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“A Era das Revoluções” – Eric Hobsbawm

Não obstante ter sido já publicada em 1962, a presente obra de Eric
Hobsbawm, merece ser amplamente divulgada, quer pela sua análise astuta e autoritária
sobre a Revolução Francesa e a Revolução Industrial Inglesa, quer por ser uma obra
actualizada e que se encontra devidamente fundamentada.
O título da obra remete-nos para uma época conturbada, levando-nos a pensar
num rompimento radical do sistema político vigente ou no modo tradicional de pensar e
de agir. De facto, o autor ao introduzir este título na obra pretende demonstrar que as
revoluções duais ocorridas no período ente 1789 e 1848, levaram a transformações
profundas tanto no espaço europeu como também noutros locais do mundo. Por outro
lado, o título apelativo leva a uma maior curiosidade por parte dos leitores relativamente
aos temas que são debatidos na obra.
Como referi anteriormente, o livro encontra-se dividido em duas partes, na
primeira parte retrata os acontecimentos, isto é, as causas que levaram às revoluções
duais e a análise das mesmas encontrando-se dividido em sete capítulo, na segunda
parte da obra, é retratado as consequências ou os resultados das revoluções duais
encontrando-se dividido em nove capítulos.
No primeiro capítulo – sob o título “ O Mundo na década de 1780” Hobsbawm faz uma abordagem histórica do mundo que antecede as revoluções duais de
forma a gerar uma maior compreensão e tornar mais claro o tema, este achava que “
uma transformação tão profunda não podia ser compreendida sem se recuar na história
muito para além de 1789, ou das décadas que imediatamente a precederam”
(Hobsbawm, 2001)[1]. Neste capítulo introdutório, o autor traça as características de
uma sociedade pré-industrial, de uma forma muito cuidada e completa. Para além de
referenciar as características geográficas ( o mundo era “mais pequeno do que o nosso”
porque não se conhecia o interior dos continentes e “maior do que o nosso” porque a
dificuldade de locomoção era muito maior sobretudo pelos transportes por via terrestre),
demográficas( crescimento da população apesar de esta representar apenas 1/3 da
população actual),sociais( vivíamos num mundo predominantemente rural, onde a
actividade agrícola era predominante, os feudos e a servidão ainda existiam apesar de
ter diminuído a sua importância na europa ocidental e culturais, políticas, Hobsbawm
acrescenta a sua abordagem marxista, concedendo um maior enfâse ao estudo das
formas de produção e propriedade agrícola, lavrador e comerciante levando os leitores a
fixarem-se principalmente nas questões económicas onde os modos de produção são o
ponto de partida para as transformações da realidade. Hobsbawm também menciona
assuntos mais relacionados com a tendência do pensamento, o iluminismo, em que
devia o seu progresso à produção, comércio e da racionalidade económica e científica.
Os seus slogans, liberdade, igualdade e fraternidade, como Hobsbawm afirma “
tornaram-se os ideais da revolução francesa”.[2]
No segundo capítulo – “A Revolução Industrial” - Hobsbawm discute as razões
que levaram ao pioneirismo britânico analisando e comparando a Inglaterra com outros
países, sobretudo a França, examinando a componente tecnológica, científica,
económica e social acabando por argumentar que os acontecimentos que levaram à
Revolução Industrial Inglesa “ocorreram de forma empírica, causal, não planeada”
(HOBSBAWM, 2001)[3], como por exemplo, a Inglaterra já possuía uma política
governamental que fomentava o lucro privado e o desenvolvimento económico, a
agricultura já se destinava predominantemente ao mercado e as manufacturas já se
haviam disseminado por um interior não feudal. Jean-Pierre Rioux[4] vai ao encontro
das ideias de Hobsbawm mas acrescenta o facto de a Inglaterra ter escapado aos danos
da conjuntura e das crises do século XVII e acima de tudo a grande capacidade de
adaptação por parte da agricultura, comércio, manufactura e finanças. A indústria do
algodão é objecto de uma cuidadosa análise e ponderação por parte de Hobsbawm, pois
para ele a Revolução Industrial Britânica assentou neste aspecto sendo a “primeira
indústria a ser revolucionada” (HOBSBAWM,2001)[5]. O autor ao abordar este
assunto, analisa vários aspectos, por exemplo o facto do comércio colonial ter criado a
indústria algodoeira e alimentá-la, os empresários começaram a adoptar a mecanização
na produção principalmente quando o algodão sofria a falta de mão-de-obra barata e
eficiente. Jean-Pierre Rioux vai ao encontro do autor afirmando que escassez de mãode-obra, principalmente na indústria do algodão levou à inovação técnica em que só a
máquina podia dividir o trabalho, reduzir os custos de produção e economizar braços[6],
já T.S.Ashton refere alguns mecanismos utilizados nesta industria como a introdução de
um melhoramento simples no tear, a lançadeira que economiza imenso trabalho,
permitindo que um só tecelão fizesse panos com uma largura em que antes era
necessário dois homens[7]. Hobsbawm esboça-se sobre o crescimento económico da
Grã-Bretanha, destacando a sua dependência face à indústria algodoeira uma vez que
esta conseguia dominar os movimentos de toda a economia. Sendo um marxista por
natureza e indo ao encontro das ideias de Karl Marx, o capitalismo seria um produto da
Revolução Industrial Inglesa e não a sua causa. Hobsbawm não se limita apenas a
detalhar os factores que levaram à Revolução Industrial, este faz uma abordagem mais
profunda e marxista analisando o impacte desta revolução na ordem social dedicando
uma grande parte do capítulo da Revolução Industrial a este assunto. Segundo o autor, a
transição para a nova economia, alterou a cosmologia tradicional criando uma série de
problemas sociais, miséria e descontentamento. De seguida, Hobsbawm revela a
importância da produção do ferro em que o autor refere que esta indústria é modesta e
T.S. Ashton vai mais longe ao mencionar que a Grã-Bretanha encontrava-se dependente
do estrangeiro no que se refere ao ferro em barra[8], relativamente ao carvão,
Hobsbawm afirma que em 1800 Inglaterra gerava 90% da produção mundial, estando
por isso em vantagem em relação aos outros países. Hobsbawm afirma a importância
destas industriam na transformação das indústrias de bens de capital, nomeadamente a
ferroviária. O autor contínua a sua argumentação falando da “revolução agrícola”
focando-se nas suas consequências apesar de não se expressar muito sobre este assunto
servindo em parte para justificar a crescente mão-de-obra que foi liberta para a
indústria. Hobsbawm acaba por se focar no capital humano para as indústrias, em que
era difícil conseguir um número suficiente de trabalhadores com as necessárias
qualificações e habilidades em que o operário tinha que aprender a trabalhar de uma
maneira adequada à indústria tendo um ritmo diário ininterrupto para além deste
aspecto, refere a importância da utilização da mão-de-obra feminina e infantil. Marianne
Roth vai mais longe ao afirmar, que a revolução industrial permitiu o nascimento de um
proletariado moderno.[9] Hobsbawm ao falar sobre a revolução industrial, reveste o seu
discurso com inúmeros exemplos que ajudam o leitor a ter uma maior percepção e
impacto que a revolução industrial teve não só na Inglaterra mas também noutros locais
do mundo, para além disto os exemplos introduzem uma maior dinâmica no discurso
permitindo que este não se torne aborrecido.
No terceiro capitulo – sob o título de “ A Revolução Francesa” – Hobsbawm
refere a importância da Revolução Francesa na medida em como ela difundiu a sua
política e ideologia pelo resto do mundo. Inicialmente o autor compara a Revolução
Francesa com outras revoluções suas contemporâneas como por exemplo, a revolução
americana. Desta forma ele pretendia demonstrar a unicidade da Revolução Francesa
recorrendo ao facto da França ser um poderoso e populoso estado europeu, do facto de
ter sido a única revolução social de massas, por ter sido uma revolução ecuménica
sendo um marco em todos os países “permanecendo assim a revolução do seu tempo e a
mais destacada do seu tipo” (HOBSBAWM, 2001)[10]. Hobsbawm explica de uma
forma simples e recorrendo a exemplos, o contexto histórico, político e social que levou
à revolução; a decadência da aristocracia feudal, a exploração das classes populares
sobretudo camponesas, a crise nas instituições em que se verificava uma enorme
incapacidade financeira e política, crises económicas e agrícolas e o facto de a França
ter participado na guerra Americana no entanto, o autor reforça as ideias do liberalismo
clássico imprimidas no grupo consenso de ideias gerais, a burguesia que imprimiria ao
movimento revolucionário uma unidade efectiva. Albert Sobul, historiador que analisa
as questões da revolução francesa vai ao encontro do que Hobsbawm declarando “ os
progressos do conhecimento positivos e o impulso conquistador da filosofia das luzes
abalaram as bases ideológicas da ordem estabelecida.”[11] Como marxista, Hobsbawm
ao analisar a Revolução Francesa, demonstra uma especial atenção pela luta das classes
e o banditismo. O autor ao focar-se na revolução francesa examinou os quatro períodos
que marcaram esta revolução: a Assembleia Constituinte, a Assembleia Legislativa, a
Convenção e o Directório referindo os principais acontecimentos que sucederam. A
descrição destes períodos é bastante rica, oferecendo-nos uma ampla visão da
revolução. Segundo o autor a Revolução Francesa ao longo destes quatro períodos
sofreu profundas transformações como foi o caso da Queda da Bastilha, símbolo do
poder monárquico, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que de acordo
com o autor veio a inspirar a revolução americana, aprovou-se a Assembleia
Constituinte introduzindo-se mudanças profundas, o começo da República Jacobina do
Ano I e II em que foi marcada por um período de terror, com um efeito sobre-humano
levado a cabo no ano II por Robespierre, posteriormente a sua morte levou ao termino
desta República marcando a era do Termidor e mais tarde a ascensão do Napoleão.
No final da primeira parte da obra o autor refere o aparecimento dos
movimentos nacionalistas em que reflectia as forças poderosas que nos anos de 1830
iam adquirindo consciência política em resultado da dupla revolução.
Na segunda parte da obra, o autor menciona os resultados que estas duas
revoluções reflectiram na sociedade, economia, política, dividindo os capítulos
referentes à segunda parte pelos temas que ele achou mais pertinentes. A terra segundo
o autor, determinou a vida e morte de quase todos os seres humanos entre 1789 e
1848[12], consequentemente o impacto da dupla revolução sobre a propriedade rústica,
arrendamento de terras e sobre a agricultura constitui um fenómeno catastrófico. A
Revolução Francesa contribuiu para uma revolução das relações agrárias, acabando com
o feudalismo e levou a que as terras possuíssem vários tipos de proprietários
camponeses. No período que vai de 1789 a 1848 foi marcado por mudanças
fundamentais, forte crescimento demográfico, verificou-se uma transformação
importante nas comunicações e o desenvolvimento do comércio e a migração. Os EUA
e uma parte considerável da Europa Ocidental e Central acabam por entrar na era da
Revolução Industrial, o autor destaca o caso Francês que possui um enorme potencial
em termos de marketing e em inovações técnicas.
Segundo o autor, as duas revoluções permitiram a abertura de carreiras ao talento, à
energia, astúcia, ao trabalho árduo e à ganância mais conhecida por self-made man.
Durante o período da dupla revolução verifica-se um florescimento das artes,
verificando-se a propagação de acontecimentos artísticos entre as diferentes nações.
Desenvolvem-se certas artes e géneros como por exemplo o romance, a música também
sofre profundas transformações destacando-se Mozart, Beethoven entre muitos outros, a
escultura atingiu a proeminência do século XVIII e o mesmo da arquitectura.
A dupla revolução fez com que os artistas se inspirassem nas questões públicas e que
nelas se deixassem envolver. As ciências reflectem também de modo particular a dupla
revolução, apesar de Hobsbawm afirmar que a ciência não se possa analisar apenas com
a dupla revolução mas em parte esta colocou-lhes questões específicas, abriu-lhe novas
possibilidades e as confrontou com novos problemas. A ciência beneficiou do incentivo
à educação científica e técnica, alargou o número de cientistas e os resultados nas
ciências e envolveu novos países e povos. Segundo o autor, neste período houve
progressos na física, química, astronomia, a revolução das ciências sociais.
Enfim, com uma parte da obra dedicada às mudanças que ocorreram após as
revoluções duais, percebe-se como em parte, estas duas revoluções transformaram a
resto da europa e o resto do mundo, o autor dá de propositadamente exemplos de vários
países, mesmo fora da europa de forma a demonstrar que esta transformação foi global e
que modificou a forma de ser e de estar das sociedades.
[1] Hobsbawm, Eric, A Era das Revoluções p. 12
[2] Idem, A Era das Revoluções, p 31
[3] Idem, op. Cit., p60
[4]RIOUX, Jean-Pierre, A Revolução Industrial pp 67-69
[5] HOBSBAWM, Eric, A Era das Revoluções, p 46
[6] RIOUX, Jean-Pierre,A Revolução Industrial p 69
[7] ASHTON, T. S., A Revolução Industrial
[8] Idem, Op.Cit,p 69
[9] ROTH, Marianne, A origem do capitalismo: a revolução industrial em Inglaterra p 23
[10]HOBSBAWM, Eric, A Era das Revoluções, p 64
[11] SOBOUL, Albert, A Revolução Francesa , p 74
[12] HOBSBAWM, Eric, A Era das Revoluções, p 153

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A era das revoluções - Eric Hobsbawm

  • 1. “A Era das Revoluções” – Eric Hobsbawm Não obstante ter sido já publicada em 1962, a presente obra de Eric Hobsbawm, merece ser amplamente divulgada, quer pela sua análise astuta e autoritária sobre a Revolução Francesa e a Revolução Industrial Inglesa, quer por ser uma obra actualizada e que se encontra devidamente fundamentada. O título da obra remete-nos para uma época conturbada, levando-nos a pensar num rompimento radical do sistema político vigente ou no modo tradicional de pensar e de agir. De facto, o autor ao introduzir este título na obra pretende demonstrar que as revoluções duais ocorridas no período ente 1789 e 1848, levaram a transformações profundas tanto no espaço europeu como também noutros locais do mundo. Por outro lado, o título apelativo leva a uma maior curiosidade por parte dos leitores relativamente aos temas que são debatidos na obra. Como referi anteriormente, o livro encontra-se dividido em duas partes, na primeira parte retrata os acontecimentos, isto é, as causas que levaram às revoluções duais e a análise das mesmas encontrando-se dividido em sete capítulo, na segunda parte da obra, é retratado as consequências ou os resultados das revoluções duais encontrando-se dividido em nove capítulos. No primeiro capítulo – sob o título “ O Mundo na década de 1780” Hobsbawm faz uma abordagem histórica do mundo que antecede as revoluções duais de forma a gerar uma maior compreensão e tornar mais claro o tema, este achava que “ uma transformação tão profunda não podia ser compreendida sem se recuar na história muito para além de 1789, ou das décadas que imediatamente a precederam” (Hobsbawm, 2001)[1]. Neste capítulo introdutório, o autor traça as características de uma sociedade pré-industrial, de uma forma muito cuidada e completa. Para além de referenciar as características geográficas ( o mundo era “mais pequeno do que o nosso” porque não se conhecia o interior dos continentes e “maior do que o nosso” porque a dificuldade de locomoção era muito maior sobretudo pelos transportes por via terrestre), demográficas( crescimento da população apesar de esta representar apenas 1/3 da população actual),sociais( vivíamos num mundo predominantemente rural, onde a actividade agrícola era predominante, os feudos e a servidão ainda existiam apesar de ter diminuído a sua importância na europa ocidental e culturais, políticas, Hobsbawm acrescenta a sua abordagem marxista, concedendo um maior enfâse ao estudo das
  • 2. formas de produção e propriedade agrícola, lavrador e comerciante levando os leitores a fixarem-se principalmente nas questões económicas onde os modos de produção são o ponto de partida para as transformações da realidade. Hobsbawm também menciona assuntos mais relacionados com a tendência do pensamento, o iluminismo, em que devia o seu progresso à produção, comércio e da racionalidade económica e científica. Os seus slogans, liberdade, igualdade e fraternidade, como Hobsbawm afirma “ tornaram-se os ideais da revolução francesa”.[2] No segundo capítulo – “A Revolução Industrial” - Hobsbawm discute as razões que levaram ao pioneirismo britânico analisando e comparando a Inglaterra com outros países, sobretudo a França, examinando a componente tecnológica, científica, económica e social acabando por argumentar que os acontecimentos que levaram à Revolução Industrial Inglesa “ocorreram de forma empírica, causal, não planeada” (HOBSBAWM, 2001)[3], como por exemplo, a Inglaterra já possuía uma política governamental que fomentava o lucro privado e o desenvolvimento económico, a agricultura já se destinava predominantemente ao mercado e as manufacturas já se haviam disseminado por um interior não feudal. Jean-Pierre Rioux[4] vai ao encontro das ideias de Hobsbawm mas acrescenta o facto de a Inglaterra ter escapado aos danos da conjuntura e das crises do século XVII e acima de tudo a grande capacidade de adaptação por parte da agricultura, comércio, manufactura e finanças. A indústria do algodão é objecto de uma cuidadosa análise e ponderação por parte de Hobsbawm, pois para ele a Revolução Industrial Britânica assentou neste aspecto sendo a “primeira indústria a ser revolucionada” (HOBSBAWM,2001)[5]. O autor ao abordar este assunto, analisa vários aspectos, por exemplo o facto do comércio colonial ter criado a indústria algodoeira e alimentá-la, os empresários começaram a adoptar a mecanização na produção principalmente quando o algodão sofria a falta de mão-de-obra barata e eficiente. Jean-Pierre Rioux vai ao encontro do autor afirmando que escassez de mãode-obra, principalmente na indústria do algodão levou à inovação técnica em que só a máquina podia dividir o trabalho, reduzir os custos de produção e economizar braços[6], já T.S.Ashton refere alguns mecanismos utilizados nesta industria como a introdução de um melhoramento simples no tear, a lançadeira que economiza imenso trabalho, permitindo que um só tecelão fizesse panos com uma largura em que antes era necessário dois homens[7]. Hobsbawm esboça-se sobre o crescimento económico da Grã-Bretanha, destacando a sua dependência face à indústria algodoeira uma vez que esta conseguia dominar os movimentos de toda a economia. Sendo um marxista por
  • 3. natureza e indo ao encontro das ideias de Karl Marx, o capitalismo seria um produto da Revolução Industrial Inglesa e não a sua causa. Hobsbawm não se limita apenas a detalhar os factores que levaram à Revolução Industrial, este faz uma abordagem mais profunda e marxista analisando o impacte desta revolução na ordem social dedicando uma grande parte do capítulo da Revolução Industrial a este assunto. Segundo o autor, a transição para a nova economia, alterou a cosmologia tradicional criando uma série de problemas sociais, miséria e descontentamento. De seguida, Hobsbawm revela a importância da produção do ferro em que o autor refere que esta indústria é modesta e T.S. Ashton vai mais longe ao mencionar que a Grã-Bretanha encontrava-se dependente do estrangeiro no que se refere ao ferro em barra[8], relativamente ao carvão, Hobsbawm afirma que em 1800 Inglaterra gerava 90% da produção mundial, estando por isso em vantagem em relação aos outros países. Hobsbawm afirma a importância destas industriam na transformação das indústrias de bens de capital, nomeadamente a ferroviária. O autor contínua a sua argumentação falando da “revolução agrícola” focando-se nas suas consequências apesar de não se expressar muito sobre este assunto servindo em parte para justificar a crescente mão-de-obra que foi liberta para a indústria. Hobsbawm acaba por se focar no capital humano para as indústrias, em que era difícil conseguir um número suficiente de trabalhadores com as necessárias qualificações e habilidades em que o operário tinha que aprender a trabalhar de uma maneira adequada à indústria tendo um ritmo diário ininterrupto para além deste aspecto, refere a importância da utilização da mão-de-obra feminina e infantil. Marianne Roth vai mais longe ao afirmar, que a revolução industrial permitiu o nascimento de um proletariado moderno.[9] Hobsbawm ao falar sobre a revolução industrial, reveste o seu discurso com inúmeros exemplos que ajudam o leitor a ter uma maior percepção e impacto que a revolução industrial teve não só na Inglaterra mas também noutros locais do mundo, para além disto os exemplos introduzem uma maior dinâmica no discurso permitindo que este não se torne aborrecido. No terceiro capitulo – sob o título de “ A Revolução Francesa” – Hobsbawm refere a importância da Revolução Francesa na medida em como ela difundiu a sua política e ideologia pelo resto do mundo. Inicialmente o autor compara a Revolução Francesa com outras revoluções suas contemporâneas como por exemplo, a revolução americana. Desta forma ele pretendia demonstrar a unicidade da Revolução Francesa recorrendo ao facto da França ser um poderoso e populoso estado europeu, do facto de ter sido a única revolução social de massas, por ter sido uma revolução ecuménica
  • 4. sendo um marco em todos os países “permanecendo assim a revolução do seu tempo e a mais destacada do seu tipo” (HOBSBAWM, 2001)[10]. Hobsbawm explica de uma forma simples e recorrendo a exemplos, o contexto histórico, político e social que levou à revolução; a decadência da aristocracia feudal, a exploração das classes populares sobretudo camponesas, a crise nas instituições em que se verificava uma enorme incapacidade financeira e política, crises económicas e agrícolas e o facto de a França ter participado na guerra Americana no entanto, o autor reforça as ideias do liberalismo clássico imprimidas no grupo consenso de ideias gerais, a burguesia que imprimiria ao movimento revolucionário uma unidade efectiva. Albert Sobul, historiador que analisa as questões da revolução francesa vai ao encontro do que Hobsbawm declarando “ os progressos do conhecimento positivos e o impulso conquistador da filosofia das luzes abalaram as bases ideológicas da ordem estabelecida.”[11] Como marxista, Hobsbawm ao analisar a Revolução Francesa, demonstra uma especial atenção pela luta das classes e o banditismo. O autor ao focar-se na revolução francesa examinou os quatro períodos que marcaram esta revolução: a Assembleia Constituinte, a Assembleia Legislativa, a Convenção e o Directório referindo os principais acontecimentos que sucederam. A descrição destes períodos é bastante rica, oferecendo-nos uma ampla visão da revolução. Segundo o autor a Revolução Francesa ao longo destes quatro períodos sofreu profundas transformações como foi o caso da Queda da Bastilha, símbolo do poder monárquico, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que de acordo com o autor veio a inspirar a revolução americana, aprovou-se a Assembleia Constituinte introduzindo-se mudanças profundas, o começo da República Jacobina do Ano I e II em que foi marcada por um período de terror, com um efeito sobre-humano levado a cabo no ano II por Robespierre, posteriormente a sua morte levou ao termino desta República marcando a era do Termidor e mais tarde a ascensão do Napoleão. No final da primeira parte da obra o autor refere o aparecimento dos movimentos nacionalistas em que reflectia as forças poderosas que nos anos de 1830 iam adquirindo consciência política em resultado da dupla revolução. Na segunda parte da obra, o autor menciona os resultados que estas duas revoluções reflectiram na sociedade, economia, política, dividindo os capítulos referentes à segunda parte pelos temas que ele achou mais pertinentes. A terra segundo o autor, determinou a vida e morte de quase todos os seres humanos entre 1789 e 1848[12], consequentemente o impacto da dupla revolução sobre a propriedade rústica, arrendamento de terras e sobre a agricultura constitui um fenómeno catastrófico. A
  • 5. Revolução Francesa contribuiu para uma revolução das relações agrárias, acabando com o feudalismo e levou a que as terras possuíssem vários tipos de proprietários camponeses. No período que vai de 1789 a 1848 foi marcado por mudanças fundamentais, forte crescimento demográfico, verificou-se uma transformação importante nas comunicações e o desenvolvimento do comércio e a migração. Os EUA e uma parte considerável da Europa Ocidental e Central acabam por entrar na era da Revolução Industrial, o autor destaca o caso Francês que possui um enorme potencial em termos de marketing e em inovações técnicas. Segundo o autor, as duas revoluções permitiram a abertura de carreiras ao talento, à energia, astúcia, ao trabalho árduo e à ganância mais conhecida por self-made man. Durante o período da dupla revolução verifica-se um florescimento das artes, verificando-se a propagação de acontecimentos artísticos entre as diferentes nações. Desenvolvem-se certas artes e géneros como por exemplo o romance, a música também sofre profundas transformações destacando-se Mozart, Beethoven entre muitos outros, a escultura atingiu a proeminência do século XVIII e o mesmo da arquitectura. A dupla revolução fez com que os artistas se inspirassem nas questões públicas e que nelas se deixassem envolver. As ciências reflectem também de modo particular a dupla revolução, apesar de Hobsbawm afirmar que a ciência não se possa analisar apenas com a dupla revolução mas em parte esta colocou-lhes questões específicas, abriu-lhe novas possibilidades e as confrontou com novos problemas. A ciência beneficiou do incentivo à educação científica e técnica, alargou o número de cientistas e os resultados nas ciências e envolveu novos países e povos. Segundo o autor, neste período houve progressos na física, química, astronomia, a revolução das ciências sociais. Enfim, com uma parte da obra dedicada às mudanças que ocorreram após as revoluções duais, percebe-se como em parte, estas duas revoluções transformaram a resto da europa e o resto do mundo, o autor dá de propositadamente exemplos de vários países, mesmo fora da europa de forma a demonstrar que esta transformação foi global e que modificou a forma de ser e de estar das sociedades.
  • 6. [1] Hobsbawm, Eric, A Era das Revoluções p. 12 [2] Idem, A Era das Revoluções, p 31 [3] Idem, op. Cit., p60 [4]RIOUX, Jean-Pierre, A Revolução Industrial pp 67-69 [5] HOBSBAWM, Eric, A Era das Revoluções, p 46 [6] RIOUX, Jean-Pierre,A Revolução Industrial p 69 [7] ASHTON, T. S., A Revolução Industrial [8] Idem, Op.Cit,p 69 [9] ROTH, Marianne, A origem do capitalismo: a revolução industrial em Inglaterra p 23 [10]HOBSBAWM, Eric, A Era das Revoluções, p 64 [11] SOBOUL, Albert, A Revolução Francesa , p 74 [12] HOBSBAWM, Eric, A Era das Revoluções, p 153