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Celina Ragoni de Moraes Correia
Psiquiatra – Mestranda em Saúde Coletiva
Instituto de Medicina Social – UERJ
 Ansiedade e depressão são os transtornos
mentais mais comuns na atenção primária
 Necessidade de avanços no rastreio, diagnóstico
e tratamento dos transtornos de ansiedade
( depressão já evoluiu). Por quê?
 Alta prevalência, impacto significativo no
funcionamento, queda na capacidade laborativa
e gastos com o cuidado em saúde
 Somente 15 a 36% dos transtornos de
ansiedade são diagnosticados na atenção
primária
o Mais de um terço dos pacientes com transtorno
de ansiedade possui ao menos outro transtorno
de ansiedade comórbido
o O número de comorbidades está fortemente
associado ao comprometimento funcional e ao
uso dos serviços de saúde
o A comorbidade também é alta com a depressão ,
transtornos somatoformes e doenças crõnicas –
piora do funcionamento!
Fundamental identificar transtornos de
ansiedade tratáveis
 História pregressa ou familiar de
transtorno de ansiedade
 Aumento de estressores psicossociais nos
eventos de vida
 Ausência de rede de suporte social
 Ausência de estratégias de
enfrentamento
 Perdas não superadas
 Doença terminal
 Dor aguda ou dor crônica
 Tremores
 Tensão muscular
 Sudorese
 Mãos frias e trêmulas
 Palpitação
 Hiperventilação
 Sensação de “bola na
garganta”
 Sensação de sufocamento
 Boca seca
 Tonteira
 Parestesias
 Fadiga
 Dor epigástrica
 Náusea
 Vômitos
 Diarréia
 Perturbações do sono
 Reduçaõ de libido
 Nervosismo
 Tensão
 Preocupações irreais
ou exageradas
 Sobressaltos
 Comportamentos
ritualísticos
 Medo de adormecer
pesadelos frequentes
 Distraibilidade
 Medo de estar longe
de casa
 Evitação de multidões
 Impaciência
 Irritabilidade
 Preocupação
freqüente de que algo
ruim ocorra consigo
próprio ou com
pessoas próximas
 Avaliar a presença de eventos estressores
recentes
 História de uso de substâncias
 História clínica pregressa
 História psiquiátrica pregressa – alterações
de humor ou quadros psicóticos
 História familiar de transtorno
psiquiátrico/ansiedade
 Avaliação de ideação suicida no passado e no
momento atual
BAIXA ALTA
 Exame físico sem
alterações dignas de
nota
 Paciente jovem
 Apresentação típica
do quadro ansioso
 Alterações no exame
físico
 Início tardio
 Apresentação atípica
 Taquicardia supraventricular, angina pectoris,
IAM
 Hipertireoidismo
 Hiperparatireoidismo
 Feocromocitoma, doença de Cushing
 Disfunção vestibular
 Epilepsia (sobretudo do lobo temporal)
 Uso de psicoestimulantes
 Abstinência de drogas (álcool, barbitúricos)
 DPOC, embolia pulmonar, asma brônquica
 Hipoglicemia
Básica Detalhada
 Hemograma completo
 Bioquímica
 Função tireoidiana
 Toxicológico
 Eletroencefalograma
 Punção lombar
 Eletrocardiograma
 Sorologias ( afastar
causas infecciosas)
 Transtornos de ajustamento com humor
ansioso
 Humor ansioso associado a transtorno de
humor unipolar ou bipolar
 Uso abusivo de substâncias
 Comportamento ansioso em função de perdas
recentes
 Transtornos neuropsiquiátricos como
demência, delirium e declínio cognitivo leve
 Transtorno de ansiedade generalizada
 Transtorno de pânico
 Fobias específicas
 Fobia social
 Transtorno obsessivo- compulsivo
 Reação aguda ao stress
 Transtorno de estresse pós-traumático
 Avaliação de potencial transtorno de ansiedade
 Pesquisar o grau de comprometimento nas
relações pessoais, na vida social e laborativa
 Psicoeducação em relação à natureza e origem
dos sintomas
 Reforçar as fontes de suporte social e familiar
para o enfrentamento de problemas
 Sugerir mudanças de estilo e vida, com técnicas
de redução de estresse
 Estabelecer e manter uma aliança terapêutica
baseada na compreensão e na empatia
 Risco de suicídio
 Dúvidas no diagnóstico
 Presença de sintomas psicóticos
 Abuso de substâncias comórbido
 Sintomas crônicos, severos ou incapacitantes
 Paciente infantil ou idoso
 Recusa do tratamento proposto
 Ausência de resposta ao tratamento
 Prevalência na população geral - 1,5 a 3,5 %
 Duas a três vezes mais frequente no sexo
feminino
 Parentes biológicos tem risco até sete vezes
maior de desenvolver TP em relação à
população geral
 Início no fim da adolescência ou no adulto
jovem
 Segundo pico de incidência mais tardio,
entre 35 e 40 anos de idade
 Cerca de 8% dos pacientes atendidos em
serviços de atenção primária apresentam
crises de pânico
 Procura frequente do médico generalista
em função dos sintomas somáticos que
integram as crises
 Limitações importantes no
funcionamento
 Gastos com serviços assistenciais.
 Relevância para a saúde pública
 Ataques agudos de ansiedade intensa,
acompanhados por sintomas somáticos e
psíquicos proeminentes
 Sintomas atingem sua máxima intensidade
dentro de 10 min, esvanecendo-se em um
período variável de minutos a duas horas
 As crises podem ser acompanhadas de
taquicardia transitória e elevação moderada da
pressão sistólica
 Palpitação
 Sudorese
 Tremores
 Parestesias
 Calafrios
 Ondas de calor
 Sensação de asfixia
 Medo intenso de
morrer, perder o
controle ou
enlouquecer.
 Sensação de
estranheza referida
ao ambiente
 Sensação de
estranheza em
relação a si mesmo
SÍNDROME TRANSTORNO
 Pode ocorrer em
diversas condições
psiquiátricas
 Os ataques são
evocados por
situações específicas
 O foco central da
ansiedade não é a
experiência do pânico
 Condição primária
 Crises ocorrem de
forma espontânea e
recorrente
 O foco central é a
ansiedade relacionada
às crises e suas
consequências
 Alteração significativa
de comportamento em
decorrência dos ataques
“Às vezes, eu fico acordado de noite,
pensando em mil coisas diferentes. Eu
penso no que vai acontecer com a minha
filha se eu ficar doente. Quem vai cuidar
dela, e o que aconteceria comigo se o
meu marido morresse eu não tivesse
dinheiro suficiente para dar uma boa
educação para ela?
... Fico tão agitada que o meu
coração começa a disparar, as minhas
mãos suam e eu me sinto tonta e
assustada. Então eu tenho que parar de
pensar nessas coisas todas. Geralmente,
me levanto da cama e ligo a televisão,
qualquer coisa para fazer minha cabeça
parar de se preocupar com essas coisas.”
“ Fico apavorada com a possibilidade de
ter um ataque de pânico em reuniões
no meu trabalho. Morro de medo dos
outros notarem o quanto eu estou
ansiosa. Acho que eles conseguem ver
minhas mãos tremendo,o suor na
minha testa e, pior de tudo, minha
cara ficando vermelha. Tenho medo
que me achem esquisita.”
 Evitação ou persistente apreensão
a respeito de situações das quais pode
ser difícil escapar ou em que não há
ajuda disponível caso se passe mal.
 Muito comum em shopping centers,
ao esperar em filas,cinemas, viajar de
carro ou ônibus, restaurantes cheios e
ao estar só.
o Leve Hesita em dirigir sozinha por longas
distâncias, mas consegue ir e voltar de carro
para o trabalho. Prefere se sentar no corredor
nos cinemas, mas segue indo ao cinema, e que
evita lugares lotados.
o Moderada Só dirige em um raio de 15 km de
casa e somente se estiver acompanhada, compra
em horário fora do pico e evita grandes
supermercados, assim como aviões ou trens.
o Grave Mobilidade muito limitada, às vezes até
mesmo a ponto de não sair de casa
 Curso crônico e flutuante – reagudizações
freqüentes diante de perdas ou
separações de pessoas significativas.
 Tratamento pode sanar a maioria das
limitações impostas aos não tratados.
 Diagnóstico leva em média uma década,
após peregrinação por diversas clínicas.
 Esquiva fóbica – chega a agorafobia em 30 a
40% dos casos.
 Estados depressivos – 40 a 80%
 Abuso e dependência de álcool e drogas
 Uso inadequado de sedativo-hipnóticos
 Tranquilização do paciente diante de sua
condição, descartando a ocorrência de
doenças graves
 Orientação psicopedagógica previnindo
comportamentos fóbicos secundários
 Pesquisar depressão associada e risco de
suicídio, além outras complicações
associadas
Supressão das crises - em geral através de
intervenções farmacológicas
Correção do comportamento fóbico associado –
habitualmente através da terapia congitivo-
comportamental
Casos leves eventualmente podem ser tratados
exclusivamente com psicoterapia
Evidências sugerem que a combinação dos dois é
superior a qualquer um deles utilizado
isoladamente.
 Mais utilizados na fase aguda e no início do
tratamento
 O risco de dependência, o prejuízo cognitivo
e a sedação excessiva limitam o uso a longo
prazo
 Alprazolam 0.25 – 3x/dia até 4 a 6 mg/dia
 Clonazepam 0.25 – 2x/dia até 1 a 2mg/dia
 A descontinuação deve ser feita lentamente
 Medo persistente e irracional de um objeto,
atividade ou situação específica que resulta em um
desejo irresistível de evitação.
 O medo é reconhecido pelo indivíduo como excessivo
ou irracional
Medos circunscritos de
objetos, situações ou
atividades específicas
• Ansiedade antecipatória
causada pela possibilidade de
confrontação com o estímulo
fóbico
• Medo central em si
• Comportamento de esquiva para
minimizar a ansiedade
 Ambiente natural (ex. tempestades)
 Animais (ex. cobra, barata) – idade média de
início 4,4 anos
 Sangue, ferimento, injeção
 Situacional (carros,elevadores, pontes)-
idade média de início aos 22,7 anos
 Outras (engasgar-se, vomitar)
→ A prevalência na população geral é de
cerca de 10%, sendo duas vezes mais comuns
em mulheres.
Os medicamentos não demonstraram eficácia
para fobia específica, mas o número de
estudos ainda é limitado.
O tratamento de escolha é a exposição, a qual
pode ser “ao vivo” ou “na imaginação”. O
método pode ser graduado ou não.
As técnicas de exposição podem ser utilizadas
no contexto individual ou em grupos –
encorajamento e exemplo de outros
membros pode ser útil
 Terceiro transtorno psiquiátrico mais
comum
 Associado com importante
comprometimento psicossocial e
prejuízo funcional
 Altas taxas de comorbidade
psiquiátrica, com elevada utilização
dos serviços de saúde
 Início na infância ou adolescência,
podendo ser leve, moderado ou grave
→ Somente cerca de 4 a 5,6% dos pacientes
são corretamente identificados!
 Mascaramento frequente pelas
comorbidades
 Vergonha do paciente em falar do seu
problema
 Desconhecimento de que o desconforto
intenso e o embaraço em situações sociais
pode ser um transtorno psiquiátrico e o
tratamento pode ser efetivo em muitos
casos.
 Medo acentuado ou persistente de situações
sociais ou de desempenho
 A exposição à situação temida provoca
ansiedade
 A pessoa reconhece o medo como excessivo
ou irracional
 As situações temidas são evitadas ou
suportadas com intensa ansidade ou
sofrimento
 Os sofrimentos causam significativo prejuízo
no desempenho social/ocupacional
• Resposta inadequada a determinado
estímulo social – intensidade e duração
dos sintomas específicos
• Diferentemente da ansiedade social
normal, o TAS paraliza o indivíduo,
causando prejuízo ao seu bem estar e
desempenho.
• Está associada ao não enfrentamento
das situações ameaçadoras ou ao
enfrentamento com muito sofrimento.
Generalizado – medo dominante e persistente
da maioria das situações sociais – mais
incapacitante
Circunscrito – medo de situações de
desempenho ou temor de um número
limitado de situações sociais.
Distinção importante → gravidade,
incapacidade, prejuízos e comorbidades
maiores no subtipo generalizado.
 Pior desempenho no trabalho,
interação social reduzida e maiores
problemas na adolescência
 Pior qualidade de vida
 Menor probabilidade de se formar e de
se manter em um trabalho
 Maior prejuízo associado ao uso de
substâncias
 Maiores limitações em suas relações
afetivas
A identificação do TAS ocorre somente quando
este é o motivo principal da consulta e não é
detectado quando é um problema secundário
A investigação deve ser considerada em
pacientes que pareçam reticentes ou tímidos
e nos pacientes já em acompanhamento
psiquiátrico
Esta pode ser uma oportunidade única para a
obtenção de diagnóstico e tratamento
adequado!
 Você se sente desconfortável ou
envergonhando quando é o centro das
atenções?
 Você acha difícil interagir com as pessoas?
 Você fica vermelho e treme quando tem
que fazer alguma coisa em público, como
falar, comer ou assinar um cheque?
O TAS de início precoce foi associado à
depressão (33%), transtorno de ansiedade
generalizada ( 27%) e agorafobia (18,5%),
com alto risco de desenvolvimento de
alcoolismo ( 40%)
O TAS na infância pode servir como fator de
risco para outros transtornos psiquiátricos –
intervenções terapêuticas nesta fazem
podem ajudar muito
 β – bloquadores – utilizados de forma aguda
antes de situações de desempenho, com melhora
dos sintomas físicos ( propranolol 20mg ou
atenolol 50 mg, 45 min antes da apresentação
 Benzodiazepínicos – clonazepam a alprazolam
com boas respostas, mas com potencial de
abuso, abstinência e recaída. Não eficaz para a
depressão comórbida
 ISRS – primeira linha de tratamento. Paroxetina
aprovada pela FDA com 50 a 75% dos pacientes
respondendo a uma dose de 40mg/dia
Terapia cognitivo – comportamental - baseia-se na
exposição, reestruturação cognitiva e
treinamento de habilidades sociais
A intervenção de controle psicoeducacional / de
apoio também se mostrou benéfica
Psicoterapias psicodinâmicas são indicadas
para pacientes com conflitos subjacentes que
se prestam à exploração por meio de insight
Por quê a ansiedade é patolgógica no TAG?
 Preocupação é claramente excessiva
 Apreensão global
 Difícil controle
 Sofrimento e comprometimento funcional
acentuados
 Entre os que comparecem a um serviço de
atenção básica, a prevalência estimada é de 8%
 Mais comum em mulheres e idosos
 Alta taxa de comorbidade com depressão (59%)
e outros transtornos de ansiedade (56%)
 Afirmou-se como categoria diagnóstica distinta –
comprometimento da qualidade de vida
acentuado, mesmo na ausência de depressão
 Trnasornos de personalidade esquiva e
dependente são os mais comumente associados
 Evolução crônica e flutuante, com
agudização diante de situações de estresse
 Ao contrário do pânico, não costumam
buscar ajuda diante de evento expecífico –
Chegam as unidades de saúde com queixas se
sintomas físicos associados á tensão e/ou
insônia.
 Ansiedade e preocupação excessivas na maioria
dos dias por no mínimo seis meses em diversas
áreas do funcionamento
 Difícil controle pelo indivíduo
 Pelo menos três dos seguintes sintomas:
• inquietação,fatigabilidade, dificuldade de
concentração, irritabilidade, tensão muscular,
perturbação do sono
 Encorajar a métodos de relaxamento diário
 Motivar o envolvimento em atividades
prazerosas e a prática de exercícios físicos
 Identificar e desafiar preocupações
excessivas/ pensamentos pessimistas
 Utilizar métodos estruturados de resolução
de problemas
“Obsessão” e “compulsão” não são sinônimos de
TOC!
 Atividades classificadas como “compulsivas” são
agradáveis e egosintônicas no início
 Ruminações obsessivas da depressão –
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Transtornos de ansiedade na atenção primária

  • 1. Celina Ragoni de Moraes Correia Psiquiatra – Mestranda em Saúde Coletiva Instituto de Medicina Social – UERJ
  • 2.
  • 3.  Ansiedade e depressão são os transtornos mentais mais comuns na atenção primária  Necessidade de avanços no rastreio, diagnóstico e tratamento dos transtornos de ansiedade ( depressão já evoluiu). Por quê?  Alta prevalência, impacto significativo no funcionamento, queda na capacidade laborativa e gastos com o cuidado em saúde  Somente 15 a 36% dos transtornos de ansiedade são diagnosticados na atenção primária
  • 4. o Mais de um terço dos pacientes com transtorno de ansiedade possui ao menos outro transtorno de ansiedade comórbido o O número de comorbidades está fortemente associado ao comprometimento funcional e ao uso dos serviços de saúde o A comorbidade também é alta com a depressão , transtornos somatoformes e doenças crõnicas – piora do funcionamento! Fundamental identificar transtornos de ansiedade tratáveis
  • 5.  História pregressa ou familiar de transtorno de ansiedade  Aumento de estressores psicossociais nos eventos de vida  Ausência de rede de suporte social  Ausência de estratégias de enfrentamento  Perdas não superadas  Doença terminal  Dor aguda ou dor crônica
  • 6.  Tremores  Tensão muscular  Sudorese  Mãos frias e trêmulas  Palpitação  Hiperventilação  Sensação de “bola na garganta”  Sensação de sufocamento  Boca seca  Tonteira  Parestesias  Fadiga  Dor epigástrica  Náusea  Vômitos  Diarréia  Perturbações do sono  Reduçaõ de libido
  • 7.  Nervosismo  Tensão  Preocupações irreais ou exageradas  Sobressaltos  Comportamentos ritualísticos  Medo de adormecer pesadelos frequentes  Distraibilidade  Medo de estar longe de casa  Evitação de multidões  Impaciência  Irritabilidade  Preocupação freqüente de que algo ruim ocorra consigo próprio ou com pessoas próximas
  • 8.  Avaliar a presença de eventos estressores recentes  História de uso de substâncias  História clínica pregressa  História psiquiátrica pregressa – alterações de humor ou quadros psicóticos  História familiar de transtorno psiquiátrico/ansiedade  Avaliação de ideação suicida no passado e no momento atual
  • 9. BAIXA ALTA  Exame físico sem alterações dignas de nota  Paciente jovem  Apresentação típica do quadro ansioso  Alterações no exame físico  Início tardio  Apresentação atípica
  • 10.  Taquicardia supraventricular, angina pectoris, IAM  Hipertireoidismo  Hiperparatireoidismo  Feocromocitoma, doença de Cushing  Disfunção vestibular  Epilepsia (sobretudo do lobo temporal)  Uso de psicoestimulantes  Abstinência de drogas (álcool, barbitúricos)  DPOC, embolia pulmonar, asma brônquica  Hipoglicemia
  • 11. Básica Detalhada  Hemograma completo  Bioquímica  Função tireoidiana  Toxicológico  Eletroencefalograma  Punção lombar  Eletrocardiograma  Sorologias ( afastar causas infecciosas)
  • 12.  Transtornos de ajustamento com humor ansioso  Humor ansioso associado a transtorno de humor unipolar ou bipolar  Uso abusivo de substâncias  Comportamento ansioso em função de perdas recentes  Transtornos neuropsiquiátricos como demência, delirium e declínio cognitivo leve
  • 13.  Transtorno de ansiedade generalizada  Transtorno de pânico  Fobias específicas  Fobia social  Transtorno obsessivo- compulsivo  Reação aguda ao stress  Transtorno de estresse pós-traumático
  • 14.  Avaliação de potencial transtorno de ansiedade  Pesquisar o grau de comprometimento nas relações pessoais, na vida social e laborativa  Psicoeducação em relação à natureza e origem dos sintomas  Reforçar as fontes de suporte social e familiar para o enfrentamento de problemas  Sugerir mudanças de estilo e vida, com técnicas de redução de estresse  Estabelecer e manter uma aliança terapêutica baseada na compreensão e na empatia
  • 15.  Risco de suicídio  Dúvidas no diagnóstico  Presença de sintomas psicóticos  Abuso de substâncias comórbido  Sintomas crônicos, severos ou incapacitantes  Paciente infantil ou idoso  Recusa do tratamento proposto  Ausência de resposta ao tratamento
  • 16.
  • 17.  Prevalência na população geral - 1,5 a 3,5 %  Duas a três vezes mais frequente no sexo feminino  Parentes biológicos tem risco até sete vezes maior de desenvolver TP em relação à população geral  Início no fim da adolescência ou no adulto jovem  Segundo pico de incidência mais tardio, entre 35 e 40 anos de idade
  • 18.  Cerca de 8% dos pacientes atendidos em serviços de atenção primária apresentam crises de pânico  Procura frequente do médico generalista em função dos sintomas somáticos que integram as crises  Limitações importantes no funcionamento  Gastos com serviços assistenciais.  Relevância para a saúde pública
  • 19.  Ataques agudos de ansiedade intensa, acompanhados por sintomas somáticos e psíquicos proeminentes  Sintomas atingem sua máxima intensidade dentro de 10 min, esvanecendo-se em um período variável de minutos a duas horas  As crises podem ser acompanhadas de taquicardia transitória e elevação moderada da pressão sistólica
  • 20.  Palpitação  Sudorese  Tremores  Parestesias  Calafrios  Ondas de calor  Sensação de asfixia  Medo intenso de morrer, perder o controle ou enlouquecer.  Sensação de estranheza referida ao ambiente  Sensação de estranheza em relação a si mesmo
  • 21. SÍNDROME TRANSTORNO  Pode ocorrer em diversas condições psiquiátricas  Os ataques são evocados por situações específicas  O foco central da ansiedade não é a experiência do pânico  Condição primária  Crises ocorrem de forma espontânea e recorrente  O foco central é a ansiedade relacionada às crises e suas consequências  Alteração significativa de comportamento em decorrência dos ataques
  • 22. “Às vezes, eu fico acordado de noite, pensando em mil coisas diferentes. Eu penso no que vai acontecer com a minha filha se eu ficar doente. Quem vai cuidar dela, e o que aconteceria comigo se o meu marido morresse eu não tivesse dinheiro suficiente para dar uma boa educação para ela? ... Fico tão agitada que o meu coração começa a disparar, as minhas mãos suam e eu me sinto tonta e assustada. Então eu tenho que parar de pensar nessas coisas todas. Geralmente, me levanto da cama e ligo a televisão, qualquer coisa para fazer minha cabeça parar de se preocupar com essas coisas.”
  • 23. “ Fico apavorada com a possibilidade de ter um ataque de pânico em reuniões no meu trabalho. Morro de medo dos outros notarem o quanto eu estou ansiosa. Acho que eles conseguem ver minhas mãos tremendo,o suor na minha testa e, pior de tudo, minha cara ficando vermelha. Tenho medo que me achem esquisita.”
  • 24.  Evitação ou persistente apreensão a respeito de situações das quais pode ser difícil escapar ou em que não há ajuda disponível caso se passe mal.  Muito comum em shopping centers, ao esperar em filas,cinemas, viajar de carro ou ônibus, restaurantes cheios e ao estar só.
  • 25. o Leve Hesita em dirigir sozinha por longas distâncias, mas consegue ir e voltar de carro para o trabalho. Prefere se sentar no corredor nos cinemas, mas segue indo ao cinema, e que evita lugares lotados. o Moderada Só dirige em um raio de 15 km de casa e somente se estiver acompanhada, compra em horário fora do pico e evita grandes supermercados, assim como aviões ou trens. o Grave Mobilidade muito limitada, às vezes até mesmo a ponto de não sair de casa
  • 26.  Curso crônico e flutuante – reagudizações freqüentes diante de perdas ou separações de pessoas significativas.  Tratamento pode sanar a maioria das limitações impostas aos não tratados.  Diagnóstico leva em média uma década, após peregrinação por diversas clínicas.
  • 27.  Esquiva fóbica – chega a agorafobia em 30 a 40% dos casos.  Estados depressivos – 40 a 80%  Abuso e dependência de álcool e drogas  Uso inadequado de sedativo-hipnóticos
  • 28.  Tranquilização do paciente diante de sua condição, descartando a ocorrência de doenças graves  Orientação psicopedagógica previnindo comportamentos fóbicos secundários  Pesquisar depressão associada e risco de suicídio, além outras complicações associadas
  • 29. Supressão das crises - em geral através de intervenções farmacológicas Correção do comportamento fóbico associado – habitualmente através da terapia congitivo- comportamental Casos leves eventualmente podem ser tratados exclusivamente com psicoterapia Evidências sugerem que a combinação dos dois é superior a qualquer um deles utilizado isoladamente.
  • 30.  Mais utilizados na fase aguda e no início do tratamento  O risco de dependência, o prejuízo cognitivo e a sedação excessiva limitam o uso a longo prazo  Alprazolam 0.25 – 3x/dia até 4 a 6 mg/dia  Clonazepam 0.25 – 2x/dia até 1 a 2mg/dia  A descontinuação deve ser feita lentamente
  • 31.  Medo persistente e irracional de um objeto, atividade ou situação específica que resulta em um desejo irresistível de evitação.  O medo é reconhecido pelo indivíduo como excessivo ou irracional
  • 32. Medos circunscritos de objetos, situações ou atividades específicas • Ansiedade antecipatória causada pela possibilidade de confrontação com o estímulo fóbico • Medo central em si • Comportamento de esquiva para minimizar a ansiedade
  • 33.  Ambiente natural (ex. tempestades)  Animais (ex. cobra, barata) – idade média de início 4,4 anos  Sangue, ferimento, injeção  Situacional (carros,elevadores, pontes)- idade média de início aos 22,7 anos  Outras (engasgar-se, vomitar) → A prevalência na população geral é de cerca de 10%, sendo duas vezes mais comuns em mulheres.
  • 34. Os medicamentos não demonstraram eficácia para fobia específica, mas o número de estudos ainda é limitado. O tratamento de escolha é a exposição, a qual pode ser “ao vivo” ou “na imaginação”. O método pode ser graduado ou não. As técnicas de exposição podem ser utilizadas no contexto individual ou em grupos – encorajamento e exemplo de outros membros pode ser útil
  • 35.  Terceiro transtorno psiquiátrico mais comum  Associado com importante comprometimento psicossocial e prejuízo funcional  Altas taxas de comorbidade psiquiátrica, com elevada utilização dos serviços de saúde  Início na infância ou adolescência, podendo ser leve, moderado ou grave
  • 36. → Somente cerca de 4 a 5,6% dos pacientes são corretamente identificados!  Mascaramento frequente pelas comorbidades  Vergonha do paciente em falar do seu problema  Desconhecimento de que o desconforto intenso e o embaraço em situações sociais pode ser um transtorno psiquiátrico e o tratamento pode ser efetivo em muitos casos.
  • 37.  Medo acentuado ou persistente de situações sociais ou de desempenho  A exposição à situação temida provoca ansiedade  A pessoa reconhece o medo como excessivo ou irracional  As situações temidas são evitadas ou suportadas com intensa ansidade ou sofrimento  Os sofrimentos causam significativo prejuízo no desempenho social/ocupacional
  • 38. • Resposta inadequada a determinado estímulo social – intensidade e duração dos sintomas específicos • Diferentemente da ansiedade social normal, o TAS paraliza o indivíduo, causando prejuízo ao seu bem estar e desempenho. • Está associada ao não enfrentamento das situações ameaçadoras ou ao enfrentamento com muito sofrimento.
  • 39. Generalizado – medo dominante e persistente da maioria das situações sociais – mais incapacitante Circunscrito – medo de situações de desempenho ou temor de um número limitado de situações sociais. Distinção importante → gravidade, incapacidade, prejuízos e comorbidades maiores no subtipo generalizado.
  • 40.  Pior desempenho no trabalho, interação social reduzida e maiores problemas na adolescência  Pior qualidade de vida  Menor probabilidade de se formar e de se manter em um trabalho  Maior prejuízo associado ao uso de substâncias  Maiores limitações em suas relações afetivas
  • 41. A identificação do TAS ocorre somente quando este é o motivo principal da consulta e não é detectado quando é um problema secundário A investigação deve ser considerada em pacientes que pareçam reticentes ou tímidos e nos pacientes já em acompanhamento psiquiátrico Esta pode ser uma oportunidade única para a obtenção de diagnóstico e tratamento adequado!
  • 42.  Você se sente desconfortável ou envergonhando quando é o centro das atenções?  Você acha difícil interagir com as pessoas?  Você fica vermelho e treme quando tem que fazer alguma coisa em público, como falar, comer ou assinar um cheque?
  • 43. O TAS de início precoce foi associado à depressão (33%), transtorno de ansiedade generalizada ( 27%) e agorafobia (18,5%), com alto risco de desenvolvimento de alcoolismo ( 40%) O TAS na infância pode servir como fator de risco para outros transtornos psiquiátricos – intervenções terapêuticas nesta fazem podem ajudar muito
  • 44.  β – bloquadores – utilizados de forma aguda antes de situações de desempenho, com melhora dos sintomas físicos ( propranolol 20mg ou atenolol 50 mg, 45 min antes da apresentação  Benzodiazepínicos – clonazepam a alprazolam com boas respostas, mas com potencial de abuso, abstinência e recaída. Não eficaz para a depressão comórbida  ISRS – primeira linha de tratamento. Paroxetina aprovada pela FDA com 50 a 75% dos pacientes respondendo a uma dose de 40mg/dia
  • 45. Terapia cognitivo – comportamental - baseia-se na exposição, reestruturação cognitiva e treinamento de habilidades sociais A intervenção de controle psicoeducacional / de apoio também se mostrou benéfica Psicoterapias psicodinâmicas são indicadas para pacientes com conflitos subjacentes que se prestam à exploração por meio de insight
  • 46. Por quê a ansiedade é patolgógica no TAG?  Preocupação é claramente excessiva  Apreensão global  Difícil controle  Sofrimento e comprometimento funcional acentuados
  • 47.  Entre os que comparecem a um serviço de atenção básica, a prevalência estimada é de 8%  Mais comum em mulheres e idosos  Alta taxa de comorbidade com depressão (59%) e outros transtornos de ansiedade (56%)  Afirmou-se como categoria diagnóstica distinta – comprometimento da qualidade de vida acentuado, mesmo na ausência de depressão  Trnasornos de personalidade esquiva e dependente são os mais comumente associados
  • 48.  Evolução crônica e flutuante, com agudização diante de situações de estresse  Ao contrário do pânico, não costumam buscar ajuda diante de evento expecífico – Chegam as unidades de saúde com queixas se sintomas físicos associados á tensão e/ou insônia.
  • 49.  Ansiedade e preocupação excessivas na maioria dos dias por no mínimo seis meses em diversas áreas do funcionamento  Difícil controle pelo indivíduo  Pelo menos três dos seguintes sintomas: • inquietação,fatigabilidade, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular, perturbação do sono
  • 50.  Encorajar a métodos de relaxamento diário  Motivar o envolvimento em atividades prazerosas e a prática de exercícios físicos  Identificar e desafiar preocupações excessivas/ pensamentos pessimistas  Utilizar métodos estruturados de resolução de problemas
  • 51. “Obsessão” e “compulsão” não são sinônimos de TOC!  Atividades classificadas como “compulsivas” são agradáveis e egosintônicas no início  Ruminações obsessivas da depressão – desagradáveis, mas não são tão sem sentido ou intrusivas  Idéias obsessivas verdadeiras – egodistônicas, intrusivas e sem sentido