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Aparecida de Goiânia – Goiás                                                   Junho de 2012




           ATMOSFERAS EXPLOSIVAS




                                                                 Eng. José de Lima Faria Neto




Resumo:

Este artigo aborda as características de uma atmosfera explosiva, bem como a classificação e
os tipos de equipamentos, os tipos de proteções e as instalações elétricas em ambientes
explosivos de acordo com as normas IEC/ABNT apresentadas.




                                         TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás
Índice


ATMOSFERAS EXPLOSIVAS ......................................................................................................................... 3
1.     ÁREAS EXPLOSIVAS:............................................................................................................................ 3
1.1.      ZONAS............................................................................................................................................. 3
1.2.      TIPOS DE PROTEÇÃO ...................................................................................................................... 4
1.3.      GRUPOS .......................................................................................................................................... 5
1.4.      CLASSE DE TEMPERATURA ............................................................................................................. 5
2.     TIPOS DE EQUIPAMENTOS ................................................................................................................. 6
2.1.      À PROVA DE EXPLOSÃO Ex d .......................................................................................................... 6
2.2.      SEGURANÇA AUMENTADA Ex e ..................................................................................................... 6
2.3.      IMERSO EM ÓLEO Ex o ................................................................................................................... 6
2.4.      PRESSURIZADOS Ex p...................................................................................................................... 6
2.5.      IMERSO EM AREIA Ex q .................................................................................................................. 6
2.6.      ENCAPSULADO Ex m....................................................................................................................... 7
2.7.      SEGURANÇA INTRÍNSECA Ex i ......................................................................................................... 7
2.8.      NÃO ACENDÍVEL Ex n ..................................................................................................................... 7
3.     INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ATMOSFERAS EXPLOSIVAS .................................................................. 7
3.1.      ELETRODUTOS ................................................................................................................................ 7
3.2.      UNIDADE SELADORA ...................................................................................................................... 8
3.3.      PRENSA CABOS À PROVA DE EXPLOSÃO ........................................................................................ 8
3.4.      ACESSÓRIOS A PROVA DE EXPLOSÃO............................................................................................. 9
3.5.      ILUMINAÇÃO .................................................................................................................................. 9
3.6.      EQUIPAMENTOS À PROVA DE EXPLOSÃO ...................................................................................... 9
4.     REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 10




                                                                     TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS


Para produzir uma explosão, é preciso um combinação de um material combustível, oxigênio e
um centelhamento:

                  Combustível + Oxigênio do ar + Faísca= Explosão

As atmosferas explosivas são aréas propícias para que ocorra uma explosão devido à presença
de gases inflamáveis, vapores,névoas, poeiras, fibras ou particulas em suspensão. A principal
fonte de ignição destas atmosferas são os equipamentos elétricos. Esta ignição pode se dar
por um centelhamento na abertura ou fechamento de contatos elétricos ou com aquecimento
de equipamentos em funcionamento normal ou em falhas.

No brasil a inspeção e manutenção de instalações elétricas em áreas classificadas são
normatizadas pela ABNT NBR IEC 60079-17:2009 Versão Corrigida:2009, e os requisitos para
o projeto, seleção e montagem de instalações elétricas em atmosferas explosivas são
normatizadas pela ABNT NBR IEC 60079-14:2009 Versão Corrigida:2011.


   1. ÁREAS EXPLOSIVAS:
As áreas explosivas são classificadas no brasil e na Europa usando o conceito de:

       ZONAS: Usadas para definir a probabilidade da presença de materiais inflamáveis;
       TIPOS DE PROTEÇÃO: Defini o nível de segurança para um dispositivo e;
       GRUPOS: Caracterizam a natureza inflamavel do material.




       1.1. ZONAS
As zonas explosivas são classificadas como : Zona 0, Zona 1 e Zona 2.

 ZONAS                                        DESCRIÇÃO
 ZONA 0      Zona ou local onde a presença da mistura inflamável é permanente ou existe
             por longos períodos.
 ZONA 1      Zona ou local onde a mistura inflamável pode ocorrer em condições normais de
             funcionamento do equipamento ou processo.
 ZONA 2      Zona ou local onde a mistura inflamável é pouco provável de acontecer,ou
             seja, apenas ocorrem em case de funcionamento anormal da instalação.




                                          TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás
1.2. TIPOS DE PROTEÇÃO

Os niveis de segurança para dispositivos são descritos como :



                           TIPOS                                SIMBOLO
          Equipamento   à prova de explosão                       Ex d
          Equipamento   Pressurizado                              Ex p
          Equipamento   Imerso em Óleo                            Ex o
          Equipamento   Imerso em Areia                           Ex q
          Equipamento   Imerso em Resina                          Ex m
          Equipamento   de Segurança Aumentada                    Ex e
          Equipamento   Não Acendível                             Ex n
          Equipamento   Hermético                                 Ex h
          Equipamento   de Segurança Intrínseca                    Ex i
          Equipamento   Especial                                  Ex s


Os equipamentos a prova de explosão, conhecidos como equipamentos Ex, devem isolar e
impedir que a atmosfera explosiva entre em contato com as partes que possam gerar uma
ignição.

Assim, os equipamentos deste tipo são construídos de três tipos:

       Confinam as fontes de ignição;
       Segregam as fontes de ignição;
       Reduzem os níveis de energia necessários para uma explosão.



      MÉTODO DE PROTEÇÃO                       CÓDIGO                    PRINCÍPIOS
À prova de explosão                               Ex d                     Confinam
Pressurização                                     Ex p                    Segregação
Encapsulado                                       Ex m                    Segregação
Imersão em Óleo                                   Ex o                    Segregação
Imerso em Areia                                   Ex q                    Segregação
Intrinsecamente seguro                        Ex ia / Ex ib                Supressão
Segurança Aumentada                               Ex e                     Supressão
Não Acendível                                     Ex n                     Supressão
Especial                                          Ex s                      Especial




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1.3. GRUPOS
Os equipamentos elétricos foram divididos em dois grandes grupos :

       GRUPO I : Equipamentos que operam em minas subterrâneas ;
       GRUPO II : Equipamentos que operam em ambientes industriais de superfície.

 GRUPOS                     EQUIPAMENTOS                            SUBSTÂNCIA
GRUPO I      Para operação em mineração subterrânea           metano (grisu) e pó de carvão
             suscetíveis a exalação de grisu
GRUPO IIA    Para operação em instalações de superfície       Acetona, Acetaldeído,monóxido
             onde pode existir perigo devido ao grupo do      de carbono, Álcool, Amônia,
             propano.                                         Benzeno, Benzol, Butano,
                                                              Gasolina, Hexano, Metano,
                                                              Nafta, Gás Natural, Propano,
                                                              vapores de vernizes.
GRUPO IIB    Para operação em instalações de superfície       Acroleína, óxido de Eteno,
             onde pode existir perigo devido ao grupo do      Butadieno, óxido de Propileno,
             etileno.                                         Ciclopropano, Éter Etílico,
                                                              Etileno, Sulfeto de Hidrogênio.
GRUPO IIC    Para operação em instalações de superfície       Acetileno, Hidrogênio e
             onde pode existir perigo devido aos grupos do    Dissulfeto de Carbono.
             hidrogênio e acetileno.




       1.4. CLASSE DE TEMPERATURA

A classe de temperatura de um equipamento é fornecida pelo fabricante e garante que,
mesmo em falha, a temperatura na superfície do equipamento não atinja um valor acima da
determinada, seguindo a seguinte tabela.



                      GRUPO DE PERICULOSIDADE                PRODUTO
                                 T1                            450º
                                 T2                            300º
                                 T3                            200º
                                 T4                            135º
                                 T5                            100º
                                 T6                            85º


Por exemplo, os equipamentos elétricos do grupo I suportam uma temperatura máxima de:

       150ºC sobre as superfícies onde há formação de uma camada de pó de carvão
       450ºC quando há vedação contra pó, poeira ou ventilação.

                                        TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás
2. TIPOS DE EQUIPAMENTOS


       2.1. À PROVA DE EXPLOSÃO Ex d

É um sistema suficientemente vedado e resistente para não propagar uma explosão, e que a
temperatura da superfície não provoque a ignição da atmosfera explosiva.


       2.2. SEGURANÇA AUMENTADA Ex e

Os equipamentos com segurança aumentada são aqueles que “sob condições normais de
operação não produz arcos, faíscas ou aquecimento suficiente para causar ignição da
atmosfera explosiva para a qual foi projetado, e no qual são tomadas as medidas adicionais
durante a construção, de modo a evitar com maior segurança, que tais fenômenos ocorram
em condições de operação e de sobrecarga previstas”.


       2.3. IMERSO EM ÓLEO Ex o

Neste processo o equipamento é imerso em óleo para que este não inflame o ambiente
explosivo. Neste processo de proteção o equipamento deve ser necessariamente fixo.


       2.4. PRESSURIZADOS Ex p

Os equipamentos pressurizados possuem uma pressão interna positiva e maior que a pressão
externa do invólucro. Assim se evita que os gases, poeiras e o pó da atmosfera entre em
contato com as partes internas do equipamento.


       2.5. IMERSO EM AREIA Ex q

As partes do equipamento que podem gerar a ignição da atmosfera explosiva são imersas em
um material de enchimento para que haja a explosão. Geralmente esta proteção é aplicada
em equipamentos que a corrente nominal seja menor ou igual a 16A.


                                        TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás
2.6. ENCAPSULADO Ex m

As partes ignitoras dos equipamentos são encapsuladas por uma resina, a qual não permite
que haja a ignição da atmosfera explosiva externa.


       2.7. SEGURANÇA INTRÍNSECA Ex i

Os equipamentos com segurança intrínseca são aqueles que mesmo em condições anormais
não liberam energia suficiente para que possa ocorrer a ignição do ambiente explosivo
externo.


       2.8. NÃO ACENDÍVEL Ex n

Equipamentos que em condições normais de funcionamento não causam ignição da atmosfera
explosiva.




   3. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ATMOSFERAS
      EXPLOSIVAS

Nestas instalações todo cuidado na especificação e na compra da infraestrutura elétrica deve
ser tomado. Para garantir a estanqueidade da instalação são usados:

       Eletrodutos
       Unidade Seladora
       Equipamentos à prova de explosão
       Iluminação à prova de explosão
       Acessórios à prova de explosão


       3.1. ELETRODUTOS

Os eletrodutos utilizados nestas instalações são do tipo pesado, fabricados em aço carbono
com rebarba de solda interna removida e galvanizados a fogo. São fornecidos em barras de 3
metros com luva e protetor de rosca.



                                        TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás
A fabricação destes eletrodutos é feitas baseadas em normas Da ABNT:

       NBR 5597: Rosca NPT
       NBR 5598: Rosca BSP




       3.2. UNIDADE SELADORA

A unidade seladora é um equipamento que garante que a pressão provocada por uma
explosão no interior de um eletroduto ou de um invólucro a prova de explosão não se
propague pela instalação. As instalações com eletrodutos não são totalmente vedadas à
entrada de ar e umidade, alguns tipos de unidade seladora possuem drenos para liberar a
umidade no interior da instalação, pois a presença elevada de umidade pode causar falhas na
isolação dos condutores fazendo com que ocorram curto circuitos.

Para fazer a selagem da unidade, utiliza-se a fibra e a massa selante. Para cada tamanho de
unidade seladora é utilizado uma quantidade de fibra e massa selante, isso porque a massa
deve preencher toda a unidade afim de que não se permita que a pressão de uma explosão e
até mesmo a umidade do sistema não se propague pelo restante da instalação.

No interior da unidade seladora, os condutores devem ficar espaçados entre si e manter
distância das paredes da unidade, pois a massa seladora deve envolver cada um dos
condutores.

Sempre que um eletroduto chega a um invólucro a prova de explosão deve-se usar uma
unidade seladora, ou seja, para cada eletroduto que chega ao invólucro utiliza-se uma. Ela
deve ser instalada a uma distância máxima de 45 cm do invólucro.

Também é utilizada quando um eletroduto deixa uma área classificada, sendo necessária
apenas em um dos dois lados das áreas e em uma distância menor que 3 metros da fronteira.


       3.3. PRENSA CABOS À PROVA DE EXPLOSÃO

Em instalações feitas com conexão direta de cabos é necessário o uso de prensa cabos
especiais à prova de explosão.

Os prensa cabos são utilizados na entrada e saída do cabo elétrico no invólucro à prova de
explosão ou de segurança aumentada. Nestas instalações os cabos elétricos podem ser tanto
armados quanto não armados desde que garantam a proteção intrínseca da instalação.

Os prensa cabos podem ser de alumínio ou poliamida.


                                        TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás
3.4. ACESSÓRIOS A PROVA DE EXPLOSÃO

Para assegurar a estanqueidade da instalação a prova de explosão, devem-se usar os
acessórios próprios. Como exemplo:

       Prensa cabos
       Caixas de passagens
       Curvas
       Reduções
       Anéis de vedação
       Luvas
       Niples
       Abraçadeiras

Estes acessórios podem ser fabricados em alumínio, poliamida ou latão naval.


       3.5. ILUMINAÇÃO

Um dos principais pontos quando se fala em atmosferas explosivas é a iluminação, por conter
fontes de calor e energia (centelhamento) próximas ao material explosivo.

Na instalação de uma iluminação além de se utilizar toda a infra estrutura e os acessórios a
prova de explosão, são usados também às luminárias próprias para estes ambientes. Existem
vários tipos e modelos de luminárias a prova de explosão, desde lanternas até projetores.

Estas luminárias podem ser fabricadas de alumínio fundido ou em liga de alumínio fundido
copper free (isento de cobre); podem possuir diversos graus de proteção, como IP 65, 66 e
67; diferentes bitolas de entradas rosqueadas e acabamento em epóxi cinza claro dependendo
do fabricante.


       3.6. EQUIPAMENTOS À PROVA DE EXPLOSÃO

Os equipamentos para ambientes explosivos asseguram que um centelhamento, altas
temperaturas ou até mesmo uma explosão em seu interior não provoque a ignição do meio
externo. Pode-se citar:

       Caixas de ligação
       Painéis de Comando e Sinalização

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Tomadas e plugues
  Interruptores
  Sirenes
  Botões e Sinaleiros
  Amperímetros
  Voltímetros
  Disjuntores
  Sistemas de aterramento digital
  Fim de curso


4. REFERÊNCIAS

  ABNT NBR IEC 60079-17:2009 Versão Corrigida 2009 : Atmosferas explosivas
  Parte 17: Inspeção e manutenção de instalações elétricas

  ABNT NBR IEC 60079-14:2009 Versão Corrigida 2011 : Atmosferas explosivas
  Parte 14: Projeto, seleção e montagem de instalações elétricas

  ABNT NBR IEC 60079-0:2006: Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas
  Parte 0: Requisitos gerais




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Atmosferas explosivas: classificação, proteções e instalações elétricas

  • 1. Aparecida de Goiânia – Goiás Junho de 2012 ATMOSFERAS EXPLOSIVAS Eng. José de Lima Faria Neto Resumo: Este artigo aborda as características de uma atmosfera explosiva, bem como a classificação e os tipos de equipamentos, os tipos de proteções e as instalações elétricas em ambientes explosivos de acordo com as normas IEC/ABNT apresentadas. TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás
  • 2. Índice ATMOSFERAS EXPLOSIVAS ......................................................................................................................... 3 1. ÁREAS EXPLOSIVAS:............................................................................................................................ 3 1.1. ZONAS............................................................................................................................................. 3 1.2. TIPOS DE PROTEÇÃO ...................................................................................................................... 4 1.3. GRUPOS .......................................................................................................................................... 5 1.4. CLASSE DE TEMPERATURA ............................................................................................................. 5 2. TIPOS DE EQUIPAMENTOS ................................................................................................................. 6 2.1. À PROVA DE EXPLOSÃO Ex d .......................................................................................................... 6 2.2. SEGURANÇA AUMENTADA Ex e ..................................................................................................... 6 2.3. IMERSO EM ÓLEO Ex o ................................................................................................................... 6 2.4. PRESSURIZADOS Ex p...................................................................................................................... 6 2.5. IMERSO EM AREIA Ex q .................................................................................................................. 6 2.6. ENCAPSULADO Ex m....................................................................................................................... 7 2.7. SEGURANÇA INTRÍNSECA Ex i ......................................................................................................... 7 2.8. NÃO ACENDÍVEL Ex n ..................................................................................................................... 7 3. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ATMOSFERAS EXPLOSIVAS .................................................................. 7 3.1. ELETRODUTOS ................................................................................................................................ 7 3.2. UNIDADE SELADORA ...................................................................................................................... 8 3.3. PRENSA CABOS À PROVA DE EXPLOSÃO ........................................................................................ 8 3.4. ACESSÓRIOS A PROVA DE EXPLOSÃO............................................................................................. 9 3.5. ILUMINAÇÃO .................................................................................................................................. 9 3.6. EQUIPAMENTOS À PROVA DE EXPLOSÃO ...................................................................................... 9 4. REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 10 TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás
  • 3. ATMOSFERAS EXPLOSIVAS Para produzir uma explosão, é preciso um combinação de um material combustível, oxigênio e um centelhamento: Combustível + Oxigênio do ar + Faísca= Explosão As atmosferas explosivas são aréas propícias para que ocorra uma explosão devido à presença de gases inflamáveis, vapores,névoas, poeiras, fibras ou particulas em suspensão. A principal fonte de ignição destas atmosferas são os equipamentos elétricos. Esta ignição pode se dar por um centelhamento na abertura ou fechamento de contatos elétricos ou com aquecimento de equipamentos em funcionamento normal ou em falhas. No brasil a inspeção e manutenção de instalações elétricas em áreas classificadas são normatizadas pela ABNT NBR IEC 60079-17:2009 Versão Corrigida:2009, e os requisitos para o projeto, seleção e montagem de instalações elétricas em atmosferas explosivas são normatizadas pela ABNT NBR IEC 60079-14:2009 Versão Corrigida:2011. 1. ÁREAS EXPLOSIVAS: As áreas explosivas são classificadas no brasil e na Europa usando o conceito de: ZONAS: Usadas para definir a probabilidade da presença de materiais inflamáveis; TIPOS DE PROTEÇÃO: Defini o nível de segurança para um dispositivo e; GRUPOS: Caracterizam a natureza inflamavel do material. 1.1. ZONAS As zonas explosivas são classificadas como : Zona 0, Zona 1 e Zona 2. ZONAS DESCRIÇÃO ZONA 0 Zona ou local onde a presença da mistura inflamável é permanente ou existe por longos períodos. ZONA 1 Zona ou local onde a mistura inflamável pode ocorrer em condições normais de funcionamento do equipamento ou processo. ZONA 2 Zona ou local onde a mistura inflamável é pouco provável de acontecer,ou seja, apenas ocorrem em case de funcionamento anormal da instalação. TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás
  • 4. 1.2. TIPOS DE PROTEÇÃO Os niveis de segurança para dispositivos são descritos como : TIPOS SIMBOLO Equipamento à prova de explosão Ex d Equipamento Pressurizado Ex p Equipamento Imerso em Óleo Ex o Equipamento Imerso em Areia Ex q Equipamento Imerso em Resina Ex m Equipamento de Segurança Aumentada Ex e Equipamento Não Acendível Ex n Equipamento Hermético Ex h Equipamento de Segurança Intrínseca Ex i Equipamento Especial Ex s Os equipamentos a prova de explosão, conhecidos como equipamentos Ex, devem isolar e impedir que a atmosfera explosiva entre em contato com as partes que possam gerar uma ignição. Assim, os equipamentos deste tipo são construídos de três tipos: Confinam as fontes de ignição; Segregam as fontes de ignição; Reduzem os níveis de energia necessários para uma explosão. MÉTODO DE PROTEÇÃO CÓDIGO PRINCÍPIOS À prova de explosão Ex d Confinam Pressurização Ex p Segregação Encapsulado Ex m Segregação Imersão em Óleo Ex o Segregação Imerso em Areia Ex q Segregação Intrinsecamente seguro Ex ia / Ex ib Supressão Segurança Aumentada Ex e Supressão Não Acendível Ex n Supressão Especial Ex s Especial TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás
  • 5. 1.3. GRUPOS Os equipamentos elétricos foram divididos em dois grandes grupos : GRUPO I : Equipamentos que operam em minas subterrâneas ; GRUPO II : Equipamentos que operam em ambientes industriais de superfície. GRUPOS EQUIPAMENTOS SUBSTÂNCIA GRUPO I Para operação em mineração subterrânea metano (grisu) e pó de carvão suscetíveis a exalação de grisu GRUPO IIA Para operação em instalações de superfície Acetona, Acetaldeído,monóxido onde pode existir perigo devido ao grupo do de carbono, Álcool, Amônia, propano. Benzeno, Benzol, Butano, Gasolina, Hexano, Metano, Nafta, Gás Natural, Propano, vapores de vernizes. GRUPO IIB Para operação em instalações de superfície Acroleína, óxido de Eteno, onde pode existir perigo devido ao grupo do Butadieno, óxido de Propileno, etileno. Ciclopropano, Éter Etílico, Etileno, Sulfeto de Hidrogênio. GRUPO IIC Para operação em instalações de superfície Acetileno, Hidrogênio e onde pode existir perigo devido aos grupos do Dissulfeto de Carbono. hidrogênio e acetileno. 1.4. CLASSE DE TEMPERATURA A classe de temperatura de um equipamento é fornecida pelo fabricante e garante que, mesmo em falha, a temperatura na superfície do equipamento não atinja um valor acima da determinada, seguindo a seguinte tabela. GRUPO DE PERICULOSIDADE PRODUTO T1 450º T2 300º T3 200º T4 135º T5 100º T6 85º Por exemplo, os equipamentos elétricos do grupo I suportam uma temperatura máxima de: 150ºC sobre as superfícies onde há formação de uma camada de pó de carvão 450ºC quando há vedação contra pó, poeira ou ventilação. TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás
  • 6. 2. TIPOS DE EQUIPAMENTOS 2.1. À PROVA DE EXPLOSÃO Ex d É um sistema suficientemente vedado e resistente para não propagar uma explosão, e que a temperatura da superfície não provoque a ignição da atmosfera explosiva. 2.2. SEGURANÇA AUMENTADA Ex e Os equipamentos com segurança aumentada são aqueles que “sob condições normais de operação não produz arcos, faíscas ou aquecimento suficiente para causar ignição da atmosfera explosiva para a qual foi projetado, e no qual são tomadas as medidas adicionais durante a construção, de modo a evitar com maior segurança, que tais fenômenos ocorram em condições de operação e de sobrecarga previstas”. 2.3. IMERSO EM ÓLEO Ex o Neste processo o equipamento é imerso em óleo para que este não inflame o ambiente explosivo. Neste processo de proteção o equipamento deve ser necessariamente fixo. 2.4. PRESSURIZADOS Ex p Os equipamentos pressurizados possuem uma pressão interna positiva e maior que a pressão externa do invólucro. Assim se evita que os gases, poeiras e o pó da atmosfera entre em contato com as partes internas do equipamento. 2.5. IMERSO EM AREIA Ex q As partes do equipamento que podem gerar a ignição da atmosfera explosiva são imersas em um material de enchimento para que haja a explosão. Geralmente esta proteção é aplicada em equipamentos que a corrente nominal seja menor ou igual a 16A. TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás
  • 7. 2.6. ENCAPSULADO Ex m As partes ignitoras dos equipamentos são encapsuladas por uma resina, a qual não permite que haja a ignição da atmosfera explosiva externa. 2.7. SEGURANÇA INTRÍNSECA Ex i Os equipamentos com segurança intrínseca são aqueles que mesmo em condições anormais não liberam energia suficiente para que possa ocorrer a ignição do ambiente explosivo externo. 2.8. NÃO ACENDÍVEL Ex n Equipamentos que em condições normais de funcionamento não causam ignição da atmosfera explosiva. 3. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ATMOSFERAS EXPLOSIVAS Nestas instalações todo cuidado na especificação e na compra da infraestrutura elétrica deve ser tomado. Para garantir a estanqueidade da instalação são usados: Eletrodutos Unidade Seladora Equipamentos à prova de explosão Iluminação à prova de explosão Acessórios à prova de explosão 3.1. ELETRODUTOS Os eletrodutos utilizados nestas instalações são do tipo pesado, fabricados em aço carbono com rebarba de solda interna removida e galvanizados a fogo. São fornecidos em barras de 3 metros com luva e protetor de rosca. TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás
  • 8. A fabricação destes eletrodutos é feitas baseadas em normas Da ABNT: NBR 5597: Rosca NPT NBR 5598: Rosca BSP 3.2. UNIDADE SELADORA A unidade seladora é um equipamento que garante que a pressão provocada por uma explosão no interior de um eletroduto ou de um invólucro a prova de explosão não se propague pela instalação. As instalações com eletrodutos não são totalmente vedadas à entrada de ar e umidade, alguns tipos de unidade seladora possuem drenos para liberar a umidade no interior da instalação, pois a presença elevada de umidade pode causar falhas na isolação dos condutores fazendo com que ocorram curto circuitos. Para fazer a selagem da unidade, utiliza-se a fibra e a massa selante. Para cada tamanho de unidade seladora é utilizado uma quantidade de fibra e massa selante, isso porque a massa deve preencher toda a unidade afim de que não se permita que a pressão de uma explosão e até mesmo a umidade do sistema não se propague pelo restante da instalação. No interior da unidade seladora, os condutores devem ficar espaçados entre si e manter distância das paredes da unidade, pois a massa seladora deve envolver cada um dos condutores. Sempre que um eletroduto chega a um invólucro a prova de explosão deve-se usar uma unidade seladora, ou seja, para cada eletroduto que chega ao invólucro utiliza-se uma. Ela deve ser instalada a uma distância máxima de 45 cm do invólucro. Também é utilizada quando um eletroduto deixa uma área classificada, sendo necessária apenas em um dos dois lados das áreas e em uma distância menor que 3 metros da fronteira. 3.3. PRENSA CABOS À PROVA DE EXPLOSÃO Em instalações feitas com conexão direta de cabos é necessário o uso de prensa cabos especiais à prova de explosão. Os prensa cabos são utilizados na entrada e saída do cabo elétrico no invólucro à prova de explosão ou de segurança aumentada. Nestas instalações os cabos elétricos podem ser tanto armados quanto não armados desde que garantam a proteção intrínseca da instalação. Os prensa cabos podem ser de alumínio ou poliamida. TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás
  • 9. 3.4. ACESSÓRIOS A PROVA DE EXPLOSÃO Para assegurar a estanqueidade da instalação a prova de explosão, devem-se usar os acessórios próprios. Como exemplo: Prensa cabos Caixas de passagens Curvas Reduções Anéis de vedação Luvas Niples Abraçadeiras Estes acessórios podem ser fabricados em alumínio, poliamida ou latão naval. 3.5. ILUMINAÇÃO Um dos principais pontos quando se fala em atmosferas explosivas é a iluminação, por conter fontes de calor e energia (centelhamento) próximas ao material explosivo. Na instalação de uma iluminação além de se utilizar toda a infra estrutura e os acessórios a prova de explosão, são usados também às luminárias próprias para estes ambientes. Existem vários tipos e modelos de luminárias a prova de explosão, desde lanternas até projetores. Estas luminárias podem ser fabricadas de alumínio fundido ou em liga de alumínio fundido copper free (isento de cobre); podem possuir diversos graus de proteção, como IP 65, 66 e 67; diferentes bitolas de entradas rosqueadas e acabamento em epóxi cinza claro dependendo do fabricante. 3.6. EQUIPAMENTOS À PROVA DE EXPLOSÃO Os equipamentos para ambientes explosivos asseguram que um centelhamento, altas temperaturas ou até mesmo uma explosão em seu interior não provoque a ignição do meio externo. Pode-se citar: Caixas de ligação Painéis de Comando e Sinalização TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás
  • 10. Tomadas e plugues Interruptores Sirenes Botões e Sinaleiros Amperímetros Voltímetros Disjuntores Sistemas de aterramento digital Fim de curso 4. REFERÊNCIAS ABNT NBR IEC 60079-17:2009 Versão Corrigida 2009 : Atmosferas explosivas Parte 17: Inspeção e manutenção de instalações elétricas ABNT NBR IEC 60079-14:2009 Versão Corrigida 2011 : Atmosferas explosivas Parte 14: Projeto, seleção e montagem de instalações elétricas ABNT NBR IEC 60079-0:2006: Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas Parte 0: Requisitos gerais TSE Energia e Automação – Aparecida de Goiânia – Goiás