As três principais prisões políticas do Estado Novo em Portugal foram o Tarrafal em Cabo Verde, conhecida como o "campo da morte lenta" devido às terríveis condições, a Prisão de Caxias, um "verdadeiro pesadelo", e a Prisão de Peniche, onde ocorreu uma das mais espectaculares fugas da história do fascismo português.
1. As Prisões Do Estado Novo Trabalho realizado por Ana Catarina Ferreira e João Judicibus, alunos do 6º A. Disciplina de HGP 2008/2009
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4. A mais brutal expressão da violência do Estado Novo, o Tarrafal foi uma prisão criada na ilha de Santiago, em Cabo Verde. O Tarrafal
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7. A mais brutal expressão da violência do Estado Novo, o Tarrafal foi uma prisão criada na ilha de Santiago, em Cabo Verde. O Tarrafal
8. Conta-nos um prisioneiro político: “ Quando cheguei à ilha, naquele dia de 29 de Outubro de 1936, encontrei uma paisagem deslumbrante na cidade da Praia, uma ilha paradisíaca. Contudo, por trás dela, estava o inferno. E eu não podia imaginar! Não podia imaginar que quando me juntei aos grevistas, dois anos antes, seria este o meu destino. À entrada lia-se “Colónia Penal do Tarrafal”, descemos a avenida do Chambom (…). Avistei vários barracões (…). Afastada da avenida fica a prisão, a “frigideira”, como lhe chamavam os presos. Do lado direito o campo de concentração com poucos edifícios (…) rodeado de arame farpado (…)… O Tarrafal
9. Conta-nos um prisioneiro político: [Continuação] “Depois do processo de registo e identificação, fui levado para uma sala despida de tudo. Apenas um catre para dormir e um balde para as necessidades. A vida era feita em função dos trabalhos e da espera. Espera por algo, um bilhete, uma carta clandestina, uma revista ou um jornal. Mas foi na “frigideira”, sob temperaturas de 60º graus que aguentei o pior dos pesadelos. O edifício em cimento armado e tecto de zinco parecia um forno – aí era o isolamento total. Aí aguentei 55 dias seguidos e sobrevivi. Obedecia à PVDE e só assim podia sobreviver. Faltei aos meus princípios, denunciei amigos e acabei na pior das prisões portuguesas, mas voltei para casa. Foi essa esperança que me manteve vivo durante aqueles meses.” Em 1954 desactivaram o Campo de Concentração do Tarrafal. Do areal da morte saía então o último e único prisioneiro: Francisco Miguel Duarte. Segundo testemunhas, sofreu as piores humilhações, espancamentos, a tortura da estátua, vinte e três anos de prisão. O Campo do Tarrafal encerrou em 1954, tendo sido reactivado em 1961, sob a denominação de Campo do Chão Bom, para receber prisioneiros oriundos das colónias portuguesas. O Tarrafal, o “campo da morte lenta”