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espiral
                                                 boletim da associação          FRATERNIT
                                                                                   TERNITAS
                                                                                FRATERNITAS MOVIMENTO


            10 anos                                      N.º 37 - Outubro / Dezembro de 2009




        vozes proféticas no nosso meio
                                              Sousa
                                   Serafim de Sousa
                                                             ser. O Espiral está de parabéns, juntamente com os
                                                             ser.

   O       retiro que tivemos em Fátima nos dias 27,
          28 e 29 de Novembro foi um êxito completo.
E isso, não só pelos resultados a nível de espiritualida-
                                                             seus fundadores e principalmente aqueles que o edita-
                                                             ram ao longo de todos estes anos, nomeadamente o
                                                                                        Fernando             mere-
                                                             Alberto Osório e agora o Fernando Félix. Bem mere-
de – mais do foro íntimo de cada um –, mas também            cem eles o nosso agradecimento e o reconhecimento
pelo ambiente criado na casa escolhida pelo nosso            por este trabalho sempre feito gratuitamente e pronto
assistente espiritual, P e Saldanha, mais propícia ao re -
                        .                             re-    na hora necessária. Merecem aqui o louvor público de
                              interior.
colhimento e à conversão interior. O local foi uma boa       todos nós. Um grande obrigado colectivo.
                                              agradece-
opção e o conferencista, excelente, a quem agradece -
mos profundamente reconhecidos o magnífico traba-                FRATERNITAS NA COMUNICAÇÃO SOCIAL
                                                                 FRATERNIT
                                                                     TERNITAS
                          Temos
lho que nos prestou. Temos razões de sobra para es-   es-        Verificamos que o nosso trabalho não tem sido em
tarmos contentes e satisfeitos.                              vão. Muito se tem falado de nós na comunicação soci-
                                                             al. Na última semana de Novembro fui entrevistado
   DEZ ANOS DO ESPIRAL                                       pelo telefone umas quatro ou cinco vezes e quase to-    to-
   Logo à chegada, o nosso editorialista mostrou-me          das para o mesmo fim. Saíram algumas dessas entre-  entre-
                       Espiral,
o primeiro número do Espiral, que teve o seu início em       vistas, uma no Jornal de Notícias de 25 de Novembro,
Dezembro de 1999. Este jornalinho, em que todos nos          outra no Diário de Notícias de 29 de Novembro, outra
vamos retratando, é o fruto da nossa perseverança, da        ainda, em diálogo com o padre Borga, na revista de
vontade férrea de ir por diante quebrando pedras atra-       domingo do Correio da Manhã de 6 de Dezembro,
vessadas no caminho, para podermos prosseguir na                                     Dr.                    Fernando
                                                             segundo me disse o Dr. Alípio Afonso e o Fernando
meta que nos propusemos atingir: servir a Igreja nas                                                           confor-
                                                             Félix. A notícia do Jornal de Notícias era a mais confor-
condições a que nos obrigaram, mas sempre de cora-           me com a realidade e a mais adequada à linguagem e
ção aberto ao respeito que nos merecem as institui-          personalidade do entrevistado. É bom que se diga que
ções. Desde a primeira hora que não arredamos pé             muitas das coisas que afirmamos algumas vezes são
dos estatutos da nossa Associação Fraternitas – Movi-
                                    Fraternitas              falseadas por colheradas menos felizes e menos rigo- rigo-
                         continuar,
mento. E assim iremos continuar, enquanto Deus qui-          rosas dos jornalistas, que nestas coisas parecem às vezes
                                                             não estar bem informados, e é pena.
                                                                 Mais tarde, pediram-me para indicar duas pessoas
                                                             que pudessem dar o seu testemunho. Num reflexo re-      re-
                                                             pentino, sugeri que entrevistassem antes duas esposas
                                                             de padres casados, pois entendia que também elas
                                                             devem ser ouvidas na Igreja que é masculina e femini-
                                                             na, e no caso presente se justificava. A resposta não foi
                                                             imediata, mas pouco tempo depois aceitaram a suges-suges-
                                                             tão, e as nossas distintas e esclarecidas Urtélia Silva e
                                                             Maria Zélia Afonso deram o seu testemunho sincero e
                                                                                                    Foi
                                                             muito digno do que são e sentem. Foi a primeira vez
                                                                               Parabéns
                                                             que aconteceu. Parabéns também por isso e pela cora-
                                                             gem que revelaram.

                                                                O NOSSO RETIRO
                                                                                     «Peregrinar     S. Paulo».
                                                                O tema do retiro foi «Peregrinar com S. Paulo». O
                                                             tema foi tratado ao longo do ano anterior em quase
2                                                                                                                  espiral



vozes proféticas no nosso meio (continuação)
todas as paróquias com maior ou menor desenvolvimen-           ministérios que a devem servir. Não se percebe que a
to. Não há dúvida que S. Paulo foi a luz mais esclareci-       hierarquia da Igreja seja, por vezes, tão cega, tão lenta,
da e a inteligência mais adequada para estruturar a Igreja     tão pouco criativa e, ao mesmo tempo, se julgue a única
primitiva. Foi Deus quem o chamou. Com ele aprende-            intérprete dos sinais dos tempos e dotada dos carismas
-se sempre mais, e é um arsenal em que podemos e               inovadores do Espírito Santo. A interpelação de Paulo
devemos mergulhar com profundidade, para se avan-              talvez seja esta: não me copiem, inventem formas de
çar. Connosco aconteceu o mesmo e acontece com to-             responder aos desafios do Evangelho do Deus de Jesus
dos, quando somos sinceros e abrimos o nosso cora-             Cristo, aos impulsos do Espírito Santo, perante o mundo
ção. No entanto, quero transcrever aqui a parte final de       que espera uma palavra de transformação da vida e de
um trabalho de Bento Domingues, OP inserido na BÍBLI-
                                      ,                        ressurreição. Não percam tempo com a cozinha e a tra-
CA científica n.º 17: Para que o Ano Paulino não seja          lha das sacristias.
uma fraude, importa identificar aquilo que, na Igreja              Amigos, não tenhamos medo do mundo que nos ro-
actual, a impede de ser criativa na evangelização e nos        deia, sejamos vozes proféticas no meio que nos envolve.




     DECÁLOGO para LER a BÍBLIA
          com PROVEITO
                                              Queretaro,              biblista            escrev             para
    D. Mario de Gasperín Gasperín, bispo de Queretaro, no México, biblista reconhecido, escreveu um decálogo para
                                      tirando proveito
                         ler a Bíblia tirando proveito espiritual, que a agência ZENIT divulgou.

    1. Nunca achar que somos os primeiros que leram a
Sagrada Escritura. Muitos, muitíssimos, através dos sé-
culos, a leram, meditaram, viveram e transmitiram. Os
melhores intérpretes da Bíblia são os santos.
    2. A Escritura é o livro da comunidade eclesial. A
nossa leitura, ainda que seja em solidão, jamais poderá
ser solitária. Para lê-la com proveito, é preciso inserir-se
na grande corrente eclesial que é conduzida e guiada
pelo Espírito Santo.
    3. A Bíblia é "Alguém". Por isso, é lida e celebrada ao
mesmo tempo. A melhor leitura da Bíblia é a que se faz
na Liturgia.
    4. O centro da Sagrada Escritura é Cristo; por isso,           7. A Bíblia é conquistada como a cidade de Jericó:
tudo deve ser lido sob o olhar de Cristo e buscando            "dando voltas". Por isso, é bom ler os lugares paralelos.
n'Ele o seu cumprimento. Cristo é a chave interpretativa       É um método interessante e muito proveitoso. Um texto
da Sagrada Escritura.                                          esclarece o outro, conforme o que diz Santo Agostinho:
    5. Nunca esquecer que na Bíblia encontramos fac-           «O Antigo Testamento fica patente no Novo e o Novo
tos e frases, obras e palavras intimamente unidos uns          está latente no Antigo.»
aos outros; as palavras anunciam e iluminam os factos,             8. A Bíblia deve ser lida e meditada com o mesmo
e os factos realizam e confirmam as palavras.                  espírito com que foi escrita. O Espírito Santo é o seu
    6. Uma maneira prática e proveitosa de ler a Escritu-      principal autor e intérprete. É preciso invocá-Lo sempre
ra é começar com os Santos Evangelhos, continuar com           antes de começar a lê-la e, no final, agradecer-Lhe.
os Actos dos Apóstolos e Cartas e ir misturando com                9. A Bíblia nunca deve ser utilizada para criticar e
algum livro do Antigo Testamento: Génesis, Êxodo, Juí-         condenar os demais.
zes, Samuel, etc. Não querer ler o livro do Levítico de            10. Todo o texto bíblico tem um contexto histórico
uma só vez, por exemplo. Os Salmos devem ser o livro           em que se originou e um contexto literário em que foi
de oração dos grupos bíblicos. Os profetas são a "alma"        escrito. Um texto bíblico, fora do seu contexto histórico
do Antigo Testamento: é preciso dedicar-lhes um estudo         e literário, é um pretexto para manipular a Palavra de
especial.                                                      Deus. Isso é usar o nome de Deus em vão.
l
   espiral                                                                                                        3



Em memória de .......... Dr. Sousa Sampaio
António Borregana                                                                                 Alípio Afonso
                                                                                                  Alípio
                                                               O Dr. Sousa Sampaio partiu para o Pai no dia 7 de
                                                           Outubro, na sequência de um grave acidente em Sanfins
    António Afonso Borregana deixou-nos no dia 27 de       do Douro, sua terra natal.
Junho, com 82 anos, vítima de uma doença que não           Entretanto, legou-nos o que
perdoa. Paz à sua alma e que o Senhor Deus o tenha na      de melhor os mestres podem
Sua glória.                                                legar aos seus alunos: o exem-
    Foi um homem da cultura clássica e da língua portu-    plo de sabedoria humana e
guesa, onde deixou desde dicionários a gramáticas e        cristã vivida na simplicidade
selectas de textos muito bem escolhidos, além de um        do homem comum. Antes de
livro modelo para interpretação de textos. Durante mui-    se dedicar ao ensino oficial
to tempo elaborou as provas nacionais de Latim, de que     após o 25 de Abril, foi pro-
eu mesmo fui um dos auditores. Era um homem que            fessor de várias gerações no
vivia para bem servir os outros. Era da diocese da Guar-   seminário de Vila Real e nos
da, para onde foi a sepultar. Recordá-lo-emos sempre       colégios de Vila Real e de Vila
com um bom amigo e companheiro. Pêsames à família          Pouca de Aguiar. Fez daque-
em nome da Fraternitas.                                    les alunos outros tantos amigos. Com todos era atenci-
                                               Sousa
                                       Serafim Sousa       oso e indulgente, respeitador do modo de ser e estar de
                                                           cada qual, menos no tocante aos valores cristãos ético/
                   Dados biográficos                       dogmáticos, a favor dos quais aplicava toda a força do
                       Nasceu a 5 de Outubro de 1927.      seu saber, dificultando-o, aqui e ali, de aceitar outros
                       Licenciou-se em Filologia Clássi-   conceitos, viessem de quem viessem. Uma virtude dos
                   ca pela Faculdade de Letras da Uni-     grandes como ele, que longe de denegrir, fortaleceu a
                   versidade de Lisboa, teve larga expe-   imagem de mestre sábio e santo que nos deixa.
                   riência na docência da Língua Portu-        Os seus livros dizem muito de si. «Como o Sol de
                   guesa e das línguas clássicas (Latim    Outono», o décimo, editado em 2008, de acordo com
                   e Grego); foi orientador de estágio     o título e o conteúdo, mais parece um testamento espiri-
                   pedagógico, durante vários anos.        tual. Dele extraio os considerandos seguintes.
                   Trabalhou numa das reformas do en-          A propósito das pinturas sob o tecto da Igreja de
                   sino, tendo participado na autoria      Sanfins «[…] Recordo-me, com que emoção!, quando
                                                           Sanfins:
dos programas de Latim e Grego.                            ainda de calcitas curtas e botinhas apertadas por causa
   A Texto Editora publicou as seguintes obras dele:       das pernas tortas, minha madrinha e avozinha, no meio
Gramática Língua Portuguesa; Camões Lírico – O Texto       da Igreja, me apontava com o dedo para o tecto a expli-
em Análise; Amor de Perdição, de Camilo Castelo Bran-      car, como só as avós sabem explicar, os mistérios da
co; Os Maias, de Eça de Queirós – O Texto em Análise;      Sra. da Conceição e Assumpção, ensinando-me o signi-
Almeida Garrett – Alexandre Herculano – O Texto em         ficado da cobra e do diabo e dos anjinhos a voarem
Análise; Os Lusíadas, de Luís de Camões – O Texto em       com a Sra. ao colo, como se fossem passarinhos e me
Análise; Fernando Pessoa e Heterónimos – O Texto em        apontava para o S.to António, S.ta Ana, S. Joaquim e o
Análise; Cesário Verde – António Nobre – Guerra            seu compadre S. José, e me ensinava as histórias tão
Junqueiro – Camilo Pessenha – Teixeira de Pascoaes –       lindas que eu, de boca aberta, ouvia com atenção de
O Texto em Análise; Cancioneiro Geral – Bernardim Ri-      mãos erguidas, à espera de alguma lambisquice saída
beiro – Sá de Miranda – António Ferreira – Diogo           do bolso da sua saia, misturada com o rosário de azevi-
Bernardes – O Texto em Análise; Poesia Barroca – Padre     che (A. Sampaio, Sol de Outono, 2008, pp. 29-30).
António Vieira – Neoclassicismo – Bocage – O Texto em          Evocando o encontro com a Dra. Cibele «Ontem,
                                                                                                   Cibele:
Análise; José Régio – Miguel Torga – Afonso Duarte –       numa breve visita, dei uma fugida pelo passado. […]
Sophia de Mello Breyner Andresen – O Texto em Análi-       Lembrei-me, e com que saudade!, de quando, sentado
se; Poesia Trovadoresca – Fernão Lopes – O Texto em        à beira da estrada, já decidido o rumo, procurava novos
Análise; Os Sonetos, de Antero de Quental – Análise da     caminhos para a Esperança. […]
Obra; Aparição, de Vegílio Ferreira – Análise da Obra.         Como recordo a conversa do sol e do silêncio!
   A Lisboa Editora publicou: Gramática Latina; Novo           A meu lado, uns olhitos fundos como o mundo e
Método de Latim – 10.º ano; Novo Método de Latim –         onde se lia claro como a água; uma boquinha
11.º ano; Novo Método de Latim – 12.º ano.                 pequenina, ligada à fornalha dum peito donde só saia
                                                           um pensamento de estranha matemática: 1+1= 1. […]
                               Rita Borregana
                           Ana Rita Borregana Brás                                          (continua na página 6)
4                                                                                                                            espiral




ENCONTRO                                               REGIONAL EM                              CHAVES
    Foi em 26 de Setembro findo. Contou com 30 participantes: vinte sócios da Fraternitas e dez não sócios.
                  Set        findo. Contou          participant vinte
                                                       ticipantes:                 Fraternitas
                                oito, previament inscritos, faltaram
                                         viamente                        razões impeditiv
                                                                                    peditivas.
                       Outros oito, previamente inscritos, faltaram por razões impeditivas.
     presentes,                                 Real               Bragança.     restant
                                                                                    tantes        pert
Dos presentes, 22 residem na Diocese de Vila Real e três na de Bragança. Os restantes cinco pertencem à direc-
       presidente      Seraf
                          afim               tesoureiro Luís                             secretária Urtélia Silva
ção: o presidente José Serafim de Sousa, o tesoureiro Luís Cunha, com a esposa, e a secretária Ur télia Silva com
           o marido. Presente esteve, também, o nosso assitente espiritual, P.e Guilhermino Saldanha.
                     Presente est                         assitent
                                                               ente           P.
                                                        Alípio M. Afonso
                                                        Alípio




     A
            manhã começou com pa
           lavras de boas vindas
           dirigidas aos participantes
por Alípio Afonso, em nome do gru-
po promotor. Seguidamente, o pre-
sidente, José Serafim de Sousa, jus-
tificou o encontro dentro do plano
de actividades da associação para o
presente ano. Pelas 11h30 tomou a
palavra D. Amândio Tomás, bispo
auxiliar de Vila Real, que amavelmen-
te e sem quaisquer reservas anuíra                 – É mau que ainda assim aconte-        os melhores catequistas pelo dom da
ao nosso convite.                             ça. É certo que está em certa sinto-        palavra esclarecida e pelo exemplo
                                              nia com o texto canónico que acom-          de vida familiar e profissional.
    COLÓQUIO COM O PASTOR    PAST
                              ASTOR           panhou os rescritos das vossas dis-
    D. Amândio subordinou a sua               pensas. Mas acontece que, nas en-              MENSAGEM DO ENCONTRO
                                                                                             MENSAGEM
douta alocução aos conteúdos do               trelinhas do tempo, essa exigência se          O encontro encerrou com a Eu-
sacerdócio baptismal e ministerial,           está a apagar. Também convosco se           caristia paroquial das 18 horas. Esta
vincando que ambos dimanam do                 pode dizer que Deus escreveu direi-         Eucaristia resultou num bom testemu-
mesmo e único sacerdócio de Cristo            to por linhas tortas. O amor concre-        nho de fé, em que o coro da paró-
(deduzo eu das suas palavras):                to que Deus tem a cada um de nós            quia, com o nosso colega Mourinho
    – Têm de ser mutuamente                   identifica-O com o nosso melhor             ao órgão, deu o melhor de si em
cooperantes e complementares. Nin-            bem-estar, no contexto pessoal, fa-         aprumo e vocalização. Mais pareceu
guém poderá garantir que um seja              miliar e social. E o novo caminho           uma Eucaristia de festa. Os paroqui-
mais importante que o outro,                  que escolhestes, a maioria de vós           anos irão, certamente, recordá-la.
exemplificando com as palavras de             certamente, fez-vos mais felizes e             À saída, o P e Saldanha tem estas
                                                                                                           .
Santo Agostinho: Primeiro que tudo            mais realizados, logo, teve a bênção        palavras: Esteve tudo muito bem. Era
sou cristão como vós e só depois              de Deus. A evangelização e a espiri-        bom que o mesmo se fizesse em to-
vosso bispo; e com o exemplo de S.            tualidade não se esgotam na Euca-           das as dioceses.
Paulo, decalcado em Jesus. O após-            ristia.
tolo abdicou da educação antifemi-                 E continuou:
nista, própria das escolas rabínicas               – O meu lema é o de unir esfor-                          INTERPELAÇÕ
de que fora discípulo e algum tem-            ços no sentido de congregar os cris-
                                                                                              Após o almoço, os trabalhos con-
po mestre, e associou à sua apostoli-         tãos segundo os seus carismas. Tudo
                                                                                          tinuaram sob a direcção do nosso
cidade todos os baptizados que acei-          farei para levantar pontes de conver-
                                                                                          presidente. Foi lida esta mensagem
taram colaborar consigo, indepen-             gência e de colaboração. Conto
                                                                                          de correio electrónico, enviado pelo
dentemente das suas condições so-             convosco, com as vossas esposas e
                                                                                          Fernando Neves: «Andou a ler-se na
ciais, do sexo ou do estado familiar.         os vossos filhos. Assim como muitos
                                                                                          semana passada, nas eucaristias, a
    Finda a alocução, até ao almo-            de vós exercem em sociedade desta-
                                                                                          primeira Carta a Timóteo. Num dos
ço, D. Amândio respondeu a ques-              cados carismas imbuídos de fé, tam-
                                                                                          dias leu-se parte do capítulo 3, em
tões dos presentes, relacionadas com          bém em Igreja, enquanto sociedade,
                                                                                          que é dito: “É necessário, porém,
as habituais resistências da hierar-          os devereis evidenciar. Melhor que a
                                                                                          que o bispo… se tenha casado uma
quia à participações mais activas dos         generalidade dos cristãos, vós
                                                                                          só vez…”
padres casados e das suas esposas             compreendeis (ledes) a palavra pro-
                                                                                              Afirmação semelhante é feita em
nas próprias comunidades de resi-             fética. Sois, por isso, os mais
                                                                                          relação aos diáconos: “Os diáconos
dência. D. Amândio respondeu em               credenciados leitores nas celebra-
                                                                                          sejam homens de uma só mulher.”
conjunto e sem rodeios (deduzo):              ções da Palavra e nas Eucaristias e

    e-mail: geral@fraternitas.pt * página oficial na Internet: www.fraternitas.pt * e-mail: direccao@fraternitas.pt * página oficial na Internet: w
l
                    espiral                                                                                                                     5



               Igreja Católica e dessidentes anglicanos:
                            ecumenismo...
                                            Neves
                                   Fernando Neves           ladas aos quatro ventos e sem prota-           Teremos voltado aos tempos do
                                                            gonismo de grupo ou de missão.              proselitismo e da apologética, no


                   U
                            m dos temas controver               Não me parece bem que Roma              sentido de guerra aos que são dife-
                            sos, na actualidade reli-       deva franquear assim as portas a            rentes, para que, pela luta, nós seja-
                            giosa, é a Constituição         ´conversões` deste teor.                    mos os maiores estatisticamente, que
                Apostólica pela qual o Papa Bento               A "pesca à linha", isto é, a conver-    não os melhores?
                XVI admite para o exercício da Or-          são individual, não fruto de ressenti-         Por tudo isto, é urgente a consci-
                dem, na Igreja Católica, não sei            mentos, de pressões sociais ou de           ência e a prática do princípio, hoje
                quantos padres casados e bispos             psicologia das massas -
                anglicanos que discordam da sua             mais do que a "pesca à
                Igreja, por ordenar mulheres e ho-          rede ou de arrastão", foi o
                mossexuais. Para que tal seja possí-        processo preconizado por
                vel, não tem ele pejo de fechar os          Jesus, de adesão pessoal,
                olhos à situação não celibatária des-       motivada pela Fé, à vivên-
                ses requerentes, enquanto mantém,           cia da Sua Mensagem.
                dentro da sua própria Igreja, essa              Por que procede Roma
                aberração disciplinar que é o celi-         assim? Para prejudicar o
                bato sacerdotal obrigatório, contra         ecumenismo, com esta sua
                o qual tantos se insurgem, na medi-         atitude, fazendo prevalecer
                da em que ele é um óbice à falta de         os seus pontos de vista des-
                ministros ordenados, com grande             prezando os da outra Igre-
                prejuízo das comunidades.                   ja? Para parecer ela ser a
                    Pessoalmente, não vejo com bons         maior e a melhor? Como reagiria se          muito obnubilado, de uma Igreja
                olhos essa debandada em grupo de            os padres e bispos católicos, em de-        sempre em renovação: Ecclesia
                uma Igreja para a outra. Quer, exac-        sacordo com as suas orientações, se         semper reformanda. Não no
                tamente, por ser em grupo, quer             transferissem também, em massa,             atrasmente, com tendências de só
                mormente pelas razões aduzidas tan-         com notícia de toda a pompa e cir-          olhar para o seu umbigo passado,
                to para a saída da sua Igreja como          cunstância e de grande berra, para          como criança que se recusasse a
                para a entrada na outra.                    outra confissão religiosa?                  nascer porque, no útero da mãe,
                    Os visados terão todo o direito             Aquela de Jesus de não fazer aos        estava no melhor dos mundos.
                de discordar e até de se integrarem         outros o que não queremos que nos               António Marcelino, bispo emérito
                em qualquer outra confissão religi-         façam a nós não teria de ser tida em        de Aveiro, escrevendo sobre o
                osa, mas ´sponte sua`, sem bada-            conta, nesta situação?                      profetismo na Igreja do nosso tem-
                                                                                                        po, refere duas grandes figuras: o
                                                                                                        cardeal Martini e o brasileiro bispo
ÕES POR FERNANDO NEVES                                                                                  Hélder, tão indesejados por uma boa
                                                                                                        parte Cúria romana. E é assim que
                   E, também, em relação aos                missa de terça-feira da XXIV semana         escreve no Correio do Vouga de 21
                presbíteros, mas na carta a Tito (1.5-      comum: “Quem aspira a um cargo              0utubro: «Vaticano II... Já lá vão mais
                6): “Constitui presbíteros nas cida-        de governo na Igreja deve ser… ca-          de quarenta anos... Porém, não po-
                des… alguém/homem sem crime e               sado uma só vez...”? A este respeito,       demos esquecer que são já muitos
                de uma só mulher.”                          gostaria de provocar os vossos co-          os padres, leigos e consagrados que
                   O e-mail termina com uma per-            mentários hermenêuticos ou outros.          do Vaticano II apenas ouviram falar
                gunta que a falta de tempo deixou               Uma boa pergunta, Fernando.             e os seus documentos são um livro
                sem resposta. Via Espiral, ei-la            Para mim, Alípio, nós, padres casa-         volumoso, ao lado de outros, que o
                reproduzida para todos os sócios:           dos com uma só mulher, estamos em           pó vai cobrindo. (...) O momento
                   – Quando vemos que há prescri-           sintonia com a irrevogável tradição         histórico que a Igreja vive obriga a
                ções precisas para cada um dos              apostólica. Em face dela a legisla-         caminhos novos... que não podem
                graus da ordem (bispo, presbítero,          ção canónica vigente sobre o celi-          enredar-se em tradições e costumes
                diácono) porque é generalista a tra-        bato não passa de pó que se impõe           que, não raro, sossegam o espírito e
                dução litúrgica de Tm 3.1, lida na          remover.                                    anestesiam a vontade.»

www.fraternitas.pt * e-mail: secretariado@fraternitas.pt * página oficial na Internet: www.fraternitas.pt * e-mail: tesouraria@fraternitas.pt
6                                                                                                           espiral



                                         Em memória do Dr. Sousa Sampaio
   (Continuação da página 3)                              saudades de minha Mãe e Mãezinha (avó) que vejo e
   Ali estava a Esperança que eu procurava. Mais que      revejo todos os dias na mudez do papel com um Bom
bonita, linda! […]                                        dia!, uma flor e a lembrança duma prece (Ibidem, pp.
   E eu pensava: Que lindo ramo naquelas mãos para        48-49)!
oferecer ao Céu na festa da Senhora da Piedade, a                          Ponto    Encontro:
                                                              Adiante, em Ponto de Encontro
espirrar sangue de joelhos! Tudo branco: rosto, flores,       […] Alegre como um passarinho, voava alto à pro-
Esperança, Amor!                                          cura de um ninho, procurando nas estrelas a minha Boa
   E eu remoía: mas que mãe mais linda!...                Estrela. Deus aponta-me o norte do destino. […] Obri-
   E tu, toda vermelha de contente, respondias com a      gada, Senhor, por esta estrela Cibele!
boca a mentir ao coração:                                     Sedento d’Amor e de Verdade, encontrei a vereda da
   – Não sejas tolo! Se eu até nem sou bonita!            Felicidade (Ibidem, pp. 157).
   E, ali, naquele sol a morrer, diante das ervinhas e        Uma felicidade inteiramente partilhada Di-lo o
                                                                                             partilhada.
dos olhos marotos daquela cotovia, os padrinhos, lem-     postfácio: «Hoje, pela manhã, ao abrir a janela, entrou-
bras-te?, disseste o “sim” do compromisso, da certeza,    -me com o sol empurrada pelo vento a vozita muito
da confiança, e trocamos o meu bem-me-quer pelo teu       afinadinha do meu amigo passarinho, todo asseadinho
amor-perfeito. […]                                        a dizer-me:
   Tudo tão simples, tão verdadeiro e tão lindo!              – Olá! Bom dia! […] E lembrei-me do que um dia
   E eu lembrava-me de minha Mãe, que lindas são as       escrevi:
Mães!, que me cobria de beijinhos pequeninos quando           – […] Eram o sol, as avezinhas e as flores que fala-
me dava o pão que eu beijava na mão. […] Tantas           vam os nossos amores!
                                                              Obrigado, Senhor, por este postalzinho d’amor! […]
                                                              Depois, perdida no egoísmo do silêncio barulhento
    Deus        é presença dialogante                     da rua, olhei para o Céu e caiu-me aquela folhinha da-
                                                          quela árvore velhinha e eu li o pensamento-amor da-
DIALOGANTE – caudal de comunicação vivencial              quela folha trazida pelo correio azul do vento e foi a
e, assim, corresponde às necessidades e anseios           minha vez de me lembrar de vós:
de autotranscendência contínua e progressiva.                 Obrigada, Senhor, pelo favor do Vosso Amor! Cibele
A escuta é uma exigência da espiritualidade.              Sampaio (Idem, 177).

Daí a necessidade:
                                                                         Teacher entre os seminaristas
de silêncio interior – disponibilidade para ouvir;                                                        Sousa
                                                                                                  Serafim Sousa

da harmonia interior – capacidade para ouvir;                 António Augusto Sousa Sampaio Marinho, 87 anos
da paz interior – ouvido para ouvir.                      de idade, mais conhecido por “Teacher” entre os semi-
                                                          naristas e antigos alunos do seminário de Vila Real, foi
Não é o que se ouve, se estuda e se reflecte              vítima de um acidente que lhe lesionou a cervical, a 23
que enche o vazio existencial.                            de Setembro. Ainda foi operado no Hospital de S. João,
Essas são verdades frias ou mornas                        no Porto, mas não sobreviveu e deixou-nos em 7 de
que se dissipam nas praias emocionais ou intelectuais.    Outubro de 2009.
As verdades quentes são fruto da intuição/fé.                 Era doutorado em Teologia e leccionou Teologia Fun-
São elas que levam a aprender e a flutuar no divino.      damental vários anos no seminário de Vila Real, além de
São elas que constituem a comunicação vivencial.          ter sido praticamente o introdutor do estudo do Inglês no
                                                          seminário. Foi pároco de Mondrões, do concelho de Vila
«É o Espírito que diz ao nosso espírito e verdade.»       Real, e era um padre que criava simpatia e amizade onde
É o Espírito que segreda, sugere, apela e acciona         quer que estivesse e com quem quer que se encontrasse.
a autotranscendência contínua e progressiva.              Era ainda muito dedicado à investigação histórica e es-
Transcender-se é ser mais imagem do Transcendente.        creveu muitos e diversos livros sobre esses temas, nomea-
Transcender-se é ser mais semelhante ao Transcenden-      damente sobre a capela da Granginha, da paróquia de
te.                                                       Valdanta, concelho de Chaves.
                                                              O funeral foi em Sanfins,do Douro, sua terra natal,
Este apelo do Espírito está em pleno curso                no dia 8 de Outubro. Ao funeral, que foi presidido pelo
E a Humanidade actual já sente o Sopro soprar.            bispo coadjutor de Vila Real, D. Amândio Tomás, com-
O pedagógico encontro junto do poço de Jacob              pareceram quase todos os sacerdotes de Vila Real e pra-
mostra como a Divina Presença é dialogante                ticamente todos os membros da Fraternitas de que foi
e como nos conduz à VERDADE pela PROFUNDIDADE.            sócio fundador. Deixou-nos muita saudade. Que Deus
                                       Cristo Martins
                                       Cristo Mar
                                               artins
                                                          o tenha na Sua paz.
l
   espiral                                                                                                        7



PELO DOM DA VIDA, graças te damos
        Secretariado,                                       Fraternitas Moviment
                                                                           vimento,
     O Secretariado, em nome da direcção da Associação Fraternitas Movimento, deseja, a cada um dos sócios
                         aniversariantes dest trimest parabéns
                             ersariant
                         aniversariantes deste trimeste, parabéns e muitas bênçãos divinas...
    ... e oferece um excerto do livro Discussão de Fron-       […] Que Maria, minha e Tua Mãe, me acolha […]
teiras, edição do autor, Jacinto de Sousa Gil (sócio n.º no seu regaço amoroso e me leve a Ti, fonte única da
80), Leiria 1994, páginas 10 a 13:                          vida e limite máximo de felicidade.
    «A quem irei senão a Ti? […]                               Mesmo que vá roto, andrajoso, sujo, esfomeado, sem
    Tu és infinito, Senhor! Sem balizas, sem marcas!        “graça”, que eu Te encontre, Senhor, de braços abertos,
     Mas eu, limitado, finito, exageradamente míope em correndo ao meu encontro, louco de amor, transpiran-
relação a Ti, preciso de balizas que sinalizem o cami- do perdão, […] e se faça “uma festa”.
nho que a Ti conduz. E dessas preciso, Senhor!                 Obrigado, Senhor! …»
    […] Ah, Senhor, como Tu és grande no perdão, rápi-
do no esquecer e pai no abraçar; como é doce o Teu OUTUBRO
abraço e dolorosa a Tua ausência; como o meu cora- 1 – Maria T. M. Pinto (Régua)
ção, criado para Ti, experimentou a procura inútil da 3 – Mª Joaquina F F L. Canito (Vila Chã, V.ª Conde)
                                                                               . .
quietude sem Ti e longe de Ti!…                              17 – Maria da Glória Leal Silva (Amarante)
                                                             18 – Manuel Batista F Ribeiro (Cabanões, Viseu)
                                                                                   .
                                                             19 – Jacinto de Sousa Gil (Leiria)
                                                             20 – Maria do Carmo F F Gouveia (Ermesinde)
                                                                                     . .
nATAL: olhar de fé
                                                           NOVEMBRO
                                                           NOVEMBRO
         SOBRE o mundo                                     1 – Alcina R.M. Teixeira (Murça)
    Por muito que vociferem as vozes das desgraça, os      2 – António de Jesus Branco (Santa Cruz, Chaves)
cristãos acreditam que o mundo não avança à deriva. A      3 – José Sampaio Ferreira (Lisboa)
Igreja precisa de cultivar nos seus filhos a capacidade    7 – José Ramos Mendes (Arganil)
de discernir para além das aparências de desnorte da       9 – M.ª Odete C. Gameiro Antunes (Entroncamento)
época actual, relembrando que as convulsões deste          11 – Henrique Maria dos Santos (Évora)
mundo são gemidos das dores de parto de uma nova           14 – Boaventura Santos Silveira (Angeiras, Lavra)
criação (Rm 8, 22). Onde muitos apenas vêem uma noite      15 – Luísa de Fátima A. Pinto (Santa Marta de Portozelo/
opaca e sem saída, a Igreja descortina sombras que não     Viana do Castelo)
impedem o pressentimento de que a Luz do Espírito de       16 – Maria de S. José M. Rebelo (Lisboa)
Deus continua a atravessar as vicissitudes da História.    16 – Luciano Augusto Rodrigues (Bragança)
    Para vislumbrar este horizonte luminoso, precisamos    17 – Iolanda C. L. Carneiro (Porto)
de um olhar que capte o mistério do divino no mais         18 – Vincent Norbert D´ Souza (Fojo, Abrantes)
recôndito do Homem. A Graça, realidade anterior à que-     20 – Caetano António Pacheco de Andrade (Vila Franca
da, continua a manter-se operante no coração huma-         de Xira)
no, devolvendo-nos a confiança de que Deus Se deixa        22 – Paulo Tunes Eufrásio (Charneca da Caparica)
tocar na substância mundana e temporal da nossa con-       23 – Alzira C. L. M. Quintas Rocha (Passal, Castelo de
dição. Não é por acaso que o Advento nos preparou          Paiva)
para acolher o acontecimento de Deus na História, esti-    23 – Faustino Afonso (Vila Real)
mulando-nos a sair da sonolência das nossas rotinas e      23 – Maria Angélica S.F Silveira (Angeiras, Lavra)
                                                                                   .
incitando-nos a adoptar a atitude de uma sentinela an-     24 – Salomão Duarte Morgado ( Leça do Balio)
siosa pelo vislumbre da aurora da Salvação. Só esta ati-   25 – Rosa M.ª P Pereira (Vermoim, Maia).
                                                                           .
tude pode transfigurar o que existe de desconcertante      28 – Maria Lúcia G. C. Valente (Régua).
em nós, como poetizou Alberto Caeiro: Eu sou do tama-      30 – David Marques Silva (Torres Novas).
nho do que vejo/E não do tamanho da minha altura.
    A luz, primeira obra de Deus (Gn 1,2), conheceu        DEZEMBRO
novos horizontes em Cristo, Luz do mundo. É para anun-     1 – Luís António Gouveia (Ermesinde)
ciar esse desígnio de Deus que os cristãos são chama-      2 – Manuel Ferreira da Silva (Lisboa)
dos a ser também luz do mundo (Mt 5,24), como diz o        12 – Maria Emília G. G. Rodrigues (Santiago da Guar-
Vaticano II: A Igreja espalha os reflexos da luz divina    da, Ansião)
quando cura e eleva a dignidade da pessoa humana,          24 – Joaquim Borges Macedo Teles (Tendais, Cinfães)
consolida a coesão da sociedade e dá um sentido mais       26 – Maria Fernanda L. G. Simão (Azurva, Aveiro)
profundo à actividade quotidiana dos homens (GS 40).       26 – Maria Natália S. R. S. Ribeiro (Coimbra)
                                      Manuel Ribeiro       31 – Manuel Joaquim Monteiro Fernandes (Coimbra)
VIDA(S) na FRATERNITA S
                  VIDA(S)    FRATERNITA
                                   Um      Santo Natal!
                   Um     2010 pleno de bênçãos divinas!
   9 de Setembro – Aniversário de Pamela, esposa             o quadro intrínseco de valores não está em causa. Estão
de Armando Marques da Silva (Freiria, Caranguejeira).        sim, os processos de transmissão/imposição.
Encontrava-se nos EUA, junto dos filhos e netos, já que          3 de Novembro – Pedido de Manuel J. Monteiro
teve um descolamento de retina. O Armando aguarda            Fernandes (Coimbra) de orações pelas filhas: Uma, na
a terceira operação à próstata. No dia 9 de Dezembro,        Holanda, foi atacada por uma infecção causada por um
regressada a Portugal, aconteceu um segundo                  vírus, a outra, saiu ontem do hospital, com problemas
descolamento. Quanto ao marido, as dores na coluna           pulmonares, tendo contraído uma pneumonia.
são imensas, andando a fazer fisioterapia.                       6 de Novembro – Carta de José da Silva Pinto
    9 de Setembro – Nascimento da Diana, neta                (Régua): A Mariazinha está estacionária, tendo vindo a
do casal Paiva (Oliveira de Azeméis), primeiro rebento       diminuir a fala, pronunciando, agora, mas consciente,
da Liliana, a filha mais nova. Foi um parto atribulado,      meia dúzia de palavras simples, por semana, a algumas
que culminou em cesariana… «Acresce-nos a morte de           perguntas que lhe fazemos… o que ajuda a que nada
dois irmãos meus», comunicou o Manuel Paiva. Mais            lhe falte, humanamente falando.
tarde: Agora tudo está bem, graças…e também a um                 13 de Novembro – Carta de Luís António
enorme grupo de pessoas a orar …, adiantou.                  Gouveia (Ermesinde): Nunca mais me posso esquecer
    13 de Outubro – Carta de Manuel Ferreira da              dele (P e Filipe Figueiredo) na minha casa e no convívio
                                                                     .
Silva (Lisboa): À muito querida Associação Fraternitas!      do Seminário do Bom Pastor, em Ermesinde… Era muito
Os últimos grãos de areia da minha ampulheta vão-me          amigo do meu filho Vasco, um dos poucos no retiro de
lembrando… que já tenho quase 91 anos, com a                 Jovens, em Fátima…
gratíssima recordação de que o nosso saudoso e sem-              26 de Novembro – E-mail de Manuel Ribeiro
pre querido P e Filipe Figueiredo foi comigo que teve uma
             .                                               (Porto) nas vésperas do retiro de 27 a 29: No meio dos
das primeiras conversas sobre o sonho-projecto da nos-       ruídos e dos barulhos com que obstruímos a limpidez de
sa Fraternitas… Já colaborava com ele, ainda no exercí-      nós mesmos, chegam-nos convites/desafios como este.
cio da sagrada Ordem do sacerdócio, e continuou a
mobilizar-me depois que pedi(…) a recondução ao es-
                                                                 De 1 para 2 de Dezembro – Ocorrência de
tado laical.                                                 um AVC isquémico (lado esquerdo) ao nosso assistente
                                                             espiritual, P e Guilhermino Saldanha, na sequência da
                                                                           .
    24 de Outubro – Lançamento, em Leiria, na                convalescença, considerada normal, de uma interven-
Sala Polivalente da Biblioteca Municipal, dos seguintes      ção cirúrgica ao coração, em que foram colocados três
livros de Jacinto de Sousa Gil (Leiria): Pão e Queijo;       by-pass’s, encontrando-se internado no Hospital Mili-
Leiria – Catedrais (2 Vol.); Leiria – Conventos (2 Vol.) e   tar, nos cuidados intensivos.
Leiria – Irmandades e Locais de Culto.
                                                                 5 de Dezembro – «As nossas orações e compa-
    27 de Outubro – Recepção de uma proposta                 rativamente pequenos sofrimentos presentes são por ele,
de letra e música para o hino da Fraternitas, de Faustino    P e Saladanha», comunicou o casal Armando e Pamela.
                                                              .
Afonso, acompanhada da mensagem: Tenho muita pena
de não me encontrar em condições para participar mais
                                                                    7 de Dezembro – Piorou a situação isquémica
activamente nas actividades programadas, mas…, e             do P e Saldanha e tornou-se hemorrágica. Não se sabe
                                                                  .
sobretudo, a minha falta de saúde (já tive um ataque         como vai ficar a parte neurológica. «Vai ficar muito tem-
cadíaco…) não mo permite. Esperamos expor, oportu-           po paralisado… Necessitará de fisioterapia… Será ne-
namente, as várias propostas.                                cessário inscrevê-lo nos Serviços de Acção Social, em
                                                             Oeiras – ISFA… Um passo de cada vez. A recuperação
    Outubro – Recepção do livro Francisco Caboz –            não será fácil… Fé em Deus. As nossas orações…», in-
A Construção e a Desconstrução de um Padre, de Ho-           formou José Serafim, presidente da Fraternitas.
rácio Neto Fernandes (Porto), ed. Papiro. De um eco
por e-mail: A vida é um poema construído por cada um
                                                                 10 de Dezembro – Boas Festas do Movimento
de nós, mais ou menos ritmado, mais ou menos em con-         Nós Somos Igreja: Que o Natal nos dê a dimensão amo-
formidade com os cânones estabelecidos pelas insti-          rosa da vida, o exercício da fraternidade, a disciplina da
tuições ornadoras. As instituições devem ajudar-nos a        paz, o sentido da compaixão e a prática da solidarieda-
escolher o rumo, não impôr. Neste livro, história de vida,   de, em Cristo Jesus.
                                                                                                       Urtélia Silva
                                                                                                       Urtélia Silv


                          Boletim da Associação
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      N.º 37 - Outubro / Dezembro de 2009                         Massamá / 2745-816 Queluz
                www.fraternitas.pt                                e-mail: fernfelix@gmail.com

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  • 1. espiral boletim da associação FRATERNIT TERNITAS FRATERNITAS MOVIMENTO 10 anos N.º 37 - Outubro / Dezembro de 2009 vozes proféticas no nosso meio Sousa Serafim de Sousa ser. O Espiral está de parabéns, juntamente com os ser. O retiro que tivemos em Fátima nos dias 27, 28 e 29 de Novembro foi um êxito completo. E isso, não só pelos resultados a nível de espiritualida- seus fundadores e principalmente aqueles que o edita- ram ao longo de todos estes anos, nomeadamente o Fernando mere- Alberto Osório e agora o Fernando Félix. Bem mere- de – mais do foro íntimo de cada um –, mas também cem eles o nosso agradecimento e o reconhecimento pelo ambiente criado na casa escolhida pelo nosso por este trabalho sempre feito gratuitamente e pronto assistente espiritual, P e Saldanha, mais propícia ao re - . re- na hora necessária. Merecem aqui o louvor público de interior. colhimento e à conversão interior. O local foi uma boa todos nós. Um grande obrigado colectivo. agradece- opção e o conferencista, excelente, a quem agradece - mos profundamente reconhecidos o magnífico traba- FRATERNITAS NA COMUNICAÇÃO SOCIAL FRATERNIT TERNITAS Temos lho que nos prestou. Temos razões de sobra para es- es- Verificamos que o nosso trabalho não tem sido em tarmos contentes e satisfeitos. vão. Muito se tem falado de nós na comunicação soci- al. Na última semana de Novembro fui entrevistado DEZ ANOS DO ESPIRAL pelo telefone umas quatro ou cinco vezes e quase to- to- Logo à chegada, o nosso editorialista mostrou-me das para o mesmo fim. Saíram algumas dessas entre- entre- Espiral, o primeiro número do Espiral, que teve o seu início em vistas, uma no Jornal de Notícias de 25 de Novembro, Dezembro de 1999. Este jornalinho, em que todos nos outra no Diário de Notícias de 29 de Novembro, outra vamos retratando, é o fruto da nossa perseverança, da ainda, em diálogo com o padre Borga, na revista de vontade férrea de ir por diante quebrando pedras atra- domingo do Correio da Manhã de 6 de Dezembro, vessadas no caminho, para podermos prosseguir na Dr. Fernando segundo me disse o Dr. Alípio Afonso e o Fernando meta que nos propusemos atingir: servir a Igreja nas confor- Félix. A notícia do Jornal de Notícias era a mais confor- condições a que nos obrigaram, mas sempre de cora- me com a realidade e a mais adequada à linguagem e ção aberto ao respeito que nos merecem as institui- personalidade do entrevistado. É bom que se diga que ções. Desde a primeira hora que não arredamos pé muitas das coisas que afirmamos algumas vezes são dos estatutos da nossa Associação Fraternitas – Movi- Fraternitas falseadas por colheradas menos felizes e menos rigo- rigo- continuar, mento. E assim iremos continuar, enquanto Deus qui- rosas dos jornalistas, que nestas coisas parecem às vezes não estar bem informados, e é pena. Mais tarde, pediram-me para indicar duas pessoas que pudessem dar o seu testemunho. Num reflexo re- re- pentino, sugeri que entrevistassem antes duas esposas de padres casados, pois entendia que também elas devem ser ouvidas na Igreja que é masculina e femini- na, e no caso presente se justificava. A resposta não foi imediata, mas pouco tempo depois aceitaram a suges-suges- tão, e as nossas distintas e esclarecidas Urtélia Silva e Maria Zélia Afonso deram o seu testemunho sincero e Foi muito digno do que são e sentem. Foi a primeira vez Parabéns que aconteceu. Parabéns também por isso e pela cora- gem que revelaram. O NOSSO RETIRO «Peregrinar S. Paulo». O tema do retiro foi «Peregrinar com S. Paulo». O tema foi tratado ao longo do ano anterior em quase
  • 2. 2 espiral vozes proféticas no nosso meio (continuação) todas as paróquias com maior ou menor desenvolvimen- ministérios que a devem servir. Não se percebe que a to. Não há dúvida que S. Paulo foi a luz mais esclareci- hierarquia da Igreja seja, por vezes, tão cega, tão lenta, da e a inteligência mais adequada para estruturar a Igreja tão pouco criativa e, ao mesmo tempo, se julgue a única primitiva. Foi Deus quem o chamou. Com ele aprende- intérprete dos sinais dos tempos e dotada dos carismas -se sempre mais, e é um arsenal em que podemos e inovadores do Espírito Santo. A interpelação de Paulo devemos mergulhar com profundidade, para se avan- talvez seja esta: não me copiem, inventem formas de çar. Connosco aconteceu o mesmo e acontece com to- responder aos desafios do Evangelho do Deus de Jesus dos, quando somos sinceros e abrimos o nosso cora- Cristo, aos impulsos do Espírito Santo, perante o mundo ção. No entanto, quero transcrever aqui a parte final de que espera uma palavra de transformação da vida e de um trabalho de Bento Domingues, OP inserido na BÍBLI- , ressurreição. Não percam tempo com a cozinha e a tra- CA científica n.º 17: Para que o Ano Paulino não seja lha das sacristias. uma fraude, importa identificar aquilo que, na Igreja Amigos, não tenhamos medo do mundo que nos ro- actual, a impede de ser criativa na evangelização e nos deia, sejamos vozes proféticas no meio que nos envolve. DECÁLOGO para LER a BÍBLIA com PROVEITO Queretaro, biblista escrev para D. Mario de Gasperín Gasperín, bispo de Queretaro, no México, biblista reconhecido, escreveu um decálogo para tirando proveito ler a Bíblia tirando proveito espiritual, que a agência ZENIT divulgou. 1. Nunca achar que somos os primeiros que leram a Sagrada Escritura. Muitos, muitíssimos, através dos sé- culos, a leram, meditaram, viveram e transmitiram. Os melhores intérpretes da Bíblia são os santos. 2. A Escritura é o livro da comunidade eclesial. A nossa leitura, ainda que seja em solidão, jamais poderá ser solitária. Para lê-la com proveito, é preciso inserir-se na grande corrente eclesial que é conduzida e guiada pelo Espírito Santo. 3. A Bíblia é "Alguém". Por isso, é lida e celebrada ao mesmo tempo. A melhor leitura da Bíblia é a que se faz na Liturgia. 4. O centro da Sagrada Escritura é Cristo; por isso, 7. A Bíblia é conquistada como a cidade de Jericó: tudo deve ser lido sob o olhar de Cristo e buscando "dando voltas". Por isso, é bom ler os lugares paralelos. n'Ele o seu cumprimento. Cristo é a chave interpretativa É um método interessante e muito proveitoso. Um texto da Sagrada Escritura. esclarece o outro, conforme o que diz Santo Agostinho: 5. Nunca esquecer que na Bíblia encontramos fac- «O Antigo Testamento fica patente no Novo e o Novo tos e frases, obras e palavras intimamente unidos uns está latente no Antigo.» aos outros; as palavras anunciam e iluminam os factos, 8. A Bíblia deve ser lida e meditada com o mesmo e os factos realizam e confirmam as palavras. espírito com que foi escrita. O Espírito Santo é o seu 6. Uma maneira prática e proveitosa de ler a Escritu- principal autor e intérprete. É preciso invocá-Lo sempre ra é começar com os Santos Evangelhos, continuar com antes de começar a lê-la e, no final, agradecer-Lhe. os Actos dos Apóstolos e Cartas e ir misturando com 9. A Bíblia nunca deve ser utilizada para criticar e algum livro do Antigo Testamento: Génesis, Êxodo, Juí- condenar os demais. zes, Samuel, etc. Não querer ler o livro do Levítico de 10. Todo o texto bíblico tem um contexto histórico uma só vez, por exemplo. Os Salmos devem ser o livro em que se originou e um contexto literário em que foi de oração dos grupos bíblicos. Os profetas são a "alma" escrito. Um texto bíblico, fora do seu contexto histórico do Antigo Testamento: é preciso dedicar-lhes um estudo e literário, é um pretexto para manipular a Palavra de especial. Deus. Isso é usar o nome de Deus em vão.
  • 3. l espiral 3 Em memória de .......... Dr. Sousa Sampaio António Borregana Alípio Afonso Alípio O Dr. Sousa Sampaio partiu para o Pai no dia 7 de Outubro, na sequência de um grave acidente em Sanfins António Afonso Borregana deixou-nos no dia 27 de do Douro, sua terra natal. Junho, com 82 anos, vítima de uma doença que não Entretanto, legou-nos o que perdoa. Paz à sua alma e que o Senhor Deus o tenha na de melhor os mestres podem Sua glória. legar aos seus alunos: o exem- Foi um homem da cultura clássica e da língua portu- plo de sabedoria humana e guesa, onde deixou desde dicionários a gramáticas e cristã vivida na simplicidade selectas de textos muito bem escolhidos, além de um do homem comum. Antes de livro modelo para interpretação de textos. Durante mui- se dedicar ao ensino oficial to tempo elaborou as provas nacionais de Latim, de que após o 25 de Abril, foi pro- eu mesmo fui um dos auditores. Era um homem que fessor de várias gerações no vivia para bem servir os outros. Era da diocese da Guar- seminário de Vila Real e nos da, para onde foi a sepultar. Recordá-lo-emos sempre colégios de Vila Real e de Vila com um bom amigo e companheiro. Pêsames à família Pouca de Aguiar. Fez daque- em nome da Fraternitas. les alunos outros tantos amigos. Com todos era atenci- Sousa Serafim Sousa oso e indulgente, respeitador do modo de ser e estar de cada qual, menos no tocante aos valores cristãos ético/ Dados biográficos dogmáticos, a favor dos quais aplicava toda a força do Nasceu a 5 de Outubro de 1927. seu saber, dificultando-o, aqui e ali, de aceitar outros Licenciou-se em Filologia Clássi- conceitos, viessem de quem viessem. Uma virtude dos ca pela Faculdade de Letras da Uni- grandes como ele, que longe de denegrir, fortaleceu a versidade de Lisboa, teve larga expe- imagem de mestre sábio e santo que nos deixa. riência na docência da Língua Portu- Os seus livros dizem muito de si. «Como o Sol de guesa e das línguas clássicas (Latim Outono», o décimo, editado em 2008, de acordo com e Grego); foi orientador de estágio o título e o conteúdo, mais parece um testamento espiri- pedagógico, durante vários anos. tual. Dele extraio os considerandos seguintes. Trabalhou numa das reformas do en- A propósito das pinturas sob o tecto da Igreja de sino, tendo participado na autoria Sanfins «[…] Recordo-me, com que emoção!, quando Sanfins: dos programas de Latim e Grego. ainda de calcitas curtas e botinhas apertadas por causa A Texto Editora publicou as seguintes obras dele: das pernas tortas, minha madrinha e avozinha, no meio Gramática Língua Portuguesa; Camões Lírico – O Texto da Igreja, me apontava com o dedo para o tecto a expli- em Análise; Amor de Perdição, de Camilo Castelo Bran- car, como só as avós sabem explicar, os mistérios da co; Os Maias, de Eça de Queirós – O Texto em Análise; Sra. da Conceição e Assumpção, ensinando-me o signi- Almeida Garrett – Alexandre Herculano – O Texto em ficado da cobra e do diabo e dos anjinhos a voarem Análise; Os Lusíadas, de Luís de Camões – O Texto em com a Sra. ao colo, como se fossem passarinhos e me Análise; Fernando Pessoa e Heterónimos – O Texto em apontava para o S.to António, S.ta Ana, S. Joaquim e o Análise; Cesário Verde – António Nobre – Guerra seu compadre S. José, e me ensinava as histórias tão Junqueiro – Camilo Pessenha – Teixeira de Pascoaes – lindas que eu, de boca aberta, ouvia com atenção de O Texto em Análise; Cancioneiro Geral – Bernardim Ri- mãos erguidas, à espera de alguma lambisquice saída beiro – Sá de Miranda – António Ferreira – Diogo do bolso da sua saia, misturada com o rosário de azevi- Bernardes – O Texto em Análise; Poesia Barroca – Padre che (A. Sampaio, Sol de Outono, 2008, pp. 29-30). António Vieira – Neoclassicismo – Bocage – O Texto em Evocando o encontro com a Dra. Cibele «Ontem, Cibele: Análise; José Régio – Miguel Torga – Afonso Duarte – numa breve visita, dei uma fugida pelo passado. […] Sophia de Mello Breyner Andresen – O Texto em Análi- Lembrei-me, e com que saudade!, de quando, sentado se; Poesia Trovadoresca – Fernão Lopes – O Texto em à beira da estrada, já decidido o rumo, procurava novos Análise; Os Sonetos, de Antero de Quental – Análise da caminhos para a Esperança. […] Obra; Aparição, de Vegílio Ferreira – Análise da Obra. Como recordo a conversa do sol e do silêncio! A Lisboa Editora publicou: Gramática Latina; Novo A meu lado, uns olhitos fundos como o mundo e Método de Latim – 10.º ano; Novo Método de Latim – onde se lia claro como a água; uma boquinha 11.º ano; Novo Método de Latim – 12.º ano. pequenina, ligada à fornalha dum peito donde só saia um pensamento de estranha matemática: 1+1= 1. […] Rita Borregana Ana Rita Borregana Brás (continua na página 6)
  • 4. 4 espiral ENCONTRO REGIONAL EM CHAVES Foi em 26 de Setembro findo. Contou com 30 participantes: vinte sócios da Fraternitas e dez não sócios. Set findo. Contou participant vinte ticipantes: Fraternitas oito, previament inscritos, faltaram viamente razões impeditiv peditivas. Outros oito, previamente inscritos, faltaram por razões impeditivas. presentes, Real Bragança. restant tantes pert Dos presentes, 22 residem na Diocese de Vila Real e três na de Bragança. Os restantes cinco pertencem à direc- presidente Seraf afim tesoureiro Luís secretária Urtélia Silva ção: o presidente José Serafim de Sousa, o tesoureiro Luís Cunha, com a esposa, e a secretária Ur télia Silva com o marido. Presente esteve, também, o nosso assitente espiritual, P.e Guilhermino Saldanha. Presente est assitent ente P. Alípio M. Afonso Alípio A manhã começou com pa lavras de boas vindas dirigidas aos participantes por Alípio Afonso, em nome do gru- po promotor. Seguidamente, o pre- sidente, José Serafim de Sousa, jus- tificou o encontro dentro do plano de actividades da associação para o presente ano. Pelas 11h30 tomou a palavra D. Amândio Tomás, bispo auxiliar de Vila Real, que amavelmen- te e sem quaisquer reservas anuíra – É mau que ainda assim aconte- os melhores catequistas pelo dom da ao nosso convite. ça. É certo que está em certa sinto- palavra esclarecida e pelo exemplo nia com o texto canónico que acom- de vida familiar e profissional. COLÓQUIO COM O PASTOR PAST ASTOR panhou os rescritos das vossas dis- D. Amândio subordinou a sua pensas. Mas acontece que, nas en- MENSAGEM DO ENCONTRO MENSAGEM douta alocução aos conteúdos do trelinhas do tempo, essa exigência se O encontro encerrou com a Eu- sacerdócio baptismal e ministerial, está a apagar. Também convosco se caristia paroquial das 18 horas. Esta vincando que ambos dimanam do pode dizer que Deus escreveu direi- Eucaristia resultou num bom testemu- mesmo e único sacerdócio de Cristo to por linhas tortas. O amor concre- nho de fé, em que o coro da paró- (deduzo eu das suas palavras): to que Deus tem a cada um de nós quia, com o nosso colega Mourinho – Têm de ser mutuamente identifica-O com o nosso melhor ao órgão, deu o melhor de si em cooperantes e complementares. Nin- bem-estar, no contexto pessoal, fa- aprumo e vocalização. Mais pareceu guém poderá garantir que um seja miliar e social. E o novo caminho uma Eucaristia de festa. Os paroqui- mais importante que o outro, que escolhestes, a maioria de vós anos irão, certamente, recordá-la. exemplificando com as palavras de certamente, fez-vos mais felizes e À saída, o P e Saldanha tem estas . Santo Agostinho: Primeiro que tudo mais realizados, logo, teve a bênção palavras: Esteve tudo muito bem. Era sou cristão como vós e só depois de Deus. A evangelização e a espiri- bom que o mesmo se fizesse em to- vosso bispo; e com o exemplo de S. tualidade não se esgotam na Euca- das as dioceses. Paulo, decalcado em Jesus. O após- ristia. tolo abdicou da educação antifemi- E continuou: nista, própria das escolas rabínicas – O meu lema é o de unir esfor- INTERPELAÇÕ de que fora discípulo e algum tem- ços no sentido de congregar os cris- Após o almoço, os trabalhos con- po mestre, e associou à sua apostoli- tãos segundo os seus carismas. Tudo tinuaram sob a direcção do nosso cidade todos os baptizados que acei- farei para levantar pontes de conver- presidente. Foi lida esta mensagem taram colaborar consigo, indepen- gência e de colaboração. Conto de correio electrónico, enviado pelo dentemente das suas condições so- convosco, com as vossas esposas e Fernando Neves: «Andou a ler-se na ciais, do sexo ou do estado familiar. os vossos filhos. Assim como muitos semana passada, nas eucaristias, a Finda a alocução, até ao almo- de vós exercem em sociedade desta- primeira Carta a Timóteo. Num dos ço, D. Amândio respondeu a ques- cados carismas imbuídos de fé, tam- dias leu-se parte do capítulo 3, em tões dos presentes, relacionadas com bém em Igreja, enquanto sociedade, que é dito: “É necessário, porém, as habituais resistências da hierar- os devereis evidenciar. Melhor que a que o bispo… se tenha casado uma quia à participações mais activas dos generalidade dos cristãos, vós só vez…” padres casados e das suas esposas compreendeis (ledes) a palavra pro- Afirmação semelhante é feita em nas próprias comunidades de resi- fética. Sois, por isso, os mais relação aos diáconos: “Os diáconos dência. D. Amândio respondeu em credenciados leitores nas celebra- sejam homens de uma só mulher.” conjunto e sem rodeios (deduzo): ções da Palavra e nas Eucaristias e e-mail: geral@fraternitas.pt * página oficial na Internet: www.fraternitas.pt * e-mail: direccao@fraternitas.pt * página oficial na Internet: w
  • 5. l espiral 5 Igreja Católica e dessidentes anglicanos: ecumenismo... Neves Fernando Neves ladas aos quatro ventos e sem prota- Teremos voltado aos tempos do gonismo de grupo ou de missão. proselitismo e da apologética, no U m dos temas controver Não me parece bem que Roma sentido de guerra aos que são dife- sos, na actualidade reli- deva franquear assim as portas a rentes, para que, pela luta, nós seja- giosa, é a Constituição ´conversões` deste teor. mos os maiores estatisticamente, que Apostólica pela qual o Papa Bento A "pesca à linha", isto é, a conver- não os melhores? XVI admite para o exercício da Or- são individual, não fruto de ressenti- Por tudo isto, é urgente a consci- dem, na Igreja Católica, não sei mentos, de pressões sociais ou de ência e a prática do princípio, hoje quantos padres casados e bispos psicologia das massas - anglicanos que discordam da sua mais do que a "pesca à Igreja, por ordenar mulheres e ho- rede ou de arrastão", foi o mossexuais. Para que tal seja possí- processo preconizado por vel, não tem ele pejo de fechar os Jesus, de adesão pessoal, olhos à situação não celibatária des- motivada pela Fé, à vivên- ses requerentes, enquanto mantém, cia da Sua Mensagem. dentro da sua própria Igreja, essa Por que procede Roma aberração disciplinar que é o celi- assim? Para prejudicar o bato sacerdotal obrigatório, contra ecumenismo, com esta sua o qual tantos se insurgem, na medi- atitude, fazendo prevalecer da em que ele é um óbice à falta de os seus pontos de vista des- ministros ordenados, com grande prezando os da outra Igre- prejuízo das comunidades. ja? Para parecer ela ser a Pessoalmente, não vejo com bons maior e a melhor? Como reagiria se muito obnubilado, de uma Igreja olhos essa debandada em grupo de os padres e bispos católicos, em de- sempre em renovação: Ecclesia uma Igreja para a outra. Quer, exac- sacordo com as suas orientações, se semper reformanda. Não no tamente, por ser em grupo, quer transferissem também, em massa, atrasmente, com tendências de só mormente pelas razões aduzidas tan- com notícia de toda a pompa e cir- olhar para o seu umbigo passado, to para a saída da sua Igreja como cunstância e de grande berra, para como criança que se recusasse a para a entrada na outra. outra confissão religiosa? nascer porque, no útero da mãe, Os visados terão todo o direito Aquela de Jesus de não fazer aos estava no melhor dos mundos. de discordar e até de se integrarem outros o que não queremos que nos António Marcelino, bispo emérito em qualquer outra confissão religi- façam a nós não teria de ser tida em de Aveiro, escrevendo sobre o osa, mas ´sponte sua`, sem bada- conta, nesta situação? profetismo na Igreja do nosso tem- po, refere duas grandes figuras: o cardeal Martini e o brasileiro bispo ÕES POR FERNANDO NEVES Hélder, tão indesejados por uma boa parte Cúria romana. E é assim que E, também, em relação aos missa de terça-feira da XXIV semana escreve no Correio do Vouga de 21 presbíteros, mas na carta a Tito (1.5- comum: “Quem aspira a um cargo 0utubro: «Vaticano II... Já lá vão mais 6): “Constitui presbíteros nas cida- de governo na Igreja deve ser… ca- de quarenta anos... Porém, não po- des… alguém/homem sem crime e sado uma só vez...”? A este respeito, demos esquecer que são já muitos de uma só mulher.” gostaria de provocar os vossos co- os padres, leigos e consagrados que O e-mail termina com uma per- mentários hermenêuticos ou outros. do Vaticano II apenas ouviram falar gunta que a falta de tempo deixou Uma boa pergunta, Fernando. e os seus documentos são um livro sem resposta. Via Espiral, ei-la Para mim, Alípio, nós, padres casa- volumoso, ao lado de outros, que o reproduzida para todos os sócios: dos com uma só mulher, estamos em pó vai cobrindo. (...) O momento – Quando vemos que há prescri- sintonia com a irrevogável tradição histórico que a Igreja vive obriga a ções precisas para cada um dos apostólica. Em face dela a legisla- caminhos novos... que não podem graus da ordem (bispo, presbítero, ção canónica vigente sobre o celi- enredar-se em tradições e costumes diácono) porque é generalista a tra- bato não passa de pó que se impõe que, não raro, sossegam o espírito e dução litúrgica de Tm 3.1, lida na remover. anestesiam a vontade.» www.fraternitas.pt * e-mail: secretariado@fraternitas.pt * página oficial na Internet: www.fraternitas.pt * e-mail: tesouraria@fraternitas.pt
  • 6. 6 espiral Em memória do Dr. Sousa Sampaio (Continuação da página 3) saudades de minha Mãe e Mãezinha (avó) que vejo e Ali estava a Esperança que eu procurava. Mais que revejo todos os dias na mudez do papel com um Bom bonita, linda! […] dia!, uma flor e a lembrança duma prece (Ibidem, pp. E eu pensava: Que lindo ramo naquelas mãos para 48-49)! oferecer ao Céu na festa da Senhora da Piedade, a Ponto Encontro: Adiante, em Ponto de Encontro espirrar sangue de joelhos! Tudo branco: rosto, flores, […] Alegre como um passarinho, voava alto à pro- Esperança, Amor! cura de um ninho, procurando nas estrelas a minha Boa E eu remoía: mas que mãe mais linda!... Estrela. Deus aponta-me o norte do destino. […] Obri- E tu, toda vermelha de contente, respondias com a gada, Senhor, por esta estrela Cibele! boca a mentir ao coração: Sedento d’Amor e de Verdade, encontrei a vereda da – Não sejas tolo! Se eu até nem sou bonita! Felicidade (Ibidem, pp. 157). E, ali, naquele sol a morrer, diante das ervinhas e Uma felicidade inteiramente partilhada Di-lo o partilhada. dos olhos marotos daquela cotovia, os padrinhos, lem- postfácio: «Hoje, pela manhã, ao abrir a janela, entrou- bras-te?, disseste o “sim” do compromisso, da certeza, -me com o sol empurrada pelo vento a vozita muito da confiança, e trocamos o meu bem-me-quer pelo teu afinadinha do meu amigo passarinho, todo asseadinho amor-perfeito. […] a dizer-me: Tudo tão simples, tão verdadeiro e tão lindo! – Olá! Bom dia! […] E lembrei-me do que um dia E eu lembrava-me de minha Mãe, que lindas são as escrevi: Mães!, que me cobria de beijinhos pequeninos quando – […] Eram o sol, as avezinhas e as flores que fala- me dava o pão que eu beijava na mão. […] Tantas vam os nossos amores! Obrigado, Senhor, por este postalzinho d’amor! […] Depois, perdida no egoísmo do silêncio barulhento Deus é presença dialogante da rua, olhei para o Céu e caiu-me aquela folhinha da- quela árvore velhinha e eu li o pensamento-amor da- DIALOGANTE – caudal de comunicação vivencial quela folha trazida pelo correio azul do vento e foi a e, assim, corresponde às necessidades e anseios minha vez de me lembrar de vós: de autotranscendência contínua e progressiva. Obrigada, Senhor, pelo favor do Vosso Amor! Cibele A escuta é uma exigência da espiritualidade. Sampaio (Idem, 177). Daí a necessidade: Teacher entre os seminaristas de silêncio interior – disponibilidade para ouvir; Sousa Serafim Sousa da harmonia interior – capacidade para ouvir; António Augusto Sousa Sampaio Marinho, 87 anos da paz interior – ouvido para ouvir. de idade, mais conhecido por “Teacher” entre os semi- naristas e antigos alunos do seminário de Vila Real, foi Não é o que se ouve, se estuda e se reflecte vítima de um acidente que lhe lesionou a cervical, a 23 que enche o vazio existencial. de Setembro. Ainda foi operado no Hospital de S. João, Essas são verdades frias ou mornas no Porto, mas não sobreviveu e deixou-nos em 7 de que se dissipam nas praias emocionais ou intelectuais. Outubro de 2009. As verdades quentes são fruto da intuição/fé. Era doutorado em Teologia e leccionou Teologia Fun- São elas que levam a aprender e a flutuar no divino. damental vários anos no seminário de Vila Real, além de São elas que constituem a comunicação vivencial. ter sido praticamente o introdutor do estudo do Inglês no seminário. Foi pároco de Mondrões, do concelho de Vila «É o Espírito que diz ao nosso espírito e verdade.» Real, e era um padre que criava simpatia e amizade onde É o Espírito que segreda, sugere, apela e acciona quer que estivesse e com quem quer que se encontrasse. a autotranscendência contínua e progressiva. Era ainda muito dedicado à investigação histórica e es- Transcender-se é ser mais imagem do Transcendente. creveu muitos e diversos livros sobre esses temas, nomea- Transcender-se é ser mais semelhante ao Transcenden- damente sobre a capela da Granginha, da paróquia de te. Valdanta, concelho de Chaves. O funeral foi em Sanfins,do Douro, sua terra natal, Este apelo do Espírito está em pleno curso no dia 8 de Outubro. Ao funeral, que foi presidido pelo E a Humanidade actual já sente o Sopro soprar. bispo coadjutor de Vila Real, D. Amândio Tomás, com- O pedagógico encontro junto do poço de Jacob pareceram quase todos os sacerdotes de Vila Real e pra- mostra como a Divina Presença é dialogante ticamente todos os membros da Fraternitas de que foi e como nos conduz à VERDADE pela PROFUNDIDADE. sócio fundador. Deixou-nos muita saudade. Que Deus Cristo Martins Cristo Mar artins o tenha na Sua paz.
  • 7. l espiral 7 PELO DOM DA VIDA, graças te damos Secretariado, Fraternitas Moviment vimento, O Secretariado, em nome da direcção da Associação Fraternitas Movimento, deseja, a cada um dos sócios aniversariantes dest trimest parabéns ersariant aniversariantes deste trimeste, parabéns e muitas bênçãos divinas... ... e oferece um excerto do livro Discussão de Fron- […] Que Maria, minha e Tua Mãe, me acolha […] teiras, edição do autor, Jacinto de Sousa Gil (sócio n.º no seu regaço amoroso e me leve a Ti, fonte única da 80), Leiria 1994, páginas 10 a 13: vida e limite máximo de felicidade. «A quem irei senão a Ti? […] Mesmo que vá roto, andrajoso, sujo, esfomeado, sem Tu és infinito, Senhor! Sem balizas, sem marcas! “graça”, que eu Te encontre, Senhor, de braços abertos, Mas eu, limitado, finito, exageradamente míope em correndo ao meu encontro, louco de amor, transpiran- relação a Ti, preciso de balizas que sinalizem o cami- do perdão, […] e se faça “uma festa”. nho que a Ti conduz. E dessas preciso, Senhor! Obrigado, Senhor! …» […] Ah, Senhor, como Tu és grande no perdão, rápi- do no esquecer e pai no abraçar; como é doce o Teu OUTUBRO abraço e dolorosa a Tua ausência; como o meu cora- 1 – Maria T. M. Pinto (Régua) ção, criado para Ti, experimentou a procura inútil da 3 – Mª Joaquina F F L. Canito (Vila Chã, V.ª Conde) . . quietude sem Ti e longe de Ti!… 17 – Maria da Glória Leal Silva (Amarante) 18 – Manuel Batista F Ribeiro (Cabanões, Viseu) . 19 – Jacinto de Sousa Gil (Leiria) 20 – Maria do Carmo F F Gouveia (Ermesinde) . . nATAL: olhar de fé NOVEMBRO NOVEMBRO SOBRE o mundo 1 – Alcina R.M. Teixeira (Murça) Por muito que vociferem as vozes das desgraça, os 2 – António de Jesus Branco (Santa Cruz, Chaves) cristãos acreditam que o mundo não avança à deriva. A 3 – José Sampaio Ferreira (Lisboa) Igreja precisa de cultivar nos seus filhos a capacidade 7 – José Ramos Mendes (Arganil) de discernir para além das aparências de desnorte da 9 – M.ª Odete C. Gameiro Antunes (Entroncamento) época actual, relembrando que as convulsões deste 11 – Henrique Maria dos Santos (Évora) mundo são gemidos das dores de parto de uma nova 14 – Boaventura Santos Silveira (Angeiras, Lavra) criação (Rm 8, 22). Onde muitos apenas vêem uma noite 15 – Luísa de Fátima A. Pinto (Santa Marta de Portozelo/ opaca e sem saída, a Igreja descortina sombras que não Viana do Castelo) impedem o pressentimento de que a Luz do Espírito de 16 – Maria de S. José M. Rebelo (Lisboa) Deus continua a atravessar as vicissitudes da História. 16 – Luciano Augusto Rodrigues (Bragança) Para vislumbrar este horizonte luminoso, precisamos 17 – Iolanda C. L. Carneiro (Porto) de um olhar que capte o mistério do divino no mais 18 – Vincent Norbert D´ Souza (Fojo, Abrantes) recôndito do Homem. A Graça, realidade anterior à que- 20 – Caetano António Pacheco de Andrade (Vila Franca da, continua a manter-se operante no coração huma- de Xira) no, devolvendo-nos a confiança de que Deus Se deixa 22 – Paulo Tunes Eufrásio (Charneca da Caparica) tocar na substância mundana e temporal da nossa con- 23 – Alzira C. L. M. Quintas Rocha (Passal, Castelo de dição. Não é por acaso que o Advento nos preparou Paiva) para acolher o acontecimento de Deus na História, esti- 23 – Faustino Afonso (Vila Real) mulando-nos a sair da sonolência das nossas rotinas e 23 – Maria Angélica S.F Silveira (Angeiras, Lavra) . incitando-nos a adoptar a atitude de uma sentinela an- 24 – Salomão Duarte Morgado ( Leça do Balio) siosa pelo vislumbre da aurora da Salvação. Só esta ati- 25 – Rosa M.ª P Pereira (Vermoim, Maia). . tude pode transfigurar o que existe de desconcertante 28 – Maria Lúcia G. C. Valente (Régua). em nós, como poetizou Alberto Caeiro: Eu sou do tama- 30 – David Marques Silva (Torres Novas). nho do que vejo/E não do tamanho da minha altura. A luz, primeira obra de Deus (Gn 1,2), conheceu DEZEMBRO novos horizontes em Cristo, Luz do mundo. É para anun- 1 – Luís António Gouveia (Ermesinde) ciar esse desígnio de Deus que os cristãos são chama- 2 – Manuel Ferreira da Silva (Lisboa) dos a ser também luz do mundo (Mt 5,24), como diz o 12 – Maria Emília G. G. Rodrigues (Santiago da Guar- Vaticano II: A Igreja espalha os reflexos da luz divina da, Ansião) quando cura e eleva a dignidade da pessoa humana, 24 – Joaquim Borges Macedo Teles (Tendais, Cinfães) consolida a coesão da sociedade e dá um sentido mais 26 – Maria Fernanda L. G. Simão (Azurva, Aveiro) profundo à actividade quotidiana dos homens (GS 40). 26 – Maria Natália S. R. S. Ribeiro (Coimbra) Manuel Ribeiro 31 – Manuel Joaquim Monteiro Fernandes (Coimbra)
  • 8. VIDA(S) na FRATERNITA S VIDA(S) FRATERNITA Um Santo Natal! Um 2010 pleno de bênçãos divinas! 9 de Setembro – Aniversário de Pamela, esposa o quadro intrínseco de valores não está em causa. Estão de Armando Marques da Silva (Freiria, Caranguejeira). sim, os processos de transmissão/imposição. Encontrava-se nos EUA, junto dos filhos e netos, já que 3 de Novembro – Pedido de Manuel J. Monteiro teve um descolamento de retina. O Armando aguarda Fernandes (Coimbra) de orações pelas filhas: Uma, na a terceira operação à próstata. No dia 9 de Dezembro, Holanda, foi atacada por uma infecção causada por um regressada a Portugal, aconteceu um segundo vírus, a outra, saiu ontem do hospital, com problemas descolamento. Quanto ao marido, as dores na coluna pulmonares, tendo contraído uma pneumonia. são imensas, andando a fazer fisioterapia. 6 de Novembro – Carta de José da Silva Pinto 9 de Setembro – Nascimento da Diana, neta (Régua): A Mariazinha está estacionária, tendo vindo a do casal Paiva (Oliveira de Azeméis), primeiro rebento diminuir a fala, pronunciando, agora, mas consciente, da Liliana, a filha mais nova. Foi um parto atribulado, meia dúzia de palavras simples, por semana, a algumas que culminou em cesariana… «Acresce-nos a morte de perguntas que lhe fazemos… o que ajuda a que nada dois irmãos meus», comunicou o Manuel Paiva. Mais lhe falte, humanamente falando. tarde: Agora tudo está bem, graças…e também a um 13 de Novembro – Carta de Luís António enorme grupo de pessoas a orar …, adiantou. Gouveia (Ermesinde): Nunca mais me posso esquecer 13 de Outubro – Carta de Manuel Ferreira da dele (P e Filipe Figueiredo) na minha casa e no convívio . Silva (Lisboa): À muito querida Associação Fraternitas! do Seminário do Bom Pastor, em Ermesinde… Era muito Os últimos grãos de areia da minha ampulheta vão-me amigo do meu filho Vasco, um dos poucos no retiro de lembrando… que já tenho quase 91 anos, com a Jovens, em Fátima… gratíssima recordação de que o nosso saudoso e sem- 26 de Novembro – E-mail de Manuel Ribeiro pre querido P e Filipe Figueiredo foi comigo que teve uma . (Porto) nas vésperas do retiro de 27 a 29: No meio dos das primeiras conversas sobre o sonho-projecto da nos- ruídos e dos barulhos com que obstruímos a limpidez de sa Fraternitas… Já colaborava com ele, ainda no exercí- nós mesmos, chegam-nos convites/desafios como este. cio da sagrada Ordem do sacerdócio, e continuou a mobilizar-me depois que pedi(…) a recondução ao es- De 1 para 2 de Dezembro – Ocorrência de tado laical. um AVC isquémico (lado esquerdo) ao nosso assistente espiritual, P e Guilhermino Saldanha, na sequência da . 24 de Outubro – Lançamento, em Leiria, na convalescença, considerada normal, de uma interven- Sala Polivalente da Biblioteca Municipal, dos seguintes ção cirúrgica ao coração, em que foram colocados três livros de Jacinto de Sousa Gil (Leiria): Pão e Queijo; by-pass’s, encontrando-se internado no Hospital Mili- Leiria – Catedrais (2 Vol.); Leiria – Conventos (2 Vol.) e tar, nos cuidados intensivos. Leiria – Irmandades e Locais de Culto. 5 de Dezembro – «As nossas orações e compa- 27 de Outubro – Recepção de uma proposta rativamente pequenos sofrimentos presentes são por ele, de letra e música para o hino da Fraternitas, de Faustino P e Saladanha», comunicou o casal Armando e Pamela. . Afonso, acompanhada da mensagem: Tenho muita pena de não me encontrar em condições para participar mais 7 de Dezembro – Piorou a situação isquémica activamente nas actividades programadas, mas…, e do P e Saldanha e tornou-se hemorrágica. Não se sabe . sobretudo, a minha falta de saúde (já tive um ataque como vai ficar a parte neurológica. «Vai ficar muito tem- cadíaco…) não mo permite. Esperamos expor, oportu- po paralisado… Necessitará de fisioterapia… Será ne- namente, as várias propostas. cessário inscrevê-lo nos Serviços de Acção Social, em Oeiras – ISFA… Um passo de cada vez. A recuperação Outubro – Recepção do livro Francisco Caboz – não será fácil… Fé em Deus. As nossas orações…», in- A Construção e a Desconstrução de um Padre, de Ho- formou José Serafim, presidente da Fraternitas. rácio Neto Fernandes (Porto), ed. Papiro. De um eco por e-mail: A vida é um poema construído por cada um 10 de Dezembro – Boas Festas do Movimento de nós, mais ou menos ritmado, mais ou menos em con- Nós Somos Igreja: Que o Natal nos dê a dimensão amo- formidade com os cânones estabelecidos pelas insti- rosa da vida, o exercício da fraternidade, a disciplina da tuições ornadoras. As instituições devem ajudar-nos a paz, o sentido da compaixão e a prática da solidarieda- escolher o rumo, não impôr. Neste livro, história de vida, de, em Cristo Jesus. Urtélia Silva Urtélia Silv Boletim da Associação espiral Fraternitas Movimento Responsável: Fernando Félix Praceta dos Malmequeres, 4 - 3.º Esq. N.º 37 - Outubro / Dezembro de 2009 Massamá / 2745-816 Queluz www.fraternitas.pt e-mail: fernfelix@gmail.com