- O latim era a língua das tribos do Lácio, região central da península italiana, mas com a expansão de Roma estendeu-se por vastas regiões.
- O latim evoluiu e deu origem às línguas românicas como o português, espanhol, italiano, francês e romeno.
- O latim clássico era a norma literária altamente estilizada dos principais escritores como Cícero, César e Virgílio, enquanto o latim vulgar era a líng
2. Língua portuguesa
Olavo Bilac
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
4. Latim – língua dos romanos, pertence à família das língua indo-
européias (vasta família de grupos de línguas faladas no oeste da
Ásia (Irã, Paquistão, Índia, Ceilão) e na Europa toda (e Américas
depois da grandes navegações) com exceção do basco, húngaro e
finlandês.
Ainda é muito incerto o período em que seria falada essa língua,
que segundo os autores, pode ser de entre 5000 a 2000 a.C. O
período mais aceito é o 3º milênio a.C.
O latim era a língua das tribos do Lácio, região central da península
italiana, mas com a expansão de Roma estendeu-se por vastas
regiões em que, ao desaparecer o Império Romano, evoluiu e deu
lugar às línguas românicas (línguas neolatinas: português, espanhol,
italiano, francês, romeno e catalão).
5. • O latim foi, por um longo período, a língua
oficial e representante do poder de Roma.
• A língua latina foi dividida em períodos, os
quais se ligam, de certo modo, à história
política de Roma.
• Origem: (sec. VI e IV)
– Língua relativamente uniforme – sermo urbanus –
latim arcaico, língua de camponeses com forte
influência do indo-europeu.
– Exército romano – um dos principais fatores de
divulgação do latim no vasto Império Romano.
Latim com influências de dialetos afins.
6. • Fases da língua latina - vão desde as suas
primeiras manifestações, ou seja, desde a
fundação de Roma (753 a.C.), representada
por algumas inscrições, até a queda do
Império Romano do Ocidente (476 d.C.) ou,
mais ou menos, até a invasão dos longobardos
na Itália (568 d.C.).
7. LATIM CLÁSSICO OU LITERÁRIO
E LATIM CULTO FALADO
A língua latina, tal como a conhecemos, polida e burilada pelos
grandes escritores do período “áureo”, não saiu assim do indo-
europeu. O latim que chamamos de “clássico” ou “literário” é fruto
de prolongado amadurecimento e elaboração, e representa o
momento de seu maior esplendor. Este momento foi precedido de
vários estágios perfeitamente demarcados, e a ele se seguiriam
outros estágios subseqüentes, que iriam culminar na formação das
línguas românicas modernas.
Com o advento da literatura latina, a partir do século III a.C, o latim
escrito vai paulatinamente ganhando maior rigor formal até atingir
o máximo de sua estética, na época de Cícero e César. Nesse
"aperfeiçoamento" é evidente a influência helênica, que se faz
através dos gramáticos e dos escritores. Iniciava-se, assim, o
fenômeno que iria conter a expansão natural da língua falada, pela
ação dos gramáticos, da literatura e da classe culta.
8. LATIM CLÁSSICO
“Latim clássico” é a norma literária, altamente estilizada, que compreende o período que vai de 81
a. C. a 14 d.C. Seus principais representantes são Cícero, César e Salústio, na prosa e, no verso,
Virgílio, Horácio, Ovídio, Lucrécio e Catulo. É uma estilização do sermo urbanus, língua coloquial
das classes cultas, com o qual convivia.
Os escritores do período clássico haviam percebido que existiam variantes da língua latina e
caracterizaram-nas adjetivando a palavra sermo que significa "linguagem", "conversação". Com
efeito, há três fatores envolvidos nas variantes que uma língua pode apresentar: a variação social,
correspondente à estratificação social, a geográfica, correspondente às diferenças geográficas, e as
diferenças relativas ao grau de formalidade da situação de fala.
A língua literária continuou no sermo ecclesiasticus (a partir do séc. 5 d.C.) e também no sermo
profanus, com os tratados de medicina, filosofia, ciência, etc., durante toda a Idade Média e até
mesmo já na Idade Moderna. Pode-se dizer que até hoje vive. É a língua do Vaticano e de toda a
documentação da Igreja Católica, além de ser empregada na botânica e de ser adstrato
permanente das línguas românicas e até de línguas não-românicas, como o inglês. Como vemos, o
sermo classicus fixou-se como uma língua escrita (o latim clássico que estudamos), porém, o latim
culto falado, (sermo urbanus) a partir do qual obteve sua origem, extinguiu-se, com a ruína da
classe social que o sustentava.
9. LATIM CULTO FALADO
O sermo urbanus era a língua falada pelas classes altas de Roma, certamente correto do ponto de
vista gramatical, mas sem os refinamentos estilísticos da norma literária. Como língua falada
desapareceu entre os séculos V e VI, no mais tardar no séc. VI, devido ao aniquilamento das
cidades e da vida cultural que elas apresentavam, juntamente, é claro, com a classe social que a
mantinha. Este período coincide com a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C., séc.V) e a
onda de invasões bárbaras (destacando-se os longobardos na Itália, em 568 d.C), na Europa, no
séc. VI.
Do ponto de vista gramatical, o sermo urbanus é uma língua correta e não apresenta os “erros” do
latim vulgar; mas tampouco apresenta o exagero de refinamentos estilísticos da prosa e poesia
artísticas.
Desde as primeiras manifestações da língua latina, tem-se notícia da coexistência de uma
variedade culta falada e de outra variedade também falada, mas pelas classes populares (plebéias).
A língua da sociedade elegante (o sermo quotidianus ou sermo urbanus ou usualis ou
consuetudinarius, o uso comum da classe culta) e a das classes baixas (sermo plebeius) não
constituíam compartimentos estanques. A literatura sobre o assunto é unânime em afirmar que
muitas características da língua popular apareciam no uso corrente das classes mais altas.
•
10. LATIM VULGAR
Era o latim essencialmente falado pela grande massa popular menos favorecida e quase que
inteiramente analfabeta do Império Romano. Foi propositalmente ignorada pelos gramáticos e
escritores romanos pois era considerada indigna de consideração. Distinguia-se do latim culto
falado (e por extensão do latim clássico ou literário) em todos os aspectos gramaticais. Era mais
simples em todos os níveis, mais expressivo, mais concreto e mais permeável a elementos
estrangeiros. Continuou se transformando ao longo dos séculos até que em mais ou menos 600
d.C. já constituía os primeiros “romances” (ou seja, as primeiras manifestações das línguas
românicas, muito próximas ainda do latim vulgar) e depois, a partir do séc. IX, as línguas
românicas.
Sabe-se que as características gerais básicas do latim vulgar já se apresentavam desde o fim da
época republicana ou desde o começo do período imperial, isto é, desde o século I a.C.ou no
máximo desde o século I d.C. Mas é muito comum datarem-se dos séculos III ou IV da era cristã
numerosas inovações atestadas pelo conjunto das línguas românicas.
O latim vulgar é, na verdade, um latim popular que existiu em todas as épocas da língua latina. Este
latim pertencia a uma população que era muito pouco ou nada escolarizada e que, portanto, não
poderia ter sido influenciada pelos modelos literários e pela escola. O latim vulgar não sucede ao
clássico; teve origem nos meios plebeus de Roma e cercanias, sendo essencialmente, o latim falado
pela plebe romana, embora muito de seus característicos se infiltrassem no seio da classe média e
até das classes mais altas, sobretudo na época imperial. Uma vez que se trata de uma variedade de
formas, que se ligam ao latim falado (mas não exclusivamente), não se pode considerar que
existam realmente textos em latim vulgar.
11. Sermo urbanus / sermo litterarius /
sermo plebeius - diferenças:
O latim vulgar representava a língua do povo comum, da plebe romana, enquanto
o latim clássico era um produto da sociedade aristocrática. A enorme oposição
social entre essas duas classes se refletia na língua e que era capaz de explicar as
diferenças no vocabulário e na sintaxe.
• O latim clássico, apesar de ter-se originado em um latim vivo e falado, é, em geral,
mais conservador e arcaizante do que o latim vulgar.
• O latim vulgar é fruto de uma população heterogênea, que empregava mal a
língua latina, corrompendo-a.
• Diferenças entre o sermo plebeius e o sermo urbanus estão presentes na
pronúncia, no vocabulário, na sintaxe, e na morfologia. A distância que separava o
latim vulgar do latim culto era a princípio pequena, mas já podia ser vista a partir
do séc. IV a.C. O vocabulário era, em boa parte o mesmo, sobretudo o que servia
para o uso da vida cotidiana: coisas, animais, plantas, etc. O latim vulgar nunca se
isolou completamente da língua literária, pois sempre houve um convívio
constante entre todas as classes, através do teatro, às vezes pela escola e, mais
tarde, pela Igreja. Portanto, existiu sempre uma contribuição limitada, porém
contínua, da língua clássica para a popular.
12. A língua latina e sua importância
• O latim, junto com o osco e o umbro, entre outras línguas,
pertencia ao ramo itálico das línguas indo-européias.
• Origem das línguas românicas, língua culta, durante
praticamente toda a Idade Média européia (sec. V ao sec. XV
d.C), científica e filosófica até o século XVII, o latim constitui
um dos marcos fundamentais de identidade da cultura
ocidental.
• Na origem, o latim era a língua das tribos do Lácio, região
central da península italiana, mas com a expansão de Roma
estendeu-se por vastas regiões em que, ao desaparecer o
Império Romano, evoluiu e deu lugar às línguas românicas.
13. • Embora o latim seja hoje uma língua morta, com
poucos falantes fluentes e sem que ninguém o tenha
por língua materna, ainda é empregado pela Igreja
Católica. Exerceu enorme influência sobre diversas
línguas vivas, ao servir de fonte vocabular para a
ciência, o mundo acadêmico e o direito. O latim vulgar,
um dialeto do latim, é o ancestral das línguas
neolatinas (italiano, francês, espanhol, português,
romeno, catalão, romanche e outros idiomas e dialetos
regionais da área); O fato de haver sido a lingua franca
do mundo ocidental por mais de mil anos é prova de
sua influência.
14. • O Latim constituiu um número considerável
de vocábulos na língua inglesa;
• O Latim auxilia você a compreender melhor a
sua língua;
• O latim desenvolve suas habilidades de
raciocínio e dedução.
15. Formas de pronúncia da língua latina:
• a pronúncia eclesiástica ou italiana, usada pela igreja,
• a pronúncia clássica (reconstruída ou restaurada), que
foi elaborada a partir de estudos sobre a pronúncia de
povos próximos, que se acredita ser a mais próxima da
pronúncia praticada na antiguidade.
• No Brasil são praticados também dois outros tipos de
pronúncia, a pronúncia tradicional brasileira e a
pronúncia romana. A primeira é adaptada ao uso dos
brasileiros, e é também a mais usada em fórmulas
jurídicas; a segunda consiste na correta pronúncia
italiana, usada pela Igreja Católica.
16. Estas são as principais características da pronúncia
restaurada (entre parênteses a pronúncia e a marcação
do acento tônico):
a) ae, ditongo como e: nautae (nauté)
b) c soa sempre como k: Cicero (Kíkero)
c) ch soa também como k: pulcher (púlker)
d) g sempre como gue ou gui: angelus (ánguelus)
e) h é levemente aspirado, quase como o h do inglês
f) j soa sempre como i (nos livros recentes, de fato, o j
é sempre substituído, na escrita, pelo i)
17. g) m e n nunca são nasais: campus (ká-m-pus, e não kãpus)
h) r nunca como rr: Roma (róma, com o r pronunciado como
em barato)
h) s sempre como ss: rosa (róssa)
i) u do grupo qu é sempre pronunciado: qui, quem (kúi, kúem)
j) v sempre como u: vita (uíta) (nos livros recentes o v é
sempre substituído, na escrita, pelo u)
k) x como ks: maximus (máksimus)
l) z como dz: Zeus (dzeus)
m) as letras restantes (a, b, d, e, f, i, l, o, p, t, y) são
pronunciadas como em português.
18. • Quanto à acentuação tônica, os Romanos
faziam distinção entre vogais breves e vogais
longas, estas últimas com o dobro de duração
das primeiras. Mas para efeitos de acentuação
tônica, os Romanos usavam a regra da
penúltima: se a penúltima vogal for longa, ela
recebe o acento; se curta, o acento recua para
a antepenúltima, se for o caso.
19. • Para a maioria das palavras a posição das vogais longas e
breves deve ser memorizada. Existem, contudo, algumas
poucas regras que nos ajudam em alguns casos como, por
exemplo, as seguintes:
• 1) vogal seguida de outra vogal é geralmente breve: filius
(fílius; o i antes do u é breve; portanto o acento recua);
• 2) vogal seguida de duas consoantes é geralmente longa:
puella (o e vem antes de duas consoantes; é longo e,
portanto, acentuado). Note que só nos interessa saber a
quantidade (longa ou breve) da penúltima vogal. Atente
também para o fato de que em latim não existem palavras
com acento na última sílaba (oxítonas).
21. Sistema de acentuação
Sinais de quantidade:
̆ (braquia) indica vogal breve; ex. fabŭla
̄ (mácron) indica vogal longa; ex. vēni
22. Em latim o acento recai regularmente sobre a
penúltima sílaba, quando esta é longa. Em tal caso
não empregamos, a princípio, nenhum sinal. Ex.:
amare (pronuncia-se amáre)
Quando a penúltima é breve, o acento recai sobre a
antepenúltima. Em tal caso indicamos sempre a
quantidade da penúltima. Ex: legĕre (pronuncia-se
légere)
26. O IMPÉRIO ROMANO
• Grande império da antigüidade.
• A história romana tem a seguinte periodização:
- Monarquia - de 753 a.C. à 509 a.C.
- República - de 509 a.C. à 27 a.C.
- Império - de 27 a.C. à 476 d.C.
27. MONARQUIA (de 753 a.C. à 509 a.C.)
• Período caracterizado pelas lendas.
• Roma – fundação:
–Os gêmeos Rômulo e Remo, descendentes
de Éneias. (753 a.C.).
–História – provável surgimento –
fortificação militar por volta do século VIII
a.C. – para defender-se dos povos etruscos.
28. • ENÉIAS – TROIA
• ALBA LONGA
• NUMITOR (REI DEPOSTO)
• AMÚLIO (REI USURPADOR)
29.
30. MONARQUIA (de 753 a.C. à 509 a.C.)
• Economia - agricultura e pastoreio.
• Estrutura social:
– Patrícios - grandes proprietários;
– Clientes - recebiam amparo e proteção dos
patrícios
– Plebeus - ocupavam a base da sociedade:
artesãos, comerciantes e pequenos proprietários.
31. A REPÚBLICA (de 509 a.C. à 27 a.C.)
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
• A principal instituição de República romana
será o Senado, responsável pela direção de
toda política romana (interna e externa).
Formada por patrícios que ocupavam a função
de forma vitalícia.
32. • O Senado escolhia os magistrados. Estes possuíam
funções específicas de natureza judiciária e executiva,
tais como:
• Consulado: magistratura mais importante, ocupado
por dois militares. Um agia em Roma e outro fora de
Roma. Em casos de extrema gravidade interna ou
externa, esta magistratura era substituída pela
DITADURA - com duração de seis meses.
• Tribunos da plebe: representantes da plebe junto ao
Senado.
• Questor: responsável pela arrecadação de impostos.
• Pretor: encarregado da justiça civil.
• Censor: zelava pela moral pública ( a censura) e
realizava a contagem da população ( o censo ).
• Edil: cuidava da manutenção pública - obras, festas,
policiamento, abastecimento.
33.
34. • Assembléias:
– Assembléia Centuriata: Responsável pela votação
de todas as leis. Monopolizada pelos patrícios.
– Assembléia Tribunícia: composta pelas tribos de
Roma. O número de tribos de patrícios era maior
do que de plebeus.
– Assembléia da Plebe: tinha por finalidade escolher
os tribunos da plebe. As leis votadas nesta
assembléia serão válidas a todos os cidadãos,
trata-se do plebiscito.
35. • O monopólio do poder político exercido pelos
patrícios, acompanhado pelas pesadas
obrigações, impostas aos plebeus – tais como
o pagamento de impostos, serviço militar
obrigatório em época de guerras e o risco de
tornarem-se escravos por dívidas – provocou
enormes tensões sociais entre estas duas
classes. Os plebeus buscavam a igualdade
social e política.
36. Através de conflitos, os plebeus conseguiram
várias conquistas:
• - criação da magistratura do Tribuno da Plebe em
494 a.C..
• - Lei das Doze Tábuas em 450 a.C., codificação
das leis.
• - Lei Canuléia de 445 a.C. , autorizando o
casamento entre as classes.
• - Lei Licínia de 367 a.C. que aboliu a escravidão
por dívidas.
• - Lei Hortênsia de 287 a.C. que estabeleceu que
as medidas tomadas na Assembléia da Plebe
tivessem validade política ( plebiscito ).
37. A EXPANSÃO TERRITORIAL ROMANA
• Roma surge como uma fortificação para
proteger-se das invasões estrangeiras.
• Evolução militar romana (ao longo da
Monarquia e início da República) – conquista
de toda a península Itálica.
• Política imperialista (caráter expansionista)
38.
39. • Atraídos pelas riquezas do oriente, Roma
conquista a Macedônia, a Grécia, o Egito e o
Oriente Médio.
• A parte ocidental da Europa, a Gália e a
península Ibérica também foram
conquistadas.
40. O MUNDO GREGO
Dos povos do mundo antigo, os helênicos
foram os que melhores refletiram o espírito
do homem ocidental. A idéia de liberdade, o
racionalismo, o conceito de cidadania, a
filosofia e as bases da ciência moderna
surgiram como glorificação grega ao espírito
humano.
41. A expansão territorial trouxe profundas mudanças na estrutura social,
política, econômica e cultural de Roma.
• 1. Aumento da escravidão – prisioneiros de guerra eram transformados em
escravos.
• 2. O surgimento dos latifúndios e a falência dos pequenos proprietários. As
terras anexadas ao Estado, através das conquistas possuíam o status de
"ager publicus“ (terra pública), destinadas aos camponeses. No entanto o
patriciado acaba apossando-se destas terras e ampliando seu poder.
• 3. Processo de marginalização dos plebeus, resultado do empobrecimento
dos pequenos proprietários e da expansão do escravismo, deixando esta
classe sem terras e sem emprego.
• 4. O surgimento de uma nova classe social - os Cavaleiros ou Homens-
novos - enriquecidos pelo comércio e pela prestação de serviços ao Estado.
As conseqüências da expansão
romana
42. • 5. Aumento do luxo e surgimento de novos costumes, em decorrência
da conquista do Império Helenístico.
• 6. Como resultado da marginalização dos plebeus e do
desenvolvimento do escravismo, houve um enorme êxodo rural,
tornando as cidades super povoadas, contribuindo para uma onda de
fome, epidemias e violência. Para controlar esta massa urbana, o
Estado inicia a Política do Pão e Circo - a distribuição de alimentos e
diversão gratuita. Com isto, o Estado romano impedia as
manifestações em favor de uma reforma agrária.
• 7. No plano militar, o cidadão soldado foi substituído pelo soldado
profissional, que passou a ser fiel não ao Estado mas sim ao seu
general. O fortalecimento dos generais contribuiu para as guerras civis
em Roma.
43. IMPÉRIO (de 27 a.C. à 476 d.C.)
• Centralização do poder nas mãos de um só governante.
• Guerras civis – enfraquecimento do Senado / fortalecimento
do exército.
• Caio Otávio (de 31 a.C. até o ano 14 d.C.) - primeiro
imperador de Roma Realiza reformas que contribuíram para a
sua popularidade: ampliou a distribuição gratuita de trigo
para a plebe e de espaços para a diversão pública ( a famosa
Política do Pão e Circo ).
• Seu período é conhecido como a PAX ROMANA, dado ao
fortalecimento do exército, a amenização das tensões sociais
– graças à política do pão e circo - e a pacificação das
províncias do império.
44.
45. IMPÉRIO
Alto Império – apogeu de Roma
• Dinastias de ouro. É o momento de
grandiosidade de Roma tendo as seguintes
dinastias:
• a) Júlio-Claúdios ( 14 - 68 )
• b) Flávios ( 69 - 96 )
• c) Antoninos ( 96 -192)
• d) Severos (193-235).
46. • Baixo Império – decadência e queda romana.
• À partir do ano de 235, inicia-se um período
de crises – custos para a manutenção do
exército aumento dos impostos
tumultos e revoltas nas províncias.
• Crise militar - fim do expansionismo romano
diminuição de entrada de mão-de-obra
escrava em Roma queda na produção
agrícola.
• Crise do escravismo - raiz da queda de Roma.
47. A CRISE E A QUEDA DE ROMA
Consequências da crise econômica:
• Aumento dos impostos aumento no preço das
mercadorias, gerando um processo inflacionário.
• Política de pão e circo - deixa de existir, pois o Estado
não pode mais arcar com a distribuição gratuita de
alimentos - contribuindo para aumentar as tensões
sociais.
• As fronteiras do Império Romano começam a serem
invadidas pelos chamados povos bárbaros, trazendo
um clima de insegurança e pânico a todos.
48. CONSEQUÊNCIAS DA CRISE IMPERIAL
• ÊXODO URBANO: fuga da crise econômica e dos bárbaros. Campo –
oportunidade de trabalho com a diminuição dos escravos como
força de trabalho.
• O COLONATO: o grande proprietário arrenda lotes de terras para os
camponeses que, em troca, trabalhavam e produziam para o
grande proprietário. O colono passa a ser um homem preso à terra.
• INFLAÇÃO: queda da produção agrícola diminuição na
arrecadação de impostos / aumento das despesas para
manutenção do exército que defende as fronteiras dos bárbaros.
Falta de dinheiro – o Estado inicia a sua falência.
• CRISE MILITAR: recrutamento dos bárbaros em troca de terras por
serviços prestados.
49. • No campo, a ausência militar e a necessidade de garantir a
propriedade, leva o grande proprietário a contratar mercenários
para a defesa da terra, criando um exército pessoal.
• O CRISTIANISMO: difusão da religião cristã. O fortalecimento do
cristianismo ocorria, simultaneamente, com o enfraquecimento de
Roma. Os cristãos não aceitavam as instituições romanas, ligadas
ao paganismo; não reconheciam a divindade do imperador e não
aceitavam a escravidão. As autoridades romanas iniciam uma
política de perseguição sistemática aos cristãos, considerando-os
culpados por todas as calamidades que ocorriam. No entanto,
quanto mais os cristãos eram perseguidos e torturados, maior o
número de adeptos.