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O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES “First comes thought; then comes organization of that thought into ideas and plan; then transformation of those plans into reality. The beginning, as you will observe, is in your imagination.”  	(N. Hill, citadopor Ross Todd, in Libraries for Life: Democracy, Diversity, Delivery. IFLA Council and General Conference, Glasgow, Scotland, August 18-24, 2002, p. 10) Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES “A avaliação não constitui um fim em si mesmo, mas um processo de melhoria de deve facultar informação de qualidade capaz de apoiar a tomada de decisão”  (texto da sessão, O Modelo de auto-avaliação das Bibliotecas escolares: problemáticas e conceitos implicados, p. 1) Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
PORQUÊ AVALIAR? É absolutamente necessário avaliar o impacto das bibliotecas nas escolas e no sucesso educativo dos alunos de forma a: Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
PORQUÊ AVALIAR? Porque é necessário que as estruturas organizativas compreendam que o programa da biblioteca são essenciais para o desenvolvimento de competências nos alunos. É no sucesso dos alunos, em torno das competências de pesquisa de ideias e informação, que reside o sucesso do programa da BE. Porque o trabalho da biblioteca deverá ser visível na escola e na comunidade e isso terá que ser feito através de uma contínua comunicação sobre o programa da biblioteca e os efeitos em termos de promoção de sucesso nos alunos.        “A memo to the principal is a nice way to keeptheadministrationapprisedofthevalue, progress, andfutureofyourprogram. A memo willenlightenthe principal andothersoftheimportantworkyouredoingwithstudentlearning” (Eisenberg, Michael, Thismanwhowants to changeyourjob, p. 3) Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
Avaliar é necessário para Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
“A avaliação não é um fim em si mesmo, mas um processo de melhoria, que deve facultar informação de qualidade capaz de apoiar a tomada de decisão”.  O modelo de Auto-avaliação proposto pela RBE tem integrados os princípios definidos nos documentos fundadores (IFLA,UNESCO, IASL), os quais estão relacionados com a missão da BE no contexto da escola em que se integram, tendo em última instância, o conceito de sucesso educativo dos alunos, e a melhora da prestação de serviços pela BE.  Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
A importância da recolha de evidências A recolha de evidências é essencial porque permite que as BE aprendam e cresçam. Evidence-informedou evidence-basedpolicyé uma prática cada vez mais comum, de forma a validar o que funciona e identificar possíveis áreas de constrangimento. A auto-avaliação, através da recolha de evidências, ajudará a BE a identificar o caminho que deve seguir com vista à melhoria do seu desempenho” Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
Porque é tão importante a recolha de evidências? A recolha de evidências deverá ser uma prática associada no trabalho diário de uma biblioteca, de forma a fornecer informação sobre determinada prática, e verificar o seu sucesso no desenvolvimento das competências dos alunos, ou necessidade de melhoria. É necessário verificar o impacto do trabalho da BE na estrutura pedagógica e organizativa da escola, de forma a que a acção da biblioteca consiga ir de encontro aos objectivos da escola. Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
A prática de uma acção em torno da recolha de evidências tem, segundo RossTodd duas dimensões: Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
Como se dá o processo? Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
O que se avalia? O conceito de avaliação das BEs tem mudado, avaliando-se hoje as Bibliotecas não só em termos da colecção, quantidade de recursos humanos e materiais, ou número de visitas e empréstimos domiciliários “Informationmanagementeextendsbeyondbuildingandmanaginglibrarycollcetionsandservices” (Eisenberg, Michael, Thismanwhowants to changeyourjob, p. 2) , mas em termos de impacto qualitativo da biblioteca. Interessam os resultados das acções da biblioteca nas atitudes e competências dos utilizadores.  Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
A biblioteca escolar é usada como espaço formativo e de aprendizagem, relacionado com o processo ensino/aprendizagem e a promoção das diferentes literacias. O professor bibliotecário deverá trabalhar colaborativamente com todos os membros da comunidade educativa: “The school librarian Works collaboratively with members of the learning community to define policies and guide and direct all related library activities” (Idem) Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
Como se organiza o modelo de avaliação da BE? O modelo organiza-se em torno de 4 domínios cruciais ao desenvolvimento e qualidade das Bes, e um conjunto de indicadores sobre os quais assenta o trabalho da BE. Pode ser agrupado em 3 áreas chave: Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
O que pressupõe o modelo? O modelo pressupõe a necessidade constante de:  Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
Abordagem colaborativa O modelo pressupõe também uma abordagem colaborativa.  Quando os professor bibliotecário e os professores trabalham juntos os estudantes atingem níveis maiores de literacia, leitura, capacidade de resolução de problemas  e domínio das competências tecnológicas. O programa do professor bibliotecário deverá ser elaborado em parceria com os docentes  Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
Qual a duração do processo? O processo tem a duração de aplicação de 4 anos, pelo que é necessário seleccionar um domínio a ser objecto de aplicação de instrumentos em cada ano. Os resultados deverão ser partilhados com o Director e discutidos nos Órgãos de Gestão Pedagógica, para juntos consertar esforços na promoção do sucesso educativo.  Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
Qual o impacto dos resultados? Os resultados têm impacto no processo de planificação e gestão onde: Se redefinem prioridades e políticas de actuação Se identifiquem oportunidades e constrangimentos Se reconhecem oportunidades e ameaças tendo em conta o ambiente interno e externo da biblioteca, prioridades da escola e adequação aos objectivos ensino/aprendizagem Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
Qual a importância do professor bibliotecário neste processo? O professor bibliotecário é essencialmente um professor que promove as literacias. O seu trabalho terá que ser um trabalho colaborativo, feito em coadjuvação com o trabalho dos restantes docentes da escola. Deverá ser um promotor a formação de leitores independentes “independentlearners” , sendo que a leitura permite compreender melhor o mundo “porque leer amplia el ser, desarrollalas potencialidades y enriquece y regenera personal y socialmente” (El Rumor de laLectura, Equipo Peonza, Madrid: Anaya 2001, p.22) Deverá ter capacidade de promover conhecimento, visão e liderança, ser capaz de planear, executar e avaliar o programa regularmente em níveis diferentes. Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
Importância do Professor Bibliotecário O PB deve ter: Em suma, o Professor bibliotecário deverá tirar partido das oportunidades e ser visto como uma força positiva e vital na escola. Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
Acção do professor bibliotecário O professor bibliotecário tem o dever de tornar a escola inclusiva e proactiva. A chave de todo este processo está na pesquisa, no uso das tecnologias online, na avaliação de programas e das competências dos estudantes. Os professores bibliotecários formados profissionalmente podem fazer a diferença que afecta a performance dos estudantes. Para isso, o apoio da Direcção e professores é essencial. Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
Acção do professor bibliotecário A Acção dos professor bibliotecário deve ser clara e basear-se na promoção de literacias e construção de conhecimento. No ser e no fazer: o “DOING AND BEING” de que fala RossTodd. O papel do professor bibliotecário vai até, neste sentido, além da promoção do desenvolvimento de competências de literacia. Ele tem a responsabilidade de tornar em acções toda a informação e conhecimento que a escola possui ou pode fornecer, para que  os estudantes possam construir o seu próprio conhecimento e desenvolver as suas ideias de forma rica e variada. Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
Possíveis constrangimentos Constrangimentos de várias ordem poderão ter a ver com: política de exigências em constante mudança nas escolas constrangimentos financeiros. Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
Integração A política da BE deve estar intimamente relacionada com as iniciativas, preocupações e prioridades da escola. A flexibilidade é essencial no pensamento estratégico. Não há verdades absolutas, as prioridades da escola mudam a cada ano.  A análise é também essencial:analisar o que é real, o que é desejável e planear como lá chegar.  Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
Porque é tão importante planear? O planeamento é um processo que requer um revisão e avaliação contínua. É necessário avaliar a toda a hora para e determinar se os objectivos, os passos foram atingidos. A avaliação não dever ser apenas feita em virtude de contagens e estatísticas de circulação, mas dever ser centrada em 3 prioridades: informationliteracy, readingadvocayandinromationmanagement”. Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009
Em conclusão Uma prática baseada na recolha de evidências é, no fundo, a melhor forma de mostrar e convencer que a biblioteca é uma parte central da escola e essencial no desempenho dos seus alunos: “In essence, evidence – based practice is about having the rich, diverse and convincing evidence that demonstrates that the library is a vital part of the learning fabric of the school – that is integral, rather then peripherical”  	(Ross Todd, in Libraries for Life: Democracy, Diversity, Delivery. IFLA Council and General Conference, Glasgow, Scotland, August 18-24, 2002, p. 9) Fernanda Maria Oliveira                                                                                             Novembro 2009

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Modelo de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares

  • 1. O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES “First comes thought; then comes organization of that thought into ideas and plan; then transformation of those plans into reality. The beginning, as you will observe, is in your imagination.” (N. Hill, citadopor Ross Todd, in Libraries for Life: Democracy, Diversity, Delivery. IFLA Council and General Conference, Glasgow, Scotland, August 18-24, 2002, p. 10) Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 2. O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES “A avaliação não constitui um fim em si mesmo, mas um processo de melhoria de deve facultar informação de qualidade capaz de apoiar a tomada de decisão” (texto da sessão, O Modelo de auto-avaliação das Bibliotecas escolares: problemáticas e conceitos implicados, p. 1) Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 3. PORQUÊ AVALIAR? É absolutamente necessário avaliar o impacto das bibliotecas nas escolas e no sucesso educativo dos alunos de forma a: Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 4. PORQUÊ AVALIAR? Porque é necessário que as estruturas organizativas compreendam que o programa da biblioteca são essenciais para o desenvolvimento de competências nos alunos. É no sucesso dos alunos, em torno das competências de pesquisa de ideias e informação, que reside o sucesso do programa da BE. Porque o trabalho da biblioteca deverá ser visível na escola e na comunidade e isso terá que ser feito através de uma contínua comunicação sobre o programa da biblioteca e os efeitos em termos de promoção de sucesso nos alunos. “A memo to the principal is a nice way to keeptheadministrationapprisedofthevalue, progress, andfutureofyourprogram. A memo willenlightenthe principal andothersoftheimportantworkyouredoingwithstudentlearning” (Eisenberg, Michael, Thismanwhowants to changeyourjob, p. 3) Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 5. Avaliar é necessário para Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 6. “A avaliação não é um fim em si mesmo, mas um processo de melhoria, que deve facultar informação de qualidade capaz de apoiar a tomada de decisão”. O modelo de Auto-avaliação proposto pela RBE tem integrados os princípios definidos nos documentos fundadores (IFLA,UNESCO, IASL), os quais estão relacionados com a missão da BE no contexto da escola em que se integram, tendo em última instância, o conceito de sucesso educativo dos alunos, e a melhora da prestação de serviços pela BE. Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 7. A importância da recolha de evidências A recolha de evidências é essencial porque permite que as BE aprendam e cresçam. Evidence-informedou evidence-basedpolicyé uma prática cada vez mais comum, de forma a validar o que funciona e identificar possíveis áreas de constrangimento. A auto-avaliação, através da recolha de evidências, ajudará a BE a identificar o caminho que deve seguir com vista à melhoria do seu desempenho” Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 8. Porque é tão importante a recolha de evidências? A recolha de evidências deverá ser uma prática associada no trabalho diário de uma biblioteca, de forma a fornecer informação sobre determinada prática, e verificar o seu sucesso no desenvolvimento das competências dos alunos, ou necessidade de melhoria. É necessário verificar o impacto do trabalho da BE na estrutura pedagógica e organizativa da escola, de forma a que a acção da biblioteca consiga ir de encontro aos objectivos da escola. Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 9. A prática de uma acção em torno da recolha de evidências tem, segundo RossTodd duas dimensões: Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 10. Como se dá o processo? Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 11. O que se avalia? O conceito de avaliação das BEs tem mudado, avaliando-se hoje as Bibliotecas não só em termos da colecção, quantidade de recursos humanos e materiais, ou número de visitas e empréstimos domiciliários “Informationmanagementeextendsbeyondbuildingandmanaginglibrarycollcetionsandservices” (Eisenberg, Michael, Thismanwhowants to changeyourjob, p. 2) , mas em termos de impacto qualitativo da biblioteca. Interessam os resultados das acções da biblioteca nas atitudes e competências dos utilizadores. Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 12. A biblioteca escolar é usada como espaço formativo e de aprendizagem, relacionado com o processo ensino/aprendizagem e a promoção das diferentes literacias. O professor bibliotecário deverá trabalhar colaborativamente com todos os membros da comunidade educativa: “The school librarian Works collaboratively with members of the learning community to define policies and guide and direct all related library activities” (Idem) Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 13. Como se organiza o modelo de avaliação da BE? O modelo organiza-se em torno de 4 domínios cruciais ao desenvolvimento e qualidade das Bes, e um conjunto de indicadores sobre os quais assenta o trabalho da BE. Pode ser agrupado em 3 áreas chave: Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 14. O que pressupõe o modelo? O modelo pressupõe a necessidade constante de: Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 15. Abordagem colaborativa O modelo pressupõe também uma abordagem colaborativa. Quando os professor bibliotecário e os professores trabalham juntos os estudantes atingem níveis maiores de literacia, leitura, capacidade de resolução de problemas e domínio das competências tecnológicas. O programa do professor bibliotecário deverá ser elaborado em parceria com os docentes Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 16. Qual a duração do processo? O processo tem a duração de aplicação de 4 anos, pelo que é necessário seleccionar um domínio a ser objecto de aplicação de instrumentos em cada ano. Os resultados deverão ser partilhados com o Director e discutidos nos Órgãos de Gestão Pedagógica, para juntos consertar esforços na promoção do sucesso educativo. Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 17. Qual o impacto dos resultados? Os resultados têm impacto no processo de planificação e gestão onde: Se redefinem prioridades e políticas de actuação Se identifiquem oportunidades e constrangimentos Se reconhecem oportunidades e ameaças tendo em conta o ambiente interno e externo da biblioteca, prioridades da escola e adequação aos objectivos ensino/aprendizagem Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 18. Qual a importância do professor bibliotecário neste processo? O professor bibliotecário é essencialmente um professor que promove as literacias. O seu trabalho terá que ser um trabalho colaborativo, feito em coadjuvação com o trabalho dos restantes docentes da escola. Deverá ser um promotor a formação de leitores independentes “independentlearners” , sendo que a leitura permite compreender melhor o mundo “porque leer amplia el ser, desarrollalas potencialidades y enriquece y regenera personal y socialmente” (El Rumor de laLectura, Equipo Peonza, Madrid: Anaya 2001, p.22) Deverá ter capacidade de promover conhecimento, visão e liderança, ser capaz de planear, executar e avaliar o programa regularmente em níveis diferentes. Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 19. Importância do Professor Bibliotecário O PB deve ter: Em suma, o Professor bibliotecário deverá tirar partido das oportunidades e ser visto como uma força positiva e vital na escola. Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 20. Acção do professor bibliotecário O professor bibliotecário tem o dever de tornar a escola inclusiva e proactiva. A chave de todo este processo está na pesquisa, no uso das tecnologias online, na avaliação de programas e das competências dos estudantes. Os professores bibliotecários formados profissionalmente podem fazer a diferença que afecta a performance dos estudantes. Para isso, o apoio da Direcção e professores é essencial. Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 21. Acção do professor bibliotecário A Acção dos professor bibliotecário deve ser clara e basear-se na promoção de literacias e construção de conhecimento. No ser e no fazer: o “DOING AND BEING” de que fala RossTodd. O papel do professor bibliotecário vai até, neste sentido, além da promoção do desenvolvimento de competências de literacia. Ele tem a responsabilidade de tornar em acções toda a informação e conhecimento que a escola possui ou pode fornecer, para que os estudantes possam construir o seu próprio conhecimento e desenvolver as suas ideias de forma rica e variada. Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 22. Possíveis constrangimentos Constrangimentos de várias ordem poderão ter a ver com: política de exigências em constante mudança nas escolas constrangimentos financeiros. Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 23. Integração A política da BE deve estar intimamente relacionada com as iniciativas, preocupações e prioridades da escola. A flexibilidade é essencial no pensamento estratégico. Não há verdades absolutas, as prioridades da escola mudam a cada ano. A análise é também essencial:analisar o que é real, o que é desejável e planear como lá chegar. Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 24. Porque é tão importante planear? O planeamento é um processo que requer um revisão e avaliação contínua. É necessário avaliar a toda a hora para e determinar se os objectivos, os passos foram atingidos. A avaliação não dever ser apenas feita em virtude de contagens e estatísticas de circulação, mas dever ser centrada em 3 prioridades: informationliteracy, readingadvocayandinromationmanagement”. Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009
  • 25. Em conclusão Uma prática baseada na recolha de evidências é, no fundo, a melhor forma de mostrar e convencer que a biblioteca é uma parte central da escola e essencial no desempenho dos seus alunos: “In essence, evidence – based practice is about having the rich, diverse and convincing evidence that demonstrates that the library is a vital part of the learning fabric of the school – that is integral, rather then peripherical” (Ross Todd, in Libraries for Life: Democracy, Diversity, Delivery. IFLA Council and General Conference, Glasgow, Scotland, August 18-24, 2002, p. 9) Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009