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Preparação para o Culto do
Natalício de Meishu – Sama
Parte 2
Centro de Aprimoramento Bauru – Área Araçatuba
1
Sou o único orientador
Creio que foi por volta de 1948 ou 1949. Por ocasião de uma
entrevista coletiva com Meishu-Sama, recebemos o seguinte Ensinamento:
“Sou o único orientador”. Naquele momento, dei-me conta de que aquela
era uma declaração importantíssima, a qual eu deveria conservar comigo por
toda a existência, gravada profundamente no coração. E assim tem sido até
os dias de hoje.
Um Ministro - Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4
2
Não se deve interpretar os Ensinamentos de modo vago
Ouvi dizer que Meishu-Sama, quando escrevia os Ensinamentos,
esmerava-se nisso e, em alguns casos, revisava até mais de vinte vezes o
mesmo texto. Portanto, é importante que tenhamos sempre em mente que
eles foram escritos com toda alma e estuda-los com esse mesmo espírito.
Quando cometíamos alguma gafe, era comum sermos censurados por
Meishu-Sama, isso era uma constante, principalmente quanto aos
dedicantes que serviam a seu lado. Nessas ocasiões, Meishu-Sama sempre
indagava: “Está lendo os Ensinamentos?” Se a pessoa respondia: “Sim,
estou lendo”, Ele perguntava: “Quantas vezes?” Se a pessoa estudava os
Ensinamentos de modo vago e respondia com palavras vacilantes: “É, uma
ou duas vezes”, era severamente admoestado: “Desse modo, você está em
falta, por completo, quanto à leitura.”
Kantyo – (Presidente) - Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4
3
Ensinamento, Johrei e Dedicação.
Sempre que acontecia algo, Meishu-Sama logo perguntava:
- Está lendo os Ensinamentos?
- Está ministrando Johrei?
- Está dedicando?
Desejo devotar-me à Fé, tendo estas palavras enraizadas fortemente no
coração.
Kantyo – (Presidente) - Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4
4
As falhas também ocorrem por falta de leitura dos Ensinamentos.
Como Meishu-Sama trabalhava sempre alerta, em união com Deus e
estado de plenitude, quando nós, os dedicantes, saíamos de sintonia por um
mínimo que fosse, logo Ele nos chamava a atenção. Nesses momentos, o que
Ele infalivelmente perguntava era sobre o curriculum da nossa Fé: “Quantos
anos faz que se tornou membro? Quem lhe outorgou o Ohikari? Já dedicou na
difusão da Fé?” Caso fosse membro novo (de mais ou menos um ano de
ingresso), perdoava-o, tomando atitudes grosseiras. Mas quando a pessoa
respondia: “Sou membro há cinco anos”, ou “já dediquei na difusão da Fé”,
advertia com adversidade: “Que tipo de Fé veio professando nestes cinco
anos?” E completava: “O que digo e faço está tudo escrito nos meus livros,
portanto, se vocês cometem erros, é porque estão em falta com a leitura.
Leiam mais e mais.” Meishu-Sama vivia sempre nessa atitude, nesse estado
de união com Deus, portanto, nós também, observado-o, procurávamos
dedicar sintonizados Nele.
Um Servidor - Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4
5
Praticando de acordo com as palavras de Meishu-Sama, dobrou o número
de Frequentadores.
Uma vez fui severamente repreendido por Meishu-Sama, numa entrevista
coletiva que tivemos no KANZAN-TEI, Solar da Contemplação da Montanha. Isto
porque, quando o preço de tratamento (gratidão pelo Johrei) era de 1 iene, Meishu-
Sama disse para passarmos a cobrar 2 ienes e eu não o fiz. Acontece que a minha
Difusão localizava-se no interior, e pensei que, se elevasse o preço, as pessoas
poderiam imaginar que a nossa religião era interesseira. Assim, continuei cobrando
apenas 1 iene. Após uns três meses, num dia em que os participantes da entrevista
eram poucos, Meishu-Sama, repentinamente, virou-se para mim e disse: “Há um
erro nos seus cálculos!” Na época, apresentávamos, mensalmente, um relatório de
Johrei a Meishu-Sama, mas, como não podia relatar mentiras, calculei tudo na base
de 1 iene. Fui, então, advertido por Ele. Pensei comigo: “Fui descoberto”, e fiquei
cabisbaixo. Então, Ele me disse: “Se 30 pessoas receberam Johrei e constam aqui
30 ienes, dá 1 iene por pessoa.
6
Não lhe disse para passar a cobrar 2 ienes? Deve fazer como lhe
disse. Assim, você está menosprezando Deus.” E acrescentou: “Pode
elevar o preço. Quanto mais caro, mais sara. Como você ainda não
entendeu isso, está agindo de acordo com a sua convicção, mas,
doravante, tome cuidado.” Assim, logo em seguida me corrigi, mas
continuei pensando se não iria diminuir a frequência. Entretanto,
pensando bem, como eram palavras de Meishu-Sama, manifestante de
inigualável força, decidi agir obedientemente e já, a partir do dia seguinte,
passei a cobrar 2 ienes. O que eu pensava estava totalmente fora de
propósito, pois, agindo conforme Sua orientação, dobrou a freqüência, e
os milagres também ornaram-se constantes, deixando-me surpreso
quanto a diferença entre a inteligência divina e a humana.
Um Ministro - Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4
7
Só pensar não resolve
Aconteceu na ocasião em que dedicava no Museu de Arte de Hakone.
Aproximava-se um furacão. Meishu-Sama perguntou: “Ainda não há notícias
do furacão?” Aí o senhor “T” respondeu: “Estava justamente pensando em lhe
comunicar, neste momento.” Meishu-Sama riu e disse: “Pensar, apenas, não
resolve. Estou pensando em lhe dar um anel; portanto, agradeça-me.”
Um Servidor do Museu de Arte - Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4
8
Fazer Deus esperar transtorna o mundo espiritual.
Certa vez, quando Meishu-Sama residia em Hakone, sabendo, através
do rádio, da inoperância do trem que faria a escalada da montanha, por causa
duma tempestade, fez atrasar o início do Culto, Naquela ocasião, conforme
soube depois, Meishu-Sama atrasou o horário do Culto, por minha causa,
dizendo: “Vamos esperar por mais cinco minutos.” Acostumado a ouvir Meishu-
Sama dizer: “Fazer Deus esperar, mesmo que seja por um ou dois minutos,
ocasiona um grande transtorno no Mundo Espiritual”, assim que soube que Ele
me esperou por cinco minutos, conscientizei-me de que fizera algo realmente
desastroso e fui desculpar-me. A partir daí, por todos os meios, passei a
comparecer nos Cultos pontualmente.
Kyokaityo, (Um Dirigente do Templo), Reminiscências sobre Meishu-Sama,vol.4
9
Comparecer aos Cultos mesmo superando dificuldades.
Um dos Cultos no HOZAN-SO, Solar da Montanha Preciosa,
ocorreu num dia de muita chuva, e por isso compareceram apenas cinco
pessoas, quando normalmente compareciam dez. Meishu-Sama disse:
“Com tanta chuva, assim, vêm poucas pessoas, mas é nesses dias que
Deus nos fala sobre coisas interessantes.” Ouvindo isso, senti que devia
comparecer aos Cultos, mesmo superando dificuldades.
Um Ministro - Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4
10
O verdadeiro fiel é aquele que transpõe obstáculos para comparecer ao
culto.
Por volta do mês de junho, no Culto realizado no KANZAN-TEI, Solar da
Contemplação da Montanha, o número de participantes era reduzido. Logo após o
término da oração, fui chamar Meishu-Sama para a palestra. De imediato, relatei
o número de participantes do Culto. Como a freqüência era pequena, Ele
estranhou e me indagou: “Não acha que é muito pouco?” Eu, de imediato, sem
pensar, respondi: “Sim senhor. Creio que seja por ser período de safra na
agricultura.” Aí, Meishu-Sama advertiu-me severamente, dizendo: “O quê? Como
é que está encarando o dia do Culto? O verdadeiro membro é aquele que, mesmo
que esteja atarefado com seus serviços, comparece ao Culto, transpondo
qualquer tipo de obstáculo. Não querem receber graças? Como não podem vir por
causa da safra? Com esse pensamento pequeno, o trabalho também não correrá
bem. Se tiverem, em princípio, o pensamento de participar do Culto, Deus fará
cm que não haja impedimentos, de maneira alguma. Vá averiguar direito.” Fui
averiguar imediatamente e soube que, realmente, não era por causa da safra,
como havia pensado, mas porque havia ocorrido um desastre com o trem.
Transmitindo a notícia a Meishu-Sama, Ele, deliberadamente, adiou o horário do
Culto por mais trinta minutos, esperando que os membros se reunissem. Com o
intuito de ser prestativo, eu Lhe havia dito, precipitadamente, o que pensava.
Para mim, esse fato foi uma experiência realmente amarga. Recordando, agora,
fico admirado com o senso de observação aguçada de Meishu-Sama.
Um Servidor - Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.411
A oração ameniza o sofrimento.
Eu, que dedicava junto a Meishu-Sama, sofria freqüentemente com
problemas espirituais. Então, um dia, relatei o fato a Ele, que me
orientou: “Nessas horas, pense em mim com espírito de oração que o
sofrimento se ameniza.”
Um Servidor - Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4
12
O determinismo espiritual.
Numa das entrevistas coletivas uma pessoa perguntou sobre a
diferença entre a espada notável de Massamune e a de Muramassa. A pergunta
era a seguinte: “Dizem que as duas espadas são notáveis mas a de Massamune
é considerada superior, sendo utilizada principalmente para proteção; porém,
para cortar pessoas, a de Muramassa era melhor. Como se explica isso?”
Meishu-Sama pronunciou-se a respeito: “Tudo que é considerado notável, está
impregnado do espírito do autor. A espada de Muramassa cortava melhor as
pessoas, porque foi feita com o pensamento: ‘Vou fundir uma espada que corte
as pessoas’, e a de Massamune foi feita por uma pessoa que amava a paz, com
o pensamento: ‘Desejo confeccionar uma espada que proteja as pessoas.’ Daí
surgiu a diferença. Como o pensamento de proteger estava impregnado na
espada, ela se tornou notável como espada de proteção.”
13
A seguir, falou-me sobre a história da pintura “Bambu e pavão” da autoria de
Sashi Goro (se não me engano era esse o seu nome) desenhada na porta
corrediça dum hotel. Ele disse: “Diz uma lenda que, nessa pintura, a princípio,
estava retratado mais um pavão, que um dia saiu voando e desapareceu. Como
o notável artista expressou tão bem o pavão prestes a levantar vôo, a qualquer
momento, é que nasceu essa lenda. No momento de sua retratação, o espírito do
autor ficou impregnado nessa pintura e esse espírito vibra e toca o coração
daqueles que a contemplam. A força espiritual de pessoas consideradas notáveis
é muito mais intensa do que a de pessoas comuns.” Ouvíamos com grande
interesse, quando a seguir, de modo natural, Ele acrescentou: “A letra ‘LUZ’, que
escrevo, também é assim. Ao escreve-la, o desejo de deus de ‘salvar o mundo
do sofrimento por meio da Luz’ passando através de meu corpo, impregna essa
letra.” Foi só o que Ele disse, mas nunca fiquei tão emocionado como naquela
ocasião!
Kyokaityo, (Um Dirigente do Templo), Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4
14
Os disparates cometidos eram reflexo do pensamento errado.
Meishu-Sama, normalmente, na vida diária, ao chegar às duas da
madrugada, mesmo que estivesse no meio do ditado de Ensinamentos, dizia: “Por
hoje, vamos encerrar aqui” e ia deitar-se. Entretanto, um dia em que estivera
purificando desde a manhã, eu pensei: “Será que a dedicação de hoje não termina
mais cedo?” Junto nessa noite, mesmo passando das duas da madrugada, Meishu-
Sama não parava de ditar. Como Ele olhava o relógio de vez em quando, eu
supunha que sabia da hora avançada e pensava: “Para Meishu-Sama, que é tão
rigoroso com o horário, é algo estranho.” Quando olhou o relógio pela terceira ou
quarta vez, é que notou que o mesmo havia parado depois de uma hora e
perguntou: “Ah! O relógio está parado. Que horas são?” Respondi-lhe: “Quase três
horas.” Ele exclamou: “Isso é grave!” e parou apressadamente. Em seguida,
preparando-se para ir dormir, foi verificar o “kotatu” (aquecedor com cobertor por
cima) e o braseiro (Meishu-Sama, Ele próprio, verificava se tudo estava em
ordem), porém, virou o braseiro.
15
Quando acabou de ajeita-lo, derrubou o resto de refrigerante que tinha
deixado de tomar. Então, me perguntou: “É estranho ficar até tão tarde e
cometer tantos descuidos. Não há nada fora do normal que você tenha
notado?” Sem conseguir me lembrar, disse-lhe: “Não há nada de especial que
me lembre.” Então, Meishu-Sama disse-me com certa severidade: “Não é
possível. Com certeza deve haver algo.” Colocando a mão no peito, refleti
bem, e conscientizei-me do erro do meu pensamento anterior. Aí, de imediato,
pedi perdão, explicando o que tinha acontecido. Então, Meishu-Sama disse-
me: “É isso. Querer que uma tarefa muito importante termine logo é um
absurdo! Se está purificando por que não pede Johrei? Mesmo que não
pedisse, o certo seria rogar a Deus que fizesse tudo correr bem até o fim.
Agindo assim, a purificação passaria rapidamente?” E me orientou até por
volta de quatro horas.
Um Servidor - Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4
16
O pensamento pode mudar até mesmo o sabor.
Desde que ouvi dizer que Meishu-Sama gostava de doce recheado de
creme da doçaria Tricolor, localizada no bairro de Guinza, em Tóquio, passei a
comprar, sempre, produtos dessa doçaria. Um dia, tendo havido um
contratempo em relação à pessoa que habitualmente fazia a entrega, no seu
lugar veio uma outra. Soube mais tarde que, dando uma mordida no doce,
Meishu-Sama disse: “Este doce tem gosto diferente do de sempre.” Depois,
verificando a causa, soube que a pessoa o entregara com muito má vontade.
Senti-me admirado, ao saber que Meishu-Sama percebera, logo, o tipo de
pensamento da tal pessoa.
Kyokaityo, (Um Dirigente do Templo), Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4
17
Só a técnica é inútil; o importante é o pensamento.
Na época em que minha tarefa era assar truta para Meishu-Sama,
pensava sempre: “O importante não é exatamente a maneira de assar a truta,
mas o meu pensamento no momento.” Por exemplo, nos dias de Culto, só de ver
da janela a fisionomia dos meus parentes que chegavam, sentia-me
emocionado. Nessas ocasiões, quando servia peixe assado, de imediato Meishu-
Sama adivinhava a confusão do meu pensamento e dizia-me: “O peixe de hoje
não está bem assado.” Mesmo que o peixe estivesse assado, se o pensamento
estivesse distante, era censurado. Meishu-Sama observava tudo, nada Lhe
escapava. Uma vez assei a truta e servi a Meishu-Sama pensando comigo
mesmo: “Acho que deste, Meishu-Sama não terá absolutamente o que
reclamar.” Porém, Meishu-Sama olhou e disse-me: “Esta parte aqui não está
bem assada”, indicando com o “ohashi” (palitos para levar comida à boca), um
ponto há uns 3 cm acima do rabo; e, após isso, Ele mostrou-se muito bem
humorado. Assim, acredito que aquele foi um modo de Meishu-Sama apontar a
arrogância do meu pensamento. Dediquei-me na tarefa de assar peixe durante
mais ou menos um ano. Relembrando os fatos que me aconteceram, vejo que,
após todas as repreensões, tinha que assentir: “É verdade.” E, no final,
conscientizei-me: O servir desse gênero não depende apenas da técnica, o
essencial é o pensamento.
Um Servidor - Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.418
A fé só é autêntica quando seguida pela prática sincera do amor ao
próximo.
Um dia, Meishu-Sama disse com relação a determinado assunto:
“Inúmeros demônios estão atentos pra causar-me incômodo, e também atrapalhar
o meu serviço, mas, como nenhum deles pode chegar perto de mim, tentam
conseguir isso encostando-se naqueles que me estão próximos.” Assim sendo, em
virtude da pequenez da nossa fé, muitas vezes nos tornamos prisioneiros do
demônio, causando incômodo e problema a Meishu-Sama e, além disso,
atrapalhamos também a Obra Divina. Portanto, por mais insignificante que possa
parecer uma questão, o seu real significado é de grande importância. Meishu-
Sama ensinou-me: “Quando a sua fé se elevar e houver a verdadeira intenção de
defender o meu trabalho – a Obra Divina – mesmo sacrificando a sua própria vida,
não haverá oportunidade para o demônio encostar.” Disse também: “A fé é ação;
portanto, se não consegue pô-la em prática, de nada adianta. Tal fé é infantil.”
Um Servidor - Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4
19
Aqueles que são sinceros são felizes.
O fato a seguir aconteceu em 1947 ou 1948, quando tivemos uma
entrevista coletiva com Meishu-Sama no TOZAN-SO, Solar da Montanha do
Leste. Havia uma boneca em cima do armário da sala, Meishu-Sama,
observando-a, disse: “Não sei quem fez aquele boneca, mas, o certo é que foi
feita por alguém com todo o coração. Só de ver a costura de sua meia, de ponta
a ponta, vejo que está impregnada de amor. Quem fez essa boneca, sem dúvida,
vive feliz.” Naquele momento, senti-me contatar com uma parte do espírito de
Meishu-Sama que deseja sempre a felicidade das pessoas.
Kyokaityo, (Um Dirigente do Templo), Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4
20
Todas as dedicações são igualmente importantes.
O fato seguinte aconteceu na época de Tamagawa (Tóquio), quando as
autoridades levantaram a proibição dos tratamentos e Meishu-Sama iniciou-os
novamente. As pessoas que o serviam, como eu, estavam cheias de esperanças;
era como se uma longa noite de padecimentos tivesse terminando. Quanto a
mim, estava ansioso para poder, finalmente, salvar muitas pessoas, na qualidade
de ajudante de terapia, desejo esse de longo tempo. Esperei, com tanta
ansiedade por aquele momento e estava tão entusiasmado! Mas foi uma
decepção, quando Ele me disse: “Você fica encarregado dos serviços de
recepção.” Isto porque, trabalhar como recepcionista era fácil demais para mim e
nada animador. Queria tanto fazer algo mais ativo que, certo dia, pedi a Meishu-
Sama para me mudar de cargo. Então, Ele disse: “Não acha que o trabalho de
recepção é muito mais cômodo que o do tratamento? Ambos são, igualmente,
serviços feitos para mim. Eu, por exemplo, se necessário for, carrego até
esterco. Mas, em compensação, mostrarei que sou o melhor dos carregadores de
esterco.”
Um Servidor - Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4
21
Quem ganhou nova vida deve empenhar-se na causa de Deus.
Em setembro de 1950, eu havia ido fazer difusão no Estado de Toyama
e sofri um derrame cerebral. Mandei então um telegrama a Meishu-Sama,
pedindo Sua proteção. Depois que fiquei completamente restabelecido, solicitei
uma audiência em Atami, para agradecer-Lhe a graça recebida. Naquela ocasião,
Meishu-Sama me disse: “Quando nossa vida é salva por Deus, podemos viver
por mais 30 anos.” Naquele momento, interiormente, eu pensei: “Se cada vez
que somos salvos recebermos 30 anos de vida, sendo salvos por duas vezes
significa ganharmos 60 anos de vida. Como tenho 35 anos, se for salvo mais
uma vez, posso viver tranqüilamente até os 95 anos ...” Nisso, como que
enxergando esse meu pensamento leviano, Meishu-Sama disse-me
categoricamente: “Entretanto, a vida recebida deve ser usada para a causa de
Deus. Não deve ser usada em favor de assuntos particulares.”
Kyokaityo, (Um Dirigente do Templo), Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4
22
O espírito de difusão
No dia 1º de abril de 1941, recebi a qualificação sacerdotal da
época e passei a me dedicar exclusivamente à difusão. Naquela ocasião, fiz a
seguinte pergunta a Meishu-Sama: “Com que espírito devo realizar a
difusão?” Meishu-Sama me ensinou: “deve salvar as pessoas, esquecendo-se
de comer e de dormir. Entretanto, nuca se esqueça dos favores que lhe forem
prestados; mas não faça alarde daquilo que fizer para os outros. Não se
esqueça, também, que sempre estarei trabalhando em conjunto com você.
Basta que (....) com esse espírito.” Desde então, essas palavras tornaram-se
a minha diretriz no trabalho de difusão.
Um Ministro - Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4
23
Deus determina convenientemente a ordem.
Justamente na época em que eu estava atarefado com os preparativos
para uma viagem de difusão ao Havaí, fui acometido de severa purificação no
estômago. Pensando que a melhor preparação seria me purificar espiritualmente,
fiz uma solicitação especial ao atarefadíssimo Meishu-Sama e passei a receber
Johrei. Embora estivesse preparado para enfrentar qualquer situação, certo dia,
ao me conscientizar da grande importância de minha missão, fui tomado de uma
insegurança que persistiu na minha mente. Nada disse a Meishu-Sama sobre isso,
mas Ele, como se já soubesse de tudo, disse-me: “Da parte de Deus, sabe, já
estava definido, desde muito tempo, que você iria aos Estados Unidos. Agora,
chegou a hora da sua concretização.” Assim, compreendi claramente que ir
àquele país era um servir por afinidade e me senti tomado de uma nova
disposição. Continuando, Ele disse: “Deus determina convenientemente a ordem,
mesmo que o ser humano não se preocupe com ela; o que é, realmente, algo
gratificante.” E assim Ele me incentivou e encorajou.
24
Como estava pensando em diversas maneiras de se fazer a difusão, perguntei-
lhe a respeito e assim me respondeu: “Sabe, chegando lá, Deus fará com que
você se conscientize naturalmente e então basta que proceda da forma como
pensar. No momento, eu também não sei” e prosseguiu encorajando-me com
estas palavras: “Deus está com você, por isso não há com o que se
preocupar.” Senti, então, profundamente, a felicidade daqueles que acreditam
em Deus Supremo e solidifiquei ainda mais a fé de que Ele está conosco.
Kyokaityo, (Um Dirigente do Templo), Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4
25
Muito Obrigado pela atenção
e vamos mandar “BRASA”
26

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Natalício de Meishu Sama - parte 2

  • 1. Preparação para o Culto do Natalício de Meishu – Sama Parte 2 Centro de Aprimoramento Bauru – Área Araçatuba 1
  • 2. Sou o único orientador Creio que foi por volta de 1948 ou 1949. Por ocasião de uma entrevista coletiva com Meishu-Sama, recebemos o seguinte Ensinamento: “Sou o único orientador”. Naquele momento, dei-me conta de que aquela era uma declaração importantíssima, a qual eu deveria conservar comigo por toda a existência, gravada profundamente no coração. E assim tem sido até os dias de hoje. Um Ministro - Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4 2
  • 3. Não se deve interpretar os Ensinamentos de modo vago Ouvi dizer que Meishu-Sama, quando escrevia os Ensinamentos, esmerava-se nisso e, em alguns casos, revisava até mais de vinte vezes o mesmo texto. Portanto, é importante que tenhamos sempre em mente que eles foram escritos com toda alma e estuda-los com esse mesmo espírito. Quando cometíamos alguma gafe, era comum sermos censurados por Meishu-Sama, isso era uma constante, principalmente quanto aos dedicantes que serviam a seu lado. Nessas ocasiões, Meishu-Sama sempre indagava: “Está lendo os Ensinamentos?” Se a pessoa respondia: “Sim, estou lendo”, Ele perguntava: “Quantas vezes?” Se a pessoa estudava os Ensinamentos de modo vago e respondia com palavras vacilantes: “É, uma ou duas vezes”, era severamente admoestado: “Desse modo, você está em falta, por completo, quanto à leitura.” Kantyo – (Presidente) - Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4 3
  • 4. Ensinamento, Johrei e Dedicação. Sempre que acontecia algo, Meishu-Sama logo perguntava: - Está lendo os Ensinamentos? - Está ministrando Johrei? - Está dedicando? Desejo devotar-me à Fé, tendo estas palavras enraizadas fortemente no coração. Kantyo – (Presidente) - Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4 4
  • 5. As falhas também ocorrem por falta de leitura dos Ensinamentos. Como Meishu-Sama trabalhava sempre alerta, em união com Deus e estado de plenitude, quando nós, os dedicantes, saíamos de sintonia por um mínimo que fosse, logo Ele nos chamava a atenção. Nesses momentos, o que Ele infalivelmente perguntava era sobre o curriculum da nossa Fé: “Quantos anos faz que se tornou membro? Quem lhe outorgou o Ohikari? Já dedicou na difusão da Fé?” Caso fosse membro novo (de mais ou menos um ano de ingresso), perdoava-o, tomando atitudes grosseiras. Mas quando a pessoa respondia: “Sou membro há cinco anos”, ou “já dediquei na difusão da Fé”, advertia com adversidade: “Que tipo de Fé veio professando nestes cinco anos?” E completava: “O que digo e faço está tudo escrito nos meus livros, portanto, se vocês cometem erros, é porque estão em falta com a leitura. Leiam mais e mais.” Meishu-Sama vivia sempre nessa atitude, nesse estado de união com Deus, portanto, nós também, observado-o, procurávamos dedicar sintonizados Nele. Um Servidor - Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4 5
  • 6. Praticando de acordo com as palavras de Meishu-Sama, dobrou o número de Frequentadores. Uma vez fui severamente repreendido por Meishu-Sama, numa entrevista coletiva que tivemos no KANZAN-TEI, Solar da Contemplação da Montanha. Isto porque, quando o preço de tratamento (gratidão pelo Johrei) era de 1 iene, Meishu- Sama disse para passarmos a cobrar 2 ienes e eu não o fiz. Acontece que a minha Difusão localizava-se no interior, e pensei que, se elevasse o preço, as pessoas poderiam imaginar que a nossa religião era interesseira. Assim, continuei cobrando apenas 1 iene. Após uns três meses, num dia em que os participantes da entrevista eram poucos, Meishu-Sama, repentinamente, virou-se para mim e disse: “Há um erro nos seus cálculos!” Na época, apresentávamos, mensalmente, um relatório de Johrei a Meishu-Sama, mas, como não podia relatar mentiras, calculei tudo na base de 1 iene. Fui, então, advertido por Ele. Pensei comigo: “Fui descoberto”, e fiquei cabisbaixo. Então, Ele me disse: “Se 30 pessoas receberam Johrei e constam aqui 30 ienes, dá 1 iene por pessoa. 6
  • 7. Não lhe disse para passar a cobrar 2 ienes? Deve fazer como lhe disse. Assim, você está menosprezando Deus.” E acrescentou: “Pode elevar o preço. Quanto mais caro, mais sara. Como você ainda não entendeu isso, está agindo de acordo com a sua convicção, mas, doravante, tome cuidado.” Assim, logo em seguida me corrigi, mas continuei pensando se não iria diminuir a frequência. Entretanto, pensando bem, como eram palavras de Meishu-Sama, manifestante de inigualável força, decidi agir obedientemente e já, a partir do dia seguinte, passei a cobrar 2 ienes. O que eu pensava estava totalmente fora de propósito, pois, agindo conforme Sua orientação, dobrou a freqüência, e os milagres também ornaram-se constantes, deixando-me surpreso quanto a diferença entre a inteligência divina e a humana. Um Ministro - Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4 7
  • 8. Só pensar não resolve Aconteceu na ocasião em que dedicava no Museu de Arte de Hakone. Aproximava-se um furacão. Meishu-Sama perguntou: “Ainda não há notícias do furacão?” Aí o senhor “T” respondeu: “Estava justamente pensando em lhe comunicar, neste momento.” Meishu-Sama riu e disse: “Pensar, apenas, não resolve. Estou pensando em lhe dar um anel; portanto, agradeça-me.” Um Servidor do Museu de Arte - Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4 8
  • 9. Fazer Deus esperar transtorna o mundo espiritual. Certa vez, quando Meishu-Sama residia em Hakone, sabendo, através do rádio, da inoperância do trem que faria a escalada da montanha, por causa duma tempestade, fez atrasar o início do Culto, Naquela ocasião, conforme soube depois, Meishu-Sama atrasou o horário do Culto, por minha causa, dizendo: “Vamos esperar por mais cinco minutos.” Acostumado a ouvir Meishu- Sama dizer: “Fazer Deus esperar, mesmo que seja por um ou dois minutos, ocasiona um grande transtorno no Mundo Espiritual”, assim que soube que Ele me esperou por cinco minutos, conscientizei-me de que fizera algo realmente desastroso e fui desculpar-me. A partir daí, por todos os meios, passei a comparecer nos Cultos pontualmente. Kyokaityo, (Um Dirigente do Templo), Reminiscências sobre Meishu-Sama,vol.4 9
  • 10. Comparecer aos Cultos mesmo superando dificuldades. Um dos Cultos no HOZAN-SO, Solar da Montanha Preciosa, ocorreu num dia de muita chuva, e por isso compareceram apenas cinco pessoas, quando normalmente compareciam dez. Meishu-Sama disse: “Com tanta chuva, assim, vêm poucas pessoas, mas é nesses dias que Deus nos fala sobre coisas interessantes.” Ouvindo isso, senti que devia comparecer aos Cultos, mesmo superando dificuldades. Um Ministro - Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4 10
  • 11. O verdadeiro fiel é aquele que transpõe obstáculos para comparecer ao culto. Por volta do mês de junho, no Culto realizado no KANZAN-TEI, Solar da Contemplação da Montanha, o número de participantes era reduzido. Logo após o término da oração, fui chamar Meishu-Sama para a palestra. De imediato, relatei o número de participantes do Culto. Como a freqüência era pequena, Ele estranhou e me indagou: “Não acha que é muito pouco?” Eu, de imediato, sem pensar, respondi: “Sim senhor. Creio que seja por ser período de safra na agricultura.” Aí, Meishu-Sama advertiu-me severamente, dizendo: “O quê? Como é que está encarando o dia do Culto? O verdadeiro membro é aquele que, mesmo que esteja atarefado com seus serviços, comparece ao Culto, transpondo qualquer tipo de obstáculo. Não querem receber graças? Como não podem vir por causa da safra? Com esse pensamento pequeno, o trabalho também não correrá bem. Se tiverem, em princípio, o pensamento de participar do Culto, Deus fará cm que não haja impedimentos, de maneira alguma. Vá averiguar direito.” Fui averiguar imediatamente e soube que, realmente, não era por causa da safra, como havia pensado, mas porque havia ocorrido um desastre com o trem. Transmitindo a notícia a Meishu-Sama, Ele, deliberadamente, adiou o horário do Culto por mais trinta minutos, esperando que os membros se reunissem. Com o intuito de ser prestativo, eu Lhe havia dito, precipitadamente, o que pensava. Para mim, esse fato foi uma experiência realmente amarga. Recordando, agora, fico admirado com o senso de observação aguçada de Meishu-Sama. Um Servidor - Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.411
  • 12. A oração ameniza o sofrimento. Eu, que dedicava junto a Meishu-Sama, sofria freqüentemente com problemas espirituais. Então, um dia, relatei o fato a Ele, que me orientou: “Nessas horas, pense em mim com espírito de oração que o sofrimento se ameniza.” Um Servidor - Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4 12
  • 13. O determinismo espiritual. Numa das entrevistas coletivas uma pessoa perguntou sobre a diferença entre a espada notável de Massamune e a de Muramassa. A pergunta era a seguinte: “Dizem que as duas espadas são notáveis mas a de Massamune é considerada superior, sendo utilizada principalmente para proteção; porém, para cortar pessoas, a de Muramassa era melhor. Como se explica isso?” Meishu-Sama pronunciou-se a respeito: “Tudo que é considerado notável, está impregnado do espírito do autor. A espada de Muramassa cortava melhor as pessoas, porque foi feita com o pensamento: ‘Vou fundir uma espada que corte as pessoas’, e a de Massamune foi feita por uma pessoa que amava a paz, com o pensamento: ‘Desejo confeccionar uma espada que proteja as pessoas.’ Daí surgiu a diferença. Como o pensamento de proteger estava impregnado na espada, ela se tornou notável como espada de proteção.” 13
  • 14. A seguir, falou-me sobre a história da pintura “Bambu e pavão” da autoria de Sashi Goro (se não me engano era esse o seu nome) desenhada na porta corrediça dum hotel. Ele disse: “Diz uma lenda que, nessa pintura, a princípio, estava retratado mais um pavão, que um dia saiu voando e desapareceu. Como o notável artista expressou tão bem o pavão prestes a levantar vôo, a qualquer momento, é que nasceu essa lenda. No momento de sua retratação, o espírito do autor ficou impregnado nessa pintura e esse espírito vibra e toca o coração daqueles que a contemplam. A força espiritual de pessoas consideradas notáveis é muito mais intensa do que a de pessoas comuns.” Ouvíamos com grande interesse, quando a seguir, de modo natural, Ele acrescentou: “A letra ‘LUZ’, que escrevo, também é assim. Ao escreve-la, o desejo de deus de ‘salvar o mundo do sofrimento por meio da Luz’ passando através de meu corpo, impregna essa letra.” Foi só o que Ele disse, mas nunca fiquei tão emocionado como naquela ocasião! Kyokaityo, (Um Dirigente do Templo), Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4 14
  • 15. Os disparates cometidos eram reflexo do pensamento errado. Meishu-Sama, normalmente, na vida diária, ao chegar às duas da madrugada, mesmo que estivesse no meio do ditado de Ensinamentos, dizia: “Por hoje, vamos encerrar aqui” e ia deitar-se. Entretanto, um dia em que estivera purificando desde a manhã, eu pensei: “Será que a dedicação de hoje não termina mais cedo?” Junto nessa noite, mesmo passando das duas da madrugada, Meishu- Sama não parava de ditar. Como Ele olhava o relógio de vez em quando, eu supunha que sabia da hora avançada e pensava: “Para Meishu-Sama, que é tão rigoroso com o horário, é algo estranho.” Quando olhou o relógio pela terceira ou quarta vez, é que notou que o mesmo havia parado depois de uma hora e perguntou: “Ah! O relógio está parado. Que horas são?” Respondi-lhe: “Quase três horas.” Ele exclamou: “Isso é grave!” e parou apressadamente. Em seguida, preparando-se para ir dormir, foi verificar o “kotatu” (aquecedor com cobertor por cima) e o braseiro (Meishu-Sama, Ele próprio, verificava se tudo estava em ordem), porém, virou o braseiro. 15
  • 16. Quando acabou de ajeita-lo, derrubou o resto de refrigerante que tinha deixado de tomar. Então, me perguntou: “É estranho ficar até tão tarde e cometer tantos descuidos. Não há nada fora do normal que você tenha notado?” Sem conseguir me lembrar, disse-lhe: “Não há nada de especial que me lembre.” Então, Meishu-Sama disse-me com certa severidade: “Não é possível. Com certeza deve haver algo.” Colocando a mão no peito, refleti bem, e conscientizei-me do erro do meu pensamento anterior. Aí, de imediato, pedi perdão, explicando o que tinha acontecido. Então, Meishu-Sama disse- me: “É isso. Querer que uma tarefa muito importante termine logo é um absurdo! Se está purificando por que não pede Johrei? Mesmo que não pedisse, o certo seria rogar a Deus que fizesse tudo correr bem até o fim. Agindo assim, a purificação passaria rapidamente?” E me orientou até por volta de quatro horas. Um Servidor - Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4 16
  • 17. O pensamento pode mudar até mesmo o sabor. Desde que ouvi dizer que Meishu-Sama gostava de doce recheado de creme da doçaria Tricolor, localizada no bairro de Guinza, em Tóquio, passei a comprar, sempre, produtos dessa doçaria. Um dia, tendo havido um contratempo em relação à pessoa que habitualmente fazia a entrega, no seu lugar veio uma outra. Soube mais tarde que, dando uma mordida no doce, Meishu-Sama disse: “Este doce tem gosto diferente do de sempre.” Depois, verificando a causa, soube que a pessoa o entregara com muito má vontade. Senti-me admirado, ao saber que Meishu-Sama percebera, logo, o tipo de pensamento da tal pessoa. Kyokaityo, (Um Dirigente do Templo), Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4 17
  • 18. Só a técnica é inútil; o importante é o pensamento. Na época em que minha tarefa era assar truta para Meishu-Sama, pensava sempre: “O importante não é exatamente a maneira de assar a truta, mas o meu pensamento no momento.” Por exemplo, nos dias de Culto, só de ver da janela a fisionomia dos meus parentes que chegavam, sentia-me emocionado. Nessas ocasiões, quando servia peixe assado, de imediato Meishu- Sama adivinhava a confusão do meu pensamento e dizia-me: “O peixe de hoje não está bem assado.” Mesmo que o peixe estivesse assado, se o pensamento estivesse distante, era censurado. Meishu-Sama observava tudo, nada Lhe escapava. Uma vez assei a truta e servi a Meishu-Sama pensando comigo mesmo: “Acho que deste, Meishu-Sama não terá absolutamente o que reclamar.” Porém, Meishu-Sama olhou e disse-me: “Esta parte aqui não está bem assada”, indicando com o “ohashi” (palitos para levar comida à boca), um ponto há uns 3 cm acima do rabo; e, após isso, Ele mostrou-se muito bem humorado. Assim, acredito que aquele foi um modo de Meishu-Sama apontar a arrogância do meu pensamento. Dediquei-me na tarefa de assar peixe durante mais ou menos um ano. Relembrando os fatos que me aconteceram, vejo que, após todas as repreensões, tinha que assentir: “É verdade.” E, no final, conscientizei-me: O servir desse gênero não depende apenas da técnica, o essencial é o pensamento. Um Servidor - Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.418
  • 19. A fé só é autêntica quando seguida pela prática sincera do amor ao próximo. Um dia, Meishu-Sama disse com relação a determinado assunto: “Inúmeros demônios estão atentos pra causar-me incômodo, e também atrapalhar o meu serviço, mas, como nenhum deles pode chegar perto de mim, tentam conseguir isso encostando-se naqueles que me estão próximos.” Assim sendo, em virtude da pequenez da nossa fé, muitas vezes nos tornamos prisioneiros do demônio, causando incômodo e problema a Meishu-Sama e, além disso, atrapalhamos também a Obra Divina. Portanto, por mais insignificante que possa parecer uma questão, o seu real significado é de grande importância. Meishu- Sama ensinou-me: “Quando a sua fé se elevar e houver a verdadeira intenção de defender o meu trabalho – a Obra Divina – mesmo sacrificando a sua própria vida, não haverá oportunidade para o demônio encostar.” Disse também: “A fé é ação; portanto, se não consegue pô-la em prática, de nada adianta. Tal fé é infantil.” Um Servidor - Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4 19
  • 20. Aqueles que são sinceros são felizes. O fato a seguir aconteceu em 1947 ou 1948, quando tivemos uma entrevista coletiva com Meishu-Sama no TOZAN-SO, Solar da Montanha do Leste. Havia uma boneca em cima do armário da sala, Meishu-Sama, observando-a, disse: “Não sei quem fez aquele boneca, mas, o certo é que foi feita por alguém com todo o coração. Só de ver a costura de sua meia, de ponta a ponta, vejo que está impregnada de amor. Quem fez essa boneca, sem dúvida, vive feliz.” Naquele momento, senti-me contatar com uma parte do espírito de Meishu-Sama que deseja sempre a felicidade das pessoas. Kyokaityo, (Um Dirigente do Templo), Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4 20
  • 21. Todas as dedicações são igualmente importantes. O fato seguinte aconteceu na época de Tamagawa (Tóquio), quando as autoridades levantaram a proibição dos tratamentos e Meishu-Sama iniciou-os novamente. As pessoas que o serviam, como eu, estavam cheias de esperanças; era como se uma longa noite de padecimentos tivesse terminando. Quanto a mim, estava ansioso para poder, finalmente, salvar muitas pessoas, na qualidade de ajudante de terapia, desejo esse de longo tempo. Esperei, com tanta ansiedade por aquele momento e estava tão entusiasmado! Mas foi uma decepção, quando Ele me disse: “Você fica encarregado dos serviços de recepção.” Isto porque, trabalhar como recepcionista era fácil demais para mim e nada animador. Queria tanto fazer algo mais ativo que, certo dia, pedi a Meishu- Sama para me mudar de cargo. Então, Ele disse: “Não acha que o trabalho de recepção é muito mais cômodo que o do tratamento? Ambos são, igualmente, serviços feitos para mim. Eu, por exemplo, se necessário for, carrego até esterco. Mas, em compensação, mostrarei que sou o melhor dos carregadores de esterco.” Um Servidor - Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4 21
  • 22. Quem ganhou nova vida deve empenhar-se na causa de Deus. Em setembro de 1950, eu havia ido fazer difusão no Estado de Toyama e sofri um derrame cerebral. Mandei então um telegrama a Meishu-Sama, pedindo Sua proteção. Depois que fiquei completamente restabelecido, solicitei uma audiência em Atami, para agradecer-Lhe a graça recebida. Naquela ocasião, Meishu-Sama me disse: “Quando nossa vida é salva por Deus, podemos viver por mais 30 anos.” Naquele momento, interiormente, eu pensei: “Se cada vez que somos salvos recebermos 30 anos de vida, sendo salvos por duas vezes significa ganharmos 60 anos de vida. Como tenho 35 anos, se for salvo mais uma vez, posso viver tranqüilamente até os 95 anos ...” Nisso, como que enxergando esse meu pensamento leviano, Meishu-Sama disse-me categoricamente: “Entretanto, a vida recebida deve ser usada para a causa de Deus. Não deve ser usada em favor de assuntos particulares.” Kyokaityo, (Um Dirigente do Templo), Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4 22
  • 23. O espírito de difusão No dia 1º de abril de 1941, recebi a qualificação sacerdotal da época e passei a me dedicar exclusivamente à difusão. Naquela ocasião, fiz a seguinte pergunta a Meishu-Sama: “Com que espírito devo realizar a difusão?” Meishu-Sama me ensinou: “deve salvar as pessoas, esquecendo-se de comer e de dormir. Entretanto, nuca se esqueça dos favores que lhe forem prestados; mas não faça alarde daquilo que fizer para os outros. Não se esqueça, também, que sempre estarei trabalhando em conjunto com você. Basta que (....) com esse espírito.” Desde então, essas palavras tornaram-se a minha diretriz no trabalho de difusão. Um Ministro - Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4 23
  • 24. Deus determina convenientemente a ordem. Justamente na época em que eu estava atarefado com os preparativos para uma viagem de difusão ao Havaí, fui acometido de severa purificação no estômago. Pensando que a melhor preparação seria me purificar espiritualmente, fiz uma solicitação especial ao atarefadíssimo Meishu-Sama e passei a receber Johrei. Embora estivesse preparado para enfrentar qualquer situação, certo dia, ao me conscientizar da grande importância de minha missão, fui tomado de uma insegurança que persistiu na minha mente. Nada disse a Meishu-Sama sobre isso, mas Ele, como se já soubesse de tudo, disse-me: “Da parte de Deus, sabe, já estava definido, desde muito tempo, que você iria aos Estados Unidos. Agora, chegou a hora da sua concretização.” Assim, compreendi claramente que ir àquele país era um servir por afinidade e me senti tomado de uma nova disposição. Continuando, Ele disse: “Deus determina convenientemente a ordem, mesmo que o ser humano não se preocupe com ela; o que é, realmente, algo gratificante.” E assim Ele me incentivou e encorajou. 24
  • 25. Como estava pensando em diversas maneiras de se fazer a difusão, perguntei- lhe a respeito e assim me respondeu: “Sabe, chegando lá, Deus fará com que você se conscientize naturalmente e então basta que proceda da forma como pensar. No momento, eu também não sei” e prosseguiu encorajando-me com estas palavras: “Deus está com você, por isso não há com o que se preocupar.” Senti, então, profundamente, a felicidade daqueles que acreditam em Deus Supremo e solidifiquei ainda mais a fé de que Ele está conosco. Kyokaityo, (Um Dirigente do Templo), Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4 25
  • 26. Muito Obrigado pela atenção e vamos mandar “BRASA” 26