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Lições Adultos O evangelho de Lucas
Lição 3 - Quem é Jesus Cristo? 11 a 18 de abril
Sábado à tarde Ano Bíblico: 1Rs 3, 4
VERSO PARA MEMORIZAR: “Mas vós, perguntou Ele, quem dizeis que Eu sou? Então, falou Pedro e disse:
És o Cristo de Deus.” Lc 9:20.
Leituras da Semana: Lc 4:16-30; 6:5; Ef 1:3-5; Lc 9:18-27; 2Pe 1:16-18
Quem é Jesus Cristo?
A pergunta não é um artifício filosófico nem sociológico. Ela chega até a essência daquilo que o ser humano é
e do que a eternidade lhe reserva.
As pessoas podem admirar as obras de Jesus, honrar Suas palavras, exaltar Sua paciência, advogar Sua não
violência, aclamar Sua determinação, elogiar Sua abnegação e ficar sem palavras diante do cruel fim de Sua
vida. Muitos podem até estar prontos a aceitar Jesus como um bom homem que tentou endireitar as coisas –
infundir justiça onde havia injustiça, oferecer cura onde havia doença e levar conforto onde havia apenas
miséria.
Sim, Jesus poderia perfeitamente ganhar o título de o melhor professor, de um revolucionário, de um líder por
excelência e de um psicólogo capaz de sondar as profundezas da alma. Ele era tudo isso e muito mais.
Porém, nenhuma dessas coisas pode, nem de longe, ser a resposta da pergunta de suprema importância que o
próprio Jesus suscitou: “Mas vós, […] quem dizeis que Eu sou?” (Lc 9:20).
Essa é uma pergunta que exige resposta, e dessa resposta depende o destino da humanidade.
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Domingo - Reações diante de Jesus Ano Bíblico: 1Rs 5, 6
Leia os evangelhos; leia o Novo Testamento. Nesses livros são feitas incríveis reivindicações, não apenas
sobre o que Jesus fez, mas, o que é mais importante, sobre quem Ele era. Essas reivindicações – de que Ele é
Deus, de que é nosso Redentor e de que somente Ele é o caminho para a vida eterna – exigem nossa atenção,
Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
porque estão cheias de implicações que têm consequências eternas para todo ser humano.
1. Leia Lucas 4:16-30. O que fez com que as pessoas reagissem da maneira como o fizeram? Veja também
João 3:19.
Lc 4:16-30, (ACF); 16 E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu
costume, na sinagoga, e levantou-se para ler. 17 E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o
livro, achou o lugar em que estava escrito: 18 O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para
evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, 19 A pregar liberdade aos cativos, E
restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor. 20 E,
cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos
nele. 21 Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos. 22 E todos lhe davam
testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca; e diziam: Não é este o filho de
José? 23 E ele lhes disse: Sem dúvida me direis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; faze também aqui
na tua pátria tudo que ouvimos ter sido feito em Cafarnaum. 24 E disse: Em verdade vos digo que nenhum
profeta é bem recebido na sua pátria. 25 Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias
de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome;
26 E a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva. 27 E muitos leprosos
havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro. 28 E todos,
na sinagoga, ouvindo estas coisas, se encheram de ira. 29 E, levantando-se, o expulsaram da cidade, e o
levaram até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem. 30 Ele, porém,
passando pelo meio deles, retirou-se.
Jo 3:18-19, (ACF); 18 Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não
crê no nome do unigênito Filho de Deus. 19 E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens
amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
As pessoas que O ouviram em Sua cidade natal ficaram, a princípio, entusiasmadas ao ver Jesus, que havia
voltado a Nazaré depois de realizar muitos milagres e maravilhas, e elas “se maravilhavam das palavras de
graça” que Ele falava (Lc 4:22). Mas a reação delas à repreensão de Jesus mostrou qual era o espírito que, na
verdade, as movia.
2. Leia Lucas 7:17-22. Qual foi a pergunta de João sobre Jesus, e qual seria a razão pela qual ele a fez?
Lc 7:17-22, (ACF); 17 E correu dele esta fama por toda a Judéia e por toda a terra circunvizinha. 18 E os
discípulos de João anunciaram-lhe todas estas coisas. 19 E João, chamando dois dos seus discípulos, enviou-os
a Jesus, dizendo: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro? 20 E, quando aqueles homens chegaram
junto dele, disseram: João o Batista enviou-nos a perguntar-te: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos
outro? 21 E, na mesma hora, curou muitos de enfermidades, e males, e espíritos maus, e deu vista a muitos
cegos. 22 Respondendo, então, Jesus, disse-lhes: Ide, e anunciai a João o que tendes visto e ouvido: que os
cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos
pobres anuncia-se o evangelho.
Até mesmo João Batista, o precursor de Jesus, aquele que O anunciou como “o Cordeiro de Deus”, viu
dúvidas se insinuarem nas profundezas de sua alma. Ele quis saber: “És Tu Aquele que estava para vir ou
havemos de esperar outro?” (Lc 7:19).
Note, também, que Jesus não respondeu diretamente à pergunta de João; em vez disso, apontou para os atos
que davam testemunho dEle: “Os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem,
os mortos são ressuscitados, e aos pobres, anuncia-se-lhes o evangelho” (v. 22). Alguém poderia argumentar
que Jesus não precisava responder diretamente à pergunta de João, pois Seus atos e Seus feitos davam amplo
testemunho de quem Ele era.
Em certo sentido, a resposta de Jesus poderia ter causado a João ainda mais consternação. Afinal de contas, se
Jesus tinha o poder de fazer todas aquelas maravilhas, por que João estava ali definhando na prisão? Quem,
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em meio a suas próprias tragédias pessoais, já não teve questionamentos semelhantes: se Deus tem todo esse
poder, por que isto está acontecendo comigo? Por que a cruz, e tudo o que ela representa e promete, é nossa
única resposta?
Segunda - Filho de Deus Ano Bíblico: 2Sm 15–17
“Filho do Homem” e “Filho de Deus” são dois nomes usados nos evangelhos para descrever Jesus. O primeiro
indica que Ele era Deus encarnado; o segundo aponta para Sua natureza divina como a segunda Pessoa da
Divindade. Juntas, as duas frases nos convidam a refletir no milagre de Jesus Cristo: Deus que é tanto divino
quanto humano. Esse é um conceito difícil de ser entendido, mas a dificuldade de forma alguma diminui essa
verdade e a grande esperança que ela nos oferece.
3. Leia Lucas 1:31, 32, 35; 2:11. O que esses versos nos dizem sobre quem Jesus realmente é?
Lc 1:31-35, (ACF); 31 E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de
Jesus. 32 Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu
pai; 33 E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. 34 E disse Maria ao anjo: Como se
fará isto, visto que não conheço homem algum? 35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o
Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de
nascer, será chamado Filho de Deus.
Lc 2:10-11, (ACF); 10 E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que
será para todo o povo: 11 Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
Em Lucas 1:31, 32, o anjo liga o nome “Jesus” com o “Filho do Altíssimo” a quem o Senhor “dará o trono de
Davi”. Jesus é o Filho de Deus. É também o Cristo, o Messias, que restaurará o trono de Davi, não como um
libertador terreno, mas no sentido escatológico de que Ele finalmente derrotará Satanás em sua tentativa de
usurpar o trono do próprio Deus. Aos pastores, o anjo anunciou que o bebê que estaria na manjedoura era “o
Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2:11).
Ao mesmo tempo, o título “Filho de Deus” não só afirma a posição de Cristo na Divindade, mas também
revela a estreita e íntima relação que Jesus tinha com Deus, o Pai, enquanto esteve na Terra.
Contudo, a relação entre o Pai e o Filho não é a mesma que nós temos com Deus. Enquanto nossa relação é
resultado da obra de Cristo, tanto como Criador quanto como Redentor, Sua relação para com o Pai, como
Filho, é a de um entre três parceiros iguais e eternos. Através de Sua divindade, Jesus conservou os laços mais
íntimos possíveis com o Pai. “Jesus disse: ‘Meu Pai, que está nos Céus’, como a lembrar aos discípulos que,
enquanto por Sua humanidade Ele Se achava ligado a eles, participante das provações deles, e compadecendo-
Se deles em seus sofrimentos, por Sua divindade estava em comunicação com o trono do Infinito” (Ellen G.
White, O Desejado de Todas as Nações, p. 442).
O que significa para nós o fato de que Jesus é Deus no mais pleno sentido? Embora essa verdade tenha muitas
implicações, uma delas é que, embora fosse Deus, Jesus condescendeu não apenas em tomar sobre Si nossa
humanidade, mas em Se oferecer como sacrifício por nós nessa humanidade. Estamos falando de Deus, aqui!
Que maravilhosa esperança essa verdade tem para nós, devido ao que ela nos diz sobre Deus e como realmente
Ele é?
Terça - Filho do Homem Ano Bíblico: 1Rs 9, 10
Embora Jesus tivesse plena consciência de que era tanto o Filho do Homem como o Filho de Deus (Lc 22:67-
70), “Filho do Homem” era a maneira favorita de nosso Salvador Se referir a Si mesmo. Ninguém mais se
dirigiu a Ele por esse título. As únicas outras ocorrências do termo estão no discurso de Estêvão (At 7:56) e em
Apocalipse 1:13 e 14:14. O termo aparece mais de 80 vezes nos evangelhos, e 25 vezes em Lucas. O uso que
Lucas faz do título mostra o profundo interesse do autor na humanidade de Jesus como o Homem universal
enviado por Deus para proclamar as boas-novas da salvação.
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Lc 22:67-70, (ACF); 67 És tu o Cristo? Dize-no-lo. Ele replicou: Se vo-lo disser, não o crereis; 68 E também,
se vos perguntar, não me respondereis, nem me soltareis. 69 Desde agora o Filho do homem se assentará à
direita do poder de Deus. 70 E disseram todos: Logo, és tu o Filho de Deus? E ele lhes disse: Vós dizeis que
eu sou.
At 7:56, (ACF); 56 E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de
Deus.
Ap 1:12-13, (ACF); 12 E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; 13 E
no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e
cingido pelos peitos com um cinto de ouro.
Ap 14:14, (ACF); 14 E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do
homem, que tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro, e na sua mão uma foice aguda.
“A humanidade do Filho de Deus é tudo para nós. É a corrente de ouro que nos liga a Cristo, e por meio de
Cristo a Deus. Isso deve constituir nosso estudo. Cristo foi um homem real; deu prova de Sua humildade,
tornando-Se homem. Entretanto, era Ele Deus na carne” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 244).
O uso do termo “Filho do Homem” em Lucas apresenta várias revelações da natureza, missão e destino do
Jesus encarnado.
Primeira, o título O identifica como um ser humano (Lc 7:34), sem lar ou abrigo no mundo (Lc 9:58).
Segunda, Lucas usou o título para assegurar a natureza e a posição divinas de Cristo: pois “o Filho do Homem
é Senhor do sábado” (Lc 6:5). Portanto, Ele é também criador, com o poder de perdoar pecados (Lc 5:24).
Terceira, para realizar a missão redentora determinada pela Divindade antes da fundação do mundo (Ef 1:3-
5), o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido (Lc 9:56, 19:10). Mas a redenção em si mesma não pôde
ser completada até que “o Filho do Homem [sofresse] muitas coisas, [fosse] rejeitado [… e] morto e, no
terceiro dia, [ressuscitasse]” (Lc 9:22). Essa autoconsciência do Filho do Homem sobre o caminho que Ele
tinha de trilhar e sobre o preço que tinha de pagar para redimir a humanidade do pecado revela não só a
origem divina do plano da redenção, mas também a submissão de Cristo, em Sua humanidade, a esse plano.
Quarta, note quanto é completo o quadro que Lucas apresenta do sofrimento do Messias nas seguintes
passagens: Sua presciência da cruz (Lc 18:31-33), da traição (Lc 9:44), de Sua morte em cumprimento da
profecia (Lc 22:22), de Sua crucifixão e ressurreição (Lc 24:7; ver Lc 11:30) e de Sua função como Mediador
diante do Pai (Lc 12:8).
Quinta, Lucas via o Filho do Homem, em termos dos últimos dias, como Aquele que voltará à Terra para
recompensar Seus santos e pôr fim ao grande conflito (Lc 9:26; 12:4; 17:24, 26, 30; 21:36; 22:69).
Em resumo, o título “Filho do Homem” incorpora o aspecto multifacetado não só de quem Cristo é, mas do
que Ele veio fazer, já fez e ainda fará por nós no plano da salvação.
Quarta - “O Cristo de Deus” Ano Bíblico: 2Sm 20, 21
4. Leia Lucas 9:18-27. Por que Jesus teria feito aos discípulos uma pergunta cuja resposta Ele já sabia? Que
lição Ele estava procurando ensinar-lhes, não apenas sobre Si mesmo, mas sobre o que significa segui-Lo?
Lc 9:18-27, (ACF); 18 E aconteceu que, estando ele só, orando, estavam com ele os discípulos; e perguntou-
lhes, dizendo: Quem diz a multidão que eu sou? 19 E, respondendo eles, disseram: João o Batista; outros,
Elias, e outros que um dos antigos profetas ressuscitou. 20 E disse-lhes: E vós, quem dizeis que eu sou? E,
respondendo Pedro, disse: O Cristo de Deus. 21 E, admoestando-os, mandou que a ninguém referissem isso,
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22 Dizendo: É necessário que o Filho do homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado dos anciãos e dos
escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia. 23 E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a
si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. 24 Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á;
mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará. 25 Porque, que aproveita ao homem granjear
o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo? 26 Porque, qualquer que de mim e das minhas
palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória, e na do Pai e dos
santos anjos. 27 E em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte até que
vejam o reino de Deus.
“Mas vós […] quem dizeis que Eu sou?” (Lc 9:20). A pergunta que Jesus fez dois mil anos atrás ainda
perturba a História. As pessoas têm dado diferentes respostas: um grande mestre; um profundo filósofo ético;
uma personificação da verdade; um monumento de auto-sacrifício; um profeta destemido; um reformador
social; um grande modelo de tudo que o ser humano deve ser. Mas nenhuma resposta serve, a não ser a
confissão que a pergunta original arrancou dos lábios de Pedro.
Depois de revelar Sua autoridade sobre a natureza (Lc 8:22-25), Seu poder sobre os demônios (v. 26-35), Seu
poder sobre as doenças (Lc 5:12-15, 8:43-48), Sua capacidade de alimentar cinco mil pessoas a partir de quase
nada (Lc 9:13-17) e Seu poder sobre a própria morte (Lc 8:51-56), Jesus confrontou Seus discípulos com o
que, na realidade, são duas perguntas: primeiro, o que os outros pensavam dEle; depois, o que os próprios
discípulos pensavam. Ele não perguntou a fim de Se informar sobre algo que ainda não soubesse. Ao
contrário, perguntou a fim de ajudá-los a compreender que o fato de Ele ser quem era exigiria deles, na
verdade, uma entrega que custaria tudo.
“Nosso conhecimento de Jesus nunca deve ser de segunda mão. Podemos conhecer todas as opiniões dadas
sobre Jesus; podemos conhecer toda a Cristologia já formulada por mentes humanas; podemos ser capazes de
dar um resumo abalizado do que todos os grandes pensadores e teólogos já ensinaram sobre Cristo – e mesmo
assim não ser cristãos. O cristianismo nunca consiste em saber sobre Jesus; sempre consiste em conhecer
Jesus. Cristo sempre exige um veredito pessoal. Ele não perguntou apenas a Pedro, mas pergunta a cada um de
nós: ‘Você – o que você pensa de Mim?’” (William Barclay, The Gospel of Matthew. Bangalore, Theological
Publications in India, 2009; v. 2, p. 161).
Nossa resposta à pergunta que Jesus fez não pode ser outra senão a confissão de Pedro: Jesus é “o Cristo de
Deus” (Lc 9:20). Cristo significa “o Ungido”, o Messias, cuja missão não é a de um libertador político, mas a
de um Salvador que libertará a humanidade das garras de Satanás e do pecado e inaugurará o reino da justiça.
Não basta simplesmente saber quem foi Jesus. Precisamos conhecê-Lo por nós mesmos. Se, então, você
afirma que conhece Jesus, o que, de fato, você sabe sobre Ele? Isto é, o que seu próprio conhecimento pessoal
de Jesus lhe ensina sobre Ele e como Ele é?
Quinta - A transfiguração Ano Bíblico: 2Sm 5–7
5. Leia os relatos da transfiguração nos três evangelhos (Lc 9:27-36; Mt 17:1-9; Mc 9:2-8). (Leia também o
relato de primeira mão feito por Pedro acerca do incidente, e note a verdade que o apóstolo estabeleceu a partir
de sua experiência como testemunha ocular; ver 2Pe 1:16-19). Quais informações adicionais Lucas apresenta,
e por que elas são importantes?
Lc 9:27-36, (ACF); 27 E em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte até
que vejam o reino de Deus. 28 E aconteceu que, quase oito dias depois destas palavras, tomou consigo a
Pedro, a João e a Tiago, e subiu ao monte a orar. 29 E, estando ele orando, transfigurou-se a aparência do seu
rosto, e a sua roupa ficou branca e mui resplandecente. 30 E eis que estavam falando com ele dois homens,
que eram Moisés e Elias, 31 Os quais apareceram com glória, e falavam da sua morte, a qual havia de
cumprir-se em Jerusalém. 32 E Pedro e os que estavam com ele estavam carregados de sono; e, quando
despertaram, viram a sua glória e aqueles dois homens que estavam com ele. 33 E aconteceu que, quando
aqueles se apartaram dele, disse Pedro a Jesus: Mestre, bom é que nós estejamos aqui, e façamos três tendas:
uma para ti, uma para Moisés, e uma para Elias, não sabendo o que dizia. 34 E, dizendo ele isto, veio uma
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nuvem que os cobriu com a sua sombra; e, entrando eles na nuvem, temeram. 35 E saiu da nuvem uma voz
que dizia: Este é o meu amado Filho; a ele ouvi. 36 E, tendo soado aquela voz, Jesus foi achado só; e eles
calaram-se, e por aqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto.
2Pe 1:16-19, (ACF); 16 Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo,
seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade. 17 Porquanto ele
recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu
Filho amado, em quem me tenho comprazido. 18 E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no
monte santo; 19 E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma
luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.
Lucas iniciou a narrativa com um detalhe que Mateus e Marcos não mencionam: Jesus levou Pedro, Tiago e
João a um monte para orar. Jesus tinha os olhos e a mente fixos na direção de Jerusalém e predisse a vereda de
sofrimento que se estendia diante dEle. Jesus desejava estar seguro de que estava fazendo o que Deus queria
que Ele fizesse. Em momentos como esse, a oração é a única maneira de encontrar certeza e segurança. O
processo da oração fez com que a glória divina se derramasse imediatamente sobre a pessoa de Jesus: “A
aparência do Seu rosto se transfigurou e Suas vestes resplandeceram de brancura” (Lc 9:29).
O Jesus transfigurado estava conversando com Moisés e Elias sobre “Sua partida, que Ele estava para cumprir
em Jerusalém” (v. 31). A palavra “partida” pode ser entendida de duas formas: Sua morte iminente em
Jerusalém, embora a palavra grega usada aqui, exodus, não seja usada com frequência para a morte; portanto,
“partida” pode também significar o grande “êxodo” que Jesus estava para efetuar em Jerusalém, o poderoso
êxodo redentor que traria livramento do pecado.
A conversa dos três terminou com uma voz de aprovação vinda do Céu: “Este é o Meu Filho […] a Ele ouvi”
(v. 35). A transfiguração ungiu Jesus com glória, assegurou-Lhe novamente Sua filiação, e anunciou que a
redenção custaria a vida do Filho. Esse foi o motivo da ordem celestial para os discípulos: Ouçam-nO. Sem
obediência e lealdade exclusiva a Ele, não há discipulado.
Ellen G. White escreveu, referindo-se a Moisés e Elias, que esses homens, que haviam sido “escolhidos de
preferência a todos os anjos que rodeiam o trono, tinham vindo para conversar com Jesus acerca das cenas de
Seu sofrimento e confortá-Lo com a certeza da simpatia do Céu. A esperança do mundo, a salvação de toda
criatura humana, eis o assunto de sua entrevista” (O Desejado de Todas as Nações, p. 425).
Até mesmo o próprio Jesus, que havia confortado tantas outras pessoas, buscou consolo e conforto para Si
mesmo. O que isso deve nos dizer sobre o fato de que até os mais fortes espiritualmente entre nós, podem, às
vezes, precisar de consolo, encorajamento e ajuda da parte de outros? Você conhece alguém que necessita de
consolo, conforto e encorajamento?
Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: 2Sm 8–10
“Evite toda questão relativa à humanidade de Cristo que esteja sujeita a ser mal entendida. A verdade e a
suposição estão muito próximas uma da outra. Ao tratar da humanidade de Cristo, você deve vigiar ao máximo
cada afirmação, para que suas palavras não sejam interpretadas como se significassem mais do que sugerem, e
assim você perca ou anuvie a clara concepção de Sua humanidade combinada com a divindade. Seu
nascimento foi um milagre de Deus. […] Nunca, de nenhuma forma, deixe sobre a mente humana a mais leve
impressão de que repousou sobre Cristo qualquer mácula de corrupção ou inclinação para a corrupção, ou que
Ele, de algum modo, tenha cedido à corrupção. Ele foi tentado em todos os pontos como o homem é tentado,
mas é chamado de ‘Ente santo’. É um mistério sem explicação para os mortais o fato de que Cristo pudesse ser
tentado em todos os pontos como nós somos e, ainda assim, ser sem pecado. A encarnação de Cristo sempre
foi e sempre permanecerá um mistério” (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do
Sétimo Dia, v. 5, p. 1260, 1261).
Perguntas para reflexão
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1. Ellen G. White escreveu: “A encarnação de Cristo sempre foi e sempre permanecerá um mistério.” Por que
precisamos ser cuidadosos para não julgar com severidade aqueles que não entendem esse “mistério” da
mesma forma que nós?
2. Diante da transfiguração, os discípulos estavam sonolentos. Qual é a sua condição diante da volta de Jesus?
Você está se preparando?
3. Diante do que Jesus disse sobre Si mesmo, haveria lógica em crer que Ele foi meramente um grande
homem, um grande profeta ou um grande líder espiritual? Por que precisamos aceitar que Ele é quem disse ser,
ou então que Ele é um lunático ou alguém muito enganado a respeito de Si mesmo? Por que não há outra
opção com respeito à identidade de Jesus?
Respostas sugestivas: 1. As pessoas de Nazaré não creram que Alguém que fora criado entre elas como uma
pessoa pobre e comum pudesse ser o Messias. Quando Jesus as repreendeu por sua incredulidade, elas se
iraram contra Ele. 2. A pergunta foi se Jesus era, de fato, o Messias. João esperava que, quando o Messias
viesse, acabaria com as injustiças e, quando ficou preso injustamente, sua fé vacilou. Por essa razão ele
mandou fazer a pergunta. 3. Eles dizem que Jesus é o Filho de Deus, o Filho do Altíssimo, o Salvador e o
Senhor, isto é, que Ele é um membro da Divindade. 4. Jesus fez a pergunta para fazê-los pensar em qual seria
o conceito que eles mesmos tinham dEle. Cristo estava procurando ensinar-lhes que Ele era, de fato, o
Messias, e que, para segui-Lo, precisavam fazer uma entrega completa. 5. As informações que somente Lucas
apresenta são de que o motivo pelo qual Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João ao monte foi a oração; de
que foi enquanto Jesus estava orando que Ele foi transfigurado; e de que o assunto de Sua conversa com
Moisés e Elias era Sua partida. Essas informações nos revelam que Jesus foi orar porque queria ter a certeza
de que o caminho que estava seguindo era da vontade do Pai, e que essa certeza Lhe foi dada por meio da
glória derramada sobre Ele durante Sua oração, por meio da voz vinda do Céu e da conversa com Moisés e
Elias.
Auxiliar - Resumo O evangelho de Lucas
Texto-chave: Lucas 9:20
O aluno deverá:
Saber: Quem é Jesus.
Sentir: A realidade experimental do que Jesus é.
Fazer: Aceitar Sua realidade e seguir Suas ordens.
Esboço
I. Saber: A natureza divino-humana de Jesus Cristo
A. Quais são alguns dos vereditos da História sobre a natureza de Jesus? De que forma nós, adventistas do
sétimo dia, devemos lidar com esses vereditos?
B. De que maneira a confissão de Pedro sobre a natureza de Cristo é fundamental para o evangelho cristão? O
evangelho das boas-novas da salvação terá algum significado sem essa confissão?
C. Como a experiência da transfiguração reforça a singularidade de Jesus? Qual foi o papel de Moisés e Elias
no monte da transfiguração?
D. Quais são as implicações dos títulos “Filho de Deus” e “Filho do homem” quando aplicados a Cristo?
II. Sentir: O poder e a presença de Cristo
A. Qual é a importância da natureza divina de Cristo para nossa experiência de salvação?
B. Como a humanidade de Cristo nos faz entender o preço que Ele pagou por nossa salvação?
C. Que tipo de resposta deve evocar em nós a ordem dada no monte da transfiguração (“A Ele ouvi”)? Por
quê?
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III. Fazer: Aceitar a divindade e a humanidade de Cristo
A. Como a divindade de Cristo desafia nossa vida cotidiana?
B. Se alguém questionasse sua fé na divindade de Cristo, você a defenderia com base em quê?
C. Como você defenderia a importância das duas naturezas de Cristo em relação à salvação de uma pessoa?
Resumo: “Foi a natureza humana do Filho de Maria transformada na natureza divina do Filho de Deus? Não;
as duas naturezas fundiram-se misteriosamente numa só pessoa: o homem Cristo Jesus” (Comentários de Ellen
G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1.242).
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Lucas 9:18-27
Conceito-chave do crescimento espiritual: “Jesus foi em todas as coisas feito semelhante a Seus irmãos.
Tornou-Se carne, da mesma maneira que nós. Tinha fome, sede e fadiga. Sustentava-Se com alimento e
refrigerava-Se pelo sono. Era Deus em carne. Ele compartilhou da sorte do homem; não obstante, foi o
imaculado Filho de Deus. Seu caráter deve ser o nosso” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p.
311).
Para o professor: A entrada do Filho de Deus na História como Jesus não foi acidental. Sua natureza divino-
humana e Sua missão na Terra foram uma incursão planejada pela Trindade para alcançar a vitória de Deus no
grande conflito, para assegurar o fim do pecado e a esmagadora derrota de Satanás, concretizando, assim, o
triunfo do plano da redenção. Conserve isso como o foco central do estudo da lição desta semana.
Discussão de abertura
Relata-se que Sarvepalli Radhakrishnan, ex-presidente da Índia e destacado filósofo, disse que os cristãos são
pessoas comuns que fazem alegações fora do comum. Uma dessas alegações é a afirmação de que Cristo é
verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. O fato de que Deus Se tornou humano no processo da
encarnação e que conservou tanto a natureza divina quanto a humana é um milagre impossível de se entender
e algo que não pode ser ignorado. Daí a afirmação do apóstolo Paulo: “Não há dúvida de que é grande o
mistério da piedade: Deus foi manifestado em corpo, justificado no Espírito, visto pelos anjos, pregado entre
as nações, crido no mundo, recebido na glória” (1Tm 3:16, NVI).
Perguntas para discussão
1. Por que Paulo diz que “não há dúvida” sobre a Encarnação? O que ele quer dizer?
2. Quem é Jesus Cristo? Discuta essa pergunta no contexto dos seis passos que Paulo delineia em 1 Timóteo
3:16.
Compreensão
Para o professor: Ao longo da História, homens e mulheres, em seus momentos de calma reflexão ou de raiva,
em ocasiões de apreciação ou de ira, e com admiração ou repulsa, têm chamado a Jesus de muitos nomes – dos
majestosos aos malévolos. No entanto, há uma pergunta que Ele fez da qual ninguém pode escapar: “Quem
dizeis que Eu sou?” Quem é Jesus? Qual é o significado e a implicação dos títulos “Filho de Deus” e “Filho do
homem”, usados para referir-se a Jesus? Por que a confissão de Pedro em Cesareia de Filipe é fundamental
para nossa compreensão sobre Jesus? Como a experiência da transfiguração reforça a singularidade de Jesus?
Ao estudarmos essas perguntas nesta semana, conserve em mente que nossa compreensão e nossa resposta têm
implicações eternas.
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Comentário Bíblico
I. “Filho de Deus” (Recapitule com a classe Lc 1:31-35.)
“Outro nome não existe como o nome de Jesus.” Assim nós cantamos como Seus seguidores. A singularidade
de Jesus não é simplesmente uma afirmação poética ou filosófica vazia, mas uma expressão indicativa de tudo
o que Ele é e que ninguém mais pode ser. Essa singularidade é expressa nos evangelhos por dois títulos: “Filho
de Deus” e “Filho do homem”.
A expressão “Filho de Deus” é usada para referir-se a Jesus em mais de 45 passagens do Novo Testamento,
sendo que a maioria delas é encontrada nos evangelhos. Marcos, que escreveu o primeiro evangelho, começa
sua narrativa com a declaração direta: “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus” (Mc 1:1).
Assim, sem que a Segunda Pessoa da Divindade Se sujeitasse a Se revestir da natureza humana, não poderia
haver redenção do pecado.
Lucas, escrevendo para os gentios, observa que, em Jesus, a Divindade deu à humanidade o maior dom do
Céu: o “Filho do Altíssimo”, o “Ente Santo”, o “Filho de Deus” (Lc 1:31-35). O triplo reconhecimento de
Lucas não deixa dúvidas de que Jesus é plenamente Deus. De fato, como o amado apóstolo escreve, os
evangelhos foram escritos “para que [creiamos] que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo,
[tenhamos] vida em Seu nome” (Jo 20:31).
O fato de que a divindade de Cristo não é uma opção nem é objeto de negociação fica claro a partir do fato de
que Satanás usou isso como ponto focal de sua tentação para desviar Jesus da missão dada por Seu Pai (Mt
4:3, 6; Lc 4:3, 9).
Pense nisto: O título “Filho de Deus” denota a unidade e a igualdade de essência dentro da Divindade. “Cristo
[...] era um com o eterno Pai – um em natureza, caráter, propósito – o único ser que poderia penetrar em todos
os conselhos e propósitos de Deus” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 34). Por que Jesus, enquanto
estava na Terra, não deixou de ser Deus? Dê passagens bíblicas que apoiem sua resposta.
II. “Filho do homem” (Recapitule com a classe Lc 5:24; Lc 6:5.)
“Filho do homem” é a designação que somente Jesus aplicou a Si mesmo, e ocorre mais de 80 vezes nos
evangelhos, 25 das quais em Lucas. Embora o título enfatize a natureza humana que a Segunda Pessoa da
Divindade tomou sobre Si (Fp 2:5-8), ele apresenta múltiplas ideias sobre a natureza, a missão e o ministério
do Jesus encarnado. Jesus, o Filho do homem, viveu como uma pessoa comum (Lc 7:34; 9:58); mas, como o
Filho do homem, Ele reivindicou também autoridade divina para perdoar pecados (Lc 5:24), projetou-Se como
Criador (Lc 6:5), definiu Sua missão como sendo a missão messiânica de buscar e salvar o perdido (Lc 19:10)
por intermédio de Sua morte e ressurreição (Lc 18:31; 11:30); e, finalmente, determinou que poria fim ao
grande conflito mediante Seu retorno no fim dos tempos (Lc 9:26; 21:27; 22:69; 18:8). Assim, o título “Filho
do homem” é singular e define o Homem Universal, Jesus, em quem, misteriosamente, a divindade e a
humanidade se combinaram, por meio da Encarnação, “por um laço que jamais se partirá” (Ellen G. White, O
Desejado de Todas as Nações, p. 25), para que o grande conflito possa ser levado ao seu triunfo final.
Perguntas para discussão
1. Peça aos membros da classe que leiam Daniel 7:9, 10, 13, 14. A quem se refere a expressão “um como o
Filho do homem”? Qual é o significado dos eventos que precedem e sucedem essa frase em Daniel 7?
2. Compare o “Filho do homem [que] não tem onde reclinar a cabeça” (Lc 9:58) com o “Filho do homem” de
Daniel 7, que tem autoridade e majestade. Que lições sobre a Encarnação você pode aprender a partir dessa
comparação?
III. O Cristo de Deus (Recapitule com a classe Lc 9:18-20.)
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“Mas vós, [...] quem dizeis que Eu sou?” (Lc 9:20). Jesus fez a pergunta em Cesareia de Filipe (Mt 16:13),
uma cidade pagã, conhecida por sua multiplicidade de divindades, que iam desde os deuses sírios
descendentes de Baal até os deuses e deusas gregos e romanos. A vista da cidade era pontilhada por inúmeros
templos e pela pompa da adoração a César, sustentada pela riqueza, poder e orgulho de Roma e das várias
ramificações do grande império. Dentro desse contexto, Jesus perguntou a Seus discípulos: “Quem dizem as
multidões que sou Eu?” (Lc 9:18). As pessoas que tinham ouvido Jesus O viram confrontar os fariseus;
ouviram Suas histórias, as melhores de todos os tempos no campo da moral e da ética; viram-nO curar os
doentes, restaurar os cegos, acalmar o mar bravio e ressuscitar mortos. Cada um tinha diferentes respostas à
grande pergunta de Jesus: respostas tão variadas como a de que Ele era um profeta – Elias ou João Batista –
que havia ressuscitado.
Entretanto, Jesus não estava satisfeito com essas respostas. Nem os maiores teólogos e agnósticos, filósofos e
estudiosos da ética, eruditos e céticos da História podem apresentar a resposta que Ele está procurando. Ele
deseja uma resposta pessoal, do fundo do coração. Sua pergunta é: “Mas vós, [...] quem dizeis que Eu sou?”
(Lc 9:20). Ela exige uma resposta que reflita uma escolha pessoal e revele uma entrega sem reservas. Essa
resposta vem de Pedro: “És o Cristo de Deus” (Lc 9:20b). “O Senhor Jesus Cristo, o divino Filho de Deus,
existiu desde a eternidade, como pessoa distinta, mas um com o Pai. Era Ele a excelente glória do Céu. Era Ele
o Comandante dos seres celestes” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 247).
Pergunta para discussão: Em resposta à pergunta sobre quem era Jesus, os discípulos relataram que as pessoas
achavam que Ele fosse Elias, um dos profetas ou João Batista. Por que essas respostas são inadequadas?
Aplicação
Para o professor: Na noite anterior à crucifixão, ocorreu uma sessão de perguntas e respostas entre os membros
do Sinédrio e Cristo. Peça a alguém da classe que leia esse diálogo (Lc 22:67-70); discutam como a pergunta
seguinte se aplica à compreensão que temos da singularidade de Jesus.
Pergunta para reflexão
O que podemos aprender pelo uso das expressões “Filho do homem” e “Filho de Deus” no diálogo registrado
em Lucas?
Criatividade e atividades práticas
Para o professor: “Quando desejarmos um problema profundo para estudar, fixemos a mente na coisa mais
maravilhosa que já ocorreu na Terra ou no Céu: a encarnação do Filho de Deus. Deus deu Seu Filho para
experimentar, em favor dos seres humanos pecadores, uma morte de ignomínia e vergonha. [...] Ele Se
humilhou para sofrer com a raça, para ser angustiado em todas as suas angústias” (Comentários de Ellen G.
White, Comentário Bíblico Adventista, v. 7, p. 1000-1005).
Atividades
1. Peça aos membros de sua classe que mencionem alguns dos problemas que lhes vêm à mente quando
pensam na Encarnação.
2. Deus deu Seu Filho para morrer por nossos pecados. Partilhe como você expressaria sua gratidão por um
sacrifício assim.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
É proibida a reprodução, total ou parcial, do conteúdo sem prévia autorização da Casa Publicadora Brasileira.
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Quem é Jesus Cristo?_Lição_original com textos_322015

  • 1. Lições Adultos O evangelho de Lucas Lição 3 - Quem é Jesus Cristo? 11 a 18 de abril Sábado à tarde Ano Bíblico: 1Rs 3, 4 VERSO PARA MEMORIZAR: “Mas vós, perguntou Ele, quem dizeis que Eu sou? Então, falou Pedro e disse: És o Cristo de Deus.” Lc 9:20. Leituras da Semana: Lc 4:16-30; 6:5; Ef 1:3-5; Lc 9:18-27; 2Pe 1:16-18 Quem é Jesus Cristo? A pergunta não é um artifício filosófico nem sociológico. Ela chega até a essência daquilo que o ser humano é e do que a eternidade lhe reserva. As pessoas podem admirar as obras de Jesus, honrar Suas palavras, exaltar Sua paciência, advogar Sua não violência, aclamar Sua determinação, elogiar Sua abnegação e ficar sem palavras diante do cruel fim de Sua vida. Muitos podem até estar prontos a aceitar Jesus como um bom homem que tentou endireitar as coisas – infundir justiça onde havia injustiça, oferecer cura onde havia doença e levar conforto onde havia apenas miséria. Sim, Jesus poderia perfeitamente ganhar o título de o melhor professor, de um revolucionário, de um líder por excelência e de um psicólogo capaz de sondar as profundezas da alma. Ele era tudo isso e muito mais. Porém, nenhuma dessas coisas pode, nem de longe, ser a resposta da pergunta de suprema importância que o próprio Jesus suscitou: “Mas vós, […] quem dizeis que Eu sou?” (Lc 9:20). Essa é uma pergunta que exige resposta, e dessa resposta depende o destino da humanidade. Aproveite a distribuição do livro Viva com Esperança para realizar uma feira de saúde em benefício de sua comunidade. Será uma bênção para sua igreja e um serviço para sua cidade. Busque informações no departamento de saúde de sua associação. Participe do projeto “Reavivados por Sua Palavra”: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/ Domingo - Reações diante de Jesus Ano Bíblico: 1Rs 5, 6 Leia os evangelhos; leia o Novo Testamento. Nesses livros são feitas incríveis reivindicações, não apenas sobre o que Jesus fez, mas, o que é mais importante, sobre quem Ele era. Essas reivindicações – de que Ele é Deus, de que é nosso Redentor e de que somente Ele é o caminho para a vida eterna – exigem nossa atenção, Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 2. porque estão cheias de implicações que têm consequências eternas para todo ser humano. 1. Leia Lucas 4:16-30. O que fez com que as pessoas reagissem da maneira como o fizeram? Veja também João 3:19. Lc 4:16-30, (ACF); 16 E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler. 17 E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: 18 O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, 19 A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor. 20 E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. 21 Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos. 22 E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca; e diziam: Não é este o filho de José? 23 E ele lhes disse: Sem dúvida me direis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; faze também aqui na tua pátria tudo que ouvimos ter sido feito em Cafarnaum. 24 E disse: Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua pátria. 25 Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; 26 E a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva. 27 E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro. 28 E todos, na sinagoga, ouvindo estas coisas, se encheram de ira. 29 E, levantando-se, o expulsaram da cidade, e o levaram até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem. 30 Ele, porém, passando pelo meio deles, retirou-se. Jo 3:18-19, (ACF); 18 Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. 19 E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. As pessoas que O ouviram em Sua cidade natal ficaram, a princípio, entusiasmadas ao ver Jesus, que havia voltado a Nazaré depois de realizar muitos milagres e maravilhas, e elas “se maravilhavam das palavras de graça” que Ele falava (Lc 4:22). Mas a reação delas à repreensão de Jesus mostrou qual era o espírito que, na verdade, as movia. 2. Leia Lucas 7:17-22. Qual foi a pergunta de João sobre Jesus, e qual seria a razão pela qual ele a fez? Lc 7:17-22, (ACF); 17 E correu dele esta fama por toda a Judéia e por toda a terra circunvizinha. 18 E os discípulos de João anunciaram-lhe todas estas coisas. 19 E João, chamando dois dos seus discípulos, enviou-os a Jesus, dizendo: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro? 20 E, quando aqueles homens chegaram junto dele, disseram: João o Batista enviou-nos a perguntar-te: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro? 21 E, na mesma hora, curou muitos de enfermidades, e males, e espíritos maus, e deu vista a muitos cegos. 22 Respondendo, então, Jesus, disse-lhes: Ide, e anunciai a João o que tendes visto e ouvido: que os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres anuncia-se o evangelho. Até mesmo João Batista, o precursor de Jesus, aquele que O anunciou como “o Cordeiro de Deus”, viu dúvidas se insinuarem nas profundezas de sua alma. Ele quis saber: “És Tu Aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Lc 7:19). Note, também, que Jesus não respondeu diretamente à pergunta de João; em vez disso, apontou para os atos que davam testemunho dEle: “Os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres, anuncia-se-lhes o evangelho” (v. 22). Alguém poderia argumentar que Jesus não precisava responder diretamente à pergunta de João, pois Seus atos e Seus feitos davam amplo testemunho de quem Ele era. Em certo sentido, a resposta de Jesus poderia ter causado a João ainda mais consternação. Afinal de contas, se Jesus tinha o poder de fazer todas aquelas maravilhas, por que João estava ali definhando na prisão? Quem, Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 3. em meio a suas próprias tragédias pessoais, já não teve questionamentos semelhantes: se Deus tem todo esse poder, por que isto está acontecendo comigo? Por que a cruz, e tudo o que ela representa e promete, é nossa única resposta? Segunda - Filho de Deus Ano Bíblico: 2Sm 15–17 “Filho do Homem” e “Filho de Deus” são dois nomes usados nos evangelhos para descrever Jesus. O primeiro indica que Ele era Deus encarnado; o segundo aponta para Sua natureza divina como a segunda Pessoa da Divindade. Juntas, as duas frases nos convidam a refletir no milagre de Jesus Cristo: Deus que é tanto divino quanto humano. Esse é um conceito difícil de ser entendido, mas a dificuldade de forma alguma diminui essa verdade e a grande esperança que ela nos oferece. 3. Leia Lucas 1:31, 32, 35; 2:11. O que esses versos nos dizem sobre quem Jesus realmente é? Lc 1:31-35, (ACF); 31 E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. 32 Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; 33 E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. 34 E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? 35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. Lc 2:10-11, (ACF); 10 E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: 11 Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Em Lucas 1:31, 32, o anjo liga o nome “Jesus” com o “Filho do Altíssimo” a quem o Senhor “dará o trono de Davi”. Jesus é o Filho de Deus. É também o Cristo, o Messias, que restaurará o trono de Davi, não como um libertador terreno, mas no sentido escatológico de que Ele finalmente derrotará Satanás em sua tentativa de usurpar o trono do próprio Deus. Aos pastores, o anjo anunciou que o bebê que estaria na manjedoura era “o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2:11). Ao mesmo tempo, o título “Filho de Deus” não só afirma a posição de Cristo na Divindade, mas também revela a estreita e íntima relação que Jesus tinha com Deus, o Pai, enquanto esteve na Terra. Contudo, a relação entre o Pai e o Filho não é a mesma que nós temos com Deus. Enquanto nossa relação é resultado da obra de Cristo, tanto como Criador quanto como Redentor, Sua relação para com o Pai, como Filho, é a de um entre três parceiros iguais e eternos. Através de Sua divindade, Jesus conservou os laços mais íntimos possíveis com o Pai. “Jesus disse: ‘Meu Pai, que está nos Céus’, como a lembrar aos discípulos que, enquanto por Sua humanidade Ele Se achava ligado a eles, participante das provações deles, e compadecendo- Se deles em seus sofrimentos, por Sua divindade estava em comunicação com o trono do Infinito” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 442). O que significa para nós o fato de que Jesus é Deus no mais pleno sentido? Embora essa verdade tenha muitas implicações, uma delas é que, embora fosse Deus, Jesus condescendeu não apenas em tomar sobre Si nossa humanidade, mas em Se oferecer como sacrifício por nós nessa humanidade. Estamos falando de Deus, aqui! Que maravilhosa esperança essa verdade tem para nós, devido ao que ela nos diz sobre Deus e como realmente Ele é? Terça - Filho do Homem Ano Bíblico: 1Rs 9, 10 Embora Jesus tivesse plena consciência de que era tanto o Filho do Homem como o Filho de Deus (Lc 22:67- 70), “Filho do Homem” era a maneira favorita de nosso Salvador Se referir a Si mesmo. Ninguém mais se dirigiu a Ele por esse título. As únicas outras ocorrências do termo estão no discurso de Estêvão (At 7:56) e em Apocalipse 1:13 e 14:14. O termo aparece mais de 80 vezes nos evangelhos, e 25 vezes em Lucas. O uso que Lucas faz do título mostra o profundo interesse do autor na humanidade de Jesus como o Homem universal enviado por Deus para proclamar as boas-novas da salvação. Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 4. Lc 22:67-70, (ACF); 67 És tu o Cristo? Dize-no-lo. Ele replicou: Se vo-lo disser, não o crereis; 68 E também, se vos perguntar, não me respondereis, nem me soltareis. 69 Desde agora o Filho do homem se assentará à direita do poder de Deus. 70 E disseram todos: Logo, és tu o Filho de Deus? E ele lhes disse: Vós dizeis que eu sou. At 7:56, (ACF); 56 E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus. Ap 1:12-13, (ACF); 12 E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; 13 E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. Ap 14:14, (ACF); 14 E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do homem, que tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro, e na sua mão uma foice aguda. “A humanidade do Filho de Deus é tudo para nós. É a corrente de ouro que nos liga a Cristo, e por meio de Cristo a Deus. Isso deve constituir nosso estudo. Cristo foi um homem real; deu prova de Sua humildade, tornando-Se homem. Entretanto, era Ele Deus na carne” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 244). O uso do termo “Filho do Homem” em Lucas apresenta várias revelações da natureza, missão e destino do Jesus encarnado. Primeira, o título O identifica como um ser humano (Lc 7:34), sem lar ou abrigo no mundo (Lc 9:58). Segunda, Lucas usou o título para assegurar a natureza e a posição divinas de Cristo: pois “o Filho do Homem é Senhor do sábado” (Lc 6:5). Portanto, Ele é também criador, com o poder de perdoar pecados (Lc 5:24). Terceira, para realizar a missão redentora determinada pela Divindade antes da fundação do mundo (Ef 1:3- 5), o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido (Lc 9:56, 19:10). Mas a redenção em si mesma não pôde ser completada até que “o Filho do Homem [sofresse] muitas coisas, [fosse] rejeitado [… e] morto e, no terceiro dia, [ressuscitasse]” (Lc 9:22). Essa autoconsciência do Filho do Homem sobre o caminho que Ele tinha de trilhar e sobre o preço que tinha de pagar para redimir a humanidade do pecado revela não só a origem divina do plano da redenção, mas também a submissão de Cristo, em Sua humanidade, a esse plano. Quarta, note quanto é completo o quadro que Lucas apresenta do sofrimento do Messias nas seguintes passagens: Sua presciência da cruz (Lc 18:31-33), da traição (Lc 9:44), de Sua morte em cumprimento da profecia (Lc 22:22), de Sua crucifixão e ressurreição (Lc 24:7; ver Lc 11:30) e de Sua função como Mediador diante do Pai (Lc 12:8). Quinta, Lucas via o Filho do Homem, em termos dos últimos dias, como Aquele que voltará à Terra para recompensar Seus santos e pôr fim ao grande conflito (Lc 9:26; 12:4; 17:24, 26, 30; 21:36; 22:69). Em resumo, o título “Filho do Homem” incorpora o aspecto multifacetado não só de quem Cristo é, mas do que Ele veio fazer, já fez e ainda fará por nós no plano da salvação. Quarta - “O Cristo de Deus” Ano Bíblico: 2Sm 20, 21 4. Leia Lucas 9:18-27. Por que Jesus teria feito aos discípulos uma pergunta cuja resposta Ele já sabia? Que lição Ele estava procurando ensinar-lhes, não apenas sobre Si mesmo, mas sobre o que significa segui-Lo? Lc 9:18-27, (ACF); 18 E aconteceu que, estando ele só, orando, estavam com ele os discípulos; e perguntou- lhes, dizendo: Quem diz a multidão que eu sou? 19 E, respondendo eles, disseram: João o Batista; outros, Elias, e outros que um dos antigos profetas ressuscitou. 20 E disse-lhes: E vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, disse: O Cristo de Deus. 21 E, admoestando-os, mandou que a ninguém referissem isso, Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 5. 22 Dizendo: É necessário que o Filho do homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado dos anciãos e dos escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia. 23 E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. 24 Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará. 25 Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo? 26 Porque, qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória, e na do Pai e dos santos anjos. 27 E em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte até que vejam o reino de Deus. “Mas vós […] quem dizeis que Eu sou?” (Lc 9:20). A pergunta que Jesus fez dois mil anos atrás ainda perturba a História. As pessoas têm dado diferentes respostas: um grande mestre; um profundo filósofo ético; uma personificação da verdade; um monumento de auto-sacrifício; um profeta destemido; um reformador social; um grande modelo de tudo que o ser humano deve ser. Mas nenhuma resposta serve, a não ser a confissão que a pergunta original arrancou dos lábios de Pedro. Depois de revelar Sua autoridade sobre a natureza (Lc 8:22-25), Seu poder sobre os demônios (v. 26-35), Seu poder sobre as doenças (Lc 5:12-15, 8:43-48), Sua capacidade de alimentar cinco mil pessoas a partir de quase nada (Lc 9:13-17) e Seu poder sobre a própria morte (Lc 8:51-56), Jesus confrontou Seus discípulos com o que, na realidade, são duas perguntas: primeiro, o que os outros pensavam dEle; depois, o que os próprios discípulos pensavam. Ele não perguntou a fim de Se informar sobre algo que ainda não soubesse. Ao contrário, perguntou a fim de ajudá-los a compreender que o fato de Ele ser quem era exigiria deles, na verdade, uma entrega que custaria tudo. “Nosso conhecimento de Jesus nunca deve ser de segunda mão. Podemos conhecer todas as opiniões dadas sobre Jesus; podemos conhecer toda a Cristologia já formulada por mentes humanas; podemos ser capazes de dar um resumo abalizado do que todos os grandes pensadores e teólogos já ensinaram sobre Cristo – e mesmo assim não ser cristãos. O cristianismo nunca consiste em saber sobre Jesus; sempre consiste em conhecer Jesus. Cristo sempre exige um veredito pessoal. Ele não perguntou apenas a Pedro, mas pergunta a cada um de nós: ‘Você – o que você pensa de Mim?’” (William Barclay, The Gospel of Matthew. Bangalore, Theological Publications in India, 2009; v. 2, p. 161). Nossa resposta à pergunta que Jesus fez não pode ser outra senão a confissão de Pedro: Jesus é “o Cristo de Deus” (Lc 9:20). Cristo significa “o Ungido”, o Messias, cuja missão não é a de um libertador político, mas a de um Salvador que libertará a humanidade das garras de Satanás e do pecado e inaugurará o reino da justiça. Não basta simplesmente saber quem foi Jesus. Precisamos conhecê-Lo por nós mesmos. Se, então, você afirma que conhece Jesus, o que, de fato, você sabe sobre Ele? Isto é, o que seu próprio conhecimento pessoal de Jesus lhe ensina sobre Ele e como Ele é? Quinta - A transfiguração Ano Bíblico: 2Sm 5–7 5. Leia os relatos da transfiguração nos três evangelhos (Lc 9:27-36; Mt 17:1-9; Mc 9:2-8). (Leia também o relato de primeira mão feito por Pedro acerca do incidente, e note a verdade que o apóstolo estabeleceu a partir de sua experiência como testemunha ocular; ver 2Pe 1:16-19). Quais informações adicionais Lucas apresenta, e por que elas são importantes? Lc 9:27-36, (ACF); 27 E em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte até que vejam o reino de Deus. 28 E aconteceu que, quase oito dias depois destas palavras, tomou consigo a Pedro, a João e a Tiago, e subiu ao monte a orar. 29 E, estando ele orando, transfigurou-se a aparência do seu rosto, e a sua roupa ficou branca e mui resplandecente. 30 E eis que estavam falando com ele dois homens, que eram Moisés e Elias, 31 Os quais apareceram com glória, e falavam da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém. 32 E Pedro e os que estavam com ele estavam carregados de sono; e, quando despertaram, viram a sua glória e aqueles dois homens que estavam com ele. 33 E aconteceu que, quando aqueles se apartaram dele, disse Pedro a Jesus: Mestre, bom é que nós estejamos aqui, e façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés, e uma para Elias, não sabendo o que dizia. 34 E, dizendo ele isto, veio uma Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 6. nuvem que os cobriu com a sua sombra; e, entrando eles na nuvem, temeram. 35 E saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho; a ele ouvi. 36 E, tendo soado aquela voz, Jesus foi achado só; e eles calaram-se, e por aqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto. 2Pe 1:16-19, (ACF); 16 Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade. 17 Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. 18 E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo; 19 E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. Lucas iniciou a narrativa com um detalhe que Mateus e Marcos não mencionam: Jesus levou Pedro, Tiago e João a um monte para orar. Jesus tinha os olhos e a mente fixos na direção de Jerusalém e predisse a vereda de sofrimento que se estendia diante dEle. Jesus desejava estar seguro de que estava fazendo o que Deus queria que Ele fizesse. Em momentos como esse, a oração é a única maneira de encontrar certeza e segurança. O processo da oração fez com que a glória divina se derramasse imediatamente sobre a pessoa de Jesus: “A aparência do Seu rosto se transfigurou e Suas vestes resplandeceram de brancura” (Lc 9:29). O Jesus transfigurado estava conversando com Moisés e Elias sobre “Sua partida, que Ele estava para cumprir em Jerusalém” (v. 31). A palavra “partida” pode ser entendida de duas formas: Sua morte iminente em Jerusalém, embora a palavra grega usada aqui, exodus, não seja usada com frequência para a morte; portanto, “partida” pode também significar o grande “êxodo” que Jesus estava para efetuar em Jerusalém, o poderoso êxodo redentor que traria livramento do pecado. A conversa dos três terminou com uma voz de aprovação vinda do Céu: “Este é o Meu Filho […] a Ele ouvi” (v. 35). A transfiguração ungiu Jesus com glória, assegurou-Lhe novamente Sua filiação, e anunciou que a redenção custaria a vida do Filho. Esse foi o motivo da ordem celestial para os discípulos: Ouçam-nO. Sem obediência e lealdade exclusiva a Ele, não há discipulado. Ellen G. White escreveu, referindo-se a Moisés e Elias, que esses homens, que haviam sido “escolhidos de preferência a todos os anjos que rodeiam o trono, tinham vindo para conversar com Jesus acerca das cenas de Seu sofrimento e confortá-Lo com a certeza da simpatia do Céu. A esperança do mundo, a salvação de toda criatura humana, eis o assunto de sua entrevista” (O Desejado de Todas as Nações, p. 425). Até mesmo o próprio Jesus, que havia confortado tantas outras pessoas, buscou consolo e conforto para Si mesmo. O que isso deve nos dizer sobre o fato de que até os mais fortes espiritualmente entre nós, podem, às vezes, precisar de consolo, encorajamento e ajuda da parte de outros? Você conhece alguém que necessita de consolo, conforto e encorajamento? Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: 2Sm 8–10 “Evite toda questão relativa à humanidade de Cristo que esteja sujeita a ser mal entendida. A verdade e a suposição estão muito próximas uma da outra. Ao tratar da humanidade de Cristo, você deve vigiar ao máximo cada afirmação, para que suas palavras não sejam interpretadas como se significassem mais do que sugerem, e assim você perca ou anuvie a clara concepção de Sua humanidade combinada com a divindade. Seu nascimento foi um milagre de Deus. […] Nunca, de nenhuma forma, deixe sobre a mente humana a mais leve impressão de que repousou sobre Cristo qualquer mácula de corrupção ou inclinação para a corrupção, ou que Ele, de algum modo, tenha cedido à corrupção. Ele foi tentado em todos os pontos como o homem é tentado, mas é chamado de ‘Ente santo’. É um mistério sem explicação para os mortais o fato de que Cristo pudesse ser tentado em todos os pontos como nós somos e, ainda assim, ser sem pecado. A encarnação de Cristo sempre foi e sempre permanecerá um mistério” (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1260, 1261). Perguntas para reflexão Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 7. 1. Ellen G. White escreveu: “A encarnação de Cristo sempre foi e sempre permanecerá um mistério.” Por que precisamos ser cuidadosos para não julgar com severidade aqueles que não entendem esse “mistério” da mesma forma que nós? 2. Diante da transfiguração, os discípulos estavam sonolentos. Qual é a sua condição diante da volta de Jesus? Você está se preparando? 3. Diante do que Jesus disse sobre Si mesmo, haveria lógica em crer que Ele foi meramente um grande homem, um grande profeta ou um grande líder espiritual? Por que precisamos aceitar que Ele é quem disse ser, ou então que Ele é um lunático ou alguém muito enganado a respeito de Si mesmo? Por que não há outra opção com respeito à identidade de Jesus? Respostas sugestivas: 1. As pessoas de Nazaré não creram que Alguém que fora criado entre elas como uma pessoa pobre e comum pudesse ser o Messias. Quando Jesus as repreendeu por sua incredulidade, elas se iraram contra Ele. 2. A pergunta foi se Jesus era, de fato, o Messias. João esperava que, quando o Messias viesse, acabaria com as injustiças e, quando ficou preso injustamente, sua fé vacilou. Por essa razão ele mandou fazer a pergunta. 3. Eles dizem que Jesus é o Filho de Deus, o Filho do Altíssimo, o Salvador e o Senhor, isto é, que Ele é um membro da Divindade. 4. Jesus fez a pergunta para fazê-los pensar em qual seria o conceito que eles mesmos tinham dEle. Cristo estava procurando ensinar-lhes que Ele era, de fato, o Messias, e que, para segui-Lo, precisavam fazer uma entrega completa. 5. As informações que somente Lucas apresenta são de que o motivo pelo qual Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João ao monte foi a oração; de que foi enquanto Jesus estava orando que Ele foi transfigurado; e de que o assunto de Sua conversa com Moisés e Elias era Sua partida. Essas informações nos revelam que Jesus foi orar porque queria ter a certeza de que o caminho que estava seguindo era da vontade do Pai, e que essa certeza Lhe foi dada por meio da glória derramada sobre Ele durante Sua oração, por meio da voz vinda do Céu e da conversa com Moisés e Elias. Auxiliar - Resumo O evangelho de Lucas Texto-chave: Lucas 9:20 O aluno deverá: Saber: Quem é Jesus. Sentir: A realidade experimental do que Jesus é. Fazer: Aceitar Sua realidade e seguir Suas ordens. Esboço I. Saber: A natureza divino-humana de Jesus Cristo A. Quais são alguns dos vereditos da História sobre a natureza de Jesus? De que forma nós, adventistas do sétimo dia, devemos lidar com esses vereditos? B. De que maneira a confissão de Pedro sobre a natureza de Cristo é fundamental para o evangelho cristão? O evangelho das boas-novas da salvação terá algum significado sem essa confissão? C. Como a experiência da transfiguração reforça a singularidade de Jesus? Qual foi o papel de Moisés e Elias no monte da transfiguração? D. Quais são as implicações dos títulos “Filho de Deus” e “Filho do homem” quando aplicados a Cristo? II. Sentir: O poder e a presença de Cristo A. Qual é a importância da natureza divina de Cristo para nossa experiência de salvação? B. Como a humanidade de Cristo nos faz entender o preço que Ele pagou por nossa salvação? C. Que tipo de resposta deve evocar em nós a ordem dada no monte da transfiguração (“A Ele ouvi”)? Por quê? Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 8. III. Fazer: Aceitar a divindade e a humanidade de Cristo A. Como a divindade de Cristo desafia nossa vida cotidiana? B. Se alguém questionasse sua fé na divindade de Cristo, você a defenderia com base em quê? C. Como você defenderia a importância das duas naturezas de Cristo em relação à salvação de uma pessoa? Resumo: “Foi a natureza humana do Filho de Maria transformada na natureza divina do Filho de Deus? Não; as duas naturezas fundiram-se misteriosamente numa só pessoa: o homem Cristo Jesus” (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1.242). Ciclo do Aprendizado Motivação Focalizando as Escrituras: Lucas 9:18-27 Conceito-chave do crescimento espiritual: “Jesus foi em todas as coisas feito semelhante a Seus irmãos. Tornou-Se carne, da mesma maneira que nós. Tinha fome, sede e fadiga. Sustentava-Se com alimento e refrigerava-Se pelo sono. Era Deus em carne. Ele compartilhou da sorte do homem; não obstante, foi o imaculado Filho de Deus. Seu caráter deve ser o nosso” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 311). Para o professor: A entrada do Filho de Deus na História como Jesus não foi acidental. Sua natureza divino- humana e Sua missão na Terra foram uma incursão planejada pela Trindade para alcançar a vitória de Deus no grande conflito, para assegurar o fim do pecado e a esmagadora derrota de Satanás, concretizando, assim, o triunfo do plano da redenção. Conserve isso como o foco central do estudo da lição desta semana. Discussão de abertura Relata-se que Sarvepalli Radhakrishnan, ex-presidente da Índia e destacado filósofo, disse que os cristãos são pessoas comuns que fazem alegações fora do comum. Uma dessas alegações é a afirmação de que Cristo é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. O fato de que Deus Se tornou humano no processo da encarnação e que conservou tanto a natureza divina quanto a humana é um milagre impossível de se entender e algo que não pode ser ignorado. Daí a afirmação do apóstolo Paulo: “Não há dúvida de que é grande o mistério da piedade: Deus foi manifestado em corpo, justificado no Espírito, visto pelos anjos, pregado entre as nações, crido no mundo, recebido na glória” (1Tm 3:16, NVI). Perguntas para discussão 1. Por que Paulo diz que “não há dúvida” sobre a Encarnação? O que ele quer dizer? 2. Quem é Jesus Cristo? Discuta essa pergunta no contexto dos seis passos que Paulo delineia em 1 Timóteo 3:16. Compreensão Para o professor: Ao longo da História, homens e mulheres, em seus momentos de calma reflexão ou de raiva, em ocasiões de apreciação ou de ira, e com admiração ou repulsa, têm chamado a Jesus de muitos nomes – dos majestosos aos malévolos. No entanto, há uma pergunta que Ele fez da qual ninguém pode escapar: “Quem dizeis que Eu sou?” Quem é Jesus? Qual é o significado e a implicação dos títulos “Filho de Deus” e “Filho do homem”, usados para referir-se a Jesus? Por que a confissão de Pedro em Cesareia de Filipe é fundamental para nossa compreensão sobre Jesus? Como a experiência da transfiguração reforça a singularidade de Jesus? Ao estudarmos essas perguntas nesta semana, conserve em mente que nossa compreensão e nossa resposta têm implicações eternas. Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 9. Comentário Bíblico I. “Filho de Deus” (Recapitule com a classe Lc 1:31-35.) “Outro nome não existe como o nome de Jesus.” Assim nós cantamos como Seus seguidores. A singularidade de Jesus não é simplesmente uma afirmação poética ou filosófica vazia, mas uma expressão indicativa de tudo o que Ele é e que ninguém mais pode ser. Essa singularidade é expressa nos evangelhos por dois títulos: “Filho de Deus” e “Filho do homem”. A expressão “Filho de Deus” é usada para referir-se a Jesus em mais de 45 passagens do Novo Testamento, sendo que a maioria delas é encontrada nos evangelhos. Marcos, que escreveu o primeiro evangelho, começa sua narrativa com a declaração direta: “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus” (Mc 1:1). Assim, sem que a Segunda Pessoa da Divindade Se sujeitasse a Se revestir da natureza humana, não poderia haver redenção do pecado. Lucas, escrevendo para os gentios, observa que, em Jesus, a Divindade deu à humanidade o maior dom do Céu: o “Filho do Altíssimo”, o “Ente Santo”, o “Filho de Deus” (Lc 1:31-35). O triplo reconhecimento de Lucas não deixa dúvidas de que Jesus é plenamente Deus. De fato, como o amado apóstolo escreve, os evangelhos foram escritos “para que [creiamos] que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, [tenhamos] vida em Seu nome” (Jo 20:31). O fato de que a divindade de Cristo não é uma opção nem é objeto de negociação fica claro a partir do fato de que Satanás usou isso como ponto focal de sua tentação para desviar Jesus da missão dada por Seu Pai (Mt 4:3, 6; Lc 4:3, 9). Pense nisto: O título “Filho de Deus” denota a unidade e a igualdade de essência dentro da Divindade. “Cristo [...] era um com o eterno Pai – um em natureza, caráter, propósito – o único ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 34). Por que Jesus, enquanto estava na Terra, não deixou de ser Deus? Dê passagens bíblicas que apoiem sua resposta. II. “Filho do homem” (Recapitule com a classe Lc 5:24; Lc 6:5.) “Filho do homem” é a designação que somente Jesus aplicou a Si mesmo, e ocorre mais de 80 vezes nos evangelhos, 25 das quais em Lucas. Embora o título enfatize a natureza humana que a Segunda Pessoa da Divindade tomou sobre Si (Fp 2:5-8), ele apresenta múltiplas ideias sobre a natureza, a missão e o ministério do Jesus encarnado. Jesus, o Filho do homem, viveu como uma pessoa comum (Lc 7:34; 9:58); mas, como o Filho do homem, Ele reivindicou também autoridade divina para perdoar pecados (Lc 5:24), projetou-Se como Criador (Lc 6:5), definiu Sua missão como sendo a missão messiânica de buscar e salvar o perdido (Lc 19:10) por intermédio de Sua morte e ressurreição (Lc 18:31; 11:30); e, finalmente, determinou que poria fim ao grande conflito mediante Seu retorno no fim dos tempos (Lc 9:26; 21:27; 22:69; 18:8). Assim, o título “Filho do homem” é singular e define o Homem Universal, Jesus, em quem, misteriosamente, a divindade e a humanidade se combinaram, por meio da Encarnação, “por um laço que jamais se partirá” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 25), para que o grande conflito possa ser levado ao seu triunfo final. Perguntas para discussão 1. Peça aos membros da classe que leiam Daniel 7:9, 10, 13, 14. A quem se refere a expressão “um como o Filho do homem”? Qual é o significado dos eventos que precedem e sucedem essa frase em Daniel 7? 2. Compare o “Filho do homem [que] não tem onde reclinar a cabeça” (Lc 9:58) com o “Filho do homem” de Daniel 7, que tem autoridade e majestade. Que lições sobre a Encarnação você pode aprender a partir dessa comparação? III. O Cristo de Deus (Recapitule com a classe Lc 9:18-20.) Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 10. “Mas vós, [...] quem dizeis que Eu sou?” (Lc 9:20). Jesus fez a pergunta em Cesareia de Filipe (Mt 16:13), uma cidade pagã, conhecida por sua multiplicidade de divindades, que iam desde os deuses sírios descendentes de Baal até os deuses e deusas gregos e romanos. A vista da cidade era pontilhada por inúmeros templos e pela pompa da adoração a César, sustentada pela riqueza, poder e orgulho de Roma e das várias ramificações do grande império. Dentro desse contexto, Jesus perguntou a Seus discípulos: “Quem dizem as multidões que sou Eu?” (Lc 9:18). As pessoas que tinham ouvido Jesus O viram confrontar os fariseus; ouviram Suas histórias, as melhores de todos os tempos no campo da moral e da ética; viram-nO curar os doentes, restaurar os cegos, acalmar o mar bravio e ressuscitar mortos. Cada um tinha diferentes respostas à grande pergunta de Jesus: respostas tão variadas como a de que Ele era um profeta – Elias ou João Batista – que havia ressuscitado. Entretanto, Jesus não estava satisfeito com essas respostas. Nem os maiores teólogos e agnósticos, filósofos e estudiosos da ética, eruditos e céticos da História podem apresentar a resposta que Ele está procurando. Ele deseja uma resposta pessoal, do fundo do coração. Sua pergunta é: “Mas vós, [...] quem dizeis que Eu sou?” (Lc 9:20). Ela exige uma resposta que reflita uma escolha pessoal e revele uma entrega sem reservas. Essa resposta vem de Pedro: “És o Cristo de Deus” (Lc 9:20b). “O Senhor Jesus Cristo, o divino Filho de Deus, existiu desde a eternidade, como pessoa distinta, mas um com o Pai. Era Ele a excelente glória do Céu. Era Ele o Comandante dos seres celestes” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 247). Pergunta para discussão: Em resposta à pergunta sobre quem era Jesus, os discípulos relataram que as pessoas achavam que Ele fosse Elias, um dos profetas ou João Batista. Por que essas respostas são inadequadas? Aplicação Para o professor: Na noite anterior à crucifixão, ocorreu uma sessão de perguntas e respostas entre os membros do Sinédrio e Cristo. Peça a alguém da classe que leia esse diálogo (Lc 22:67-70); discutam como a pergunta seguinte se aplica à compreensão que temos da singularidade de Jesus. Pergunta para reflexão O que podemos aprender pelo uso das expressões “Filho do homem” e “Filho de Deus” no diálogo registrado em Lucas? Criatividade e atividades práticas Para o professor: “Quando desejarmos um problema profundo para estudar, fixemos a mente na coisa mais maravilhosa que já ocorreu na Terra ou no Céu: a encarnação do Filho de Deus. Deus deu Seu Filho para experimentar, em favor dos seres humanos pecadores, uma morte de ignomínia e vergonha. [...] Ele Se humilhou para sofrer com a raça, para ser angustiado em todas as suas angústias” (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista, v. 7, p. 1000-1005). Atividades 1. Peça aos membros de sua classe que mencionem alguns dos problemas que lhes vêm à mente quando pensam na Encarnação. 2. Deus deu Seu Filho para morrer por nossos pecados. Partilhe como você expressaria sua gratidão por um sacrifício assim. Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição? É proibida a reprodução, total ou parcial, do conteúdo sem prévia autorização da Casa Publicadora Brasileira. Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com