1. O documento discute as infecções hospitalares, suas definições, fatores de risco e medidas de prevenção.
2. As principais causas de infecção hospitalar incluem infecções do trato urinário, pneumonia associada à ventilação mecânica e infecções do sítio cirúrgico.
3. A prevenção de infecções hospitalares requer medidas como higiene das mãos, uso apropriado de equipamentos médicos e esterilização de instrumentos.
2. O controle da infecção visa quebrar os elos da
cadeia agente-transmissão-hospedeiro
Não só o paciente mas o profissional de saúde
ou acompanhante podem contrair uma
infecção
Hospitalização: menor resistência
Agente agressores
3. MS em 1983 pela portaria 196 tornou
obrigatória a implantação de CCIH em todos os
hospitais brasileiros.
Em 1997 foi sancionada a Lei n°9431 que
orienta a obrigatoriedade de manter um
Programa de Controle de IH
A Portaria 2.616/98 traz diretrizes e normas
para o controle das IH
4. Conceito:
“É a infecção constatada ou em
incubação no ato de admissão
do paciente, desde que não
relacionada com internação
anterior no mesmo hospital”.
5. São também comunitárias:
As infecções associadas a complicações ou extensão
da infecção já presente na admissão, a menos que
haja troca de microrganismo ou sinais ou sintomas
fortemente sugestivo da aquisição de nova infecção.
Infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via
transplacentária é conhecida ou foi comprovada e
que tornou-se evidente logo após o nascimento (até
48h de vida)
São também consideradas comunitárias infecções de
RN associadas com bolsa rota superior a 24 horas.
6. Conceito:
“Qualquer infecção adquirida após a admissão do
paciente no hospital que se manifesta durante ou
após a alta, se puder ser relacionada com a
internação ou procedimentos hospitalares”.
Origem das IH:
Flora Endógena (70%)
Flora Exógena : ar, água,
alimentos, artigos hospitalares,
mãos, vetores
8. Agressão Diagnostica e Terapêutica:
Cateterismo
Punção
Hemodiálise
Intubação
Traqueostomia
Radioterapia
Uso indiscriminado de antibióticos
9. Inerentes ao ambiente hospitalar:
Ecologia microbiana (resistente)
Grande número de pessoas manipulando o
paciente
Falhas na assepsia, desinfecção e esterilização
Procedimentos técnicos incorretos
10. 1- Não evidenciada infecção presente ou
incubada no momento da admissão
2- Infecção adquirida no hospital que se
torna evidente após a alta hospitalar
3- Infecção em RN que resulta da passagem
através do canal do parto
11. Em uma paciente com uma infecção hospitalar
já diagnosticada, uma nova e diferente
infecção deve ser suspeita quando:
Ocorre o aparecimento de infecção clínica em um
outro local, ainda que associado ao mesmo
microorganismo
O isolamento da cultura de novos microorganismos
12. 1. Quando na mesma topografia em que foi
diagnosticada infecção comunitária for isolado um
germe diferente, seguido do agravamento das
condições clínicas do paciente, o caso deverá ser
considerado como hospitalar.
2. Quando se desconhecer o período de incubação
do microrganismo e não houver evidência clínica
e/ou dado laboratorial de infecção no momento da
admissão, considera-se infecção hospitalar toda
manifestação clínica de infecção que se apresentar
72 horas após a admissão.
13. 3. Também são consideradas hospitalares
aquelas infecções manifestadas antes de se
completar 72 horas da internação, quando
associadas a procedimentos invasivos
diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados
previamente.
4. As infecções no RN são hospitalares, com
exceção das transmitidas de forma
transplacentária e aquelas associadas a bolsa
rota superior a 24 horas.
14.
15.
16. Acomete cerca de 2% dos internados
Responsável por 35 a 45% das IH
Carca de 80% fazem uso de SVD
50% tiveram ITU de 10 a 14d após a
cateterização
17. Cateterização
Curta duração (até 7 dias)
Intermediário (7 a 30 dias)
Longa (mais de 1 mês)
18. Mulher: 14x mais susceptível que o homem
Dificuldade de esvaziar a bexiga, mal formações
congênitas, fístulas
Diabetes Mellitus
Cateterização com sistema aberto de drenagem
Duração da cateterização
Erros na indicação e na técnica de inserção e
manipulação do cateter
19.
20.
21.
22. A E. coli é o principal agente isolado das
bacteriúrias hospitalares.
Outras bactérias como Pseudomonas
aeruginosa, Klebsiella pneumoniae e
Enterococcus sp são agentes comuns de ITU em
pacientes cateterizados por um curto período
de tempo (< 7 dias de cateterização).
Nas últimas décadas, espécies de Candida vêm
emergindo como importantes agentes de ITU.
23. Os sintomas de ITU hospitalar ocorrem em
somente 30% das pacientes.
Estes podem referir disúria, desconforto
abdominal, urgência miccional, alteração na
característica da urina e febre.
24. Lavar as mãos antes e após o manuseio do
sistema coletor
Usar, preferencialmente, sistema coletor
fechado
Usar luvas quando do manuseio dos cateteres e
do sistema
Prevenir o refluxo da urina através do cateter,
usando, preferencialmente, sistema com válvula
anti-refluxo
25. Evitar que o sistema coletor de urina toque o
chão
Indicar criteriosamente a cateterização vesical;
retirar o cateter o mais precocemente possível
Treinar a equipe profissional para a inserção do
cateter
Manter o meato uretral limpo, destacando-se a
higiene perineal
26.
27. Podem ocorrer em menor número quando
comparadas a outros sítios como infecção
urinária, pneumonia e ferida operatória,
Porém tanto a gravidade quanto a letalidade
asssociadas são significativamente maiores(25 a
50% dos pacientes com o evento).
30. Os microorganismos das infecções relacionadas ao
acesso vascular podem se originar :
Contaminação do cateter no momento de sua
inserção
Colonização da pele peri-orifício
Contaminação do canhão (dispositivo de conexão
entre o sistema de infusão e o acesso vascular)
Contaminação do infundido
Contaminação das soluções utilizadas para manter o
cateter permeável
Existência de focos infecciosos à distância, por via
hematogênica
32. Diagnóstico da infecção do acesso vascular :
Drenagem purulenta no sítio vascular envolvido
Existência de um ou mais dos sinais flogísticos locais
(dor, calor ou eritema),
Cultura da ponta distal do cateter
Cateteres implantáveis: observa-se eritema, dor,
enduração e necrose
33. Profilaxia das infecções do acesso vascular
Técnica asséptica (periférico / implantado)
Anti-sepsia local com álcool a 70%.
Deve-se averiguar a qualidade do infundido
Troca de curativos
Cateteres periféricos (adultos) devem ser trocados
no máximo a cada 72 h
Os equipos de cateteres centrais ou periféricos
devem ser trocados a cada 72 horas.
34.
35. 14 e 16% de todas as infecções hospitalares
3ª causa mais freqüente de infecção hospitalar
Tempo de hospitalização acrescido em média 8
dias.
36. As infecções do sítio cirúrgico devem ser
diagnosticadas, no máximo, até 30 dias após o
procedimento, se não houver implantação de
material protético.
Na presença deste, a infecção será considerada
hospitalar se ocorrer até 1 ano após o ato
cirúrgico.
38. As principais fontes de transmissão de
infecção no paciente no CC:
Paciente,
Funcionários do CC,
Ambiente e
Materiais e equipamentos.
39.
40. Entre as três mais importantes causas de IH,
juntamente com as topografias do sítio cirúrgico
e do TU
É a mais importante causa em pacientes de UTI,
(10 a 20x mais)
Difícil Prevenção e principal causa morte em IH
41. Fatores de Risco
doença pulmonar crônica;
cirurgia torácica ou abdominal superior;
pacientes acima de 60 anos;
Aspiração de conteúdo gástrico;
sonda naso-entérica
Antibioticoterapia
estado nutricional deficiente;
terapia imunossupressora;
queda do nível de consciência;
depressão dos reflexos das vias aéreas
reintubação;
intubação de emergência
42. Várias são as rotas para que a bactéria possa
alcançar as vias aéreas inferiores.
Bacteremia de uma infecção à distância,
Translocação bacteriana (passagem de bactérias a
partir do lúmen do trato gastrointestinal).
Aspiração de aerossóis e/ou gotículas contendo
bactérias
43. Diagnóstico
Prevenção: Medidas Gerais
As mãos devem ser lavadas
Não administrar antimicrobianos rotineiramente
Caso não exista contra-indicação, elevar para 30-
45° a cabeça
Verificar rotineiramente a posição da sonda enteral
Antes de manipular o cuff da cânula endotraqueal
aspire adequadamente as secreções
44. Prevenção: Intubação
Luvas estéreis,
Máscara e
Óculos de proteção.
Avental (sujidade ou respingos).
Evitar a contaminação da cânula antes da
introdução na orofaringe
45. Prevenção:Traqueostomia
Técnica asséptica na sala de cirurgia, exceto
nos casos de urgência.
Em caso de troca, usar outra esterilizada, com
técnica asséptica e luvas estéreis.
O curativo da traqueostomia deve ser trocado
pelo menos diariamente.
46. Prevenção:Respiradores em terapia Intensiva
Os circuitos respiratórios não devem ser
trocados em intervalos inferiores a 48h (rotina
7d).
As peças de extensão e conectores avulsos
devem ser submetidas a desinfecção de alto
nível ou esterilização
47. Prevenção: Equipamentos de Terapia
respiratória
Os nebulizadores, umidificadores e seus
reservatórios devem ser trocados pelo menos a
cada 24h e substituídos por outros desinfetados ou
esterilizados.
Os nebulizadores de medicação devem ser
trocados a cada uso.
As soluções usadas no nebulizador e umidificador
devem ser estéreis e manuseadas assepticamente.
48. Prevenção: Aspiração orotraqueal
A aspiração deve ser realizada sempre que houver
necessidade e não a intervalos pré-fixados
Usar sondas descartáveis e esterilizadas
(desprezadas a cada uso)
Na necessidade de aspirar a boca do paciente
intubado, realizar após a aspiração traqueal
Os frascos que acondicionam a secreção deverão ser
lavados diariamente com solução detergente.
As extensões dos aspiradores à esterilização na saída
do paciente.
51. A máscara conhecida como N95 refere-se a
uma classificação de filtro para aerossóis
adotada nos EUA e equivale, no Brasil, à PFF2
ou ao EPR do tipo peça semifacial com filtro
P2.
A PFF2 é recomendada tanto para proteção
contra aerossóis contendo agentes biológicos
quanto para proteção contra outros materiais
particulados
52. Para ser comercializado, todo EPI deve ter
Certificado de Aprovação (CA), emitido pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),
conforme estabelecido na Norma
Regulamentadora no 06 do MTE.
A máscara cirúrgica é uma barreira de uso
individual que cobre o nariz e a boca. Não tem
CA pois não é EPI