O Benfica derrotou o Paços de Ferreira por 2-0 com gols de Maxi Pereira e Salvio. O Paços de Ferreira teve boas atuações individuais de Sérgio Oliveira e Hurtado, mas faltou intensidade defensiva para conter os ataques do Benfica.
1. Jogo SL Benfica 2 vs 0 Paços de Ferreira
Competição (Fase) Primeira Liga (1ª Jornada)
Equipa a analisar Paços de Ferreira
Estádio Estádio da Luz, Lisboa
Data e local do jogo 17 Agosto 2014 (Domingo), 19:15 / Lisboa
Marcadores Maxi Pereira e Salvio [Benfica]
Árbitro Cosme Machado
2. ANÁLISE INDIVIDUAL:
Defendi (1) muito forte dentro dos postes pelo bom posicionamento e
elasticidade. Não complica no jogo com os pés mas também não arrisca
nas saídas (ponto fraco…).
Ricardo Ferreira (6) posicionalmente é fortíssimo mas não é muito
rápido e um pouco complicativo com a bola nos pés. Ricardo (19) não
complica nada, sem receio de aliviar a bola de zonas perigosas. A par do
seu companheiro é forte no posicionamento, no jogo aéreo e lento. Muita
experiência e boa leitura de jogo. Jaílson (13) muito forte nos apoios
ofensivos e a jogar a toda a largura. Rápido e forte a cruzar demonstra
debilidades no 1x1 defensivo. Parece ‘duro de rins’. Fraco no jogo aéreo
tal como Hélder Lopes (5) que é mais competente no 1x1 defensivo
mas menos capaz a atacar, algo trapalhão.
Seri (88) muita luta, intensidade e agressividade, não demonstra
predicados na posse e parece algo nervoso cada vez que tem a bola em
sua posse. Sérgio Oliveira (10) é o motor da equipa pacense. Forte na
condução, no passe e na meia-distância, falta-lhe alguma intensidade.
Mais posicional mas desconcertante quando levanta a cabeça. Muito forte
na cobrança das bolas paradas ofensivas. Manuel José (81) muita luta,
muita força mas pouca lucidez. Agressivo e rápido. Minhoca (7) não é
um velocista, é um tecnicista. Forte no passe (último) e nos espaços
curtos, prefere jogar no corredor central. Vasco Rocha (17) muito
franzino e pouco confiante. Rúben Ribeiro (77) sabe tudo sobre finta e
drible. Reguila e pouco disciplinado exagera nos individualismos. Forte no
1x1 não tem muita explosão que lhe permita ganhar metros. Boa meia-distância.
Hurtado (16) é velocidade e técnica mas também é meia-distância.
Cícero (9) corpulento e com qualidade na área. Algo lento e trapalhão de
costas para a baliza. Impõem-se pelo físico. Barnes (30) é velocidade e
explosão em estado puro com qualidade técnica e no 1x1. Fraco
fisicamente, é muitas vezes prejudicado nos duelos fisicios.
3. ORGANIZAÇÃO OFENSIVA:
Equipa de processos rápidos e de grande intensidade. Mobilidade +
explosão. Verticalidade também é factor decisivo no jogo pacense. A
estruturação de 4x4x2 com laterais subidos, com alas mais por dentro e com
Hurtado sempre a vaguear na frente. Campo grande em todo o processo,
mas pouco exposto. Equipa com uma 1ª fase a toda a largura com a subida
dos laterais, Sérgio Oliveira baixa para construir (pegar de frente no jogo).
Com a subida do lateral e o recuo do Sérgio, os centrais abrem para alargar
1ª linha de construção. Optam por uma construção rápida, muitas vezes
longa para o espaço (Sérgio tem grande colocação) isto em 1ª fase. Se
saírem curto saem é para os laterais.
Em 2ª fase, quando saem curto, optam por transporte ou por colocar
rapidamente num dos alas (Seri sobe no terreno mas não tem grande
participação na construção). Se saírem longo Hurtado vai esperar pela
chegada dos alas para os lançar (Jaílson também participativo) ou vai esticar
na frente directamente para a aárea.
Em fase de criação, optam quase sempre pelo cruzamento ou pelo
lançamento longo para o espaço nas costas dos laterais. Jaílson e Hélder
Lopes conferem largura incluindo neste momento, Manuel José também abre
bem nas faixas e Minhoca procura mais o espaço interior (não tem grande
influência na faixa que pode ter no espaço central).
Na fase de finalização ter cuidado com Cícero ao 1º poste, com os remates
cruzados de Hurtado e ainda as meias-distâncias de Minhoca, Sérgio Oliveira
e Manuel José. Duas notas:Forte jogo exterior (1) e velocidade/explosão(2).
TRANSIÇÃO OFENSIVA:
Procuram sair de forma rápida muitas vezes
com bolas longas preferencialmente para as
faixas onde Hurtado vai receber nas costas dos
laterais. Médios laterais. sobem rápido à largura
com Cícero a procurar zonas de finalização.
BOLAS PARADAS OFENSIVAS:
Grande penalidade cobrada por Manuel José para o seu lado esquerdo, rasteiro e fraco. Cantos cobrados por Sérgio Oliveira,
procuram colocar 5 homens na área e quando a bola é colocada na área as referências são os 2 centrais. ATENÇÃO ÁS
JOGADAS ESTUDADAS (CANTOS CURTOS!). Nos livres directos atenção á marcação forte e seca do Sérgio Oliveira ou
Hélder Lopes mas também Manuel José (por norma um remate mais potente mas menos susceptível a erro na abordagem ao
lance pelo guarda-redes – bola não toma desvios). Ricardo Ferreira e Ricardo são fortíssimos no jogo aéreo e as referências nos
livres laterais do Sérgio Oliveira.
4. ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA:
Equipa organizada estruturalmente em 4x4x2 tradicional. Variam para
4x1x3(M. José, Seri e Minhoca)x2, normalmente, para pressionar a saída de
bola do adversário. Equipa intensa e onde se denota grande entre ajuda e
espírito de sacrifício. Estruturalmente a linha média não é linear e por norma,
Seri defende mais à frente que Sérgio Oliveira. Procuram fazer pressão na 1ª
fase do adversário mas com espaço entre a 1ª e a 2ª linha. Bloco médio mas
alargado (1ª fase). Referir ainda que na 1ª fase procuram marcar muito
próximos os laterais e os médios-ala (dos 2 lados). Se não conseguirem
recuperar procuram baixar o bloco, encurtar espaço entre linhas e unidades
fazendo ‘campo pequeno’ a partir da 2ª fase. Após a 2ª fase, com o
encurtamento do espaço largam a marcação ao alas/laterais do lado oposto e
permitem muito espaço (basculam bem mas há muito espaço).
Sectorialmente muito compactos com os dois médios-centro bem rotinados
(Seri mais intenso e agressivo, Sérgio Oliveira mais posicional). Procuram não
dar espaço entre linhas (média e defensiva) mas os laterais não são fortes no
1x1. Ricardo Ferreira, em 3ª fase, sai muito para dobras nas costas do Jaílson
e não é bem compensado (Seri+Sérgio Oliveira não fecham com qualidade
mas tentam encurtar) – explorar jogo exterior com tabelas rápidas entre
central/lateral e cruzamentos atrasados pois ninguém encurta espaços.
Quando estão muito tempo em organização defensiva no último terço tendem
a juntar muito as linhas e criam dificuldades no entendimento intersectorial.
Não utilizam o fora-de-jogo. Evitar bolas aéreas longas ou cruzamentos,
centrais fortes nos duelos.
TRANSIÇÃO DEFENSIVA:
Equipa que não faz grande pressão ao portador
da bola, procuram baixar de forma rápida para
evitar possíveis desequilíbrios.
Quando perdem alto procuram pressionar com
1 ou 2 homens o portador da bola.
BOLAS PARADAS DEFENSIVAS:
Cantos fazem marcação zonal, em linha, na divisória da pequena área. Colocam 1 jogador ao 1º poste e outro um pouco mais à
frente. Nos livres laterais marcação zonal em linha que sobe se não for marcado para a área (espaço ao 2º poste). 1 a 2 na
barreira e 1 ou 2 na área (coração). Nos livres directos 4 a 5 homens na barreira + 4 ao 2º poste e os restantes a evitar livre
curto (marcação individual).