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DEDICATÓRIA


É com muito amor e carinho que dedico inteiramente esta obra aos meus
alunos da FATEC-SP, a causa primeira deste trabalho.


Também desejo dedicá-la a minha esposa Cleuza e às minhas filhas.




                                     “Amarás o Senhor teu Deus, com todo
                                     teu coração, com toda tua alma e com
                                     toda tua mente.”
                                                             Mateus 22,37




                                                                        i
AGRADECIMENTOS



Agradeço a minha filha Íris Cristina que na época da implantação da disciplina
suplementar “Materiais para Tubulação” executou todo o trabalho de digitação,
xerocopiou catálogos, recortou e colou figuras no sentido de viabilizar a edição
daquela apostila que foi a precursora deste trabalho.


Agradeço a auxiliar de docente e minha ex-aluna Lis Eulália Cabrini que muito
contribuiu com a digitação e principalmente com a formatação de textos e
tabelas.


Agradeço ainda a todos, professores e funcionários do Departamento de
Hidráulica pelo incentivo.


E finalmente agradeço ao Senhor meu Deus por esta oportunidade de
compartilhar meus parcos conhecimentos.




                                                                              ii
PREFÁCIO



Desde o início de meus trabalhos com projetos de tubulação já me interessei
de uma maneira muito especial pela especificação técnica. Esse fascínio pela
disciplina me levava à procura de maiores conhecimentos desses materiais e
ao estudo de procedimentos e das normas técnicas pertinentes.
Como muitos tive grandes dificuldades neste sentido pois o maior obstáculo era
a carência de bibliografia da disciplina.
Fui adquirindo meus conhecimentos com a aquisição dos poucos livros
existentes no mercado sobre o assunto e, principalmente, na vida prática, em
empresas de engenharia consultiva e no chamado “chão de fábrica”.
No início da década de 1990 fui animado pelo Departamento de Hidráulica a
implantar a disciplina suplementar “Materiais para Tubulação” sobre este
fascinante assunto.     Desde o início esta disciplina suplementar foi muito
procurada pelos alunos da FATEC das modalidades de civil, de mecânica e de
soldagem e não demorou muito para este curso se tornar muito conhecido na
FATEC a ponto de se tornar uma disciplina “obrigatória” para os alunos com
interesse na área de tubulação.
De início foi elaborada uma pequena apostila para acompanhamento da
disciplina suplementar que ainda hoje alguns ex-alunos a conservam em sua
vida profissional.
Com a implantação do curso de Hidráulica e Saneamento Ambiental a
disciplina Materiais para Tubulação passou a ser curricular e então nasceu a
idéia de se elaborar um manual técnico para acompanhamento da disciplina
que em princípio deveria se chamar “Manual Técnico de Válvulas Manuais e
Componentes para Tubulação em Materiais Ferrosos” mas em homenagem à
disciplina o manual passou a se chamar simplesmente “Materiais para
Tubulação” como também era conhecida a nossa primeira apostila.
Este manual técnico tem como objetivo principal o estudo da aplicação de
materiais para tubulação no âmbito acadêmico, como acompanhamento da
disciplina Materiais para Tubulação e deverá, por si só, ser suficiente em todos
os sentidos, ter a teoria básica, a aplicação, a especificação do material, as



                                                                              iii
dimensões, as fotos e os principais fabricantes para que o aluno tenha tudo à
mão, sem ter que recorrer a catálogos ou normas técnicos no momento de
executar um trabalho acadêmico.
Os fabricantes e os produtos aqui mencionados são aqueles existentes no
mercado na época da elaboração deste manual técnico e, portanto, para uma
referência profissional, haverá a necessidade da confirmação de todos os
dados do produto em um catálogo atualizado visto que melhorias e
modificações acontecem de uma forma dinâmica.
O Manual Técnico atualmente está dividido em três volumes; o primeiro volume
faz um apanhado sobre os materiais metálicos, o segundo volume é sobre
tubos e conexões e o terceiro volume sobre válvulas e acessórios. O quarto
volume, sobre exercícios, em breve deverá fazer parte deste trabalho.




                                                 Professor Célio Carlos Zattoni
                                                                Julho de 2005




                                                                             iv
ÍNDICE ANALÍTICO
                                            VOLUME 1

1.   CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS FERROSOS                   1


1.1. AÇO CARBONO                                            1
1.2. AÇO LIGA                                               2
1.3. AÇO INOXIDÁVEL                                         2
1.4. FERRO FUNDIDO                                          2


2.   EFEITOS DOS ELEMENTOS DE LIGA                          4


2.1. INTRODUÇÃO                                             4



3.   EFEITOS DA TEMPERATURA                                 5


3.1. FLUÊNCIA                                               5
3.2. MÓDULO DE ELASTICIDADE (MÓDULO DE YOUNG)               5
3.3. LIMITE DE RESISTÊNCIA                                  5
3.4. FRATURA FRÁGIL                                         5


4.   CORROSÃO                                               7


4.1. CORROSÃO                                               7
4.2. CORROSÃO ELETROQUÍMICA                                 7
4.2.1. CAUSAS DA CORROSÃO                                   7
4.2.2. TIPOS DE CORROSÃO                                    8
4.3. PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO                              10
4.3.1. FATORES QUE INFLUENCIAM A CORROSÃO                  10
4.3.2. PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO                            11
4.3.3. COMO EVITAR A CORROSÃO                              11


5.   NORMAS                                                14


5.1. INTRODUÇÃO                                            14
5.2. EXEMPLOS DE NORMAS NBR / ABNT                         17
5.3. EXEMPLOS DE NORMAS ASME / ANSI                        18
5.4. EXEMPLOS DE NORMAS MERCOSUL                           18
5.5. EXEMPLOS DE NORMAS DIN                                18
5.6. EXEMPLOS DE NORMAS ASTM                               19
5.7. EXEMPLOS DE NORMAS API                                19


6. MEIOS DE LIGAÇÃO                                        20


6.1. MEIOS DE LIGAÇÃO                                      20
6.2. LIGAÇÕES ROSCADAS                                     20
6.3. LIGAÇÕES SOLDADAS                                     20
6.4. LIGAÇÕES FLANGEADAS                                   21
6.4.1. TIPOS DE FLANGES                                    22
6.4.2. FACEAMENTO DOS FLANGES                              22
6.4.3. ACABAMENTO DA FACE DOS FLANGES                      23



                                                                I
6.4.4. CLASSES DE PRESSÃO                                                                       23
6.4.5. PROCESSOS DE FABRICAÇÃO                                                                  23
6.5. LIGAÇÕES DO TIPO PONTA E BOLSA                                                             24
6.5.1. PONTA E BOLSA COM JUNTA ELÁSTICA                                                         24
6.5.2. PONTA E BOLSA COM JUNTA MECÂNICA                                                         24
6.5.3. PONTA E BOLSA COM JUNTA TRAVADA                                                          25
6.6. OUTROS TIPOS DE LIGAÇÃO                                                                    25
6.6.1 LIGAÇÕES SANITÁRIAS                                                                       25
6.6.2. ENGATES                                                                                  27
6.6.3. DERIVAÇÕES SOLDADAS TIPO “BOCA-DE-LOBO”                                                  27
6.6.4. PEQUENAS DERIVAÇÕES COM USO DE MEIA -LUVA                                                27
6.6.5. DERIVAÇÕES COM USO DE COLARES E SELAS                                                    28
6.6.6. SUGESTÃO PARA A ESCOLHA DO TIPO DE DERIVAÇÃO                                             28


7. TUBOS                                                                                        30


7.1. INTRODUÇÃO                                                                                 30
7.2. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À APLICAÇÃO                                                           30
7.3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO                                           30
7.4. CÁLCULO DA ESPESSURA DA PAREDE DE TUBOS                                                    31
7.4.1. REQUISITOS SEGUNDO A NORMA ASME / ANSI B31.3                                             31
7.4.2. SELEÇÃO DA ESPESSURA NORMALIZADA                                                         31
7.4.3. RELAÇÃO ENTRE O DIÂMETRO NOMINAL E A ESPESSURA                                           32
7.4.4. LIMPEZA NAS TUBULAÇÕES                                                                   32
7.4.5. PRESSÃO DE TESTE                                                                         32
7.5. EMPREGO DE CORES PARA IDENTIFICAÇÃO DE TUBULAÇÕES – NBR 6493                               33


8. ISOLAMENTO TÉRMICO                                                                           34


8.1. INTRODUÇÃO                                                                                 34
8.2. ISOLAMENTO TÉRMICO A FRIO                                                                  34
8.3. NORMAS A CONSULTAR                                                                         34
8.4. MATERIAIS                                                                                  34
8.5. ISOLAMENTO TÉRMICO A QUENTE                                                                35
8.6. NORMAS DA ABNT A CONSULTAR                                                                 35
8.7. MATERIAIS                                                                                  36
8.8. APLICAÇÃO DE ISOLANTES TÉRMICOS (FRIO OU QUENTE)                                           37



9.   TABELAS TÉCNICAS                                                                           38


9.1. COMPARAÇÃO ENTRE DIVERSOS TIPOS DE AÇO INOX                                                38
9.2. FORMAS DE APRESENTAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE AÇO                                            38
9.3. PROPRIEDADES DOS AÇOS-LIGA EM FUNÇÃO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA E SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS   39
9.4. TABELAS DE DIMENSÕES DE TUBOS CONFORME ABNT NBR 5580                                       40
9.5. TABELAS DE DIMENSÕES DE TUBOS CONFORME ABNT NBR 5590                                       41
9.6. NORMA ASME / ANSI B36.10 – AÇO CARBONO E AÇO LIGA                                          42
9.7. NORMA ASME / ANSI B36.19 – AÇO INOX                                                        47
9.8. DIMENSÕES E PESOS PARA TUBOS DE AÇO INOX COM E SEM COSTURA – PADRÃO OD                     49
9.9. COMPOSIÇÃO QUÍMICA PARA TUBOS DE AÇO INOX COM E SEM COSTURA                                50
9.10. TENSÃO ADMISSÍVEL PARA AÇOS DE TUBOS DE AÇO CARBONO                                       51
9.11. TENSÃO ADMISSÍVEL PARA TUBOS DE AÇO INOX                                                  52
9.12. TENSÃO ADMISSÍVEL EM FLANGES DE AÇO – CONFORME ASME / ANSI B16.5                          54
9.13. TUBOS DE AÇO CARBONO – CARACTERÍSTICAS GERAIS                                             55
9.14. TUBOS DE AÇO INOX – CARACTERÍSTICAS GERAIS                                                56
9.15. MÓDULO DE ELÁSTICIDADE                                                                    57
9.16. LIMITES MÁXIMOS DE TEMPERATURA                                                            57
9.17. PRINCIPAIS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PARA TUBOS                                             58



                                                                                                     II
ÍNDICE ANALÍTICO
                                           VOLUME 2

1.   CONEXÕES DE FERRO MALEÁVEL                             59


1.1. INTRODUÇÃO                                             59
1.2. PRINCIPAIS FABRICANTES                                 59
1.3. CONEXÕES DE FERRO MALEÁVEL CLASSE 10 – ROSCA BSP       60
1.3.1. TABELA DE PRESSÃO                                    62
1.3.2. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                                60
1.3.3. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                    60
1.3.4. APLICAÇÃO                                            60
1.4. TABELA DIMENSIONAL                                     61


2.   CONEXÕES DE FERRO MALEÁVEL CLASSE 150 – ROSCA NPT      72


2.1. TABELA DE PRESSÃO                                      72
2.1.1. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                                72
2.1.2. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                    72
2.1.3. APLICAÇÃO                                            72
2.2. TABELA DIMENSIONAL                                     73


3.   CONEXÕES DE FERRO MALEÁVEL CLASSE 20 – ROSCA NPT       78


3.1. PRESSÃO DE SERVIÇO – ASME / ANSI B16.3                 78
3.2. PRESSÃO DE SERVIÇO – ASME / ANSI B16.39                78
3.3. PRESSÃO DE SERVIÇO – NBR 6925                          78
3.4. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                                  79
3.5. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                      79
3.6. APLICAÇÃO                                              79
3.7. TABELA DIMENSIONAL                                     79
3.8. EXEMPLO DE LISTA DE MATERIAL                           83


4.   CONEXÕES DE AÇO FORJADO                                85


4.1. INTRODUÇÃO                                             85
4.2. PRINCIPAIS FABRICANTES                                 85
4.3. NORMAS DE FABRICAÇÃO                                   86
4.4. CORRELAÇÃO ENTRE TUBO E CONEXÃO                        86
4.5. TABELA DIMENSIONAL - CLASSE 2000# - ROSCADO            86
4.5.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                    87
4.6. TABELA DIMENSIONAL - CLASSE 3000# - ROSCADO            87
4.6.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                    88
4.7. TABELA DIMENSIONAL - CLASSE 6000# - ROSCADO            88
4.7.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                    88
4.8. BUCHA DE REDUÇÃO E BUJÃO                               89
4.8.1. EXEMPLO DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                     89
4.9. UNIÃO ROSCADO - CLASSES 2000# E 3000#                  90
4.9.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                    90
4.10. UNIÃO ROSCADO - CLASSE 6000#                          90
4.10.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                   91
4.11. TABELA DIMENSIONAL - CLASSE 3000# - ENCAIXE E SOLDA   91
4.11.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                   92
4.12. TABELA DIMENSIONAL - CLASSE 6000# - ENCAIXE E SOLDA   92
4.12.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                   92
4.13. UNIÃO ENCAIXE E SOLDA - CLASSE 3000#                  93



                                                                 III
4.13.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                          93
4.14. UNIÃO ENCAIXE E SOLDA - CLASSE 6000#                         93
4.14.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                          94
4.15. REDUÇÃO DE ENCAIXE                                           94
4.15.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                          94
4.16. COLAR DE TOPO - STANDARD E EXTRA-FORTE                       94
4.16.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                          95
4.17. COLAR ROSCADO - CLASSES 3000# E 6000#                        95
4.17.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                          95
4.18. COLAR DE ENCAIXE E SOLDA - STANDARD E SCH 160                95
4.18.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                          96
4.19. COLAR DE TOPO DE REDUÇÃO - STANDARD E EXTRA-FORTE            96
4.20. COLAR ROSCADO DE REDUÇÃO - CLASSE 3000#                      96
4.21. COLAR ROSCADO DE REDUÇÃO - CLASSE 6000#                      97
4.22. COLAR ENCAIXE E SOLDA DE REDUÇÃO - STANDARD E EXTRA-FORTE    97
4.23. COLAR ENCAIXE E SOLDA DE REDUÇÃO - SCH 160                   97
4.24. EXEMPLOS DE LISTA DE MATERIAL                                98


5.   CONEXÕES TUBULARES DE AÇO FORJADO                            100


5.1. INTRODUÇÃO                                                   100
5.2. PRINCIPAIS FABRICANTES                                       100
5.3. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                            100
5.4. APLICAÇÕES                                                   101
5.5. DIMENSÕES CONFORME ASME / ANSI B16.9 E B16.28                101
5.6. EXEMPLO DE LISTA DE MATERIAL                                 110


6.   CONEXÕES DE AÇO INOXIDÁVEL                                   112


6.1. DIMENSÕES CONFORME ASME / ANSI B16.9 E B16.28                112
6.2. PESTANAS - MSS-SP 43                                         119
6.2.1. EXEMPLO DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                           119
6.3. PESTANAS - ASME /ANSI B16.9                                  120
6.3.1. EXEMPLO DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                           121
6.4. EXEMPLO DE LISTA DE MATERIAL                                 121


7.   TUBOS E CONEXÕES DE FERRO FUNDIDO                            122


7.1. INTRODUÇÃO                                                   122
7.2. TABELA DE PRESSÃO – TUBOS PONTA E BOLSA                      122
7.3. TABELA DE PRESSÃO – TUBOS COM FLANGES                        123
7.4. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                                        123
7.5. APLICAÇÃO                                                    123
7.6. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                            123
7.7. TUBOS DE SÉRIE K7                                            124
7.8. TUBOS DA SÉRIE K9                                            125
7.9. TUBOS E CONEXÕES DE FERRO FUNDIDO                            125
7.10. EXEMPLO DE LISTA DE MATERIAL                                138


8.   FLANGES                                                      139


8.1. INTRODUÇÃO                                                   139
8.2. PRINCIPAIS FABRICANTES                                       139
8.3. FLANGES CONFORME A NORMA ANSI                                139
8.4. AÇO CARBONO PARA FLANGES                                     140
8.5. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                            140



                                                                        IV
8.6. TABELA DE DIMENSÕES - CLASSES 125# E 150#        141
8.7. TABELA DE DIMENSÕES - CLASSES 250# E 300#        142
8.8. TABELA DE DIMENSÕES - FLANGES DE REDUÇÃO         143
8.9. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                143
8.10. FLANGES CONFORME NORMA DIN                      143
8.11. DIMENSÕES DOS FLANGES CONFORME NORMA DIN PN10   144
8.12. DIMENSÕES DOS FLANGES CONFORME NORMA DIN PN16   145
8.13. DIMENSÕES DOS FLANGES CONFORME NORMA DIN PN25   146
8.14. DIMENSÕES DOS FLANGES CONFORME NORMA DIN PN40   147
8.15. EXEMPLO DE LISTA DE MATERIAL                    148


9.    CONEXÕES GOMADAS DE AÇO CARBONO                 149


9.1. INTRODUÇÃO                                       149
9.2. PRINCIPAIS FABRICANTES                           149
9.3. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                149
9.4. APLICAÇÕES                                       149
9.5. TABELA DE DIMENSÕES CONFORME AWWA C208           149
9.6. EXEMPLO DE APLICAÇÃO                             175
9.7. EXEMPLO DE LISTA DE MATERIAL                     176


10.   OUTRAS CONEXÕES                                 178


10.1. INTRODUÇÃO                                      178
10.2. ENGATES RÁPIDOS                                 178
10.3. PRINCIPAIS FABRICANTES                          178
10.4. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA               178
10.5. BICO ESCALONADO OU BICO ESPIGÃO                 179
10.6. PRINCIPAIS FABRICANTES                          179
10.7. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA               180
10.8. TERMINAIS PARA MANGUEIRAS                       180
10.9. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA               181
10.10. CONEXÕES COM ANEL DE CRAVAÇÃO                  181
10.11. LIGAÇÕES RECOMENDADAS                          181
10.12. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA              181
10.13. PRINCIPAIS FABRICANTES                         181
10.14. ACOPLAMENTOS AWWA C 606                        182
10.15. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA              182
10.16. PRINCIPAIS FABRICANTES                         182




                                                            V
ÍNDICE ANALÍTICO
                                           VOLUME 3


1.   VÁLVULAS                                             183


1.1. INTRODUÇÃO                                           184
1.2. UMA BREVE HISTÓRIA DA INDÚSTRIA DE VÁLVULAS          184
1.3. A INDÚSTRIA DA VÁLVULA                               186
1.4. TIPOS DE VÁLVULAS                                    186
1.5. FUNÇÕES                                              186
1.6. ESPECIFICAÇÃO                                        186
1.7. SISTEMA CONSTRUTIVO DAS VÁLVULAS                     187
1.8. CLASSES DE PRESSÃO                                   196
1.9. CONCEITOS SOBRE TIPOS DE VÁLVULAS                    197
1.10. FABRICANTES DE VÁLVULAS                             198


2.   VÁLVULAS DE GAVETA                                   202


2.1. INTRODUÇÃO                                           203
2.2. APLICAÇÃO                                            203
2.3. PRINCIPAIS VANTAGENS                                 203
2.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS                              203
2.5. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DE GAVETA    203
2.6. SISTEMA CONSTRUTIVO                                  204
2.7. SISTEMAS DE VEDAÇÃO                                  209
2.8. ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS                             209
2.9. MATERIAIS CONSTRUTIVOS DAS VÁLVULAS                  211
2.10. CLASSES DE PRESSÃO                                  213
2.11. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                   213
2.12. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS                           215
2.13. TABELAS TÉCNICAS                                    216
2.14. FABRICANTES                                         221




3.   VÁLVULAS DE ESFERA                                   222


3.1. INTRODUÇÃO                                           223
3.2. APLICAÇÃO                                            223
3.3. PRINCIPAIS VANTAGENS                                 223
3.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS                              223
3.5. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DE ESFERA    223
3.6. SISTEMA CONSTRUTIVO                                  224
3.7. SISTEMAS DE VEDAÇÃO DA SEDE                          227
3.8. ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS                             227
3.9. MATERIAIS CONSTRUTIVOS DAS VÁLVULAS                  228
3.10. CLASSES DE PRESSÃO                                  228
3.11. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                   229
3.12. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS                           230
3.13. TABELAS TÉCNICAS                                    231
3.14. FABRICANTES                                         234




                                                                VI
4.   VÁLVULAS DE MACHO                                       235


4.1. INTRODUÇÃO                                              236
4.2. APLICAÇÃO                                               236
4.3. PRINCIPAIS VANTAGENS                                    236
4.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS                                 236
4.5. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DE MACHO        236
4.6. MEIOS DE LIGAÇÃO                                        237
4.7. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS                            237
4.8. ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS                                237
4.9. MATERIAIS CONSTRUTIVOS DAS VÁLVULAS                     237
4.10. CLASSES DE PRESSÃO                                     237
4.11. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                      237
4.12. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS                              239
4.13. TABELAS TÉCNICAS                                       240
4.14. FABRICANTES                                            243


5.   VÁLVULAS DE GUILHOTINA                                  244


5.1. INTRODUÇÃO                                              245
5.2. APLICAÇÃO                                               245
5.3. PRINCIPAIS VANTAGENS                                    245
5.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS                                 245
5.5. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DE GUILHOTINA   245
5.6. MATERIAIS CONSTRUTIVOS DAS VÁLVULAS                     246
5.7. MEIOS DE LIGAÇÃO                                        246
5.8. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS                            246
5.9. CLASSES DE PRESSÃO                                      246
5.10. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                      246
5.11. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS                              247
5.12. TABELAS TÉCNICAS                                       248
5.13. FABRICANTES                                            250


6.   VÁLVULAS DE GLOBO                                       251


6.1. INTRODUÇÃO                                              252
6.2. APLICAÇÃO                                               252
6.3. PRINCIPAIS VANTAGENS                                    252
6.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS                                 253
6.5. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DE GLOBO        253
6.6. SISTEMA CONSTRUTIVO                                     254
6.7. SISTEMAS DE VEDAÇÃO                                     259
6.8. ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS                                259
6.9. MATERIAIS CONSTRUTIVOS DAS VÁLVULAS                     260
6.10. CLASSES DE PRESSÃO                                     261
6.11. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                      262
6.12. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS                              265
6.13. TABELAS TÉCNICAS                                       266
6.14. FABRICANTES DE VÁLVULAS GLOBO                          271
6.15. FABRICANTES DE VÁLVULAS DE AGULHA                      271


7.   VÁLVULAS BORBOLETA                                      272


7.1. INTRODUÇÃO                                              273
7.2. APLICAÇÃO                                               273
7.3. PRINCIPAIS VANTAGENS                                    273
7.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS                                 273



                                                                   VII
7.5. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA BORBOLETA           274
7.6. SISTEMA CONSTRUTIVO                                         274
7.7. SISTEMAS DE VEDAÇÃO                                         275
7.8. ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS                                    275
7.9. MATERIAIS CONSTRUTIVOS DAS VÁLVULAS                         277
7.10. CLASSES DE PRESSÃO                                         279
7.11. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                          279
7.12. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS                                  281
7.13. TABELAS TÉCNICAS                                           282
7.14. FABRICANTES                                                284


8.    VÁLVULAS DIAFRAGMA                                         285


8.1. INTRODUÇÃO                                                  286
8.2. APLICAÇÃO                                                   286
8.3. PRINCIPAIS VANTAGENS                                        286
8.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS                                     287
8.5. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DIAFRAGMA           287
8.6. MATERIAIS CONSTRUTIVOS                                      288
8.7. MEIOS DE LIGAÇÃO                                            289
8.8. FORMATO DO CORPO                                            289
8.9. ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS                                    290
8.10. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                          290
8.11. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS                                  292
8.12. TABELAS TÉCNICAS                                           293
8.13. FABRICANTES                                                295


9.    VÁLVULAS DE MANGOTE                                        296


9.1. INTRODUÇÃO                                                  297
9.2. APLICAÇÃO                                                   297
9.3. PRINCIPAIS VANTAGENS                                        297
9.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS                                     297
9.5. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DE MANGOTE          297
9.6. SISTEMA CONSTRUTIVO                                         298
9.7. ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS                                    299
9.8. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                           300
9.9. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS                                   302
9.10. TABELAS TÉCNICAS                                           303
9.11. FABRICANTES                                                305


10.   VÁLVULAS DE RETENÇÃO                                       306


10.1. INTRODUÇÃO                                                 307
10.2. APLICAÇÃO                                                  307
10.3. O EMPREGO DO BY-PASS                                       308
10.4. VÁLVULA DE RETENÇÃO TIPO DISCO INTEGRAL                    308
10.5. VÁLVULA DE RETENÇÃO TIPO FLAP                              309
10.6. VÁLVULA DE RETENÇÃO TIPO PORTINHOLA SIMPLES                310
10.7. VÁLVULA DE RETENÇÃO TIPO PISTÃO                            311
10.8. VÁLVULA DE RETENÇÃO VERTICAL TIPO DISCO                    312
10.9. VÁLVULA DE RETENÇÃO TIPO DISCO DUPLO OU DUPLEX             313
10.10. VÁLVULA DE RETENÇÃO DE PÉ                                 314
10.11. EXEMPLO DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE VÁLVULA DE RETENÇÃO   315
10.12. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS                                 317
10.13. TABELAS TÉCNICAS                                          318
10.14. FABRICANTES                                               323




                                                                   VIII
11.   VÁLVULAS REDUTORAS DE PRESSÃO                                      324


11.1. INTRODUÇÃO                                                         325
11.2. APLICAÇÃO                                                          325
11.3. PRINCIPAIS VANTAGENS                                               325
11.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS                                            325
11.5.IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO         326
11.6. SISTEMA CONSTRUTIVO                                                326
11.7. MATERIAIS CONSTRUTIVOS                                             327
11.8. ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS                                           327
11.9. INSTALAÇÃO DAS VÁLVULAS REDUTORAS DE PRESSÃO                       327
11.10. ACESSÓRIOS PARA AS VÁLVULAS REDUTORAS DE PRESSÃO AUTO -OPERADAS   328
11.11. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                                 329
11.12. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS                                         331
11.13. TABELAS TÉCNICAS                                                  333
11.14. FABRICANTES DE VÁLVULAS REDUTORAS DE PRESSÃO                      335
11.15. FABRICANTES DE VÁLVULAS DE CONTROLE AUTO-OPERADAS                 335


12.   VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO                                     336


12.1. INTRODUÇÃO                                                         337
12.2. APLICAÇÃO                                                          337
12.3.IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DE SEGURANÇA E ALÍVIO       337
12.4. INSTALAÇÃO                                                         338
12.5. SISTEMA CONSTRUTIVO                                                338
12.6. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA                                  329
12.7. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS                                          331
12.8. TABELAS TÉCNICAS                                                   333
12.9. FABRICANTES                                                        335



13.   ACESSÓRIOS                                                         344


13.1. INTRODUÇÃO                                                         345
13.2. APLICAÇÃO                                                          345
13.3. FILTROS                                                            345
13.4. VISORES DE FLUXO                                                   347
13.5. VENTOSAS                                                           347
13.6. SEPARADOR DE UMIDADE                                               348
13.7. PURGADORES                                                         349
13.8. MANÔMETROS                                                         350
13.9. TERMÔMETROS                                                        351


14.   GLOSSÁRIO                                                          353




15.   BIBLIOGRAFIA                                                       359




16.   REFERÊNCIA BILBLIOGRÁFICA                                          359




                                                                               IX
1. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS FERROSOS

As ligas ferrosas são, em princípio, divididas em dois grupos:
•     Aços, com teores de carbono (C) até 2,0%;
•     Ferros fundidos, com teores de carbono (C) acima de 2,0% e raramente
      superior a 4,0%.


1.1. AÇO CARBONO
Liga ferro-carbono contendo geralmente de 0,05% até cerca de 2,0% de
carbono (C), além de certos elementos residuais, como o manganês (Mn), o
silício (Si), o fósforo (P) e o enxofre (S) resultantes dos processos de
fabricação.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

Cor                        Acinzentada
                                        3
Peso Específico            7,8 Kgf/dm

Fusão                      1350 A 1400°C

Maleabilidade              Boa

Ductibilidade              Boa

Tenacidade                 Boa

Usinagem                   Ótima

Soldabilidade              Ótima


A tabela apresenta os usos gerais dos aços em função de seus teores de
carbono (C), bem como a maleabilidade e soldabilidade dos mesmos.

  TEOR DE                                                           MALEABILIDADE E
                                   APLICAÇÕES
CARBONO (C)                                                          SOLDABILIDADE

                  Chapas, fios, parafusos,    tubos,   estirados, Grande maleabilidade.
0,05 a 0,15%
                  produtos de caldeiraria.                        Fácil soldagem.
                  Barras laminadas e perfiladas, tubos, peças Maleável.
0,15 a 0,30%
                  comuns de mecânica.                         Soldável.
                  Peças especiais de máquinas e motores.
0,30 a 0,40%                                             Difícil soldagem.
                  Ferramentas para a agricultura.
                  Peças de grande dureza, ferramentas de corte,
0,40 a 0,60%                                                    Muito difícil soldagem
                  molas, trilhos.
                  Peças de grande dureza e resistência, molas,
0,60 a 1,50%                                                   Não se solda.
                  cabos, cutelaria.




                                                                                          1
1.2. AÇO LIGA
São aços que recebem a adição de um ou mais elementos de liga no processo
de fabricação, conforme a finalidade a que se destinam. Os elementos de liga
mais usuais são: níquel (Ni), cromo (Cr), vanádio (V), cobalto (Co), silício (Si),
manganês (Mn), tungstênio (W), molibdênio (Mo) e alumínio (Al).
No capítulo 2 o assunto será abordado com mais detalhes.
                             TABELA DOS AÇOS LIGADOS
    Baixa Liga                        Até 5% de elementos de liga
    Média Liga                     de 5% a 10% de elementos de liga
     Alta Liga                     acima de 10% de elementos de liga


1.3. AÇO INOXIDÁVEL
Caracterizam-se, fundamentalmente, por resistirem à corrosão atmosférica,
embora possam igualmente resistir à ação de outros meios gasosos ou
líquidos.
Os aços adquirem passividade quando ligados com alguns outros elementos
metálicos, entre os quais os mais importantes são o cromo (Cr) e o níquel (Ni)
e, em menor grau, o cobre (Cu), o silício (Si), o molibdênio (Mo) e o alumínio
(Al). O cromo (Cr) é, de fato, o elemento mais importante, pois é o mais
eficiente de todos, quando empregado em teores acima de 10%.
Os aços inoxidáveis são, portanto, aços de alta liga, contendo de 12% a 26%
de cromo (Cr), até 22% de níquel (Ni) e freqüentemente pequenas quantidades
de outros elementos de liga.


1.4. FERRO FUNDIDO
Os ferros fundidos são ligas de ferro (Fe) e carbono (C) com alto teor de
carbono. Em média, possuem de 3% a 4% de carbono em sua composição. A
temperatura de fusão dos ferros fundidos é de cerca de 1200ºC. Sua
resistência à tração é da ordem de 10 a 20 kgf/mm².
Na fabricação, as impurezas do minério de ferro e do carvão (coque), deixam
no ferro fundido pequenas porcentagens de silício (Si), manganês (Mn),
enxofre (S) e fósforo (P).




                                                                                2
O silício (Si) favorece a formação de Ferro Fundido Cinzento. Os ferros
fundidos classificam-se, segundo o estado do carbono no ferro fundido, nas
seguintes categorias:
Ferro fundido cinzento ou lamelar


Liga ferro-carbono-silício, com teor de carbono acima
de 2,0% e silício presente em teores de 1,20% a
3,00%; a quantidade de carbono é superior à que
pode ser retida em solução sólida na austenita; esse
teor de carbono e mais a quantidade elevada de
silício promovem a formação parcial de carbono livre,
na forma de lamelas ou “veios” de grafita. Nessas
condições, o ferro fundido cinzento apresenta fratura
com coloração escura, de onde provém a sua
denominação.
                                                        Microestrutura do ferro fundido cinzento,
                                                        grafita em forma de lamelas.
Ferro fundido nodular ou ductil




Liga      ferro-carbono-silício caracterizada     por
apresentar grafita na forma esferoidal, resultante de
um tratamento realizado no material ainda em estado
líquido (“nodulização”).



                                                        Microestrutura do ferro fundido nodular,
                                                        grafita em forma esferoidal.
Ferro fundido maleável ou branco
Ferro fundido temperado
Ferro fundido especial


Apesar de apresentarem em geral propriedades mecânicas inferiores às dos
aços, elas podem ser consideravelmente modificadas pela adição de
elementos de liga e tratamentos térmicos adequados. Os ferros fundidos
podem substituir os aços e até serem mais adequados, em muitas aplicações.
Por exemplo: estruturas e elementos deslizantes de máquinas são construídos
quase sempre em ferro fundido, devido à maior capacidade de amortecer
vibrações,     melhor     estabilidade     dimensional        e   menor      resistência     ao
deslizamento, em razão do poder lubrificante do carbono livre em forma de
grafita.




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2. EFEITOS DOS ELEMENTOS DE LIGA



2.1. INTRODUÇÃO:
Devido às necessidades industriais, a pesquisa e a experiência levaram à
descoberta de aços especiais, mediante a adição e a dosagem de certos
elementos ao aço carbono.
Conseguiram-se assim Aços-Liga com características tais como resistência à
tração e à corrosão, elasticidade, dureza, etc. bem melhores do que as do aço
carbono comum.
A seguir serão apresentados os elementos de liga comumente empregados
pela indústria e seus efeitos.


 ELEMENTOS                                             EFEITOS
                  Desoxida o aço. No processo de tratamento termo-químico chamado nitretação,
Alumínio (Al)     combina-se com o nitrogênio, favorecendo a formação de uma camada superficial
                  duríssima.
Carbono (C)       A quantidade de carbono influi na dureza, no limite de resistência e na soldabilidade.

Cobalto (Co)      Influi favoravelmente nas propriedades magnéticas dos aços. Além disso, o cobalto,
                  em associação com o tungstênio, aumenta a resistência dos aços ao calor.
Cromo (Cr)        O cromo confere ao aço alta resistência, dureza, elevado limite de elasticidade e boa
                  resistência à corrosão em altas temperaturas.
                  É um elemento prejudicial ao aço. Torna-o granuloso e áspero, devido aos gases que
Enxofre (S)       produz na massa metálica. Enfraquece a resistência do aço. Considerado como uma
                  impureza.
                  Em teores elevados torna o aço frágil e quebradiço, motivo pelo qual deve-se reduzir
Fósforo (P)       ao mínimo possível sua quantidade, já que não se pode eliminá-lo integralmente.
                  Considerado como uma impureza.
Manganês (Mn)     O manganês, quando adicionado em quantidade conveniente, aumenta a resistência
                  do aço ao desgaste e aos choques, mantendo-o dúctil.
                  Sua ação nos aços é semelhante à do tungstênio. Emprega-se, em geral, adicionado
Molibdênio (Mo)   com cromo, produzindo os aços cromo-molibdênio, de grande resistência,
                  principalmente a esforços repetidos.
                  Foi um dos primeiros metais utilizados com sucesso para dar determinadas
Níquel (Ni)       qualidades ao aço. O níquel aumenta a resistência e a tenacidade do mesmo, eleva o
                  limite de elasticidade, dá boa ductilidade e boa resistência à corrosão.
                  Torna o aço mais duro e tenaz. Previne a porosidade e concorre para a remoção dos
Silício (Si)      gases e dos óxidos. Influi para que não apareçam falhas ou vazios na massa do aço.
                  É um elemento purificador e tem o efeito de isolar ou suprimir o magnetismo. Os
                  aços-silício contêm de 1 a 2% de silício.
Tungstênio (W)    É geralmente adicionado aos aços com outros elementos. O tungstênio aumenta a
                  resistência ao calor, a dureza, a resistência à ruptura e o limite de elasticidade.
Vanádio (V)       Melhora, nos aços, a resistência à tração, sem perda de ductilidade, e eleva os
                  limites de elasticidade e de fadiga.




                                                                                                      4
3. EFEITOS DA TEMPERATURA

3.1. FLUÊNCIA
Defini-se como fluência (creep) ao fenômeno de deformação permanente, lenta
e progressiva, que se observa nos materiais metálicos, ao longo do tempo,
quando submetidos à tração sob alta temperatura.
Denomina-se “faixa de fluência” (creep range) à faixa de temperatura em que o
fenômeno passa a ser significativo.


3.2. MÓDULO DE ELASTICIDADE (Módulo de Young)
O módulo de elasticidade diminui com o aumento da temperatura. Essa
diminuição é pouco acentuada no intervalo 0-250°C e mais acentuada para
temperaturas superiores a 250°C.


3.3. LIMITE DE RESISTÊNCIA
O limite de resistência diminui com o aumento da temperatura de um modo
geral (para T > 200°C). O limite de resistência deverá ser tomado na curva
característica de cada material.


3.4. FRATURA FRÁGIL
Denomina-se fratura frágil à ruptura repentina do material a um nível de tensão
bem inferior ao limite de resistência (LR) ou mesmo ao limite de escoamento
(LE) do material.
Essas fraturas são caracterizadas pela propagação rápida, em várias direções
e a perda total da peça atingida.
Para acontecer a fratura frágil são necessárias as três condições abaixo,
simultaneamente:
•   Elevada tensão de tração, da ordem da tensão de escoamento do material;
•   Existência de entalhe;
•   Temperatura na zona de comportamento frágil ou na zona de transição.
As fraturas frágeis são ainda influenciadas por:
•   Forte tensão de tração, em geral, próxima do limite de escoamento;
•   Espessura da peça: a resistência à fratura frágil é inversamente
    proporcional à espessura da peça;

                                                                             5
•   Distribuição de tensões na peça: quanto mais irregular forem as tensões
    menor será a resistência da peça;
•   Composição química: a presença de níquel (Ni) e manganês (Mn) é
    benéfica e a presença de fósforo (P), enxofre (S), molibdênio (Mo),
    nitrogênio (N) e cromo (Cr) é prejudicial, isto é, favorece o aparecimento da
    fratura frágil.
•   Tratamento térmico: a ausência do tratamento térmico de alívio de tensões
    favorece o aparecimento de altas concentrações de tensão onde favorece o
    aparecimento da fratura frágil.
•   Outros fatores de menor importância tais como: forma, laminação,
    fabricação, etc.




                                                                               6
4. CORROSÃO

4.1. CORROSÃO
Defini-se como corrosão a deterioração sofrida por um material em
conseqüência da ação química ou eletroquímica do meio, aliada ou não a
esforços mecânicos.
A corrosão mais comum é a corrosão eletroquímica, caracterizada pelo
transporte de cargas elétricas por meio de um eletrólito em um meio favorável,
geralmente aquoso.
A corrosão química é devida ao ataque de produtos químicos sobre os
materiais metálicos, provocando a sua oxidação.


4.2. CORROSÃO ELETROQUÍMICA
4.2.1. Causas da corrosão
Para que se inicie a corrosão, é necessário que o sistema seja constituído dos
quatro componentes a seguir: (cumpre lembrar que a falta de pelo menos um
dos componentes bloqueia o processo de corrosão)


•   Anodo e catodo: duas peças metálicas de materiais diferentes ou do
    mesmo material ou ainda duas regiões distintas da mesma peça metálica,
    próximas ou distantes uma da outra.
•   Eletrólito: qualquer condutor elétrico tal como umidade, soluções aquosas
    ácidas ou alcalinas.
•   Circuito metálico: é a continuidade metálica unindo o anodo ao catodo.


A diferença de potencial entre o anodo e o catodo pode se originar de inúmeras
causas, tais como: metais diferentes, ligas metálicas diferentes, diferenças
entre partes deformadas a frio, diferença entre estados de tensões, diferenças
de tratamento térmico, irregularidades microscópicas, etc.
A corrosão mais freqüente é aquela devido às irregularidades microscópicas,
que são as diferenças que existem entre os grãos que constituem o material.
Essas diferenças podem ser quanto a forma, natureza, tamanho, orientação,
etc. Assim a corrosão eletroquímica é muito acentuada porque este material é



                                                                             7
constituído basicamente de grãos de ferrita (ferro alfa) e cementita (carboneto
de ferro) que são grãos de diferentes naturezas.
Nos materiais puros ou ligas monofásicas (solução sólida) não existem grãos
de natureza diferente, razão pela qual são mais resistentes à corrosão
eletroquímica.


4.2.2. Tipos de corrosão
A corrosão eletroquímica pode se apresentar numa grande variedade de
formas.
Pode-se classificar a corrosão em uniforme e localizada.
A corrosão localizada pode ser classificada em localizada macroscópica e
microscópica.


•   Corrosão uniforme
Também conhecida como corrosão generalizada, é aquela que se apresenta
em toda a peça de uma forma geral, causando uma perda constante da
espessura.
Pode ser facilmente controlada e prevista. As causas são as diferenças pelas
irregularidades microscópicas dos grãos.


•   Corrosão localizada macroscópica
Alveolar (Pitting)
É a corrosão que se apresenta em forma de “alvéolos” ou “pites” que são pequenos pontos
onde a concentração da corrosão é muito intensa. A causa principal é a ocorrência de pontos
fortemente anódicos em relação à área adjacente.


Galvânica
É a corrosão que se origina do contato entre dois metais ou ligas metálicas diferentes em um
meio eletrolítico. A corrosão é tanto mais intensa quanto mais distanciados estiverem os dois
metais ou ligas metálicas na série galvânica é tanto maior de acordo com as proporções entre o
anodo e o catodo. A região corroída sempre será a região anódica. De um modo geral deve-se
evitar o contato entre metais com grande diferença de potencial. Na impossibilidade de se
evitar esse contato é necessário ter uma grande quantidade de material catódico para que a
corrosão não ataque uma pequena área.
Quando os dois metais tiverem uma pequena diferença de potencial, a corrosão galvânica é
praticamente insignificante. Pode-se controlar este tipo de corrosão com a colocação de
anodos de sacrifício, que consiste de elementos fortemente anódicos para serem corroídos.




                                                                                            8
Série galvânica para a água do mar:
Magnésio
Zinco
Alumínio                                                             ANODO
Ligas de alumínio
Aço carbono
Aço carbono com cobre
Ferro fundido
Aço liga Cr e Cr-Mo
Aço inox 12 Cr
Aço inox 17 Cr                Ativos
Aço inox 27 Cr
Aço liga Ni
Aço inox 18 Cr – 8 Ni
                              Ativos
Aço inox 25 Cr – 20 Ni
Chumbo
Níquel
                              Ativos
Ligas de Níquel
Latão
Cobre
Cobre níquel
Metal monel
Níquel
                              Passivos
Ligas de níquel
Aço inox 12 Cr
Aço inox 17 Cr
Aço inox 18 Cr – 8 Ni         Passivos
Aço inox 27 Cr
Aço inox 25 Cr – 20 Ni
Titânio
Prata
Ouro                                                                CATODO
Platina


Seletiva
É uma forma de corrosão onde á atacado apenas um elemento da liga metálica resultando uma
estrutura esponjosa sem resistência mecânica. Um exemplo de corrosão seletiva é a corrosão
grafítica que ocorre no ferro fundido cinzento em contato com meios ácidos ou água salgada,
onde o ferro á atacado resultando uma estrutura esponjosa composta de carbono livre e
carbonetos.
Outro exemplo é a desincificação que consiste na migração do zinco, ficando o latão reduzido a
uma estrutura esponjosa de cobre puro, sem resistência mecânica.


Corrosão sob contato
Também chamada de corrosão intersticial e corrosão em frestas, por ser uma corrosão que
acontece em locais onde pequena quantidade de um fluido permanece estagnado em
cavidades ou espaços confinados. Um exemplo é a folga entre a peça e a arruela ou a porca e
outro seria nas conexões do tipo encaixe/solda, o espaço entre o tubo e o encaixe.


Corrosão–erosão
É a corrosão que aparece com a velocidade relativa do fluido em relação à peça corroída.
Cumpre lembrar, que um fluido pode não corroer uma peça em velocidades baixas, mas ser
corrosivo em altas velocidades , com o efeito se tornando máximo quando o ângulo de
incidência está entre 20 e 30°C. Como exemplo é citado a corrosão em peças de movimento
rápido como pás, hélices, rotores e em curvas e conexões com redução.



                                                                                            9
Biológica
É a corrosão devido à ação de micro-organismos que atacam os metais produzindo ácidos,
destruindo a camada apassivadora, destruindo revestimentos, despolarizando áreas catódicas.
Pode aparecer em águas paradas, principalmente em equipamentos que ficam por longo
período ao tempo, a espera de utilização.


•   Corrosão localizada microscópica
Sob tensão (stress-corrosion)
É provocada pela tensão e um meio corrosivo. Se manifesta pelo aparecimento de trincas
perpendiculares ao sentido do esforço. Esse esforço pode ser de causas externas, tensão
residual, tensões devido ao trabalho frio, soldagem, etc. Muito perigosa pois pode inutilizar uma
peça em pouco tempo.


Intergranular
É a corrosão formada por trincas ao longo da periferia dos grãos do metal. Essas trincas após
atingirem determinada dimensão destacam partes do material por ação de pequenas tensões.


Incisiva
É a corrosão que se forma ao longo de soldas e recebe o nome de “fio de faca”. É uma variante
da corrosão intergranular.


4.3. PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO
4.3.1. Fatores que influenciam a corrosão
Antes de se falar em proteção dos materiais deve-se primeiramente estudar os
fatores aceleradores da corrosão para se decidir sobre o melhor antídoto. Entre
os fatores que influenciam a corrosão são citados:


Temperatura
Com o aumento da temperatura tem-se o aumento da atividade química o que acelera a
corrosão. Cumpre lembrar que um equipamento ou tubulação que trabalha permanentemente
quente e por algum motivo permanecer parado e frio por algum tempo sofrerá uma corrosão
mais intensa neste período inativo.


Velocidade
Como já foi visto as altas velocidades e o turbilhonamento pode ocasionar a corrosão-erosão.


Umidade
A umidade promove uma gama maior de tipos de corrosão como a corrosão sob tensão,
alveolar e sob-contato além de reagir com ácidos formando ácidos diluídos altamente
corrosivos e aumentar a condutividade elétrica.


Esforços cíclicos
Havendo a possibilidade do aparecimento da corrosão sob tensão os esforços cíclicos serão os
responsáveis pelo agravamento da corrosão e nestes pontos poderá haver a intensificação das
tensões de fadiga.




                                                                                             10
Superfície do metal
Cumpre lembrar que quanto mais perfeita for a superfície do material melhor será a resistência
contra a corrosão alveolar.


Atmosfera
Quando tem-se uma atmosfera muito agressiva, como por exemplo a temperatura associada à
acidez, é possível ter um processo de corrosão muito intenso, sendo muitas vezes mais
significativo que a corrosão interna dos equipamentos e tubulações.


Interface molhado/seco
Nos equipamentos que trabalham parcialmente cheios a interface molhado/seco pode
favorecer a corrosão devido à dissolução de gases no líquido e consequentemente a variação
da concentração do fluido e também devido a diferença de potencial entre região molhada e
seca.


4.3.2. Proteção contra corrosão
Na tentativa de       proteger tubulações e equipamentos contra a corrosão é
possível     observar    dois    aspectos     diferentes    ou    mesmo       um    enfoque
intermediário.
Em primeiro lugar pode-se atacar o problema logo no início do projeto pela
escolha do material, detalhes de projeto, revestimentos de proteção, proteção
catódica, tratamento térmico, etc. Todos esses métodos e princípios são meios
de controle da corrosão, isto é evitar o início do processo ou ter um controle
eficaz no caso da corrosão uniforme.
Em segundo lugar pode-se aceitar a corrosão como inevitável e adotar um
sistema de controle com o emprego da “sobre-espessura para corrosão”.
Cumpre lembrar, que esta sobre-espessura é destinada à corrosão e portanto
não deverá ser considerada para efeito de cálculos mecânicos como a
determinação da distância entre suportes, por exemplo.


4.3.3. Como evitar a corrosão
           Tipo de corrosão                                Meio de proteção
                                         Escolha do material adequado
Uniforme                                 Tratamento superficial
                                         Detalhes de projeto
                                         Escolha do material adequado
Alveolar                                 Tratamento superficial
                                         Detalhes de projeto
                                         Escolha do material
                                         Alívio de tensões
Sob tensão
                                         Detalhes de projeto
                                         Martelamento
Seletiva                                 Escolha do material




                                                                                          11
Evitar contato de materiais diferentes
Galvânica                               Anodos de sacrifício
                                        Proteção galvânica
                                        Escolha dos materiais
Sob contato
                                        Detalhes de projeto
Incisiva                                Escolha dos materiais
Intergranular                           Escolha dos materiais
                                        Escolha dos materiais
Corrosão-erosão                         Sobre-espessura
                                        Revestimento com materiais adequados


a. Tratamento superficial
Existem dois tipos de tratamento superficial: o tratamento com revestimentos
permanentes (galvanização, argamassa de cimento, plásticos, borrachas, etc.)
e o tratamento com revestimentos não permanentes (tintas). Ambos servem
para impedir o contato da tubulação ou do equipamento com o meio agressivo,
promovendo dessa forma sua proteção.
    Revestimentos               Aplicação                Utilização           Normas
                                                  Revestimento interno
Poliuretano Líquido sem
                                                  Revestimento externo   DIN 30671
                          Adutoras                                       ANO 1987
solvente                                          Instalação aérea,
                                                  enterrada e submersa
Poliuretano-Tar     sem
                          Esgoto                                         DIN 30671
                                                  Revestimento interno   ANO 1987
solvente                  Emissário
Epoxi-Tar sem solvente    Esgoto                  Revestimento interno   NBR 12309
Epoxi puro sem solvente Adutoras                  Revestimento interno   NBR 12309

Argamassa de cimento       Adutoras               Revestimento interno   NBR 10515
                           Esgoto
Fitas   de     Polietileno
                           Adutoras               Revestimento externo   AWWA C209 / C214
aplicadas a frio           Esgoto                 Instalação enterrada
Epoxi líquido             Gás                     Revestimento interno   API RP 5L2
                                                  Revestimento externo
Epoxi Mastic Alumínio                             Instalação aérea
                          Adutoras                                       PETROBRÁS N-2288
                                                  Ambiente não
                                                  agressivo
Revestimento              Gás                                            AWWA C203
                          Óleo                                           BSI – BS 4164
Coal Tar Enamel Tipo I                            Revestimento externo   PETROBRÁS N-1207
                          Derivados de Petróleo                          PETROBRÁS N-650
                                                  Instalação enterrada
Coal Tar Enamel Tipo II   Mineroduto                                     NBR 12780
                          Água                                           SABESP E - 45
                          Gás
                          Óleo
Fusion Bonded Epoxi                               Revestimento externo
                          Derivados de Petróleo                          AWWA C213
                                                  Instalação enterrada
                          Mineroduto
                          Água
                          Gás
Galvanização                                      Revestimento interno
                          Óleo                                           ASTM A153
                                                  Revestimento externo
                          Água



                                                                                       12
b. Sobre-espessura
Quando não podemos evitar a corrosão por completo devemos adotar uma
sobre-espessura para corrosão. Note que esta sobre-espessura tem por
objetivo adicionar uma certa quantidade de material para o sacrifício da
corrosão. Portanto um valor que se acrescenta ao valor da espessura calculada
da tubulação.
A sobre-espessura para corrosão é destinada a controlar a corrosão uniforme e
outras formas tais como as que atacam a espessura mas de nada vale para
corrosão localizada microscópica.
Para tubulações em geral são adotados os seguintes valores para a sobre-
espessura para corrosão:
•   Até 1,5mm para serviços de baixa corrosão
•   Até 2,0mm para serviços de média corrosão
•   Até 3,5mm para serviços de alta corrosão




                                                                          13
5. NORMAS

5.1. Introdução:

Normas técnicas são códigos elaborados por entidades, que têm por finalidade
a promoção da normalização entre as mais diversas atividades do
conhecimento humano no sentido de promover a facilidade da prestação de
serviços, da indústria, do comércio, da educação, da saúde, enfim de todas as
atividades de cunho intelectual, científico, tecnológico e econômico.
Existem muitos códigos e normas, regulando projetos, fabricação, montagem e
utilização de tubos e acessórios para as mais diversas finalidades, detalhando
materiais, condições de trabalho, procedimentos de cálculo, bem como
padronizando suas dimensões.
Os aços, em geral, são classificados em grau, tipo e classe. O grau
normalmente identifica a faixa de composição química do aço. O tipo identifica
o processo de desoxidação utilizado, enquanto que a classe é utilizada para
descrever outros atributos, como nível de resistência e acabamento superficial.
A designação do grau, tipo e classe utiliza uma letra, número, símbolo ou
nome.
Existem associações de normalização nacionais, regionais e internacionais.
Dentre as nacionais podemos citar a ABNT – Associação Brasileira de Normas
Técnicas – que tem a finalidade de normalização em nosso país.
A seguir é apresentada uma breve descrição dessas organizações:


                     Fundada em 1940, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o
                     órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, fornecendo a base
                     necessária ao desenvolvimento tecnológico nacional. É uma entidade privada,
                     sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum Nacional de Normalização –
                     ÚNICO – através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992. É
                     membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da
                     COPANT (Comissão Pan-americana de Normas Técnicas) e da AMN
                     (Associação Mercosul de Normalização).

                     Fundada em 1918, A ANSI – American National Standards Institute, é uma
                     organização privada sem fins lucrativos que administra e coordena a
                     normalização voluntária e o sistema de avaliação de conformidade norte-
                     americano. A Missão da ANSI é aumentar a competitividade dos negócios e a
                     qualidade de vida norte-americana promovendo a elaboração de normas
                     consensuais voluntárias e os sistemas de avaliação de conformidade.




                                                                                            14
A American Welding Society (AWS) foi fundada em 1919 como uma entidade
sem fins lucrativos, tendo como objetivo o desenvolvimento de normas
voltadas para a aplicação de soldas e matérias correlatas. Do chão de fábrica
ao mais alto edifício, de armamento militar a produtos de casa, a AWS
continua dando suporte a educação e tecnologia da solda, para assegurar o
fortalecimento e competitividade na vida de todos os americanos.

DIN - Deutsches Institut für Normung (Instituto alemão para Normalização), é
uma associação registrada, fundada em 1917. Sua matriz está em Berlim.
Desde 1975 é reconhecido pelo governo alemão como entidade nacional de
normalização, sendo o representante dos interesses alemães a nível
internacional e europeu. A DIN oferece um foro no qual os representantes das
indústrias, organizações de consumidores, comércio, prestadores de serviço,
ciência, laboratórios técnicos, governo, em resumo qualquer um com um
interesse na normalização, pode se encontrar de forma ordenada para discutir
e definir as exigências de padrões específicos e registrar os resultados como
Normas Alemãs.

A BSI - British Standards Institution, se tornou o primeiro Instituto nacional de
normas do mundo depois que foi fundado em 1901 como Comitê de Normas
para Engenharia. Este Instituto estabeleceu um legado de serviço à
comunidade empresarial que tem sido mantido por mais que um século.

O grupo AFNOR é composto por uma associação e duas subsidiárias voltadas
para a área comercial. A AFNOR – Association Française de Normalisation, foi
criada em 1926; É reconhecida como órgão de utilidade pública e está sob a
tutela do ministério da indústria. A AFNOR trabalha em colaboração com
organizações profissionais e muitos sócios nacionais e regionais. A AFNOR
atua num sistema central de normalização combinado diversos comitês
setoriais de normalização dos poderes públicos e mais de 20.000 peritos. A
AFNOR é o representante francês do CEN e da ISO e representa esses
organismos na França.

A Internacional Organization for Standardization (ISO) é uma federação
mundial, composta por aproximadamente 140 países através de suas
Entidades Nacionais de Normalização, sendo uma de cada país. A ISO é uma
organização não-governamental fundada em 1947. Sua missão é promover o
desenvolvimento da normalização e atividades relacionadas no mundo, com a
finalidade de facilitar o comércio internacional de bens e serviços, e para
desenvolver a cooperação nas esferas intelectual, atividade científica,
tecnológica e econômica. O trabalho de ISO resulta em acordos internacionais
que são publicados como Normas Internacionais.

Fundada em 1880 como American Society of Mechanical Engineers, hoje
ASME International é uma organização educacional e técnica sem fins
lucrativos que atende a mais de 125.000 associados em todo o mundo O
trabalho da sociedade é executado por sua diretoria eleita e por seus cinco
conselhos, 44 seções e centenas de comitês em 13 regiões ao redor do
mundo.

Fundada em 1898, a ASTM International é uma das maiores organizações de
desenvolvimento de normas voluntárias do mundo. A ASTM International é
uma organização sem fins lucrativos, foro para o desenvolvimento e
publicação de normas consensuais voluntárias para materiais, produtos,
sistemas, e serviços. Possui mais de 20.000 sócios representantes de
produtores, usuários, consumidores finais e representantes de governo
desenvolvendo documentos que servem como uma base para fabricação,
procedimentos e atividades regulamentadas.




                                                                             15
O Comitê Mercosul de Normalização (CMN) é uma associação civil, sem
                        fins lucrativos, não governamental, reconhecido pelo Grupo Mercado
                        Comum – GMC, através da Resolução n° 2/92, de 01.11.1991. A partir de
                        04.04.2000 através de um convênio firmado com o Grupo Mercado
                        Comum, o comitê passou a se chamar Asociación Mercosur de
                        Normalización e passou a ser o único organismo responsável pela gestão
                        da normalização voluntária no âmbito do Mercosul. A Asociación é formada
                        pelos organismos nacionais de normalização dos países membros, que
                        são: Argentina: IRAM Instituto Argentino de Normalización – Brasil: ABNT
                        Associação Brasileira de Normas Técnicas – Paraguai: INTN Instituto
                        Nacional de Tecnologia y Normalización – Uruguai: UNIT Instituto
                        Uruguayo de Normas Técnicas.

                     A missão do CEN - Comitê Europeu de Normalização, é promover
                     harmonização técnica voluntária na Europa juntamente com seus membros
                     mundiais e seus associados na Europa. Harmonização diminui barreiras de
                     comércio, promove segurança, facilita a troca de produtos, sistemas e
                     serviços, e promovendo compreensão técnica comum. Na Europa o CEN
                     trabalha em sociedade com CENELEC - o Comitê europeu para Normalização
                     Electrotécnica e ETSI - o Instituto Europeu de Normalização das
                     Telecomunicações.

                     A Comissão Pan-americana de Normas Técnicas, conhecida como COPANT,
                     é uma associação civil, sem fins lucrativos. Tem autonomia operacional
                     completa e é de duração ilimitada. Os objetivos básicos da COPANT são
                     promover o desenvolvimento da normalização técnica e atividades
                     relacionadas em seus países membros com o objetivo de promover o
                     desenvolvimento industrial, científico e tecnológico, beneficiando a troca de
                     bens e serviços, bem como facilitando a cooperação nos campos intelectual,
                     científico e social.

                     Fundada em 1906, a Internacional Electrotechnical Commission (IEC) é a
                     organização mundial que elabora e publica normas internacionais para as
                     áreas da eletricidade, eletrônica e tecnologias relacionadas. A IEC foi fundada
                     como resultado de uma resolução do Congresso Elétrico Internacional
                     realizado em St. A Louis (USA) em 1904. A associação reúne mais de 60
                     países, incluindo as maiores e mais desenvolvidas nações do mundo e um
                     número crescente de países em desenvolvimento.

                     O IEEE (I - 3E) - Institute of Electrical and Eletronics Engineers, é uma
                     associação profissional técnica, sem fins lucrativos, com mais de 375.000
                     sócios individuais em 150 países. O nome completo é o Instituto de Elétrico e
                     Eletrônica Cria, Inc., embora a organização seja popularmente conhecida
                     simplesmente como I-E-E-E. Através de seus membros, o IEEE é a principal
                     autoridade nas áreas técnicas que variam de engenharia da computação,
                     tecnologia biomédica e telecomunicações, até energia elétrica, aeroespacial e
                     eletrônica popular, entre outros.


                                                 A American Water Works Association é uma
                                                 sociedade educacional e científica internacional,
                                                 sem fins lucrativos, dedicada ao estudo da
                                                 qualidade da água. Fundada em 1881, a AWWA
                                                 possui mais de 55.500 membros que trabalham
                                                 em diversos setores que envolvem a água. A
                                                 AWWA possui centenas de normas e
                                                 procedimentos. Tópicos que inclui recursos
                                                 hídricos, tratamento de água, tubulação e
                                                 acessórios, desinfecção, entre outros.


A seguir é apresentado algumas das normas mais usadas em tubulações
industriais, hidráulica, saneamento e de interesse geral.


                                                                                                16
5.2. Exemplos de normas da ABNT:
NORMAS NBR / ABNT
           TUBO DE COBRE E SUAS LIGAS, SEM COSTURA, PARA CONDENSADORES, EVAPORADORES
NBR 5029   E TROCADORES DE CALOR
NBR 5443   TUBO DE AÇO DE PAREDE DUPLA PARA CONDUÇÃO DE FLUIDOS
           TUBOS DE CONDUÇÃO, SEM MATÉRIA PRIMA ESPECIFICADA, NAS SÉRIES LEVE, MÉDIA E
NBR 5580   PESADA. PODEM SER FORNECIDOS COM EXTREMIDADES LISAS, CHANFRADAS OU COM
           ROSCA NBR 6414 (BSP) (COM OU SEM LUVA).
           TUBOS DE AÇO DE BAIXO CARBONO E CARBONO-MOLIBDENIO-SILÍCIO PARA AQUECIMENTO
NBR 5581   EM REFINARIAS
           TUBOS DE AÇO CROMO-MOLIBDÊNIO E CROMO-MOLIBDÊNIO-SILÍCIO PARA AQUECIMENO
NBR 5582   EM REFINARIAS
           TUBOS DE BAIXO CARBONO, DEFORMADOS A FRIO, PARA CONDENSADORES E
NBR 5583   TROCADORES DE CALOR
           TUBOS DE AÇO CROMO-MOLIBDÊNIO-SILÍCIO PARA CONDENSADORES E TROCADORES DE
NBR 5584   CALOR
           TUBOS DE AÇO CARBONO, COM ROSCA ANSI, PARA CONDUÇÃO DE FLUIDOS EM
NBR 5885   INSTALAÇÕES COMUNS
           TUBOS DE CONDUÇÃO NOS GRAUS A E B, COM COMPOSIÇÃO QUÍMICA E PROPRIEDADES
           MECÂNICAS DEFINIDAS. SENDO O DE GRAU A APTO A SER DOBRADO, FLANGEADO E
           SERPENTINADO; E O GRAU B PODENDO SOFRER DOBRAMENTO E FLANGEAMENTO
NBR 5590   LIMITADOS.
           SÃO FORNECIDOS NORMALMENTE NAS SÉRIE 40 E SÉRIE 80. PODE SER FORNECIDO COM
           EXTREMIDADES LISAS, CHANFRADAS OU COM ROSCA NBR 12912 (NPT) (COM OU SEM
           LUVA).
NBR 5592   TUBOS DE AÇO MÉDIO CARBONO, PARA CALDEIRAS E SUPERAQUECEDORES
NBR 5593   TUBOS DE AÇO CARBONO-MOLIBDÊNIO PARA CALDEIRAS E SUPERAQUECEDORES
NBR 5594   TUBOS DE AÇO CARBONO PARA CALDEIRAS E SUPERAQUECEDORES DE ALTA PRESSÃO
NBR 5595   TUBO DE AÇO-CARBONO SOLDADO POR RESISTÊNCIA ELÉTRICA PARA CALDEIRAS
NBR 5597   ELETRODUTOS RÍGIDOS DE AÇO CARBONO, TIPO PESADO, COM ROSCA
           ELETRODUTOS RÍGIDOS DE AÇO CARBONO, COM REVESTIMENTO PROTETOR, TIPO MÉDIO
NBR 5598   E PESADO, COM ROSCA
NBR 5599   TUBOS DE AÇO DE PRECISÃO, COM COSTURA
           TUBOS DE AÇO, COM E SEM COSTURA, PARA CONDUÇÃO, UTILIZADOS EM BAIXA
NBR 5602   TEMPERATURA
           TUBOS DE AÇO FERRÍTICO, SEM COSTURA, PARA CONDUÇÃO, UTILIZADOS EM ALTAS
NBR 5603   TEMPERATURAS
           TUBO DE AÇO-CARBONO COM COSTURA HELICOIDAL PARA USO EM ÁGUA, AR E VAPOR DE
NBR 5622   BAIXA PRESSÃO EM INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
NBR 5645   TUBO CERÂMICO PARA CANALIZAÇÕES
NBR 5647   TUBOS DE PVC RÍGIDO PARA ADUTORAS E REDES DE ÁGUA
NBR 5648   TUBO DE PVC RÍGIDO PARA INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA
NBR 5688   TUBO E CONEXÃO DE PVC RÍGIDO PARA ESGOTO PREDIAL E VENTILAÇÃO
NBR 5922   TUBOS DE AÇO CARBONO PARA INJEÇÃO DE COMBUSTÍVEL EM MOTORES DIESEL
NBR 6321   TUBOS DE AÇO CARBONO PARA SERVIÇOS EM ALTAS TEMPERATURAS
NBR 6358   TUBOS DE AÇO-CARBONO E AÇO LIGA SEM COSTURA PARA TROCA TÉRMICA
           TUBOS DE AÇO CARBONO, PERFIS REDONDOS, QUADRADOS E RETANGULARES PARA FINS
NBR 6591   INDUSTRIAIS
NBR 7362   TUBO DE PVC RÍGIDO COM JUNTA ELÁSTICA, COLETOR DE ESGOTO
NBR 7543   TUBOS SEM E COM COSTURA DE AÇO INOXIDÁVEL AUSTENÍTICO, PARA CONDUÇÃO
           TUBOS DE FERRO FUNDIDO DÚCTIL CENTRIFUGADO COM FLANGES ROSCADOS OU
NBR 7560   SOLDADOS
           TUBO DE FERRO FUNDIDO CENTRIFUGADO, DE PONTA E BOLSA, PARA LÍQUIDOS SOB
NBR 7661   PRESSÃO, COM JUNTA NÃO ELÁSTICA
           TUBO DE FERRO FUNDIDO CENTRIFUGADO PARA LÍQUIDOS SOB PRESSÃO COM JUNTA
NBR 7662   ELÁSTICA
NBR 7663   TUBO DE FERRO FUNDIDO DÚCTIL CENTRIFUGADO, PARA CANALIZAÇÕES SOB PRESSÃO
NBR 7665   TUBO DE PVC RÍGIDO DEFOFO COM JUNTA ELÁSTICA PARA ADUTORAS E REDES DE ÁGUA
NBR 8161   TUBOS E CONEXÕES DE FERRO FUNDIDO PARA ESGOTO E VENTILAÇÃO
NBR 8261   TUBOS DE AÇO CARBONO, PARA FINS ESTRUTURAIS
NBR 8417   TUBO DE POLIETILENO PARA LIGAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA
NBR 8890   TUBO DE CONCRETO ARMADO DE SEÇÃO CIRCULAR PARA ESGOTO SANITÁRIO
NBR 8910   TUBO DE ALUMÍNIO PARA IRRIGAÇÃO
NBR 9793   TUBO DE CONCRETO SIMPLES DE SEÇÃO CIRCULAR PARA ÁGUAS PLUVIAIS
NBR 9794   TUBO DE CONCRETO ARMADO DE SEÇÃO CIRCULAR PARA ÁGUAS PLUVIAIS
NBR 9809   TUBOS DE ALUMÍNIO PN 80 COM ENGATE RÁPIDO PARA IRRIGAÇÃO




                                                                                  17
ANEL DE VEDAÇÃO DE BORRACHA PARA JUNTA ELÁSTICA DE TUBOS E CONEXÕES DE AÇO
NBR 9915    PONTA E BOLSA
            TUBOS DE AÇO-LIGA FERRÍTICOS E AUSTENÍTICOS SEM COSTURA, PARA CALDEIRAS,
NBR 10252   SUPERAQUECEDORES E PERMUTADORES
NBR 10564   TUBO DE POLIETILENO PARA IRRIGAÇÃO
            TUBOS E CONEXÕES DE PVC RÍGIDO COM JUNTA ELÁSTICA PARA COLETOR PREDIAL E
NBR 10570   SISTEMA CONDOMINIAL DE ESGOTO SANITÁRIO
NBR 10843   TUBOS DE PVC RÍGIDO PARA INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUAS PLUVIAIS
NBR 12016   TUBOS DE AÇO ZINCADO PN 150 COM JUNTA DE ENGATE RÁPIDO PARA IRRIGAÇÃO
            TUBO DE COBRE LEVE, MÉDIO E PESADO, SEM COSTURA, PARA CONDUÇÃO DE ÁGUA E
NBR 13206   OUTROS FLUÍDOS
NBR 14228   TUBOS EXTRUDADOS DE ALUMÍNIO PARA IRRIGAÇÃO
            TUBOS DE PVC RÍGIDO COM JUNTA SOLDÁVEL OU ELÁSTICA PN 40 E PN 80 PARA SISTEMAS
NBR 14312   PERMANENTES DE IRRIGAÇÃO


5.3. Exemplos de normas da ANSI/ASME:
NORMAS ASME / ANSI
ASME / ANSI B16.1    CAST IRON PIPE FLANGES AND FLANGED FITTINGS
ASME / ANSI B16.3    MALLEABLE IRON THREADED FITTINGS
ASME / ANSI B16.4    CAST IRON THREADED FITTINGS
ASME / ANSI B16.5    PIPE FLANGES AND FLANGED FITTINGS
ASME / ANSI B16.9    FACTORY-MADE WROUGHT STEEL BUTTWELDING FITTINGS
ASME / ANSI B16.10   FACE-TO-FACE AND END-TO-END DIMENSIONS OF VALVES
ASME / ANSI B16.11   FORGED STEEL FITTINGS, SOCKET-WELDING AND THREADED
ASME / ANSI B16.12   CAST IRON THREADED DRAINAGE FITTINGS
ASME / ANSI B16.14   FERROUS PIPE PLUGS, BUSHINGS AND LOCKNUTS WITH PIPE THREADS
ASME / ANSI B16.15   CAST BRONZE THREADED FITTINGS
ASME / ANSI B16.18   CAST COPPER ALLOY SOLDER JOINT PRESSURE FITTINGS
                     METALLIC    GASKETS    FOR   PIPE  FLANGES-RING-JOING,    SPIRAL-WOULD,
ASME / ANSI B16.20   ANDJACKETED
ASME / ANSI B16.21   NONMETALLIC FLAT GASKETS FOR PIPE FLANGES
ASME / ANSI B16.24   CAST COPPER ALLOY PIPE FLANGES AND FLANGED FITTINGS
ASME / ANSI B16.25   BUTTWELDING ENDS
ASME / ANSI B16.28   WROUGHT STEEL BUTTWELDING SHORT RADIUS ELBOWS AND RETURNS
ASME / ANSI B16.34   VALVES - FLANGED, THREADED, AND WELDING END
ASME / ANSI B16.36   ORIFICE FLANGES
ASME / ANSI B16.38   LARGE METALLIC VALVES FOR GAS DISTRIBUTION
ASME / ANSI B16.39   MALLEABLE IRON THREADED PIPE UNIONS
ASME / ANSI B16.42   DUCTILE IRON PIPE FLANGES AND FLANGED FITTINGS, CLASSES 150 AND 300
ASME / ANSI B16.45   CAST IRON FITTINGS FOR SOLVENT DRAINAGE SYSTEMS
ASME / ANSI B16.47   LARGE DIAMETER STEEL FLANGES: NPS 26 THROUGH NPS 60
ASME / ANSI B36.10   WELDED AND SEAMLESS WROUGHT STEEL PIPE
ASME / ANSI B36.19   STAINLESS STEEL PIPE


5.4. Exemplos de normas Mercosul:
NORMAS MERCOSUL
            TUBOS DE AÇO CARBONO, SOLDADOS POR RESISTÊNCIA ELÉTRICA, PARA TROCADORES
  NM 60     DE CALOR E CONDENSADORES
            TUBOS DE AÇO CARBONO, SOLDADOS POR RESISTÊNCIA ELÉTRICA PARA USO NA
  NM 61     CONDUÇÃO
            TUBOS DE AÇO CARBONO SOLDADOS POR RESISTÊNCIA ELÉTRICA PARA CALDEIRAS E
  NM121     SUPERAQUECEDORES PARA SERVIÇOS DE ALTA PRESSÃO
            TUBOS DE AÇO DE BAIXO CARBONO SEM COSTURA, ACABADOS A FRIO, PARA
  NM119     TROCADORES DE CALOR E CONDENSADORES


5.5. Exemplos de normas da DIN:
NORMAS DIN
 DIN 1615   TUBOS NÃO SUJEITOS A REQUISITOS ESPECIAIS
 DIN 1626   TUBOS SUJEITOS A REQUISITOS ESPECIAIS QUANTO A PRESSÃO E TEMPERATURA
 DIN 1628   TUBOS DE ALTA PERFORMANCE QUANTO A PRESSÃO E TEMPERATURA



                                                                                         18
TUBOS DE CONDUÇÃO, SEM MATÉRIA PRIMA ESPECIFICADA, PARA PRESSÕES DE NO
            MÁXIMO 25 KGF/CM2 PARA LÍQUIDOS E 10 KGF/CM2 PARA AR E GAZES NÃO PERIGOSOS.
 DIN 2440   PODEM SER FORNECIDOS COM EXTREMIDADES LISAS, CHANFRADAS OU COM ROSCA BSP
            (COM OU SEM LUVA). ESTA NORMA É PRATICAMENTE IGUAL A NORMA BRASILEIRA NBR 5580
            CLASSE M.
            TUBOS DE CONDUÇÃO, SEM MATÉRIA PRIMA ESPECIFICADA, PARA PRESSÕES DE NO
            MÁXIMO 25 KGF/CM2 PARA LÍQUIDOS E 10 KGF/CM2 PARA AR E GAZES NÃO PERIGOSOS.
 DIN 2441   PODEM SER FORNECIDOS COM EXTREMIDADES LISAS, CHANFRADAS OU COM ROSCA BSP
            (COM OU SEM LUVA). ESTA NORMA É PRATICAMENTE IGUAL A NORMA BRASILEIRA NBR 5580
            CLASSE P.
DIN 2442    TUBOS DE AÇO COM ROSCA E LUVAS, COM EXIGÊNCIAS ESPECIAIS
DIN 2448    TUBOS DE AÇO PARA CALDEIRAS, APARELHOS E OUTROS FINS
DIN 17175   TUBOS DE AÇO RESISTENTES AO CALOR


5.6. Exemplos de normas da ASTM:
NORMAS ASTM
            TUBOS DE CONDUÇÃO NOS GRAUS A E B, COM COMPOSIÇÃO QUÍMICA E PROPRIEDADES
            MECÂNICAS DEFINIDAS. SENDO O DE GRAU A APTO A SER DOBRADO, FLANGEADO E
            SERPENTINADO; E O GRAU B PODENDO SOFRER DOBRAMENTO E FLANGEAMENTO
ASTM A53    LIMITADOS. PODE SER FORNECIDO COM EXTREMIDADES LISAS, CHANFRADAS OU COM
            ROSCA (COM OU SEM LUVA). ESTA NORMA É PRATICAMENTE IGUAL A NORMA BRASILEIRA
            NBR 5590.
ASTM A106   TUBOS DE AÇO CARBONO, PARA EMPREGO A ALTAS TEMPERATURAS
            TUBOS DE CONDUÇÃO, SEM MATÉRIA PRIMA ESPECIFICADA. PODEM SER FORNECIDOS
ASTM A120   COM EXTREMIDADES LISAS, CHANFRADAS OU COM ROSCA (COM OU SEM LUVA).
            TUBOS DE CONDUÇÃO NOS GRAUS A E B, COM COMPOSIÇÃO QUÍMICA E PROPRIEDADES
            MECÂNICAS DEFINIDAS. SENDO O DE GRAU A APTO A SER DOBRADO A FRIO. COM
ASTM A135   DIÂMETRO NOMINAL VARIANDO DE 2” A 30”. PODE SER FORNECIDO COM EXTREMIDADES
            LISAS, CHANFRADAS OU COM ROSCA (COM OU SEM LUVA).
ASTM A161   TUBOS DE AÇO BAIXO CARBONO-MOLIBDÊNIO, PARA EMPREGO EM REFINARIAS
ASTM A178   TUBOS PARA CALDEIRAS, SUPERAQUECEDORES E VASOS DE PRESSÃO
            TUBOS DE AÇO BAIXO CARBONO, DEFORMADOS A FRIO, PARA TROCADORES DE CALOR E
ASTM A179   CONDENDADORES
ASTM A192   TUBOS DE AÇO CARBONO, PARA CALDEIRAS DE ALTA PRESSÃO
            TUBOS DE AÇO-LIGA, DEFORMADOS A FRIO, PARA TROCADORES DE CALOR E
ASTM A199   CONDENSADORES
ASTM A200   TUBOS DE AÇO-LIGA, PARA EMPREGO EM REFINARIAS
ASTM A209   TUBOS DE AÇO-LIGA CARBONO-MOLIBDÊNIO, PARA CALDEIRAS E SUPERAQUECEDORES
ASTM A210   TUBOS DE AÇO CARBONO, PARA CALDEIRAS E SUPERAQUECEDORES
            TUBOS DE AÇO-LIGA FERRÍTICO E AUSTENÍTICO, PARA CALDEIRAS, SUPERAQUECEDORES
ASTM A213   E TROCADORES DE CALOR
ASTM A333   TUBOS DE AÇO PARA SERVIÇOS A BAIXA TEMPERATURA
ASTM A334   TUBOS DE AÇO CARBONO E AÇO-LIGA PARA EMPREGO A BAIXA TEMPERATURA
ASTM A335   TUBOS DE AÇO-LIGA FERRÍTICO, PARA EMPREGO A ALTA TEMPERATURA
            TUBOS DE AÇO-LIGA FERRÍTICO, COM TRATAMENTO TÉRMICO ESPECIAL, PARA EMPREGO A
ASTM A406   ALTA TEMPERATURA
ASTM A423   TUBOS DE AÇO DE BAIXA LIGA
ASTM A500   TUBOS PARA USO ESTRUTURAL EM GERAL
ASTM A513   TUBOS PARA USO MECÂNICO EM GERAL
ASTM A556   TUBOS DE AÇO CARBONO, DEFORMADOS A FRIO, PARA AQUECEDORES DE ÁGUA
ASTM A700   PADRÕES PARA EMPACOTAMENTO E CARREGAMENTO DE PRODUTOS TUBULARES



5.7. Exemplo de normas da API:
NORMAS API
  API 5A    TUBOS DE PERFURAÇÃO, REVESTIMENTO E BOMBEAMENTO PARA POÇOS PETROLÍFEROS
            TUBOS DE REVESTIMENTO E BOMBEAMENTO PARA POÇOS PETROLÍFEROS COM
 API 5AC    PROPRIEDADES RESTRITAS
            TUBOS DE PERFURAÇÃO, REVESTIMENTO E BOMBEAMENTO PARA POÇOS PETROLÍFEROS
 API 5AX    COM EXIGÊNCIAS ESPECIAIS
            ESPECIFICAÇÃO DE ROSCAS, CALIBRES E INSPEÇÃO DE ROSCAS PARA CASING, TUBING E
  API 5B    LINE-PIPE
 API 5L     TUBOS PARA CONDUÇÃO DE PRODUTOS PETROLÍFEROS
 API 5LX    TUBOS PARA CONDUÇAÕ DE PRODUTOS PETROLÍFEROS COM EXIGÊNCIAS ESPECIAIS




                                                                                      19
6. MEIOS DE LIGAÇÃO
6.1. MEIOS DE LIGAÇÃO
Existem diversos meios de ligação utilizados para fazer a união de tubos,
conexões, válvulas e acessórios.
Os mais utilizados são as ligações roscadas, soldadas, flangeadas e as do tipo
ponta e bolsa.


6.2. LIGAÇÕES ROSCADAS
São as ligações de baixo custo, de relativa facilidade de execução porém seu
emprego está limitado ao diâmetro DN=150 (6”), mas raramente empregado
além de DN=50 (2”).


Rosca BSP (NBR 6414 ou DIN 2999 ou ISO 7/1)
                       É o tipo de rosca utilizado em instalações domiciliares, instalações
                       prediais e em instalações industriais de baixa responsabilidade. A
                       rosca macho apresenta uma inclinação de 1:16 e a rosca fêmea se
                       apresenta paralela. Usada principalmente em tubulações da classe
                       10 ou classe 150# e os tubos usados devem ter as dimensões
                       conforme a norma NBR 5580 classes L, M ou P ou ainda conforme
                       as normas DIN. A vedação se dá pelo aperto dos filetes e pela
                       adição de um vedante, atualmente o vedante mais usado é a fita
                       de PTFE.
Rosca NPT (NBR 12912 ou ASME/ANSI B1.20.1)
                       É o tipo de rosca utilizado primordialmente em instalações
                       industriais. A rosca macho e a fêmea apresentam uma inclinação
                       de 1:16. Usada em tubulações de baixa pressão, classe 150#, de
                       média pressão, classe 300# e nas tubulações de alta pressão das
                       classes 2000#, 3000# e 6000# e os tubos usados devem ter as
                       dimensões conforme a norma NBR 5590 classes N, R ou DR ou
                       ainda com dimensões conforme as normas ASME/ANSI B36.10 e
                       ASME/ANSI B36.19, não sendo permitido a utilização de roscas
                       em tubos das séries SCH 5S e 10S. A vedação se dá pelo aperto
                       dos filetes e pela adição de um vedante, atualmente o vedante
                       mais usado é a fita de PTFE.


6.3. LIGAÇÕES SOLDADAS
São as principais ligações para tubos de aço carbono, aço liga e aço inox. São
também usadas para tubos metálicos não ferrosos.
As ligações soldadas têm sempre uma resistência mecânica equivalente à
resistência do tubo, estanqueidade perfeita, boa aparência, sem necessidade
de manutenção e grande facilidade para a aplicação de pinturas e isolantes
térmicos.



                                                                                        20
As mais utilizadas são as ligações com solda de topo, encaixe e solda e a
brasagem.

Solda de topo (Butt welding)



                           É o tipo de ligação comumente empregado para tubulação de
                           todos os diâmetros, porém mais empregado para DN≥50 (2”). Para
                           solda de topo em tubos com dimensões conforme
                           ASME/ANSI B36.10 e ASME/ANSI B36.19 as pontas dos tubos
                           devem ser chanfradas conforme a norma ASME/ANSI B16.25 e os
                           tubos com dimensões conforme as normas DIN devem ser
                           chanfradas conforme a norma DIN 2559.


    ASME/ANSI B16.25
Encaixe e solda ou soquetadas (Socket welding)
                          Muito usada em instalações industriais de todas as faixas de
                          pressão e temperatura. Este tipo de ligação está definido na norma
                          ASME/ANSI B16.11 para DN≤100 (4”) mas normalmente utilizado
                          para DN≤50 (2”) para tubos de aço carbono, aço ligado e aço inox
                          para serviços de todos os tipo mas é recomendável que se evite o
                          uso deste tipo de ligação com fluidos de alta corrosão.
Brasagem (Brazing)
Usada principalmente para tubulações metálicas não ferrosas, tubos de cobre e conexões de
latão ou bronze. São soldas executadas com material diferente do material do tubo ou da
conexão com baixo ponto de fusão (geralmente o estanho).


6.4. LIGAÇÕES FLANGEADAS
Flanges são peças especiais que se destinam a fazer a ligação entre tubos,
conexões, válvulas, acessórios e equipamentos e entre tubos, onde se deseja
uma montagem/desmontagem rápida ou freqüente.
Cada ligação flangeada necessita de um jogo de parafusos e uma junta de
vedação.
São ligações empregadas em todos os diâmetros para tubos de ferro fundido,
aço carbono, aço liga, aço inox, plásticos e também em válvulas e acessórios
de materiais não ferrosos.
A norma DIN e a norma ASME / ANSI padronizam diversos tipos de flanges,
para aço carbono, para aço inox, ferro fundido e materiais metálicos não
ferrosos.
Os flanges mais comuns são o flange sobreposto, o flange de pescoço, o
flange roscado, o flange de encaixe, o flange solto e o flange cego.




                                                                                         21
6.4.1. Tipos de flanges
Flange sobreposto (SO – Slip-on)
                        É o tipo mais comum e o de instalação mais fácil, pois não
                        necessita de exatidão no corte e a ligação é feita com duas soldas,
                        uma interna e a outra externa.
                        Seu uso deve ser limitado a 400°C e a 20 bar (~20,0kgf/cm2).
Flange de pescoço (WN – Welding-neck)
                        Pode ser usado para qualquer combinação de pressão e
                        temperatura.
                        Ligado ao tubo por uma única solda, de topo, dá origem a menores
                        tensões residuais que o tipo sobreposto. Sua montagem exige que
                        o tubo seja cortado na medida exata e biselado para solda de topo.
Flange roscado (SCR – Screwed)

                          Especialmente indicado para tubos não soldáveis tais como ferro
                          fundido, aço galvanizado e materiais plásticos.

Flange de encaixe (SW – Socket-weld)
                          Muito parecido com o tipo sobreposto porém mais resistente pois
                          tem um encaixe completo para a ponta do tubo e necessita apenas
                          de uma soda externa e por isso desenvolve menor tensão residual
                          que o sobreposto.
                          Não é recomendado para serviços de alta corrosão.
Flange solto (LJ – Lap-joint)
                          Este tipo de flange não é fixo à tubulação, podendo deslizar
                          livremente no tubo, só se detendo na extremidade do tubo onde é
                          soldado uma peça denominada de pestana (stub-end). São
                          utilizados em tubulações de materiais nobres, de custo elevado,
                          pois os flanges soltos não entram em contato com o fluido e
                          portanto pode ser de material menos nobre.
Flange cego (Blind)

                          São utilizados em finais de linhas e fechamento de bocais
                          proporcionando um tamponamento de fácil remoção.

Flange de redução

                          São indicados onde se deseja uma redução diretamente no flange,
                          sem uso de conexões de redução na tubulação. É um tipo de flange
                          pouco usual.


6.4.2. Faceamento dos flanges
Face plana


                          Este tipo de faceamento é usado para materiais frágeis e
                          quebradiços ou para materiais sujeitos ao amassamento onde
                          devemos ter um contato pleno para propiciar o aperto final.


Face com ressalto

                          Este tipo de faceamento é o mais comum e é usado para as mais
                          variadas combinações de pressão e temperatura.




                                                                                        22
Face com junta de anel


                         Este tipo de faceamento é usado para serviços severos em altas
                         pressões ou temperaturas com fluidos inflamáveis ou corrosivos
                         onde se deseja absoluta segurança contra vazamentos.


Face do tipo macho-fêmea


                         Este tipo de faceamento do tipo lingüeta e ranhura é de uso mais
                         raro e é usado em serviços mais severos sujeitos a pressões
                         elevadas.




6.4.3. Acabamento da face dos flanges
O acabamento da face dos flanges pode ser com ranhuras ou liso. Quando se
empregam flanges com faces com acabamento ranhurado deve-se usar juntas
de amassamento para a vedação e quando se utilizam flanges com face lisa
deve-se usar juntas do tipo reação.

                                                Espiral contínua
                                                Passo de 0,7 a 1,0 mm
                                    Ranhura
                              1                 Raio de 1,6 a 2,4 mm
                                    Standard
                                                Profundidade resultante de 0,026 mm a
                                                0,080 mm
                                                Espiral contínua em “V” de 90°
                                    Ranhura
                              2                 Passo de 0,6 a 1,0 mm
                                    Espiral
                                                Raio de 0,00 a 0,4 mm
                                                Espiral contínua
                                    Ranhura
                              3                 Passo de 0,3 a 0,4 mm
                                    Tipo 125rms
                                                Raio de 0,3 a 0,4 mm
                                                Ranhura concêntrica em “V” de 90°
                                    Ranhura     Passo de 0,6 a 1,0 mm
                              4
                                    Concêntrica Raio de 0,00 a 0,4 mm
                                                Profundidade de 0,13 a 0,4 mm


6.4.4. Classes de pressão
     NORMA               MATERIAL                     CLASSE DE PRESSÃO
ASME/ANSI B16.1    Ferro Fundido         125# – 250#
                                         150# – 300# – 400# – 600# – 900# – 1500# –
ASME/ANSI B16.5    Aço
                                         2500#
ASME/ANSI B16.24 Bronze e Latão          150# – 300#.
                                         PN 2,5 – PN 6 – PN 10 – PN 16 – PN 25 – PN 40
DIN (DIVERSAS)     Diversos
                                         – PN 64 PN 100 – PN 160 – PN 250 – PN320


6.4.5. Processos de fabricação
Pode-se classificar em três tipos principais de fabricação de flanges: os
forjados, os usinados e os fundidos.

                                                                                      23
Flanges forjados
A norma ASME/ANSI B16.5 estabelece as dimensões dos flanges forjados de aço carbono, aço
ligado e de aço inoxidável e as normas da ASTM estabelecem a composição química e as
propriedades físicas dos aços empregados na forja.
Flanges usinados
São flanges que não podem ser usados em condições severas, tendo seu uso limitado às
baixas pressões e temperaturas ambientes. Para seu uso em condições mais severas deverá
ser objeto de cálculo de sua resistência mecânica.
Flanges fundidos
A norma ASME/ANSI B16.1 estabelece as dimensões dos flanges de ferro fundido e a norma
ASME/ANSI B16.24 estabelece as dimensões dos flanges de bronze e de latão fundido e
diversas normas da ASTM estabelecem a composição química e as propriedades físicas dos
materiais fundidos.


6.5. LIGAÇÕES DO TIPO PONTA E BOLSA
São ligações usadas principalmente em tubos de ferro fundido e de plásticos
mas também existente em aço carbono porém de uso menos freqüente. Uma
das principais características desse tipo de ligação é a relativa facilidade e a
rapidez da montagem em comparação com mesma ligação executada por
solda de topo.




6.5.1. Ponta e bolsa com junta elástica
                        Este tipo de junta é utilizado tanto para tubos e conexões de ferro
                        fundido e de plásticos como o pvc, polipropileno ou pvc reforçado
                        com fibra de vidro. Constitui de uma junta de borracha, de
                        montagem deslizante, constituída pelo conjunto formado pela ponta
                        do tubo, bolsa contígua de outro tubo ou conexão e pelo anel de
                        borracha.


6.5.2. Ponta e bolsa com junta mecânica

                        Atualmente apenas utilizado em luvas, para facilidade de
                        manutenção ou quando se executam reparos em tubulações
                        existentes.




                                                                                        24
6.5.3. Ponta e bolsa com junta travada



                        Este tipo de junta é utilizado para tubos e conexões de ferro fundido
  TRAVADA INTERNA       onde não serão executados os blocos de ancoragem para absorção
                        do empuxo devido à pressão interna para garantir o equilíbrio de
                        toda a tubulação.
                        No mercado, pode-se encontrar dois tipos de junta travada, a
                        interna e a externa.
  TRAVADA EXTERNA




6.6. OUTROS TIPOS DE LIGAÇÃO
6.6.1 Ligações sanitárias
São ligações especiais usadas em serviços sanitários em indústrias
alimentícias em geral, indústrias de bebidas, farmacêuticas, cosméticos e
outras.
Essas ligações são empregadas em tubos, conexões, válvulas e acessórios
com a finalidade de conexão e desconexão com muita rapidez e segurança
para limpeza e desinfecções periódicas.
As conexões, válvulas e acessórios fabricados com este tipo de ligação têm as
dimensões apropriadas para emprego em tubos com diâmetro externo tipo
“OD” conforme norma ASTM A270 e impróprios para tubos com as dimensões
conforme a norma ASME/ANSI B36.19.
As conexões são fabricadas de aço inox com polimento sanitário e a vedação é
feita por meio de um anel de vedação de elastômero que pode ser de buna-N,
viton, ptfe (teflon®), epdm ou silicone.




Existem no mercado nacional quatro tipos de ligação sanitária, a saber:

                                                                                         25
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Materiais para tubulação: classificação e propriedades dos aços

  • 1.
  • 2.
  • 3. DEDICATÓRIA É com muito amor e carinho que dedico inteiramente esta obra aos meus alunos da FATEC-SP, a causa primeira deste trabalho. Também desejo dedicá-la a minha esposa Cleuza e às minhas filhas. “Amarás o Senhor teu Deus, com todo teu coração, com toda tua alma e com toda tua mente.” Mateus 22,37 i
  • 4. AGRADECIMENTOS Agradeço a minha filha Íris Cristina que na época da implantação da disciplina suplementar “Materiais para Tubulação” executou todo o trabalho de digitação, xerocopiou catálogos, recortou e colou figuras no sentido de viabilizar a edição daquela apostila que foi a precursora deste trabalho. Agradeço a auxiliar de docente e minha ex-aluna Lis Eulália Cabrini que muito contribuiu com a digitação e principalmente com a formatação de textos e tabelas. Agradeço ainda a todos, professores e funcionários do Departamento de Hidráulica pelo incentivo. E finalmente agradeço ao Senhor meu Deus por esta oportunidade de compartilhar meus parcos conhecimentos. ii
  • 5. PREFÁCIO Desde o início de meus trabalhos com projetos de tubulação já me interessei de uma maneira muito especial pela especificação técnica. Esse fascínio pela disciplina me levava à procura de maiores conhecimentos desses materiais e ao estudo de procedimentos e das normas técnicas pertinentes. Como muitos tive grandes dificuldades neste sentido pois o maior obstáculo era a carência de bibliografia da disciplina. Fui adquirindo meus conhecimentos com a aquisição dos poucos livros existentes no mercado sobre o assunto e, principalmente, na vida prática, em empresas de engenharia consultiva e no chamado “chão de fábrica”. No início da década de 1990 fui animado pelo Departamento de Hidráulica a implantar a disciplina suplementar “Materiais para Tubulação” sobre este fascinante assunto. Desde o início esta disciplina suplementar foi muito procurada pelos alunos da FATEC das modalidades de civil, de mecânica e de soldagem e não demorou muito para este curso se tornar muito conhecido na FATEC a ponto de se tornar uma disciplina “obrigatória” para os alunos com interesse na área de tubulação. De início foi elaborada uma pequena apostila para acompanhamento da disciplina suplementar que ainda hoje alguns ex-alunos a conservam em sua vida profissional. Com a implantação do curso de Hidráulica e Saneamento Ambiental a disciplina Materiais para Tubulação passou a ser curricular e então nasceu a idéia de se elaborar um manual técnico para acompanhamento da disciplina que em princípio deveria se chamar “Manual Técnico de Válvulas Manuais e Componentes para Tubulação em Materiais Ferrosos” mas em homenagem à disciplina o manual passou a se chamar simplesmente “Materiais para Tubulação” como também era conhecida a nossa primeira apostila. Este manual técnico tem como objetivo principal o estudo da aplicação de materiais para tubulação no âmbito acadêmico, como acompanhamento da disciplina Materiais para Tubulação e deverá, por si só, ser suficiente em todos os sentidos, ter a teoria básica, a aplicação, a especificação do material, as iii
  • 6. dimensões, as fotos e os principais fabricantes para que o aluno tenha tudo à mão, sem ter que recorrer a catálogos ou normas técnicos no momento de executar um trabalho acadêmico. Os fabricantes e os produtos aqui mencionados são aqueles existentes no mercado na época da elaboração deste manual técnico e, portanto, para uma referência profissional, haverá a necessidade da confirmação de todos os dados do produto em um catálogo atualizado visto que melhorias e modificações acontecem de uma forma dinâmica. O Manual Técnico atualmente está dividido em três volumes; o primeiro volume faz um apanhado sobre os materiais metálicos, o segundo volume é sobre tubos e conexões e o terceiro volume sobre válvulas e acessórios. O quarto volume, sobre exercícios, em breve deverá fazer parte deste trabalho. Professor Célio Carlos Zattoni Julho de 2005 iv
  • 7. ÍNDICE ANALÍTICO VOLUME 1 1. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS FERROSOS 1 1.1. AÇO CARBONO 1 1.2. AÇO LIGA 2 1.3. AÇO INOXIDÁVEL 2 1.4. FERRO FUNDIDO 2 2. EFEITOS DOS ELEMENTOS DE LIGA 4 2.1. INTRODUÇÃO 4 3. EFEITOS DA TEMPERATURA 5 3.1. FLUÊNCIA 5 3.2. MÓDULO DE ELASTICIDADE (MÓDULO DE YOUNG) 5 3.3. LIMITE DE RESISTÊNCIA 5 3.4. FRATURA FRÁGIL 5 4. CORROSÃO 7 4.1. CORROSÃO 7 4.2. CORROSÃO ELETROQUÍMICA 7 4.2.1. CAUSAS DA CORROSÃO 7 4.2.2. TIPOS DE CORROSÃO 8 4.3. PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO 10 4.3.1. FATORES QUE INFLUENCIAM A CORROSÃO 10 4.3.2. PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO 11 4.3.3. COMO EVITAR A CORROSÃO 11 5. NORMAS 14 5.1. INTRODUÇÃO 14 5.2. EXEMPLOS DE NORMAS NBR / ABNT 17 5.3. EXEMPLOS DE NORMAS ASME / ANSI 18 5.4. EXEMPLOS DE NORMAS MERCOSUL 18 5.5. EXEMPLOS DE NORMAS DIN 18 5.6. EXEMPLOS DE NORMAS ASTM 19 5.7. EXEMPLOS DE NORMAS API 19 6. MEIOS DE LIGAÇÃO 20 6.1. MEIOS DE LIGAÇÃO 20 6.2. LIGAÇÕES ROSCADAS 20 6.3. LIGAÇÕES SOLDADAS 20 6.4. LIGAÇÕES FLANGEADAS 21 6.4.1. TIPOS DE FLANGES 22 6.4.2. FACEAMENTO DOS FLANGES 22 6.4.3. ACABAMENTO DA FACE DOS FLANGES 23 I
  • 8. 6.4.4. CLASSES DE PRESSÃO 23 6.4.5. PROCESSOS DE FABRICAÇÃO 23 6.5. LIGAÇÕES DO TIPO PONTA E BOLSA 24 6.5.1. PONTA E BOLSA COM JUNTA ELÁSTICA 24 6.5.2. PONTA E BOLSA COM JUNTA MECÂNICA 24 6.5.3. PONTA E BOLSA COM JUNTA TRAVADA 25 6.6. OUTROS TIPOS DE LIGAÇÃO 25 6.6.1 LIGAÇÕES SANITÁRIAS 25 6.6.2. ENGATES 27 6.6.3. DERIVAÇÕES SOLDADAS TIPO “BOCA-DE-LOBO” 27 6.6.4. PEQUENAS DERIVAÇÕES COM USO DE MEIA -LUVA 27 6.6.5. DERIVAÇÕES COM USO DE COLARES E SELAS 28 6.6.6. SUGESTÃO PARA A ESCOLHA DO TIPO DE DERIVAÇÃO 28 7. TUBOS 30 7.1. INTRODUÇÃO 30 7.2. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À APLICAÇÃO 30 7.3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO 30 7.4. CÁLCULO DA ESPESSURA DA PAREDE DE TUBOS 31 7.4.1. REQUISITOS SEGUNDO A NORMA ASME / ANSI B31.3 31 7.4.2. SELEÇÃO DA ESPESSURA NORMALIZADA 31 7.4.3. RELAÇÃO ENTRE O DIÂMETRO NOMINAL E A ESPESSURA 32 7.4.4. LIMPEZA NAS TUBULAÇÕES 32 7.4.5. PRESSÃO DE TESTE 32 7.5. EMPREGO DE CORES PARA IDENTIFICAÇÃO DE TUBULAÇÕES – NBR 6493 33 8. ISOLAMENTO TÉRMICO 34 8.1. INTRODUÇÃO 34 8.2. ISOLAMENTO TÉRMICO A FRIO 34 8.3. NORMAS A CONSULTAR 34 8.4. MATERIAIS 34 8.5. ISOLAMENTO TÉRMICO A QUENTE 35 8.6. NORMAS DA ABNT A CONSULTAR 35 8.7. MATERIAIS 36 8.8. APLICAÇÃO DE ISOLANTES TÉRMICOS (FRIO OU QUENTE) 37 9. TABELAS TÉCNICAS 38 9.1. COMPARAÇÃO ENTRE DIVERSOS TIPOS DE AÇO INOX 38 9.2. FORMAS DE APRESENTAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE AÇO 38 9.3. PROPRIEDADES DOS AÇOS-LIGA EM FUNÇÃO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA E SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 39 9.4. TABELAS DE DIMENSÕES DE TUBOS CONFORME ABNT NBR 5580 40 9.5. TABELAS DE DIMENSÕES DE TUBOS CONFORME ABNT NBR 5590 41 9.6. NORMA ASME / ANSI B36.10 – AÇO CARBONO E AÇO LIGA 42 9.7. NORMA ASME / ANSI B36.19 – AÇO INOX 47 9.8. DIMENSÕES E PESOS PARA TUBOS DE AÇO INOX COM E SEM COSTURA – PADRÃO OD 49 9.9. COMPOSIÇÃO QUÍMICA PARA TUBOS DE AÇO INOX COM E SEM COSTURA 50 9.10. TENSÃO ADMISSÍVEL PARA AÇOS DE TUBOS DE AÇO CARBONO 51 9.11. TENSÃO ADMISSÍVEL PARA TUBOS DE AÇO INOX 52 9.12. TENSÃO ADMISSÍVEL EM FLANGES DE AÇO – CONFORME ASME / ANSI B16.5 54 9.13. TUBOS DE AÇO CARBONO – CARACTERÍSTICAS GERAIS 55 9.14. TUBOS DE AÇO INOX – CARACTERÍSTICAS GERAIS 56 9.15. MÓDULO DE ELÁSTICIDADE 57 9.16. LIMITES MÁXIMOS DE TEMPERATURA 57 9.17. PRINCIPAIS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PARA TUBOS 58 II
  • 9. ÍNDICE ANALÍTICO VOLUME 2 1. CONEXÕES DE FERRO MALEÁVEL 59 1.1. INTRODUÇÃO 59 1.2. PRINCIPAIS FABRICANTES 59 1.3. CONEXÕES DE FERRO MALEÁVEL CLASSE 10 – ROSCA BSP 60 1.3.1. TABELA DE PRESSÃO 62 1.3.2. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 60 1.3.3. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 60 1.3.4. APLICAÇÃO 60 1.4. TABELA DIMENSIONAL 61 2. CONEXÕES DE FERRO MALEÁVEL CLASSE 150 – ROSCA NPT 72 2.1. TABELA DE PRESSÃO 72 2.1.1. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 72 2.1.2. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 72 2.1.3. APLICAÇÃO 72 2.2. TABELA DIMENSIONAL 73 3. CONEXÕES DE FERRO MALEÁVEL CLASSE 20 – ROSCA NPT 78 3.1. PRESSÃO DE SERVIÇO – ASME / ANSI B16.3 78 3.2. PRESSÃO DE SERVIÇO – ASME / ANSI B16.39 78 3.3. PRESSÃO DE SERVIÇO – NBR 6925 78 3.4. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 79 3.5. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 79 3.6. APLICAÇÃO 79 3.7. TABELA DIMENSIONAL 79 3.8. EXEMPLO DE LISTA DE MATERIAL 83 4. CONEXÕES DE AÇO FORJADO 85 4.1. INTRODUÇÃO 85 4.2. PRINCIPAIS FABRICANTES 85 4.3. NORMAS DE FABRICAÇÃO 86 4.4. CORRELAÇÃO ENTRE TUBO E CONEXÃO 86 4.5. TABELA DIMENSIONAL - CLASSE 2000# - ROSCADO 86 4.5.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 87 4.6. TABELA DIMENSIONAL - CLASSE 3000# - ROSCADO 87 4.6.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 88 4.7. TABELA DIMENSIONAL - CLASSE 6000# - ROSCADO 88 4.7.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 88 4.8. BUCHA DE REDUÇÃO E BUJÃO 89 4.8.1. EXEMPLO DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 89 4.9. UNIÃO ROSCADO - CLASSES 2000# E 3000# 90 4.9.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 90 4.10. UNIÃO ROSCADO - CLASSE 6000# 90 4.10.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 91 4.11. TABELA DIMENSIONAL - CLASSE 3000# - ENCAIXE E SOLDA 91 4.11.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 92 4.12. TABELA DIMENSIONAL - CLASSE 6000# - ENCAIXE E SOLDA 92 4.12.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 92 4.13. UNIÃO ENCAIXE E SOLDA - CLASSE 3000# 93 III
  • 10. 4.13.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 93 4.14. UNIÃO ENCAIXE E SOLDA - CLASSE 6000# 93 4.14.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 94 4.15. REDUÇÃO DE ENCAIXE 94 4.15.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 94 4.16. COLAR DE TOPO - STANDARD E EXTRA-FORTE 94 4.16.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 95 4.17. COLAR ROSCADO - CLASSES 3000# E 6000# 95 4.17.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 95 4.18. COLAR DE ENCAIXE E SOLDA - STANDARD E SCH 160 95 4.18.1. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 96 4.19. COLAR DE TOPO DE REDUÇÃO - STANDARD E EXTRA-FORTE 96 4.20. COLAR ROSCADO DE REDUÇÃO - CLASSE 3000# 96 4.21. COLAR ROSCADO DE REDUÇÃO - CLASSE 6000# 97 4.22. COLAR ENCAIXE E SOLDA DE REDUÇÃO - STANDARD E EXTRA-FORTE 97 4.23. COLAR ENCAIXE E SOLDA DE REDUÇÃO - SCH 160 97 4.24. EXEMPLOS DE LISTA DE MATERIAL 98 5. CONEXÕES TUBULARES DE AÇO FORJADO 100 5.1. INTRODUÇÃO 100 5.2. PRINCIPAIS FABRICANTES 100 5.3. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 100 5.4. APLICAÇÕES 101 5.5. DIMENSÕES CONFORME ASME / ANSI B16.9 E B16.28 101 5.6. EXEMPLO DE LISTA DE MATERIAL 110 6. CONEXÕES DE AÇO INOXIDÁVEL 112 6.1. DIMENSÕES CONFORME ASME / ANSI B16.9 E B16.28 112 6.2. PESTANAS - MSS-SP 43 119 6.2.1. EXEMPLO DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 119 6.3. PESTANAS - ASME /ANSI B16.9 120 6.3.1. EXEMPLO DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 121 6.4. EXEMPLO DE LISTA DE MATERIAL 121 7. TUBOS E CONEXÕES DE FERRO FUNDIDO 122 7.1. INTRODUÇÃO 122 7.2. TABELA DE PRESSÃO – TUBOS PONTA E BOLSA 122 7.3. TABELA DE PRESSÃO – TUBOS COM FLANGES 123 7.4. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 123 7.5. APLICAÇÃO 123 7.6. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 123 7.7. TUBOS DE SÉRIE K7 124 7.8. TUBOS DA SÉRIE K9 125 7.9. TUBOS E CONEXÕES DE FERRO FUNDIDO 125 7.10. EXEMPLO DE LISTA DE MATERIAL 138 8. FLANGES 139 8.1. INTRODUÇÃO 139 8.2. PRINCIPAIS FABRICANTES 139 8.3. FLANGES CONFORME A NORMA ANSI 139 8.4. AÇO CARBONO PARA FLANGES 140 8.5. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 140 IV
  • 11. 8.6. TABELA DE DIMENSÕES - CLASSES 125# E 150# 141 8.7. TABELA DE DIMENSÕES - CLASSES 250# E 300# 142 8.8. TABELA DE DIMENSÕES - FLANGES DE REDUÇÃO 143 8.9. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 143 8.10. FLANGES CONFORME NORMA DIN 143 8.11. DIMENSÕES DOS FLANGES CONFORME NORMA DIN PN10 144 8.12. DIMENSÕES DOS FLANGES CONFORME NORMA DIN PN16 145 8.13. DIMENSÕES DOS FLANGES CONFORME NORMA DIN PN25 146 8.14. DIMENSÕES DOS FLANGES CONFORME NORMA DIN PN40 147 8.15. EXEMPLO DE LISTA DE MATERIAL 148 9. CONEXÕES GOMADAS DE AÇO CARBONO 149 9.1. INTRODUÇÃO 149 9.2. PRINCIPAIS FABRICANTES 149 9.3. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 149 9.4. APLICAÇÕES 149 9.5. TABELA DE DIMENSÕES CONFORME AWWA C208 149 9.6. EXEMPLO DE APLICAÇÃO 175 9.7. EXEMPLO DE LISTA DE MATERIAL 176 10. OUTRAS CONEXÕES 178 10.1. INTRODUÇÃO 178 10.2. ENGATES RÁPIDOS 178 10.3. PRINCIPAIS FABRICANTES 178 10.4. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 178 10.5. BICO ESCALONADO OU BICO ESPIGÃO 179 10.6. PRINCIPAIS FABRICANTES 179 10.7. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 180 10.8. TERMINAIS PARA MANGUEIRAS 180 10.9. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 181 10.10. CONEXÕES COM ANEL DE CRAVAÇÃO 181 10.11. LIGAÇÕES RECOMENDADAS 181 10.12. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 181 10.13. PRINCIPAIS FABRICANTES 181 10.14. ACOPLAMENTOS AWWA C 606 182 10.15. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 182 10.16. PRINCIPAIS FABRICANTES 182 V
  • 12. ÍNDICE ANALÍTICO VOLUME 3 1. VÁLVULAS 183 1.1. INTRODUÇÃO 184 1.2. UMA BREVE HISTÓRIA DA INDÚSTRIA DE VÁLVULAS 184 1.3. A INDÚSTRIA DA VÁLVULA 186 1.4. TIPOS DE VÁLVULAS 186 1.5. FUNÇÕES 186 1.6. ESPECIFICAÇÃO 186 1.7. SISTEMA CONSTRUTIVO DAS VÁLVULAS 187 1.8. CLASSES DE PRESSÃO 196 1.9. CONCEITOS SOBRE TIPOS DE VÁLVULAS 197 1.10. FABRICANTES DE VÁLVULAS 198 2. VÁLVULAS DE GAVETA 202 2.1. INTRODUÇÃO 203 2.2. APLICAÇÃO 203 2.3. PRINCIPAIS VANTAGENS 203 2.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS 203 2.5. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DE GAVETA 203 2.6. SISTEMA CONSTRUTIVO 204 2.7. SISTEMAS DE VEDAÇÃO 209 2.8. ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS 209 2.9. MATERIAIS CONSTRUTIVOS DAS VÁLVULAS 211 2.10. CLASSES DE PRESSÃO 213 2.11. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 213 2.12. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS 215 2.13. TABELAS TÉCNICAS 216 2.14. FABRICANTES 221 3. VÁLVULAS DE ESFERA 222 3.1. INTRODUÇÃO 223 3.2. APLICAÇÃO 223 3.3. PRINCIPAIS VANTAGENS 223 3.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS 223 3.5. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DE ESFERA 223 3.6. SISTEMA CONSTRUTIVO 224 3.7. SISTEMAS DE VEDAÇÃO DA SEDE 227 3.8. ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS 227 3.9. MATERIAIS CONSTRUTIVOS DAS VÁLVULAS 228 3.10. CLASSES DE PRESSÃO 228 3.11. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 229 3.12. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS 230 3.13. TABELAS TÉCNICAS 231 3.14. FABRICANTES 234 VI
  • 13. 4. VÁLVULAS DE MACHO 235 4.1. INTRODUÇÃO 236 4.2. APLICAÇÃO 236 4.3. PRINCIPAIS VANTAGENS 236 4.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS 236 4.5. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DE MACHO 236 4.6. MEIOS DE LIGAÇÃO 237 4.7. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS 237 4.8. ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS 237 4.9. MATERIAIS CONSTRUTIVOS DAS VÁLVULAS 237 4.10. CLASSES DE PRESSÃO 237 4.11. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 237 4.12. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS 239 4.13. TABELAS TÉCNICAS 240 4.14. FABRICANTES 243 5. VÁLVULAS DE GUILHOTINA 244 5.1. INTRODUÇÃO 245 5.2. APLICAÇÃO 245 5.3. PRINCIPAIS VANTAGENS 245 5.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS 245 5.5. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DE GUILHOTINA 245 5.6. MATERIAIS CONSTRUTIVOS DAS VÁLVULAS 246 5.7. MEIOS DE LIGAÇÃO 246 5.8. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS 246 5.9. CLASSES DE PRESSÃO 246 5.10. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 246 5.11. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS 247 5.12. TABELAS TÉCNICAS 248 5.13. FABRICANTES 250 6. VÁLVULAS DE GLOBO 251 6.1. INTRODUÇÃO 252 6.2. APLICAÇÃO 252 6.3. PRINCIPAIS VANTAGENS 252 6.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS 253 6.5. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DE GLOBO 253 6.6. SISTEMA CONSTRUTIVO 254 6.7. SISTEMAS DE VEDAÇÃO 259 6.8. ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS 259 6.9. MATERIAIS CONSTRUTIVOS DAS VÁLVULAS 260 6.10. CLASSES DE PRESSÃO 261 6.11. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 262 6.12. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS 265 6.13. TABELAS TÉCNICAS 266 6.14. FABRICANTES DE VÁLVULAS GLOBO 271 6.15. FABRICANTES DE VÁLVULAS DE AGULHA 271 7. VÁLVULAS BORBOLETA 272 7.1. INTRODUÇÃO 273 7.2. APLICAÇÃO 273 7.3. PRINCIPAIS VANTAGENS 273 7.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS 273 VII
  • 14. 7.5. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA BORBOLETA 274 7.6. SISTEMA CONSTRUTIVO 274 7.7. SISTEMAS DE VEDAÇÃO 275 7.8. ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS 275 7.9. MATERIAIS CONSTRUTIVOS DAS VÁLVULAS 277 7.10. CLASSES DE PRESSÃO 279 7.11. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 279 7.12. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS 281 7.13. TABELAS TÉCNICAS 282 7.14. FABRICANTES 284 8. VÁLVULAS DIAFRAGMA 285 8.1. INTRODUÇÃO 286 8.2. APLICAÇÃO 286 8.3. PRINCIPAIS VANTAGENS 286 8.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS 287 8.5. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DIAFRAGMA 287 8.6. MATERIAIS CONSTRUTIVOS 288 8.7. MEIOS DE LIGAÇÃO 289 8.8. FORMATO DO CORPO 289 8.9. ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS 290 8.10. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 290 8.11. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS 292 8.12. TABELAS TÉCNICAS 293 8.13. FABRICANTES 295 9. VÁLVULAS DE MANGOTE 296 9.1. INTRODUÇÃO 297 9.2. APLICAÇÃO 297 9.3. PRINCIPAIS VANTAGENS 297 9.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS 297 9.5. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DE MANGOTE 297 9.6. SISTEMA CONSTRUTIVO 298 9.7. ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS 299 9.8. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 300 9.9. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS 302 9.10. TABELAS TÉCNICAS 303 9.11. FABRICANTES 305 10. VÁLVULAS DE RETENÇÃO 306 10.1. INTRODUÇÃO 307 10.2. APLICAÇÃO 307 10.3. O EMPREGO DO BY-PASS 308 10.4. VÁLVULA DE RETENÇÃO TIPO DISCO INTEGRAL 308 10.5. VÁLVULA DE RETENÇÃO TIPO FLAP 309 10.6. VÁLVULA DE RETENÇÃO TIPO PORTINHOLA SIMPLES 310 10.7. VÁLVULA DE RETENÇÃO TIPO PISTÃO 311 10.8. VÁLVULA DE RETENÇÃO VERTICAL TIPO DISCO 312 10.9. VÁLVULA DE RETENÇÃO TIPO DISCO DUPLO OU DUPLEX 313 10.10. VÁLVULA DE RETENÇÃO DE PÉ 314 10.11. EXEMPLO DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE VÁLVULA DE RETENÇÃO 315 10.12. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS 317 10.13. TABELAS TÉCNICAS 318 10.14. FABRICANTES 323 VIII
  • 15. 11. VÁLVULAS REDUTORAS DE PRESSÃO 324 11.1. INTRODUÇÃO 325 11.2. APLICAÇÃO 325 11.3. PRINCIPAIS VANTAGENS 325 11.4. PRINCIPAIS DESVANTAGENS 325 11.5.IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO 326 11.6. SISTEMA CONSTRUTIVO 326 11.7. MATERIAIS CONSTRUTIVOS 327 11.8. ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS 327 11.9. INSTALAÇÃO DAS VÁLVULAS REDUTORAS DE PRESSÃO 327 11.10. ACESSÓRIOS PARA AS VÁLVULAS REDUTORAS DE PRESSÃO AUTO -OPERADAS 328 11.11. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 329 11.12. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS 331 11.13. TABELAS TÉCNICAS 333 11.14. FABRICANTES DE VÁLVULAS REDUTORAS DE PRESSÃO 335 11.15. FABRICANTES DE VÁLVULAS DE CONTROLE AUTO-OPERADAS 335 12. VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO 336 12.1. INTRODUÇÃO 337 12.2. APLICAÇÃO 337 12.3.IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES DE UMA VÁLVULA DE SEGURANÇA E ALÍVIO 337 12.4. INSTALAÇÃO 338 12.5. SISTEMA CONSTRUTIVO 338 12.6. EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 329 12.7. EXEMPLO DE FOLHA DE DADOS 331 12.8. TABELAS TÉCNICAS 333 12.9. FABRICANTES 335 13. ACESSÓRIOS 344 13.1. INTRODUÇÃO 345 13.2. APLICAÇÃO 345 13.3. FILTROS 345 13.4. VISORES DE FLUXO 347 13.5. VENTOSAS 347 13.6. SEPARADOR DE UMIDADE 348 13.7. PURGADORES 349 13.8. MANÔMETROS 350 13.9. TERMÔMETROS 351 14. GLOSSÁRIO 353 15. BIBLIOGRAFIA 359 16. REFERÊNCIA BILBLIOGRÁFICA 359 IX
  • 16. 1. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS FERROSOS As ligas ferrosas são, em princípio, divididas em dois grupos: • Aços, com teores de carbono (C) até 2,0%; • Ferros fundidos, com teores de carbono (C) acima de 2,0% e raramente superior a 4,0%. 1.1. AÇO CARBONO Liga ferro-carbono contendo geralmente de 0,05% até cerca de 2,0% de carbono (C), além de certos elementos residuais, como o manganês (Mn), o silício (Si), o fósforo (P) e o enxofre (S) resultantes dos processos de fabricação. CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS Cor Acinzentada 3 Peso Específico 7,8 Kgf/dm Fusão 1350 A 1400°C Maleabilidade Boa Ductibilidade Boa Tenacidade Boa Usinagem Ótima Soldabilidade Ótima A tabela apresenta os usos gerais dos aços em função de seus teores de carbono (C), bem como a maleabilidade e soldabilidade dos mesmos. TEOR DE MALEABILIDADE E APLICAÇÕES CARBONO (C) SOLDABILIDADE Chapas, fios, parafusos, tubos, estirados, Grande maleabilidade. 0,05 a 0,15% produtos de caldeiraria. Fácil soldagem. Barras laminadas e perfiladas, tubos, peças Maleável. 0,15 a 0,30% comuns de mecânica. Soldável. Peças especiais de máquinas e motores. 0,30 a 0,40% Difícil soldagem. Ferramentas para a agricultura. Peças de grande dureza, ferramentas de corte, 0,40 a 0,60% Muito difícil soldagem molas, trilhos. Peças de grande dureza e resistência, molas, 0,60 a 1,50% Não se solda. cabos, cutelaria. 1
  • 17. 1.2. AÇO LIGA São aços que recebem a adição de um ou mais elementos de liga no processo de fabricação, conforme a finalidade a que se destinam. Os elementos de liga mais usuais são: níquel (Ni), cromo (Cr), vanádio (V), cobalto (Co), silício (Si), manganês (Mn), tungstênio (W), molibdênio (Mo) e alumínio (Al). No capítulo 2 o assunto será abordado com mais detalhes. TABELA DOS AÇOS LIGADOS Baixa Liga Até 5% de elementos de liga Média Liga de 5% a 10% de elementos de liga Alta Liga acima de 10% de elementos de liga 1.3. AÇO INOXIDÁVEL Caracterizam-se, fundamentalmente, por resistirem à corrosão atmosférica, embora possam igualmente resistir à ação de outros meios gasosos ou líquidos. Os aços adquirem passividade quando ligados com alguns outros elementos metálicos, entre os quais os mais importantes são o cromo (Cr) e o níquel (Ni) e, em menor grau, o cobre (Cu), o silício (Si), o molibdênio (Mo) e o alumínio (Al). O cromo (Cr) é, de fato, o elemento mais importante, pois é o mais eficiente de todos, quando empregado em teores acima de 10%. Os aços inoxidáveis são, portanto, aços de alta liga, contendo de 12% a 26% de cromo (Cr), até 22% de níquel (Ni) e freqüentemente pequenas quantidades de outros elementos de liga. 1.4. FERRO FUNDIDO Os ferros fundidos são ligas de ferro (Fe) e carbono (C) com alto teor de carbono. Em média, possuem de 3% a 4% de carbono em sua composição. A temperatura de fusão dos ferros fundidos é de cerca de 1200ºC. Sua resistência à tração é da ordem de 10 a 20 kgf/mm². Na fabricação, as impurezas do minério de ferro e do carvão (coque), deixam no ferro fundido pequenas porcentagens de silício (Si), manganês (Mn), enxofre (S) e fósforo (P). 2
  • 18. O silício (Si) favorece a formação de Ferro Fundido Cinzento. Os ferros fundidos classificam-se, segundo o estado do carbono no ferro fundido, nas seguintes categorias: Ferro fundido cinzento ou lamelar Liga ferro-carbono-silício, com teor de carbono acima de 2,0% e silício presente em teores de 1,20% a 3,00%; a quantidade de carbono é superior à que pode ser retida em solução sólida na austenita; esse teor de carbono e mais a quantidade elevada de silício promovem a formação parcial de carbono livre, na forma de lamelas ou “veios” de grafita. Nessas condições, o ferro fundido cinzento apresenta fratura com coloração escura, de onde provém a sua denominação. Microestrutura do ferro fundido cinzento, grafita em forma de lamelas. Ferro fundido nodular ou ductil Liga ferro-carbono-silício caracterizada por apresentar grafita na forma esferoidal, resultante de um tratamento realizado no material ainda em estado líquido (“nodulização”). Microestrutura do ferro fundido nodular, grafita em forma esferoidal. Ferro fundido maleável ou branco Ferro fundido temperado Ferro fundido especial Apesar de apresentarem em geral propriedades mecânicas inferiores às dos aços, elas podem ser consideravelmente modificadas pela adição de elementos de liga e tratamentos térmicos adequados. Os ferros fundidos podem substituir os aços e até serem mais adequados, em muitas aplicações. Por exemplo: estruturas e elementos deslizantes de máquinas são construídos quase sempre em ferro fundido, devido à maior capacidade de amortecer vibrações, melhor estabilidade dimensional e menor resistência ao deslizamento, em razão do poder lubrificante do carbono livre em forma de grafita. 3
  • 19. 2. EFEITOS DOS ELEMENTOS DE LIGA 2.1. INTRODUÇÃO: Devido às necessidades industriais, a pesquisa e a experiência levaram à descoberta de aços especiais, mediante a adição e a dosagem de certos elementos ao aço carbono. Conseguiram-se assim Aços-Liga com características tais como resistência à tração e à corrosão, elasticidade, dureza, etc. bem melhores do que as do aço carbono comum. A seguir serão apresentados os elementos de liga comumente empregados pela indústria e seus efeitos. ELEMENTOS EFEITOS Desoxida o aço. No processo de tratamento termo-químico chamado nitretação, Alumínio (Al) combina-se com o nitrogênio, favorecendo a formação de uma camada superficial duríssima. Carbono (C) A quantidade de carbono influi na dureza, no limite de resistência e na soldabilidade. Cobalto (Co) Influi favoravelmente nas propriedades magnéticas dos aços. Além disso, o cobalto, em associação com o tungstênio, aumenta a resistência dos aços ao calor. Cromo (Cr) O cromo confere ao aço alta resistência, dureza, elevado limite de elasticidade e boa resistência à corrosão em altas temperaturas. É um elemento prejudicial ao aço. Torna-o granuloso e áspero, devido aos gases que Enxofre (S) produz na massa metálica. Enfraquece a resistência do aço. Considerado como uma impureza. Em teores elevados torna o aço frágil e quebradiço, motivo pelo qual deve-se reduzir Fósforo (P) ao mínimo possível sua quantidade, já que não se pode eliminá-lo integralmente. Considerado como uma impureza. Manganês (Mn) O manganês, quando adicionado em quantidade conveniente, aumenta a resistência do aço ao desgaste e aos choques, mantendo-o dúctil. Sua ação nos aços é semelhante à do tungstênio. Emprega-se, em geral, adicionado Molibdênio (Mo) com cromo, produzindo os aços cromo-molibdênio, de grande resistência, principalmente a esforços repetidos. Foi um dos primeiros metais utilizados com sucesso para dar determinadas Níquel (Ni) qualidades ao aço. O níquel aumenta a resistência e a tenacidade do mesmo, eleva o limite de elasticidade, dá boa ductilidade e boa resistência à corrosão. Torna o aço mais duro e tenaz. Previne a porosidade e concorre para a remoção dos Silício (Si) gases e dos óxidos. Influi para que não apareçam falhas ou vazios na massa do aço. É um elemento purificador e tem o efeito de isolar ou suprimir o magnetismo. Os aços-silício contêm de 1 a 2% de silício. Tungstênio (W) É geralmente adicionado aos aços com outros elementos. O tungstênio aumenta a resistência ao calor, a dureza, a resistência à ruptura e o limite de elasticidade. Vanádio (V) Melhora, nos aços, a resistência à tração, sem perda de ductilidade, e eleva os limites de elasticidade e de fadiga. 4
  • 20. 3. EFEITOS DA TEMPERATURA 3.1. FLUÊNCIA Defini-se como fluência (creep) ao fenômeno de deformação permanente, lenta e progressiva, que se observa nos materiais metálicos, ao longo do tempo, quando submetidos à tração sob alta temperatura. Denomina-se “faixa de fluência” (creep range) à faixa de temperatura em que o fenômeno passa a ser significativo. 3.2. MÓDULO DE ELASTICIDADE (Módulo de Young) O módulo de elasticidade diminui com o aumento da temperatura. Essa diminuição é pouco acentuada no intervalo 0-250°C e mais acentuada para temperaturas superiores a 250°C. 3.3. LIMITE DE RESISTÊNCIA O limite de resistência diminui com o aumento da temperatura de um modo geral (para T > 200°C). O limite de resistência deverá ser tomado na curva característica de cada material. 3.4. FRATURA FRÁGIL Denomina-se fratura frágil à ruptura repentina do material a um nível de tensão bem inferior ao limite de resistência (LR) ou mesmo ao limite de escoamento (LE) do material. Essas fraturas são caracterizadas pela propagação rápida, em várias direções e a perda total da peça atingida. Para acontecer a fratura frágil são necessárias as três condições abaixo, simultaneamente: • Elevada tensão de tração, da ordem da tensão de escoamento do material; • Existência de entalhe; • Temperatura na zona de comportamento frágil ou na zona de transição. As fraturas frágeis são ainda influenciadas por: • Forte tensão de tração, em geral, próxima do limite de escoamento; • Espessura da peça: a resistência à fratura frágil é inversamente proporcional à espessura da peça; 5
  • 21. Distribuição de tensões na peça: quanto mais irregular forem as tensões menor será a resistência da peça; • Composição química: a presença de níquel (Ni) e manganês (Mn) é benéfica e a presença de fósforo (P), enxofre (S), molibdênio (Mo), nitrogênio (N) e cromo (Cr) é prejudicial, isto é, favorece o aparecimento da fratura frágil. • Tratamento térmico: a ausência do tratamento térmico de alívio de tensões favorece o aparecimento de altas concentrações de tensão onde favorece o aparecimento da fratura frágil. • Outros fatores de menor importância tais como: forma, laminação, fabricação, etc. 6
  • 22. 4. CORROSÃO 4.1. CORROSÃO Defini-se como corrosão a deterioração sofrida por um material em conseqüência da ação química ou eletroquímica do meio, aliada ou não a esforços mecânicos. A corrosão mais comum é a corrosão eletroquímica, caracterizada pelo transporte de cargas elétricas por meio de um eletrólito em um meio favorável, geralmente aquoso. A corrosão química é devida ao ataque de produtos químicos sobre os materiais metálicos, provocando a sua oxidação. 4.2. CORROSÃO ELETROQUÍMICA 4.2.1. Causas da corrosão Para que se inicie a corrosão, é necessário que o sistema seja constituído dos quatro componentes a seguir: (cumpre lembrar que a falta de pelo menos um dos componentes bloqueia o processo de corrosão) • Anodo e catodo: duas peças metálicas de materiais diferentes ou do mesmo material ou ainda duas regiões distintas da mesma peça metálica, próximas ou distantes uma da outra. • Eletrólito: qualquer condutor elétrico tal como umidade, soluções aquosas ácidas ou alcalinas. • Circuito metálico: é a continuidade metálica unindo o anodo ao catodo. A diferença de potencial entre o anodo e o catodo pode se originar de inúmeras causas, tais como: metais diferentes, ligas metálicas diferentes, diferenças entre partes deformadas a frio, diferença entre estados de tensões, diferenças de tratamento térmico, irregularidades microscópicas, etc. A corrosão mais freqüente é aquela devido às irregularidades microscópicas, que são as diferenças que existem entre os grãos que constituem o material. Essas diferenças podem ser quanto a forma, natureza, tamanho, orientação, etc. Assim a corrosão eletroquímica é muito acentuada porque este material é 7
  • 23. constituído basicamente de grãos de ferrita (ferro alfa) e cementita (carboneto de ferro) que são grãos de diferentes naturezas. Nos materiais puros ou ligas monofásicas (solução sólida) não existem grãos de natureza diferente, razão pela qual são mais resistentes à corrosão eletroquímica. 4.2.2. Tipos de corrosão A corrosão eletroquímica pode se apresentar numa grande variedade de formas. Pode-se classificar a corrosão em uniforme e localizada. A corrosão localizada pode ser classificada em localizada macroscópica e microscópica. • Corrosão uniforme Também conhecida como corrosão generalizada, é aquela que se apresenta em toda a peça de uma forma geral, causando uma perda constante da espessura. Pode ser facilmente controlada e prevista. As causas são as diferenças pelas irregularidades microscópicas dos grãos. • Corrosão localizada macroscópica Alveolar (Pitting) É a corrosão que se apresenta em forma de “alvéolos” ou “pites” que são pequenos pontos onde a concentração da corrosão é muito intensa. A causa principal é a ocorrência de pontos fortemente anódicos em relação à área adjacente. Galvânica É a corrosão que se origina do contato entre dois metais ou ligas metálicas diferentes em um meio eletrolítico. A corrosão é tanto mais intensa quanto mais distanciados estiverem os dois metais ou ligas metálicas na série galvânica é tanto maior de acordo com as proporções entre o anodo e o catodo. A região corroída sempre será a região anódica. De um modo geral deve-se evitar o contato entre metais com grande diferença de potencial. Na impossibilidade de se evitar esse contato é necessário ter uma grande quantidade de material catódico para que a corrosão não ataque uma pequena área. Quando os dois metais tiverem uma pequena diferença de potencial, a corrosão galvânica é praticamente insignificante. Pode-se controlar este tipo de corrosão com a colocação de anodos de sacrifício, que consiste de elementos fortemente anódicos para serem corroídos. 8
  • 24. Série galvânica para a água do mar: Magnésio Zinco Alumínio ANODO Ligas de alumínio Aço carbono Aço carbono com cobre Ferro fundido Aço liga Cr e Cr-Mo Aço inox 12 Cr Aço inox 17 Cr Ativos Aço inox 27 Cr Aço liga Ni Aço inox 18 Cr – 8 Ni Ativos Aço inox 25 Cr – 20 Ni Chumbo Níquel Ativos Ligas de Níquel Latão Cobre Cobre níquel Metal monel Níquel Passivos Ligas de níquel Aço inox 12 Cr Aço inox 17 Cr Aço inox 18 Cr – 8 Ni Passivos Aço inox 27 Cr Aço inox 25 Cr – 20 Ni Titânio Prata Ouro CATODO Platina Seletiva É uma forma de corrosão onde á atacado apenas um elemento da liga metálica resultando uma estrutura esponjosa sem resistência mecânica. Um exemplo de corrosão seletiva é a corrosão grafítica que ocorre no ferro fundido cinzento em contato com meios ácidos ou água salgada, onde o ferro á atacado resultando uma estrutura esponjosa composta de carbono livre e carbonetos. Outro exemplo é a desincificação que consiste na migração do zinco, ficando o latão reduzido a uma estrutura esponjosa de cobre puro, sem resistência mecânica. Corrosão sob contato Também chamada de corrosão intersticial e corrosão em frestas, por ser uma corrosão que acontece em locais onde pequena quantidade de um fluido permanece estagnado em cavidades ou espaços confinados. Um exemplo é a folga entre a peça e a arruela ou a porca e outro seria nas conexões do tipo encaixe/solda, o espaço entre o tubo e o encaixe. Corrosão–erosão É a corrosão que aparece com a velocidade relativa do fluido em relação à peça corroída. Cumpre lembrar, que um fluido pode não corroer uma peça em velocidades baixas, mas ser corrosivo em altas velocidades , com o efeito se tornando máximo quando o ângulo de incidência está entre 20 e 30°C. Como exemplo é citado a corrosão em peças de movimento rápido como pás, hélices, rotores e em curvas e conexões com redução. 9
  • 25. Biológica É a corrosão devido à ação de micro-organismos que atacam os metais produzindo ácidos, destruindo a camada apassivadora, destruindo revestimentos, despolarizando áreas catódicas. Pode aparecer em águas paradas, principalmente em equipamentos que ficam por longo período ao tempo, a espera de utilização. • Corrosão localizada microscópica Sob tensão (stress-corrosion) É provocada pela tensão e um meio corrosivo. Se manifesta pelo aparecimento de trincas perpendiculares ao sentido do esforço. Esse esforço pode ser de causas externas, tensão residual, tensões devido ao trabalho frio, soldagem, etc. Muito perigosa pois pode inutilizar uma peça em pouco tempo. Intergranular É a corrosão formada por trincas ao longo da periferia dos grãos do metal. Essas trincas após atingirem determinada dimensão destacam partes do material por ação de pequenas tensões. Incisiva É a corrosão que se forma ao longo de soldas e recebe o nome de “fio de faca”. É uma variante da corrosão intergranular. 4.3. PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO 4.3.1. Fatores que influenciam a corrosão Antes de se falar em proteção dos materiais deve-se primeiramente estudar os fatores aceleradores da corrosão para se decidir sobre o melhor antídoto. Entre os fatores que influenciam a corrosão são citados: Temperatura Com o aumento da temperatura tem-se o aumento da atividade química o que acelera a corrosão. Cumpre lembrar que um equipamento ou tubulação que trabalha permanentemente quente e por algum motivo permanecer parado e frio por algum tempo sofrerá uma corrosão mais intensa neste período inativo. Velocidade Como já foi visto as altas velocidades e o turbilhonamento pode ocasionar a corrosão-erosão. Umidade A umidade promove uma gama maior de tipos de corrosão como a corrosão sob tensão, alveolar e sob-contato além de reagir com ácidos formando ácidos diluídos altamente corrosivos e aumentar a condutividade elétrica. Esforços cíclicos Havendo a possibilidade do aparecimento da corrosão sob tensão os esforços cíclicos serão os responsáveis pelo agravamento da corrosão e nestes pontos poderá haver a intensificação das tensões de fadiga. 10
  • 26. Superfície do metal Cumpre lembrar que quanto mais perfeita for a superfície do material melhor será a resistência contra a corrosão alveolar. Atmosfera Quando tem-se uma atmosfera muito agressiva, como por exemplo a temperatura associada à acidez, é possível ter um processo de corrosão muito intenso, sendo muitas vezes mais significativo que a corrosão interna dos equipamentos e tubulações. Interface molhado/seco Nos equipamentos que trabalham parcialmente cheios a interface molhado/seco pode favorecer a corrosão devido à dissolução de gases no líquido e consequentemente a variação da concentração do fluido e também devido a diferença de potencial entre região molhada e seca. 4.3.2. Proteção contra corrosão Na tentativa de proteger tubulações e equipamentos contra a corrosão é possível observar dois aspectos diferentes ou mesmo um enfoque intermediário. Em primeiro lugar pode-se atacar o problema logo no início do projeto pela escolha do material, detalhes de projeto, revestimentos de proteção, proteção catódica, tratamento térmico, etc. Todos esses métodos e princípios são meios de controle da corrosão, isto é evitar o início do processo ou ter um controle eficaz no caso da corrosão uniforme. Em segundo lugar pode-se aceitar a corrosão como inevitável e adotar um sistema de controle com o emprego da “sobre-espessura para corrosão”. Cumpre lembrar, que esta sobre-espessura é destinada à corrosão e portanto não deverá ser considerada para efeito de cálculos mecânicos como a determinação da distância entre suportes, por exemplo. 4.3.3. Como evitar a corrosão Tipo de corrosão Meio de proteção Escolha do material adequado Uniforme Tratamento superficial Detalhes de projeto Escolha do material adequado Alveolar Tratamento superficial Detalhes de projeto Escolha do material Alívio de tensões Sob tensão Detalhes de projeto Martelamento Seletiva Escolha do material 11
  • 27. Evitar contato de materiais diferentes Galvânica Anodos de sacrifício Proteção galvânica Escolha dos materiais Sob contato Detalhes de projeto Incisiva Escolha dos materiais Intergranular Escolha dos materiais Escolha dos materiais Corrosão-erosão Sobre-espessura Revestimento com materiais adequados a. Tratamento superficial Existem dois tipos de tratamento superficial: o tratamento com revestimentos permanentes (galvanização, argamassa de cimento, plásticos, borrachas, etc.) e o tratamento com revestimentos não permanentes (tintas). Ambos servem para impedir o contato da tubulação ou do equipamento com o meio agressivo, promovendo dessa forma sua proteção. Revestimentos Aplicação Utilização Normas Revestimento interno Poliuretano Líquido sem Revestimento externo DIN 30671 Adutoras ANO 1987 solvente Instalação aérea, enterrada e submersa Poliuretano-Tar sem Esgoto DIN 30671 Revestimento interno ANO 1987 solvente Emissário Epoxi-Tar sem solvente Esgoto Revestimento interno NBR 12309 Epoxi puro sem solvente Adutoras Revestimento interno NBR 12309 Argamassa de cimento Adutoras Revestimento interno NBR 10515 Esgoto Fitas de Polietileno Adutoras Revestimento externo AWWA C209 / C214 aplicadas a frio Esgoto Instalação enterrada Epoxi líquido Gás Revestimento interno API RP 5L2 Revestimento externo Epoxi Mastic Alumínio Instalação aérea Adutoras PETROBRÁS N-2288 Ambiente não agressivo Revestimento Gás AWWA C203 Óleo BSI – BS 4164 Coal Tar Enamel Tipo I Revestimento externo PETROBRÁS N-1207 Derivados de Petróleo PETROBRÁS N-650 Instalação enterrada Coal Tar Enamel Tipo II Mineroduto NBR 12780 Água SABESP E - 45 Gás Óleo Fusion Bonded Epoxi Revestimento externo Derivados de Petróleo AWWA C213 Instalação enterrada Mineroduto Água Gás Galvanização Revestimento interno Óleo ASTM A153 Revestimento externo Água 12
  • 28. b. Sobre-espessura Quando não podemos evitar a corrosão por completo devemos adotar uma sobre-espessura para corrosão. Note que esta sobre-espessura tem por objetivo adicionar uma certa quantidade de material para o sacrifício da corrosão. Portanto um valor que se acrescenta ao valor da espessura calculada da tubulação. A sobre-espessura para corrosão é destinada a controlar a corrosão uniforme e outras formas tais como as que atacam a espessura mas de nada vale para corrosão localizada microscópica. Para tubulações em geral são adotados os seguintes valores para a sobre- espessura para corrosão: • Até 1,5mm para serviços de baixa corrosão • Até 2,0mm para serviços de média corrosão • Até 3,5mm para serviços de alta corrosão 13
  • 29. 5. NORMAS 5.1. Introdução: Normas técnicas são códigos elaborados por entidades, que têm por finalidade a promoção da normalização entre as mais diversas atividades do conhecimento humano no sentido de promover a facilidade da prestação de serviços, da indústria, do comércio, da educação, da saúde, enfim de todas as atividades de cunho intelectual, científico, tecnológico e econômico. Existem muitos códigos e normas, regulando projetos, fabricação, montagem e utilização de tubos e acessórios para as mais diversas finalidades, detalhando materiais, condições de trabalho, procedimentos de cálculo, bem como padronizando suas dimensões. Os aços, em geral, são classificados em grau, tipo e classe. O grau normalmente identifica a faixa de composição química do aço. O tipo identifica o processo de desoxidação utilizado, enquanto que a classe é utilizada para descrever outros atributos, como nível de resistência e acabamento superficial. A designação do grau, tipo e classe utiliza uma letra, número, símbolo ou nome. Existem associações de normalização nacionais, regionais e internacionais. Dentre as nacionais podemos citar a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – que tem a finalidade de normalização em nosso país. A seguir é apresentada uma breve descrição dessas organizações: Fundada em 1940, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico nacional. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum Nacional de Normalização – ÚNICO – através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992. É membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da COPANT (Comissão Pan-americana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de Normalização). Fundada em 1918, A ANSI – American National Standards Institute, é uma organização privada sem fins lucrativos que administra e coordena a normalização voluntária e o sistema de avaliação de conformidade norte- americano. A Missão da ANSI é aumentar a competitividade dos negócios e a qualidade de vida norte-americana promovendo a elaboração de normas consensuais voluntárias e os sistemas de avaliação de conformidade. 14
  • 30. A American Welding Society (AWS) foi fundada em 1919 como uma entidade sem fins lucrativos, tendo como objetivo o desenvolvimento de normas voltadas para a aplicação de soldas e matérias correlatas. Do chão de fábrica ao mais alto edifício, de armamento militar a produtos de casa, a AWS continua dando suporte a educação e tecnologia da solda, para assegurar o fortalecimento e competitividade na vida de todos os americanos. DIN - Deutsches Institut für Normung (Instituto alemão para Normalização), é uma associação registrada, fundada em 1917. Sua matriz está em Berlim. Desde 1975 é reconhecido pelo governo alemão como entidade nacional de normalização, sendo o representante dos interesses alemães a nível internacional e europeu. A DIN oferece um foro no qual os representantes das indústrias, organizações de consumidores, comércio, prestadores de serviço, ciência, laboratórios técnicos, governo, em resumo qualquer um com um interesse na normalização, pode se encontrar de forma ordenada para discutir e definir as exigências de padrões específicos e registrar os resultados como Normas Alemãs. A BSI - British Standards Institution, se tornou o primeiro Instituto nacional de normas do mundo depois que foi fundado em 1901 como Comitê de Normas para Engenharia. Este Instituto estabeleceu um legado de serviço à comunidade empresarial que tem sido mantido por mais que um século. O grupo AFNOR é composto por uma associação e duas subsidiárias voltadas para a área comercial. A AFNOR – Association Française de Normalisation, foi criada em 1926; É reconhecida como órgão de utilidade pública e está sob a tutela do ministério da indústria. A AFNOR trabalha em colaboração com organizações profissionais e muitos sócios nacionais e regionais. A AFNOR atua num sistema central de normalização combinado diversos comitês setoriais de normalização dos poderes públicos e mais de 20.000 peritos. A AFNOR é o representante francês do CEN e da ISO e representa esses organismos na França. A Internacional Organization for Standardization (ISO) é uma federação mundial, composta por aproximadamente 140 países através de suas Entidades Nacionais de Normalização, sendo uma de cada país. A ISO é uma organização não-governamental fundada em 1947. Sua missão é promover o desenvolvimento da normalização e atividades relacionadas no mundo, com a finalidade de facilitar o comércio internacional de bens e serviços, e para desenvolver a cooperação nas esferas intelectual, atividade científica, tecnológica e econômica. O trabalho de ISO resulta em acordos internacionais que são publicados como Normas Internacionais. Fundada em 1880 como American Society of Mechanical Engineers, hoje ASME International é uma organização educacional e técnica sem fins lucrativos que atende a mais de 125.000 associados em todo o mundo O trabalho da sociedade é executado por sua diretoria eleita e por seus cinco conselhos, 44 seções e centenas de comitês em 13 regiões ao redor do mundo. Fundada em 1898, a ASTM International é uma das maiores organizações de desenvolvimento de normas voluntárias do mundo. A ASTM International é uma organização sem fins lucrativos, foro para o desenvolvimento e publicação de normas consensuais voluntárias para materiais, produtos, sistemas, e serviços. Possui mais de 20.000 sócios representantes de produtores, usuários, consumidores finais e representantes de governo desenvolvendo documentos que servem como uma base para fabricação, procedimentos e atividades regulamentadas. 15
  • 31. O Comitê Mercosul de Normalização (CMN) é uma associação civil, sem fins lucrativos, não governamental, reconhecido pelo Grupo Mercado Comum – GMC, através da Resolução n° 2/92, de 01.11.1991. A partir de 04.04.2000 através de um convênio firmado com o Grupo Mercado Comum, o comitê passou a se chamar Asociación Mercosur de Normalización e passou a ser o único organismo responsável pela gestão da normalização voluntária no âmbito do Mercosul. A Asociación é formada pelos organismos nacionais de normalização dos países membros, que são: Argentina: IRAM Instituto Argentino de Normalización – Brasil: ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas – Paraguai: INTN Instituto Nacional de Tecnologia y Normalización – Uruguai: UNIT Instituto Uruguayo de Normas Técnicas. A missão do CEN - Comitê Europeu de Normalização, é promover harmonização técnica voluntária na Europa juntamente com seus membros mundiais e seus associados na Europa. Harmonização diminui barreiras de comércio, promove segurança, facilita a troca de produtos, sistemas e serviços, e promovendo compreensão técnica comum. Na Europa o CEN trabalha em sociedade com CENELEC - o Comitê europeu para Normalização Electrotécnica e ETSI - o Instituto Europeu de Normalização das Telecomunicações. A Comissão Pan-americana de Normas Técnicas, conhecida como COPANT, é uma associação civil, sem fins lucrativos. Tem autonomia operacional completa e é de duração ilimitada. Os objetivos básicos da COPANT são promover o desenvolvimento da normalização técnica e atividades relacionadas em seus países membros com o objetivo de promover o desenvolvimento industrial, científico e tecnológico, beneficiando a troca de bens e serviços, bem como facilitando a cooperação nos campos intelectual, científico e social. Fundada em 1906, a Internacional Electrotechnical Commission (IEC) é a organização mundial que elabora e publica normas internacionais para as áreas da eletricidade, eletrônica e tecnologias relacionadas. A IEC foi fundada como resultado de uma resolução do Congresso Elétrico Internacional realizado em St. A Louis (USA) em 1904. A associação reúne mais de 60 países, incluindo as maiores e mais desenvolvidas nações do mundo e um número crescente de países em desenvolvimento. O IEEE (I - 3E) - Institute of Electrical and Eletronics Engineers, é uma associação profissional técnica, sem fins lucrativos, com mais de 375.000 sócios individuais em 150 países. O nome completo é o Instituto de Elétrico e Eletrônica Cria, Inc., embora a organização seja popularmente conhecida simplesmente como I-E-E-E. Através de seus membros, o IEEE é a principal autoridade nas áreas técnicas que variam de engenharia da computação, tecnologia biomédica e telecomunicações, até energia elétrica, aeroespacial e eletrônica popular, entre outros. A American Water Works Association é uma sociedade educacional e científica internacional, sem fins lucrativos, dedicada ao estudo da qualidade da água. Fundada em 1881, a AWWA possui mais de 55.500 membros que trabalham em diversos setores que envolvem a água. A AWWA possui centenas de normas e procedimentos. Tópicos que inclui recursos hídricos, tratamento de água, tubulação e acessórios, desinfecção, entre outros. A seguir é apresentado algumas das normas mais usadas em tubulações industriais, hidráulica, saneamento e de interesse geral. 16
  • 32. 5.2. Exemplos de normas da ABNT: NORMAS NBR / ABNT TUBO DE COBRE E SUAS LIGAS, SEM COSTURA, PARA CONDENSADORES, EVAPORADORES NBR 5029 E TROCADORES DE CALOR NBR 5443 TUBO DE AÇO DE PAREDE DUPLA PARA CONDUÇÃO DE FLUIDOS TUBOS DE CONDUÇÃO, SEM MATÉRIA PRIMA ESPECIFICADA, NAS SÉRIES LEVE, MÉDIA E NBR 5580 PESADA. PODEM SER FORNECIDOS COM EXTREMIDADES LISAS, CHANFRADAS OU COM ROSCA NBR 6414 (BSP) (COM OU SEM LUVA). TUBOS DE AÇO DE BAIXO CARBONO E CARBONO-MOLIBDENIO-SILÍCIO PARA AQUECIMENTO NBR 5581 EM REFINARIAS TUBOS DE AÇO CROMO-MOLIBDÊNIO E CROMO-MOLIBDÊNIO-SILÍCIO PARA AQUECIMENO NBR 5582 EM REFINARIAS TUBOS DE BAIXO CARBONO, DEFORMADOS A FRIO, PARA CONDENSADORES E NBR 5583 TROCADORES DE CALOR TUBOS DE AÇO CROMO-MOLIBDÊNIO-SILÍCIO PARA CONDENSADORES E TROCADORES DE NBR 5584 CALOR TUBOS DE AÇO CARBONO, COM ROSCA ANSI, PARA CONDUÇÃO DE FLUIDOS EM NBR 5885 INSTALAÇÕES COMUNS TUBOS DE CONDUÇÃO NOS GRAUS A E B, COM COMPOSIÇÃO QUÍMICA E PROPRIEDADES MECÂNICAS DEFINIDAS. SENDO O DE GRAU A APTO A SER DOBRADO, FLANGEADO E SERPENTINADO; E O GRAU B PODENDO SOFRER DOBRAMENTO E FLANGEAMENTO NBR 5590 LIMITADOS. SÃO FORNECIDOS NORMALMENTE NAS SÉRIE 40 E SÉRIE 80. PODE SER FORNECIDO COM EXTREMIDADES LISAS, CHANFRADAS OU COM ROSCA NBR 12912 (NPT) (COM OU SEM LUVA). NBR 5592 TUBOS DE AÇO MÉDIO CARBONO, PARA CALDEIRAS E SUPERAQUECEDORES NBR 5593 TUBOS DE AÇO CARBONO-MOLIBDÊNIO PARA CALDEIRAS E SUPERAQUECEDORES NBR 5594 TUBOS DE AÇO CARBONO PARA CALDEIRAS E SUPERAQUECEDORES DE ALTA PRESSÃO NBR 5595 TUBO DE AÇO-CARBONO SOLDADO POR RESISTÊNCIA ELÉTRICA PARA CALDEIRAS NBR 5597 ELETRODUTOS RÍGIDOS DE AÇO CARBONO, TIPO PESADO, COM ROSCA ELETRODUTOS RÍGIDOS DE AÇO CARBONO, COM REVESTIMENTO PROTETOR, TIPO MÉDIO NBR 5598 E PESADO, COM ROSCA NBR 5599 TUBOS DE AÇO DE PRECISÃO, COM COSTURA TUBOS DE AÇO, COM E SEM COSTURA, PARA CONDUÇÃO, UTILIZADOS EM BAIXA NBR 5602 TEMPERATURA TUBOS DE AÇO FERRÍTICO, SEM COSTURA, PARA CONDUÇÃO, UTILIZADOS EM ALTAS NBR 5603 TEMPERATURAS TUBO DE AÇO-CARBONO COM COSTURA HELICOIDAL PARA USO EM ÁGUA, AR E VAPOR DE NBR 5622 BAIXA PRESSÃO EM INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS NBR 5645 TUBO CERÂMICO PARA CANALIZAÇÕES NBR 5647 TUBOS DE PVC RÍGIDO PARA ADUTORAS E REDES DE ÁGUA NBR 5648 TUBO DE PVC RÍGIDO PARA INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA NBR 5688 TUBO E CONEXÃO DE PVC RÍGIDO PARA ESGOTO PREDIAL E VENTILAÇÃO NBR 5922 TUBOS DE AÇO CARBONO PARA INJEÇÃO DE COMBUSTÍVEL EM MOTORES DIESEL NBR 6321 TUBOS DE AÇO CARBONO PARA SERVIÇOS EM ALTAS TEMPERATURAS NBR 6358 TUBOS DE AÇO-CARBONO E AÇO LIGA SEM COSTURA PARA TROCA TÉRMICA TUBOS DE AÇO CARBONO, PERFIS REDONDOS, QUADRADOS E RETANGULARES PARA FINS NBR 6591 INDUSTRIAIS NBR 7362 TUBO DE PVC RÍGIDO COM JUNTA ELÁSTICA, COLETOR DE ESGOTO NBR 7543 TUBOS SEM E COM COSTURA DE AÇO INOXIDÁVEL AUSTENÍTICO, PARA CONDUÇÃO TUBOS DE FERRO FUNDIDO DÚCTIL CENTRIFUGADO COM FLANGES ROSCADOS OU NBR 7560 SOLDADOS TUBO DE FERRO FUNDIDO CENTRIFUGADO, DE PONTA E BOLSA, PARA LÍQUIDOS SOB NBR 7661 PRESSÃO, COM JUNTA NÃO ELÁSTICA TUBO DE FERRO FUNDIDO CENTRIFUGADO PARA LÍQUIDOS SOB PRESSÃO COM JUNTA NBR 7662 ELÁSTICA NBR 7663 TUBO DE FERRO FUNDIDO DÚCTIL CENTRIFUGADO, PARA CANALIZAÇÕES SOB PRESSÃO NBR 7665 TUBO DE PVC RÍGIDO DEFOFO COM JUNTA ELÁSTICA PARA ADUTORAS E REDES DE ÁGUA NBR 8161 TUBOS E CONEXÕES DE FERRO FUNDIDO PARA ESGOTO E VENTILAÇÃO NBR 8261 TUBOS DE AÇO CARBONO, PARA FINS ESTRUTURAIS NBR 8417 TUBO DE POLIETILENO PARA LIGAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA NBR 8890 TUBO DE CONCRETO ARMADO DE SEÇÃO CIRCULAR PARA ESGOTO SANITÁRIO NBR 8910 TUBO DE ALUMÍNIO PARA IRRIGAÇÃO NBR 9793 TUBO DE CONCRETO SIMPLES DE SEÇÃO CIRCULAR PARA ÁGUAS PLUVIAIS NBR 9794 TUBO DE CONCRETO ARMADO DE SEÇÃO CIRCULAR PARA ÁGUAS PLUVIAIS NBR 9809 TUBOS DE ALUMÍNIO PN 80 COM ENGATE RÁPIDO PARA IRRIGAÇÃO 17
  • 33. ANEL DE VEDAÇÃO DE BORRACHA PARA JUNTA ELÁSTICA DE TUBOS E CONEXÕES DE AÇO NBR 9915 PONTA E BOLSA TUBOS DE AÇO-LIGA FERRÍTICOS E AUSTENÍTICOS SEM COSTURA, PARA CALDEIRAS, NBR 10252 SUPERAQUECEDORES E PERMUTADORES NBR 10564 TUBO DE POLIETILENO PARA IRRIGAÇÃO TUBOS E CONEXÕES DE PVC RÍGIDO COM JUNTA ELÁSTICA PARA COLETOR PREDIAL E NBR 10570 SISTEMA CONDOMINIAL DE ESGOTO SANITÁRIO NBR 10843 TUBOS DE PVC RÍGIDO PARA INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUAS PLUVIAIS NBR 12016 TUBOS DE AÇO ZINCADO PN 150 COM JUNTA DE ENGATE RÁPIDO PARA IRRIGAÇÃO TUBO DE COBRE LEVE, MÉDIO E PESADO, SEM COSTURA, PARA CONDUÇÃO DE ÁGUA E NBR 13206 OUTROS FLUÍDOS NBR 14228 TUBOS EXTRUDADOS DE ALUMÍNIO PARA IRRIGAÇÃO TUBOS DE PVC RÍGIDO COM JUNTA SOLDÁVEL OU ELÁSTICA PN 40 E PN 80 PARA SISTEMAS NBR 14312 PERMANENTES DE IRRIGAÇÃO 5.3. Exemplos de normas da ANSI/ASME: NORMAS ASME / ANSI ASME / ANSI B16.1 CAST IRON PIPE FLANGES AND FLANGED FITTINGS ASME / ANSI B16.3 MALLEABLE IRON THREADED FITTINGS ASME / ANSI B16.4 CAST IRON THREADED FITTINGS ASME / ANSI B16.5 PIPE FLANGES AND FLANGED FITTINGS ASME / ANSI B16.9 FACTORY-MADE WROUGHT STEEL BUTTWELDING FITTINGS ASME / ANSI B16.10 FACE-TO-FACE AND END-TO-END DIMENSIONS OF VALVES ASME / ANSI B16.11 FORGED STEEL FITTINGS, SOCKET-WELDING AND THREADED ASME / ANSI B16.12 CAST IRON THREADED DRAINAGE FITTINGS ASME / ANSI B16.14 FERROUS PIPE PLUGS, BUSHINGS AND LOCKNUTS WITH PIPE THREADS ASME / ANSI B16.15 CAST BRONZE THREADED FITTINGS ASME / ANSI B16.18 CAST COPPER ALLOY SOLDER JOINT PRESSURE FITTINGS METALLIC GASKETS FOR PIPE FLANGES-RING-JOING, SPIRAL-WOULD, ASME / ANSI B16.20 ANDJACKETED ASME / ANSI B16.21 NONMETALLIC FLAT GASKETS FOR PIPE FLANGES ASME / ANSI B16.24 CAST COPPER ALLOY PIPE FLANGES AND FLANGED FITTINGS ASME / ANSI B16.25 BUTTWELDING ENDS ASME / ANSI B16.28 WROUGHT STEEL BUTTWELDING SHORT RADIUS ELBOWS AND RETURNS ASME / ANSI B16.34 VALVES - FLANGED, THREADED, AND WELDING END ASME / ANSI B16.36 ORIFICE FLANGES ASME / ANSI B16.38 LARGE METALLIC VALVES FOR GAS DISTRIBUTION ASME / ANSI B16.39 MALLEABLE IRON THREADED PIPE UNIONS ASME / ANSI B16.42 DUCTILE IRON PIPE FLANGES AND FLANGED FITTINGS, CLASSES 150 AND 300 ASME / ANSI B16.45 CAST IRON FITTINGS FOR SOLVENT DRAINAGE SYSTEMS ASME / ANSI B16.47 LARGE DIAMETER STEEL FLANGES: NPS 26 THROUGH NPS 60 ASME / ANSI B36.10 WELDED AND SEAMLESS WROUGHT STEEL PIPE ASME / ANSI B36.19 STAINLESS STEEL PIPE 5.4. Exemplos de normas Mercosul: NORMAS MERCOSUL TUBOS DE AÇO CARBONO, SOLDADOS POR RESISTÊNCIA ELÉTRICA, PARA TROCADORES NM 60 DE CALOR E CONDENSADORES TUBOS DE AÇO CARBONO, SOLDADOS POR RESISTÊNCIA ELÉTRICA PARA USO NA NM 61 CONDUÇÃO TUBOS DE AÇO CARBONO SOLDADOS POR RESISTÊNCIA ELÉTRICA PARA CALDEIRAS E NM121 SUPERAQUECEDORES PARA SERVIÇOS DE ALTA PRESSÃO TUBOS DE AÇO DE BAIXO CARBONO SEM COSTURA, ACABADOS A FRIO, PARA NM119 TROCADORES DE CALOR E CONDENSADORES 5.5. Exemplos de normas da DIN: NORMAS DIN DIN 1615 TUBOS NÃO SUJEITOS A REQUISITOS ESPECIAIS DIN 1626 TUBOS SUJEITOS A REQUISITOS ESPECIAIS QUANTO A PRESSÃO E TEMPERATURA DIN 1628 TUBOS DE ALTA PERFORMANCE QUANTO A PRESSÃO E TEMPERATURA 18
  • 34. TUBOS DE CONDUÇÃO, SEM MATÉRIA PRIMA ESPECIFICADA, PARA PRESSÕES DE NO MÁXIMO 25 KGF/CM2 PARA LÍQUIDOS E 10 KGF/CM2 PARA AR E GAZES NÃO PERIGOSOS. DIN 2440 PODEM SER FORNECIDOS COM EXTREMIDADES LISAS, CHANFRADAS OU COM ROSCA BSP (COM OU SEM LUVA). ESTA NORMA É PRATICAMENTE IGUAL A NORMA BRASILEIRA NBR 5580 CLASSE M. TUBOS DE CONDUÇÃO, SEM MATÉRIA PRIMA ESPECIFICADA, PARA PRESSÕES DE NO MÁXIMO 25 KGF/CM2 PARA LÍQUIDOS E 10 KGF/CM2 PARA AR E GAZES NÃO PERIGOSOS. DIN 2441 PODEM SER FORNECIDOS COM EXTREMIDADES LISAS, CHANFRADAS OU COM ROSCA BSP (COM OU SEM LUVA). ESTA NORMA É PRATICAMENTE IGUAL A NORMA BRASILEIRA NBR 5580 CLASSE P. DIN 2442 TUBOS DE AÇO COM ROSCA E LUVAS, COM EXIGÊNCIAS ESPECIAIS DIN 2448 TUBOS DE AÇO PARA CALDEIRAS, APARELHOS E OUTROS FINS DIN 17175 TUBOS DE AÇO RESISTENTES AO CALOR 5.6. Exemplos de normas da ASTM: NORMAS ASTM TUBOS DE CONDUÇÃO NOS GRAUS A E B, COM COMPOSIÇÃO QUÍMICA E PROPRIEDADES MECÂNICAS DEFINIDAS. SENDO O DE GRAU A APTO A SER DOBRADO, FLANGEADO E SERPENTINADO; E O GRAU B PODENDO SOFRER DOBRAMENTO E FLANGEAMENTO ASTM A53 LIMITADOS. PODE SER FORNECIDO COM EXTREMIDADES LISAS, CHANFRADAS OU COM ROSCA (COM OU SEM LUVA). ESTA NORMA É PRATICAMENTE IGUAL A NORMA BRASILEIRA NBR 5590. ASTM A106 TUBOS DE AÇO CARBONO, PARA EMPREGO A ALTAS TEMPERATURAS TUBOS DE CONDUÇÃO, SEM MATÉRIA PRIMA ESPECIFICADA. PODEM SER FORNECIDOS ASTM A120 COM EXTREMIDADES LISAS, CHANFRADAS OU COM ROSCA (COM OU SEM LUVA). TUBOS DE CONDUÇÃO NOS GRAUS A E B, COM COMPOSIÇÃO QUÍMICA E PROPRIEDADES MECÂNICAS DEFINIDAS. SENDO O DE GRAU A APTO A SER DOBRADO A FRIO. COM ASTM A135 DIÂMETRO NOMINAL VARIANDO DE 2” A 30”. PODE SER FORNECIDO COM EXTREMIDADES LISAS, CHANFRADAS OU COM ROSCA (COM OU SEM LUVA). ASTM A161 TUBOS DE AÇO BAIXO CARBONO-MOLIBDÊNIO, PARA EMPREGO EM REFINARIAS ASTM A178 TUBOS PARA CALDEIRAS, SUPERAQUECEDORES E VASOS DE PRESSÃO TUBOS DE AÇO BAIXO CARBONO, DEFORMADOS A FRIO, PARA TROCADORES DE CALOR E ASTM A179 CONDENDADORES ASTM A192 TUBOS DE AÇO CARBONO, PARA CALDEIRAS DE ALTA PRESSÃO TUBOS DE AÇO-LIGA, DEFORMADOS A FRIO, PARA TROCADORES DE CALOR E ASTM A199 CONDENSADORES ASTM A200 TUBOS DE AÇO-LIGA, PARA EMPREGO EM REFINARIAS ASTM A209 TUBOS DE AÇO-LIGA CARBONO-MOLIBDÊNIO, PARA CALDEIRAS E SUPERAQUECEDORES ASTM A210 TUBOS DE AÇO CARBONO, PARA CALDEIRAS E SUPERAQUECEDORES TUBOS DE AÇO-LIGA FERRÍTICO E AUSTENÍTICO, PARA CALDEIRAS, SUPERAQUECEDORES ASTM A213 E TROCADORES DE CALOR ASTM A333 TUBOS DE AÇO PARA SERVIÇOS A BAIXA TEMPERATURA ASTM A334 TUBOS DE AÇO CARBONO E AÇO-LIGA PARA EMPREGO A BAIXA TEMPERATURA ASTM A335 TUBOS DE AÇO-LIGA FERRÍTICO, PARA EMPREGO A ALTA TEMPERATURA TUBOS DE AÇO-LIGA FERRÍTICO, COM TRATAMENTO TÉRMICO ESPECIAL, PARA EMPREGO A ASTM A406 ALTA TEMPERATURA ASTM A423 TUBOS DE AÇO DE BAIXA LIGA ASTM A500 TUBOS PARA USO ESTRUTURAL EM GERAL ASTM A513 TUBOS PARA USO MECÂNICO EM GERAL ASTM A556 TUBOS DE AÇO CARBONO, DEFORMADOS A FRIO, PARA AQUECEDORES DE ÁGUA ASTM A700 PADRÕES PARA EMPACOTAMENTO E CARREGAMENTO DE PRODUTOS TUBULARES 5.7. Exemplo de normas da API: NORMAS API API 5A TUBOS DE PERFURAÇÃO, REVESTIMENTO E BOMBEAMENTO PARA POÇOS PETROLÍFEROS TUBOS DE REVESTIMENTO E BOMBEAMENTO PARA POÇOS PETROLÍFEROS COM API 5AC PROPRIEDADES RESTRITAS TUBOS DE PERFURAÇÃO, REVESTIMENTO E BOMBEAMENTO PARA POÇOS PETROLÍFEROS API 5AX COM EXIGÊNCIAS ESPECIAIS ESPECIFICAÇÃO DE ROSCAS, CALIBRES E INSPEÇÃO DE ROSCAS PARA CASING, TUBING E API 5B LINE-PIPE API 5L TUBOS PARA CONDUÇÃO DE PRODUTOS PETROLÍFEROS API 5LX TUBOS PARA CONDUÇAÕ DE PRODUTOS PETROLÍFEROS COM EXIGÊNCIAS ESPECIAIS 19
  • 35. 6. MEIOS DE LIGAÇÃO 6.1. MEIOS DE LIGAÇÃO Existem diversos meios de ligação utilizados para fazer a união de tubos, conexões, válvulas e acessórios. Os mais utilizados são as ligações roscadas, soldadas, flangeadas e as do tipo ponta e bolsa. 6.2. LIGAÇÕES ROSCADAS São as ligações de baixo custo, de relativa facilidade de execução porém seu emprego está limitado ao diâmetro DN=150 (6”), mas raramente empregado além de DN=50 (2”). Rosca BSP (NBR 6414 ou DIN 2999 ou ISO 7/1) É o tipo de rosca utilizado em instalações domiciliares, instalações prediais e em instalações industriais de baixa responsabilidade. A rosca macho apresenta uma inclinação de 1:16 e a rosca fêmea se apresenta paralela. Usada principalmente em tubulações da classe 10 ou classe 150# e os tubos usados devem ter as dimensões conforme a norma NBR 5580 classes L, M ou P ou ainda conforme as normas DIN. A vedação se dá pelo aperto dos filetes e pela adição de um vedante, atualmente o vedante mais usado é a fita de PTFE. Rosca NPT (NBR 12912 ou ASME/ANSI B1.20.1) É o tipo de rosca utilizado primordialmente em instalações industriais. A rosca macho e a fêmea apresentam uma inclinação de 1:16. Usada em tubulações de baixa pressão, classe 150#, de média pressão, classe 300# e nas tubulações de alta pressão das classes 2000#, 3000# e 6000# e os tubos usados devem ter as dimensões conforme a norma NBR 5590 classes N, R ou DR ou ainda com dimensões conforme as normas ASME/ANSI B36.10 e ASME/ANSI B36.19, não sendo permitido a utilização de roscas em tubos das séries SCH 5S e 10S. A vedação se dá pelo aperto dos filetes e pela adição de um vedante, atualmente o vedante mais usado é a fita de PTFE. 6.3. LIGAÇÕES SOLDADAS São as principais ligações para tubos de aço carbono, aço liga e aço inox. São também usadas para tubos metálicos não ferrosos. As ligações soldadas têm sempre uma resistência mecânica equivalente à resistência do tubo, estanqueidade perfeita, boa aparência, sem necessidade de manutenção e grande facilidade para a aplicação de pinturas e isolantes térmicos. 20
  • 36. As mais utilizadas são as ligações com solda de topo, encaixe e solda e a brasagem. Solda de topo (Butt welding) É o tipo de ligação comumente empregado para tubulação de todos os diâmetros, porém mais empregado para DN≥50 (2”). Para solda de topo em tubos com dimensões conforme ASME/ANSI B36.10 e ASME/ANSI B36.19 as pontas dos tubos devem ser chanfradas conforme a norma ASME/ANSI B16.25 e os tubos com dimensões conforme as normas DIN devem ser chanfradas conforme a norma DIN 2559. ASME/ANSI B16.25 Encaixe e solda ou soquetadas (Socket welding) Muito usada em instalações industriais de todas as faixas de pressão e temperatura. Este tipo de ligação está definido na norma ASME/ANSI B16.11 para DN≤100 (4”) mas normalmente utilizado para DN≤50 (2”) para tubos de aço carbono, aço ligado e aço inox para serviços de todos os tipo mas é recomendável que se evite o uso deste tipo de ligação com fluidos de alta corrosão. Brasagem (Brazing) Usada principalmente para tubulações metálicas não ferrosas, tubos de cobre e conexões de latão ou bronze. São soldas executadas com material diferente do material do tubo ou da conexão com baixo ponto de fusão (geralmente o estanho). 6.4. LIGAÇÕES FLANGEADAS Flanges são peças especiais que se destinam a fazer a ligação entre tubos, conexões, válvulas, acessórios e equipamentos e entre tubos, onde se deseja uma montagem/desmontagem rápida ou freqüente. Cada ligação flangeada necessita de um jogo de parafusos e uma junta de vedação. São ligações empregadas em todos os diâmetros para tubos de ferro fundido, aço carbono, aço liga, aço inox, plásticos e também em válvulas e acessórios de materiais não ferrosos. A norma DIN e a norma ASME / ANSI padronizam diversos tipos de flanges, para aço carbono, para aço inox, ferro fundido e materiais metálicos não ferrosos. Os flanges mais comuns são o flange sobreposto, o flange de pescoço, o flange roscado, o flange de encaixe, o flange solto e o flange cego. 21
  • 37. 6.4.1. Tipos de flanges Flange sobreposto (SO – Slip-on) É o tipo mais comum e o de instalação mais fácil, pois não necessita de exatidão no corte e a ligação é feita com duas soldas, uma interna e a outra externa. Seu uso deve ser limitado a 400°C e a 20 bar (~20,0kgf/cm2). Flange de pescoço (WN – Welding-neck) Pode ser usado para qualquer combinação de pressão e temperatura. Ligado ao tubo por uma única solda, de topo, dá origem a menores tensões residuais que o tipo sobreposto. Sua montagem exige que o tubo seja cortado na medida exata e biselado para solda de topo. Flange roscado (SCR – Screwed) Especialmente indicado para tubos não soldáveis tais como ferro fundido, aço galvanizado e materiais plásticos. Flange de encaixe (SW – Socket-weld) Muito parecido com o tipo sobreposto porém mais resistente pois tem um encaixe completo para a ponta do tubo e necessita apenas de uma soda externa e por isso desenvolve menor tensão residual que o sobreposto. Não é recomendado para serviços de alta corrosão. Flange solto (LJ – Lap-joint) Este tipo de flange não é fixo à tubulação, podendo deslizar livremente no tubo, só se detendo na extremidade do tubo onde é soldado uma peça denominada de pestana (stub-end). São utilizados em tubulações de materiais nobres, de custo elevado, pois os flanges soltos não entram em contato com o fluido e portanto pode ser de material menos nobre. Flange cego (Blind) São utilizados em finais de linhas e fechamento de bocais proporcionando um tamponamento de fácil remoção. Flange de redução São indicados onde se deseja uma redução diretamente no flange, sem uso de conexões de redução na tubulação. É um tipo de flange pouco usual. 6.4.2. Faceamento dos flanges Face plana Este tipo de faceamento é usado para materiais frágeis e quebradiços ou para materiais sujeitos ao amassamento onde devemos ter um contato pleno para propiciar o aperto final. Face com ressalto Este tipo de faceamento é o mais comum e é usado para as mais variadas combinações de pressão e temperatura. 22
  • 38. Face com junta de anel Este tipo de faceamento é usado para serviços severos em altas pressões ou temperaturas com fluidos inflamáveis ou corrosivos onde se deseja absoluta segurança contra vazamentos. Face do tipo macho-fêmea Este tipo de faceamento do tipo lingüeta e ranhura é de uso mais raro e é usado em serviços mais severos sujeitos a pressões elevadas. 6.4.3. Acabamento da face dos flanges O acabamento da face dos flanges pode ser com ranhuras ou liso. Quando se empregam flanges com faces com acabamento ranhurado deve-se usar juntas de amassamento para a vedação e quando se utilizam flanges com face lisa deve-se usar juntas do tipo reação. Espiral contínua Passo de 0,7 a 1,0 mm Ranhura 1 Raio de 1,6 a 2,4 mm Standard Profundidade resultante de 0,026 mm a 0,080 mm Espiral contínua em “V” de 90° Ranhura 2 Passo de 0,6 a 1,0 mm Espiral Raio de 0,00 a 0,4 mm Espiral contínua Ranhura 3 Passo de 0,3 a 0,4 mm Tipo 125rms Raio de 0,3 a 0,4 mm Ranhura concêntrica em “V” de 90° Ranhura Passo de 0,6 a 1,0 mm 4 Concêntrica Raio de 0,00 a 0,4 mm Profundidade de 0,13 a 0,4 mm 6.4.4. Classes de pressão NORMA MATERIAL CLASSE DE PRESSÃO ASME/ANSI B16.1 Ferro Fundido 125# – 250# 150# – 300# – 400# – 600# – 900# – 1500# – ASME/ANSI B16.5 Aço 2500# ASME/ANSI B16.24 Bronze e Latão 150# – 300#. PN 2,5 – PN 6 – PN 10 – PN 16 – PN 25 – PN 40 DIN (DIVERSAS) Diversos – PN 64 PN 100 – PN 160 – PN 250 – PN320 6.4.5. Processos de fabricação Pode-se classificar em três tipos principais de fabricação de flanges: os forjados, os usinados e os fundidos. 23
  • 39. Flanges forjados A norma ASME/ANSI B16.5 estabelece as dimensões dos flanges forjados de aço carbono, aço ligado e de aço inoxidável e as normas da ASTM estabelecem a composição química e as propriedades físicas dos aços empregados na forja. Flanges usinados São flanges que não podem ser usados em condições severas, tendo seu uso limitado às baixas pressões e temperaturas ambientes. Para seu uso em condições mais severas deverá ser objeto de cálculo de sua resistência mecânica. Flanges fundidos A norma ASME/ANSI B16.1 estabelece as dimensões dos flanges de ferro fundido e a norma ASME/ANSI B16.24 estabelece as dimensões dos flanges de bronze e de latão fundido e diversas normas da ASTM estabelecem a composição química e as propriedades físicas dos materiais fundidos. 6.5. LIGAÇÕES DO TIPO PONTA E BOLSA São ligações usadas principalmente em tubos de ferro fundido e de plásticos mas também existente em aço carbono porém de uso menos freqüente. Uma das principais características desse tipo de ligação é a relativa facilidade e a rapidez da montagem em comparação com mesma ligação executada por solda de topo. 6.5.1. Ponta e bolsa com junta elástica Este tipo de junta é utilizado tanto para tubos e conexões de ferro fundido e de plásticos como o pvc, polipropileno ou pvc reforçado com fibra de vidro. Constitui de uma junta de borracha, de montagem deslizante, constituída pelo conjunto formado pela ponta do tubo, bolsa contígua de outro tubo ou conexão e pelo anel de borracha. 6.5.2. Ponta e bolsa com junta mecânica Atualmente apenas utilizado em luvas, para facilidade de manutenção ou quando se executam reparos em tubulações existentes. 24
  • 40. 6.5.3. Ponta e bolsa com junta travada Este tipo de junta é utilizado para tubos e conexões de ferro fundido TRAVADA INTERNA onde não serão executados os blocos de ancoragem para absorção do empuxo devido à pressão interna para garantir o equilíbrio de toda a tubulação. No mercado, pode-se encontrar dois tipos de junta travada, a interna e a externa. TRAVADA EXTERNA 6.6. OUTROS TIPOS DE LIGAÇÃO 6.6.1 Ligações sanitárias São ligações especiais usadas em serviços sanitários em indústrias alimentícias em geral, indústrias de bebidas, farmacêuticas, cosméticos e outras. Essas ligações são empregadas em tubos, conexões, válvulas e acessórios com a finalidade de conexão e desconexão com muita rapidez e segurança para limpeza e desinfecções periódicas. As conexões, válvulas e acessórios fabricados com este tipo de ligação têm as dimensões apropriadas para emprego em tubos com diâmetro externo tipo “OD” conforme norma ASTM A270 e impróprios para tubos com as dimensões conforme a norma ASME/ANSI B36.19. As conexões são fabricadas de aço inox com polimento sanitário e a vedação é feita por meio de um anel de vedação de elastômero que pode ser de buna-N, viton, ptfe (teflon®), epdm ou silicone. Existem no mercado nacional quatro tipos de ligação sanitária, a saber: 25