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Fenômenos de Transporte - turma 4ºE - 5ºY Parte 9
FT 4E Texto: Profa. Esleide L. Casella e Profa. Míriam Tvrzská de Gouvêa 1
Quadro resumo dos mecanismos de calor
Introdução ao mecanismo da radiação
Da necessidade de um terceiro mecanismo de transporte de energia...
O questionário a seguir visa a estabelecer não apenas a necessidade da existência de um mecanismo de
transferência de calor adicional aos mecanismos de condução e convecção, como também ao
estabelecimento das características básicas deste terceiro mecanismo:
 Qual a temperatura do ar na praia?
 O sol emite energia?
 Estima-se que a temperatura do espaço seja da ordem de 4K. Existe matéria no espaço?
 Qual a distância entre o sol e a terra?
 É comum o uso de lareiras, resistências elétricas ou de aquecedores a carvão para aquecer
residências em dias de inverno. Estes três sistemas têm em comum o fato de a lenha, o
carvão e o metal sofrerem alteração de cor no momento da ativação do sistema de
aquecimento. O carvão, a lenha e o metal tornam-se vermelhos. Por quê?
 Existem meios materiais através do qual radiação irá atravessar?
 A partir das questões anteriores, quais as principais características da radiação térmica?
Caracterização da radiação térmica:
 Existência de matéria para emissão (emissão é propriedade intrínseca da matéria).
 Existência de matéria para recepção.
 Propagação na forma de ondas eletromagnéticas – não há necessidade de existência de
matéria.
 Para o transporte de energia entre dois corpos – há a necessidade de diferença de
temperatura sem a qual a energia trocada será nula.
 Existem materiais transparentes à radiação e outros não.
Para reflexão - sintetizando as informações sobre a radiação:
Uma definição de radiação segundo Incropera & De Witt, p. 5 (5a
edição): “Radiação térmica é a
energia emitida por toda a matéria que se encontra a uma temperatura finita.” Ou: “radiação é a
propriedade que a matéria tem de emitir energia (e.g. devido a transições eletrônicas, vibrações
moleculares, etc.) na forma de ondas eletromagnéticas, sendo que seu transporte não necessita da
presença de qualquer meio material.”
Fenômenos de Transporte - turma 4ºE - 5ºY Parte 9
FT 4E Texto: Profa. Esleide L. Casella e Profa. Míriam Tvrzská de Gouvêa 2
Uma teoria explica a radiação como propagação de um conjunto de partículas conhecidas
como fótons ou quanta. Alternativamente a radiação pode ser explicada como propagação de
ondas eletromagnéticas. Em qualquer caso desejamos atribuir para a radiação propriedades de
onda padrões de freqüência  e de comprimento de onda ë. Para a radiação se propagando em um
meio, as duas propriedades estão relacionadas por
c
 

onde c é a velocidade da luz no meio. Para a propagação no vácuo, c= 2,998x108
m/s.
As radiações de pequeno comprimento de onda raios gama, raios x e ultravioleta são de interesse
dos físicos de altas energias e dos engenheiros nucleares, enquanto as microondas e ondas de rádio
(ë>105
m) são de interesse dos engenheiros elétricos. A porção intermediária do espectro, de 0,1 a
100 m e que inclui a uma faixa radiação UV, todo o visível e o infravermelho, é chamada de
radiação térmica, sendo atribuída às mudanças nas configurações eletrônicas dos
átomos/moléculas, o que influencia o estado térmico da matéria. Por isso é interesse de
transferência de calor.
Uma forma de se entender a radiação eletromagnética é concebê-la sob o ponto de vista
corpuscular. Para isso, associamos à energia de uma onda eletromagnética de freqüência , uma
partícula denominada fóton, o qual é definido como sendo uma partícula de carga e massa nulas e
com uma energia dada por:
E h  em que h é a constante de Planck e tem o valor 6.62610-34
J.s.
Analisando a equação acima, percebe-se que diminuir o comprimento de onda da radiação
eletromagnética corresponde a aumentar a energia dos fótons correspondentes. “Esse fato ajusta-se
aos diversos mecanismos que produzem radiação. Energias relativamente baixas são liberadas
quando uma molécula tem sua velocidade de rotação diminuída, e a radiação emitida situa-se no
infravermelho. Por outro lado energias relativamente altas são liberadas quando um núcleo atômico
passa de um estado de alta energia para um de energia mais baixa, e a radiação associada é a
radiação gama ou radiação X. (...) A energia radiante emitida por um objeto aquecido tende a
comprimento de ondas mais curtos (fótons de mais altas energias) à medida que a sua temperatura é
elevada” (Bird et al. pág. 466)
.
Fenômenos de Transporte - turma 4ºE - 5ºY Parte 9
FT 4E Texto: Profa. Esleide L. Casella e Profa. Míriam Tvrzská de Gouvêa 3
Por que a matéria pode emitir
energia e por que a energia emitida
depende do comprimento de onda?
O espectro eletromagnético e os
tipos de radiação
Comprimento de onda ë em Ao
(1Ao
= 10-10
m)
Figura extraída de Bird et al., p. 465
Natureza espectral da radiação
Poder emissivo de um corpo negro
Natureza direcional da radiação
Incropera & De Witt, p. 496 (5a
edição)
Radiação emitida inclui uma faixa de
comprimentos de onda – distribuição
espectral
Radiação que deixa uma superfície pode se
propagar em todas as direções possíveis –
distribuição direcional
Sintetizando a reflexão... usualmente, chama-se de radiação térmica a radiação compreendida
entre os comprimentos de onda de 0,01 a 100 m. A radiação térmica representa apenas uma
pequena parte do espectro completo da radiação eletromagnética. Os diversos tipos de radiação se
distinguem apenas pela faixa de comprimento de onda. A radiação varia com o comprimento de
onda e o termo espectral é usado nesta descrição. “A natureza espectral da radiação térmica é uma
característica para sua descrição. A segunda característica é relativa a sua direcionalidade, pois
uma superfície pode emitir preferencialmente em certas direções, criando uma distribuição
direcional da radiação emitida.”(Incropera & de Witt, p. 496)
Fenômenos de Transporte - turma 4ºE - 5ºY Parte 9
FT 4E Texto: Profa. Esleide L. Casella e Profa. Míriam Tvrzská de Gouvêa 4
“Consideraremos a radiação como um fenômeno de superfície. Na maioria dos sólidos e líquidos, a
radiação emitida pelas moléculas é em grande parte absorvida pelas moléculas a elas adjacentes.
Consequentemente, a radiação que é emitida por um sólido ou líquido se origina nas moléculas que
se encontram a uma distância de até aproximadamente 1 m da superfície exposta”. A radiação é
vista como fenômeno superficial exceto em situações envolvendo nano ou microescala. (Incropera –
cap. 12.1).
Conceito de corpo negro
- Um corpo negro absorve toda a radiação incidente, independente do comprimento de onda e de
sua direção;
- Para uma dada temperatura e comprimento de onda, nenhuma superfície pode emitir mais energia
do que um corpo negro;
- Embora a radiação emitida por um corpo negro seja uma função do comprimento de onda e da
temperatura, ela é independente da direção; isto é o corpo negro é um emissor difuso.
Como absorvedor e emissor perfeito, o corpo negro serve como um padrão em relação ao
qual, propriedades radiantes de superfícies reais podem ser comparadas.
Lei de Stefan-Boltzmann – fluxo de calor máximo emitido
" 4
E,maxq T  A equação é conhecida como lei de Stefan-Boltzmann em homenagem a Josef
Stefan (1835-1893) e Ludwig Eduard Boltzmann (1844-1906) que a postularam.
Corpos que emitem à máxima radiação possível são chamados de corpos negros e também têm
a propriedade de absorverem toda a radiação incidente. A utilidade da lei de Stefan-Boltzmann
está na possibilidade do cálculo da radiação total emitida em todas as direções e sobre todos os
comprimentos de onda a partir do conhecimento da temperatura do corpo negro
Fluxo da radiação emitida e fluxo da radiação absorvida
Modelagem da emissão de superfície (abordagem típica usada para sólidos e líquidos)
Fluxo de calor máximo emitido:
" 4
E,maxq T  sendo
8 2 4
5.67 10 W/(m .K )
 
Fluxo de emissão de uma superfície real:
" " " 4
E max Eq q q T    
Emissividade:  propriedade da matéria, depende da superfície e do tipo de radiação; definida
como a razão entre a radiação emitida pela superfície e a radiação emitida por um corpo negro à
mesma temperatura; 01.
Modelagem da absorção de radiação por superfícies
A matéria pode absorver radiação? A estrutura da matéria interfere na absorção/reflexão e emissão?
Toda energia incidente sobre a matéria será absorvida? A radiação pode incidir sobre uma
superfície a partir da vizinhança. A radiação incidente pode ser oriunda de uma fonte especial (sol,
outras superfícies às quais a superfície de interesse esteja exposta). O fluxo na qual a radiação
incide na superfície de interesse é chamado de irradiação. A radiação incidente poderá ser
absorvida, refletida ou transmitida.
Considere G ou "
incq fluxo da irradiação: radiação incidente sobre uma superfície de controle:
  ABS REFL TRANSG G G G
  G G G G   sendo , a absortividade,  a reflectividade e  a transmissividade:
1     pois parte do fluxo de radiação incidente será absorvido, refletido ou transmitido
(absorção + reflexão + transmissão = 100%)
Fenômenos de Transporte - turma 4ºE - 5ºY Parte 9
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Para superfície opaca: parte da radiação será absorvida e refletida, mas não transmitida =0
Para superfície semi-transparente: parte da radiação será transmitida
(figura adaptada de Incropera & De Witt, p.361, 4a edição
 absortividade:  propriedade da matéria, depende da natureza da irradiação e da superfície
exposta
 maioria de superfícies não metálicas – para radiação no infravermelho: 0.8 
 superfícies metálicas polidas e limpas: 0.05 0.2  (Van Heuven et al., 1999)
 uma mesma superficie pode apresentar diferentes valores de absortividade, pois depende
do tipo de irradiação ( para irradiação solar   para irradiação de um forno).
A energia térmica de uma matéria pode ser alterada pela radiação absorbida e a radiação emitida
pela matéria – mas a radiação refletida e a radiação transmitida não tem efeito sobre essa energía
térmica.
Modelagem da absorção de radiação por superfícies
Fluxo de calor absorvido:
" "
abs Iq q  sendo
"
Iq fluxo de radiação incidente
Fluxo de calor absorvido para radiação da vizinhança como corpo negro:
" 4
abs vizq T 
Corpo negro: 1   Corpo cinza: 1  
Sobre superfície cinza e difusa:
“Para a radiação, aproximações de superfície cinza e difusa são muitas vezes utilizadas nos
cálculos. A superfície é difusa se as suas propriedades são independentes da direção e a superfície
é cinza se suas propriedades são independentes do comprimento de onda.” Pag 710 – Incropera.
Procedimento de modelagem da radiação enquanto fenômeno de superfície – caso de
superfícies que se enxergam totalmente
1. Escolha um VC, i.e., selecione o corpo em relação ao qual a taxa de transferência de calor
por radiação deseja ser calculada: esta etapa corresponde a escolher a superfície que emitirá
radiação e sobre a qual poderá incidir radiação.
2. Identifique todas as radiações incidentes.
Observação: corpos transparentes ou semi-transparentes através dos quais radiação é
transmitida poderá incidir sobre a superfície do VC.
3. Escreva a equação para a radiação emitida pela superfície do VC.
4. Escreva uma equação para cada taxa de radiação incidente sobre a superfície do VC que
pode ser absorvida pelo VC e escreva a equação da quantidade de energia absorvida.
5. Escreva o BE.
Fenômenos de Transporte - turma 4ºE - 5ºY Parte 9
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Observação: a modelagem de superfícies que não se enxergam totalmente requer o uso do
fator de forma.
Exemplo 01: equacionamento simplificado da taxa de calor trocada em regime permanente na
ausência de geração de calor entre uma superfície 1 à temperatura T1 no interior de um ambiente
confinado com vácuo de paredes a uma temperatura T2 > T1. A superfície 1 é cinza e a superfície 2
é negra. A superfície externa do corpo 2 é adiabática.
para um VC sobre a superfície 1:
 4 4
1 1 2 2 1 1 0trocadoq A T T      
Aplicando as hipóteses simplificadoras  1 1 2, 1     :
   4 4 4 4
1 1 2 1 1 1 1 2 1trocadoq A T T A T T        
Exemplo 02: equacionamento simplificado da taxa de calor trocada em regime permanente na
ausência de geração de calor entre uma superfície 1 à temperatura T1 no interior de um ambiente
confinado com vácuo de paredes a uma temperatura T2 > T1. A superfície 1 e 2 são cinzas. A
superfície externa do corpo 2 é adiabática.
para um VC sobre a superfície 1:
 4 4
1 1 2 2 1 1 0trocadoq A T T      
Aplicando as hipóteses simplificadoras  1 1   :
   4 4 4 4
1 1 2 2 1 1 1 1 2 2 1trocadoq A T T A T T          
Exemplo 03: equacionamento simplificado da taxa de calor trocada em regime permanente na
ausência de geração de calor entre uma superfície 1 à temperatura T1 rodeada por um fluido semi-
transparente a 3 1T T no interior de uma câmara com paredes a uma temperatura T2 > T1. A
superfície 1 é cinza e a superfície 2 é negra. A superfície externa do corpo 2 é adiabática.
para um VC sobre a superfície 1:
 4 4 4
1 1 3 2 2 1 3 3 1 1trocadoq A T T T          
Aplicando as hipóteses simplificadoras  1 1 2, 1     :
   4 4 4 4 4 4
1 1 3 2 1 3 3 1 1 1 1 3 2 3 3 1trocadoq A T T T A T T T                
Observação: se o meio 3 fosse negro 3 1  e 3 1  (donde
3 0  , ou seja o meio 3 seria opaco) e assim:
 4 4
1 1 3 1trocadoq A T T  
Fenômenos de Transporte - turma 4ºE - 5ºY Parte 9
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Modelagem da radiação atmosférica – numa abordagem de fenômeno de superfície
A radiação emitida pelo sol pode ser modelada como sendo uma radiação proveniente de um corpo
negro à temperatura de 5800K. Esta radiação emitida pelo sol ao entrar na atmosfera se
altera quanto à distribuição espectral e direção. Isto é devido à absorção e reflexão dos
componentes do ar atmosférico (por exemplo, sabe-se que o O3 absorve radiação na região do UV
e visível, O2 absorve na região do visível, H2O e CO2 absorvem na região do IR, além dos demais
componentes do ar atmosférico). A dispersão atmosférica fornece o re-direcionamento dos raios de
sol conforme modelos de dispersão, chamados de dispersão de Rayleigh e Mie. A dispersão
Rayleigh, ocasionada pelas moléculas gasosas fornece uma dispersão aproximadamente uniforme
da radiação em todas as direções. A dispersão de Mie, oriunda das partículas de poeira e aerossol da
atmosfera é concentrada nas direções próximas àquelas dos raios solares.
(figura de Incropera & De Witt, p.369)
Levar em conta todos os aspectos mencionados
no parágrafo precedente não é trivial. Felizmente,
de evidências experimentais percebeu-se que a
emissão atmosférica é em grande parte devida às
moléculas de CO2 e H2O e está concentrada nas
regiões espectrais de 5 a 8 m e acima de 13 m.
Desta forma, o fluxo de irradiação da Terra
devida à emissão atmosférica ( "
ceuG ) pode ser
representado como se fosse oriundo de um corpo
negro a uma temperatura média Tceu, denominada
de temperatura efetiva do céu e que
é obtida experimentalmente.
GSol : fluxo da irradiação solar sobre a superfície terrestre. É emitida pelo Sol e ao entrar na
atmosfera terrestre é modelado como corpo negro à T = 5800 K ( ëmax= 0,5 m).
"
ceuG : fluxo de irradiação da atmosfera terrestre sobre a superfície terrestre. Proveniente da
radiação de moléculas de H2O e CO2 presentes na atmosfera ( ë=5 a 8 m):
" 4
ceu ceuG T
Exemplos de valores para Tceu
(segundo Incropera & De Witt)
:
céu claro e frio: Tceu =230K ; céu encoberto e quente: Tceu =285K
Figura: Interações da radiação solar e atmosférica em uma superfície (cap. 12 Çengel)
FTII – turma 5ºC - Portfólio de Fenômenos de Transporte - Transferência de Calor
Figura: Distribuição espectral da radiação solar (cap. 12 Incropera) – mudança da magnitude e
distribuição espectral da radiação solar à medida que atravessa a atmosfera terrestre- indicação do
efeito da absorção e espalhamento da radiação pelos gases atmosféricos (O3, H2O, O2 e CO2)
Resistência e coeficiente de troca térmica para o mecanismo da radiação:
Das definições de resistência e de coeficiente de troca térmica temos:
2 1
rad
rad
T T
q
R

 e  ,1 1 2 1rad rq h A T T 
A partir dos exemplos apresentados, percebe-se que nem sempre é possível estabelecer apenas
duas temperaturas características da troca térmica por radiação. Adicionalmente, a dependência
da taxa de calor trocada com as temperaturas não é linear. Contudo, em algumas situações é
possível deduzir uma expressão para a resistência de radiação e coeficiente de troca térmica por
radiação. É o caso, por exemplo, do exemplo como mostrado a seguir.
 1 1 2, 1    
Vimos que  4 4
1 1 2 1radq A T T   . Donde temos que:
      2 2 2 2 2 2
1 1 2 1 2 1 1 1 2 1 2 1 2 1radq A T T T T A T T T T T T         
Ou seja,
    2 2
1 1 2 1 2 1 2 1radq A T T T T T T      
Definindo   2 2
,1 1 2 1 2 1rh T T T T     temos:  ,1 1 2 1rad rq h A T T 
E assim:
  2 2
1 1 2 1 2 1
1
radR
A T T T T

   
FTII – turma 5ºC - Portfólio de Fenômenos de Transporte - Transferência de Calor
Ou seja, percebemos que a resistência e o coeficiente de troca térmica por radiação são função
das temperaturas dos meios entre os quais há troca térmica por radiação.
Resumo do glossário de radiação (Incropera & De Witt, p. 371-372, 4a edição)
:
 emissão: o processo de produção de radiação pela matéria a uma temperatura não
nula.
 absorção: o processo de converter a radiação interceptada pela matéria em energia
térmica interna.
 corpo negro: o emissor e absorvedor ideal.
 emissividade: razão entre a radiação emitida por uma superfície e a radiação emitida por
um corpo negro à mesma temperatura.
 absortividade: fração da radiação incidente absorvida pela matéria.
 irradiação (G): taxa de incidência de radiação sobre uma superfície oriunda de todas as
direções, por unidade de área da superfície.
 semitransparente: se refere a um meio no qual a absorção de radiação é um processo
volumétrico.
 superfície cinza: uma superfície na qual a absortividade e a emissividade espectrais são
independentes do comprimento de onda nas regiões espectrais da irradiação
e da emissão na superfície.
 transmissão: o processo de passagem de radiação através da matéria.
Exemplos de aplicação.
exercício 12.113 (Incropera & DeWitt, p. 551)
: Em regiões desertas é comum que a temperatura do céu à
noite caia para –40°C. Se a temperatura do ar ambiente é 20°C e o coeficiente
convectivo para condições do ar sem vento for de aproximadamente de 5 W/m2
.K, pode
uma poça de água congelar?
Hipóteses: regime permanente; água contida em uma bandeja rasa bem isolada do
chão; superfície da água tratada como corpo cinza.
Efetuando um balanço de energia para um VC sobre a água na bandeja, para o qual não
há entrada nem saída de fluxos materiais e tão pouco geração de calor. Ou seja, o BE
resulta em: 0
dU
q
dt
 
Ou seja, conv
"
.erfsup.rad
"
céuirradiação
"
qqq0 
Logo, 4
sup. , sup.0 ( )céu água ar águaG T h T T     
Da tabela A-11 (de Incropera & De Witt): água a 300 K :  =0.96
Como do enunciado Tceu=233K e T,ar= 293K e como a água é assumida cinza:
8 4 8 4
sup sup.0 0.96 5,67 10 (233) 0.96 5.67 10 5(293 )T T 
       
Resolvendo a equação acima, obtemos:
Tsup = 268.5 K (-4.7°C) < 0o
C e logo a superfície da água congelará.
Discussão: Substituindo esse resultado no BE pode-se verificar como é a contribuição
de cada fluxo térmico, a saber:
conv
"
.erfsup.rad
"
céuirradiação
"
qqq0 
0 = 160.42 – 282.9 + 122.5
Ou seja, na presença de vento o termo de convecção aumentará, podendo
inclusive não ocorrer o congelamento.
FTII – turma 5ºC - Portfólio de Fenômenos de Transporte - Transferência de Calor
Observações: “Mencionamos que a constante de Stefan-Boltzmann foi determinada
experimentalmente. Isto quer dizer que temos à nossa disposição um corpo realmente negro.
Sólidos com superfícies perfeitamente negras não existem. Entretanto podemos obter uma
aproximação para uma superfície negra fazendo um furo muito pequeno na parede de uma
cavidade isotérmica. “
Figura extraída de Kreith & Bohn (p. 483)
O próprio furo comporta-se como uma superfície muito aproximadamente negra. A medida de
quanto o furo é uma boa aproximação pode ser avaliada com auxílio da seguinte relação, que dá a
emissividade do furo (furo), em uma cavidade com paredes rugosas em termos da emissividade das
paredes da cavidade () e da fração da área total interna da cavidade cortada pelo furo (f):
(1 )
furo
f

 
   
se =0,8 e f=0,001 então furo=0,99975. Portanto, 99,975% da radiação que
incide no furo será absorvida. “ A radiação que emerge do furo será aproximadamente a radiação de
um corpo negro.” (Bird et al., p.469)
De acordo com Bird et al., a lei de Stefan-Boltzmann pode ser deduzida a partir da termodinâmica,
desde que a teoria de campos eletromagnéticos seja considerada. Ou ainda, como salientamos a
dedução da lei de Stefan-Boltzmann pode ser obtida por integração da lei de distribuição de Planck,
deduzida a partir da definição dada na equação E h  .
A famosa equação da distribuição de Planck fornece o fluxo de energia radiante de um corpo negro
na faixa de comprimento de onda entre  e +d, qual seja:
2
5
2
"
1
hc
kT
hc
q
e 


   
 
em que k=1.380510-23
J/K e é chamada de constante de Boltzmann.
Assim, para se obter a lei de Stefan-Boltzmann deve-se efetuar a seguinte integral:
max " 4
0
"

   Eq q d T Do cálculo da integral acima resulta:
5 4
2 3
2
15
k
c h

 
Além de se deduzir a lei de Stefan-Boltzmann a partir da distribuição de Planck, pode-se obter uma
expressão que caracteriza o ponto de máximo (comprimento de onda associado à máxima radiação)
no gráfico de radiação emitida em função do comprimento de onda.
Procedendo-se à derivada da distribuição de Planck em função do comprimento de onda e
igualando-a a zero temos: max . 2897.8T  (m.K.
A expressão anterior, originalmente determinada experimentalmente, é conhecida por Lei do
deslocamento de Wien. De acordo com esse resultado, o poder emissivo espectral máximo é
deslocado para menores comprimentos de onda com o aumento da temperatura. Ele é útil
primariamente para a estimativa da temperatura de corpos remotos. A lei prevê, em concordância
com a experiência, que a cor aparente da radiação desloca-se do vermelho (comprimento de onda
longo) na direção do azul (comprimento de onda curto) quando a temperatura cresce (Bird et al., p.471;
Incropera; DeWitt, p.502)
.
FTII – turma 5ºC - Portfólio de Fenômenos de Transporte - Transferência de Calor
Exemplo de aplicação da lei de Wien: estimativa da temperatura do sol (extraído do
exemplo 16.3-1 de Bird et al., p. 472) e cálculo da máxima taxa de radiação emitida pelo sol.
Para cálculos aproximados, o sol pode ser considerado como sendo um corpo negro, emitindo
radiação com intensidade máxima a máx= 0,5m (5000 A°). Com esta informação, estima-se a
temperatura da superfície do sol e o fluxo térmico emitido pela superfície solar, como segue:
da lei de deslocamento de Wien: max 2897,8T  m.K  Tsup,sol= 5796 K
da lei Stefan-Boltzmann: max 4 max 6
2,
W" " 63.987 10
mE E solq T q    
Exemplo de aplicação: adaptado de exercício à p. 318 de W. Braga e exemplo 16.4-1 de Bird et
al., p. 476.
A temperatura aparente do Sol é 5796 K. Se a transmissividade da atmosfera é de 0.82, a
distância da Terra ao Sol é de 150 milhões de quilômetros e o raio do Sol é de 695000 quilômetros,
pede-se obter a irradiação incidente na superfície terrestre, denominada de constante solar.
Dados do enunciado e do exemplo anterior:
TSol = 5796 K
rSol = 6,95 x108
m
dist. Sol -Terra = 1,50x1011
m
 = 0,82
fluxo calor emitido pelo Sol: "
Eq = 63.987106
W/m2
Donde temos que taxa de calor emitida pelo
Sol é dada por: 2 ''
4e Sol Eq r q 
Podemos para um cálculo aproximado
considerar que a terra é uma esfera virtual
centrada no sol, i.e. que descreve uma
trajetória esférica em torno do sol(sabe-se desde a
Idade Média que isto não é verdade)
de raio igual à
distância entre o sol e a terra.
Adicionalmente, consideraremos que a
energia emitida pelo sol incidirá sobre a
superfície esférica sobre a qual a terra é
admitida orbitar, i.e., consideraremos que
nada existe para absorver energia
(desprezaremos as parcelas de energia
absorvidas pelos planetas Mercúrio e Vênus e
demais astros que existirem entre o sol e a
terra).
Com essas hipóteses, podemos calcular a
irradiação solar que incide sobre a atmosfera
terrestre como:
Çengel – cap. 12
" 2
2
4
4
E Sol
I
Sol Terra
q r
q
dist 



Assim, a irradiação sobre a superfície terrestre é obtida multiplicando-se a expressão acima pela
transmissividade da atmosfera , a saber:
 
" 2
2,sup 2
W1374
m
E Sol
I
Sol Terra
q r
q
dist 
   - constante solar
FTII – turma 5ºC - Portfólio de Fenômenos de Transporte - Transferência de Calor
FT/5C/ Texto: Profa. Esleide Lopes Casella e Profa. Míriam Tvrzská de Gouvêa
Exercício extraído de W. Braga, p. 324: Um satélite artificial feito de alumínio de 5m de
diâmetro, gira em torno da Terra, embora permanentemente voltado para o Sol. A
absortividade e a emissividade resultantes do tratamento térmico superficial externo do
alumínio estão na tabela abaixo. Considerando que a radiação refletida da Terra e
emitida por ela possa ser desprezada, que a temperatura aparente do Sol é de 5800K e
que fontes internas ao satélite dissipam 10 kW, indique o balanço de energia associado
ao satélite, levando em conta o período inicial de seu aquecimento e sua temperatura
final (de equilíbrio). Dados adicionais: distância do satélite ao Sol: 1.5108
km; raio
solar= 7105
km.
absortividade T (K)
0.4 até 500
0.6 de 501 a 3000
0.8 acima de 3000
Efetuando um BE (na ausência de correntes materiais):
g
dU
q E
dt
  
Mas(lembre-se do exemplo à p. 116)
:
2
satSol
2
Sol
4
Sol
2
satSol
2
Sol
4
Sol
2
satSol
2
Solb
Sol
dist
r.T
dist4
r4.T
dist4
r4.E
G









4
,
sat
sat p sat Sol sat sat sat g
dT
m c G A T A E
dt
     
2 4 2
, ( ) (4 )sat
sat p sat Sol sat sat sat g
dT
m c G r T r E
dt
       
A temperatura de equilíbrio é alcançada em regime permanente. Nesta situação:
g
2
sat
4
sat
2
sat2
satSol
2
Sol
4
Sol
E)r4(T)r(
dist
rT
0 



isolando Tsat:
4 2
4
2 2
4 4
gSol Sol
sat
Sol sat Sol sat
ET r
T
dist dist 

 
 

(*)
Sendo:
10000WgE 
 = 0.8 (determinada para a temperatura do Sol de 5800K – diz respeito às características de
absorção do satélite no tocante à radiação solar, que está a um temperatura elevada)
 = 0.6 (assumindo que o satélite seja um corpo cinza e sendo a emissividade determinada à
temperatura estimada do satélite, da ordem de 500K – emissividade é feita a partir da temperatura
do satélite, certamente mais fria que o Sol).
Resolvendo (*) obtemos Tsat= 300 K. Assim precisamos reestimar o valor da emissividade do
satélite, uma vez que a 300K a emissividade do satélite é menor. Com novo cálculo (usando =0.4)
chegamos a: Tsat= 333 K = 66°C.
Do livro Braga, página 316
Sol: emite radiações em todas direções, mas ao medir o espectro que chega à superfície da Terra,
tem o aspecto de um corpo negro com temperatura aparente de 5800K e max= 0,5 m (checar a lei
de Wie). Claro que a temperatura do sol é de 15 milhões de graus Celsius, mas a radiação que chega
até nós é emitida pela fotosfera (camada de gás ionizado com cerca de 700 km).
FTII – turma 5ºC - Portfólio de Fenômenos de Transporte - Transferência de Calor
FT/5C/ Texto: Profa. Esleide Lopes Casella e Profa. Míriam Tvrzská de Gouvêa
Obs: a cor verde ocorre entre 492 e 577 nm e desenhamos o sol como amarelo/vermelho, por
relacionar a cor com intensidade de energia. Ao aquecermos uma peça ela atinge as cores vermelho
fosco, vermelho brilhante, amarela, branco azulado e depois fica branca.
Leitura recomendada:
Incropera & De Witt: p. 5-7 (1.2.3), p. 18-19 - 5a
edição;
p.347-348/494/495 (item 12.1) -4a
edição/5a
edição
p.352-353/501 (item 12.3 – Introdução até antes do item 12.3.1) -4a
edição/5a
edição
p.368-370/521-524 (item 12.8) -4a
edição/5a
edição
p.524-527(item 12.9)-5a
edição
Kreith & Bohn: p. 18-20 (item 1.4)
p. 481-482 (introdução)
p. 483-495 (introdução e 9.3.1)
p. 499-507 (item 9.3.4)
Bird et al.: p. 464-472
Exemplos recomendados para leitura:
Incropera & De Witt: exemplo 1.2 (p.7), exemplo 1.3 (p.10), exemplo 1.5 (p. 12), exemplo 1.6
(p. 15) – 5a
edição, exemplo 12.11 (p.370/523) -4a
edição/5a
edição
Kreith & Bohn: exemplo 1.4 (p.20), exemplo 1.12 (p. 41), exemplo 9.18 (p.546)
Bird et al.: exemplo 16.5-2 (p. 479), exemplo 16.5-3 (p. 480)
Bibliografia citada
ASIMOV, I. Asimov Explica.
BIRD, R.B.; STEWART, W.E.; LIGHTFOOT, E.N. Fenômenos de Transporte. Ed. LTC, 2004.
(capítulo 16).
INCROPERA, F.P; DEWITT, D.P. Fundamentos de Transferência de Calor e de Massa. Ed.
LTC, 5° edição, 2003. (capítulos 12 e 13).
KREITH, F.; BOHN, M.S. Princípios de Transferência de Calor. Ed. Thomson, 2003. (capítulo
9).
BRAGA FILHO, W. Transmissão de Calor. Ed. Thomson, 2004. (capítulos 12 e 13).

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  • 1. Fenômenos de Transporte - turma 4ºE - 5ºY Parte 9 FT 4E Texto: Profa. Esleide L. Casella e Profa. Míriam Tvrzská de Gouvêa 1 Quadro resumo dos mecanismos de calor Introdução ao mecanismo da radiação Da necessidade de um terceiro mecanismo de transporte de energia... O questionário a seguir visa a estabelecer não apenas a necessidade da existência de um mecanismo de transferência de calor adicional aos mecanismos de condução e convecção, como também ao estabelecimento das características básicas deste terceiro mecanismo:  Qual a temperatura do ar na praia?  O sol emite energia?  Estima-se que a temperatura do espaço seja da ordem de 4K. Existe matéria no espaço?  Qual a distância entre o sol e a terra?  É comum o uso de lareiras, resistências elétricas ou de aquecedores a carvão para aquecer residências em dias de inverno. Estes três sistemas têm em comum o fato de a lenha, o carvão e o metal sofrerem alteração de cor no momento da ativação do sistema de aquecimento. O carvão, a lenha e o metal tornam-se vermelhos. Por quê?  Existem meios materiais através do qual radiação irá atravessar?  A partir das questões anteriores, quais as principais características da radiação térmica? Caracterização da radiação térmica:  Existência de matéria para emissão (emissão é propriedade intrínseca da matéria).  Existência de matéria para recepção.  Propagação na forma de ondas eletromagnéticas – não há necessidade de existência de matéria.  Para o transporte de energia entre dois corpos – há a necessidade de diferença de temperatura sem a qual a energia trocada será nula.  Existem materiais transparentes à radiação e outros não. Para reflexão - sintetizando as informações sobre a radiação: Uma definição de radiação segundo Incropera & De Witt, p. 5 (5a edição): “Radiação térmica é a energia emitida por toda a matéria que se encontra a uma temperatura finita.” Ou: “radiação é a propriedade que a matéria tem de emitir energia (e.g. devido a transições eletrônicas, vibrações moleculares, etc.) na forma de ondas eletromagnéticas, sendo que seu transporte não necessita da presença de qualquer meio material.”
  • 2. Fenômenos de Transporte - turma 4ºE - 5ºY Parte 9 FT 4E Texto: Profa. Esleide L. Casella e Profa. Míriam Tvrzská de Gouvêa 2 Uma teoria explica a radiação como propagação de um conjunto de partículas conhecidas como fótons ou quanta. Alternativamente a radiação pode ser explicada como propagação de ondas eletromagnéticas. Em qualquer caso desejamos atribuir para a radiação propriedades de onda padrões de freqüência  e de comprimento de onda ë. Para a radiação se propagando em um meio, as duas propriedades estão relacionadas por c    onde c é a velocidade da luz no meio. Para a propagação no vácuo, c= 2,998x108 m/s. As radiações de pequeno comprimento de onda raios gama, raios x e ultravioleta são de interesse dos físicos de altas energias e dos engenheiros nucleares, enquanto as microondas e ondas de rádio (ë>105 m) são de interesse dos engenheiros elétricos. A porção intermediária do espectro, de 0,1 a 100 m e que inclui a uma faixa radiação UV, todo o visível e o infravermelho, é chamada de radiação térmica, sendo atribuída às mudanças nas configurações eletrônicas dos átomos/moléculas, o que influencia o estado térmico da matéria. Por isso é interesse de transferência de calor. Uma forma de se entender a radiação eletromagnética é concebê-la sob o ponto de vista corpuscular. Para isso, associamos à energia de uma onda eletromagnética de freqüência , uma partícula denominada fóton, o qual é definido como sendo uma partícula de carga e massa nulas e com uma energia dada por: E h  em que h é a constante de Planck e tem o valor 6.62610-34 J.s. Analisando a equação acima, percebe-se que diminuir o comprimento de onda da radiação eletromagnética corresponde a aumentar a energia dos fótons correspondentes. “Esse fato ajusta-se aos diversos mecanismos que produzem radiação. Energias relativamente baixas são liberadas quando uma molécula tem sua velocidade de rotação diminuída, e a radiação emitida situa-se no infravermelho. Por outro lado energias relativamente altas são liberadas quando um núcleo atômico passa de um estado de alta energia para um de energia mais baixa, e a radiação associada é a radiação gama ou radiação X. (...) A energia radiante emitida por um objeto aquecido tende a comprimento de ondas mais curtos (fótons de mais altas energias) à medida que a sua temperatura é elevada” (Bird et al. pág. 466) .
  • 3. Fenômenos de Transporte - turma 4ºE - 5ºY Parte 9 FT 4E Texto: Profa. Esleide L. Casella e Profa. Míriam Tvrzská de Gouvêa 3 Por que a matéria pode emitir energia e por que a energia emitida depende do comprimento de onda? O espectro eletromagnético e os tipos de radiação Comprimento de onda ë em Ao (1Ao = 10-10 m) Figura extraída de Bird et al., p. 465 Natureza espectral da radiação Poder emissivo de um corpo negro Natureza direcional da radiação Incropera & De Witt, p. 496 (5a edição) Radiação emitida inclui uma faixa de comprimentos de onda – distribuição espectral Radiação que deixa uma superfície pode se propagar em todas as direções possíveis – distribuição direcional Sintetizando a reflexão... usualmente, chama-se de radiação térmica a radiação compreendida entre os comprimentos de onda de 0,01 a 100 m. A radiação térmica representa apenas uma pequena parte do espectro completo da radiação eletromagnética. Os diversos tipos de radiação se distinguem apenas pela faixa de comprimento de onda. A radiação varia com o comprimento de onda e o termo espectral é usado nesta descrição. “A natureza espectral da radiação térmica é uma característica para sua descrição. A segunda característica é relativa a sua direcionalidade, pois uma superfície pode emitir preferencialmente em certas direções, criando uma distribuição direcional da radiação emitida.”(Incropera & de Witt, p. 496)
  • 4. Fenômenos de Transporte - turma 4ºE - 5ºY Parte 9 FT 4E Texto: Profa. Esleide L. Casella e Profa. Míriam Tvrzská de Gouvêa 4 “Consideraremos a radiação como um fenômeno de superfície. Na maioria dos sólidos e líquidos, a radiação emitida pelas moléculas é em grande parte absorvida pelas moléculas a elas adjacentes. Consequentemente, a radiação que é emitida por um sólido ou líquido se origina nas moléculas que se encontram a uma distância de até aproximadamente 1 m da superfície exposta”. A radiação é vista como fenômeno superficial exceto em situações envolvendo nano ou microescala. (Incropera – cap. 12.1). Conceito de corpo negro - Um corpo negro absorve toda a radiação incidente, independente do comprimento de onda e de sua direção; - Para uma dada temperatura e comprimento de onda, nenhuma superfície pode emitir mais energia do que um corpo negro; - Embora a radiação emitida por um corpo negro seja uma função do comprimento de onda e da temperatura, ela é independente da direção; isto é o corpo negro é um emissor difuso. Como absorvedor e emissor perfeito, o corpo negro serve como um padrão em relação ao qual, propriedades radiantes de superfícies reais podem ser comparadas. Lei de Stefan-Boltzmann – fluxo de calor máximo emitido " 4 E,maxq T  A equação é conhecida como lei de Stefan-Boltzmann em homenagem a Josef Stefan (1835-1893) e Ludwig Eduard Boltzmann (1844-1906) que a postularam. Corpos que emitem à máxima radiação possível são chamados de corpos negros e também têm a propriedade de absorverem toda a radiação incidente. A utilidade da lei de Stefan-Boltzmann está na possibilidade do cálculo da radiação total emitida em todas as direções e sobre todos os comprimentos de onda a partir do conhecimento da temperatura do corpo negro Fluxo da radiação emitida e fluxo da radiação absorvida Modelagem da emissão de superfície (abordagem típica usada para sólidos e líquidos) Fluxo de calor máximo emitido: " 4 E,maxq T  sendo 8 2 4 5.67 10 W/(m .K )   Fluxo de emissão de uma superfície real: " " " 4 E max Eq q q T     Emissividade:  propriedade da matéria, depende da superfície e do tipo de radiação; definida como a razão entre a radiação emitida pela superfície e a radiação emitida por um corpo negro à mesma temperatura; 01. Modelagem da absorção de radiação por superfícies A matéria pode absorver radiação? A estrutura da matéria interfere na absorção/reflexão e emissão? Toda energia incidente sobre a matéria será absorvida? A radiação pode incidir sobre uma superfície a partir da vizinhança. A radiação incidente pode ser oriunda de uma fonte especial (sol, outras superfícies às quais a superfície de interesse esteja exposta). O fluxo na qual a radiação incide na superfície de interesse é chamado de irradiação. A radiação incidente poderá ser absorvida, refletida ou transmitida. Considere G ou " incq fluxo da irradiação: radiação incidente sobre uma superfície de controle:   ABS REFL TRANSG G G G   G G G G   sendo , a absortividade,  a reflectividade e  a transmissividade: 1     pois parte do fluxo de radiação incidente será absorvido, refletido ou transmitido (absorção + reflexão + transmissão = 100%)
  • 5. Fenômenos de Transporte - turma 4ºE - 5ºY Parte 9 FT 4E Texto: Profa. Esleide L. Casella e Profa. Míriam Tvrzská de Gouvêa 5 Para superfície opaca: parte da radiação será absorvida e refletida, mas não transmitida =0 Para superfície semi-transparente: parte da radiação será transmitida (figura adaptada de Incropera & De Witt, p.361, 4a edição  absortividade:  propriedade da matéria, depende da natureza da irradiação e da superfície exposta  maioria de superfícies não metálicas – para radiação no infravermelho: 0.8   superfícies metálicas polidas e limpas: 0.05 0.2  (Van Heuven et al., 1999)  uma mesma superficie pode apresentar diferentes valores de absortividade, pois depende do tipo de irradiação ( para irradiação solar   para irradiação de um forno). A energia térmica de uma matéria pode ser alterada pela radiação absorbida e a radiação emitida pela matéria – mas a radiação refletida e a radiação transmitida não tem efeito sobre essa energía térmica. Modelagem da absorção de radiação por superfícies Fluxo de calor absorvido: " " abs Iq q  sendo " Iq fluxo de radiação incidente Fluxo de calor absorvido para radiação da vizinhança como corpo negro: " 4 abs vizq T  Corpo negro: 1   Corpo cinza: 1   Sobre superfície cinza e difusa: “Para a radiação, aproximações de superfície cinza e difusa são muitas vezes utilizadas nos cálculos. A superfície é difusa se as suas propriedades são independentes da direção e a superfície é cinza se suas propriedades são independentes do comprimento de onda.” Pag 710 – Incropera. Procedimento de modelagem da radiação enquanto fenômeno de superfície – caso de superfícies que se enxergam totalmente 1. Escolha um VC, i.e., selecione o corpo em relação ao qual a taxa de transferência de calor por radiação deseja ser calculada: esta etapa corresponde a escolher a superfície que emitirá radiação e sobre a qual poderá incidir radiação. 2. Identifique todas as radiações incidentes. Observação: corpos transparentes ou semi-transparentes através dos quais radiação é transmitida poderá incidir sobre a superfície do VC. 3. Escreva a equação para a radiação emitida pela superfície do VC. 4. Escreva uma equação para cada taxa de radiação incidente sobre a superfície do VC que pode ser absorvida pelo VC e escreva a equação da quantidade de energia absorvida. 5. Escreva o BE.
  • 6. Fenômenos de Transporte - turma 4ºE - 5ºY Parte 9 FT 4E Texto: Profa. Esleide L. Casella e Profa. Míriam Tvrzská de Gouvêa 6 Observação: a modelagem de superfícies que não se enxergam totalmente requer o uso do fator de forma. Exemplo 01: equacionamento simplificado da taxa de calor trocada em regime permanente na ausência de geração de calor entre uma superfície 1 à temperatura T1 no interior de um ambiente confinado com vácuo de paredes a uma temperatura T2 > T1. A superfície 1 é cinza e a superfície 2 é negra. A superfície externa do corpo 2 é adiabática. para um VC sobre a superfície 1:  4 4 1 1 2 2 1 1 0trocadoq A T T       Aplicando as hipóteses simplificadoras  1 1 2, 1     :    4 4 4 4 1 1 2 1 1 1 1 2 1trocadoq A T T A T T         Exemplo 02: equacionamento simplificado da taxa de calor trocada em regime permanente na ausência de geração de calor entre uma superfície 1 à temperatura T1 no interior de um ambiente confinado com vácuo de paredes a uma temperatura T2 > T1. A superfície 1 e 2 são cinzas. A superfície externa do corpo 2 é adiabática. para um VC sobre a superfície 1:  4 4 1 1 2 2 1 1 0trocadoq A T T       Aplicando as hipóteses simplificadoras  1 1   :    4 4 4 4 1 1 2 2 1 1 1 1 2 2 1trocadoq A T T A T T           Exemplo 03: equacionamento simplificado da taxa de calor trocada em regime permanente na ausência de geração de calor entre uma superfície 1 à temperatura T1 rodeada por um fluido semi- transparente a 3 1T T no interior de uma câmara com paredes a uma temperatura T2 > T1. A superfície 1 é cinza e a superfície 2 é negra. A superfície externa do corpo 2 é adiabática. para um VC sobre a superfície 1:  4 4 4 1 1 3 2 2 1 3 3 1 1trocadoq A T T T           Aplicando as hipóteses simplificadoras  1 1 2, 1     :    4 4 4 4 4 4 1 1 3 2 1 3 3 1 1 1 1 3 2 3 3 1trocadoq A T T T A T T T                 Observação: se o meio 3 fosse negro 3 1  e 3 1  (donde 3 0  , ou seja o meio 3 seria opaco) e assim:  4 4 1 1 3 1trocadoq A T T  
  • 7. Fenômenos de Transporte - turma 4ºE - 5ºY Parte 9 FT 4E Texto: Profa. Esleide L. Casella e Profa. Míriam Tvrzská de Gouvêa 7 Modelagem da radiação atmosférica – numa abordagem de fenômeno de superfície A radiação emitida pelo sol pode ser modelada como sendo uma radiação proveniente de um corpo negro à temperatura de 5800K. Esta radiação emitida pelo sol ao entrar na atmosfera se altera quanto à distribuição espectral e direção. Isto é devido à absorção e reflexão dos componentes do ar atmosférico (por exemplo, sabe-se que o O3 absorve radiação na região do UV e visível, O2 absorve na região do visível, H2O e CO2 absorvem na região do IR, além dos demais componentes do ar atmosférico). A dispersão atmosférica fornece o re-direcionamento dos raios de sol conforme modelos de dispersão, chamados de dispersão de Rayleigh e Mie. A dispersão Rayleigh, ocasionada pelas moléculas gasosas fornece uma dispersão aproximadamente uniforme da radiação em todas as direções. A dispersão de Mie, oriunda das partículas de poeira e aerossol da atmosfera é concentrada nas direções próximas àquelas dos raios solares. (figura de Incropera & De Witt, p.369) Levar em conta todos os aspectos mencionados no parágrafo precedente não é trivial. Felizmente, de evidências experimentais percebeu-se que a emissão atmosférica é em grande parte devida às moléculas de CO2 e H2O e está concentrada nas regiões espectrais de 5 a 8 m e acima de 13 m. Desta forma, o fluxo de irradiação da Terra devida à emissão atmosférica ( " ceuG ) pode ser representado como se fosse oriundo de um corpo negro a uma temperatura média Tceu, denominada de temperatura efetiva do céu e que é obtida experimentalmente. GSol : fluxo da irradiação solar sobre a superfície terrestre. É emitida pelo Sol e ao entrar na atmosfera terrestre é modelado como corpo negro à T = 5800 K ( ëmax= 0,5 m). " ceuG : fluxo de irradiação da atmosfera terrestre sobre a superfície terrestre. Proveniente da radiação de moléculas de H2O e CO2 presentes na atmosfera ( ë=5 a 8 m): " 4 ceu ceuG T Exemplos de valores para Tceu (segundo Incropera & De Witt) : céu claro e frio: Tceu =230K ; céu encoberto e quente: Tceu =285K Figura: Interações da radiação solar e atmosférica em uma superfície (cap. 12 Çengel)
  • 8. FTII – turma 5ºC - Portfólio de Fenômenos de Transporte - Transferência de Calor Figura: Distribuição espectral da radiação solar (cap. 12 Incropera) – mudança da magnitude e distribuição espectral da radiação solar à medida que atravessa a atmosfera terrestre- indicação do efeito da absorção e espalhamento da radiação pelos gases atmosféricos (O3, H2O, O2 e CO2) Resistência e coeficiente de troca térmica para o mecanismo da radiação: Das definições de resistência e de coeficiente de troca térmica temos: 2 1 rad rad T T q R   e  ,1 1 2 1rad rq h A T T  A partir dos exemplos apresentados, percebe-se que nem sempre é possível estabelecer apenas duas temperaturas características da troca térmica por radiação. Adicionalmente, a dependência da taxa de calor trocada com as temperaturas não é linear. Contudo, em algumas situações é possível deduzir uma expressão para a resistência de radiação e coeficiente de troca térmica por radiação. É o caso, por exemplo, do exemplo como mostrado a seguir.  1 1 2, 1     Vimos que  4 4 1 1 2 1radq A T T   . Donde temos que:       2 2 2 2 2 2 1 1 2 1 2 1 1 1 2 1 2 1 2 1radq A T T T T A T T T T T T          Ou seja,     2 2 1 1 2 1 2 1 2 1radq A T T T T T T       Definindo   2 2 ,1 1 2 1 2 1rh T T T T     temos:  ,1 1 2 1rad rq h A T T  E assim:   2 2 1 1 2 1 2 1 1 radR A T T T T     
  • 9. FTII – turma 5ºC - Portfólio de Fenômenos de Transporte - Transferência de Calor Ou seja, percebemos que a resistência e o coeficiente de troca térmica por radiação são função das temperaturas dos meios entre os quais há troca térmica por radiação. Resumo do glossário de radiação (Incropera & De Witt, p. 371-372, 4a edição) :  emissão: o processo de produção de radiação pela matéria a uma temperatura não nula.  absorção: o processo de converter a radiação interceptada pela matéria em energia térmica interna.  corpo negro: o emissor e absorvedor ideal.  emissividade: razão entre a radiação emitida por uma superfície e a radiação emitida por um corpo negro à mesma temperatura.  absortividade: fração da radiação incidente absorvida pela matéria.  irradiação (G): taxa de incidência de radiação sobre uma superfície oriunda de todas as direções, por unidade de área da superfície.  semitransparente: se refere a um meio no qual a absorção de radiação é um processo volumétrico.  superfície cinza: uma superfície na qual a absortividade e a emissividade espectrais são independentes do comprimento de onda nas regiões espectrais da irradiação e da emissão na superfície.  transmissão: o processo de passagem de radiação através da matéria. Exemplos de aplicação. exercício 12.113 (Incropera & DeWitt, p. 551) : Em regiões desertas é comum que a temperatura do céu à noite caia para –40°C. Se a temperatura do ar ambiente é 20°C e o coeficiente convectivo para condições do ar sem vento for de aproximadamente de 5 W/m2 .K, pode uma poça de água congelar? Hipóteses: regime permanente; água contida em uma bandeja rasa bem isolada do chão; superfície da água tratada como corpo cinza. Efetuando um balanço de energia para um VC sobre a água na bandeja, para o qual não há entrada nem saída de fluxos materiais e tão pouco geração de calor. Ou seja, o BE resulta em: 0 dU q dt   Ou seja, conv " .erfsup.rad " céuirradiação " qqq0  Logo, 4 sup. , sup.0 ( )céu água ar águaG T h T T      Da tabela A-11 (de Incropera & De Witt): água a 300 K :  =0.96 Como do enunciado Tceu=233K e T,ar= 293K e como a água é assumida cinza: 8 4 8 4 sup sup.0 0.96 5,67 10 (233) 0.96 5.67 10 5(293 )T T          Resolvendo a equação acima, obtemos: Tsup = 268.5 K (-4.7°C) < 0o C e logo a superfície da água congelará. Discussão: Substituindo esse resultado no BE pode-se verificar como é a contribuição de cada fluxo térmico, a saber: conv " .erfsup.rad " céuirradiação " qqq0  0 = 160.42 – 282.9 + 122.5 Ou seja, na presença de vento o termo de convecção aumentará, podendo inclusive não ocorrer o congelamento.
  • 10. FTII – turma 5ºC - Portfólio de Fenômenos de Transporte - Transferência de Calor Observações: “Mencionamos que a constante de Stefan-Boltzmann foi determinada experimentalmente. Isto quer dizer que temos à nossa disposição um corpo realmente negro. Sólidos com superfícies perfeitamente negras não existem. Entretanto podemos obter uma aproximação para uma superfície negra fazendo um furo muito pequeno na parede de uma cavidade isotérmica. “ Figura extraída de Kreith & Bohn (p. 483) O próprio furo comporta-se como uma superfície muito aproximadamente negra. A medida de quanto o furo é uma boa aproximação pode ser avaliada com auxílio da seguinte relação, que dá a emissividade do furo (furo), em uma cavidade com paredes rugosas em termos da emissividade das paredes da cavidade () e da fração da área total interna da cavidade cortada pelo furo (f): (1 ) furo f        se =0,8 e f=0,001 então furo=0,99975. Portanto, 99,975% da radiação que incide no furo será absorvida. “ A radiação que emerge do furo será aproximadamente a radiação de um corpo negro.” (Bird et al., p.469) De acordo com Bird et al., a lei de Stefan-Boltzmann pode ser deduzida a partir da termodinâmica, desde que a teoria de campos eletromagnéticos seja considerada. Ou ainda, como salientamos a dedução da lei de Stefan-Boltzmann pode ser obtida por integração da lei de distribuição de Planck, deduzida a partir da definição dada na equação E h  . A famosa equação da distribuição de Planck fornece o fluxo de energia radiante de um corpo negro na faixa de comprimento de onda entre  e +d, qual seja: 2 5 2 " 1 hc kT hc q e          em que k=1.380510-23 J/K e é chamada de constante de Boltzmann. Assim, para se obter a lei de Stefan-Boltzmann deve-se efetuar a seguinte integral: max " 4 0 "     Eq q d T Do cálculo da integral acima resulta: 5 4 2 3 2 15 k c h    Além de se deduzir a lei de Stefan-Boltzmann a partir da distribuição de Planck, pode-se obter uma expressão que caracteriza o ponto de máximo (comprimento de onda associado à máxima radiação) no gráfico de radiação emitida em função do comprimento de onda. Procedendo-se à derivada da distribuição de Planck em função do comprimento de onda e igualando-a a zero temos: max . 2897.8T  (m.K. A expressão anterior, originalmente determinada experimentalmente, é conhecida por Lei do deslocamento de Wien. De acordo com esse resultado, o poder emissivo espectral máximo é deslocado para menores comprimentos de onda com o aumento da temperatura. Ele é útil primariamente para a estimativa da temperatura de corpos remotos. A lei prevê, em concordância com a experiência, que a cor aparente da radiação desloca-se do vermelho (comprimento de onda longo) na direção do azul (comprimento de onda curto) quando a temperatura cresce (Bird et al., p.471; Incropera; DeWitt, p.502) .
  • 11. FTII – turma 5ºC - Portfólio de Fenômenos de Transporte - Transferência de Calor Exemplo de aplicação da lei de Wien: estimativa da temperatura do sol (extraído do exemplo 16.3-1 de Bird et al., p. 472) e cálculo da máxima taxa de radiação emitida pelo sol. Para cálculos aproximados, o sol pode ser considerado como sendo um corpo negro, emitindo radiação com intensidade máxima a máx= 0,5m (5000 A°). Com esta informação, estima-se a temperatura da superfície do sol e o fluxo térmico emitido pela superfície solar, como segue: da lei de deslocamento de Wien: max 2897,8T  m.K  Tsup,sol= 5796 K da lei Stefan-Boltzmann: max 4 max 6 2, W" " 63.987 10 mE E solq T q     Exemplo de aplicação: adaptado de exercício à p. 318 de W. Braga e exemplo 16.4-1 de Bird et al., p. 476. A temperatura aparente do Sol é 5796 K. Se a transmissividade da atmosfera é de 0.82, a distância da Terra ao Sol é de 150 milhões de quilômetros e o raio do Sol é de 695000 quilômetros, pede-se obter a irradiação incidente na superfície terrestre, denominada de constante solar. Dados do enunciado e do exemplo anterior: TSol = 5796 K rSol = 6,95 x108 m dist. Sol -Terra = 1,50x1011 m  = 0,82 fluxo calor emitido pelo Sol: " Eq = 63.987106 W/m2 Donde temos que taxa de calor emitida pelo Sol é dada por: 2 '' 4e Sol Eq r q  Podemos para um cálculo aproximado considerar que a terra é uma esfera virtual centrada no sol, i.e. que descreve uma trajetória esférica em torno do sol(sabe-se desde a Idade Média que isto não é verdade) de raio igual à distância entre o sol e a terra. Adicionalmente, consideraremos que a energia emitida pelo sol incidirá sobre a superfície esférica sobre a qual a terra é admitida orbitar, i.e., consideraremos que nada existe para absorver energia (desprezaremos as parcelas de energia absorvidas pelos planetas Mercúrio e Vênus e demais astros que existirem entre o sol e a terra). Com essas hipóteses, podemos calcular a irradiação solar que incide sobre a atmosfera terrestre como: Çengel – cap. 12 " 2 2 4 4 E Sol I Sol Terra q r q dist     Assim, a irradiação sobre a superfície terrestre é obtida multiplicando-se a expressão acima pela transmissividade da atmosfera , a saber:   " 2 2,sup 2 W1374 m E Sol I Sol Terra q r q dist     - constante solar
  • 12. FTII – turma 5ºC - Portfólio de Fenômenos de Transporte - Transferência de Calor FT/5C/ Texto: Profa. Esleide Lopes Casella e Profa. Míriam Tvrzská de Gouvêa Exercício extraído de W. Braga, p. 324: Um satélite artificial feito de alumínio de 5m de diâmetro, gira em torno da Terra, embora permanentemente voltado para o Sol. A absortividade e a emissividade resultantes do tratamento térmico superficial externo do alumínio estão na tabela abaixo. Considerando que a radiação refletida da Terra e emitida por ela possa ser desprezada, que a temperatura aparente do Sol é de 5800K e que fontes internas ao satélite dissipam 10 kW, indique o balanço de energia associado ao satélite, levando em conta o período inicial de seu aquecimento e sua temperatura final (de equilíbrio). Dados adicionais: distância do satélite ao Sol: 1.5108 km; raio solar= 7105 km. absortividade T (K) 0.4 até 500 0.6 de 501 a 3000 0.8 acima de 3000 Efetuando um BE (na ausência de correntes materiais): g dU q E dt    Mas(lembre-se do exemplo à p. 116) : 2 satSol 2 Sol 4 Sol 2 satSol 2 Sol 4 Sol 2 satSol 2 Solb Sol dist r.T dist4 r4.T dist4 r4.E G          4 , sat sat p sat Sol sat sat sat g dT m c G A T A E dt       2 4 2 , ( ) (4 )sat sat p sat Sol sat sat sat g dT m c G r T r E dt         A temperatura de equilíbrio é alcançada em regime permanente. Nesta situação: g 2 sat 4 sat 2 sat2 satSol 2 Sol 4 Sol E)r4(T)r( dist rT 0     isolando Tsat: 4 2 4 2 2 4 4 gSol Sol sat Sol sat Sol sat ET r T dist dist        (*) Sendo: 10000WgE   = 0.8 (determinada para a temperatura do Sol de 5800K – diz respeito às características de absorção do satélite no tocante à radiação solar, que está a um temperatura elevada)  = 0.6 (assumindo que o satélite seja um corpo cinza e sendo a emissividade determinada à temperatura estimada do satélite, da ordem de 500K – emissividade é feita a partir da temperatura do satélite, certamente mais fria que o Sol). Resolvendo (*) obtemos Tsat= 300 K. Assim precisamos reestimar o valor da emissividade do satélite, uma vez que a 300K a emissividade do satélite é menor. Com novo cálculo (usando =0.4) chegamos a: Tsat= 333 K = 66°C. Do livro Braga, página 316 Sol: emite radiações em todas direções, mas ao medir o espectro que chega à superfície da Terra, tem o aspecto de um corpo negro com temperatura aparente de 5800K e max= 0,5 m (checar a lei de Wie). Claro que a temperatura do sol é de 15 milhões de graus Celsius, mas a radiação que chega até nós é emitida pela fotosfera (camada de gás ionizado com cerca de 700 km).
  • 13. FTII – turma 5ºC - Portfólio de Fenômenos de Transporte - Transferência de Calor FT/5C/ Texto: Profa. Esleide Lopes Casella e Profa. Míriam Tvrzská de Gouvêa Obs: a cor verde ocorre entre 492 e 577 nm e desenhamos o sol como amarelo/vermelho, por relacionar a cor com intensidade de energia. Ao aquecermos uma peça ela atinge as cores vermelho fosco, vermelho brilhante, amarela, branco azulado e depois fica branca. Leitura recomendada: Incropera & De Witt: p. 5-7 (1.2.3), p. 18-19 - 5a edição; p.347-348/494/495 (item 12.1) -4a edição/5a edição p.352-353/501 (item 12.3 – Introdução até antes do item 12.3.1) -4a edição/5a edição p.368-370/521-524 (item 12.8) -4a edição/5a edição p.524-527(item 12.9)-5a edição Kreith & Bohn: p. 18-20 (item 1.4) p. 481-482 (introdução) p. 483-495 (introdução e 9.3.1) p. 499-507 (item 9.3.4) Bird et al.: p. 464-472 Exemplos recomendados para leitura: Incropera & De Witt: exemplo 1.2 (p.7), exemplo 1.3 (p.10), exemplo 1.5 (p. 12), exemplo 1.6 (p. 15) – 5a edição, exemplo 12.11 (p.370/523) -4a edição/5a edição Kreith & Bohn: exemplo 1.4 (p.20), exemplo 1.12 (p. 41), exemplo 9.18 (p.546) Bird et al.: exemplo 16.5-2 (p. 479), exemplo 16.5-3 (p. 480) Bibliografia citada ASIMOV, I. Asimov Explica. BIRD, R.B.; STEWART, W.E.; LIGHTFOOT, E.N. Fenômenos de Transporte. Ed. LTC, 2004. (capítulo 16). INCROPERA, F.P; DEWITT, D.P. Fundamentos de Transferência de Calor e de Massa. Ed. LTC, 5° edição, 2003. (capítulos 12 e 13). KREITH, F.; BOHN, M.S. Princípios de Transferência de Calor. Ed. Thomson, 2003. (capítulo 9). BRAGA FILHO, W. Transmissão de Calor. Ed. Thomson, 2004. (capítulos 12 e 13).