2. LIBRAS como língua
• A LIBRAS é reconhecida pela lei Nº. 10.436 de
2002.
Entende-se como língua brasileira de sinais:
A forma de comunicação e expressão, em
que os sistemas linguísticos de natureza
visual-motora
apresenta,
uma
estrutura
gramatical própria, constituindo um sistema
linguístico de transmissão de ideias e fatos,
oriundos de comunidade de pessoas surdas do
3. Funcionalidade da LIBRAS
•
A LIBRAS pode ser comparada as demais
línguas orais pois podem expressar ideias
sutis, complexas e abstratas, que possibilitam
aos seus usuários discutir, filosofia, literatura,
política, esporte, trabalho e também utilizá-las
em funções mais especificas como: construção
de poesia, contar histórias citar peças teatrais
e etc...
4. Surgimento da língua de sinais
• O registro iconográfico mais antigo que se tem
encontrado é do ano de 1579, com
representação de um alfabeto digital, numa
gravura em madeira extraída da obra de “
Cosmas Rosselius” em Veneza.
• Os monges que utilizavam esse tipo de
comunicação nos mosteiros, devido ao voto de
silêncio, passaram a ensinar o alfabeto aos
surdos.
5. Surgimento da língua de sinais
• Na França, o Abade de L'Epée, ao fundar
uma classe para pessoas surdas, criou
uma linguagem de gestos denominada
LINGUAGEM DE SINAIS METÓDICOS. Era
diferente do Alfabeto Manual dos monges
por utilizar códigos com significados, na
qual cada gesto representava uma palavra
ou até uma frase.
6. Surgimento da LIBRAS
•
A Língua Brasileira de Sinais foi
desenvolvida a partir das Línguas de Sinais
francesa. As línguas de sinais não são
universais, cada país possui a sua, e a partir
do Instituto imperial dos Surdos-Mudos ,
fundado em 1857 como primeira escola para
surdos no Brasil, atualmente denominado
Instituto Nacional da Educação de Surdos
(INES)surgiu a Língua Brasileira de Sinais.
Ela é o resultado da mistura da língua de
sinais francesa (com a chegada de Ernest
Huet em 1856) com a Língua de Sinais
brasileira antiga, já usada pelos surdos das
várias regiões do Brasil.
8. A comunidade surda no Brasil
• Há pessoas surdas em todos os estados
Brasileiros e muitas destas pessoas vêm
se organizando e formando associações
pelo país, que são as comunidades
surdas Brasileiras.
• Em Natal temos a ASNAT.
9. A comunidade surda no Brasil
• Dentro da comunidade surda temos vários
tipos de grau de surdez, o que faz com que
existam surdos com características bem
distintas.
12. Na Família
• Ainda é realidade famílias de ouvintes que não
dominam LIBRAS e terminam se comunicando
com os filhos através de sinais caseiros e
leitura labial, quando isto é possível.
13. LIBRAS e o ensino regular do
surdo
• Felizmente as leis de inclusão, atualmente
deixam bastante claro o direito do surdo de ter
um intérprete de LIBRAS em sala de aula o
que vem facilitando o aproveitamento de sua
vida acadêmica.
14. Lei de LIBRAS
• Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro
de 2005
• Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de
2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de
Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de
19 de dezembro de 2000.
15. Lei de LIBRAS
DA INCLUSÃO DA LIBRAS COMO DISCIPLINA
CURRICULAR
• Art. 3º A Libras deve ser inserida como disciplina
curricular obrigatória nos cursos de formação de
professores para o exercício do magistério, em nível
médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de
instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema
federal de ensino e dos sistemas de ensino dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
• § 1º Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes
áreas do conhecimento, o curso normal de nível médio,
o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o
curso de Educação Especial são considerados cursos
de formação de professores e profissionais da
16. Lei de LIBRAS
• § 2º A Libras constituir-se-á em disciplina
curricular optativa nos demais cursos de
educação superior e na educação profissional,
a partir de um ano da publicação deste
Decreto.
17. Lei de LIBRAS
• DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE
LIBRAS E DO INSTRUTOR DE LIBRAS
• Art. 4º A formação de docentes para o ensino
de Libras nas séries finais do ensino
fundamental, no ensino médio e na educação
superior deve ser realizada em nível superior,
em curso de graduação de licenciatura plena
em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua
Portuguesa como segunda língua.
18. Lei de LIBRAS
• Art. 6º A formação de instrutor de Libras, em
nível médio, deve ser realizada por meio de:
• I - cursos de educação profissional;
• II - cursos de formação continuada promovidos
por instituições de ensino superior; e
• III - cursos de formação continuada promovidos
por instituições credenciadas por secretarias
de educação.
19. Lei de LIBRAS
• Art. 7º Nos próximos dez anos, a partir da publicação
•
•
deste Decreto, caso não haja docente com título de
pós-graduação ou de graduação em Libras para o
ensino dessa disciplina em cursos de educação
superior, ela poderá ser ministrada por profissionais
que apresentem pelo menos um dos seguintes perfis:
I - professor de Libras, usuário dessa língua com
curso de pós-graduação ou com formação superior e
certificado de proficiência em Libras, obtido por meio
de exame promovido pelo Ministério da Educação;
II - instrutor de Libras, usuário dessa língua com
formação de nível médio e com certificado obtido por
meio de exame de proficiência em Libras, promovido
pelo Ministério da Educação;
20. LIBRAS
• Esta língua é considerada pelos
surdos como sua 1º língua, foi
introduzida no Brasil em 1857.
• Apresenta duas formas distintas de
se comunicar, são elas: os sinais
propriamente ditos e a datilologia
(alfabeto manual).
23. Iconicidade e Arbitrariedade
•
Como a LIBRAS utiliza a modalidade
gestual-visual-espacial,
muitas
pessoas
pensam que os sinais são apenas reprodução
de gestos parecidos com os objetos, o que não
é verdade, os sinais não são “desenhos no ar”.
Claro que alguns sinais são bem parecidos
com os objetos, isso é utilizado até como uma
forma de facilitar o aprendizado, mas lembrese isso não é regra e a maioria dos casos os
sinais são arbitrários.
24. Sinais Icônicos
• Para um sinal ser considerado icônico ele
deve apresentar uma configuração manual
parecida com um objeto.
• Ex: TELEFONE
BORBOLETA
25. Sinais arbitrários
•
São aqueles que não apresentam semelhança entre
o sinal representado e o objeto real.
• O fato de a LIBRAS mostrar arbitrariedade demonstra
que essa língua apresenta uma das propriedades
básicas para ser de fato considerada como uma
língua. Durante muito tempo afirmou-se que as
línguas de sinais não eram línguas por serem
icônicas, não representando, portanto, conceitos
abstratos. O que é um engano pois em libras
podemos representar toda a complexidade de uma
língua inclusive conceitos abstratos.
27. • Ao contrário do que muitas pessoas
imaginam, a língua de sinais não
são simplesmente mímicas e gestos
soltos, sendo utilizada pelos surdos
para facilitar a comunicação.
•É
uma língua que apresenta
estruturas gramaticais próprias.
30. Ponto de Articulação
• Local onde o sinal é feito.
• Pode ser tocando alguma parte do
corpo ou estar em um lugar neutro .
31. Movimento
• Os sinais podem ter movimentos ou
não.
• Os sinais PENSAR e AJOELHAR
não apresentam movimento; Já os
sinais TRABALHAR e BRINCAR
possuem movimento.
33. Expressão Facial e/ou
Corporal
• Fundamental para o entendimento
real do sinal.
• É considerada como a entonação
em Língua de sinais.
34. Convenções de LIBRAS
• Datilologia: Usada para expressar nomes próprios
ou palavras que não possuem sinais.
• Verbos: São apresentados no infinitivo. Ex: EU
QUERER CURSO.
• Frases: Obedecem à estrutura da LIBRAS, e não
à do português. Ex: VOCÊ GOSTAR CURSO?
35. Convenções de LIBRAS
• Grafia: Os sinais em LIBRAS, são
representados em língua portuguesa com
letras maiúsculas. Ex: CASA, AULA.
• Pronomes Pessoais: São representados
pelo sistema de apontamento. Apontar em
LIBRAS
é
culturalmente
e
gramaticalmente aceito.
36. Para conversar em
LIBRAS , não basta apenas
conhecer os sinais de forma
solta, é necessário conhecer
a sua estrutura gramatical,
combinando-os em frases.
Felipe(2004)
37. Referências Bibliográficas
•
FELIPE, T.A. LIBRAS em contexto: curso Básico: livro
do estudante 5º edição – RJ. Libras Editora Gráfica, 2005
•
DICIONÁRIO DE LIBRAS. Brasil [ acesso em Dezembro
2007].
Disponível
em
<http//www.dicionariodelibras.com.br>.
•
QUADROS, R. M. O Tradutor e Intérprete de
Língua
Brasileira
de
Sinais
e
Língua
Portuguesa / Secretaria de Educação Especial;
Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos –
Brasília: MEC; SEESP, 2003.