SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 4
Cromatografia gasosa

                         Técnica de separação dos componentes de uma amostra, distribuídos em duas
                fases (estacionáriae móvel). A fase móvel elui entre os interstícios ou sobre a superfície
                da fase estacionária resultando numa migração diferencial dos componentes da amostra.
                A cromatografia só servirá para identificar espécies químicas se combinada com
                química convencional ou instrumental, pois sozinha não é adequada para identificação
                qualitativa positiva e conclusiva.
                         A cromatografia é classificada de acordo com a polaridade das duas fases da
                seguinte maneira:


  Critério de                                                     Cromatografia
  classificação



   Técnica                    Planar                                                             Em coluna




  Fase móvel                  Líquido                Gás             Fluido                              Líquido
                                                                     supercrítico



   Fase            L      S        FL      L         S     F            S           FL   L           S             FL
estacionária                                               L



   Tipo de
cromatografia      CP    CCD       CCD     CGL   CGS       CGFL        CSS        CSFL   CLL   CLS       CE    CLFL CTI   CB



                L: Líquido                                          CSS: cromatografia supercrítica sólida
                S: sólido                                           CSFL: cromatografia supercrítica de
                FL: fase ligada                                     fase ligada
                CP: cromatografia em papel                          CLL: cromatografia líquida líquida
                CCD: cromatografia em camada                        CLS: cromatografia líquida sólida
                delgada                                             CE: cromatografia de exclusão
                CGL: cromatografia gasosa líquida                   CLFL: cromatografia líquida de fase
                CGS: cromatografia gasosa sólida                    ligada
                CGFL: cromatografia gasosa de fase                  CTI: cromatografia de troca iônica
                ligada                                              CB: cromatografia de bioafinidade

                         A cromatografia gasosa é uma das técnicas mais usadas na química analítica de
                componentes orgânicos, em laboratórios tanto de indústrias como de universidades. É
uma técnica de separação em que a fase móvel (FM) é um gás e a fase estacionária (FE)
pode ser um líquido (CLG) ou um sólido (CSG).
           As vantagens são as seguintes: rapidez, alto poder de separação e resolução,
alta sensibilidade, exige amostras em pequenas quantidades. Quanto às desvantagens,
pode-se destacar: análise somente de componentes voláteis, preparação da amostra
trabalhosa, não é uma técnica qualitativa eficiente, fornece apenas quantidades em µg e
mg dos componentes separados na amostra.
           O processo físico básico de separação na CSG é por adsorção (FE é uma
sólido), enquanto na CLG é por partição (FE é um líquido), sendo essa última técnica
mais popular. A FM é sempre um gás, que deve ser inerte, pois terá a função de apenas
transportar os componentes da amostra através da coluna, sem nenhum tipo de afinidade
entre eles.
           A aplicabilidade da cromatografia gasosa inclui a análise de lipídeos, n-alcanos
até C100, triglicerídeos, oligossacarídeos, oligômeros de resinas, porfirinas, produtos
naturais, ciclodextrinas e outros tipos de amostras.
           A cromatografia gasosa só é útil para amostras gasosas, compostos voláteis e
termicamente estáveis. Caso isso não aconteça, é necessário fazer reações de derivação,
onde as mais comuns são alquilação e a esterificação.

Objetivo da prática

           Familiarizar o estudante com a operação de um cromatógrafo a gás e detectar a
pureza ou possíveis fraudes em óleos comestíveis, através da sua composição em ácidos
graxos.

Metodologia de esterificação de óleos para cromatografia gasosa


Materiais e reagentes


          Solução de NaOH-MeOH 0,5N
              o 2g de NaOH p/ 100 mL de metanol
          Solução esterificante: NH4Cl – H2SO4 – MeOH
              o 10g de NH4Cl (cloreto de amônio) dissolvidos lentamente em 300 mL de
                 MeOH, seguido por 15 mL de H2SO4 concentrado, adicionado em
                 pequenas porções com agitação.
Solução saturada de NaCl
       Banho-maria
       Tubos de ensaio com tampas de rosca de 30ml e 70ml
       Microsseringas de 10µL
       Padrões de ácidos graxos


I – Saponificação

1 – Pesar 30 a 100mg (0,03 a 0,1g) da amostra de óleo em tubo de ensaio com tampa;
2 – Adicionar 4 mL de NaOH-MeOH 0,5 N ao tubo;
3 – Fechar o tubo e aquecer em banho de ebulição até dissolução dos glóbulos de
gordura e a solução ficar transparente (3 a 5 min);
4 – Esfriar o tubo em água corrente o mais rápido possível;


II – Esterificação

5 – Adicionar 5 mL do reagente esterificante (NH4Cl – H2SO4 – MeOH);
6 – Fechar e agitar o tubo;
7 – Aquecer em banho de água fervente por 5 min;
8 – Esfriar o tubo em água corrente o mais rápido possível;
9 – adicionar 4 mL de solução saturada de NaCl;
10 – Fechar o tubo e agitar com força por 30 segundos;
11 – Adicionar 5 mL de solvente (hexano ou éter de petróleo);
12 – Agitar com força por 30 segundos;
13 – Deixar em repouso;
14 – Injetar alíquota do sobrenadante no CG.



Análise qualitativa e quantitativa

         Identificar os picos do cromatograma, comparando os tempos de retenção (tr)
com os padrões de ácidos graxos.
         Fazer um gráfico do logaritmo do tempo de retenção dos ésteres de ácidos
graxos versus o seus número de carbonos. Identificar os picos cujos padrões não
estejam disponíveis.
Quantificar os picos por normalização interna, isto é, a porcentagem relativa de
cada pico será calculada pela razão entre a área do pico e o somatório das áreas de todos
os picos do cromatograma.

          % pico 1 = área do pico 1
                   Área total de todos os picos

Análise dos resultados

          Identificar a amostra de óleo, verificando a pureza ou possível adulteração,
com base no perfil de ácidos graxos encontrado comparando com os perfis de óleos e
gorduras apresentados na Tabela de Noller (1965), descrita abaixo:

Óleos    Composição de ácidos graxos (%)
         Mirístico  Palmítico Esteárico                    Palmitoléico     Oléico       Linoléico
Oliva    0-1        5-15         1-4                       0-1              69-84        4-12
Amendoim -          6-9          2-6                       0-1              50-60        13-26
Milho    0-2        7-11         3-4                       0-2              43-49        34-42
Algodão  0-2        19-24        1-2                       0-2              23-33        40-48
Soja     0-1        6-10         2-4                       -                21-29        50-59
Girassol -          10-13        10-13                     -                21-39        51-68
Obs. Amendoim tem araquidônico (2-5%) e tetracosanóico (1-5%), e soja tem linolênico (4-8%).


REFERÊNCIAS

MAIA, E. L.; RODRIGUEZ-AMAYA, D. B. Avaliação de um método simples e
econômico para a metilação de ácidos graxos com lipídios de diversas espécies de
peixes. Revista do Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, v. 53, n. 1/2, p. 27-35, 1993.


CECCHI, H. M. Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos. 2ª Ed. rev.
Campinas – SP: Editora UNICAMP, 2003.

SOARES, L. V. Curso básico de Instrumentação para analista de alimentos e fármacos.
Barueri, SP: Editora Manole, 2006.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Potenciometria E Condutometria
Potenciometria E CondutometriaPotenciometria E Condutometria
Potenciometria E CondutometriaBruno Cortez
 
Relatório de cromatografia- organica - aula 8
Relatório de cromatografia- organica - aula 8Relatório de cromatografia- organica - aula 8
Relatório de cromatografia- organica - aula 8Karen Pirovano
 
Determinação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTADeterminação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTAAdrianne Mendonça
 
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do VinagreRelatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do VinagreDhion Meyg Fernandes
 
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.Dhion Meyg Fernandes
 
Relatório de Cromatografia
Relatório de CromatografiaRelatório de Cromatografia
Relatório de CromatografiaMario Monteiro
 
Relatório pilhas e eletrólise
Relatório pilhas e eletrólise Relatório pilhas e eletrólise
Relatório pilhas e eletrólise Railane Freitas
 
Potenciométrica e Condutimetria
Potenciométrica e CondutimetriaPotenciométrica e Condutimetria
Potenciométrica e CondutimetriaMaria Teixiera
 
Relatório de preparo e padronização de HCl e H2SO4
Relatório de preparo e padronização de HCl e H2SO4Relatório de preparo e padronização de HCl e H2SO4
Relatório de preparo e padronização de HCl e H2SO4Ivys Antônio
 
Aula 2-titulação-ácido-base
Aula 2-titulação-ácido-baseAula 2-titulação-ácido-base
Aula 2-titulação-ácido-baseDaiana Ramos
 
SEMINÁRIO ESPECTROMETRIA DE EMISSÃO ÓPTICA COM PLASMA ACOPLADO INDUTIVAMENTE...
SEMINÁRIO ESPECTROMETRIA DE EMISSÃO ÓPTICA COM PLASMA ACOPLADO  INDUTIVAMENTE...SEMINÁRIO ESPECTROMETRIA DE EMISSÃO ÓPTICA COM PLASMA ACOPLADO  INDUTIVAMENTE...
SEMINÁRIO ESPECTROMETRIA DE EMISSÃO ÓPTICA COM PLASMA ACOPLADO INDUTIVAMENTE...Maiara Helena de Melo Malinowski
 
Relatorio quimica geral_2 - cinetica
Relatorio quimica geral_2 - cineticaRelatorio quimica geral_2 - cinetica
Relatorio quimica geral_2 - cineticaÍngrede Silva
 
Análise gravimétrica
Análise gravimétricaAnálise gravimétrica
Análise gravimétricaMaria Teixiera
 
Aula sobre tcc estágio a docência mestrado
Aula sobre tcc estágio a docência mestradoAula sobre tcc estágio a docência mestrado
Aula sobre tcc estágio a docência mestradoJuno Dio
 
Reações Ácido-Base para Separação de Compostos Orgânicos
Reações Ácido-Base para Separação de Compostos OrgânicosReações Ácido-Base para Separação de Compostos Orgânicos
Reações Ácido-Base para Separação de Compostos OrgânicosLuís Rita
 

La actualidad más candente (20)

Cromatografia
CromatografiaCromatografia
Cromatografia
 
Potenciometria E Condutometria
Potenciometria E CondutometriaPotenciometria E Condutometria
Potenciometria E Condutometria
 
Aula 6-voltametria
Aula 6-voltametriaAula 6-voltametria
Aula 6-voltametria
 
Potenciometria
PotenciometriaPotenciometria
Potenciometria
 
Relatório de cromatografia- organica - aula 8
Relatório de cromatografia- organica - aula 8Relatório de cromatografia- organica - aula 8
Relatório de cromatografia- organica - aula 8
 
Determinação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTADeterminação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTA
 
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do VinagreRelatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
 
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.
 
Relatório de Cromatografia
Relatório de CromatografiaRelatório de Cromatografia
Relatório de Cromatografia
 
Relatório pilhas e eletrólise
Relatório pilhas e eletrólise Relatório pilhas e eletrólise
Relatório pilhas e eletrólise
 
Potenciométrica e Condutimetria
Potenciométrica e CondutimetriaPotenciométrica e Condutimetria
Potenciométrica e Condutimetria
 
Relatório de preparo e padronização de HCl e H2SO4
Relatório de preparo e padronização de HCl e H2SO4Relatório de preparo e padronização de HCl e H2SO4
Relatório de preparo e padronização de HCl e H2SO4
 
Aula 2-titulação-ácido-base
Aula 2-titulação-ácido-baseAula 2-titulação-ácido-base
Aula 2-titulação-ácido-base
 
Analise instrumental
Analise instrumentalAnalise instrumental
Analise instrumental
 
SEMINÁRIO ESPECTROMETRIA DE EMISSÃO ÓPTICA COM PLASMA ACOPLADO INDUTIVAMENTE...
SEMINÁRIO ESPECTROMETRIA DE EMISSÃO ÓPTICA COM PLASMA ACOPLADO  INDUTIVAMENTE...SEMINÁRIO ESPECTROMETRIA DE EMISSÃO ÓPTICA COM PLASMA ACOPLADO  INDUTIVAMENTE...
SEMINÁRIO ESPECTROMETRIA DE EMISSÃO ÓPTICA COM PLASMA ACOPLADO INDUTIVAMENTE...
 
Relatorio quimica geral_2 - cinetica
Relatorio quimica geral_2 - cineticaRelatorio quimica geral_2 - cinetica
Relatorio quimica geral_2 - cinetica
 
Reações de Aldeídos e Cetonas
Reações de Aldeídos e CetonasReações de Aldeídos e Cetonas
Reações de Aldeídos e Cetonas
 
Análise gravimétrica
Análise gravimétricaAnálise gravimétrica
Análise gravimétrica
 
Aula sobre tcc estágio a docência mestrado
Aula sobre tcc estágio a docência mestradoAula sobre tcc estágio a docência mestrado
Aula sobre tcc estágio a docência mestrado
 
Reações Ácido-Base para Separação de Compostos Orgânicos
Reações Ácido-Base para Separação de Compostos OrgânicosReações Ácido-Base para Separação de Compostos Orgânicos
Reações Ácido-Base para Separação de Compostos Orgânicos
 

Destacado

Destacado (11)

Gc fracassi
Gc fracassiGc fracassi
Gc fracassi
 
Cromatografia
CromatografiaCromatografia
Cromatografia
 
Reações de Ácidos Carboxílicos e Derivados
Reações de Ácidos Carboxílicos e DerivadosReações de Ácidos Carboxílicos e Derivados
Reações de Ácidos Carboxílicos e Derivados
 
Fundamentos de cromatografia
Fundamentos de cromatografiaFundamentos de cromatografia
Fundamentos de cromatografia
 
Métodos de separação fab
Métodos de separação fabMétodos de separação fab
Métodos de separação fab
 
Teoria biogenica e abiogenica
Teoria biogenica e abiogenicaTeoria biogenica e abiogenica
Teoria biogenica e abiogenica
 
Drx
DrxDrx
Drx
 
Cromatografía
CromatografíaCromatografía
Cromatografía
 
Cromatografia
CromatografiaCromatografia
Cromatografia
 
Integration of chromatographic peaks
Integration of chromatographic peaksIntegration of chromatographic peaks
Integration of chromatographic peaks
 
HPLC - Peak integration for chromatography
HPLC - Peak integration for chromatographyHPLC - Peak integration for chromatography
HPLC - Peak integration for chromatography
 

Similar a Cromatografia gasosa

Aula de exames de ponto 5 - Métodos de exame e análise laboratorial
Aula de exames de ponto 5 - Métodos de exame e análise laboratorialAula de exames de ponto 5 - Métodos de exame e análise laboratorial
Aula de exames de ponto 5 - Métodos de exame e análise laboratorialMafalda Cardeira
 
Aula_Cromatografia1.ppt
Aula_Cromatografia1.pptAula_Cromatografia1.ppt
Aula_Cromatografia1.pptLImaNeto11
 
Cromatografia noções
Cromatografia noçõesCromatografia noções
Cromatografia noçõeszetec10
 
cromatografiaaula-140827092133-phpapp02.pdf
cromatografiaaula-140827092133-phpapp02.pdfcromatografiaaula-140827092133-phpapp02.pdf
cromatografiaaula-140827092133-phpapp02.pdfJoao Luiz Macedo
 
Identificação de Carboxi-Hemoglobina em sangue humano, por Cromatografia Gaso...
Identificação de Carboxi-Hemoglobina em sangue humano, por Cromatografia Gaso...Identificação de Carboxi-Hemoglobina em sangue humano, por Cromatografia Gaso...
Identificação de Carboxi-Hemoglobina em sangue humano, por Cromatografia Gaso...cmdantasba
 
Cromatografia gasosa exercícios
Cromatografia gasosa exercíciosCromatografia gasosa exercícios
Cromatografia gasosa exercíciosBrunowwf
 
Cromatografia cotel
Cromatografia cotelCromatografia cotel
Cromatografia cotelBruno Cortez
 
Aula turma b_ccd
Aula turma b_ccdAula turma b_ccd
Aula turma b_ccdalisonpch
 
Relatorio - cromatografia liquida - Métodos Instrumentais
Relatorio -  cromatografia liquida -  Métodos Instrumentais Relatorio -  cromatografia liquida -  Métodos Instrumentais
Relatorio - cromatografia liquida - Métodos Instrumentais Juliana Teófilo
 
Cromatografia / chromatography
Cromatografia / chromatographyCromatografia / chromatography
Cromatografia / chromatographyZara Hoffmann
 

Similar a Cromatografia gasosa (20)

Introdução a Cromatografia.ppt
Introdução a Cromatografia.pptIntrodução a Cromatografia.ppt
Introdução a Cromatografia.ppt
 
Relatório 4 hplc
Relatório 4   hplcRelatório 4   hplc
Relatório 4 hplc
 
Aula de exames de ponto 5 - Métodos de exame e análise laboratorial
Aula de exames de ponto 5 - Métodos de exame e análise laboratorialAula de exames de ponto 5 - Métodos de exame e análise laboratorial
Aula de exames de ponto 5 - Métodos de exame e análise laboratorial
 
Cromatografia
CromatografiaCromatografia
Cromatografia
 
Aula_Cromatografia1.ppt
Aula_Cromatografia1.pptAula_Cromatografia1.ppt
Aula_Cromatografia1.ppt
 
Cromatografia - Fitoquímica.pptx
Cromatografia - Fitoquímica.pptxCromatografia - Fitoquímica.pptx
Cromatografia - Fitoquímica.pptx
 
Aula _HPLC usar essa.ppt
Aula _HPLC usar essa.pptAula _HPLC usar essa.ppt
Aula _HPLC usar essa.ppt
 
Relatorio ccd
Relatorio ccdRelatorio ccd
Relatorio ccd
 
Cromatografia noções
Cromatografia noçõesCromatografia noções
Cromatografia noções
 
Atual
AtualAtual
Atual
 
Cromatografia - 1a serie 1
Cromatografia - 1a serie 1Cromatografia - 1a serie 1
Cromatografia - 1a serie 1
 
cromatografiaaula-140827092133-phpapp02.pdf
cromatografiaaula-140827092133-phpapp02.pdfcromatografiaaula-140827092133-phpapp02.pdf
cromatografiaaula-140827092133-phpapp02.pdf
 
10_Cromatografia_geral.pdf
10_Cromatografia_geral.pdf10_Cromatografia_geral.pdf
10_Cromatografia_geral.pdf
 
Identificação de Carboxi-Hemoglobina em sangue humano, por Cromatografia Gaso...
Identificação de Carboxi-Hemoglobina em sangue humano, por Cromatografia Gaso...Identificação de Carboxi-Hemoglobina em sangue humano, por Cromatografia Gaso...
Identificação de Carboxi-Hemoglobina em sangue humano, por Cromatografia Gaso...
 
Cromatografia gasosa exercícios
Cromatografia gasosa exercíciosCromatografia gasosa exercícios
Cromatografia gasosa exercícios
 
Cromatografia cotel
Cromatografia cotelCromatografia cotel
Cromatografia cotel
 
Aula turma b_ccd
Aula turma b_ccdAula turma b_ccd
Aula turma b_ccd
 
Cromatografia Líquida Classica
Cromatografia Líquida ClassicaCromatografia Líquida Classica
Cromatografia Líquida Classica
 
Relatorio - cromatografia liquida - Métodos Instrumentais
Relatorio -  cromatografia liquida -  Métodos Instrumentais Relatorio -  cromatografia liquida -  Métodos Instrumentais
Relatorio - cromatografia liquida - Métodos Instrumentais
 
Cromatografia / chromatography
Cromatografia / chromatographyCromatografia / chromatography
Cromatografia / chromatography
 

Cromatografia gasosa

  • 1. Cromatografia gasosa Técnica de separação dos componentes de uma amostra, distribuídos em duas fases (estacionáriae móvel). A fase móvel elui entre os interstícios ou sobre a superfície da fase estacionária resultando numa migração diferencial dos componentes da amostra. A cromatografia só servirá para identificar espécies químicas se combinada com química convencional ou instrumental, pois sozinha não é adequada para identificação qualitativa positiva e conclusiva. A cromatografia é classificada de acordo com a polaridade das duas fases da seguinte maneira: Critério de Cromatografia classificação Técnica Planar Em coluna Fase móvel Líquido Gás Fluido Líquido supercrítico Fase L S FL L S F S FL L S FL estacionária L Tipo de cromatografia CP CCD CCD CGL CGS CGFL CSS CSFL CLL CLS CE CLFL CTI CB L: Líquido CSS: cromatografia supercrítica sólida S: sólido CSFL: cromatografia supercrítica de FL: fase ligada fase ligada CP: cromatografia em papel CLL: cromatografia líquida líquida CCD: cromatografia em camada CLS: cromatografia líquida sólida delgada CE: cromatografia de exclusão CGL: cromatografia gasosa líquida CLFL: cromatografia líquida de fase CGS: cromatografia gasosa sólida ligada CGFL: cromatografia gasosa de fase CTI: cromatografia de troca iônica ligada CB: cromatografia de bioafinidade A cromatografia gasosa é uma das técnicas mais usadas na química analítica de componentes orgânicos, em laboratórios tanto de indústrias como de universidades. É
  • 2. uma técnica de separação em que a fase móvel (FM) é um gás e a fase estacionária (FE) pode ser um líquido (CLG) ou um sólido (CSG). As vantagens são as seguintes: rapidez, alto poder de separação e resolução, alta sensibilidade, exige amostras em pequenas quantidades. Quanto às desvantagens, pode-se destacar: análise somente de componentes voláteis, preparação da amostra trabalhosa, não é uma técnica qualitativa eficiente, fornece apenas quantidades em µg e mg dos componentes separados na amostra. O processo físico básico de separação na CSG é por adsorção (FE é uma sólido), enquanto na CLG é por partição (FE é um líquido), sendo essa última técnica mais popular. A FM é sempre um gás, que deve ser inerte, pois terá a função de apenas transportar os componentes da amostra através da coluna, sem nenhum tipo de afinidade entre eles. A aplicabilidade da cromatografia gasosa inclui a análise de lipídeos, n-alcanos até C100, triglicerídeos, oligossacarídeos, oligômeros de resinas, porfirinas, produtos naturais, ciclodextrinas e outros tipos de amostras. A cromatografia gasosa só é útil para amostras gasosas, compostos voláteis e termicamente estáveis. Caso isso não aconteça, é necessário fazer reações de derivação, onde as mais comuns são alquilação e a esterificação. Objetivo da prática Familiarizar o estudante com a operação de um cromatógrafo a gás e detectar a pureza ou possíveis fraudes em óleos comestíveis, através da sua composição em ácidos graxos. Metodologia de esterificação de óleos para cromatografia gasosa Materiais e reagentes Solução de NaOH-MeOH 0,5N o 2g de NaOH p/ 100 mL de metanol Solução esterificante: NH4Cl – H2SO4 – MeOH o 10g de NH4Cl (cloreto de amônio) dissolvidos lentamente em 300 mL de MeOH, seguido por 15 mL de H2SO4 concentrado, adicionado em pequenas porções com agitação.
  • 3. Solução saturada de NaCl Banho-maria Tubos de ensaio com tampas de rosca de 30ml e 70ml Microsseringas de 10µL Padrões de ácidos graxos I – Saponificação 1 – Pesar 30 a 100mg (0,03 a 0,1g) da amostra de óleo em tubo de ensaio com tampa; 2 – Adicionar 4 mL de NaOH-MeOH 0,5 N ao tubo; 3 – Fechar o tubo e aquecer em banho de ebulição até dissolução dos glóbulos de gordura e a solução ficar transparente (3 a 5 min); 4 – Esfriar o tubo em água corrente o mais rápido possível; II – Esterificação 5 – Adicionar 5 mL do reagente esterificante (NH4Cl – H2SO4 – MeOH); 6 – Fechar e agitar o tubo; 7 – Aquecer em banho de água fervente por 5 min; 8 – Esfriar o tubo em água corrente o mais rápido possível; 9 – adicionar 4 mL de solução saturada de NaCl; 10 – Fechar o tubo e agitar com força por 30 segundos; 11 – Adicionar 5 mL de solvente (hexano ou éter de petróleo); 12 – Agitar com força por 30 segundos; 13 – Deixar em repouso; 14 – Injetar alíquota do sobrenadante no CG. Análise qualitativa e quantitativa Identificar os picos do cromatograma, comparando os tempos de retenção (tr) com os padrões de ácidos graxos. Fazer um gráfico do logaritmo do tempo de retenção dos ésteres de ácidos graxos versus o seus número de carbonos. Identificar os picos cujos padrões não estejam disponíveis.
  • 4. Quantificar os picos por normalização interna, isto é, a porcentagem relativa de cada pico será calculada pela razão entre a área do pico e o somatório das áreas de todos os picos do cromatograma. % pico 1 = área do pico 1 Área total de todos os picos Análise dos resultados Identificar a amostra de óleo, verificando a pureza ou possível adulteração, com base no perfil de ácidos graxos encontrado comparando com os perfis de óleos e gorduras apresentados na Tabela de Noller (1965), descrita abaixo: Óleos Composição de ácidos graxos (%) Mirístico Palmítico Esteárico Palmitoléico Oléico Linoléico Oliva 0-1 5-15 1-4 0-1 69-84 4-12 Amendoim - 6-9 2-6 0-1 50-60 13-26 Milho 0-2 7-11 3-4 0-2 43-49 34-42 Algodão 0-2 19-24 1-2 0-2 23-33 40-48 Soja 0-1 6-10 2-4 - 21-29 50-59 Girassol - 10-13 10-13 - 21-39 51-68 Obs. Amendoim tem araquidônico (2-5%) e tetracosanóico (1-5%), e soja tem linolênico (4-8%). REFERÊNCIAS MAIA, E. L.; RODRIGUEZ-AMAYA, D. B. Avaliação de um método simples e econômico para a metilação de ácidos graxos com lipídios de diversas espécies de peixes. Revista do Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, v. 53, n. 1/2, p. 27-35, 1993. CECCHI, H. M. Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos. 2ª Ed. rev. Campinas – SP: Editora UNICAMP, 2003. SOARES, L. V. Curso básico de Instrumentação para analista de alimentos e fármacos. Barueri, SP: Editora Manole, 2006.