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História e Ensino Criativo


Este é um documento de trabalho que visa a integração das reflexões finais do Curso
de Formação: História e Ensino Criativo, para docentes do 2.º Ciclo do Ensino Básico
numa perspectiva colaborativa com vista a criar um documento reflexivo final em torno
dos temas, assuntos e novas abordagens tratadas ao longo da acção de formação (5)
realizada entre dia 05 e 12 de Março de 2011.

1. Cada formando deve continuar o documento de trabalho conjunto com o máximo de
duas frases (duas linhas) e;
2. (Opcional) Cada formando deve, no máximo de um parágrafo (3 a 5 linhas), partilhar
a seguinte informação no espaço para textos individuais::

a) Ideia(s) para actividade em sala de aula ou em gestão de projecto que possa vir a
realizar com os seus alunos ou no contexto de trabalho na escola (retiradas do trabalho
realizado durante a formação ou outro);
b) Análise da importância da Criatividade e Novas Tecnologias no ensino de História e
Geografia de Portugal para o 2.º Ciclo do Ensino Básico .

No final de cada participação deverá sempre ser colocado o nome (primeiro e último)
para identificação.

                                                                  Obrigado e bom trabalho!



                              Documento de Trabalho

         É urgente (re)criar, é urgente (re)educar, é urgente (re)formular, é urgente
(re)motivarmos, é urgente (re)pensarmos. O prefixo re- pode surgir carregado de nostalgia e de
receios porém, na conjuntura desta formação, ele irrompe recheado de imaginação, de
criatividade, de perspectivas futuras e de emoção. Cessem com o abstencionismo, o
conformismo e o negativismo no palco educativo! Cessem de remeter os problemas para os
dirigentes deste país! Às Artes, Cidadãos! Atrevo-me a dizer: “Às Artes, Docentes!”. É urgente
fazer sobressair o engenho e a arte!
         Difícil hoje ser engenhoso! Difícil ser criativo! Isto, quando julgamos que tudo foi
 inventado! Que só através das novas tecnologias é que conseguimos motivar! Ou quando
 consideramos que a invenção/criação emana do nada e é uma graça misteriosa e inata!
 “Genius is one percent inspiration, ninety-nine percent perspiration” (Thomas Edison, Harper´s
 Monthly, 1932). Será a tecnologia a solução de todos os nossos problemas? Será a tecnologia
 o último recurso para um mundo tão dependente dela? Será que ser imaginativo/criativo
 envolve obrigatoriamente conhecimentos recentes de como fazer coisas brilhantes em
 computador? Na minha opinião - Não! Descobri na acção de formação que com os saberes
 tradicionais podemos fazer aulas interessantes, com humor e apelativas para os alunos.
 Estarei a ser simplista ou será que a simplicidade é a “alma do negócio”? Sim, viva a
 simplicidade! Não precisamos de materiais topo de gama nem do último grito tecnológico,
 precisamos sim de uma mente aberta e de um espaço interior que nos permita partilhar e
 cooperar. Ser criativo é ser activo. A independência, a liberdade que despertam a imaginação
 e a curiosidade são elementos imprescindíveis à criatividade. Com efeito, a criatividade
 depende da preservação da curiosidade, mas também da capacidade de admiração e de
 descoberta - capacidades ausentes em muitos adultos. Daí, as crianças serem mais criativas
 e, muitas vezes, surpreenderem-nos com a sua simplicidade.É precisamente a atitude vital de
 curiosidade e dúvida que nos permite enriquecer o nosso “armazém” de informações e
 experiências a que recorremos sempre que queremos ser criativos. Um aluno motivado está
 atento, interessado, entusiasmado, sempre pronto a corresponder aos desafios propostos pelo
 professor. Devemos desenvolver nos alunos o espírito inquiridor para que aprendam a
 expressar adequadamente as suas ideias, consigam cada vez mais enfrentar novos desafios e
 acreditar em si próprios. A essência da criatividade está em criar o desconhecido a partir de
 coisas conhecidas. É acrescentar vida à vida! É a cereja no topo do bolo! É a oitava cor do
 arco-íris! É um músculo que todos nós possuímos e que necessitamos exercer todos os dias!
 Loucos? Talvez, mas “de louco, todos temos um pouco”! Mas uma coisa é certa: a criatividade
 não pertence única e exclusivamente ao artista, cada um de nós pode fazer de algo uma obra
 de arte! Citando Almada Negreiros: “E isto de haver sempre ainda uma maneira pra tudo?” Já
 pensou?

        A criatividade é um conjunto de elementos que pela natureza do seu compositor, dá
origem à criação. Criatividade é da Vinci, Einstein, Dali ...é a alavanca do progresso humano!
Criatividade é pegar nos alunos tal como um pintor olha para uma tela em branco! É levá-los a
agir, a reflectir e até mesmo a argumentar, sendo esta uma competência mais complexa de
desenvolver...Contudo tudo é possível se voltarmos a acreditar que somos ser únicos!
        E porque “somos únicos mas não os únicos” importa também criar situações de ensino/
aprendizagem que permitam desenvolver a cooperação entre os nossos alunos, tarefa árdua
mas não impossível! É importante que os alunos “discutam” e aprendam a chegar a consenso,
aprendam que a assertividade é caminho certo para a construção de uma cidadania activa e
participativa.
No contexto actual no ensino a criatividade revela-se necessária e urgente. É
uma boa via para promover no aluno o acto de pensar, de pensar criticamente,
constituindo-se contra corrente, por exemplo, ao ato passivo das horas passadas em
frente à televisão. É ainda urgente porque libertadora do “eu” do aluno e do professor
espartilhados há muito pelos tradicionais modelos de ensino. A criatividade deve ser
usada em sala de aula tanto pelos professores como pelos alunos pois existem duas
partes interessadas no processo de ensino-aprendizagem: o aluno e o professor: para
que a satisfação seja mútua, nada melhor que a diversificação, a experimentação e a
inovação. E criatividade é isto. A criatividade posta ao serviço da educação e da
formação de crianças ,jovens e até adultos, prova que o conhecimento adquirido se vai
paulatinamente construindo e deste modo consolidando, o que por vezes se torna mais
difícil ( ou mesmo) impossível quando aquilo que se faz com os alunos se resume a um
despejar de informação remetendo para estes a aquisição dos conhecimentos que
mais tarde irão ser testados. Assim não podemos desejar nem sonhar com o «
sucesso» tão desejado na nossa disciplina e claro que o conhecimento dos garotos é
efémero, compete-nos a nós como veículos transmissores de conhecimentos ajudá-los
a tornarem-se seres pensantes ,com metodologias criativas e com desafios, os nossos
alunos caminham na direcção de um conhecimento sólido. “Quem tem imaginação mas
não tem conhecimentos, tem as mãos mas não tem os pés” Joseph Joubert. A
importância do conhecimento é inquestionável. É evidente que não basta ter muitos
conhecimentos para se ser criativo, mas estes constituem-se como alicerces para que
os alunos desenvolvam capacidades criativas capazes de darem melhores respostas
aos desafios que se lhes colocam tanto dentro como fora da sala de aula.

Na minha actividade como docente de História e Geografia procuro em primeiro lugar
captar o interesse dos alunos para os assuntos que vão ser estudados e e dentro das
condicionantes da faixa etária a que pertencem, levá-los a construir o pensamento
histórico. A partilha de ideias com outros colegas, a formação na área da didáctica e o
empenho no desenvolvimento do gosto pela disciplina obrigam a pensar em novos
processos tendo sempre em vista o envolvimento dos alunos na construção do
conhecimento. É urgente pensar em História como uma disciplina que nos irá
enriquecer enquanto portadores de uma identidade, de uma cultura e transmitir aos
nossos alunos que a História não é estanque, é sim o conhecermo-nos a nós próprios,
o moldar-nos. Esse é um ponto crucial numa abordagem “irreverente”, parafraseando o
professor João Lima, pois implica também a consciencialização do próprio meio em
que se está inserido e uma mudança de atitudes. É um novo despertar e o qual impõe
sairmos de um meio em que o que reina é o comodismo. Já um dos heterónimos,
Ricardo Reis, apontava para a nobreza das atitudes “Para ser grande sê inteiro: nada
teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes”.
Este sim é o lema. É conciliarmos o saber. a aprendizagem e a criatividade, sem
medos nem tabus e conseguirmos motivar porque tambem estamos motivados. Tudo
se torna tao mais facil e enriquecedor...

Uma vez que o Programa de História e Geografia de Portugal não muda, cabe ao
docente enveredar por uma abordagem diferente, criativa e adequada aos seus alunos.
Neste sentido, o professor não deve deixar de tentar, e mesmo ousar, pôr em prática
soluções diferentes para problemas que são iguais e que se repetem frequentemente.
Desta forma, tentamos preparar os alunos para serem cidadãos num futuro que não
conhecemos, mas cujas ferramentas lhes transmitimos. No fundo, as aulas de História
e Geografia de Portugal devem despertar a criatividade nos alunos, pois assim eles
estarão preparados para transformar o seu futuro e a sua realidade.
      Devemos privilegiar aulas que estimulem a imaginação e o pensamento crítico, a
autonomia e a criatividade e que incentivem uma abertura ao mundo dos outros e às
mudanças do quotidiano permitindo aos alunos um protagonismo esclarecido. O
professor deve ter a pretensão de que os alunos se sintam confiantes nas suas
possibilidades, no valor dos seus contributos para a melhoria da sociedade e, que se
assumam perante o mundo de forma crítica e responsável.

O professor é um criador nos alunos do desejo de aprender, na escola e fora dela,
mesmo quando o caminho é tortuoso. As inúmeras dificuldades que se deparam ao
trabalho do professor, levam-o a munir-se de estratégias criativas que ajudam os
alunos a adquirir ferramentas que lhes permitirão lidar com a realidade, mesmo quando
se lhes deparam obstáculos. É o “ensinar” a cada um dos nossos alunos a procurar,
em si próprio e no seu passado, a lição que no presente lhes permite construir o seu
futuro.

A partir da perspectiva contextualizada do presente poderemos - e sempre - construir
uma “nova” visão do passado, através do ângulo de interesses e vivências dos nossos
alunos, (criando-os e recriando-os: projectando-os no passado e com eles questionar o
futuro), de forma criativa.

A criatividade revela-se essencial para o processo de criação de algo novo. Esse
processo nem sempre é fácil e contínuo, pois envolve a testagem de vários factores.
Envolve, por vezes, o abandono ou alteração da ideia inicial. O produto final pode ser
bem diferente do que se tinha previsto inicialmente, mas julgo que é esse o grande
desafio do ensino actual: partir de algo (conteúdos programáticos / conhecimento), não
ter receio de ousar e de criar algo que seja original (imaginação / originalidade) e que
nos surpreenda enquanto actores (quer professores, quer alunos, quer a própria
comunidade educativa) de uma História que se faz com recurso ao passado, presente
e futuro. Este processo criativo faz-me lembrar uma frase de Cícero “nihil est simul
inuentum et perfectum” (nada é, simultaneamente, criado e perfeito). É portanto,
necessário um longo caminho desde a fase inicial até ao produto final. O importante é
não desistir e adoptar uma atitude positiva em relação ao que poderemos criar de novo.

Ser professor de HGP é cada vez mais ser capaz de renovar estratégias e métodos de
ensino, para fazer frente a uma sociedade onde os conhecimentos se renovam minuto
a minuto, devido aos progressos científicos e tecnológicos.Cabe a nós professores ser
capaz de descobrir o aluno que temos e descobrir como levá-lo à descoberta de si
mesmo e das suas capacidades de criar evitando que ele caia na estagnação .Mas
será que a “escola” que temos encoraja a nossa criatividade?
O estímulo à criatividade conduz a uma expressão original e pessoal, imaginando
soluções e experimentando fenómenos em respostas diversificadas na sua
apresentação.
Cabe-nos a nós professores, actores no sistema, abrir espaço, na nossa actividade
lectiva, ao espírito crítico e à criatividade potenciando nos alunos capacidades de visão
estratégica e de conceptualização de soluções face aos problemas impostos por um
mundo em permanente e acelerada mudança nos mais diversos domínios.
Se permitir a “fossilização” da capacidade criativa dos meus alunos, bloqueando-lhes
horizontes do imaginário simbólico, barrando-lhes a capacidade de serem sujeitos
cognoscentes, despertos para o caminho do bem comum na acção e nos valores,
então, não serei eu!

O professor deve ter a sensibilidade para despertar ou descobrir em cada aluno as
potencialidades que este encerra de modo a que o ensino da História faça sentido e a
criatividade é a ferramenta que o professor e o aluno têm disponível para construir
conhecimento significativo.
O professor de HGP no mundo das novas tecnologias tem que ser ousado e criativo.
Criar “estórias” da História, desenvolver e alimentar a criatividade serão estratégias
significativas que certamente estimularão os nossos alunos. (Maria José Coelho)
Um desafio: dar espaço à criatividade nas nossas aulas, nos temas que abordamos, no
saber que “construímos”. Através das Novas Tecnologias, um recurso, permitir que a
criatividade flua, as aulas não tenham um registo “cinzento” e os alunos participem,
criem, pesquisem, vivenciem os momentos da História e, no final, alguém diga: a aula
já acabou? Mas não nos podemos cingir simplemente ao uso das novas tecnologias,
pois caso contrário o criativo deixa de o ser!

Como dizia Agostinho da Silva «a escola não consegue dar aos aluno todas as
possibilidades que lhes deveria dar». Temos de agir, de fazer a diferença. Não
devemos «impingir-lhes» conhecimentos, mas ensiná-los a pensar e a exercitar uma
habilidade que está adormecida em cada um deles: a criatividade. A criatividade é o
encontro entre o Homem e o Mundo, através do seu diálogo com a vida.
Ser professor hoje/amanhã implica a introspecção permanente, a reflexão profunda
sobre as coisas e o diálogo criativo com o Mundo. Este deve revelar uma «atitude
pedagógica» assente no diálogo criativo.

Imaginação e criatividade para todos. Liberdade de pensar, sentir, reflectir e agir. Nas
aulas, na escola e na sociedade. É tão bom sentirmos que os nossos alunos possam
através das TIC irem mais longe, voar mais alto, reflectirem sobre o passado para
construirem o futuro. E se por acaso eles se perderem nesse caminho da imaginação,
podemos sempre com um discurso lógico, chamá-los à terra, porque mesmo a
criatividade tem o seu tempo.

       É nesta contagem que encontramos o tempo. O tempo da disciplina de HGP:
tempo da História e tempo da aula, essencial para que façamos toda a diferença.
Tempo que, muitas vezes, não temos ou aquele que está do nosso lado para podermos
dar resposta aos nossos alunos, com actividades criativas, transformando as ideias,
que surgem no seu estado original, em aprendizagens concretas e relevantes.
Entretanto, nesse tempo, o de há milhares de anos e o da actualidade, o que está entre
o verão e o outro verão, entre o primeiro e o último toque, entre a imaginação e o
produto final, há um Mundo que o professor deve explorar com toda a ousadia.

      É nesta “exploração do mundo” com toda a ousadia que reside a acção
imprescindível do professor. A envolvência que deve gerar à sua volta, partilhando
saberes de um modo original, criativo, imaginativo e desafiador, sempre com o
objectivo de fazer conhecer a História, de modo a levar os alunos a conhecerem o
passado, compreenderem o presente e quiçá,o futuro. O professor nunca deve ter
receio do produto final que conseguiu com os seus alunos, pois foi fruto dessa sua
ousadia neste processo de ensino/aprendizagem, que se tornou concreto e relevante.

Mais do que nunca, hoje em dia, numa sociedade caracterizada por constantes
mudanças, precisamos de desenvolver as habilidades criativas dos nossos alunos para
que possam adaptar-se e solucionar problemas trazidos pelo progresso social,
científico e tecnológico .Devemos proporcionar-lhes o exercício da imaginação e da
fantasia de forma a que vão desenvolvendo a capacidade de solucionar problemas.

Conhecemos o passado, vivemos o presente e temos de estar preparados para as
incertezas do futuro. Novos desafios, novas oportunidades, valha-nos a criatividade,
novas ideias e venceremos os desafios que nos aguardam, juntamente com os nossos
alunos.
Ter medo é bom. O temor põe-nos a pensar e pensando, criamos. A criatividade
não é por isso mais do que a capacidade de pegar em algo “familiar” aos docentes e
discentes e recrear em função das ferramentas disponíveis.

       E, no entanto, criar é fazer nascer algo novo e inédito. Partindo de existências
ou mesmo inovando desde o princípio, o ensino criativo conduz o aluno ao
conhecimento através um caminho novo, coloca questões que não surgiriam de outra
forma, oferece experiências que de outra forma não seriam possíveis.

       Mas, experimentar e tentar é cada vez mais importante. Transmitir o
conhecimento através da criatividade não só motiva, como também promove
conhecimento.No entanto, esse conhecimento tem de ser repensado pelo docente para
transformar as práticas de sala de aula.Nada melhor que levar a conhecer a História de
forma criativa, num mosaico onde todas as cores estejam presentes e no qual
possamos mexer, sem medo, para ensinar e aprender.

        Motivar...o que é motivar, senão despertar os sentidos mais profundos do ser
humano, quiçá algures escondidos...e que necessitam de apenas um clic para
surgir...do nada! É este universo fascinante, desconhecido, esta curiosidade que nos
leva ao conhecimento, logo à criatividade.

         Motivar, no sentido de determinar a motivação de, estimular e impulsionar,
tarefa não menos criativa, fazendo despertar o gosto pelo representativo, girando esse
fantástico caleidoscópio que cada um pode criar, consolidando-o através de o explicar.

        Um aluno motivado esforça-se por vencer as suas dificuldades, mantém-se
concentrado na realização das actividades, manifesta interesse e entusiasmo e toma a
iniciativa quando lhe é dada a oportunidade. Para tal o professor tem que respeitar os
ritmos das actividades de ensino-aprendizagem; praticar a pedagogia diferenciada e
renunciar à predominância do método expositivo. A motivação e a criatividade têm que
estar lado a lado. Um aluno motivado mais facilmente deixa vir à tona a sua
criatividade.

       E se arranjássemos uma casa para todos nós partilharmos ideias e trabalhos?
Casa da História Criativa?! Uma espécie de Clube de Poetas Vivos, numa visão de
partilha de ideias e produtos da História Criativa.

      Vejo esta “Casa” como um poderoso aliado colocando a criatividade ao serviço
do desenvolvimento da competência         “ Comunicação em História”, um dos “
calcanhares de Aquiles dos nossos alunos!
      Como eu gostaria de pertencer a esta nova Casa!
Como incentivar nas crianças/jovens do mundo actual, motivações para a
escola e para os saberes?
       Através de algo que existe neles naturalmente - a curiosidade.
       O que existe para lá da porta e das janelas fechadas... e se a porta estiver entre-
aberta... será que a criança/jovem espreita... entra. Tudo depende do mitico da entrada,
dos sons, dos odores que emanam do interior e da sua própria imaginação.
       Talvez esteja na motivação da curiosidade a chave do sucesso educativo.
       Despertar a curiosidade para conseguirmos chegar à criatividade. A criatividade
é algo de que todos precisamos até para encontrar caminhos ao longo da vida, vamos
detectando os obstáculos e assim os vamos ultrapassando, nas nossas aulas fazemos
o mesmo só que os obstáculos transformam-se em oportunidades de aprendizagem.

         A criatividade deve estar sempre presente na sala de aula para que de um
modo inovador, imaginativo, novo, o professor transmita o “mesmo” mas, de uma
maneira “diferente”, de uma forma criativa. Transmitindo de uma maneira diferente e
criativa,os alunos estarão mais receptivos aos temas que por vezes lhes são tão
indiferentes e tão distantes do seu quotidiano. E se a esta criatividade acrescentarmos
um pouco de humor q.b., teremos, muito provavelmente, a nossa receita para o ensino
de HGP com mais sucesso!

       A criatividade é uma mistura, sem receita exacta, da curiosidade, das ideias, do
interesse, da imaginação, do conhecimento, dos recursos e das técnicas. Quando
precedemos à referida mistura surge “um mundo novo”.

      Como Sócrates afirmava ser a Maiêutica, arte da pesquisa em comum, o
professor deve centrar a sua actividade no estímulo e despertar o interesse pela
pesquisa, sendo o aluno construtor das suas aprendizagens.

       A criatividade é como um labirinto a ser explorado, pois promete aos seus
exploradores surpresas e percursos desconhecidos.
       Aprender é construir um labirinto, inventar percursos, procurar situações
desafiantes, decifrar enigmas.
       “A imaginação não é um poder empírico e acrescentado da consciência, é a
consciência na sua totalidade quando realiza a sua liberdade. A imaginação é a
condição necessária da liberdade do homem empírico, no meio do mundo”. Sartre et la
Realité Humaine, pp. 184-186.

      A História acompanha o Homem desde a invenção da escrita e tem
conhecido diferentes suportes, de onde recolhemos a informação dos
acontecimentos vividos. Forneçamos aos nossos alunos os conhecimentos, para
que apoiados neles estes desenvolvam a sua criatividade descobrindo novas
formas de aprender e gostar de História.

       Simplicidade. É a palavra que me ocorre quando penso em criatividade.
As melhores criações são, muitas vezes, as mais simples. E quantas vezes nem
precisamos de recorrer ao que é absolutamente novidade. A partir de velhos e
tradicionais «ingredientes» podemos confecionar um prato absolutamente
inovador. É só deixar de lado velhas e rígidas estruturas de pensamento.

      Penso que o professor tem que dar asas à imaginação e procurar
desenvolver tarefas simples, diversas/múltiplas, aliciantes e desafiadoras. Deve
apostar na criatividade dos alunos dando-lhes pouco tempo para
desempenharem as tarefas.

        O processo criativo apresenta uma solução para um problema. A
criatividade é importante, mas o nosso objectivo é o conhecimento. O processo
criativo implica regras. É importante que o professor antes de ensinar saiba
fazer. A maior parte das vezes limitamo-nos a adaptar a criação de outro. O
resultado do processo criativo tem de ser algo novo no contexto em que se
aplica e pode ou não requerer imaginação. Grandes imaginadores foram Julio
Verne ou Lewis Carrol. Precisamos de imaginação como água no deserto
aquando do processo criativo. Os alunos terão fases em que serão imaginativos
e outras serão criativos. O processo de aprendizagem requer uma base de
trabalho que tem a ver com o conhecimento. É preciso darmos a base do
conhecimento para depois os alunos serem criativos. Os nossos alunos
nasceram na época da tecnologia e usam-na como nós usámos os lápis de cor
para criar. Os alunos têm de saber partilhar ideias em grupo e não só expôr
individualmente as ideias.Mais interessante ainda é partilhar os mesmos valores
para a realização de um projecto. A gestão do projecto implica que não nos
sintamos sós no projecto escolar. Cerca de 90% dos projectos de sala de aula
são esquecidos, não têm continuidade ou afixados publicamente no placard da
sala. Em Outubro do ano passado, a minha escola comemorou o centenário da
República. Todos os departamentos colaboraram no projecto: aula de
motivação, hastear da bandeira da República/coreografia (Monarquia vs
República)/plantação da árvore do centenário/exposição dos Presidentes da
República, e toda a comunidade escolar esteve presente.
A criatividade revela-se essencial diria mesmo, imprescindível para
motivar os alunos para o Ensino/Aprendizagem. O professor tem que conseguir
que a sua Turma o escute...Ao longo dos meus vinte e quatro anos de
experiência pedagógica, constato que cada vez é mais difícil consegui-lo...
Assim sendo, é um desafio aliciante(pelo menos para mim) arranjar sempre
novas maneiras, novos processos, de apresentar os conteúdos de História e
Geografia de Portugal.
      Esta ação deu-me ideias excelentes e exequíveis que irei por em prática
quando os temas forem abordados.

      A criatividade pode e deve ser estimulada, para isso, poder-se-ia formar
nas escolas, um Atelier das Ideias, onde alunos e professores de diferentes
idades tivessem a liberdade de partilhar ideias e experiências. As aulas e as
escolas
      ficariam ainda mais coloridas!

      Na disciplina de História eu posso partir da aventura, da acção, da fantasia, da
atracção pelo diferente ou do desconhecido, de que tanto os alunos gostam, para
chegar ao conhecimento. Mas o papel principal nem sempre é o meu: é ao aluno que
eu peço para ser criativo, procurando deixar a sua imaginação o mais liberta possível.



        História e ensino criativo!? Como ensinar o passado de forma criativa? Com
criatividade. Imaginação. No processo criativo, o professor terá de pensar na ideia,
simples, sempre simples e no(s) outro(s), nos seus alunos, naquele(s) para quem o
conhecimento final que pretende transmitir se transforme na sua cana de pesca, em
ferramenta para a vida. Ao longo do seu processo criativo, o professor terá de ser
capaz de ir adequando as estratégias a utilizar e ser capaz de avaliar, com a distância
possível, o sucesso ou insucesso do seu ensino criativo. Necessária muita reflexão por
parte do professor! Difícil, mas apaixonante tarefa! A paixão! Sempre ela! Motor e força
que nos move e nos faz acreditar que é possível inovar num mundo de ritmo
alucinante em informação. Informação que nos atordoa e retarda a reflexão...mas a
imaginação não tem limites...é dela que flui o processo criativo, por vezes, adormecido.
Estes encontros despertam-no. Obrigado a todos. As novas tecnologias ocupam, cada
vez mais, um espaço relevante no processo de ensino-aprendizagem. A diversidade de
meios e a variedade de recursos educativos, que utilizam as novas ferramentas de
informação e comunicação, constituem um valor acrescentado nos domínios da
motivação e da compreensão histórica.
No processo de ensino, não se deve confundir criatividade com originalidade
,pois a primeira engloba um conhecimento profundo e bastante regrado na área em
que está a ser manifestada , enquanto que a originalidade pode não configurar
manifestações criativas .Ex: Perguntem a uma criança: O que achas que faz um Rei?

       Todos somos criadores, cada qual à sua maneira; porém, é necessário usar
esse dom para incentivar, entusiasmar, fazer a criança despertar, experimentar e
navegar pelo conhecimento... Mas um conhecimento gerador que faz sentido e
constitui uma ferramenta útil para a ação!

      A carreira de professor tem outras vertentes além da formação académica.
Destaca-se aí a capacidade de conquistar os alunos pela criatividade. Brinquemos com
as ideias e pensamentos. A criatividade desenvolve-se a partir do pensamento
divergente, pelo não cumprimento de regras.Façamo-lo quando estivermos a trabalhar
os nossos conteúdos curriculares.

       Assim, a criatividade poderá contribuir para a redução do insucesso escolar,
despertando o interesse dos alunos na construção de projectos de aulas diferentes,
para melhorar o seu desempenho e as relações interpessoais. No entanto, a
sobrecarga de trabalho que hoje em dia assoberba os professores, poderá ser um
empecilho à criação de formas inovadoras que visam a apropriação dos conteúdos
pelos alunos.

       O professor deve proporcionar espaço para a criatividade, fantasia ou iniciativa
dos alunos ,utilizando na sala de aula estratégias e processos criativos de ensino,
assim contribuirá de forma significativa para a aquisição do novo conhecimento.
       O conhecimento histórico deverá ser “construído” a partir do reconhecimento dos
interesses e saberes dos alunos, articulando-os num conjunto de estratégias
inovadoras e que sem prejuízo pelo respeito e cumprimento dos conteúdos
programáticos. A criatividade será o elemento optimizador deste processo, uma vez
que dinamiza o processo de motivação dos alunos.
       A criatividade é um elemento indispensável no contexto educacional tendo em
conta que todos nascemos capazes de produzir elementos e conhecimentos novos.
Estes devem ser desenvolvidos numa perspectiva sempre inovadora com recurso a
técnicas criativas, por forma a proporcionar aos alunos a capacidade de adquirir
conhecimentos pela necessidade de solucionar problemas.

       Com ideias simples criamos algo de inovador e surpreendente, pois através do
conhecimento surge uma turbulência de ideias, de pensamentos e de actividades
originais, alcançadas a partir da criatividade de cada um.
Há muito, muito tempo, antes das escolas, depois delas, as pessoas (crianças,
jovens, adultos e velhos) contavam, ouviam, e devem continuar a contar e a ouvir,
narrativas mitológicas, lendas, estórias/histórias, que lhes fertilizavam a imaginação e
despertavam a necessidade de criar: « Rá criou-se a si próprio»; «No Princípio Nada
existia senão Deus, e Deus dormia e sonhava»; « No princípio não existia terra, nem
mar,
         nem céu só o vazio de Ginnungagap à espera de ser preenchido.»; «No
começo dos tempos era o caos, e o caos tinha a forma de um ovo de galinha.»;
«Adapa, o inventor da linguagem, foi o primeiro dos sete sábios que o pai, Ea, deus da
sabedoria, enviou a ensinar ao povo a arte de viver.» etc, etc... Esta necessidade
primordial de procura de explicações gera criação/criatividade, incitemo-la.

Construir grandes ideias a partir de pequenas ideias. Associar ideias. Combinar.
Adaptar. Modificar. Aumentar. Diminuir. Reorganizar. E finalmente inverter as ideias.
Será criatividade?

Um dia disseram-me: “faz com que o teu filho crie raízes, mas proporciona-lhe os
meios para poder voar” Não será esse também o papel do Prof. de HGP? Ao professor
compete ajudar o aluno a descobrir e a compreender a História de Portugal, do seu
povo, a perceber afinal aquelas que são as suas raízes. Simultaneamente deve criar
condições que permitam ao aluno dar-lhe asas para que um dia, de um modo
consciente e livre, seja um cidadão que participe activamente na
construção/transformação daquilo que vai ser o seu mundo. Para isso é necessário
lançar ideias, propostas de trabalho ou desafios simples e diferentes. A simplicidade e
a novidade dos desafios propostos tornam-se em factores que desinibem, que
desenvolvem a curiosidade, promovem o conhecimento, conduzem à acção e à
procura de novas soluções para problemas colocados. Metodologias activas, criativas e
diversificadas levam os alunos a construírem o seu próprio saber, a serem autónomos,
críticos e criativos-
Para que a criatividade floresça é apenas e só necessário gerar espaços que
despertem a individualidade de cada discente...a criatividade que há dentro de cada
individualidade! Descobrir a forma de o fazer é, em si, um grande exercício de
imaginação! Obrigada pelo ponto de partida neste processo criativo.Fica o grande
desejo de ir cativando e envolvendo para o fascínio da História! Assim, a construção do
conhecimento será verdadeiramente aliciante!

      História, Ensino, Criatividade. O que têm em comum estes três conceitos? Tudo.
Hoje já não consigo pensar o ensino da história sem a criatividade, qual “leitmotiv”
pedagógico, para fazer da aprendizagem momentos únicos que ficam para a vida.
Esta acção permitiu-me alargar metodologias pro-activas no ensino da História
ajudando a alcançar as metas de aprendizagem definidas pelo Ministério da Educação
em Outubro de 2010. A criatividade é “aquele condimento” que confere ao ensino da
história aquele sabor especial. Serve para: motivar os alunos para que tenham e
mantenham elevados índices de motivação, aprendam de forma mais dinâmica e
lúdica, sejam intervenientes na construção do saber, exercitem a imaginação,
questionem os acontecimentos e desenvolvam habilidades criativas para que tenham
capacidade de adaptação a uma sociedade em constante mutação e aprendam a
solucionar problemas/situações no futuro.

        Criatividade é manter no professor de HGP a ânsia de melhorar o ensino, de lhe
dar vida, de o ressuscitar dos escombros onde está! É pegar num conteúdo que tem de
ser abordado e conseguir trabalhá-lo de mil e uma maneiras, tal como se de um livro de
receitas se tratasse: HGP, com criatividade e humor, a História passa a não causar dor
Ao professor permite inovar práticas pedagógicas, proporciona uma maior interacção
com os seus alunos e a cativá-los para que tenham interesse e desejo de aprender
história “a nossa (e sua) história”. Como? Recorrendo a métodos e técnicas
diversificadas e inovadoras (que considera as mais eficazes), onde cabem
naturalmente as TIC, com o objectivo de desenvolver ao máximo as potencialidades
dos seus alunos e para que estes reconheçam valores fundamentais como a liberdade
e a democracia.

        Diz o ditado popular “A necessidade aguça o engenho”, então professor,aguça o
engenho, areja as ideias e desperta nos teus alunos o interesse e o gosto pela
História.É necessário seguir novas práticas e como diz o sociólogo Domenico Masi “o
lazer e a aprendizagem estão interligadas”, então usemos as “ferramentas”, que na
acção nos foram fornecidas e provavelmente terás um futuro mais risonho na sala de
aula e as Metas alcançadas.
        O mundo necessita de ser reinventado? Reinventa-se por si mesmo? Ou será
que as pessoas, simplesmente, constroem-no, inconscientemente? Seja qual for a
verdade, ou as verdades, a criatividade entrou, entra e entrará na construção de novas
realidades, sistemas, teorias, políticas, escolas, tecnologias, necessidades, mundos,...,
na vida do homem! Sejamos criativos nas nossas vidas, nas nossas escolas, no nosso
mundo! Ideias precisam-se...
        Se os professores transmitirem as informações de uma maneira diferente e
criativa,os alunos estarão mais receptivos aos temas que por vezes lhes são tão
indiferentes e tão distantes do seu quotidiano.Basta uma história à volta de um certo
acontecimento e um pormenor engraçado sobre determinada personagem para captar
toda a sua atenção e para os levar a imaginar a época que estão a estudar de uma
outra forma, mais próxima e mais real.Se a partir das TIC eles conseguirem imaginar
como era essa época tanto melhor pois dessa maneira interessar-se-ão mais pela
história e pela vida dessas pessoas de outros tempos que para eles são tão estranhas.
        A escola deverá promover o ensino, com vista a uma educação integral dos
nossos alunos. Por isso, é fundamental transmitir-lhes valores, tais como:
        - Promover atitudes de auto-confiança.
        - Motivação e envolvimento pessoal e grupal.
        - Praticar o espírito de tolerância, solidariedade e responsabilidade.
        - Aperfeiçoar o espírito de observação.
                                      …
        Este ensino deverá ser concebido com iniciativa, com análise do real e
desenvolvimento da criatividade.
        O professor/educador tem um papel fundamental - estimular e praticar a
criatividade. Ele é o «homem do leme», compete-lhe, então uma atitude pedagógica
assente no diálogo criativo (importante em História).

       Num contexto tecnológico global, é necessário colocar os meios de informação e
comunicação ao serviço da educação e da vida. A competência da comunicação, deve
ser orientadora, aberta e desafiadora numa relação critica entre aquele que questiona e
aquele que é questionado. Como professora, faço uso de instrumentos que ajudem ao
desenvolvimento de competências como resposta à curiosidade e à exploração,
envolvendo os alunos na procura activa do conhecimento.

       Os alunos procuram, desejam e sentem. Procuram algo que lhes proporcione
bem-estar. Querem conhecer o que os rodeia, o mundo em que vivem e integrá-lo em
plenitude. Estejamos atentos e sensíveis aos seus interesses e ambições e saberemos,
        de forma ponderada e criativa auxiliá-los e orientá-los na procura e na
construção das suas aprendizagens. A nossa disponibilidade mental para captar os
sinais que, permanentemente, nos são dados pelos nossos alunos é uma ferramenta
importantíssima para a actualização e melhoria da qualidade do nosso trabalho
enquanto professores/educadores. Estejamos vigilantes e dispostos a permitir a
inovação e a criatividade para uma prática lectiva mais adequada e eficaz.

       Hoje em dia ser professor de HGP não é só transmitir conteúdos e ter dominio
de sala de aula. É necessário também, usar as tecnologias disponíveis e proporcionar
aos alunos liberdade de pensar, sentir, refletir e agir, com o objectivo de os tornar cada
vez mais criativos.

“História e ensino criativo” Assim que me foi entrando no cérebro esta ideia, pensei:
- Ora aqui está uma coisa que ainda me faltava, ao fim deste tempo todo de carreira.
Os estereótipos que nós formatamos ao longo do tempo, as cópias, recopias, plágios e
experiências adquiridas pareciam esboroar-se logo na 1º sessão quando um colega,
Dr. Lima, pôs tudo em questão. Soube nesse dia que o que eu pensava até aí ser o
caminho para a a perfeição, afinal era questionável: via o mundo e a escola através da
minha janela e raramente na perspectiva dos meus alunos. Se algo este curso me
ajudou, foi a abrir horizontes mais largos e, talvez, fazer de mim um melhor profissional.

Ser professor é sem dúvida e antes de mais uma missão. É aprender a criar, mas
sempre em parceria com o aluno.
Uma das missões do professor deverá ser: estimular e praticar a criatividade dos seus
alunos, despertando deste modo as suas capacidades.
De acordo com Edgar Fauvre: “a educação tem o duplo poder de cultivar ou abafar a
criatividade”, sejamos então bons professores e trabalhemos em uníssono para que “a
escola fique no lado doce das nossas memórias”.


A aula de história deve ser como uma sessão de magia.O professor é o mágico que
deve criar o máximo de suspense,acção, amor e paixão ... “É o mistério que permite a
fantasia” Carlos Amaral Dias. A verdadeira aventura está em conseguir explicar o que
se passou no passado sonhando e projectando no futuro todo o conhecimento adquirido
de uma forma criativa.
Resolvi formar-me em História porque, num agradável verão à beira mar, li os
“Combates pela História”, de Lucien Fèbvre. Com ele aprendi que um historiador(a)
deve ser como o Príncipe Encantado que procura a Bela Adormecida e o castelo onde
ela dorme. Quando a encontra, verifica que tudo à sua volta parara no tempo. Com um
beijo, ele devolve a vida à princesa, as cores e os cheiros às flores, os pássaros voltam
a cantar... tudo ganha vida. Perante tal poder e criatividade, quis tornar-me cavaleira
dessa Ordem Mágica. Formações como esta, dão mais brilho à armadura e à espada, e,
quando chegamos à sala de aula, levamos os nossos alunos à descoberta do
maravilhoso castelo da História, e são eles, que , com o seu sangue quente e jovem,
dão vida, por sua vez, à Bela Adormecida.

       Ensinar História com criatividade é encarado, em muitas escolas, como uma
aplicação sofisticada e trabalhosa das últimas tecnologias na sala de aula - Power Point
e quadros interactivos... - em que o processo de ensino e aprendizagem decorre
maioritariamente numa relação unilateral professor/aluno. Esta acção permitiu-me
ampliar esta perspectiva e reconhecer que a aprendizagem pode resultar de desafios
que os alunos ultrapassam com imaginação, pesquisando as soluções para resolver os
problemas apresentados pelo professor, que os motiva, comunicando de forma clara e
simples. Aprendi a aplicar algumas ferramentas para que os alunos possam ser os
verdadeiros actores do conhecimento.
Será que na época das novas tecnologias aquilo que é inovador para os nossos
alunos é o diálogo e a troca de ideias?

       Ser professor / educador é ser diferente / inventivo / criativo em todos os
momentos do processo de ensino aprendizagem. É fazer / experimentar / ensaiar
estratégias diferentes com recursos distintos, tendo em vista o motivar e interessar os
actuais alunos para o ensino de qualquer disciplina, em particular a História.
       Se perguntarmos aos nossos alunos: O que é a História?, Qual a utilidade da
História? Facilmente temos a resposta: não serve para nada, não tem interesse
nenhum estudar a vida dos “antigos”. É contrariar esta atitude que se torna um desafio.
Um desafio constante, diário. Ser diferente nas aulas é ter uma atitude criativa, distinta.
É conseguir que no final de uma aula um aluno, e mesmo que seja só um, nos diga:
gostei muito da aula. Obrigado, professora. É e será sempre esta atitude que me
moverá enquanto professora.
       Mesmo ao fim de muitos anos ainda me entusiasma ensinar, apesar dos alunos
serem muito diferentes. É nesta diferença que está o desafio. É motivar e descobrir
estratégias para alunos que já quase dominam a última tecnologia e têm no horizonte
fins mais abrangentes. É ser criativo, mesmo não sabendo que o era. E, enquanto esta
centelha de luz ainda brilhar, o ensino ainda será e terá sempre, para mim, algo de
motivador, de criativo, de original.
       Os serões à volta da lareira, no Inverno, ou a “apanhar” a aragem fresca da noite,
no Verão, eram momentos de partilha, de relatos de assombrar, ou simplesmente
oportunidades para escutar as palavras sábias dos mais velhos.
       Hoje, a criança cresce sem ter oportunidade de saborear momentos desses; ao
serão,a família tem os seus espaços individuais (o quarto, a novela, a cozinha, o
futebol,...) e a partilha “ao vivo” vai sendo substituída por redes sociais e chats, onde
impera a velocidade e o atropelo.
       Contando estórias e cativando os alunos para também eles serem contadores, os
professores de História podem estimular esse lado imaginativo e fantástico, que a
acelerada vida actual não permite.



                                     Textos Individuais


       Neste espaço queria tão somente partilhar uma ideia para uma possível
actividade a realizar em contexto de sala de aula.
       Ao frequentar a Acção de Formação: ”Planificação de Experiências de
Aprendizagem para o Desenvolvimento de Competências em História”, abordei a
seguinte temática:”A vida quotidiana nas terras senhoriais”, começando por identificar
as ideias prévias dos alunos.
       A partir da realização da presente Formação, creio que seria interessante propôr
aos alunos que “vestissem a pele” de um nobre ou camponês e descrevessem um dia
das suas vidas. Esse dia seria passado no castelo ou num senhorio.
       Só gostaria de acrescentar que embora as novas tecnologias sejam um recurso
muito apreciado pelos alunos, cada vez é mais difícil encontrar actividades motivadoras
para os mesmos. É aí que o professor tem e deve ser criativo, a fim de exercitar a
imaginação e a fantasia dos seus alunos.

       Cada individuo tem de sentir que “existe” para o outro. Ao sentir-se cativado
tornar-se-á, facilmente, criativo. Enquanto professores a nossa função deve ser cativar
os nossos alunos e, assim, despertar neles a criatividade.

       Os alunos desta faixa etária (2º ciclo) são por natureza curiosos. Partir desta
mais valia e estimular essa qualidade, pondo em prática as estratégias adquiridas nesta
Acção de Formação, é um caminho aberto para motivá-los e acompanhá-los no
desenrolar do processo criativo.Vai ser certamente um grande desafio enquanto
professor, que terá previamente,que planificar as aulas e estar receptivo às solicitações
e dúvidas dos alunos, bem como sensível ao desenvolvimento da criatividade. Ainda no
decorrer desta Acção de Formação, os alunos trouxeram a meu pedido, blocos de
Post-it e aderiram bem à ideia de construirmos uma maquete sobre a vida dos grupos
sociais do século XIII, que irão realizar em trabalho de grupo numa perspectiva
colaborativa. Quanto ao uso das novas tecnologias, este recurso será um complemento,
que poderá fomentar a imaginação, o espírito crítico, desenvolver a ideia inicial e
consolidar os conhecimentos sobre a matéria.

          Sem dúvida que na época das tecnologias o que é inovador é o diálogo e a
troca das ideias.
           Vive-se nos tempos presentes, numa sociedade que exalta o poder da
criatividade.
          Os conhecimentos renovam-se rapidamente em consequência dos progressos
científicos e tecnológicos. Já não basta trabalhar bem é preciso faze-lo melhor. Há que
desenvolver nos alunos as capacidades que os ajudem a adaptarem-se mais facilmente
a novas situações.
          Há que apelar à sua inteligência mas também à sua criatividade. Quando o
educador é capaz de encorajar o seu educando para que siga os seus interesses e se
envolva no processo de construção do seu conhecimento, este faz com que o aluno
consiga dar uma conotação às suas acções, tornando-se assim um ser motivado a criar
constantemente. Cabe assim ao educador identificar e procurar nos seus alunos as
habilidades, aptidões e competências que lhes permitam ter acesso ao conhecimento
historicamente construído, aceitando divergências, inovações, transformações do saber
instituído.
        Deve também oferecer-lhes os recursos que os motivem a procurar no seu
referencial humano respostas para as experiências vivenciadas, relacionando
aprendizagens antigas e actuais, integrando os aspectos sociais, éticos e culturais.
        Concluo assim que a criatividade não é um dom, pode ser desenvolvida e
necessita de certas condições para se manifestar. A criatividade não é um bem
individual, pois consiste em saber utilizar a informação disponível e ir além do que foi
aprendido, sabendo aproveitar qualquer estímulo do meio para gerar alternativas na
solução de problemas.
          Aqui, colocam-se-me várias interrogações - será que o processo educativo é
suficiente para desenvolver a criatividade?; a educação formal dá oportunidade ao
desenvolvimento do pensamento criativo?; qual o papel que a criatividade desempenha
no sucesso ou insucesso dos nossos alunos e na qualidade do sistema de ensino?.
Seria interessante discutir se a escola, como expressão do sistema social, esgota ou
favorece a aptidão para a criatividade.
          Parece-me que o actual processo educativo é insuficiente para desenvolver a
criatividade e que a educação formal não dá oportunidade ao ensino do pensamento
criativo.
           Como professora procuro estimular o potencial dos alunos, utilizando uma
prática pedagógica que envolve mudança. Promover a mudança, a transformação, o
sair da rotina são experiências que provocam temor e que nos tiram da nossa zona de
conforto e segurança.
          É porém gratificante observar que quando se oferece ao aluno a oportunidade
de ser criativo se oferece também a abertura para a expressão de sentimentos,
emoções e atitudes, mesmo que estas nos choquem.
          Em suma, a criatividade remete à consciência do ser singular, transgressor,
inovador.

        No início de qualquer aula penso que é fundamental despertar a curiosidade e o
interesse dos nossos alunos para a História. Com uma pitada de criatividade, um toque
de humor, uns recursos TIC (q.b.) é possível transportá-los numa máquina do tempo
fictícia e levá-los às tão desejadas aprendizagens significativas que ficam para toda a
vida. Uma certeza eu trouxe da acção sobre História e Ensino Criativo: para um
problema poderão existir vinte e oito soluções válidas e diferentes, tantas quanto o
número de ocupantes da máquina do tempo!
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História Ensino Criativo

  • 1. História e Ensino Criativo Este é um documento de trabalho que visa a integração das reflexões finais do Curso de Formação: História e Ensino Criativo, para docentes do 2.º Ciclo do Ensino Básico numa perspectiva colaborativa com vista a criar um documento reflexivo final em torno dos temas, assuntos e novas abordagens tratadas ao longo da acção de formação (5) realizada entre dia 05 e 12 de Março de 2011. 1. Cada formando deve continuar o documento de trabalho conjunto com o máximo de duas frases (duas linhas) e; 2. (Opcional) Cada formando deve, no máximo de um parágrafo (3 a 5 linhas), partilhar a seguinte informação no espaço para textos individuais:: a) Ideia(s) para actividade em sala de aula ou em gestão de projecto que possa vir a realizar com os seus alunos ou no contexto de trabalho na escola (retiradas do trabalho realizado durante a formação ou outro); b) Análise da importância da Criatividade e Novas Tecnologias no ensino de História e Geografia de Portugal para o 2.º Ciclo do Ensino Básico . No final de cada participação deverá sempre ser colocado o nome (primeiro e último) para identificação. Obrigado e bom trabalho! Documento de Trabalho É urgente (re)criar, é urgente (re)educar, é urgente (re)formular, é urgente (re)motivarmos, é urgente (re)pensarmos. O prefixo re- pode surgir carregado de nostalgia e de receios porém, na conjuntura desta formação, ele irrompe recheado de imaginação, de criatividade, de perspectivas futuras e de emoção. Cessem com o abstencionismo, o conformismo e o negativismo no palco educativo! Cessem de remeter os problemas para os
  • 2. dirigentes deste país! Às Artes, Cidadãos! Atrevo-me a dizer: “Às Artes, Docentes!”. É urgente fazer sobressair o engenho e a arte! Difícil hoje ser engenhoso! Difícil ser criativo! Isto, quando julgamos que tudo foi inventado! Que só através das novas tecnologias é que conseguimos motivar! Ou quando consideramos que a invenção/criação emana do nada e é uma graça misteriosa e inata! “Genius is one percent inspiration, ninety-nine percent perspiration” (Thomas Edison, Harper´s Monthly, 1932). Será a tecnologia a solução de todos os nossos problemas? Será a tecnologia o último recurso para um mundo tão dependente dela? Será que ser imaginativo/criativo envolve obrigatoriamente conhecimentos recentes de como fazer coisas brilhantes em computador? Na minha opinião - Não! Descobri na acção de formação que com os saberes tradicionais podemos fazer aulas interessantes, com humor e apelativas para os alunos. Estarei a ser simplista ou será que a simplicidade é a “alma do negócio”? Sim, viva a simplicidade! Não precisamos de materiais topo de gama nem do último grito tecnológico, precisamos sim de uma mente aberta e de um espaço interior que nos permita partilhar e cooperar. Ser criativo é ser activo. A independência, a liberdade que despertam a imaginação e a curiosidade são elementos imprescindíveis à criatividade. Com efeito, a criatividade depende da preservação da curiosidade, mas também da capacidade de admiração e de descoberta - capacidades ausentes em muitos adultos. Daí, as crianças serem mais criativas e, muitas vezes, surpreenderem-nos com a sua simplicidade.É precisamente a atitude vital de curiosidade e dúvida que nos permite enriquecer o nosso “armazém” de informações e experiências a que recorremos sempre que queremos ser criativos. Um aluno motivado está atento, interessado, entusiasmado, sempre pronto a corresponder aos desafios propostos pelo professor. Devemos desenvolver nos alunos o espírito inquiridor para que aprendam a expressar adequadamente as suas ideias, consigam cada vez mais enfrentar novos desafios e acreditar em si próprios. A essência da criatividade está em criar o desconhecido a partir de coisas conhecidas. É acrescentar vida à vida! É a cereja no topo do bolo! É a oitava cor do arco-íris! É um músculo que todos nós possuímos e que necessitamos exercer todos os dias! Loucos? Talvez, mas “de louco, todos temos um pouco”! Mas uma coisa é certa: a criatividade não pertence única e exclusivamente ao artista, cada um de nós pode fazer de algo uma obra de arte! Citando Almada Negreiros: “E isto de haver sempre ainda uma maneira pra tudo?” Já pensou? A criatividade é um conjunto de elementos que pela natureza do seu compositor, dá origem à criação. Criatividade é da Vinci, Einstein, Dali ...é a alavanca do progresso humano! Criatividade é pegar nos alunos tal como um pintor olha para uma tela em branco! É levá-los a agir, a reflectir e até mesmo a argumentar, sendo esta uma competência mais complexa de desenvolver...Contudo tudo é possível se voltarmos a acreditar que somos ser únicos! E porque “somos únicos mas não os únicos” importa também criar situações de ensino/ aprendizagem que permitam desenvolver a cooperação entre os nossos alunos, tarefa árdua mas não impossível! É importante que os alunos “discutam” e aprendam a chegar a consenso, aprendam que a assertividade é caminho certo para a construção de uma cidadania activa e participativa.
  • 3. No contexto actual no ensino a criatividade revela-se necessária e urgente. É uma boa via para promover no aluno o acto de pensar, de pensar criticamente, constituindo-se contra corrente, por exemplo, ao ato passivo das horas passadas em frente à televisão. É ainda urgente porque libertadora do “eu” do aluno e do professor espartilhados há muito pelos tradicionais modelos de ensino. A criatividade deve ser usada em sala de aula tanto pelos professores como pelos alunos pois existem duas partes interessadas no processo de ensino-aprendizagem: o aluno e o professor: para que a satisfação seja mútua, nada melhor que a diversificação, a experimentação e a inovação. E criatividade é isto. A criatividade posta ao serviço da educação e da formação de crianças ,jovens e até adultos, prova que o conhecimento adquirido se vai paulatinamente construindo e deste modo consolidando, o que por vezes se torna mais difícil ( ou mesmo) impossível quando aquilo que se faz com os alunos se resume a um despejar de informação remetendo para estes a aquisição dos conhecimentos que mais tarde irão ser testados. Assim não podemos desejar nem sonhar com o « sucesso» tão desejado na nossa disciplina e claro que o conhecimento dos garotos é efémero, compete-nos a nós como veículos transmissores de conhecimentos ajudá-los a tornarem-se seres pensantes ,com metodologias criativas e com desafios, os nossos alunos caminham na direcção de um conhecimento sólido. “Quem tem imaginação mas não tem conhecimentos, tem as mãos mas não tem os pés” Joseph Joubert. A importância do conhecimento é inquestionável. É evidente que não basta ter muitos conhecimentos para se ser criativo, mas estes constituem-se como alicerces para que os alunos desenvolvam capacidades criativas capazes de darem melhores respostas aos desafios que se lhes colocam tanto dentro como fora da sala de aula. Na minha actividade como docente de História e Geografia procuro em primeiro lugar captar o interesse dos alunos para os assuntos que vão ser estudados e e dentro das condicionantes da faixa etária a que pertencem, levá-los a construir o pensamento histórico. A partilha de ideias com outros colegas, a formação na área da didáctica e o empenho no desenvolvimento do gosto pela disciplina obrigam a pensar em novos processos tendo sempre em vista o envolvimento dos alunos na construção do conhecimento. É urgente pensar em História como uma disciplina que nos irá enriquecer enquanto portadores de uma identidade, de uma cultura e transmitir aos nossos alunos que a História não é estanque, é sim o conhecermo-nos a nós próprios, o moldar-nos. Esse é um ponto crucial numa abordagem “irreverente”, parafraseando o professor João Lima, pois implica também a consciencialização do próprio meio em que se está inserido e uma mudança de atitudes. É um novo despertar e o qual impõe sairmos de um meio em que o que reina é o comodismo. Já um dos heterónimos, Ricardo Reis, apontava para a nobreza das atitudes “Para ser grande sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes”. Este sim é o lema. É conciliarmos o saber. a aprendizagem e a criatividade, sem
  • 4. medos nem tabus e conseguirmos motivar porque tambem estamos motivados. Tudo se torna tao mais facil e enriquecedor... Uma vez que o Programa de História e Geografia de Portugal não muda, cabe ao docente enveredar por uma abordagem diferente, criativa e adequada aos seus alunos. Neste sentido, o professor não deve deixar de tentar, e mesmo ousar, pôr em prática soluções diferentes para problemas que são iguais e que se repetem frequentemente. Desta forma, tentamos preparar os alunos para serem cidadãos num futuro que não conhecemos, mas cujas ferramentas lhes transmitimos. No fundo, as aulas de História e Geografia de Portugal devem despertar a criatividade nos alunos, pois assim eles estarão preparados para transformar o seu futuro e a sua realidade. Devemos privilegiar aulas que estimulem a imaginação e o pensamento crítico, a autonomia e a criatividade e que incentivem uma abertura ao mundo dos outros e às mudanças do quotidiano permitindo aos alunos um protagonismo esclarecido. O professor deve ter a pretensão de que os alunos se sintam confiantes nas suas possibilidades, no valor dos seus contributos para a melhoria da sociedade e, que se assumam perante o mundo de forma crítica e responsável. O professor é um criador nos alunos do desejo de aprender, na escola e fora dela, mesmo quando o caminho é tortuoso. As inúmeras dificuldades que se deparam ao trabalho do professor, levam-o a munir-se de estratégias criativas que ajudam os alunos a adquirir ferramentas que lhes permitirão lidar com a realidade, mesmo quando se lhes deparam obstáculos. É o “ensinar” a cada um dos nossos alunos a procurar, em si próprio e no seu passado, a lição que no presente lhes permite construir o seu futuro. A partir da perspectiva contextualizada do presente poderemos - e sempre - construir uma “nova” visão do passado, através do ângulo de interesses e vivências dos nossos alunos, (criando-os e recriando-os: projectando-os no passado e com eles questionar o futuro), de forma criativa. A criatividade revela-se essencial para o processo de criação de algo novo. Esse processo nem sempre é fácil e contínuo, pois envolve a testagem de vários factores. Envolve, por vezes, o abandono ou alteração da ideia inicial. O produto final pode ser bem diferente do que se tinha previsto inicialmente, mas julgo que é esse o grande desafio do ensino actual: partir de algo (conteúdos programáticos / conhecimento), não ter receio de ousar e de criar algo que seja original (imaginação / originalidade) e que nos surpreenda enquanto actores (quer professores, quer alunos, quer a própria comunidade educativa) de uma História que se faz com recurso ao passado, presente e futuro. Este processo criativo faz-me lembrar uma frase de Cícero “nihil est simul inuentum et perfectum” (nada é, simultaneamente, criado e perfeito). É portanto,
  • 5. necessário um longo caminho desde a fase inicial até ao produto final. O importante é não desistir e adoptar uma atitude positiva em relação ao que poderemos criar de novo. Ser professor de HGP é cada vez mais ser capaz de renovar estratégias e métodos de ensino, para fazer frente a uma sociedade onde os conhecimentos se renovam minuto a minuto, devido aos progressos científicos e tecnológicos.Cabe a nós professores ser capaz de descobrir o aluno que temos e descobrir como levá-lo à descoberta de si mesmo e das suas capacidades de criar evitando que ele caia na estagnação .Mas será que a “escola” que temos encoraja a nossa criatividade? O estímulo à criatividade conduz a uma expressão original e pessoal, imaginando soluções e experimentando fenómenos em respostas diversificadas na sua apresentação. Cabe-nos a nós professores, actores no sistema, abrir espaço, na nossa actividade lectiva, ao espírito crítico e à criatividade potenciando nos alunos capacidades de visão estratégica e de conceptualização de soluções face aos problemas impostos por um mundo em permanente e acelerada mudança nos mais diversos domínios. Se permitir a “fossilização” da capacidade criativa dos meus alunos, bloqueando-lhes horizontes do imaginário simbólico, barrando-lhes a capacidade de serem sujeitos cognoscentes, despertos para o caminho do bem comum na acção e nos valores, então, não serei eu! O professor deve ter a sensibilidade para despertar ou descobrir em cada aluno as potencialidades que este encerra de modo a que o ensino da História faça sentido e a criatividade é a ferramenta que o professor e o aluno têm disponível para construir conhecimento significativo. O professor de HGP no mundo das novas tecnologias tem que ser ousado e criativo. Criar “estórias” da História, desenvolver e alimentar a criatividade serão estratégias significativas que certamente estimularão os nossos alunos. (Maria José Coelho) Um desafio: dar espaço à criatividade nas nossas aulas, nos temas que abordamos, no saber que “construímos”. Através das Novas Tecnologias, um recurso, permitir que a criatividade flua, as aulas não tenham um registo “cinzento” e os alunos participem, criem, pesquisem, vivenciem os momentos da História e, no final, alguém diga: a aula já acabou? Mas não nos podemos cingir simplemente ao uso das novas tecnologias, pois caso contrário o criativo deixa de o ser! Como dizia Agostinho da Silva «a escola não consegue dar aos aluno todas as possibilidades que lhes deveria dar». Temos de agir, de fazer a diferença. Não devemos «impingir-lhes» conhecimentos, mas ensiná-los a pensar e a exercitar uma habilidade que está adormecida em cada um deles: a criatividade. A criatividade é o encontro entre o Homem e o Mundo, através do seu diálogo com a vida.
  • 6. Ser professor hoje/amanhã implica a introspecção permanente, a reflexão profunda sobre as coisas e o diálogo criativo com o Mundo. Este deve revelar uma «atitude pedagógica» assente no diálogo criativo. Imaginação e criatividade para todos. Liberdade de pensar, sentir, reflectir e agir. Nas aulas, na escola e na sociedade. É tão bom sentirmos que os nossos alunos possam através das TIC irem mais longe, voar mais alto, reflectirem sobre o passado para construirem o futuro. E se por acaso eles se perderem nesse caminho da imaginação, podemos sempre com um discurso lógico, chamá-los à terra, porque mesmo a criatividade tem o seu tempo. É nesta contagem que encontramos o tempo. O tempo da disciplina de HGP: tempo da História e tempo da aula, essencial para que façamos toda a diferença. Tempo que, muitas vezes, não temos ou aquele que está do nosso lado para podermos dar resposta aos nossos alunos, com actividades criativas, transformando as ideias, que surgem no seu estado original, em aprendizagens concretas e relevantes. Entretanto, nesse tempo, o de há milhares de anos e o da actualidade, o que está entre o verão e o outro verão, entre o primeiro e o último toque, entre a imaginação e o produto final, há um Mundo que o professor deve explorar com toda a ousadia. É nesta “exploração do mundo” com toda a ousadia que reside a acção imprescindível do professor. A envolvência que deve gerar à sua volta, partilhando saberes de um modo original, criativo, imaginativo e desafiador, sempre com o objectivo de fazer conhecer a História, de modo a levar os alunos a conhecerem o passado, compreenderem o presente e quiçá,o futuro. O professor nunca deve ter receio do produto final que conseguiu com os seus alunos, pois foi fruto dessa sua ousadia neste processo de ensino/aprendizagem, que se tornou concreto e relevante. Mais do que nunca, hoje em dia, numa sociedade caracterizada por constantes mudanças, precisamos de desenvolver as habilidades criativas dos nossos alunos para que possam adaptar-se e solucionar problemas trazidos pelo progresso social, científico e tecnológico .Devemos proporcionar-lhes o exercício da imaginação e da fantasia de forma a que vão desenvolvendo a capacidade de solucionar problemas. Conhecemos o passado, vivemos o presente e temos de estar preparados para as incertezas do futuro. Novos desafios, novas oportunidades, valha-nos a criatividade, novas ideias e venceremos os desafios que nos aguardam, juntamente com os nossos alunos.
  • 7. Ter medo é bom. O temor põe-nos a pensar e pensando, criamos. A criatividade não é por isso mais do que a capacidade de pegar em algo “familiar” aos docentes e discentes e recrear em função das ferramentas disponíveis. E, no entanto, criar é fazer nascer algo novo e inédito. Partindo de existências ou mesmo inovando desde o princípio, o ensino criativo conduz o aluno ao conhecimento através um caminho novo, coloca questões que não surgiriam de outra forma, oferece experiências que de outra forma não seriam possíveis. Mas, experimentar e tentar é cada vez mais importante. Transmitir o conhecimento através da criatividade não só motiva, como também promove conhecimento.No entanto, esse conhecimento tem de ser repensado pelo docente para transformar as práticas de sala de aula.Nada melhor que levar a conhecer a História de forma criativa, num mosaico onde todas as cores estejam presentes e no qual possamos mexer, sem medo, para ensinar e aprender. Motivar...o que é motivar, senão despertar os sentidos mais profundos do ser humano, quiçá algures escondidos...e que necessitam de apenas um clic para surgir...do nada! É este universo fascinante, desconhecido, esta curiosidade que nos leva ao conhecimento, logo à criatividade. Motivar, no sentido de determinar a motivação de, estimular e impulsionar, tarefa não menos criativa, fazendo despertar o gosto pelo representativo, girando esse fantástico caleidoscópio que cada um pode criar, consolidando-o através de o explicar. Um aluno motivado esforça-se por vencer as suas dificuldades, mantém-se concentrado na realização das actividades, manifesta interesse e entusiasmo e toma a iniciativa quando lhe é dada a oportunidade. Para tal o professor tem que respeitar os ritmos das actividades de ensino-aprendizagem; praticar a pedagogia diferenciada e renunciar à predominância do método expositivo. A motivação e a criatividade têm que estar lado a lado. Um aluno motivado mais facilmente deixa vir à tona a sua criatividade. E se arranjássemos uma casa para todos nós partilharmos ideias e trabalhos? Casa da História Criativa?! Uma espécie de Clube de Poetas Vivos, numa visão de partilha de ideias e produtos da História Criativa. Vejo esta “Casa” como um poderoso aliado colocando a criatividade ao serviço do desenvolvimento da competência “ Comunicação em História”, um dos “ calcanhares de Aquiles dos nossos alunos! Como eu gostaria de pertencer a esta nova Casa!
  • 8. Como incentivar nas crianças/jovens do mundo actual, motivações para a escola e para os saberes? Através de algo que existe neles naturalmente - a curiosidade. O que existe para lá da porta e das janelas fechadas... e se a porta estiver entre- aberta... será que a criança/jovem espreita... entra. Tudo depende do mitico da entrada, dos sons, dos odores que emanam do interior e da sua própria imaginação. Talvez esteja na motivação da curiosidade a chave do sucesso educativo. Despertar a curiosidade para conseguirmos chegar à criatividade. A criatividade é algo de que todos precisamos até para encontrar caminhos ao longo da vida, vamos detectando os obstáculos e assim os vamos ultrapassando, nas nossas aulas fazemos o mesmo só que os obstáculos transformam-se em oportunidades de aprendizagem. A criatividade deve estar sempre presente na sala de aula para que de um modo inovador, imaginativo, novo, o professor transmita o “mesmo” mas, de uma maneira “diferente”, de uma forma criativa. Transmitindo de uma maneira diferente e criativa,os alunos estarão mais receptivos aos temas que por vezes lhes são tão indiferentes e tão distantes do seu quotidiano. E se a esta criatividade acrescentarmos um pouco de humor q.b., teremos, muito provavelmente, a nossa receita para o ensino de HGP com mais sucesso! A criatividade é uma mistura, sem receita exacta, da curiosidade, das ideias, do interesse, da imaginação, do conhecimento, dos recursos e das técnicas. Quando precedemos à referida mistura surge “um mundo novo”. Como Sócrates afirmava ser a Maiêutica, arte da pesquisa em comum, o professor deve centrar a sua actividade no estímulo e despertar o interesse pela pesquisa, sendo o aluno construtor das suas aprendizagens. A criatividade é como um labirinto a ser explorado, pois promete aos seus exploradores surpresas e percursos desconhecidos. Aprender é construir um labirinto, inventar percursos, procurar situações desafiantes, decifrar enigmas. “A imaginação não é um poder empírico e acrescentado da consciência, é a consciência na sua totalidade quando realiza a sua liberdade. A imaginação é a condição necessária da liberdade do homem empírico, no meio do mundo”. Sartre et la Realité Humaine, pp. 184-186. A História acompanha o Homem desde a invenção da escrita e tem conhecido diferentes suportes, de onde recolhemos a informação dos acontecimentos vividos. Forneçamos aos nossos alunos os conhecimentos, para
  • 9. que apoiados neles estes desenvolvam a sua criatividade descobrindo novas formas de aprender e gostar de História. Simplicidade. É a palavra que me ocorre quando penso em criatividade. As melhores criações são, muitas vezes, as mais simples. E quantas vezes nem precisamos de recorrer ao que é absolutamente novidade. A partir de velhos e tradicionais «ingredientes» podemos confecionar um prato absolutamente inovador. É só deixar de lado velhas e rígidas estruturas de pensamento. Penso que o professor tem que dar asas à imaginação e procurar desenvolver tarefas simples, diversas/múltiplas, aliciantes e desafiadoras. Deve apostar na criatividade dos alunos dando-lhes pouco tempo para desempenharem as tarefas. O processo criativo apresenta uma solução para um problema. A criatividade é importante, mas o nosso objectivo é o conhecimento. O processo criativo implica regras. É importante que o professor antes de ensinar saiba fazer. A maior parte das vezes limitamo-nos a adaptar a criação de outro. O resultado do processo criativo tem de ser algo novo no contexto em que se aplica e pode ou não requerer imaginação. Grandes imaginadores foram Julio Verne ou Lewis Carrol. Precisamos de imaginação como água no deserto aquando do processo criativo. Os alunos terão fases em que serão imaginativos e outras serão criativos. O processo de aprendizagem requer uma base de trabalho que tem a ver com o conhecimento. É preciso darmos a base do conhecimento para depois os alunos serem criativos. Os nossos alunos nasceram na época da tecnologia e usam-na como nós usámos os lápis de cor para criar. Os alunos têm de saber partilhar ideias em grupo e não só expôr individualmente as ideias.Mais interessante ainda é partilhar os mesmos valores para a realização de um projecto. A gestão do projecto implica que não nos sintamos sós no projecto escolar. Cerca de 90% dos projectos de sala de aula são esquecidos, não têm continuidade ou afixados publicamente no placard da sala. Em Outubro do ano passado, a minha escola comemorou o centenário da República. Todos os departamentos colaboraram no projecto: aula de motivação, hastear da bandeira da República/coreografia (Monarquia vs República)/plantação da árvore do centenário/exposição dos Presidentes da República, e toda a comunidade escolar esteve presente.
  • 10. A criatividade revela-se essencial diria mesmo, imprescindível para motivar os alunos para o Ensino/Aprendizagem. O professor tem que conseguir que a sua Turma o escute...Ao longo dos meus vinte e quatro anos de experiência pedagógica, constato que cada vez é mais difícil consegui-lo... Assim sendo, é um desafio aliciante(pelo menos para mim) arranjar sempre novas maneiras, novos processos, de apresentar os conteúdos de História e Geografia de Portugal. Esta ação deu-me ideias excelentes e exequíveis que irei por em prática quando os temas forem abordados. A criatividade pode e deve ser estimulada, para isso, poder-se-ia formar nas escolas, um Atelier das Ideias, onde alunos e professores de diferentes idades tivessem a liberdade de partilhar ideias e experiências. As aulas e as escolas ficariam ainda mais coloridas! Na disciplina de História eu posso partir da aventura, da acção, da fantasia, da atracção pelo diferente ou do desconhecido, de que tanto os alunos gostam, para chegar ao conhecimento. Mas o papel principal nem sempre é o meu: é ao aluno que eu peço para ser criativo, procurando deixar a sua imaginação o mais liberta possível. História e ensino criativo!? Como ensinar o passado de forma criativa? Com criatividade. Imaginação. No processo criativo, o professor terá de pensar na ideia, simples, sempre simples e no(s) outro(s), nos seus alunos, naquele(s) para quem o conhecimento final que pretende transmitir se transforme na sua cana de pesca, em ferramenta para a vida. Ao longo do seu processo criativo, o professor terá de ser capaz de ir adequando as estratégias a utilizar e ser capaz de avaliar, com a distância possível, o sucesso ou insucesso do seu ensino criativo. Necessária muita reflexão por parte do professor! Difícil, mas apaixonante tarefa! A paixão! Sempre ela! Motor e força que nos move e nos faz acreditar que é possível inovar num mundo de ritmo alucinante em informação. Informação que nos atordoa e retarda a reflexão...mas a imaginação não tem limites...é dela que flui o processo criativo, por vezes, adormecido. Estes encontros despertam-no. Obrigado a todos. As novas tecnologias ocupam, cada vez mais, um espaço relevante no processo de ensino-aprendizagem. A diversidade de meios e a variedade de recursos educativos, que utilizam as novas ferramentas de informação e comunicação, constituem um valor acrescentado nos domínios da motivação e da compreensão histórica.
  • 11. No processo de ensino, não se deve confundir criatividade com originalidade ,pois a primeira engloba um conhecimento profundo e bastante regrado na área em que está a ser manifestada , enquanto que a originalidade pode não configurar manifestações criativas .Ex: Perguntem a uma criança: O que achas que faz um Rei? Todos somos criadores, cada qual à sua maneira; porém, é necessário usar esse dom para incentivar, entusiasmar, fazer a criança despertar, experimentar e navegar pelo conhecimento... Mas um conhecimento gerador que faz sentido e constitui uma ferramenta útil para a ação! A carreira de professor tem outras vertentes além da formação académica. Destaca-se aí a capacidade de conquistar os alunos pela criatividade. Brinquemos com as ideias e pensamentos. A criatividade desenvolve-se a partir do pensamento divergente, pelo não cumprimento de regras.Façamo-lo quando estivermos a trabalhar os nossos conteúdos curriculares. Assim, a criatividade poderá contribuir para a redução do insucesso escolar, despertando o interesse dos alunos na construção de projectos de aulas diferentes, para melhorar o seu desempenho e as relações interpessoais. No entanto, a sobrecarga de trabalho que hoje em dia assoberba os professores, poderá ser um empecilho à criação de formas inovadoras que visam a apropriação dos conteúdos pelos alunos. O professor deve proporcionar espaço para a criatividade, fantasia ou iniciativa dos alunos ,utilizando na sala de aula estratégias e processos criativos de ensino, assim contribuirá de forma significativa para a aquisição do novo conhecimento. O conhecimento histórico deverá ser “construído” a partir do reconhecimento dos interesses e saberes dos alunos, articulando-os num conjunto de estratégias inovadoras e que sem prejuízo pelo respeito e cumprimento dos conteúdos programáticos. A criatividade será o elemento optimizador deste processo, uma vez que dinamiza o processo de motivação dos alunos. A criatividade é um elemento indispensável no contexto educacional tendo em conta que todos nascemos capazes de produzir elementos e conhecimentos novos. Estes devem ser desenvolvidos numa perspectiva sempre inovadora com recurso a técnicas criativas, por forma a proporcionar aos alunos a capacidade de adquirir conhecimentos pela necessidade de solucionar problemas. Com ideias simples criamos algo de inovador e surpreendente, pois através do conhecimento surge uma turbulência de ideias, de pensamentos e de actividades originais, alcançadas a partir da criatividade de cada um.
  • 12. Há muito, muito tempo, antes das escolas, depois delas, as pessoas (crianças, jovens, adultos e velhos) contavam, ouviam, e devem continuar a contar e a ouvir, narrativas mitológicas, lendas, estórias/histórias, que lhes fertilizavam a imaginação e despertavam a necessidade de criar: « Rá criou-se a si próprio»; «No Princípio Nada existia senão Deus, e Deus dormia e sonhava»; « No princípio não existia terra, nem mar, nem céu só o vazio de Ginnungagap à espera de ser preenchido.»; «No começo dos tempos era o caos, e o caos tinha a forma de um ovo de galinha.»; «Adapa, o inventor da linguagem, foi o primeiro dos sete sábios que o pai, Ea, deus da sabedoria, enviou a ensinar ao povo a arte de viver.» etc, etc... Esta necessidade primordial de procura de explicações gera criação/criatividade, incitemo-la. Construir grandes ideias a partir de pequenas ideias. Associar ideias. Combinar. Adaptar. Modificar. Aumentar. Diminuir. Reorganizar. E finalmente inverter as ideias. Será criatividade? Um dia disseram-me: “faz com que o teu filho crie raízes, mas proporciona-lhe os meios para poder voar” Não será esse também o papel do Prof. de HGP? Ao professor compete ajudar o aluno a descobrir e a compreender a História de Portugal, do seu povo, a perceber afinal aquelas que são as suas raízes. Simultaneamente deve criar condições que permitam ao aluno dar-lhe asas para que um dia, de um modo consciente e livre, seja um cidadão que participe activamente na construção/transformação daquilo que vai ser o seu mundo. Para isso é necessário lançar ideias, propostas de trabalho ou desafios simples e diferentes. A simplicidade e a novidade dos desafios propostos tornam-se em factores que desinibem, que desenvolvem a curiosidade, promovem o conhecimento, conduzem à acção e à procura de novas soluções para problemas colocados. Metodologias activas, criativas e diversificadas levam os alunos a construírem o seu próprio saber, a serem autónomos, críticos e criativos- Para que a criatividade floresça é apenas e só necessário gerar espaços que despertem a individualidade de cada discente...a criatividade que há dentro de cada individualidade! Descobrir a forma de o fazer é, em si, um grande exercício de imaginação! Obrigada pelo ponto de partida neste processo criativo.Fica o grande desejo de ir cativando e envolvendo para o fascínio da História! Assim, a construção do conhecimento será verdadeiramente aliciante! História, Ensino, Criatividade. O que têm em comum estes três conceitos? Tudo. Hoje já não consigo pensar o ensino da história sem a criatividade, qual “leitmotiv” pedagógico, para fazer da aprendizagem momentos únicos que ficam para a vida.
  • 13. Esta acção permitiu-me alargar metodologias pro-activas no ensino da História ajudando a alcançar as metas de aprendizagem definidas pelo Ministério da Educação em Outubro de 2010. A criatividade é “aquele condimento” que confere ao ensino da história aquele sabor especial. Serve para: motivar os alunos para que tenham e mantenham elevados índices de motivação, aprendam de forma mais dinâmica e lúdica, sejam intervenientes na construção do saber, exercitem a imaginação, questionem os acontecimentos e desenvolvam habilidades criativas para que tenham capacidade de adaptação a uma sociedade em constante mutação e aprendam a solucionar problemas/situações no futuro. Criatividade é manter no professor de HGP a ânsia de melhorar o ensino, de lhe dar vida, de o ressuscitar dos escombros onde está! É pegar num conteúdo que tem de ser abordado e conseguir trabalhá-lo de mil e uma maneiras, tal como se de um livro de receitas se tratasse: HGP, com criatividade e humor, a História passa a não causar dor Ao professor permite inovar práticas pedagógicas, proporciona uma maior interacção com os seus alunos e a cativá-los para que tenham interesse e desejo de aprender história “a nossa (e sua) história”. Como? Recorrendo a métodos e técnicas diversificadas e inovadoras (que considera as mais eficazes), onde cabem naturalmente as TIC, com o objectivo de desenvolver ao máximo as potencialidades dos seus alunos e para que estes reconheçam valores fundamentais como a liberdade e a democracia. Diz o ditado popular “A necessidade aguça o engenho”, então professor,aguça o engenho, areja as ideias e desperta nos teus alunos o interesse e o gosto pela História.É necessário seguir novas práticas e como diz o sociólogo Domenico Masi “o lazer e a aprendizagem estão interligadas”, então usemos as “ferramentas”, que na acção nos foram fornecidas e provavelmente terás um futuro mais risonho na sala de aula e as Metas alcançadas. O mundo necessita de ser reinventado? Reinventa-se por si mesmo? Ou será que as pessoas, simplesmente, constroem-no, inconscientemente? Seja qual for a verdade, ou as verdades, a criatividade entrou, entra e entrará na construção de novas realidades, sistemas, teorias, políticas, escolas, tecnologias, necessidades, mundos,..., na vida do homem! Sejamos criativos nas nossas vidas, nas nossas escolas, no nosso mundo! Ideias precisam-se... Se os professores transmitirem as informações de uma maneira diferente e criativa,os alunos estarão mais receptivos aos temas que por vezes lhes são tão indiferentes e tão distantes do seu quotidiano.Basta uma história à volta de um certo acontecimento e um pormenor engraçado sobre determinada personagem para captar toda a sua atenção e para os levar a imaginar a época que estão a estudar de uma outra forma, mais próxima e mais real.Se a partir das TIC eles conseguirem imaginar
  • 14. como era essa época tanto melhor pois dessa maneira interessar-se-ão mais pela história e pela vida dessas pessoas de outros tempos que para eles são tão estranhas. A escola deverá promover o ensino, com vista a uma educação integral dos nossos alunos. Por isso, é fundamental transmitir-lhes valores, tais como: - Promover atitudes de auto-confiança. - Motivação e envolvimento pessoal e grupal. - Praticar o espírito de tolerância, solidariedade e responsabilidade. - Aperfeiçoar o espírito de observação. … Este ensino deverá ser concebido com iniciativa, com análise do real e desenvolvimento da criatividade. O professor/educador tem um papel fundamental - estimular e praticar a criatividade. Ele é o «homem do leme», compete-lhe, então uma atitude pedagógica assente no diálogo criativo (importante em História). Num contexto tecnológico global, é necessário colocar os meios de informação e comunicação ao serviço da educação e da vida. A competência da comunicação, deve ser orientadora, aberta e desafiadora numa relação critica entre aquele que questiona e aquele que é questionado. Como professora, faço uso de instrumentos que ajudem ao desenvolvimento de competências como resposta à curiosidade e à exploração, envolvendo os alunos na procura activa do conhecimento. Os alunos procuram, desejam e sentem. Procuram algo que lhes proporcione bem-estar. Querem conhecer o que os rodeia, o mundo em que vivem e integrá-lo em plenitude. Estejamos atentos e sensíveis aos seus interesses e ambições e saberemos, de forma ponderada e criativa auxiliá-los e orientá-los na procura e na construção das suas aprendizagens. A nossa disponibilidade mental para captar os sinais que, permanentemente, nos são dados pelos nossos alunos é uma ferramenta importantíssima para a actualização e melhoria da qualidade do nosso trabalho enquanto professores/educadores. Estejamos vigilantes e dispostos a permitir a inovação e a criatividade para uma prática lectiva mais adequada e eficaz. Hoje em dia ser professor de HGP não é só transmitir conteúdos e ter dominio de sala de aula. É necessário também, usar as tecnologias disponíveis e proporcionar aos alunos liberdade de pensar, sentir, refletir e agir, com o objectivo de os tornar cada vez mais criativos. “História e ensino criativo” Assim que me foi entrando no cérebro esta ideia, pensei: - Ora aqui está uma coisa que ainda me faltava, ao fim deste tempo todo de carreira. Os estereótipos que nós formatamos ao longo do tempo, as cópias, recopias, plágios e experiências adquiridas pareciam esboroar-se logo na 1º sessão quando um colega,
  • 15. Dr. Lima, pôs tudo em questão. Soube nesse dia que o que eu pensava até aí ser o caminho para a a perfeição, afinal era questionável: via o mundo e a escola através da minha janela e raramente na perspectiva dos meus alunos. Se algo este curso me ajudou, foi a abrir horizontes mais largos e, talvez, fazer de mim um melhor profissional. Ser professor é sem dúvida e antes de mais uma missão. É aprender a criar, mas sempre em parceria com o aluno. Uma das missões do professor deverá ser: estimular e praticar a criatividade dos seus alunos, despertando deste modo as suas capacidades. De acordo com Edgar Fauvre: “a educação tem o duplo poder de cultivar ou abafar a criatividade”, sejamos então bons professores e trabalhemos em uníssono para que “a escola fique no lado doce das nossas memórias”. A aula de história deve ser como uma sessão de magia.O professor é o mágico que deve criar o máximo de suspense,acção, amor e paixão ... “É o mistério que permite a fantasia” Carlos Amaral Dias. A verdadeira aventura está em conseguir explicar o que se passou no passado sonhando e projectando no futuro todo o conhecimento adquirido de uma forma criativa. Resolvi formar-me em História porque, num agradável verão à beira mar, li os “Combates pela História”, de Lucien Fèbvre. Com ele aprendi que um historiador(a) deve ser como o Príncipe Encantado que procura a Bela Adormecida e o castelo onde ela dorme. Quando a encontra, verifica que tudo à sua volta parara no tempo. Com um beijo, ele devolve a vida à princesa, as cores e os cheiros às flores, os pássaros voltam a cantar... tudo ganha vida. Perante tal poder e criatividade, quis tornar-me cavaleira dessa Ordem Mágica. Formações como esta, dão mais brilho à armadura e à espada, e, quando chegamos à sala de aula, levamos os nossos alunos à descoberta do maravilhoso castelo da História, e são eles, que , com o seu sangue quente e jovem, dão vida, por sua vez, à Bela Adormecida. Ensinar História com criatividade é encarado, em muitas escolas, como uma aplicação sofisticada e trabalhosa das últimas tecnologias na sala de aula - Power Point e quadros interactivos... - em que o processo de ensino e aprendizagem decorre maioritariamente numa relação unilateral professor/aluno. Esta acção permitiu-me ampliar esta perspectiva e reconhecer que a aprendizagem pode resultar de desafios que os alunos ultrapassam com imaginação, pesquisando as soluções para resolver os problemas apresentados pelo professor, que os motiva, comunicando de forma clara e simples. Aprendi a aplicar algumas ferramentas para que os alunos possam ser os verdadeiros actores do conhecimento.
  • 16. Será que na época das novas tecnologias aquilo que é inovador para os nossos alunos é o diálogo e a troca de ideias? Ser professor / educador é ser diferente / inventivo / criativo em todos os momentos do processo de ensino aprendizagem. É fazer / experimentar / ensaiar estratégias diferentes com recursos distintos, tendo em vista o motivar e interessar os actuais alunos para o ensino de qualquer disciplina, em particular a História. Se perguntarmos aos nossos alunos: O que é a História?, Qual a utilidade da História? Facilmente temos a resposta: não serve para nada, não tem interesse nenhum estudar a vida dos “antigos”. É contrariar esta atitude que se torna um desafio. Um desafio constante, diário. Ser diferente nas aulas é ter uma atitude criativa, distinta. É conseguir que no final de uma aula um aluno, e mesmo que seja só um, nos diga: gostei muito da aula. Obrigado, professora. É e será sempre esta atitude que me moverá enquanto professora. Mesmo ao fim de muitos anos ainda me entusiasma ensinar, apesar dos alunos serem muito diferentes. É nesta diferença que está o desafio. É motivar e descobrir estratégias para alunos que já quase dominam a última tecnologia e têm no horizonte fins mais abrangentes. É ser criativo, mesmo não sabendo que o era. E, enquanto esta centelha de luz ainda brilhar, o ensino ainda será e terá sempre, para mim, algo de motivador, de criativo, de original. Os serões à volta da lareira, no Inverno, ou a “apanhar” a aragem fresca da noite, no Verão, eram momentos de partilha, de relatos de assombrar, ou simplesmente oportunidades para escutar as palavras sábias dos mais velhos. Hoje, a criança cresce sem ter oportunidade de saborear momentos desses; ao serão,a família tem os seus espaços individuais (o quarto, a novela, a cozinha, o futebol,...) e a partilha “ao vivo” vai sendo substituída por redes sociais e chats, onde impera a velocidade e o atropelo. Contando estórias e cativando os alunos para também eles serem contadores, os professores de História podem estimular esse lado imaginativo e fantástico, que a acelerada vida actual não permite. Textos Individuais Neste espaço queria tão somente partilhar uma ideia para uma possível actividade a realizar em contexto de sala de aula. Ao frequentar a Acção de Formação: ”Planificação de Experiências de Aprendizagem para o Desenvolvimento de Competências em História”, abordei a
  • 17. seguinte temática:”A vida quotidiana nas terras senhoriais”, começando por identificar as ideias prévias dos alunos. A partir da realização da presente Formação, creio que seria interessante propôr aos alunos que “vestissem a pele” de um nobre ou camponês e descrevessem um dia das suas vidas. Esse dia seria passado no castelo ou num senhorio. Só gostaria de acrescentar que embora as novas tecnologias sejam um recurso muito apreciado pelos alunos, cada vez é mais difícil encontrar actividades motivadoras para os mesmos. É aí que o professor tem e deve ser criativo, a fim de exercitar a imaginação e a fantasia dos seus alunos. Cada individuo tem de sentir que “existe” para o outro. Ao sentir-se cativado tornar-se-á, facilmente, criativo. Enquanto professores a nossa função deve ser cativar os nossos alunos e, assim, despertar neles a criatividade. Os alunos desta faixa etária (2º ciclo) são por natureza curiosos. Partir desta mais valia e estimular essa qualidade, pondo em prática as estratégias adquiridas nesta Acção de Formação, é um caminho aberto para motivá-los e acompanhá-los no desenrolar do processo criativo.Vai ser certamente um grande desafio enquanto professor, que terá previamente,que planificar as aulas e estar receptivo às solicitações e dúvidas dos alunos, bem como sensível ao desenvolvimento da criatividade. Ainda no decorrer desta Acção de Formação, os alunos trouxeram a meu pedido, blocos de Post-it e aderiram bem à ideia de construirmos uma maquete sobre a vida dos grupos sociais do século XIII, que irão realizar em trabalho de grupo numa perspectiva colaborativa. Quanto ao uso das novas tecnologias, este recurso será um complemento, que poderá fomentar a imaginação, o espírito crítico, desenvolver a ideia inicial e consolidar os conhecimentos sobre a matéria. Sem dúvida que na época das tecnologias o que é inovador é o diálogo e a troca das ideias. Vive-se nos tempos presentes, numa sociedade que exalta o poder da criatividade. Os conhecimentos renovam-se rapidamente em consequência dos progressos científicos e tecnológicos. Já não basta trabalhar bem é preciso faze-lo melhor. Há que desenvolver nos alunos as capacidades que os ajudem a adaptarem-se mais facilmente a novas situações. Há que apelar à sua inteligência mas também à sua criatividade. Quando o educador é capaz de encorajar o seu educando para que siga os seus interesses e se envolva no processo de construção do seu conhecimento, este faz com que o aluno consiga dar uma conotação às suas acções, tornando-se assim um ser motivado a criar constantemente. Cabe assim ao educador identificar e procurar nos seus alunos as habilidades, aptidões e competências que lhes permitam ter acesso ao conhecimento
  • 18. historicamente construído, aceitando divergências, inovações, transformações do saber instituído. Deve também oferecer-lhes os recursos que os motivem a procurar no seu referencial humano respostas para as experiências vivenciadas, relacionando aprendizagens antigas e actuais, integrando os aspectos sociais, éticos e culturais. Concluo assim que a criatividade não é um dom, pode ser desenvolvida e necessita de certas condições para se manifestar. A criatividade não é um bem individual, pois consiste em saber utilizar a informação disponível e ir além do que foi aprendido, sabendo aproveitar qualquer estímulo do meio para gerar alternativas na solução de problemas. Aqui, colocam-se-me várias interrogações - será que o processo educativo é suficiente para desenvolver a criatividade?; a educação formal dá oportunidade ao desenvolvimento do pensamento criativo?; qual o papel que a criatividade desempenha no sucesso ou insucesso dos nossos alunos e na qualidade do sistema de ensino?. Seria interessante discutir se a escola, como expressão do sistema social, esgota ou favorece a aptidão para a criatividade. Parece-me que o actual processo educativo é insuficiente para desenvolver a criatividade e que a educação formal não dá oportunidade ao ensino do pensamento criativo. Como professora procuro estimular o potencial dos alunos, utilizando uma prática pedagógica que envolve mudança. Promover a mudança, a transformação, o sair da rotina são experiências que provocam temor e que nos tiram da nossa zona de conforto e segurança. É porém gratificante observar que quando se oferece ao aluno a oportunidade de ser criativo se oferece também a abertura para a expressão de sentimentos, emoções e atitudes, mesmo que estas nos choquem. Em suma, a criatividade remete à consciência do ser singular, transgressor, inovador. No início de qualquer aula penso que é fundamental despertar a curiosidade e o interesse dos nossos alunos para a História. Com uma pitada de criatividade, um toque de humor, uns recursos TIC (q.b.) é possível transportá-los numa máquina do tempo fictícia e levá-los às tão desejadas aprendizagens significativas que ficam para toda a vida. Uma certeza eu trouxe da acção sobre História e Ensino Criativo: para um problema poderão existir vinte e oito soluções válidas e diferentes, tantas quanto o número de ocupantes da máquina do tempo!