O documento discute a economia colonial brasileira e os ciclos econômicos e revoltas que ocorreram durante o período colonial. Aborda tópicos como a pecuária nordestina e sulina, a atuação dos jesuítas, os tratados de fronteira assinados por Portugal, a mineração e as bandeiras, a sociedade colonial e as invasões holandesas.
2. pecuária
• Proibição em 1701 da criação de gado numa faixa de 80 km a
partir da costa
• Além de abastecer a população (carne e couro), os animais
eram utilizados como força motriz e meio de transporte
• Finalidade de abastecer o mercado interno
• A pecuária não se enquadrava nas regras do sistema colonial
• Instalação no interior, em áreas não apropriadas a agricultura
exportadora
• Haviam duas zonas criatórias: as caatingas e as campinas
3. Pecuária nordestina Pecuária sulina
• Seguia o curso do rios • Desenvolveu-se nas vastas
• Inicialmente tinha como campinas do RS
finalidade fornecer carne e • Em todo período colonial foi a
força motriz aos engenhos de única atividade importante da
açúcar região, fazendo nascer ali uma
sociedade tipicamente pastoril
• Com a exploração de ouro, a • O trabalho era realizado na maioria
criação passou a atender a das vezes por capatazes
demanda das regiões (brancos, índios e mestiços
mineradoras assalariados)
• Além do couro fornecia a • Até fins do sec. XVIII a atividade
carne-seca pecuária principal era a produção
de couro, a principio a carne era
• Com a expansão houve desperdiçada, pois não havia quem
conflitos com os nativos consumisse
• No início do séc. XVIII devido • Posteriormente por volta de
a concorrência do gado 1780, surgiu a indústria do
CHAQUE
mineiro e das secas de 1791 e
1793 houve o golpe final na • A região sul era a única a produzir
manteiga
decadente pecuária • Ganha importância também a
nordestina criação de mulas, que eram
exportadas para a região das minas
4. jesuítas
• Fundada por Inácio de Loyola em 1534
• Objetivava a divulgação da religião católica pelo mundo
• Em 1549, desembarcaram os primeiro jesuítas na colônia, na Baia de
Todos os Santos
• O primeiro grupo era liderado por Manoel da Nóbrega
• Desde o início dedicavam-se a catequização, combatendo os costumes e
as tradições indígenas (antropofagia, poligamias, a nudez, a crença nos
rituais dos pajés)
• Os governantes forneciam sesmarias a ordem, onde foram construídos
aldeamentos ( missões) que reuniam os indígenas
• Os jesuítas também seguiram para o interior, fundando entre os séc.
XVII e XVIII, aldeamentos na Amazônia e no sul e sudeste do atual Brasil
• Nos aldeamentos ocorriam a aculturação dos indígenas: ali eles
aprendiam a doutrina católica, alguns ofícios e os costumes da cultura
europeia
• Os índios trabalhavam na exploração de riquezas naturais, conhecidas
como DROGAS DO SERTÃO (guaraná, pimenta, castanha, baunilha,
plantas aromática e medicinais)
• ÍNDIOS LADINOS: aqueles que conheciam o catolicismo, falava o idioma
português e sabia trabalhar na agricultura ou desempenhar serviços
domésticos.
5. 52. URCA/2011.1 A colonização realizada por portugueses e espanhóis na América (século
XV-XVIII/XIX) associou os interesses de três agentes: os Estados Nacionais colonizadores
(Portugal e Espanha), a burguesia desses países e a Igreja Católica. Assinale a opção que
indica os interesses dos três agentes colonizadores:
a) Igreja: combater os cultos africanos e indígenas através da cristianização desses povos
/ Estados Nacionais: expandir o mercado consumidor de manufaturados europeus /
burguesia: fixar residência no Brasil fugindo das perseguições religiosas nos seus países
b) Igreja: combater os cultos pagãos / Estados Nacionais: ganhar adeptos para seus
respectivos governos monárquicos / burguesia: fazer a revolução burguesa no Brasil e
nas áreas de domínio espanhol.
c) Igreja: combater todas as formas de religiosidade popular / Estados Nacionais:
arrecadação de impostos para investir em serviços na própria colônia / burguesia:
organizar uma sociedade baseada nos padrões de civilidade.
d) Igreja: combater o protestantismo que fazia muitos adeptos no Brasil / Estados
Nacionais: escravizar indígenas para venda nos países europeus / burguesia:
implementar a produção industrial nas colônias.
e) Igreja: cristianizar os povos da América e combater as religiosidades populares, dentro
do plano de expansão da fé católica / Estados Nacionais: ampliar áreas de domínio
politico e fortalecimento da economia metropolitana pela complementaridade da
produção nacional e fonte de arrecadação de tributo / burguesia: acumular capitais
através da compra de bens ou gêneros tropicais e da venda de escravos e produtos
manufaturados.
6. tratados fronteiras
• A colonização portuguesa não respeitou o TRATADO DE
TORDESILHAS, expandindo sua fronteira por meio de
bandeirantes, jesuítas e pecuaristas.
• TRATADO DE UTRECHT (1713 e 1715)
• Assinados entre Portugal e França
• Estabelecia o rio Oiapoque, no extremo norte da colônia como o limite
entre o Brasil e a Guiana Francesa
• O segundo procurava resolver as divergências entre portugueses e
espanhóis na região sul, Colônia de sacramento pertencia a Portugal, mas
com resistência dos espanhóis que lá moravam
• TRATADO DE MADRI (1750)
• Estabelecido entre Portugal e Espanha
• Definia que a cada um pertenceria as terras ocupadas na colônia
• A Colônia de Sacramento passa para os espanhóis e a dos Sete povos das
Missões para os portugueses
• O tratado não foi cumprido já que os jesuítas e os índios guaranis dos
Sete Povos não aceitam a dominação portuguesa (Guerra Guaranítica)
• Os portugueses não entregaram aos Sacramento aos espanhóis
7. • TRATADO DE SANTO IDELFONSO (1777)
• Assinado entre Portugal e Espanha
• Estabelecia que espanhóis ficariam com a Colônia de Sacramento e a
região dos Sete Povos da Missões, mas devolveria aos portugueses
terras que nesse período haviam ocupado no RS
• TRATADO DE BADAJÓS (1801)
• Assinado entre portugueses e espanhóis
• Estabeleceu que a região dos Sete Povos das Missões ficariam com
os portugueses e a Colônia de Sacramento com os espanhóis
• Depois de muitas lutas fixaram as fronteiras estabelecidas pelo
tratado de Madri
8.
9. • Grande influência do catolicismo
(outros cultos não podiam ser
feitos em público...).
Sociedade
► Família patriarcal.
► Forte influência dos padrões da
aristocracia europeia.
► Presença dos cristãos-novos
(marranos; judeus convertidos).
► Possibilidade de alforria
(quartações etc).
► Rigidez no tempo do açúcar e
flexibilidade na mineração e na
pecuária.
10. • União Ibérica (1580-1640): período Invasões
em que Portugal foi administrado
pelo rei da Espanha... Holandesas
► Por determinação do novo
rei, rompe-se a parceria luso-
flamenga.
► Os holandeses invadem a Bahia (1
ano) e, depois, Pernambuco (8 anos)
= “Nova Holanda”
► Administrador: Maurício de Nassau
► Tolerância religiosa, empréstimos aos
latifundiários, estudiosos e artistas de renome na Europa
vieram ao Brasil, investimentos em infra-estrutura
(urbanização de Recife, pontes, jardins, palácios etc)
► A expulsão dos holandeses (Insurreição Pernambucana) teve a
concorrência antilhana como consequência...
12. • De apresamento: captura de índios
Bandeiras
► De prospecção: busca de
metais preciosos
► Sertanismo de contrato:
captura de fugitivos
► Ex: Borba Gato, Raposo
Tavares, Fernão
Dias, Domingos Jorge Velho
etc
13. Consequências da mineração
• Corrida para a região das minas
(rush)
► Crise de desabastecimento
► Inflação (na Europa, “Revolução dos Preços”)
► Urbanização e fixação do
homem no interior
► Deslocamento do eixo
econômico (do nordeste pro sudeste)
► Barroco ► Aumentou o fiscalismo ► Maior mobilidade
português social
14. Guerra dos • Clima de tensão em MG: fome e inflação
Emboabas
(1708-1709)
► Rivalidades entre paulistas e
forasteiros (emboabas)
► 8 dias de luta depois que um
paulista matou um emboaba
► Os forasteiros aclamam o
comerciante Manuel Nunes
Viana
► Capão da traição (paulistas
massacrados)
16. “Aclamação de
Amador Bueno”
(1641)
• jesuítas proibiam a captura dos
índios
► “botada dos padres
para fora”
► Pobreza e tensão
(jesuítas x bandeirantes)
► Aclamaram um
► Ele fugiu, tudo
esfriou... espanhol como rei
17. “Revolta dos • latifundiários do Maranhão
Beckman” revoltaram-se porque faltava
escravos
(1684)
► a Cia de Comércio do
Maranhão era
ineficiente e corrupta
► líderes, os irmãos
Manuel e Thomas
Beckman foram
mortos
18. • Senhores de engenho de Olinda Guerra dos
pediam dinheiro emprestado aos
comerciantes de Recife...
Mascates
(1710-1714)
► Era fácil não pagar, pois
controlavam a Câmara Municipal
...
► Mas quando Recife ganhou o
direito de emancipar-se os
latifundiários não
aceitaram, invadindo a cidade
e destruindo o pelourinho
(sede administrativa)
19. Revolta de Felipe
dos Santos ou
Sedição de Vila Rica
(1720)
• decisão do Conde de
Assumar (governador
da província) de abrir
as tais casas de
fundição em Vila Rica
► Massacre dos rebeldes
► Felipe dos
(pra servir de exemplo!)
Santos, minerador, é contra
20. Era pombalina • “derrama” (decreto que estabelecia
que, se a capitação não fosse paga, os
bens dos mineradores poderiam ser
confiscados)
► garantiu o controle da Amazônia ; criou o
Banco Real e organizou a arrecadação de
impostos
► reconstruiu Lisboa após o terremoto de
1755 ; criou diversas companhias de
comércio
► organizou alfândegas, tribunais e outras
instituições do Estado ; procurou reaquecer
a lavoura açucareira do nordeste
► mudou a capital pro RJ; ► tentou diminuir a dependência econômica
incentivou manufaturas na de Portugal com a Inglaterra ; expulsou os
colônia jesuítas de Portugal e suas
(tecelagens, metalurgia, refina colônias, confiscando seus bens
rias de açúcar...)
► Após a morte do rei, perdeu ► subsídio literário; Diretório dos Índios;
poder (“viradeira”) Distrito Diamantino
21. • Movimento emancipacionista Inconfidência
► Filhos da elite de Vila Rica, estudando
na Europa, tomaram contato com as Mineira
idéias iluministas
► Independência dos EUA: influência
► Minas: sinais de esgotamento
► Sátira ao governador: “Cartas
Chilenas”(Tomás Antônio Gonzaga)
► Visconde de Barbacena: derrama
► Cláudio Manuel da Costa e outros
homens ricos: idéias pouco definidas
► Traição de Joaquim Silvério dos Reis
22. Propostas dos Inconfidentes
• MG se tornaria uma república • Parte do grupo era mais favorável
independente com capital em São a uma monarquia com poderes
João Del Rey limitados...
► O Distrito Diamantino seria aberto e a
► O exército seria substituído por industrialização liberada
milícias populares
► A exploração do ferro deixaria de ► Criariam hospitais, escolas e TALVEZ
ser proibida acabassem com a escravidão...
23. • Movimento emancipacionista
Conjuração ► Salvador: corrupção, miséria,
Baiana inflação...
► Saque ao carregamento de carne do
general-comandante
► Cartazes: incitando o jacobinismo
► Revolução Francesa: influência
► França acena com interesse em
ajudar
► Como no Haiti: saques, fogo no
pelourinho etc
► Conjuração dos Alfaiates
► Cipriano Barata (médico) e Agostinho
Gomes (latifundiário)
24. Propostas dos Alfaiates
• Fim da escravidão • Livre comércio
► Terra e voto para todos
(sociedade igualitária) ► República
25. Em 1763, a administração portuguesa decidiu transferir a capital da colônia da
cidade de Salvador para a cidade do Rio de Janeiro. A respeito dessa decisão e
sobre a região das minas podemos afirmar:
I. a administração portuguesa havia conseguido avançar no interior das
capitanias do Nordeste, garantindo a criação de novas cidades, porém a
interiorização da colônia, na região Sudeste, ainda não havia começado.
II. As invasões holandesas e francesa no Nordeste fizeram com que essa
região fosse vista por Portugal como pouca segura, assim transferiu a capital da
região Nordeste para a região Sudeste.
III. A nova capital tinha como objetivo preparar o Rio de Janeiro para
receber a família real portuguesa, no Brasil, completando um antigo plano do
Marquês de pombal.
IV. A transferência da capital demonstra a preocupação administrativa do
governo português que temia, especialmente as revoltas separatistas nas
capitanias de MG e BA.
V. a mudança da capitania assinala um momento de transformações
econômicas, especialmente em virtude do deslocamento do eixo econômico do
Nordeste açucareiro para a região mineradora do Sudeste.
VI. No séc XVIII, a Coroa portuguesa tomou várias medidas para
regulamentara atividade mineradora no Brasil, criando o Regimento das Minas de
Ouro, a Intendência das Minas e as Casas de Fundição.
VII. Durante a União Ibérica (1580 – 1640) os reis da Espanha interferiram
diretamente na administração do Brasil, nomeando exclusivamente
administradores espanhóis para governar a colônia.
VIII. O marquês de Pombal promoveu importantes modificações
administrativas na colônia, como a transferência da capital do Estado do Grão Pará
e Maranhão de São Luiz para Belém (1751) e a do Estado do Brasil de Salvador para
o Rio de Janeiro (1763).
26. • IX. Atraídos pelo ouro, vieram para a colônia aventureiros de toda
espécie, que inviabilizaram a mineração.
• Sobre as revoltas coloniais observe as afirmações:
• I. A Guerra dos Mascates foi marcada pela luta entre jesuítas e colonos e pela
revolta dos colonos contra a Companhia de Comércio do Maranhão.
• II. A Revolta de Vila Rica estava marcada para ter início no dia marcado para
ter início a cobrança de impostos atrasados e daí a implantação de uma
federação liberal.
• III. A Guerra dos Mascates resultou do choque entre a aristocracia rural de
Olinda, que eram uma vila com Câmara Municipal e não aceitavam a ideia de
Recife ter autonomia política e administrativa, e dos comerciantes de Recife
que se desenvolveram bastantes, obtendo o direito à elevação a vila.
• IV. A revolta liderada por Felipe dos Santos em 1720 teve como motivação o
projeto de criação das Casas de Fundição, que iriam controlar e combater o
contrabando de ouro, além dos altos impostos, o monopólio do sal, gado e
aguardente pelo governo colonial.
• V. Os inconfidentes mineiros sofriam influencias da independência dos EUA e
o pensamento liberal e anti-absolutista.
• VI. Prevaleceu o tipo de motivação “mais colonial do que social”. A inquisição
teve por base a coerção exercida pela metrópole através da cobrança de
impostos sobre a produção aurífera. A revolução foi dirigida pelos
proprietários dessa região em plena decadência econômica.
• VII. Prevaleceu o tipo de motivação “antes social do que colônia”. A
revolução foi impulsionada pela participação de pequenos artesãos, militares
de baixo escalão, escravos e demais setores populares. Neste modelo, a
ruptura se dá em três níveis: separação da colônia, mudanças das instituições
políticas e reorganização da sociedade em novas classes.
27. A competição entre Portugal e outros países europeus
pelo domínio do Brasil acirrou-se durante o período da União
Ibérica, mas não se deveu unicamente a esse fato. Prendia-se,
antes, à rápida implantação dos canaviais e da exportação do
açúcar, um dos produtos mais rentáveis da época. O Nordeste
litorâneo tornava-se palco da civilização do açúcar, dominada
pela aristocracia mais poderosa da América, impulsionada pela
comercialização do produto e pelo trabalho dos escravos. Em um
pólo dessa sociedade estava o poderoso senhor de engenho. No
outro extremo ficavam os negros, que durante o dia se esfalfavam
na lavoura e à noite se amontoavam na senzala. Entre um pólo e
outro estavam os plantadores de cana. Estavam também os
trabalhadores livres, empregados na administração colonial e na
grande propriedade produtora, e uma multidão de brancos
marginalizados, aos quais se juntavam os escravos alforriados.
Pouco tempo duraria o regozijo da Coroa com os lucros fabulosos
dos canaviais nordestinos, pois logo os mercadores dos Países
Baixos se apossariam não só das técnicas da produção açucareira,
como dos próprios engenhos brasileiros.
Saga: a grande história do Brasil (vol.1). São Paulo:
Abril Cultural, 1981, p.161 (com adaptações).
28. Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens
seguintes, relativos à História do Brasil Colonial.
94 Após o fracasso da mineração, a colonização do Brasil
centrou-se na agroindústria açucareira.
95 A sociedade açucareira pode ser definida como aristocrática
e patriarcal.
96 Casa grande e senzala são marcos simbólicos da
desigualdade típica da sociedade do açúcar.
97 A mão-de-obra escrava africana desempenhou papel
secundário na economia açucareira.
98 Ao contrário da mineração, concentrada no interior da
colônia, o núcleo da economia açucareira situava-se na área
litorânea nordestina.
99 O texto omite a presença de holandeses no Nordeste
açucareiro.
100 Rigidamente dividida entre senhores de engenho e escravos,
a sociedade açucareira desconhecia a existência de outros
segmentos sociais.
29. O português veio ao Brasil em 1500, em expedição a caminho da Índia. Nos três
primeiros decênios do século XVI, o Brasil esteve de lado, embora não de fora das
preocupações do colonizador: algum comércio se fez, houve pequenas expedições e
alguns portugueses ficaram. Em 1530, veio a primeira expedição importante, sob o
comando de Martim Afonso de Sousa: sugeriu-se ao rei o estabelecimento do
sistema de capitanias. O donatário deveria investir capital, poderia fazer a doação de
terras, teria de defendê-las contra o índio ou o
estrangeiro, recebendo em troca suas rendas, fora os direitos da Coroa. Ante o
malogro da descentralização, o português mudou o sentido da colonização e
estabeleceu, em 1548, o governogeral.
O traço básico da economia era a ausência de autonomia do produtor, dependente
de outro centro. A colônia existia para a metrópole. Fornecedora de bens primários, a
colônia entregouse à agricultura ou à atividade extrativa — vegetais ou minerais —
, sendo-lhe, em regra, vedada a indústria.
Na formação étnica e cultural, o fator predominante foi o português. Os nativos, os
índios, encontravam-se no estágio da Idade da Pedra, contrastando com alguns
núcleos encontrados pelos espanhóis. A ação indígena para a formação do Brasil
pode ser contada na agricultura (técnicas e espécies), na coleta de resinas e
fibras, nos utensílios e instrumentos de caça e pesca. Deles, folclore, magia, lendas e
vocabulário foram, em pequena
parte, incorporados. A influência máxima do negro africano deu-se no trabalho, mas
também na alimentação, no folclore, nas crenças religiosas, na música e na dança. A
presença do negro assinalou fundamente a etnia brasileira, sendo o século XIX
marcado pelo problema da luta contra a escravidão e por certos conflitos
30. Tendo o texto acima como referência inicial e considerando o
processo histórico brasileiro do período colonial ao século XIX,
julgue os itens de 51 a 61.
51- A colonização do Brasil coincidiu com a denominada Idade
Moderna, destacada, na Europa, pelas práticas políticas absolutistas e
econômicas mercantilistas.
52- Infere-se do texto que a chegada dos portugueses ao Brasil inseria-se
no projeto maior comumente chamado de comércio oriental, fortemente
assentado nas especiarias, de larga aceitação no mercado europeu.
53- A expedição de Martim Afonso marcou, a rigor, o efetivo início da
colonização portuguesa no Brasil.
54- O sistema de capitanias, por suas características, algumas das quais
mencionadas no texto, fixou a tendência de se promover, no Brasil, a
distribuição eqüitativa de terras, em glebas de reduzida dimensão, processo
que se aprofundaria
nos séculos seguintes
55- No segundo parágrafo do texto, o autor sugere ter sido instituído no
Brasil o Pacto Colonial, próprio do mercantilismo, caracterizado pelas
relações de subordinação
e dependência da colônia em relação à metrópole.
31. 56- Em decorrência do rápido esgotamento da mineração, adotou-se, na
colônia, a agricultura intensiva voltada para o mercado externo, a cana-de-
açúcar, produzida
prioritariamente em São Vicente e, em escala menor, no Nordeste
brasileiro.
57- No texto, sugere-se que, salvo algumas exceções, as populações
nativas do Brasil que os portugueses encontraram equiparavam-se
culturalmente aos incas e aos maias.
58- O emprego de mão-de-obra escrava africana foi preponderante ao
longo do período colonial, e sua abolição formal somente se deu no ocaso
do regime monárquico, em fins do século XIX.
59- Infere-se do texto que a Lei Áurea, por si só, não representou resposta
ao desafio de incorporar à cidadania brasileira o expressivo contingente de
libertos africanos e afrodescendentes.
60- Na atualidade, a adoção das chamadas políticas afirmativas em relação
aos negros brasileiros, ainda que não aceita consensualmente, busca ser
uma tentativa de reparação da histórica exclusão de que esse segmento foi
vítima.
61- Pelo destaque dado no texto à preponderância portuguesa na formação
étnico-cultural brasileira, conclui-se que o autor desconsidera o fato de o
idioma falado no país resultar de influências maiores dos indígenas e dos
africanos.