força de trabalho de uma nação.
Três métodos explicam as ciências econômicas
a. Indutivo – no qual partimos da análise, observação e pesquisa dos fatos
individuais, para obtermos ensinamentos, conclusões, verdades ou leis de caráter
universal. Parte do particular para o geral.
Lei do crescimento populacional.
b. Dedutivo – é o processo do conhecimento em que as leis ou verdades universais
são extraídas do conhecimento, conclusões, verdades ou leis de caráter particular
contidas naquele princípio. Consiste em estabelecer uma série de hipóteses gerais
e consistentes a respeito do objeto de estudo. Parte do geral para o particular.
c. Psicológico – explica determinadas formas de comportamento da população.
Boatos – falta de produtos, realimenta a própria inflação.
Métodos auxiliares – sondagens, inquéritos, processo de amostragem e processo
histórico.
Principal objeto da atividade econômica – sobrevivência – atendimento de nossas
necessidades.
a. Ilimitadas em número ( multiplicidade)
b. Limitadas em capacidade (saciabilidade)
c. Admitem substituição (substitutivos)
Bens econômicos – são todas as coisas úteis que atendem a nossa necessidade.
a. Atende a uma necessidade ( vícios )
b. Limitação ou escassez (água)
c. Disponibilidade do Bem.
Enquanto os bens econômicos são limitados e escassos as nossas necessidades são
infinitas.
Classificação dos bens econômicos:
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3. a. Quanto à raridade – bens livres (abundância) e gratuitos; bens econômicos
(escassos)
b. Quanto à natureza – bens materiais e imateriais (serviços)
c. Quanto ao destino – bens de consumo e bens de produção.
AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES DO PENSAMENTO ECONÔMICO.
O período que se estende desde a Antiguidade até o século XVIII é caracterizado pela
ausência do pensamento econômico independente e coerente.
Na Grécia – os fatos econômicos baseavam-se em uma economia doméstica e uma
economia a base de trocas. As idéias econômicas tinham predomínio filosófico o que
explica a ausência do pensamento econômico independente. A filosofia grega dada a sua
expressão igualitária e desinteressada, tornou impossível a elaboração geral e sistemática
do pensamento econômico. Propostas: a. idéia de preponderância do geral para o
particular/; b. idéia de igualdade; c. idéia do desprezo da riqueza.
Corrente individualista – representada pelos sofistas (Hípias e Hiparco) nos séculos V e IV
a.C.
Corrente socialista – representada por Platão (429 a 347 a.C.) nas obras “República” e
“Leis”.
Corrente intervencionista: defendida por Aristóteles (384 a 322 a. C.) no livro “Política”
Em Roma – o pensamento econômico romano esta subordinado à política. Ausência de
pensamento econômico geral e independente como na Grécia. Enorme império cuja
unidade econômica tem por sólidos alicerces as vias de comunicação (estradas em
excelentes condições na Itália e nas províncias). Fatores mais favoráveis à expansão das
trocas: a navegação do Mediterrâneo, companhias mercantis.
A riqueza era o meio de assegurar o domínio do império, as grandes realizações tiveram
sempre visão política e não econômica. O romano passa a ser consumidor, mas não quer
ser produtor; a arte, o artesanato, o comercio, a produção, passaram a ser atividades
indignas do cidadão livre. Instituem a sistemática do direito das obrigações e assim os
fundamentos essenciais do individualismo.
Idade Média – sec. V ao XI – queda da economia antiga, o feudalismo cria um
fracionamento político, fragmentando a economia..
Produção rural e trocas são locais e familiares. Toda economia transcorre a sombra do
castelo feudal. Estradas perigosas; a moeda tem circulação restrita e pouco valor.
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4. Na baixa Idade média - sec. XII ao XV – ressurge a vida econômica de trocas. O agente
dessa nova vida econômica será a cidade, um lugar de proteção contra a insegurança
que passa logo a constituir um centro de comércio.
Nascimento da burguesia e os trabalhadores se libertam dos feudos. As corporações se
organizam, o mercado se expande e a cidade necessita dos produtos agrícolas das
redondezas; expansão do mercado de trocas.
O comercio passa a acontecer entre as regiões com o aparecimento das feiras, que por
sua vez exigem melhores vias de comunicação, moedas, créditos e produtos.
Com as cruzadas o desenvolvimento passou a ser ainda maior, colocando a Europa em
contato com as civilizações orientais. Impulso do comércio no Mediterrâneo, Genova e
Veneza grandes centros comerciais da época.
Influencia da Igreja e de Aristóteles.
Princípios básicos do pensamento econômico:
• Moderação – visa moralizar o interesse pessoal e é influenciado pela religião crista.
Este princípio domina a concepção medieval de propriedade: ela é legítima, mas
não é um direito absoluto e sim moderado. A Idade Média reconhece a plena
dignidade do Trabalho Humano; a reabilitação do trabalho constitui uma das mais
notáveis contribuições do pensamento medieval. A ociosidade é formalmente
condenada; exalta-se o trabalho manual e intelectual.
A Idade Média diferencia dois grupos de atividades; o 1º compreende atividades para a
produção da riqueza diretamente utilizável pelo homem. Como a agricultura, a indústria e
a administração. O 2º grupo envolve o trabalho para obtenção de riquezas artificiais e,
portanto, admitidas com reserva. Há preconceito com as atividades relacionadas ao
manuseio do dinheiro, como por exemplo, o comércio.
• Equilíbrio – visa tornar a troca justa, isto é, os preços, os salários e os lucros
deviam ser justos. Era proibido na Idade média o empréstimo a juros.
O MERCANTILISMO
Sua origem remonta ao processo de formação de Estado Moderno e ao desenvolvimento
da Revolução Comercial.
Na passagem da Idade Média aos Tempos Modernos, os pequenos mercados locais
formados pelas cidades medievais cederam lugar a um amplo mercado nacional formado
pelo território e pela população submetidos à soberania da monarquia centralizada.
Ao mercado nacional somou-se o mundial, formado em conseqüência das descobertas e
das grandes navegações a partir do sec. XV.
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5. O fluxo de metais preciosos do Novo Mundo e de especiarias do Oriente impulsionou o
crescimento do comércio europeu.
A nova política econômica desenvolvida pelos Estados Modernos absolutistas durante a
Revolução Comercial é o mercantilismo.
Sistema de Intervenção governamental (o Estado teve apoio da burguesia comercial) para
promover a prosperidade nacional e aumentar o poder do Estado.
Aliança da Burguesia Real, visando o enriquecimento desta classe e o fortalecimento do
Estado.
Controle Estatal – sobre todas as atividades produtivas.
Nacionalismo baseado no intervencionismo estatal, no dirigismo econômico e no
protecionismo alfandegário.
Principais características:
1. Metalismo – O ouro era o índice de riqueza de uma nação . A Espanha exagerou e
acabou falindo.Portugal endividado perante os ingleses.
2. Balança comercial favorável – mais exportações que importações.
3. Industrialismo – produziu bastante para exportar sem ter que importar.
4. Protecionismo – proteção das alfândegas nacionais, dificultando a importação e
incentivando a exportação de matéria prima e de manufatura – desvalorização da
moeda estrangeira.
5. Sistema Colonial – grandes metrópoles exploram suas colônias.
A ESCOLA FISIOCRÁTICA
Fisio – natural
Crática – governo
Aspectos Gerais:
• 1ª escola do pensamento econômico
• Uma escola liberal e individualista
• Período de 1.756 a 1.778 surge na França
• A escola fez parte do Enciclopedismo (Iluminismo ou Ilustração), com Voltaire,
Diderot (revista sobre a economia liberal, liberdade de mercado e livre iniciativa),
Rosseau, Montesquieu.
• Reduz a ação do Estado na parte da economia. Acredita-se na força do trabalho.
• “laissez faire” (deixar fazer) e “laissez – passer” (deixar passar).
• Principais concepções estão voltadas para a ordem natural e a ordem providencial.
Noção de Ordem Natural:
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6. • Os fenômenos econômicos processa-se livre e independentemente de qualquer
coação exterior, segundo uma ordem imposta pela natureza e regida por leis
naturais.
• Apenas a agricultura produz a riqueza econômica gerada em maior volume do que
a riqueza consumida.
• A natureza colabora diretamente com o homem e lhe dá um lucro em produto real
ao qual os fisiocratas denominam “produto Líquido”.
• O lugar do agricultor na doutrina fisiocrática é predominante.
• O comércio não é útil por não produzir riqueza.
Noção de ordem Providencial
• A Ordem natural é providencial, isto é, desejada por Deus para a felicidade dos
homens.
• As leis naturais não restringem a liberdade do homem, pois as vantagens destas
leis supremas são manifestamente objeto da melhor escolha de liberdade.
• A liberdade é a base do progresso econômico e social.
• As noções fisiocratas estão apoiadas do direito de propriedade privada.
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7. A ESCOLA CLÁSSICA
Aspectos Gerais
Introdução ao capitalismo. Liberal e individualista – a 1ª do liberalismo levada a sério.
Economistas predominantemente ingleses.
Independência da América Latina reflete na escola Clássica.
Pressões inglesas pela burguesia industrial fazem com que haja a necessidade da
abolição dos escravos no sec. XIX.
O lucro acumulado deve ficar na mão do capitalismo para que estes reinvistam.
a. Os Economistas Clássicos
• Adam Smith (1.723 – 1.790) autor de “A Riqueza das Nações”. As leis de mercado
não necessitam da intervenção do Estado. (“mãos invisíveis”)
• David Ricardo (1.772 – 1.823) é o maior representante, autor de “Princípios de
Economia Política e de Tributação”;
• Thomas R. Malthus (1.766 – 1.834) autor de “Um ensaio sobre a população” e
“Princípios de economia Política”
• John Stuart Mill (1.806 – 1.873) autor de “Princípios de Economia Política”
b. Os clássicos sucedem aos mercantilistas e aos fisiocratas.
c. Achavam que o mercantilismo não se ajustava às necessidades de expansão
econômica por causa das restrições à liberdade econômica e ao escravismo.
d. Para os clássicos, a importância crescente da industria colocava fora de moda a
visão naturalista dos fisiocratas ( a indústria também cria riqueza).
e. Temas centrais da escola clássica:
• Preocupação com o crescimento econômico a longo prazo; acontece com a
acumulação do capital.
• Preocupação com o destino do excedente.
• Preocupação com o modo pelo qual a divisão do excedente entre as classes
afeta o crescimento.
f. Obediência à Lei Natural: a economia é regida por leis naturais, auto reguladoras
que levam à harmonia social. Portanto, não há necessidade de intervenção do
Estado na economia, isto é, nas leis de mercado.
g. Trabalhadores produtivos: todos que criavam a riqueza material da nação.
Exemplo: Setor primário.
h. Trabalhadores improdutivos: os demais. Exemplo: o Setor de serviços.
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