Compromisso público com a sociedade e deputados estaduais
A história do Santa Cruz e sua paixão sem limite
1. 0112santa14:Layout 1
20:30
Página 1
Recife, 1º de dezembro de 2013
DOMINGO
Recife, 1º de dezembro de 2013
Amistosos
48 jogos
21 vitórias
11 empates
16 derrotas
Outros torneios
31 jogos
14 vitórias
10 empates
7 derrotas
Campeonato
Pernambucano
90 jogos
53 vitórias
12 empates
25 derrotas
Total
169 jogos
88 vitórias
Primeiro fascículo
NÚMEROS
DA DÉCADA
O primeiro ídolo
coral e goleador
lcindo Wanderley precisou driblar
mais que os defensores
adversários para se tornar o
primeiro grande goleador de
Pernambuco e ídolo do Santa
Cruz. Antes de vestir a camisa
tricolor, ele teve que ludibriar o seu pai, um
conhecido advogado da cidade, que não queria
ver o filho se tornar um jogador de futebol. O
apelido Pitota o manteve anônimo.
O craque foi peça fundamental em partidas
marcantes do Santa Cruz na sua primeira
década, como na virada sensacional contra o
América (7x5) e a vitória sobre o Botafogo (3x2),
marcando, inclusive, o terceiro tricolor, após
receber passe de Tiano. No total dos gols
registrados, Pitota marcou 56 vezes com a
camisa coral, parte deles no Campeonato
Pernambucano de 1917, o que lhe rendeu o
posto de primeiro goleador oficial da competição.
Além de craque dentro de campo, Pitota
assumiu cargos nas diretorias seguintes à
fundação do clube e foi o primeiro sóciobenemérito da história coral.
A
33 empates
48 derrotas
Gols pró
Lacraia e o escudo
311
Gols contra
174
* Não há registro dos resultados
de 14 jogos amistosos
Fonte: Retrospectiva dos jogos
do Santa Cruz, vol. 1, de Carlos
Celso Cordeiro
VEJA NO PRÓXIMO FASCÍCULO
O primeiro tricampeonato pernambucano
do atual tri e os feitos do maior artilheiro
da história do Santa Cruz, Tará, no segundo fascículo que tratará o período de
1924-33, na edição do próximo domingo
da Folha de Pernambuco.
1915
Anos 40/50
Anos 60
Anos 70
Anos 80/90
Anos 70
Atual
Teófilo de Carvalho, ou Lacraia, não foi apenas o primeiro negro a fazer parte de um time pernambucano. Além de capitão da equipe, o também estudante do curso de Engenharia desenhou o primeiro
escudo do clube, em 1915, passando por pequenas alterações ao longo da história do Santa Cruz até
hoje. Sua trajetória como jogador e universitário, no entanto, foi interrompida com a morte do seu pai.
Lacraia largou a faculdade e o time para ajudar a família, passando no concurso do Banco do Brasil, onde
se aposentou como gerente de uma agência no Recife.
EXPEDIENTE
Editora-Chefe - Patrícia Raposo; Editoras Executivas - Leusa Santos e Karina Maux; Chefe de Reportagem - Paulo Salgado; Projeto, edição e texto - Carlos
Lopes; Reportagem: Tiago Freitas; Edição de Fotografia - Cristiana Dias e Rogério França; Edição de Arte e Diagramação - Luciane Souza; Concepção gráfica e
diagramação - Kléber Monteiro; Tratamento de Imagem - Adilson Ferraz, Cláudio Nunes e Eduardo Tabosa.
1914 a 1923
0lim
ite
DOMINGO
Pa
ixã
o10
4
29/11/2013
A história de um
clube de futebol pode
ser contada de várias
formas. A do Santa
Cruz passa pela sua
enorme capacidade
de agregar paixões
desde o seu
nascimento, quando
subverteu a ordem
estabelecida pelo
preconceito da
sociedade do início do
século passado e
abriu as suas portas
para negros e
desdentados. Foi
nadando contra a
correnteza que
aqueles garotos da
Boa Vista deram o
pontapé inicial numa
série de vitórias que
foram além dos
gramados, embora,
dentro dele, elas
também tenham sido
históricas. A Folha de
Pernambuco, no seu
primeiro fascículo que
conta o centenário do
Santa Cruz, fala desta
relação de vitórias e
paixão sem limite.
Nascido para o povo