A publicidade tem como objetivos colocar ideias na cabeça do consumidor, criar desejo pelo produto e conduzir à compra. Ela deve chamar a atenção, interessar, persuadir e convencer o consumidor, conhecendo suas necessidades, desejos e hábitos. Para estimular a compra, é preciso despertar a atenção, interesse, desejo e memorização do consumidor sobre o produto.
5. Para fazer tudo isto, a publicidade tem de:
• chamar a atenção
• fazer interessar
• persuadir
• convencer
• levar o consumidor ao acto de compra
Para influenciar o comportamento de uma pessoa
(o consumidor) é preciso conhecê-la. Este
conhecimento deve abranger:
Parte 1
6. A natureza humana
- necessidades básicas
- desejos
- paixões
Hábitos e razões
de consumo
Parte 1
7. Assim, para que alguém queira comprar, é preciso:
1- uma necessidade
2- consciência dessa necessidade
3- desejo de satisfazer a necessidade
Parte 1
8. …o anúncio serve para:
Mostrar ao
público a
necessidade
Despertar ou
reforçar o
desejo
Demonstrar a
capacidade do
produto satisfazer
o desejo
Mas, por vezes, o desejo de comprar pode não ser
suficiente (por motivos económicos ou outros), por isso…
Parte 1
9. Por razões emocionais
Compramos o que nos agrada e não o que nos é útil
Os produtos interessam pelo seu prestígio ou satisfação
É por isso que a publicidade salienta sempre o
prestígio do objeto que vende.
Parte 1
10. PARA CONVENCER ALGUÉM A COMPRAR É PRECISO DESPERTAR-LHE:
Atenção Interesse Desejo Memorização Aquisição
O estímulo adequado pode provocar respostas
favoráveis.
Parte 1
11. Para além disso, para estimular o interesse pelo produto e
o desejo de compra, os publicitários jogam com os
instintos do público/consumidor…
• Desejo de poupar tempo; dinheiro
•Necessidade de trabalho; segurança; aceitação; simpatia;
conforto; repouso; saúde; felicidade
•Desejo de manter a juventude
Instinto de
Conservação
• Necessidade de imitação; participação;
altruísmoInstinto Gregário
• Necessidade de amor; ternura
Instinto Maternal
e Paternal
• Desejo de criação; estética; agradarInstinto Sexual
• Desejo de possuir bens; conhecimentos
• Necessidade de originalidade; prestígio; poder
Instinto de
Domínio
• Necessidade de evasão; sonho; rir; jogar
• Desejo de mudar; viajar
Instinto de
Diversão
Parte 1
12. COMPRAMOS DE ACORDO COM O QUE JÁ USAMOS
A vida do consumidor está condicionada aos hábitos – àquilo que já tem.
COMPRAMOS DE ACORDO COM O QUE NECESSITAMOS
Há produtos que compramos por necessidade e não pelo prazer.
COMPRAMOS DE ACORDO COM O QUE CONHECEMOS
Os meios de comunicação são importantes na difusão da imagem dos produtos.
COMPRAMOS DE ACORDO COM A APARÊNCIA FÍSICA
O nosso aspecto afecta as nossas compras.
COMPRAMOS DE ACORDO COMO LUGAR ONDE VIVEMOS
O ambiente afecta o estilo de vida das pessoas.
COMPRAMOS DE ACORDO COM OS NOSSOS INTERESSES LÚDICOS
Os hobbies e ocupações dos tempos livres determinam o que compramos.
Parte 1
13. Para influenciar o
consumidor, há 3 fatores:
Sugestão
Imitação
Empatia
Sugestão
Aceitar a ideia
sem procurar
uma razão
Imitação
Fazer as coisas
porque vemos os
outros fazê-las
Empatia
Identificarmo-
-nos com os
outros (simpatia)
Parte 1
14. Slogan: frase ou expressão original, breve, simples e
fácil de reter na memória.
Texto argumentativo: apresentação concisa das
vantagens ou qualidades do
produto/serviço anunciado.
Texto icónico: deve captar, num primeiro momento, o
olhar do consumidor, pelo estímulo
visual (cor, recorte, elementos que a
compõem e diferentes tipos de
características).
15. Recursos para
implicar o
recetor
• Diferentes tipos de frases:
- frases imperativas (“Não saia de casa. ":
"Descubra a diferença.");
- frases interrogativas ("Foi você que
pediu?"; "É a tua primeira vez?");
- frases exclamativas ("Pelos vistos, não
bastou dizer não!");
• Marcas da segunda pessoa: pronomes
pessoais e possessivos; verbos (“Faça
uma pausa"; "Para ti e para a tua família
");
• Marcas da primeira pessoa do plural,
que implica o recetor (“O automóvel
com que todos sonhamos."; “A nossa
cerveja.").
16. Recursos
expressivos
• jogos de sons, aliterações e rimas
“Sagres, a sede que se deseja.";
“Maria, lembra-te disto: quero em
casa BOM PETISCO. ");
• expressões idiomáticas e provérbios
transformados ("No melhor sangue cai
o HIV."; "Quem sabe, sabe e o BES
sabe."; “Mais molhos que barriga.");
• antíteses (“Vá para fora cá dentro.”);
• anáforas e repetições ("Os melhores
produtos pelos melhores preços.";
"Onde você estiver, está lá."; “Em todo
o lado, a toda a hora. ");
• hipérboles ("Fortifica até à ponta dos
cabelos."; "Temos mil e uma
soluções.").
17. Recursos para
elogiar a
qualidade dos
produtos
• Gradação de adjetivos e advérbios (“O
melhor bife da cidade”; “Míele,
sempre melhor”;
• outras formas de exprimir o
superlativo:
- prefixos ("extrafino";
"superconcentrado"; "ultra-suave");
- repetição da mesma palavra
("Branco mais branco não há.").
19. Comercial
Anúncios geralmente de pequeno formato e, no caso da
imprensa escrita, em secção própria do jornal ou
revista, com ofertas e pedidos de emprego, compra,
venda ou aluguer de imóveis, compra e venda de
produtos em segunda mão, etc. (estes anúncios
recebem o nome de classificados).
Anúncios a espetáculos;
Anúncios especializados em vendas de cosméticos,
moda, automóveis, produtos para a casa, viagens, etc.
Anúncios de economia e finanças em secções
especializadas (produtos financeiros, etc.).
20.
21. Anúncios oficiais ou institucionais (de organismos
públicos da administração central ou local)
Anúncios para promoção de campanhas que visam
modificar determinados comportamentos de que
resulte benefício para o indivíduo e/ou para a
sociedade (campanhas de prevenção de acidentes
rodoviários, de incêndios, de prevenção de
determinadas doenças, etc.)
Não comercial/Institucional
22.
23. A Favor Contra
1. É uma maneira de informar o
comprador.
2. Dá a conhecer muitos produtos e
permite ao consumidor escolher o
que mais lhe convém.
3. Dá a ganhar a todos, porque
provoca um aumento da produção
e, portanto, uma diminuição do
preço.
4. Financia os grandes meios de
comunicação (televisão, rádio e
imprensa), que de outra forma não
poderiam subsistir.
5. É o motor da economia moderna.
6. Mostra o lado agradável da
realidade e conduz ao otimismo.
1. É manipulação, porque apresenta os
aspetos positivos do produto, mas
não os negativos.
2. A grande quantidade de produtos
induz à irreflexão e ao consumismo.
3. Exige enormes investimentos que
fazem aumentar o preço final do
produto, que o consumidor vai
pagar.
4. Obriga os meios de comunicação a
uma atitude de submissão,
retirando-lhes independência e
sentido crítico.
5. Gera uma sociedade consumista,
contrária à poupança.
6. Mostra um mundo cor-de-rosa,
desligado da realidade.
24.
25.
26. 1. Num fundo azul, quase uniforme, uma
imagem original.
1.1. Em que consiste a sua originalidade?
1.2. O que representa a imagem?
1.3. A ligação que se estabelece entre a
imagem e o produto anunciado é direta
ou indireta? Justifica.
2. Identifica o slogan.
2.1. Que recurso expressivo é aqui
utilizado?
2.2. Que ideia pretende transmitir o
slogan?
3. O texto de argumentação esclarece e
resume as notícias contidas nos recortes
de jornal que compõem a imagem.
3.1. Que informação transmitida funciona
como um poderoso argumento de adesão
ao produto?
3.2. Indica a frase mais diretamente
apelativa do texto.