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Karla Cristina C. Silva e Eiji Mori
Médicos de Família e Comunidade
Preceptora CF Aloysio Novis e MFC na Heitor dos Prazeres
Definição
 Presença de alguns achados e ausência
de outros:
 dor crônica ou recorrente ou desconforto
forte centrado na parte superior do
abdome, não relacionado ao uso de
AINES e acompanhado ou não de:
sensação de saciedade precoce,
náuseas, vômitos, pirose, regurgitação e
excessiva eructação.
 Excluir que a dor tenha origem biliar ou
cardíaca.
Principais diagnósticos
diferenciais que não posso me
esquecer.
 Dor de origem biliar – padrão mais
relacionado as refeições,
pirncipalmente quando muito
gordurosas. Dor em epigástrio ou
QSD, padrão de cólica. Pode ter
icterícia.
 Dor cardiogênica – investigar padrão
da dor quanto a início, exacerbação e
fatores de alívio. História pregressa.
Critérios de Roma:
 Plenitude Pós-Prandial (Sd. Do
desconforto Pós Prandial)
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Avaliação Inicial
Primeiro passo a dar: Já sei que tenho
que excluir cólica biliar e dor cardíaca.
Tenho que fazer uma história detalhada
da dor e sempre ficar atento a sinais
de alarme.
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Sangramento Gastrointestinal
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Disfagia progressiva
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Pessoas com mais de 55 anos e
dispepsia de início recente e sem
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Com esses dados já posso
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sindrômico
1. Dispepsia com sinais de alarme
2. Dispepsia sem sinais de alarme
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alarme
 Está sangrando? Está com perda de
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hospitalar.
 Se não, consiga uma EDA em 15 dias
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 Evite IBP antes da EDA. Use inibidor
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e que está usando AINES
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 Descubra o porquê de estar tomando
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condição subjacente – isso pode ser a
maior parte do trabalho!
 IBP ou Inibidor H2.
 E se não for possível deixar de usar
AINES?
Dispepsia sem sinais de alarme
e que não está usando AINES
 Verificou se teve sangramento ou sinais de
alarme?
 Consiga um hemograma não urgente.
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◦ Será que estilo de vida pode causar
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(diagnósticos diferenciais
 EDA :
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 Teste Respiratório de 13C Uréia –
sensibilidade 88 a 95% e
especificidade 95-100%
 Sorologia – sensibilidade de 90-
100% - menor custo porem
permanecerá positivo após
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Será que eu preciso fazer algum
desses no meu paciente?
Manejo dos sintomas dispépticos
sim
não
não
Melhora dos sintomas
Sem Resposta Sem resposta
Sintomas
Dispépticos
Pirose ou
regurgitação
Abordar
como
DRGE
DISPEPSIA
SINAIS
DE
ALARME
?
Dispepsia não
investigada
Revisar
medicamentos
utilizados
IBP 4-6
seman
as
ENDOSCOPI
A
Tratar
empiricamente
para
erradicação do
H pylori
Autocuidad
o
ENDOSCOPIA
Omeprazol
 Inibidor da Bomba de prótons
 omeprazol é mais eficaz para a redução da dispepsia do que ranitidina, cisaprida,
ou placebo ( nível 1 ) com base em estudo randomizado 512 pacientes com moderada
a grave dispepsia (incluindo desconforto epigástrico) e sorologia para H. pylori negativa
foram randomizados para um de quatro tratamentos durante 4 semanas (depois de 5
meses adicionais de terapia conforme a necessidade)
◦ omeprazol 20 mg uma vez por dia
◦ ranitidina 150 mg duas vezes ao dia
◦ cisaprida 20 mg duas vezes por dia
◦ placebo
 sucesso definido como sintomas mínimos ou não em escala padronizada
 taxa de sucesso em 4 semanas
◦ 51% de omeprazol (p <0,05 em comparação com o outro tratamento)
◦ 36% com ranitidina
◦ 31% com a cisaprida
◦ 23% com placebo
 análises de subgrupos mostrou benefício com omeprazol para pacientes com azia, mas
não para pacientes sem azia
 não houve diferenças significativas entre os grupos em taxas de sucesso em 6 meses
 Referência - Am J Gastroenterol de Julho de 2005, 100 (7): 1477
E o tratamento do h. pilory?
Triple Therapy for 7-14 Days Quadruple Therapy for 10-14 Days
IBP (1+1) – dose plena
Claritromicina 500 mg (1+1)
Mais amoxicillina 1 g (1+1) ou
metronidazol 500 mg (1+1)
IBP ou IH2 em dose plena
Bismuto 525 mg 4 x ao dia
Metronidazole 250 mg 4 x ao dia
Tetraciclina 500 mg 4 x ao dia
Mas e a possibilidade de câncer
gástrico?
◦ Câncer gástrico -1.8 cases per 100,000 persons
◦ http://web.b.ebscohost.com/dynamed/DisplayEPFT?db=mdc&AN=15214826&ftt=p&site=ehost-
live&direct=true&linktitle=Gastric%20carcinoma&currentchunkiid=116155&sid=dc059ec2-5081-40db-b9c5-
e632f9c5a8ed@sessionmgr113&vid=3
◦ Câncer de Esôfago - 8.7 per 100,000
men age-adjusted incidence of
esophageal cancer in United States,
seventh leading cause of cancer deaths in
men. http://web.b.ebscohost.com/dynamed/detail?sid=dc059ec2-5081-40db-b9c5-
e632f9c5a8ed%40sessionmgr113&vid=4&hid=126&bdata=Jmxhbmc9cHQtYnImc2l0ZT1keW5hbWVkLWxpdmUmc2NvcGU9c2l0Z
Q%3d%3d#db=dme&AN=114816
Mas e será que meu paciente
não tem uma úlcera?
 Possivelmente sim, afinal 15% patients
with dyspepsia may have peptic ulcer
disease.
◦ http://web.b.ebscohost.com/dynamed/DisplayEPFT?db=mdc&AN=16091062&ftt=p&site=ehost-
live&direct=true&linktitle=Peptic%20ulcer%20disease&currentchunkiid=116374&sid=dc059ec2-5081-40db-b9c5-
e632f9c5a8ed@sessionmgr113&vid=5
Isso vai mudar meu tratamento em alguma coisa?
Usarei remédios diferentes? Por tempos
diferentes?
Sim!! Teremos que fazer erradicação de h. pilory e
acabaremos no final fazendo pelo menos 8
semanas de IBP.
Afinal, como descobrirei quem tem úlcera e quem
não tem?
Mais
úlceras... for patients using NSAIDs with diagnosed peptic
ulcer, stop NSAID if possible, provide PPI for 8
weeks, and subsequent H. pylori eradication if H.
pylori positive (NICE Grade A)(3)
◦ DynaMed commentary -- although NICE provides
Grade A for this recommendation the evidence
cited for H. pylori eradication therapy was based
on trials in patients using NSAIDs
 treat H. pylori-negative ulcers in patients not using
NSAIDs with PPI for 4-8 weeks (NICE Grade B)(3)
 PPI for 4 weeks heals most duodenal
ulcers, based on trials not addressing H.
pylori infection(2)
PPI for 4 weeks heals most duodenal
ulcers, based on trials not
addressing H. pylori infection(2)
 Meta-analysis of randomized clinical trials
comparing lansoprazole with ranitidine or
famotidine in the treatment of acute
duodenal ulcer.
◦ http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8590162
Metanálise de estudos comparando a eficácia entre Lanzoprazol sozinho e
Inibidores H2 sozinhos, sem tratamento para h. pilory.
Após 4 semanas Lanzoprazol haviam
curado 85% das úlceras, enquanto que
inibidores H2 curaram 75%.
Curei da minha gastrite ou da
minha úlcera. E agora?!
Vai ter que usar
omeprazol prá
sempre!!!
Eventos adversos associados com o uso a longo
prazo de IBP pode aumentar o risco de fratura, mas a
evidência inconsistente em relação a fratura de
quadril
◦ Uso de longo prazo de IBP associado
com aumento do risco de fraturas.
 qualquer fratura (odds ratio [OR] 1,3, IC 95%
1,15-1,48), em análise de 10 estudos, os
resultados limitados pela heterogeneidade
 fratura de quadril (OR 1,34, IC 95% 1,09-
1,66), em análise de 9 estudos, os resultados
limitados pela heterogeneidade
◦ Referência - Ann Fam Med 2011 maio-junho, 9 (3): 257
Uso de IBP de longo prazo pode ser
associado com aumento do risco de
fratura de quadril
 exposição a IBP ≥ 5 anos associado a risco
aumentado de fratura de quadril (odds ratio
ajustada de 1,62, 95% CI 1,02-2,58)
 exposição a IBP> 7 anos associado com
risco aumentado de fratura de quadril (odds
ratio ajustada 4,55, IC 95% 1,68-
12,29)nenhuma associação significativa
entre inibidor de bomba de próton e fraturas
relacionadas com a osteoporose por ≤ 6
anos de exposição
 Referência - CMAJ 2008 Ago 12; 179 (4): 319
Uso IBP não parece aumentar o risco de fratura de
quadril, mas pode aumentar o risco total de fratura
em mulheres na pós-menopausa
com base na coorte de 130.487 mulheres na pós-menopausa com
idades entre 50-79 anos de Iniciativa da Saúde da Mulher, com
informações medicação completa na linha de base e em 3 anos
21.247 fraturas durante> 1.000.000 pessoas-ano de seguimento, incluindo
1.500 fraturas de quadril
2.315 fraturas vertebrais clínicas
4881 antebraço ou pulso fraturas
a exposição aos IBPs associada com um risco aumentado de
qualquer fratura (hazard ratio [HR] 1,25, 95% CI 1.2-1.4)
fratura da coluna vertebral clínica (HR 1,47, 95% CI 1,2-1,8)
fratura antebraço ou pulso (HR 1,26, 95% CI 1.1-1.5)
nenhuma diferença significativa na fratura de quadril comparando as
mulheres que tomam vs não tomar inibidores da bomba de prótons
(HR 1, IC 95% 0,7-1,4)
Referência - Arch Intern Med 2010 Jul 10; 170 (9): 765
Perfil de interação farmacocinética
de omeprazol com consequências
adversas e gestão de risco clínico.
 Li W ​​1 , Zeng S , LS Yu , Zhou Q .
 O omeprazol tem influências adversas
reais sobre a farmacocinética de
medicamentos como diazepam,
carbamazepina, clozapina, indinavir,
nelfinavir, atazanavir, rilpivirina,
metotrexato, tacrolimus, micofenolato
mofetil, o clopidogrel, digoxina,
itraconazol, posaconazol e
suplementação de ferro oral.
Prescrição inadequada de
consumo crônico de inibidores de
bomba de prótons em um hospital
no México.Estudo transversal.
 Sánchez-cuen JA , Irineo-Cabrales AB , Bernal-Magaña G , Peraza-Garay FJ .
 153 pacientes, 40 (26,1%) homens e 113 (73,9%)
mulheres, com idade média de 58 ± 11,4 anos. A
prescrição de tratamento crônico com PPIs foi
adequada em 64,7% dos pacientes e inadequada
em 35,3%. A prescrição apropriada mais comum
(31,3%) do uso crônico de IBP foi devido à doença
do refluxo gastroesofágico. A prescrição
inadequada mais comum foi a ausência de
diagnóstico (22,2%), polifarmácia sem drogas anti-
inflamatórios não esteróides (16,6%) e gastrite
crônica (16,6%). História da endoscopia não era
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Dipepsia agora sim

  • 1. Karla Cristina C. Silva e Eiji Mori Médicos de Família e Comunidade Preceptora CF Aloysio Novis e MFC na Heitor dos Prazeres
  • 2. Definição  Presença de alguns achados e ausência de outros:  dor crônica ou recorrente ou desconforto forte centrado na parte superior do abdome, não relacionado ao uso de AINES e acompanhado ou não de: sensação de saciedade precoce, náuseas, vômitos, pirose, regurgitação e excessiva eructação.  Excluir que a dor tenha origem biliar ou cardíaca.
  • 3. Principais diagnósticos diferenciais que não posso me esquecer.  Dor de origem biliar – padrão mais relacionado as refeições, pirncipalmente quando muito gordurosas. Dor em epigástrio ou QSD, padrão de cólica. Pode ter icterícia.  Dor cardiogênica – investigar padrão da dor quanto a início, exacerbação e fatores de alívio. História pregressa.
  • 4. Critérios de Roma:  Plenitude Pós-Prandial (Sd. Do desconforto Pós Prandial)  Saciedade Precoce (incapacidade de terminar uma refeição de tamanho normal)  Dor Epigástrica ou Queima (Sd. de Dor Epigástrica
  • 5. Avaliação Inicial Primeiro passo a dar: Já sei que tenho que excluir cólica biliar e dor cardíaca. Tenho que fazer uma história detalhada da dor e sempre ficar atento a sinais de alarme.
  • 6. Sinais de Alerta Sangramento Gastrointestinal significativo Disfagia progressiva Perda de peso involuntária Massa epigástrica Anemia ferropriva Vômitos persistentes Pessoas com mais de 55 anos e dispepsia de início recente e sem explicação.
  • 7. Com esses dados já posso enquadrá-lo em um quadro sindrômico 1. Dispepsia com sinais de alarme 2. Dispepsia sem sinais de alarme e que não está usando AINES 3. Dispepsia sem sinais de alarme e que está usando AINES
  • 8. Dispepsia com sinais de alarme  Está sangrando? Está com perda de volume? Providencie internação hospitalar.  Se não, consiga uma EDA em 15 dias e hemograma.  Avalie possíveis medicamentos que possam ter feito o sangramento, principalmente AINEs.  Evite IBP antes da EDA. Use inibidor H2.
  • 9. Dispepsia sem sinais de alarme e que está usando AINES  Verificou se teve sangramento ou sinais de alarme?  Consiga um hemograma não urgente.  Descubra o porquê de estar tomando AINES e trate adequadamente a condição subjacente – isso pode ser a maior parte do trabalho!  IBP ou Inibidor H2.  E se não for possível deixar de usar AINES?
  • 10. Dispepsia sem sinais de alarme e que não está usando AINES  Verificou se teve sangramento ou sinais de alarme?  Consiga um hemograma não urgente.  Descubra se está usando algum medicamento que possa ser causador.  Trate por 1 mês com IBP.  Não respondeu, teste e trate para H. Pilory.  Não respondeu, use prócinético mais IBP.
  • 11. E quem tem sintomas recorrentes?  Receitas repetidas de omeprazol, o que fazer?  Usou e melhorou. Quando para de usar volta com todos os sintomas novamente.
  • 12. Mudanças de estilo de vida para alívio dos sintomas.  Perder peso.  Parar de fumar  Parar ou diminuir álcool.  Evitar aqueles alimentos que percebeu que fazem a dor piorar. ◦ Será que estilo de vida pode causar dispepsia?
  • 13. Avaliação Inicial – ex complementares  Testes laboratoriais: HC (Anemia), função hepática, lipase, amilase (diagnósticos diferenciais  EDA : PADRÃO OURO  Diagnósticos de lesões estruturais Abordagem inicial em pacientes Sinais de alarme
  • 14.  Teste Respiratório de 13C Uréia – sensibilidade 88 a 95% e especificidade 95-100%  Sorologia – sensibilidade de 90- 100% - menor custo porem permanecerá positivo após erradicação da bactéria Será que eu preciso fazer algum desses no meu paciente?
  • 15. Manejo dos sintomas dispépticos sim não não Melhora dos sintomas Sem Resposta Sem resposta Sintomas Dispépticos Pirose ou regurgitação Abordar como DRGE DISPEPSIA SINAIS DE ALARME ? Dispepsia não investigada Revisar medicamentos utilizados IBP 4-6 seman as ENDOSCOPI A Tratar empiricamente para erradicação do H pylori Autocuidad o ENDOSCOPIA
  • 16. Omeprazol  Inibidor da Bomba de prótons  omeprazol é mais eficaz para a redução da dispepsia do que ranitidina, cisaprida, ou placebo ( nível 1 ) com base em estudo randomizado 512 pacientes com moderada a grave dispepsia (incluindo desconforto epigástrico) e sorologia para H. pylori negativa foram randomizados para um de quatro tratamentos durante 4 semanas (depois de 5 meses adicionais de terapia conforme a necessidade) ◦ omeprazol 20 mg uma vez por dia ◦ ranitidina 150 mg duas vezes ao dia ◦ cisaprida 20 mg duas vezes por dia ◦ placebo  sucesso definido como sintomas mínimos ou não em escala padronizada  taxa de sucesso em 4 semanas ◦ 51% de omeprazol (p <0,05 em comparação com o outro tratamento) ◦ 36% com ranitidina ◦ 31% com a cisaprida ◦ 23% com placebo  análises de subgrupos mostrou benefício com omeprazol para pacientes com azia, mas não para pacientes sem azia  não houve diferenças significativas entre os grupos em taxas de sucesso em 6 meses  Referência - Am J Gastroenterol de Julho de 2005, 100 (7): 1477
  • 17. E o tratamento do h. pilory? Triple Therapy for 7-14 Days Quadruple Therapy for 10-14 Days IBP (1+1) – dose plena Claritromicina 500 mg (1+1) Mais amoxicillina 1 g (1+1) ou metronidazol 500 mg (1+1) IBP ou IH2 em dose plena Bismuto 525 mg 4 x ao dia Metronidazole 250 mg 4 x ao dia Tetraciclina 500 mg 4 x ao dia
  • 18. Mas e a possibilidade de câncer gástrico? ◦ Câncer gástrico -1.8 cases per 100,000 persons ◦ http://web.b.ebscohost.com/dynamed/DisplayEPFT?db=mdc&AN=15214826&ftt=p&site=ehost- live&direct=true&linktitle=Gastric%20carcinoma&currentchunkiid=116155&sid=dc059ec2-5081-40db-b9c5- e632f9c5a8ed@sessionmgr113&vid=3 ◦ Câncer de Esôfago - 8.7 per 100,000 men age-adjusted incidence of esophageal cancer in United States, seventh leading cause of cancer deaths in men. http://web.b.ebscohost.com/dynamed/detail?sid=dc059ec2-5081-40db-b9c5- e632f9c5a8ed%40sessionmgr113&vid=4&hid=126&bdata=Jmxhbmc9cHQtYnImc2l0ZT1keW5hbWVkLWxpdmUmc2NvcGU9c2l0Z Q%3d%3d#db=dme&AN=114816
  • 19. Mas e será que meu paciente não tem uma úlcera?  Possivelmente sim, afinal 15% patients with dyspepsia may have peptic ulcer disease. ◦ http://web.b.ebscohost.com/dynamed/DisplayEPFT?db=mdc&AN=16091062&ftt=p&site=ehost- live&direct=true&linktitle=Peptic%20ulcer%20disease&currentchunkiid=116374&sid=dc059ec2-5081-40db-b9c5- e632f9c5a8ed@sessionmgr113&vid=5 Isso vai mudar meu tratamento em alguma coisa? Usarei remédios diferentes? Por tempos diferentes? Sim!! Teremos que fazer erradicação de h. pilory e acabaremos no final fazendo pelo menos 8 semanas de IBP. Afinal, como descobrirei quem tem úlcera e quem não tem?
  • 20. Mais úlceras... for patients using NSAIDs with diagnosed peptic ulcer, stop NSAID if possible, provide PPI for 8 weeks, and subsequent H. pylori eradication if H. pylori positive (NICE Grade A)(3) ◦ DynaMed commentary -- although NICE provides Grade A for this recommendation the evidence cited for H. pylori eradication therapy was based on trials in patients using NSAIDs  treat H. pylori-negative ulcers in patients not using NSAIDs with PPI for 4-8 weeks (NICE Grade B)(3)  PPI for 4 weeks heals most duodenal ulcers, based on trials not addressing H. pylori infection(2)
  • 21. PPI for 4 weeks heals most duodenal ulcers, based on trials not addressing H. pylori infection(2)  Meta-analysis of randomized clinical trials comparing lansoprazole with ranitidine or famotidine in the treatment of acute duodenal ulcer. ◦ http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8590162 Metanálise de estudos comparando a eficácia entre Lanzoprazol sozinho e Inibidores H2 sozinhos, sem tratamento para h. pilory. Após 4 semanas Lanzoprazol haviam curado 85% das úlceras, enquanto que inibidores H2 curaram 75%.
  • 22. Curei da minha gastrite ou da minha úlcera. E agora?! Vai ter que usar omeprazol prá sempre!!!
  • 23. Eventos adversos associados com o uso a longo prazo de IBP pode aumentar o risco de fratura, mas a evidência inconsistente em relação a fratura de quadril ◦ Uso de longo prazo de IBP associado com aumento do risco de fraturas.  qualquer fratura (odds ratio [OR] 1,3, IC 95% 1,15-1,48), em análise de 10 estudos, os resultados limitados pela heterogeneidade  fratura de quadril (OR 1,34, IC 95% 1,09- 1,66), em análise de 9 estudos, os resultados limitados pela heterogeneidade ◦ Referência - Ann Fam Med 2011 maio-junho, 9 (3): 257
  • 24. Uso de IBP de longo prazo pode ser associado com aumento do risco de fratura de quadril  exposição a IBP ≥ 5 anos associado a risco aumentado de fratura de quadril (odds ratio ajustada de 1,62, 95% CI 1,02-2,58)  exposição a IBP> 7 anos associado com risco aumentado de fratura de quadril (odds ratio ajustada 4,55, IC 95% 1,68- 12,29)nenhuma associação significativa entre inibidor de bomba de próton e fraturas relacionadas com a osteoporose por ≤ 6 anos de exposição  Referência - CMAJ 2008 Ago 12; 179 (4): 319
  • 25. Uso IBP não parece aumentar o risco de fratura de quadril, mas pode aumentar o risco total de fratura em mulheres na pós-menopausa com base na coorte de 130.487 mulheres na pós-menopausa com idades entre 50-79 anos de Iniciativa da Saúde da Mulher, com informações medicação completa na linha de base e em 3 anos 21.247 fraturas durante> 1.000.000 pessoas-ano de seguimento, incluindo 1.500 fraturas de quadril 2.315 fraturas vertebrais clínicas 4881 antebraço ou pulso fraturas a exposição aos IBPs associada com um risco aumentado de qualquer fratura (hazard ratio [HR] 1,25, 95% CI 1.2-1.4) fratura da coluna vertebral clínica (HR 1,47, 95% CI 1,2-1,8) fratura antebraço ou pulso (HR 1,26, 95% CI 1.1-1.5) nenhuma diferença significativa na fratura de quadril comparando as mulheres que tomam vs não tomar inibidores da bomba de prótons (HR 1, IC 95% 0,7-1,4) Referência - Arch Intern Med 2010 Jul 10; 170 (9): 765
  • 26. Perfil de interação farmacocinética de omeprazol com consequências adversas e gestão de risco clínico.  Li W ​​1 , Zeng S , LS Yu , Zhou Q .  O omeprazol tem influências adversas reais sobre a farmacocinética de medicamentos como diazepam, carbamazepina, clozapina, indinavir, nelfinavir, atazanavir, rilpivirina, metotrexato, tacrolimus, micofenolato mofetil, o clopidogrel, digoxina, itraconazol, posaconazol e suplementação de ferro oral.
  • 27. Prescrição inadequada de consumo crônico de inibidores de bomba de prótons em um hospital no México.Estudo transversal.  Sánchez-cuen JA , Irineo-Cabrales AB , Bernal-Magaña G , Peraza-Garay FJ .  153 pacientes, 40 (26,1%) homens e 113 (73,9%) mulheres, com idade média de 58 ± 11,4 anos. A prescrição de tratamento crônico com PPIs foi adequada em 64,7% dos pacientes e inadequada em 35,3%. A prescrição apropriada mais comum (31,3%) do uso crônico de IBP foi devido à doença do refluxo gastroesofágico. A prescrição inadequada mais comum foi a ausência de diagnóstico (22,2%), polifarmácia sem drogas anti- inflamatórios não esteróides (16,6%) e gastrite crônica (16,6%). História da endoscopia não era significativa.