Pretende-se apresentar a História do grafite e outras expressões urbanas, desde as cavernas aos escritores contemporâneos da cidade de São Paulo. Um panorama que exporá signos, códigos e relações grupais, tornando tais expressões, parte de um diálogo que vem sendo proposto sem esclarecimentos para que se estabeleça um debate justo.
Serão apresentadas questões sobre o Grafite ser arte ou decoração; se a Pichação é vandalismo ou manifestação política; se a Arte Contemporânea influencia o grafite e/ou vice-versa; como o mercado nacional e internacional estão enfrentando as linguagens que surgem das ruas, e outras questão que farão parte de uma exposição iconográfica que embasará opiniões de testemunhas provenientes de diversos segmentos envolvidos, como grafiteiros, transeuntes, críticos de arte, artistas plásticos, curadores de museus, entre outros.
Neste encontro pretende-se informar as atuais técnicas de ocupação dos espaços públicos, com suas variadas linguagens, esclarecendo alguns pontos nebulosos que permanecem, tanto pela mídia, quando pelas impressões dos passantes, que costumam expressar opiniões precisas, mesmo que desconheçam os processos, as técnicas e as formas de organizações sociais que esses grupos orientam seus fazeres pelas ruas, com o sentido de provocar reações, quaisquer que sejam – vindas de autoridades policiais e outros responsáveis pela cidade, reações explícitas vindas dos galeristas, dos críticos de arte, dos transeuntes e, acima de todos, provocar diálogos entre seus pares, com quem criptografam jogos de territórios, num jogo estético-políticos entre eles e a grande cidade que não os reconhece ou acolhe.
6. Signos urbanos atuais
(signos se referem a algo que indicam algo)
Signos Funcionais
ESTRADAS DE FERRO
Signos Ideológicos
Psicodelia ou PGLB
7. Muros como armas políticas
Siqueiros na Revolução Mexicana
anos ‘30 do século XX
8. MOVIMENTOS CULTURAIS URBANOS
DO PÓS-GUERRAS
MOVIMENTO BEAT (década de ‘50)– Rompimento com o
Mundo do Trabalho urbano. Viagens, Jazz, Drogas e Sexo.
Literatura de impressões e o Desregramento.
MOVIMENTO HIPPIE (anos 60) – Negação do controle
Social e seu ritmo industrial. Retorno à vida natural,
buscando sensações do corpos pelas drogas, erotismo e
transcendências orientais.
MOVIMENTO PUNK (anos 70) - desencanto pela vida
proletária, pregando violência e auto-violência contra
romantismos e benevolências com a sociedade industrial.
11. 1974 em NOVA YORK
meninos saem às ruas ‘para ver o nome passar’
12. Anos ‘70 e `80
Imagens ganham as ruas de SP
HUMOR - SEXO E CRÍTICA CULTURAL – GERAÇÃO COM FORMAÇÃO ACADÊMICA
1974 - Hudinilson Jr 1978-Alex Vallauri 1979-Carlos Matuck
13. Anos 80 em NY com BASQUIAT:
A solidão e a Cidade
CIDADE LUA CADILLAC
15. Anos ‘80
O HIP HOP
Ao contrário dos outros movimentos juvenis, o Hip Hop
não confronta o Sistema, nem quer destruí-lo, mas
almeja INSERÇÃO na sociedade de consumo.
Na base da crítica ácida e mordaz do Hip Hop está a
rejeição por sua classe social e raça, pelos setores de
poder da cidade.
Fundado por jovens de periferia, luta por
reconhecimento através de nova estética que se manifesta
em cinco Expressões: o R.A.P (rhythm&blue) – M.C.
(mestre de cerimônia) – Skate – Break (hoje B Boy) e o
GRAFITE.
22. LEIS vigentes para as ARTES de RUA
no Brasil
Art. 65 da Lei n° 9.605/98 – Legisla sobre ‘atividades lesivas ao
meio ambiente’.
Parágrafo 2: “Pichar ou conspurcar edificação ou monumento
urbano – Pena: detenção de 3 (três) meses a um (1) ano, e multa. Se
o edifício ou monumento for tombado ou com valor artístico, a
pena dobra de 3 para 6 meses a um ano - isto é, Pichação é Crime.
Grafite é permitido com objetivo de valorizar o patrimônio público
ou privado, mediante manifestação artística, desde que consentida
pelo proprietário, ou locatário do bem privado. Em caso de bem
público, com autorização de órgão competente... Sob normas de
preservação do patrimônio histórico e artístico nacional – isto é,
Grafite não é Crime.
Essa lei também proíbe a venda de latas de tinta em spray para
menores de 18 anos, com identificação e nota fiscal com
identificação.
23. Nem só de Hip Hop vive a
Arte Urbana: Outras Narrativas