1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NORTE - RS
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO
CURSO DE JORNALISMO
Fotojornalismo
(COM 2013)
Janaína Gomes
Doutor em Agronegócios (UFRGS)
Mestre em Comuncação e Informação (UFRGS)
Bacharel em Jornalismo (PUCRS)
2. Fotojornalismo?
• Saber o que é Notícia
– Áreas: Noticiário geral, esportes, variedades.
• Saber interpretar o acontecimento
– Ponto de vista
• Nova visão sobre o acontecimento
– Além da interpretação literal da cena
– Contar a história por meio da fotografia
– Imagens sólidas que possam ser compreendidas pelo leitor
• Conhecer o Trabalho do fotógrafo de notícias
– Domínio da Técnica Fotográfica
– Rotinas de trabalho
– Legislação
– Carreira
KOBRÉ, Kenneth. Fotojornalismo: Uma abordagem profissional. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
5. Novo Ponto de Vista!
• “E muito difícil fotografar um crime depois do
fato. É preciso não expor a vítima, respeitar a
família e ainda informar. De modo geral as
fotos saem ruins, vazias, feias e pouco
informativas.”
• “O corpo caído e o choro do protagonista
revelam o drama do bairro José de Anchieta,
na Serra. Nem é preciso saber que ali estão
Sebastião e Nilda.”
VER MÍDIA MUNDO: http://www.midiamundo.com/2012/03/foto-que-conta-uma-historia.html
6. Portifólio do Fotojornalista
• Versatilidade
– Domínio das áreas do Jornalismo
– Construir histórias em fotografias (picture stories)
• Emoção
– Contar a história por meio de fotografia
– Comunicar em nível primário
• Sem significação secundária
– Ter relação com a comunidade onde está
• Jornalista contratado ou freelancer
7. • “Histórias são muitas vezes o melhor veículo
para um fotógrafo transmitir uma
sensibilidade para momentos sutis e um forte
instinto jornalístico” Dan Habib – Concord.
(KOBRÉ, 2011, p. 456)
8. Histórias
• Embora eu saiba que o Deserto do Atacama é
na América do Sul, imagino como a paisagem
lunar de outro planeta. Eu penso sobre a
minha viagem através deste planalto gigante
em momentos de silêncio, caminhando em
direção as salinas em meus sonhos.
10. Histórias
• “Tínhamos planejado uma viagem a Roma
para início de abril de 2005 - e, em seguida, o
Papa morreu. Nós ainda fomos, juntando
milhares de peregrinos e parentes que
estavam dormindo nas ruas (embora nós
caminhamos para o lado oposto da cidade no
dia do funeral). Vinte e quatro horas
depois, fomos para o Vaticano como turistas, e
me deparei com esta cena *...+”
11. The Vatican – por Allison Rost
Escritora/editora/fotógrafa e designer
12. Histórias
• Eu descobri o “correfoc” *...+. Eu estava parado na rua,
emocionado e me deparei com o desfile “correfoc”, até que
percebi que eles estavam vindo para mim e minhas pernas
estavam nuas! Meu professor de catalão nos avisou para
vestir-nos da cabeça aos pés-roupa à prova de fogo (com
chapéus, luvas e máscaras também). Mas logo aprendi que
as faíscas não machucam.
• Eu queria que você estivesse aqui! Gostaria de vestir-nos
para que parecêssemos estar nos protegendo contra
manifestantes e bombas de gás lacrimogêneo, enquanto
estávamos brincando com fogos de artifício como milhares
de outras pessoas loucas, deixando solto em um dia quente
de verão em Barcelona.
13. Barcelona Streets – por Larissa Zhou
Pesquisadora recém-formada na graduação, estudando ciências dos alimentos em Barcelona
15. Histórias
• “Descobrimos o momento perfeito para visitar
lagoas glaciais da Islândia: 2 horas da manhã
no verão. É tão pacífica para assistir os blocos
[...] de gelo moverem-se silenciosamente, mas
eles terão ido embora em 90 anos, então
corra e venha visitar.”
17. Fotografia e Expressão
• Sobre a exclusiddade do visual em nossas vidas
– http://entretenimento.r7.com/hoje-em-
dia/videos/detalhes/idmedia/560ffe3efd283d63a917c6026f81c
2f4-4.html
• Sensibilidade x Técnica
– Não podemos dar ênfase exclusiva à técnica…
• Somente assim surgem os novos pontos de vista!
• Uma pausa para a reflexão
– Abrangência que a fotografia em nossas vidas
• Sim…precisamos tentar porque é um modo de expressão
18. Teco Barbero
• Jornalista, deficiente visual e fotógrafo
– O bloqueio do Teco se estabeleceu a partir da
imagem e prejudicou sua escrita
• Hoje ele é jornalista!
– TCC em televisão
– Utilizou-se do áudio como apoio
– Dominou a imagem com pouca visão
• Werington Kerme e Teco Barbero
– Ver com as mãos
• Blog: http://tecobarbero.blogspot.com.br/
19. Estrutura Disciplinar
• Histórias fotográficas (picture stories)
– Teoria da Notícia/Imagem
– História do Fotojornalismo
– Avaliações
• Semanalmente:
– Análise de imagens nos meios de comunicação
• Prova Teórica: 19 de abril
• Fotografia básica
– História da Fotografia
– Expressividade da imagem fotográfica
– Fotojornalismo
• Exercícios de captação de imagem
• Pautas quinzenais conjuntamente com a disciplina Introdução ao Jornalismo
(COM2015) - confirmar
• Análises de imagens nos meios de comunicação
20. Avaliações
• Primeiro Bimestre:
– Duplas - Semanal
• Análise semanal de fotografia e texto jornalístico
– Primeiro trabalho - Após a aula da semana que vem
– Individual – 26/04
• Prova teórica
– Peso: 10
– Grupo - 03/05
• Alguns temas sobre Audiodescrição
– Audiodescrição como linguagem inclusiva (03/05)
– Relação dos produtos midiáticos e a inclusão social
– A relação da sociedade com
• Segundo Bimestre
– Trabalhos semanais de análise e capctação de imagem
• Parte I: Análise de fotografias jornalísticas em jornais impressos
– Peso: 10
• Exercícios de captação de imagem para a composição do álbum fotográfico
– Trabalhos finais
• Grupos
– O planejamento Fotográfico
» Fotografia, jornalismo e direção de imagem
» Peso: 10
• Individual
– Entrega do ábulm fotográfico – “Retratos e Histórias”
21. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NORTE - RS
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO
CURSO DE JORNALISMO
Mundo- Imagem
SONTAG, Susan. Sobre Fotografia. São Paulo: Cia das Letras, 2004
22. Imagem e Realidade
• Imagem
– Primeira maneira de interpretar a realidade
• Antiguidade Clássica
– Maneira de diminuir nossa dependência de aprender o real
somente através das imagens
• Padrão sobre o qual se definem as coisas do mundo = Ideias
– Platão - Mito da Caverna
• Século XIX
– Pensamento Científico e Humanístico
• Reforço da Lealdade às imagens
– Realidade = Imagem
23. Realidade = Imagem
• Feuerbach (1843)
• Nossa era “prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a
representação à realidade, a aparência ao ser”
• Século XX – Sociedade Moderna
– Produção e Consumo de Imagens
• Imagens com o poder de determinar nossas
necessidades
– Indispensávels para a saúde da economia, da estabilidade do
corpo social e da busca da felicidade privada
24. Fotografia
• Imagens com autoridade quase ilimitada
– Credibilidade conferida pelas características
fisicoquímicas/eletrônicas da fotografia
– “Testemunha dos fatos”
• Decorrente da propriedade das imagens fornecidas pela câmera
– Problema conceitual
• Aspectos SELECIONADOS do real
– Fragmentos visuais que informam as múltiplas atividades do homem
sobre a natureza
– Ideologia da fotografia
» Poderoso instrumento de formação/manipulação da OPINIÃO
PÚBLICA
25. Fotografia e Manipulação
• Avanços Tecnológicos da Indústria Gráfica
– Multiplicação
• Multiplicação das imagens nos meios de informação e
divulgação
– Manipulação
• Aspectos selecionados do real aceitos como expressão
da verdade
26. Representação Fotográfica
• Fundamentos da expressão fotográfica
– Planos de enquadramento
• Elementos Constitutivos
– Assunto
– Fotógrafo
• Autor/Motivações pessoais/profissionais
– Tecnlogia
• Os elementos constitutivos são coordenados pelo contexto
hitórico
– Tempo/espaço
27. Processo de Criação
• Elementos Constitutivos
– Materiais
• Ópticos (lentes)
• Químico/Eletrônico
– Imateriais
• Sobrepõem a técnica no processo de criação
– Mentais
– Culturais
28. Fotografia e Aquisição da Realidade
• Tecnologia e controle sobre o objeto fotografado
– Coisas pequenas
• Macro e micro
– Distância
• Astronomia
– Independência da luz
• Infra-vermelho
– Duas dimensões
• Holograma
– Redução do tempo de reprodução
• Polaroid
– Imagem em movimento
• Cinema
– Registro e transmissão simultâneos
• Vídeo
29. Fotografia como complement do Real
• Consciência do Enquadramento
– O que foi fotografado e o que não foi
– Avanço na percepção dos fatos/acontecimentos
– Sensibilidade além da técnica
30. Fotografia e Semiótica
• Fotografia e os Signos
– A fotografia é uma imagem icônica do real
• Signos
– Ícone
• Remete ao mundo físico
– Índice
• Remete a indícios de significação e do mundo físico
– “Onde há fumaça há fogo”
» Não precisas ver o fogo
– Símbolo
• Não tem relação com o mundo físico por aparência
– É convencionado – Bandeiras, brasões….
31. Fotografia e Semiótica
• Processo de formação da Imagem
– Primeira fase de um processo de formação da imagem ou
primeiridade
• Bagagem na mente, o que construímos como humanidade, que remete ao
mundo físico
• Ex: Platão diria a ideia de árvore…que são características comuns a todas as
árvores
– Secundidade
• Quando entramos em contato com a coisa em si, o mundo físico
• Ex: Uma árvore em si
– Terceiridade
• Quando conseguimos significar a coisa
• Ex: Dizer que aquilo é uma imagem de uma árvore por exemplo
• A experiência da formação da imagem
– Ligação entre a secundidade e a primeiridade
33. Portanto…
• Estrutura da Fotografia de Imprensa (Barthes)
– Fotografia + texto
• Título, legenda ou artigo
• Totalidade da informação
– Suportada por duas estruturas diferentes
– Texto = estrutura linguística
• A substância da mensagem é constituída por palavras
– Imagem = Signo Icônico
• A substância da mensagem é constituída por linhas, superfícies, tons
• As duas estruturas da mensagem ocupam espaços reservados
– Quando analisadas
• Separadamente, mas de forma complementar
34. Paradoxo da Fotografia
• Qual o conteúdo da mensagem fotográfica?
– Por definição
• A própria cena, o real literal
• Base dessa definição – Senso Comum
– Perfeição analógica (analogon ) com o mundo real
• Redução
– De proporção, de perspectiva e de cor
• Sem, no entanto, transformar a realidade
• Outras artes
– Cinema, pintura, desenho, teatro, fotografia artística
• Possuem um estilo da reprodução = fatores de conotação
– Significante é um certo “tratamento” explícito/perceptível da imagem pelo
seu criador
– Significado, estético ou ideológico, remete para uma certa cultura
35. Paradoxo da Fotografia
• Mito da Objetividade
– Torna a fotografia de imprensa uma mensagem
sem código
• Análoga à realidade
• Lida como o real
• Produção Fotográfica de Imprensa
– Possui fatores de conotação
• É um objeto trabalhado, escolhido, composto,
construído, tratado segundo as normas profissionais,
estéticas ou ideológicas
36. Paradoxo em si
• Na Fotografia de Imprensa é percebida a:
– “Coexistência de duas mensagens, uma sem
código (que seria a analogia fotográfica), e outra
com código (que seria a «arte», ou o
tratamento, ou a «escritura», ou a retórica da
fotografia).” (Roland Barthes)
37. Solução
• Perceber
– “o modo de imbricação da mensagem denotada e da
mensagem conotada”.
• Como fazer isso?
– Conhecendo os processos de conotação
• Trucagem, pose, objetos, fotogenia, estetismo e sintaxe
+
– Identificando os níveis da produção da fotografia
• Escolha, tratamento técnico, enquadramento, mise en page
38. Código/Conotação
• Conotação
– Imposição de um segundo sentido à mensagem
fotográfica propriamente dita
– Elaborada nos diferentes níveis da produção da
fotografia
– Uma codificação da analogia fotográfica
• Processos de Conotação
– Trucagem, pose, objectos
• Modificação do próprio real
– Mensagem denotada
39. Bom trabalho!
Proxima aula:
Plano da disciplina completo
Teoria - Captação e Realidade
histórica Prática - Enquadramentos e
Planos