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Antibióticos
Professor Evanízio Roque

   Carlos Bronzeado
   Dandara Bandeira
    Felipe Ximenes
   Gabriela Toscano
    Gustavo Pires
    Higor Ramalho
     Isabela Dias
Cloranfenicol



   Felipe Ximenes
CLORANFENICOL




                 Histórico

                  Obtido a partir do Streptomyces venezuelae;
                  Introduzido na prática clínica em 1948;
                  Com o uso começaram a ser observadas discrasias
                  sanguíneas graves e fatais;
                  Reservado, hoje, em casos:
                    De infecções graves e sem outras alternativas de
                    tratamento antimicrobiano;
Felipe Ximenes
CLORANFENICOL




                 Mecanismo de Ação



                 Atua nos ribossomos;
                 Penetra na célula bacteriana por difusão facilitada;
                 Ação em mitocôndrias de células eucarióticas;
Felipe Ximenes
CLORANFENICOL




                 Aplicação Clínica

                  É um antimicrobiano de amplo espectro;
                  Tem ação bacteriostática para a maioria dos gram
                  positivos e negativos e ação bactericida sobre:
                    H. influenzae;
                    Neisseria meningitidis;
                    S. pneumoniae
Felipe Ximenes
CLORANFENICOL




                 Aplicação Clínica
                  Apresentam boa resposta ao cloranfenicol:
                    N. gonrrhoeae;        Bordetella pertussis;
                    Brucella spp.;        Rickettsia;
                    Anaeróbios, incluindo cocos gram positivos,
                    Clostridium spp., e bastonetes gram negativos,
                    como B. fragilis;
                    Alguns cocos gram positivos aeróbios são
                    suscetíveis , como Streptococcus pyogenes,
Felipe Ximenes




                    Streptococcus agalactiae e S. pneumoniae;
CLORANFENICOL




                 Resistência Bacteriana

                 Cepas de Staphyloccus aureus;
                 Chlamydia, Pseudomonas aeruginosa e
                 enterobactérias (maior parte);
                 Mecanismo de resistência: acetiltransferase, codificada
                 por plasmídios, inativando o fármaco;
Felipe Ximenes
CLORANFENICOL




                 Farmacocinética

                 Rápida absorção pelo TGI (ésteres palmitato);
                 Alcança concentrações máximas de 10-13
                 microgramas/ml em 2-3 horas após administração de
                 1g;
                 Meia vida de 4,1h;
                 Uso parenteral: succinato sódico de cloranfenicol (pró-
                 droga) IM ou IV;
Felipe Ximenes




                 Hidrólise por esterases;
CLORANFENICOL




                 Farmacocinética

                 Altamente lipossolúvel;
                 Concentrações terapêuticas no LCR (valores
                 equivalentes a 60% do plasma);
                 Dectado no leite, na bile, humor aquoso e no líquido
                 amniótico;
                 Conjugação: ácido glicurônico no fígado;
                 Excreção pelos rins (principalmente), bile e fezes;
Felipe Ximenes
CLORANFENICOL




                 Ajuste de Dose


                 Não necessário na insuficiência renal;
                 Hepatopatas;
                 Pacientes cirróticos submetidos à diálise (administrar
                 ao final);
                 Recém-nascidos;
Felipe Ximenes
CLORANFENICOL




                 Uso Terapêutico


                  “A terapia com cloranfenicol deve limitar-se a
                  infecções para as quais o benefício do fármaco
                  supera os riscos de toxicidade potencial. Quando se
                  dispuser de outros agentes antimicrobianos
                  igualmente eficazes e potencialmente menos
                  tóxicos, eles devem ser utilizados em substituição ao
                  cloranfenicol.” (Wareham e Wilson, 2002);
Felipe Ximenes
CLORANFENICOL




                 Uso Terapêutico


                 Febre Tifóide:
                   Cefalosporinas de 3ª geração e quinolonas são os
                   fármacos de 1ª escolha;
                   Posologia: 1g de 6/6h por 4 semanas;
                   Resposta mais rápida via oral;
Felipe Ximenes
CLORANFENICOL




                 Uso Terapêutico


                 Meningite bacteriana:
                   Pacientes com intolerância aos beta-lactâmicos e
                   que tem MB por H. influenzae, N. meningitidis ou S.
                   pneumoniae;
                   Posologia: 50-100mg/kg/dia; em crianças:
                   25-50mg/kg/dia;
Felipe Ximenes
CLORANFENICOL




                 Uso Terapêutico
                 Riquetisioses:
                   Tetraciclinas são a primeira escolha;
                   Pacientes alérgicos, crianças <8 anos, grávidas,
                   redução da função renal e que precisam de doses
                   prolongadas ou repetidas, o cloranfenicol pode ser
                   droga de 1ª escolha;
                   Posologia:
                     Adultos: 50mg/kg/dia;
Felipe Ximenes




                     Crianças: 75mg/kg de 6/6h ou 8/8h;
CLORANFENICOL




                 Uso Terapêutico


                 Brucelose:
                   Tetraciclinas são mais eficazes;
                   Quando estas forem contra-indicadas, usar 750mg a
                   1g de cloranfenicol, VO, de 6/6h;
Felipe Ximenes
CLORANFENICOL




                 Efeitos Adversos
                 Hipersensibilidade:
                 Exantemas cutâneos;
                 Febre;
                 Angioedema;
                 Reações de Jarisch-Herxheimer após tratamento de
                 sífilis, brucelose e febre tifóide;
                 VO: náuseas, vômitos, gosto desagradável, irritação
                 perineal;
Felipe Ximenes




                 Visão embaçada e parestesia digital (raros);
CLORANFENICOL




                 Efeitos Adversos
                 Toxicidade Hematológica (afetado em 2 formas):
                   Efeito dose-dependente -> anemia, trombocitopenia ou
                   leucopenia;
                     Pode evoluir para aplasia medular;
                   Resposta idiossincrática -> Anemia Aplásica ( terapias
                   prolongadas ou em várias ocasiões);
                     Incidência de 1: 30:000
                     Alto índice de Leucemia Aguda nos que se recuperam;
Felipe Ximenes




                     Relacionada a concentrações plasmáticas em torno de
                     25 microgramas/ml ou mais;
CLORANFENICOL



                 Efeitos Adversos
                 Síndrome do Bebê Cinzento:
                   Deficiência da glicuronil-transferase nas primeiras 3-4
                   semanas de vida e excreção renal inadequada devido à
                   não conjugação.
                   Síndrome surge em 2-9 dias;
                   Nas primeiras 24h: recusa alimentar, vômitos, distensão
                   abdominal, taquipnéia, fezes moles e esverdeadas e
                   cianose;
                   Nas próximas 24h, tornam-se cinzentas, hipotérmicas e
                   flácida;
Felipe Ximenes




                   Mortalidade de 40% em 2 dias; RNs que se recuperam
                   não apresentam sequelas;
CLORANFENICOL




                 Intoxicação

                 É removido do sangue por exsanguineo transfusão e
                 hemoperfusão com carvão ativado;
                 Hemodiálise e diálise peritoneal não eliminam a droga
                 de forma satisfatória;
Felipe Ximenes
CLORANFENICOL




                 Interações Medicamentosas
                 Prolonga a meia-vida dos seguintes
                 fármacos:         Clorpropamida;
                   Varfarina;      Rifabutina;
                   Dicumarol;      Tolbutamida;
                   Fenitoína;      Inibidores da protease anti-retrovirais.

                 Fármacos que encurtam a meia-vida do cloranfenicol:
                   Fenobarbital;
Felipe Ximenes




                   Rifampicina;
Felipe Ximenes   CLORANFENICOL


                      Comércio
Aminoglicosídeos
AMINIOGLICOSÍDEOS




                    Introdução


                    Bactérias Gram-negativas;
                      Estreptomicina            Canamicina
                      Neomicina                 Tobramicina
                      Gentamicina               Netilmicina
                      Amicacina                 Arbecacina
Isabela Dias
AMINIOGLICOSÍDEOS




                    Mecanismo de Ação


                    Inibe a síntese protéica bacteriana;
                    Efeito bactericida;
                    Transporte dependente de oxigênio;
                    Transporte intensificado por drogas que atuam sobre a
                    parede celular;
Isabela Dias
AMINIOGLICOSÍDEOS




                    Mecanismos de Resistência


                    Inativação através de adenilação, fosforilação ou
                    acetilação por enzimas microbianas;
                    Interferência na entrada do aminoglicosídeo na célula;
                    Proteína da subunidade 30S pode sofrer deleção ou
                    ser alterada por mutação;
Isabela Dias
AMINIOGLICOSÍDEOS




                    Farmacocinética


                    Não há absorção gastrointestinal;
                    Administrados IM ou IV;
                    Eliminação por filtração glomerular;
Isabela Dias
AMINIOGLICOSÍDEOS




                    Uso Clínico


                     Bactérias Gram-negativas resistente a drogas;
                     Suspeita de sepse;
                     Uso associado com B-lactâmico;
                     Endocardite enterotóxica;
                     Enterobacteriaceae, Pseudomonas aeruginosa;
Isabela Dias
AMINIOGLICOSÍDEOS




                    Efeitos Adversos
                    Ototoxicidade:
                      Lesão auditiva: zumbido e perda de audição;
                      Lesão vestibular: vertigem, ataxia e perda do
                      equilíbrio;
                    Nefrotoxicidade:
                      Lesão dos túbulos renais;
                      Reversível;
                    Bloqueio neuromuscular:
Isabela Dias




                      Paralisia respiratória;
Amicacina



    Isabela Dias
AMICACINA




               Introdução


               Espectro antimicrobiano mais amplo;
               Efetiva em resistentes à gentamicina e tobramicina;
               M. tuberculosis resistentes a múltiplas drogas (7,5-15
               mg/kg/dia associado a outro fármaco);
               Nefrotóxico e ototóxico;
Isabela Dias
Gentamicina



    Isabela Dias
GENTAMICINA




               Introdução


               Aminoglicosídeo isolado de Micromonosporo purpurea;
               Eficaz contra Gram-positivos e Gram-negativos;
               Sem atividade contra anaeróbios;
               Resistência: estreptococos e enterecocos;
               Desenvolvimento de resistência nos estafilococos
Isabela Dias
GENTAMICINA




               Uso Clínico

                Infecções graves:
                  Pseudomonas, Enterobacter, Serratia, Proteus,
                  Acinetobacter e Klebsiella;
                Via intravenosa, 5-6mg/kg/dia;
                Endocardite por estreptococos viridans ou enterococos
                e por estafilococicos;
                Administração tópica;
Isabela Dias
GENTAMICINA




               Reações Adversas


               Nefrotoxicidade reversível e habitualmente leve;
                 5-25% em uso por mais de 3-5 dias;
               Ototoxicidade com disfunção vestibular;
                 Pode ocorrer perda da audição;
                 1-5% em uso por mais de 5 dias;
Isabela Dias
Arbecacina



 Isabela Dias
ARBICACINA




               Introdução


               Infecções sistêmicas, septicemias, infecções dos tratos
               respiratórios e urinário;
               Evitar na gravidez, risco de feto com surdez;
               150 a 200 mg/dia 2x em duas aplicações, IM ou IV;
Isabela Dias
Macrolídeos
MACROLÍDEOS




                   Introdução

                   “Macro”- grande, “olídeo”- lactona;
                   Agem inibindo a Síntese Proteica – impedem o
                   crescimento bacteriano;
                   Têm sido utilizados principalmente em indivíduos
                   alérgicos à Lactona;
                   A eritromicina foi o primeiro macrolídeo a ser
                   comercializado – isolado em 1952 a partir do
Dandara Bandeira




                   Streptomyces erythreus;
MACROLÍDEOS




                   Introdução

                   Tipos:
                     Eritromicina;
                     Claritromicina;
                     Azitromicina;
                     Espiramicina;
Dandara Bandeira




                     Roxitromicina;
MACROLÍDEOS




                   Mecanismo de ação

                   Ligação do macrolídeo à subunidade 50 S do
                   ribossomo bacteriano;
                   Impede a transpeptidação e translocação, liberando
                   peptídeos incompletos;
Dandara Bandeira
MACROLÍDEOS




                    Indicações
                   INDICAÇÕES                     DOENÇAS
                   • Streptococcus               • Otite média,
                   pneumoniae,                   • Bronquite,
                   • Streptococcus pyogenes,     • Pneumonias
                   • Streptococcus agalactiae,   comunitárias,
                   • Haemophylus Influenzae,      • Úlcera péptica,
                   • Chlamydia pneumoniae,       • Doenças bacterianas do
                   • Mycoplasma                  sistema gastrointestinal,
                   pneumoniae,                   • Malária,
                   • Moraxella catarrhalis       • Doenças sexualmente
                   • Espécies de Legionella      transmissíveis
                                                 • Infecções do aparelho
                                                 respiratório inferior e
Dandara Bandeira




                                                 superior
                                                 • Alérgicos à Penicilina
MACROLÍDEOS




                   Mecanismos de Resistência

                   Mediado por Plasmídeos:
                     Mecanismo que afeta a acumulação de droga na
                     célula;
                     Mecanismo envolvendo a modificação do alvo da
                     droga;
                     Mecanismo baseado na modificação da droga;
Dandara Bandeira
Eritromicina



Dandara Bandeira
ERITROMICINA




                   Introdução


                   Formulada em 1952 através de meios de cultura do
                   Streptomyces erythreus;
                   Bacteriostático, sendo algumas vezes bactericida;
                   Brasil: somente a formulação por VO;
                   Sofre ação do pH ácido – estearato de eritromicina;
Dandara Bandeira
ERITROMICINA




                   Farmacocinética

                   Meia-vida de 1,5 a 2h;
                   Absorção no segmento superior do intestino delgado;
                   80% da dose administrada sofre inativação no fígado;
                   5% é eliminada pela urina;
                   Alcança na bile uma concentração de até 25x mais alta
                   que a concentração sérica;
Dandara Bandeira




                   Atinge o intestino e parte é reabsorvida;
ERITROMICINA




                   Administração

                   Deve ser evitada em pacientes com insuficiência
                   hepática;
                   Não precisa de reajustes em pacientes nefropatas;
                   Concentra-se bom no fígado, baço, bile, líquido
                   peritoneal, pleura e secreções brônquicas;
                   Taxas baixas no líquido cefalo-raquidiano;
Dandara Bandeira




                   Apenas 30% da dose sérica é encontrada no feto;
ERITROMICINA




                   Indicações
                    Gram-positivos: especialmente pneumococos,
                    estreptococos, estafilococos e corinebacterias;
                    Outros: Mycoplasma, Legionella, Chlamydia, Listeria, e
                    algumas micobacterias;

                   Uso clínico
                   • Infecções por corinebacterias: difteria,
                   eritrasma;
                   • Infecções respiratórias, neonatais, oculares e
Dandara Bandeira




                   genitais causadas por clamídia;
                   • Pneumonias adquiridas na comunidade;
ERITROMICINA




                   Posologia


                   Adultos: 250 ou 500mg de 6/6h;
                   Crianças: 30 a 50mg/kg/dia de 6/6h ou 8/8h;
                   RN: 30mg/kg/dia de 8/8h;


                   Preço: 1 cx 500mg 21 comprimidos: R$31,20
Dandara Bandeira
Claritromicina



Dandara Bandeira
CLARITROMICINA




                   Introdução


                   É derivada da eritromicina;
                   Tem maior potência contra os mesmos agentes;
                   Tem as mesmas indicações: a escolha deve ser
                   conveniente com o custo/benefício e tolerância;
                   Preço: 1 cx 500mg com 10 cp: R$42,50;
Dandara Bandeira
CLARITROMICINA




                   Introdução



                   Mais potente contra o complexo Mycobacterium
                   avium ;
                   Atividade contra M. leprae e Toxoplasma gondii;
Dandara Bandeira
CLARITROMICINA




                   Farmacocinética

                   Semelhante à eritromicina;
                   Meia-vida de 4 a 5h;
                   Não deve ser administrada em mulheres grávidas (C);
                   Dose:
                     Adultos: 250 a 500mg 12/12h;
Dandara Bandeira




                     Crianças: 15mg/kg/dia;
Espiramicina



 Higor Ramalho
ESPIRAMICINA




                Introdução


                Aspecto antimicrobiano semelhante a Eritromicina;
                Resistência cruzada;
                Usada na toxoplasmose sensível a Espiramicina;
                Uso exclusivo por via oral;
                Cápsulas de 250 mg (1,5 mi UI);
Higor Ramalho
ESPIRAMICINA




                Introdução

                Concentração terapêutica em quase todos os tecidos;
                Fígado, Rins, Pulmão e Baço;
                Não se concentra no LCR e nas células do SNC;
                Eliminada principalmente na bile;
                Não atravessa a barreira placentária em doses
                terapêuticas;
Higor Ramalho
ESPIRAMICINA




                Introdução


                Indicada principalmente na Toxoplasmose gestacional
                e como alternativa a Pirimetamina;
                Efeitos Colaterais: Naúseas, vômitos, diarreias,
                disfunção hepática, fadiga, sudorese;
                Preço unitário da cápsula: R$ 2,00.
Higor Ramalho
Azitromicina



 Higor Ramalho
AZITROMICINA




                Introdução

                Possui um anel lactona modificado pela adição de um
                grupo amino terciário;
                Melhor classificado como azalídeo;
                Meia vida sérica de 68 h até 76 h.
                Acentuada e prolongada penetração tecidual e
                intracelular;
                Semelhante a Eritromicina contra a maioria das cepas
Higor Ramalho




                de Estreptococos e Estafilococos;
AZITROMICINA




                Introdução

                Superior a Eritromicina :
                  Haemophilus;              Neisseria;
                  Moxarella catarrhalis;    Chlamydia pneumonia;
                  Mycoplasma                C. jejuni;
                  pneumoniae;
                                            Ureaplasma uralyticum;	
                  C. trachomatis;
Higor Ramalho




                                            L. pneumophila;
AZITROMICINA




                Introdução

                Resistência: S. aureus resistente à oxacilina;
                Acentuada e prolongada penetração tecidual e
                intracelular;
                Via oral e baixa disponibilidade;
                Excreção predominantemente biliar;
                Ação bacteriostática;
Higor Ramalho




                Dose única diária – 3 a 5 dias;
AZITROMICINA




                Introdução
                Principais indicações terapêuticas:
                  Infecções do trato respiratório,
                  Infecção intestinal por C. jejuni;
                  Erradicação da H. pylori;
                  Infecções de pele e partes moles;
                  Uretrites não gonorreicas e cancro mole;
                  Gonorreia;
Higor Ramalho




                  Micobacteriose;
AZITROMICINA




                Introdução

                Forma Endovenosa:
                  PAC Grave;
                  DIP;
                  7 a 10 dias;
                  500 mg/dia;
                  10 mg/kg/dia;
Higor Ramalho
AZITROMICINA




                Introdução

                Superior a Eritromicina em tolerância e efeitos e efeitos
                adversos;
                Principais efeitos colaterais:
                  Diarreia (6%), dor e cólica abdominal (2,5%),
                  nauséas (2%), vômitos, flatulência, colite
                  pseudomembranosa, dor torácica, palpitação,
                  reação alérgica, angioedema, urticária, cefaléia,
                  tonteira, vertigem, entre outros;
Higor Ramalho
AZITROMICINA




                Introdução
                Apresentação:
                  Cápsulas de 500 mg;
                  Cápsulas de 250 mg;
                  Suspensão 200 mg/5ml
                  EV por infusão lenta;
                Preço unitário:
                  Suspensão R$ 8,80 a 12,50;
Higor Ramalho




                  Comprimido 500 mg R$ 6,00 a 8,00;
Roxitromicina



Carlos Bronzeado
ROXITROMICINA




                   Introdução


                   Vatagens sobre a Eritromicina:
                   1/5 da dose, 4 vezes maior concentração sérica;
                   Meia vida de 13h;
Carlos Bronzeado
ROXITROMICINA




                   Introdução


                   Eficácia comprovada
                     Pneumonias por chlamydia e mycoplasma;
                     Infecções urinárias por chlamydia e ureaplasma;
                     Toxoplasma;
                     Mycobacterium avium intracelullare;
Carlos Bronzeado
Tetraciclinas
TETRACICLINA




                   Introdução


                   Clortetraciclina (protótipo da classe): 1948;
                   Origem variada (sintética, orgânica);
                   Conhecidos como de “amplo espectro”;
                   Não possuem atividade anti fúngica, nem contra
                   pseudomonas;
Carlos Bronzeado
Carlos Bronzeado    TETRACICLINA




                   Introdução
TETRACICLINA




                   Introdução


                   Uso sistêmico:
                     Demeclociclina, Tetraciclina, oxitetraciclina,
                     minociclina e doxiciclina;
                   Oftálmológicas:
                     Clortetraciclina e oxitetraciclina;
Carlos Bronzeado
TETRACICLINA




                   Introdução

                   Sensibilidade Bacteriana
                     Gram + são mais sensíveis que os Gram –;
                     Resistência das cepas depende da região;
                     Neisseiria gonorrhoeae: não mais sensível;
                     Ação contra riquitérias;
Carlos Bronzeado




                     Boa ação contra epiroquetas;
                     Aeróbios e anaeróbios;
TETRACICLINA




                   Resistência Bacteriana

                   Mecanismos de resistência:
                     Diminuição do acúmulo de tetraciclina (alteração no
                     influxo ou via de efluxo);
                     Proteína de proteção ribossômica;
                     Inativação enzimática;
Carlos Bronzeado




                   A resistência cruzada entre tetraciclinas dependerá do
                   mecanismo de resistência atuante;
TETRACICLINA




                   Farmacocinética
                   Absorção:
                     Incompleta;
                     Porcentagem não absorvida aumenta com a dose
                     Principalmente no estômago e a delgado proximal
                     Reduz: lacticineos, Al(OH)3, sais de Ca, Mg e Fe
                   Distribuição
                     Difunde-se em todos os tecidos;
Carlos Bronzeado




                     Acumula-se no fígado, baço e medula óssea;
                     Presente em líquidos e secreções corporais;
TETRACICLINA




                   Farmacocinética

                   Excreção:
                     Renal (principal, excessão: doxiciclina);
                     Presente na bile;
                     Quanto maior a meia vida, excreção fecal aumenta;
                   Podem causar desconforto gástrico, nauseas e
Carlos Bronzeado




                   vômitos;
                   Ingerir 2h antes ou 2h depois das refeições;
TETRACICLINA




                   Uso Terapêutico


                   Riquetioses (Rickettsia): Febre maculosa das
                   montanhas rochosas, tifo epidêmico, tifo rual…;
                   Infecções por micoplasmas, clamídia, tracoma, DSTs,
                   antraz;
                   Brucelose, Cólera e Tularemia;
Carlos Bronzeado
TETRACICLINA




                   Efeitos Colaterais


                    Gastrointestinais: queimação, desconforto, náuseas,
                    vômitos e diarréia;
                    Reações de fotossensibilidade;
                    Toxicidade hepática e renal;
Carlos Bronzeado




                    Acastanhamento dos dentes das crianças;
Tetraciclina



Carlos Bronzeado
TETRACICLINA




                   Droga

                   Pico após 2-4 horas;
                   Meia-vida: 6-12h;
                   Dose oral habitual:
                     Adultos: 1-2g/dia;
                     Crianças (> 8 anos): 25-50mg/kg/dia;
Carlos Bronzeado




                   Excelente ação em casos de tracoma;
Doxiciclina



Gabriela Toscano
DOXICICLINA




                   Introdução

                   Tetraciclina semi-sintética, criada em 1962;
                   Tetraciclinas de “segunda geração” ou ação lenta;
                   Meia-vida: 18 horas;
                   93% de ligação à proteína plasmática;
                   5 vezes mais hidrossolúvel que as outras tetraciclinas;
Gabriela Toscano
DOXICICLINA




                   Introdução

                   Alcança altas taxas de concentração na bile, seios da
                   face, secreção brônquica, órgão genitais femininos e
                   próstata, junto com a minociclina;
                   Propriedade de penetração no parênquima renal;
                   Eliminação principal através das fezes, na sua forma
                   inativada (65%);
                   Não utilizar em pacientes com insuficiência renal,
Gabriela Toscano




                   hepatopatia, menores de 8 anos e gestantes;
DOXICICLINA




                   Introdução

                   Absorção menos prejudicada ao ser ingerida com
                   cálcio e antiácidos;
                   Dose: 100 mg de 12/12 horas ou 5 mg/kg/dia;
                   Reações adversas: Distúrbios vestibulares;
                   Tonturas, vestigens, náuseas e vômitos, principalmente
                   com doses acima de 100 mg;
Gabriela Toscano
Minociclina



Gabriela Toscano
MINOCICLINA




                   Introdução

                   Tetraciclina semi-sintética, criada em 1966;
                   Tetraciclinas de “segunda geração” ou ação lenta;
                   Meia-vida: 15-20 horas;
                   76% de ligação à proteína plasmática; alcance do
                   cordão umbilical e líquido amniótico;
                   5 vezes mais lipossolúvel que as outras tetraciclinas
Gabriela Toscano




                   em ph fisiológico, facilitando sua penetração nos
                   tecidos;
MINOCICLINA




                   Introdução

                   Alcança altas taxas de concentração na bile, seios da
                   face, secreção brônquica, órgão genitais femininos e
                   próstata, assim como a doxiciclina;
                   Altas concentrações na vesícula biliar, intestino
                   delgado, intestino grosso e amigdalas palatinas;
                   80% da sua dosagem é absorvida no tubo digestivo;
                   Absorção menos prejudicada ao ser ingerida com
Gabriela Toscano




                   cálcio e antiácidos;
MINOCICLINA




                   Introdução

                   Alimentos potencializam sua absorção;
                   Apenas 10% eliminado através da urina; grande parte
                   sobre metabolização hepática,; presença de outra
                   forma de eliminação ainda não desvendada;
                   Dose: 100 mg de 12/12 horas ou 4 mg/kg/dia;
                   Reações adversas: Distúrbios vestibulares;
Gabriela Toscano




                   Tonturas, vestigens, náuseas e vômitos, principalmente
                   com doses acima de 100 mg;
Glicilciclinas
Tigeciclina



 Gustavo Pires
TIGECICLINA




                Introdução

                Única representante do grupo das glicilciclinas;
                Estruturalmente similar às Tetraciclinas;
                Esqueleto central de quatro anéis carboxílicos,
                derivando diretamente da Minociclina;
                A substituição na posição D-9 lhe confere um amplo
                espectro de atividade;
Gustavo Pires
TIGECICLINA




                Mecanismo de ação

                Inibe a síntese protéica por união à subunidade do
                ribossomo bacteriano 30S e é bacteriostático;
                Não é afetada pelos dois principais mecanismos de
                resistência às tetraciclinas:
                  Proteção ribossômica;
                  Efluxo;
Gustavo Pires
TIGECICLINA




                Administração



                Disponível somente para uso endovenoso;
                Administra-se em infusão intravenosa lenta, diluída em
                solução salina a 0.9% de 100ml;
                Não necessita ajustar dose em caso de insuficiência
                renal ou hepática;
Gustavo Pires




                Só indicado em idade adulta;
TIGECICLINA




                Administração


                Excelente distribuição tecidual;
                Concentrações mais altas: bexiga, pulmão, cólon,
                baço e rim;
                Eliminada predominantemente pelas vias biliares em
                sua forma ativa;
                Cerca de 30% são eliminados pelos rins;
Gustavo Pires
TIGECICLINA




                Indicações


                Aprovada pela ANVISA para o tratamento de infecções
                complicadas de partes moles e intra-abdominais;
                Cocos gram-positivos (incluindo MRSA, enterococos
                resistentes à vancomicina e estreptococos resistentes
                às penicilinas ou cefalosporinas);
                Bacilos gram-negativos (exceto P. aeruginosa e
Gustavo Pires




                Proteus mirabilis);
TIGECICLINA




                Indicações


                Maioria dos anaeróbios de importância clínica;
                Maioria das enterobactérias (Klebsiella pneumoniae
                produtora de betalactamase de espectro estendido);
                Alguns bacilos gram-negativos não fermentadores
                (Acinetobacter spp. e Stenotrophomonas maltophilia);
                Bactérias anaeróbias (Bacteroides fragilis e Clostridium
Gustavo Pires




                difficile);
TIGECICLINA




                Efeitos colaterais


                 Náusea e vômitos;
                   Leves a moderados; Primeiros 2 dias;
                 Não comumente: diarréia, dor abdominal e cefaléia;
                 Evitar durante a gravidez e a infância, devido a
                 possíveis efeitos sobre dentes e ossos;
Gustavo Pires
TIGECICLINA




                Referências



                http://www.anvisa.gov.br/
                Rose W, Rybak M Rose W, Rybak M (2006).
                Tigecycline: first of a new class of antimicrobial agents..
                26. pp. 1099-110
Gustavo Pires

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Antibióticos - Professor Evanízio Roque

  • 1. Antibióticos Professor Evanízio Roque Carlos Bronzeado Dandara Bandeira Felipe Ximenes Gabriela Toscano Gustavo Pires Higor Ramalho Isabela Dias
  • 2. Cloranfenicol Felipe Ximenes
  • 3. CLORANFENICOL Histórico Obtido a partir do Streptomyces venezuelae; Introduzido na prática clínica em 1948; Com o uso começaram a ser observadas discrasias sanguíneas graves e fatais; Reservado, hoje, em casos: De infecções graves e sem outras alternativas de tratamento antimicrobiano; Felipe Ximenes
  • 4. CLORANFENICOL Mecanismo de Ação Atua nos ribossomos; Penetra na célula bacteriana por difusão facilitada; Ação em mitocôndrias de células eucarióticas; Felipe Ximenes
  • 5. CLORANFENICOL Aplicação Clínica É um antimicrobiano de amplo espectro; Tem ação bacteriostática para a maioria dos gram positivos e negativos e ação bactericida sobre: H. influenzae; Neisseria meningitidis; S. pneumoniae Felipe Ximenes
  • 6. CLORANFENICOL Aplicação Clínica Apresentam boa resposta ao cloranfenicol: N. gonrrhoeae; Bordetella pertussis; Brucella spp.; Rickettsia; Anaeróbios, incluindo cocos gram positivos, Clostridium spp., e bastonetes gram negativos, como B. fragilis; Alguns cocos gram positivos aeróbios são suscetíveis , como Streptococcus pyogenes, Felipe Ximenes Streptococcus agalactiae e S. pneumoniae;
  • 7. CLORANFENICOL Resistência Bacteriana Cepas de Staphyloccus aureus; Chlamydia, Pseudomonas aeruginosa e enterobactérias (maior parte); Mecanismo de resistência: acetiltransferase, codificada por plasmídios, inativando o fármaco; Felipe Ximenes
  • 8. CLORANFENICOL Farmacocinética Rápida absorção pelo TGI (ésteres palmitato); Alcança concentrações máximas de 10-13 microgramas/ml em 2-3 horas após administração de 1g; Meia vida de 4,1h; Uso parenteral: succinato sódico de cloranfenicol (pró- droga) IM ou IV; Felipe Ximenes Hidrólise por esterases;
  • 9. CLORANFENICOL Farmacocinética Altamente lipossolúvel; Concentrações terapêuticas no LCR (valores equivalentes a 60% do plasma); Dectado no leite, na bile, humor aquoso e no líquido amniótico; Conjugação: ácido glicurônico no fígado; Excreção pelos rins (principalmente), bile e fezes; Felipe Ximenes
  • 10. CLORANFENICOL Ajuste de Dose Não necessário na insuficiência renal; Hepatopatas; Pacientes cirróticos submetidos à diálise (administrar ao final); Recém-nascidos; Felipe Ximenes
  • 11. CLORANFENICOL Uso Terapêutico “A terapia com cloranfenicol deve limitar-se a infecções para as quais o benefício do fármaco supera os riscos de toxicidade potencial. Quando se dispuser de outros agentes antimicrobianos igualmente eficazes e potencialmente menos tóxicos, eles devem ser utilizados em substituição ao cloranfenicol.” (Wareham e Wilson, 2002); Felipe Ximenes
  • 12. CLORANFENICOL Uso Terapêutico Febre Tifóide: Cefalosporinas de 3ª geração e quinolonas são os fármacos de 1ª escolha; Posologia: 1g de 6/6h por 4 semanas; Resposta mais rápida via oral; Felipe Ximenes
  • 13. CLORANFENICOL Uso Terapêutico Meningite bacteriana: Pacientes com intolerância aos beta-lactâmicos e que tem MB por H. influenzae, N. meningitidis ou S. pneumoniae; Posologia: 50-100mg/kg/dia; em crianças: 25-50mg/kg/dia; Felipe Ximenes
  • 14. CLORANFENICOL Uso Terapêutico Riquetisioses: Tetraciclinas são a primeira escolha; Pacientes alérgicos, crianças <8 anos, grávidas, redução da função renal e que precisam de doses prolongadas ou repetidas, o cloranfenicol pode ser droga de 1ª escolha; Posologia: Adultos: 50mg/kg/dia; Felipe Ximenes Crianças: 75mg/kg de 6/6h ou 8/8h;
  • 15. CLORANFENICOL Uso Terapêutico Brucelose: Tetraciclinas são mais eficazes; Quando estas forem contra-indicadas, usar 750mg a 1g de cloranfenicol, VO, de 6/6h; Felipe Ximenes
  • 16. CLORANFENICOL Efeitos Adversos Hipersensibilidade: Exantemas cutâneos; Febre; Angioedema; Reações de Jarisch-Herxheimer após tratamento de sífilis, brucelose e febre tifóide; VO: náuseas, vômitos, gosto desagradável, irritação perineal; Felipe Ximenes Visão embaçada e parestesia digital (raros);
  • 17. CLORANFENICOL Efeitos Adversos Toxicidade Hematológica (afetado em 2 formas): Efeito dose-dependente -> anemia, trombocitopenia ou leucopenia; Pode evoluir para aplasia medular; Resposta idiossincrática -> Anemia Aplásica ( terapias prolongadas ou em várias ocasiões); Incidência de 1: 30:000 Alto índice de Leucemia Aguda nos que se recuperam; Felipe Ximenes Relacionada a concentrações plasmáticas em torno de 25 microgramas/ml ou mais;
  • 18. CLORANFENICOL Efeitos Adversos Síndrome do Bebê Cinzento: Deficiência da glicuronil-transferase nas primeiras 3-4 semanas de vida e excreção renal inadequada devido à não conjugação. Síndrome surge em 2-9 dias; Nas primeiras 24h: recusa alimentar, vômitos, distensão abdominal, taquipnéia, fezes moles e esverdeadas e cianose; Nas próximas 24h, tornam-se cinzentas, hipotérmicas e flácida; Felipe Ximenes Mortalidade de 40% em 2 dias; RNs que se recuperam não apresentam sequelas;
  • 19. CLORANFENICOL Intoxicação É removido do sangue por exsanguineo transfusão e hemoperfusão com carvão ativado; Hemodiálise e diálise peritoneal não eliminam a droga de forma satisfatória; Felipe Ximenes
  • 20. CLORANFENICOL Interações Medicamentosas Prolonga a meia-vida dos seguintes fármacos: Clorpropamida; Varfarina; Rifabutina; Dicumarol; Tolbutamida; Fenitoína; Inibidores da protease anti-retrovirais. Fármacos que encurtam a meia-vida do cloranfenicol: Fenobarbital; Felipe Ximenes Rifampicina;
  • 21. Felipe Ximenes CLORANFENICOL Comércio
  • 23. AMINIOGLICOSÍDEOS Introdução Bactérias Gram-negativas; Estreptomicina Canamicina Neomicina Tobramicina Gentamicina Netilmicina Amicacina Arbecacina Isabela Dias
  • 24. AMINIOGLICOSÍDEOS Mecanismo de Ação Inibe a síntese protéica bacteriana; Efeito bactericida; Transporte dependente de oxigênio; Transporte intensificado por drogas que atuam sobre a parede celular; Isabela Dias
  • 25. AMINIOGLICOSÍDEOS Mecanismos de Resistência Inativação através de adenilação, fosforilação ou acetilação por enzimas microbianas; Interferência na entrada do aminoglicosídeo na célula; Proteína da subunidade 30S pode sofrer deleção ou ser alterada por mutação; Isabela Dias
  • 26. AMINIOGLICOSÍDEOS Farmacocinética Não há absorção gastrointestinal; Administrados IM ou IV; Eliminação por filtração glomerular; Isabela Dias
  • 27. AMINIOGLICOSÍDEOS Uso Clínico Bactérias Gram-negativas resistente a drogas; Suspeita de sepse; Uso associado com B-lactâmico; Endocardite enterotóxica; Enterobacteriaceae, Pseudomonas aeruginosa; Isabela Dias
  • 28. AMINIOGLICOSÍDEOS Efeitos Adversos Ototoxicidade: Lesão auditiva: zumbido e perda de audição; Lesão vestibular: vertigem, ataxia e perda do equilíbrio; Nefrotoxicidade: Lesão dos túbulos renais; Reversível; Bloqueio neuromuscular: Isabela Dias Paralisia respiratória;
  • 29. Amicacina Isabela Dias
  • 30. AMICACINA Introdução Espectro antimicrobiano mais amplo; Efetiva em resistentes à gentamicina e tobramicina; M. tuberculosis resistentes a múltiplas drogas (7,5-15 mg/kg/dia associado a outro fármaco); Nefrotóxico e ototóxico; Isabela Dias
  • 31. Gentamicina Isabela Dias
  • 32. GENTAMICINA Introdução Aminoglicosídeo isolado de Micromonosporo purpurea; Eficaz contra Gram-positivos e Gram-negativos; Sem atividade contra anaeróbios; Resistência: estreptococos e enterecocos; Desenvolvimento de resistência nos estafilococos Isabela Dias
  • 33. GENTAMICINA Uso Clínico Infecções graves: Pseudomonas, Enterobacter, Serratia, Proteus, Acinetobacter e Klebsiella; Via intravenosa, 5-6mg/kg/dia; Endocardite por estreptococos viridans ou enterococos e por estafilococicos; Administração tópica; Isabela Dias
  • 34. GENTAMICINA Reações Adversas Nefrotoxicidade reversível e habitualmente leve; 5-25% em uso por mais de 3-5 dias; Ototoxicidade com disfunção vestibular; Pode ocorrer perda da audição; 1-5% em uso por mais de 5 dias; Isabela Dias
  • 36. ARBICACINA Introdução Infecções sistêmicas, septicemias, infecções dos tratos respiratórios e urinário; Evitar na gravidez, risco de feto com surdez; 150 a 200 mg/dia 2x em duas aplicações, IM ou IV; Isabela Dias
  • 38. MACROLÍDEOS Introdução “Macro”- grande, “olídeo”- lactona; Agem inibindo a Síntese Proteica – impedem o crescimento bacteriano; Têm sido utilizados principalmente em indivíduos alérgicos à Lactona; A eritromicina foi o primeiro macrolídeo a ser comercializado – isolado em 1952 a partir do Dandara Bandeira Streptomyces erythreus;
  • 39. MACROLÍDEOS Introdução Tipos: Eritromicina; Claritromicina; Azitromicina; Espiramicina; Dandara Bandeira Roxitromicina;
  • 40. MACROLÍDEOS Mecanismo de ação Ligação do macrolídeo à subunidade 50 S do ribossomo bacteriano; Impede a transpeptidação e translocação, liberando peptídeos incompletos; Dandara Bandeira
  • 41. MACROLÍDEOS Indicações INDICAÇÕES DOENÇAS • Streptococcus • Otite média, pneumoniae, • Bronquite, • Streptococcus pyogenes, • Pneumonias • Streptococcus agalactiae, comunitárias, • Haemophylus Influenzae, • Úlcera péptica, • Chlamydia pneumoniae, • Doenças bacterianas do • Mycoplasma sistema gastrointestinal, pneumoniae, • Malária, • Moraxella catarrhalis • Doenças sexualmente • Espécies de Legionella transmissíveis • Infecções do aparelho respiratório inferior e Dandara Bandeira superior • Alérgicos à Penicilina
  • 42. MACROLÍDEOS Mecanismos de Resistência Mediado por Plasmídeos: Mecanismo que afeta a acumulação de droga na célula; Mecanismo envolvendo a modificação do alvo da droga; Mecanismo baseado na modificação da droga; Dandara Bandeira
  • 44. ERITROMICINA Introdução Formulada em 1952 através de meios de cultura do Streptomyces erythreus; Bacteriostático, sendo algumas vezes bactericida; Brasil: somente a formulação por VO; Sofre ação do pH ácido – estearato de eritromicina; Dandara Bandeira
  • 45. ERITROMICINA Farmacocinética Meia-vida de 1,5 a 2h; Absorção no segmento superior do intestino delgado; 80% da dose administrada sofre inativação no fígado; 5% é eliminada pela urina; Alcança na bile uma concentração de até 25x mais alta que a concentração sérica; Dandara Bandeira Atinge o intestino e parte é reabsorvida;
  • 46. ERITROMICINA Administração Deve ser evitada em pacientes com insuficiência hepática; Não precisa de reajustes em pacientes nefropatas; Concentra-se bom no fígado, baço, bile, líquido peritoneal, pleura e secreções brônquicas; Taxas baixas no líquido cefalo-raquidiano; Dandara Bandeira Apenas 30% da dose sérica é encontrada no feto;
  • 47. ERITROMICINA Indicações Gram-positivos: especialmente pneumococos, estreptococos, estafilococos e corinebacterias; Outros: Mycoplasma, Legionella, Chlamydia, Listeria, e algumas micobacterias; Uso clínico • Infecções por corinebacterias: difteria, eritrasma; • Infecções respiratórias, neonatais, oculares e Dandara Bandeira genitais causadas por clamídia; • Pneumonias adquiridas na comunidade;
  • 48. ERITROMICINA Posologia Adultos: 250 ou 500mg de 6/6h; Crianças: 30 a 50mg/kg/dia de 6/6h ou 8/8h; RN: 30mg/kg/dia de 8/8h; Preço: 1 cx 500mg 21 comprimidos: R$31,20 Dandara Bandeira
  • 50. CLARITROMICINA Introdução É derivada da eritromicina; Tem maior potência contra os mesmos agentes; Tem as mesmas indicações: a escolha deve ser conveniente com o custo/benefício e tolerância; Preço: 1 cx 500mg com 10 cp: R$42,50; Dandara Bandeira
  • 51. CLARITROMICINA Introdução Mais potente contra o complexo Mycobacterium avium ; Atividade contra M. leprae e Toxoplasma gondii; Dandara Bandeira
  • 52. CLARITROMICINA Farmacocinética Semelhante à eritromicina; Meia-vida de 4 a 5h; Não deve ser administrada em mulheres grávidas (C); Dose: Adultos: 250 a 500mg 12/12h; Dandara Bandeira Crianças: 15mg/kg/dia;
  • 54. ESPIRAMICINA Introdução Aspecto antimicrobiano semelhante a Eritromicina; Resistência cruzada; Usada na toxoplasmose sensível a Espiramicina; Uso exclusivo por via oral; Cápsulas de 250 mg (1,5 mi UI); Higor Ramalho
  • 55. ESPIRAMICINA Introdução Concentração terapêutica em quase todos os tecidos; Fígado, Rins, Pulmão e Baço; Não se concentra no LCR e nas células do SNC; Eliminada principalmente na bile; Não atravessa a barreira placentária em doses terapêuticas; Higor Ramalho
  • 56. ESPIRAMICINA Introdução Indicada principalmente na Toxoplasmose gestacional e como alternativa a Pirimetamina; Efeitos Colaterais: Naúseas, vômitos, diarreias, disfunção hepática, fadiga, sudorese; Preço unitário da cápsula: R$ 2,00. Higor Ramalho
  • 58. AZITROMICINA Introdução Possui um anel lactona modificado pela adição de um grupo amino terciário; Melhor classificado como azalídeo; Meia vida sérica de 68 h até 76 h. Acentuada e prolongada penetração tecidual e intracelular; Semelhante a Eritromicina contra a maioria das cepas Higor Ramalho de Estreptococos e Estafilococos;
  • 59. AZITROMICINA Introdução Superior a Eritromicina : Haemophilus; Neisseria; Moxarella catarrhalis; Chlamydia pneumonia; Mycoplasma C. jejuni; pneumoniae; Ureaplasma uralyticum; C. trachomatis; Higor Ramalho L. pneumophila;
  • 60. AZITROMICINA Introdução Resistência: S. aureus resistente à oxacilina; Acentuada e prolongada penetração tecidual e intracelular; Via oral e baixa disponibilidade; Excreção predominantemente biliar; Ação bacteriostática; Higor Ramalho Dose única diária – 3 a 5 dias;
  • 61. AZITROMICINA Introdução Principais indicações terapêuticas: Infecções do trato respiratório, Infecção intestinal por C. jejuni; Erradicação da H. pylori; Infecções de pele e partes moles; Uretrites não gonorreicas e cancro mole; Gonorreia; Higor Ramalho Micobacteriose;
  • 62. AZITROMICINA Introdução Forma Endovenosa: PAC Grave; DIP; 7 a 10 dias; 500 mg/dia; 10 mg/kg/dia; Higor Ramalho
  • 63. AZITROMICINA Introdução Superior a Eritromicina em tolerância e efeitos e efeitos adversos; Principais efeitos colaterais: Diarreia (6%), dor e cólica abdominal (2,5%), nauséas (2%), vômitos, flatulência, colite pseudomembranosa, dor torácica, palpitação, reação alérgica, angioedema, urticária, cefaléia, tonteira, vertigem, entre outros; Higor Ramalho
  • 64. AZITROMICINA Introdução Apresentação: Cápsulas de 500 mg; Cápsulas de 250 mg; Suspensão 200 mg/5ml EV por infusão lenta; Preço unitário: Suspensão R$ 8,80 a 12,50; Higor Ramalho Comprimido 500 mg R$ 6,00 a 8,00;
  • 66. ROXITROMICINA Introdução Vatagens sobre a Eritromicina: 1/5 da dose, 4 vezes maior concentração sérica; Meia vida de 13h; Carlos Bronzeado
  • 67. ROXITROMICINA Introdução Eficácia comprovada Pneumonias por chlamydia e mycoplasma; Infecções urinárias por chlamydia e ureaplasma; Toxoplasma; Mycobacterium avium intracelullare; Carlos Bronzeado
  • 69. TETRACICLINA Introdução Clortetraciclina (protótipo da classe): 1948; Origem variada (sintética, orgânica); Conhecidos como de “amplo espectro”; Não possuem atividade anti fúngica, nem contra pseudomonas; Carlos Bronzeado
  • 70. Carlos Bronzeado TETRACICLINA Introdução
  • 71. TETRACICLINA Introdução Uso sistêmico: Demeclociclina, Tetraciclina, oxitetraciclina, minociclina e doxiciclina; Oftálmológicas: Clortetraciclina e oxitetraciclina; Carlos Bronzeado
  • 72. TETRACICLINA Introdução Sensibilidade Bacteriana Gram + são mais sensíveis que os Gram –; Resistência das cepas depende da região; Neisseiria gonorrhoeae: não mais sensível; Ação contra riquitérias; Carlos Bronzeado Boa ação contra epiroquetas; Aeróbios e anaeróbios;
  • 73. TETRACICLINA Resistência Bacteriana Mecanismos de resistência: Diminuição do acúmulo de tetraciclina (alteração no influxo ou via de efluxo); Proteína de proteção ribossômica; Inativação enzimática; Carlos Bronzeado A resistência cruzada entre tetraciclinas dependerá do mecanismo de resistência atuante;
  • 74. TETRACICLINA Farmacocinética Absorção: Incompleta; Porcentagem não absorvida aumenta com a dose Principalmente no estômago e a delgado proximal Reduz: lacticineos, Al(OH)3, sais de Ca, Mg e Fe Distribuição Difunde-se em todos os tecidos; Carlos Bronzeado Acumula-se no fígado, baço e medula óssea; Presente em líquidos e secreções corporais;
  • 75. TETRACICLINA Farmacocinética Excreção: Renal (principal, excessão: doxiciclina); Presente na bile; Quanto maior a meia vida, excreção fecal aumenta; Podem causar desconforto gástrico, nauseas e Carlos Bronzeado vômitos; Ingerir 2h antes ou 2h depois das refeições;
  • 76. TETRACICLINA Uso Terapêutico Riquetioses (Rickettsia): Febre maculosa das montanhas rochosas, tifo epidêmico, tifo rual…; Infecções por micoplasmas, clamídia, tracoma, DSTs, antraz; Brucelose, Cólera e Tularemia; Carlos Bronzeado
  • 77. TETRACICLINA Efeitos Colaterais Gastrointestinais: queimação, desconforto, náuseas, vômitos e diarréia; Reações de fotossensibilidade; Toxicidade hepática e renal; Carlos Bronzeado Acastanhamento dos dentes das crianças;
  • 79. TETRACICLINA Droga Pico após 2-4 horas; Meia-vida: 6-12h; Dose oral habitual: Adultos: 1-2g/dia; Crianças (> 8 anos): 25-50mg/kg/dia; Carlos Bronzeado Excelente ação em casos de tracoma;
  • 81. DOXICICLINA Introdução Tetraciclina semi-sintética, criada em 1962; Tetraciclinas de “segunda geração” ou ação lenta; Meia-vida: 18 horas; 93% de ligação à proteína plasmática; 5 vezes mais hidrossolúvel que as outras tetraciclinas; Gabriela Toscano
  • 82. DOXICICLINA Introdução Alcança altas taxas de concentração na bile, seios da face, secreção brônquica, órgão genitais femininos e próstata, junto com a minociclina; Propriedade de penetração no parênquima renal; Eliminação principal através das fezes, na sua forma inativada (65%); Não utilizar em pacientes com insuficiência renal, Gabriela Toscano hepatopatia, menores de 8 anos e gestantes;
  • 83. DOXICICLINA Introdução Absorção menos prejudicada ao ser ingerida com cálcio e antiácidos; Dose: 100 mg de 12/12 horas ou 5 mg/kg/dia; Reações adversas: Distúrbios vestibulares; Tonturas, vestigens, náuseas e vômitos, principalmente com doses acima de 100 mg; Gabriela Toscano
  • 85. MINOCICLINA Introdução Tetraciclina semi-sintética, criada em 1966; Tetraciclinas de “segunda geração” ou ação lenta; Meia-vida: 15-20 horas; 76% de ligação à proteína plasmática; alcance do cordão umbilical e líquido amniótico; 5 vezes mais lipossolúvel que as outras tetraciclinas Gabriela Toscano em ph fisiológico, facilitando sua penetração nos tecidos;
  • 86. MINOCICLINA Introdução Alcança altas taxas de concentração na bile, seios da face, secreção brônquica, órgão genitais femininos e próstata, assim como a doxiciclina; Altas concentrações na vesícula biliar, intestino delgado, intestino grosso e amigdalas palatinas; 80% da sua dosagem é absorvida no tubo digestivo; Absorção menos prejudicada ao ser ingerida com Gabriela Toscano cálcio e antiácidos;
  • 87. MINOCICLINA Introdução Alimentos potencializam sua absorção; Apenas 10% eliminado através da urina; grande parte sobre metabolização hepática,; presença de outra forma de eliminação ainda não desvendada; Dose: 100 mg de 12/12 horas ou 4 mg/kg/dia; Reações adversas: Distúrbios vestibulares; Gabriela Toscano Tonturas, vestigens, náuseas e vômitos, principalmente com doses acima de 100 mg;
  • 90. TIGECICLINA Introdução Única representante do grupo das glicilciclinas; Estruturalmente similar às Tetraciclinas; Esqueleto central de quatro anéis carboxílicos, derivando diretamente da Minociclina; A substituição na posição D-9 lhe confere um amplo espectro de atividade; Gustavo Pires
  • 91. TIGECICLINA Mecanismo de ação Inibe a síntese protéica por união à subunidade do ribossomo bacteriano 30S e é bacteriostático; Não é afetada pelos dois principais mecanismos de resistência às tetraciclinas: Proteção ribossômica; Efluxo; Gustavo Pires
  • 92. TIGECICLINA Administração Disponível somente para uso endovenoso; Administra-se em infusão intravenosa lenta, diluída em solução salina a 0.9% de 100ml; Não necessita ajustar dose em caso de insuficiência renal ou hepática; Gustavo Pires Só indicado em idade adulta;
  • 93. TIGECICLINA Administração Excelente distribuição tecidual; Concentrações mais altas: bexiga, pulmão, cólon, baço e rim; Eliminada predominantemente pelas vias biliares em sua forma ativa; Cerca de 30% são eliminados pelos rins; Gustavo Pires
  • 94. TIGECICLINA Indicações Aprovada pela ANVISA para o tratamento de infecções complicadas de partes moles e intra-abdominais; Cocos gram-positivos (incluindo MRSA, enterococos resistentes à vancomicina e estreptococos resistentes às penicilinas ou cefalosporinas); Bacilos gram-negativos (exceto P. aeruginosa e Gustavo Pires Proteus mirabilis);
  • 95. TIGECICLINA Indicações Maioria dos anaeróbios de importância clínica; Maioria das enterobactérias (Klebsiella pneumoniae produtora de betalactamase de espectro estendido); Alguns bacilos gram-negativos não fermentadores (Acinetobacter spp. e Stenotrophomonas maltophilia); Bactérias anaeróbias (Bacteroides fragilis e Clostridium Gustavo Pires difficile);
  • 96. TIGECICLINA Efeitos colaterais Náusea e vômitos; Leves a moderados; Primeiros 2 dias; Não comumente: diarréia, dor abdominal e cefaléia; Evitar durante a gravidez e a infância, devido a possíveis efeitos sobre dentes e ossos; Gustavo Pires
  • 97. TIGECICLINA Referências http://www.anvisa.gov.br/ Rose W, Rybak M Rose W, Rybak M (2006). Tigecycline: first of a new class of antimicrobial agents.. 26. pp. 1099-110 Gustavo Pires