Este documento descreve um projeto de prevenção de drogas chamado Projeto ATLANTE em uma escola. O projeto tem como objetivos fornecer informações, atitudes e competências para que os alunos possam tomar decisões racionais sobre drogas. Ele é implementado em aulas de 45 minutos abordando tópicos como informação, atitudes, influências e tomada de decisões.
1. Projeto ATLANTE – Enfrentar o
Desafio das Drogas
Escola B. e S. Padre Manuel Álvares
A Equipa Coordenadora:
Isabel Rocha
Susana Bettencourt
2. Projeto ATLANTE
Programa ATLANTE – Enfrentar o desafio
das drogas:
• Dotar os alunos de informação, atitudes,
valores e competências necessárias para
decidir de forma racional e autónoma
perante a oferta de substâncias;
• Programa do Serviço de Prevenção da
Toxicodependência;
• Desenvolvido pelos Diretores de Turma.
3. Programa ATLANTE
É desenvolvido nas aulas de formação
cívica e, têm a duração de 45 minutos
cada,
centradas nas seguintes áreas:
• Informação; • Atitudes;
• Crenças; • Influências;
• Auto-estima; • Resistência à
• Tomada de pressão grupal;
decisões • Tempo livre.
4. Programa ATLANTE
• Materiais utilizados:
– Manual do professor;
– Cadernos do aluno;
– Dossier de apoio;
– Livro sobre o tema –
Toxicodependências;
– Filmes
5. Outras Atividades
• Ações de sensibilização para alunos e
para encarregados de educação;
• Distribuição de informação impressa
(folhetos, panfletos, boletins ou
outros);
• Exposição de trabalhos realizados
durante o ano lectivo.
6. Adolescência
Pelas suas caraterísticas, a adolescência é
em si mesma um fator de risco. Alguns dos
traços que caraterizam esta idade podem
potenciar as condutas de risco em relação ao
consumo de substâncias.
No entanto a maior parte dos adolescentes
realiza geralmente uma adaptação razoável,
superando a tensão e os conflitos de
maneira satisfatória
7. Na adolescência…
...tudo muda rapidamente.
…é uma fase de descobertas, algo
confusas, com dúvidas e ansiedades.
…sentimentos, emoções, atitudes e
valores andam em turbilhão.
…mudam as relações com a família e
com os colegas.
8. O Grupo de amigos…
A maior parte dos adolescentes procura o
apoio de um grupo de amigos porque
este lhe dá segurança.
No grupo de amigos o adolescente sente-
se compreendido, pode conversar sobre a
sua música, jogos, o que gosta de usar e,
sobre as suas dificuldades.
Esta identificação com um grupo de
amigos dá ao adolescente a oportunidade
de desenvolver relações interpessoais
equilibradas.
9. As más companhias…
Embora não goste de algum dos amigos do
seu filho, antes de criticar e fazer juízos de
valor sobre as companhias é importante
conhecer os seus amigos, ouvir as suas
histórias de vida, as suas opiniões sobre a
escola, sobre as drogas, sobre a família, etc.
As proibições e críticas inflexíveis e
negativas poderão ter um efeito contrário,
levando a ter comportamentos de desafio e
provocação.
10. Aos pais…
• Não se deve confundir compreensão com
permissividade;
• Os adolescentes necessitam de pais com convicções
fortes que os ajudem a estabelecer os limites;
• Comportamentos de isolamento ou fuga às questões
podem suscitar curiosidade ou preocupação.
É importante proporcionar um ambiente de à
vontade, de respeito pela privacidade do adolescente.
11. As drogas
Os jovens interessam-se por drogas, devido:
• Curiosidade
• Desejo de viver outras experiências
• Desejo de testar limites e transgredir regras
• Pressão dos pares
• Desafio à autoridade
• Desejo de afirmação
• Informação incorreta ou ausência de
informação.
12. Tipos de consumos
• Experimental, muitos jovens sentem
curiosidade em conhecer o efeito das
drogas.
• Recreativo, consumo que pode
persistir ao longo da vida com caráter
meramente recreativo.
• Dependência, o consumo torna-se o
principal objetivo de vida de quem
consome.
13.
14. É fundamental responsabilizar os
jovens pelas consequências das suas
decisões. Cabe aos pais facilitar este
sentimento de responsabilidade pelos
próprios atos desde a infância.
A experimentação de drogas e,
sobretudo do álcool é frequente.
O abuso regular e repetido é já mais
grave e precisa de apoio.
15. Consegue lembrar-se da primeira
vez que ouviu falar sobre drogas?
Com quem abordou o assunto?
Quais as dúvidas que lhe
surgiram?
16. Nunca…
• “…deixar andar, porque ele/a não me
ouve…”,
• …permitir que o pai diga uma coisa e a mãe
outra, relativamente à mesma situação,
• …deixe de perguntar como correu o dia do/s
seu/s filho/s…,
• Deixe de cumprir regras de funcionamento em
casa!!!
17. Como abordar o assunto?
• Siga o ritmo do seu filho
• Por vezes o que é mais importante para nós,
não é para o jovem
• Grandes discursos sobre drogas não
significam esclarecimento, confiança ou
responsabilização
• Responda de forma simples, clara e concreta
• Não deixe nenhuma pergunta por responder
• Respeite as questões e trate-as com
seriedade
• Tente discutir o assunto sem reprimir a
curiosidade ou provocação.
18. O meu filho não faz perguntas…
Estar disponível para falar sobre drogas,
significa:
• Não exprimir visões extremistas nem juízos de
valor nos assuntos controversos e “difíceis”
• Não ter preconceitos face à idade e ao género
• Mostrar-se disponível para responder às
questões
• Encorajar a discussão, iniciando-a de forma
descontraída
• Tolerar a diferença
19. O meu filho não faz perguntas…
• Ser honesto e não ter receio de dar
outras fontes de conhecimento, caso
não consiga responder às perguntas
• Estar preparado para apoiar o desejo
de saber do seu filho
• Respeitar a privacidade do seu filho
• Não divulgar informações
confidenciais, quando partilhadas pelo
seu filho.
20.
21. Os jovens devem ser estimulados e
elogiados nos seus comportamentos
positivos, assim como responsabilizados
pelos seus comportamentos incorreto ou
negativos. É importante não ser repressivo,
nem demasiado permissivo.
O seu filho precisa tanto de regras e de
limites como de afeto
22. Pistas para o diálogo
• Ver e discutir em conjunto, programas de
televisão ou filmes
• Discutir casualmente reportagens, notícias e
entrevistas
• Deixar folhetos espalhados pela casa
• Incentivar a programação de saídas conjuntas
• Incentivar o seu filho a ter uma participação
ativa em atividades sócio-culturais
23. Quando há consumos
Podem existir pequenas alterações no
comportamento do seu filho, a que deve
estar atento:
• Instabilidade emocional
• Isolamento e secretismo
• Desinteresse e desmotivação em relação às
atividades escolares, desportivas
• Quebra de rendimento escolar
• Faltas ou atrasos frequentes na escola
• Dificuldades de concentração, memória ou
raciocínio
24. Quando há consumos
• Insistentes pedidos de dinheiro e frequentes
desculpas para objetos perdidos ou roubados
• Posse de objetos estranhos (filtros de cigarro,
mortalhas,…)
Alguns destes “sintomas” podem estar
associados a outras situações. É necessário
compreender o contexto em que ocorrem.
25. Quando há consumos – Como
atuar?
Esteja atento se o seu filho nunca falou sobre
drogas consigo, dificilmente assumirá o
consumo.
• Não dramatize
• Não ameace
• Mostre que notou uma mudança no seu
comportamento
• Fale abertamente com o seu filho sem
acusações ou culpas
• Procure ajuda
26. Linha Vida – SOS Droga
1414
Anónima, gratuita e confidencial
das 10h às 24h
Associação Portuguesa de Famílias Anónimas
Telef. 21 4538709
Dias úteis das 14h às 16h