O documento discute as principais correntes teóricas da contabilidade ao longo da história, incluindo o Contismo, Personalismo, Controlismo, Reditualismo e Aziendalismo. Também aborda símbolos importantes da profissão contábil como o caduceu, anel e figuras como Luca Pacioli e São Mateus.
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
Teoria Geral da Contabilidade
1. Teoria Geral da Contabilidade
Contismo: Apesar de não ser considerada uma corrente
científica, foi a escola precursora da teoria de serem as contas o
objeto de estudo da contabilidade e influenciou grandes
contadores, principalmente os da Itália. A partir de 1818, o
principal líder foi Giuseppe Bornaccini.
• Antes dela a Teoria das Cinco Contas Gerais de Degranges
em 1795 dividia as contas em:
1. Mercadorias gerais;
2. Caixa;
3. Contas a receber;
4. Contas a pagar;
5. Lucros e perdas.
2. Personalismo: o Contismo perdeu influencia devido a falta de
suporte de sua enunciação. A conta não é a causa é o efeito que
expressa o fenômeno patrimonial. Logo, uma ciência não se
dedica ao estudo do efeito, mas da causa como objeto de
observação, elaboração e análise.
• O personalismo teve sua origem com o francês Hipolitte
Vannier, mas foi Francesco Marchi quem lançou as bases de
um personalismo científico. Partiam do raciocínio de que as
relações que motivavam os direitos e as obrigações são
importantes objetos de estudos , por esta razão, tem-se o
conceito de patrimonio que representa o conjunto de bens,
direitos e obrigações.
Controlismo: teve Carlo Ghidiglia, que admitia a Contabilidade
como ciência, tendo a seu cargo regular todas as ações que se
relacionam com a riqueza e com as necessidades humanas,
estabelecendo uma hierarquia para o estudo dos fenômenos:
estudo da riqueza, estudo das funções da riqueza e estudo dos
agregados da riqueza.
3. Reditualismo: estudavam a dinâmica da riqueza patrimonial,
mas desprezavam a estrutura dos elementos patrimoniais.
Conseguiram desenvolver-se num país socialista, embora a
corrente estivesse voltada para o capitalismo.
• Schmalenbach visualizava os fenômenos circulatórios da
riqueza patrimonial em sua dinâmica, dando a essa dinâmica
o aspecto temporal não coincidente com o ano calendário,
mas com o ciclo operacional. Os reditualistas tiveram a
propriedade de reconhecer o valor da consideração dos
fluxos em contabilidade, ou seja, do estudo de uma dinâmica
patrimonial, da relatividade do lucro, da realidade
empresarial.
4. Aziendalismo: antes de se desenvolver como grande escola
de pensamento italiano, teve suas origens com pesquisadores
de outras partes do mundo.
Foi Gomberg o primeiro a despertar para uma economia
aziendal, que mais tarde se tornaria, na Itália, a corrente
aziendalista. Gomberg tomou como objeto de estudos a riqueza
impessoal ou administrativa, deu foco à economia e denominou
a Contabilidade como Economologia, tendo como função
estudar todos os fatos da gestão patrimonial.
• Tendo como base a economia aziendal, a Escola Veneziana
enunciava o Aziendalismo, com Alberto Ceccherelli e com seu
principal líder italiano, Gino Zappa, que teve suas raízes nos
pensadores alemães.
• Os aziendalistas se preocupavam em estudar o conjunto de
ciências que tratavam da azienda como campo de aplicação.
Compunha-se da Administração, da Organização e da
Contabilidade, sendo cada ciência apenas parte desse
conjunto.
• De acordo com seus adeptos, os fenômenos a estudar são os
aziendais, e admite a Contabilidade apenas como
levantamento de fatos patrimoniais, restringindo-lhe o campo.
5. Patrimonialismo: reconhece que os estudos da Contabilidade é o
patrimônio, enquanto riqueza gerida para cumprir.
Neopatrimonialismo: admitem que o objeto de estudo é o patrimônio
das células sociais, mas estudado sob a ótica de funções sistemáticas, e
estas em relação a eficácia.
6. Significado do Caduceu
• O caduceu é um bastão entrelaçado com duas serpentes,
que na parte superior tem duas pequenas asas ou um
elmo alado. Sua origem se explica racional e
historicamente pela suposta intervenção de Mercúrio
diante de duas serpentes que lutavam, as quais se
enroscavam em seu bastão. Os romanos utilizavam o
caduceu como símbolo do equilíbrio moral e da boa
conduta: o bastão expressa o poder; as duas serpentes, a
sabedoria; as asas, a diligência; o elmo é emblemático de
pensamentos elevados. O que se entende realmente é que
o bastão representa o poder de quem conhece a ciência
contábil.
• As serpentes simbolizam a sabedoria e estão entrelaçadas
para demonstrar o elo entre os atributos da natureza
humana, social e profissional, em que há a integração das
matérias e atividades de formação profissional básica,
específica e complementar. Já as duas asas figuram a
presteza, a solicitude, a dedicação e o cuidado ao exercer a
profissão – tem, entre as matérias voltadas aos atributos
de natureza humanística e social, o estudo da língua pátria,
as relações humanas, as noções de ciências sociais e de
direito, assim como a versatilidade da realidade brasileira
na era da globalização. E por último o Elmo que é uma
peça de armadura antiga que cobria a cabeça,
representando, dentro do currículo pleno do curso de
ciências contábeis, pela ética geral e profissional.
7. O anel da Contabilidade
O anel do contabilista é um conjunto de
símbolos que sugere significações ligadas à
lei, à proteção da sociedade, além do
conhecimento científico-contábil.
• Sua estrutura é toda em ouro e possui
como pedra principal a turmalina rosa
clara, que simboliza a afinidade com a
lei. Aos brilhantes atribui-se uma
simbologia cultural, associada ao valor
das pedras brutas preciosas, que, após
polidas, tornam-se pedras nobres. A
Tábua da Lei, em platina ou ouro
branco, retratada em uma das laterais,
advém da antiga tradição judaica de que
a lei foi entregue por Deus a Moisés em
tábuas, contendo os Dez Mandamentos.
Na outra lateral, tem-se o caduceu
estilizado.
8. Pai da Contabilidade –
Luca Pacioli. • O frei italiano Luca Pacioli ou
Paciolo nasceu no século XV e tinha
49 anos quando foi editada, em
Veneza, a sua obra “Summa de
arithmetica, geometria proportioni
et propornalità”, na qual está
inserido o “Particulario de
computies et scripturis”, que versa
sobre o método das partidas
dobradas.
• Embora não seja o autor das
partidas dobradas, celebrizou-se
como um grande difusor dos
critérios de escrituração mercantil,
tendo inaugurado uma nova fase
na literatura da Contabilidade
9. João Lyra – Patrono
da Classe Contábil
• O criador do Dia do Contabilista, João de
Lyra Tavares, nasceu em 23 de novembro
de 1871, na cidade de Goiana/PE, e
faleceu em 30 de dezembro de 1930.
• Foi guarda-livros, chefe de escritório e da
firma em que trabalhava. Como
comerciante, teve uma atuação destacada
em Pernambuco. Fundou em seu Estado,
uma Associação de Guarda-Livros e foi
membro da Associação Comercial do
Recife. Residindo naquele Estado entre os
anos de 1895 a 1902. Viajou para a
Paraíba, onde residiu de 1902 a 1914, foi
eleito deputado estadual sendo o relator
da despesa e receita do Estado. Possuiu
comercio e escrevia para os jornais mais
importantes daquele Estado, além de ser
professor.
10. Padroeiro da
Contabilidade
• O apóstolo São Mateus, também
conhecido por Levi, era de origem
judaica e exerceu na juventude o cargo
de publicano – cobrador de impostos.
Dentre suas atribuições, destacam-se a
elaboração da escrita e a formulação
dos principais documentos de receita.
Posteriormente, dedicou-se à
evangelização e deixou grande obra
como escritor evangelista.
• Por iniciativa dos Colégios de
Contabilistas italianos, São Mateus foi
proclamado “Celeste Patrono dos
Contabilistas” em 6 de agosto de 1953
e, desde então, é venerado como mártir
pela Igreja Católica, sendo consagrado
ao Santo Padroeiro o dia 21 de
setembro.