Cenario Produtivo E Mudancas Climaticas Anderson Santi
1. “I Seminário GETACS: tendências, perspectivas e expectativas do agronegócio”
O CENÁRIO PRODUTIVO BRASILEIRO
FRENTE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Anderson Santi
Pesquisador
Embrapa Trigo Sertão, 24/08/2010
Sertão, 24/08/2010
Trigo
3. Emissões globais de GEE
Setor Uso final/Atividade GEE
Transporte 13,5%
Eletricidade&Calor 24,6%
Outros 9,0% CO2 77%
Indústria 10,4%
Emissões Fugitivas 3,9%
Processos Industriais 3,4%
Mud. Uso Terra 18,2% - Balanço: Desmatamento HFCs, PFCs, SF6 1%
CH4 14%
Agricultura 13,5%
N2O 8%
Resíduos 3,6%
Fonte: Baumert et al., 2005
4. Emissões de CO2
1990
Mudança no
Uso da Terra e Energia
Florestas
77%
21%
Processos
Total 1990
77% Industriais
2% 979 milhões t CO2
1994
Mudança no
Uso da Terra e Energia
Florestas 23%
75%
Processos
75% Industriais
2%
76%
Total 2005
Total 1994 1575 milhões t CO2
1030 milhões t CO2
11. Evolução das concentrações
mundiais GEE
CO2
Concentrações de CO2, CH4 e N2O CH4
- Excedeu os valores pré-industriais
- Aumentou rapidamente desde 1750
devido à atividade humana.
Relativamente pouca variação N2O
antes da era industrial
Fonte: IPCC, 2007
12. MUDANÇA NA TEMPERATURA GLOBAL E CONTINENTAL
0,9
0,9
1,0
1,0
0,6
0,6
0,7 0,9 0,6
Fonte: IPCC, 2007
13. VARIAÇÕES DA TEMPERATURA DA TERRA
6,4 0C
Melhor estimativa
Cenário inferior
(B1) é 1.4 C
(1,1 C a 2,9 C)
1,1 0C
Cenário Superior
(A1FI) é 4.0 C
( 2,4 C a 6,4 C).
Fonte: Adaptado de IPCC, 2007
14. Tendências: Temperatura
1,0 1,6
Desvios da temperatura
1,6 Desvios da
mínima anual no período
temperatura
de 1897 a 2004, em
mínima anual
Pelotas, RS.
no período de
1955 a 2004, em
Pelotas, RS.
Fonte: Adaptado de Steinmetz et al., 2005
15. Variação temperaturas médias mínimas anuais.
Variação das temperaturas médias mínimas anuais em Campinas (SP) entre 1890 e 2006
Campinas (SP) Período: 1890 e 2006
Y= 14,18 + 0,0225 x
2,6 0C
117 anos
Temperatura (0C)
Anos
Fonte: Adaptado de Pinto & Assad 2008
16. DESVIOS DA TEMPERATURA MÉDIA (0C)
Passo Fundo, 2007
1,5
Desvio da Temperatura média (ºC)
y = -17,241 + 0,0088 x
1
0,5
0
-0,5
-1
-1,5
1987
1917
1922
1927
1932
1937
1942
1947
1952
1957
1962
1967
1972
1977
1982
1992
1997
2002
2007
Anos
Fonte: Cunha et al., 2007
17. DESVIOS DA TEMPERATURA MÍNIMA (0C)
Passo Fundo, 2008
1,5
Desvio da Temperatura mínima (ºC)
1 y = - 22,66 + 0,0115 x
0,5
0
-0,5
-1
-1,5
1987
1917
1922
1927
1932
1937
1942
1947
1952
1957
1962
1967
1972
1977
1982
1992
1997
2002
2007
Anos
Fonte: Cunha et al., 2007
18. DESVIOS DA TEMPERATURA MÁXIMA (0C)
Passo Fundo, 2008
1,5
Desvio da Temperatura máxima (ºC)
y = - 6,429ns + 0,0033ns x
1,0
0,5
0,0
-0,5
-1,0
-1,5
1937
1987
1992
1917
1922
1927
1932
1942
1947
1952
1957
1962
1967
1972
1977
1982
1997
2002
2007
Anos
Fonte: Cunha et al., 2007
23. 200 milhões de ha
85% Degradada
Fonte: Extraído de Nobre, 2009
24. Vila Lângaro - julho 2007 Vila Lângaro - julho 2007
Coxilha - julho 2007 Vila Lângaro - julho 2007
Fonte: Berton, 2007
25. Importância dos solos no ciclo de carbono
Pg
Atmosfera 765
Vegetação 470-655
Solo (0-30cm) ~800
Solos (1m) 1500-1600
Valores em Gt de C ; 1Gt = 109 t = 1 Pg
38. Parâmetros do zoneamento
para as frutíferas de clima
temperado
Marcos Wrege, Flávio Herter, Sílvio Steinmetz, Carlos Reisser Jr.
O zoneamento para frutíferas de
clima temperado baseia-se nas horas
de frio (< 7,2ºC) e no risco de geada
na floração, que depende da
temperatura mínima do ar (ºC).
49. POTENCIAL SOLOS AGRÍCOLAS
1.350 Mha
MUNDIAL 0,4 a 0,8 Gt C ano-1
Cultivos conservacionistas
‘
Culturas Cobertura
Adubação orgânica
Dif. sistemas culturas
Cultivos mistos
Agrofloresta
REST. ÁR. DEGRAD.
PASTAGENS
E SOLOS DESERTIF.
3.700 Mha POTENCIAL
1.100 Mha
0,01 a 0,3 Gt C ano-1 SEQÜESTRO C 0,2 a 0,4 Gt C ano-1
Manejo pastagens SOLOS MUNDO Controle erosão água
Melhoramento Pastagens
0,4 a 1,2 Controle erosão ventos
Manejo de Queimadas
Manejo Nutrientes Gt C ano-1 Florest. áreas marginais
Conservação água/
armazenamento
IRRIGAÇÃO
275 Mha
0,01 a 0,03 Gt C ano-1
Gotejamento/Subsuperficial
Melhorar drenagem
Controle salinização
Melhorar eficiência uso
e conservação água
Fonte: Lal, 2004
51. Brasil- Evolução da área cultivada em Plantio Direto
1972/73 à 2005/06
Período 96-05
Y=-3564+1,79X
1.790.000 ha/ano
Fonte: Adaptado de FEBRAPDP, 2008
52. Taxas de acúmulo do C
Cerri et al., 2007; Bernoux et al., 2006
Média de 0,50 tC ha-1 ano-1
para a camada 0-10 cm
Ex.: 100 mi ha PD mundo= 6% terras
Terras cultivadas: 1,67 bi
Fonte: Soil & Tillage Research, 2007 - Editorial
Fonte: Adaptado de Bernoux et al., 2006; Cerri et al., 2007
53. Evolução da MO nos solos do RS
80 1988 1999
64,1
% Amostras de Solo
60 53,6
40,5
40 29,7
20
5,9 6,2
0
Baixo Médio Alto
Teor de MO
Fonte: Rheinheimer et al., 2000
55. ADAPTAÇÃO
Adaptação
Extremo
inferior Extremo
superior
56. Expressão de gene toleranteBR16: 2.5%
P58: 2.5% à seca na Soja
P58 (BR-16 /com gene)
Figure rd29A:DREB1Aransgenic
2. ahast soybean (left,2)BR-16 sem gene plants
plants T and original
the veriety,
BR16 (right
after
appliedUmidade ofhumidity:29days, 2.5% The
2.5% drought (5%
stress do solo then2.5%:17days).
Umidade do solo were
plants
without (15.0%)
stress
growing
normally the
like plants ofthis
left picture. picture taken
This was inApril the before evaluatio
17, day 9th
in Figure 3.
58. O que eu posso fazer?
Utilização de gravata: >2 0C no verão =
EUA: 900 Kg CO2 ano-1
Brasil: 300 Kg CO2 ano-1
Então 1 ar condicionado equivaleria a ~ 62 árvores mata
atlântica 16 reflorestamento pinus
Um carro 1.0 com 18 mil km ano: 560 árvores mata atlântica, ou
140 reflorestamento pinus
Pressão consumidor Europeu: MacDonald’s e Cargill – não
comprarão, respectivamente, carne e soja de áreas de
desmatamento recente.
59. DESAFIOS:
Atenção às mudanças nos sistemas agrícolas
produtivos quanto a emissão de GEE
Práticas agrícolas que favoreçam o sequestro de
Carbono no solo
Intensificação de culturas na rotação
Adição de altas quantidades de palhada e raízes
Melhoramento direcionado
Adaptação
Sertão, 24/08/2010
Trigo Trigo