O documento discute patologias em edifícios, com foco na fissuração de alvenarias. As principais causas de fissuração incluem solicitações de tração, flexão e cisalhamento; movimentações térmicas e higroscópicas; e recalques diferenciados de fundações. Detalha também causas de descolamento entre estruturas e alvenarias, e problemas relacionados à qualidade dos materiais e aplicação de revestimentos.
1. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
PROJETOS
ARQUITETURA
A MAIORIA DAS OCORRÊNCIAS DE
FUNDAÇÕES PATOLOGIAS TEM SUA ORIGEM NA
ESTRUTURAL FASE DE PROJETO
INSTALAÇÕES
• ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO
PLANEJAMENTO EXECUTIVO • PREVISÃO PARA CADA ETAPA DA
MÃO DE OBRA E DO MATERIAL
• PREVISÃO DAS INTERFERÊNCIAS
CONVENCIONAIS
SISTEMAS CONSTRUTIVOS
INOVADORES
MATERIAIS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS
FUNDAÇÕES
ESTRUTURAS ALVENARIA
ACABAMENTOS REVESTIMENTOS
INSTALAÇÕES
2. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
Introdução
• Desenvolvimento dos componentes de alvenaria
• Alvos ideais: Materiais leves / Resistentes / Duráveis / Baixo custo
• Evolução das técnicas de projeto e execução de obras ⇒ problemas e falhas
Analogia com a medicina → Diagnóstico / Prognóstico / Terapia
(causas) (avaliações) (tratamento)
Patologia das Construções
Ciência que busca de forma metodizada, estudar os defeitos dos materiais, dos
componentes ou da edificação como um todo. Diagnosticando suas causas
(origem) e estabelecendo seus mecanismos de evolução (mecanismos), formas
de manifestação (sintomas), medidas de prevenção e de recuperação.
Divulgação dos casos de patologia
Ao contrário da medicina onde os casos e avanços na área eram rapidamente
divulgados, os casos de patologia das construções eram tratados com muita
reserva em razão dos vários fatores abaixo descriminados:
falhas projetos / erros de concepção / desconhecimento dos materiais
fiscalização deficiente serviços / desconhecimento das propriedades dos solos
3. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
FISSURAÇÃO DE ALVENARIAS
As alvenarias apresentam bom comportamento às solicitações de compressão.
As solicitações de tração, flexão e cisalhamento são responsáveis pela quase
totalidade dos casos de fissuração das alvenarias.
Outro fator → Utilização conjugada de materiais diferentes
(resistência mecânica, módulo de elasticidade longitudinal, etc.)
Fatores que influenciam no comportamento mecânico das alvenarias:
• geometria / rugosidade superficial / porosidade do componente
• índice de retração / poder de aderência / poder de retenção de água
• amarrações / cintamentos / disposição e tamanho das portas e janelas
• enfraquecimentos provocados por tubulações embutidas / geometria dos edifícios
4. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
FISSURAÇÃO DE ALVENARIAS
Deformação transversal da argamassa
de assentamento e da eventual
fissuração de blocos ou tijolos pôr
flexão, faz com que as paredes , em
trechos contínuos, apresentem fissuras
tipicamente verticais.
Considerável concentração de tensões
no contorno dos vãos, pela perturbação
causada no andamento das isostáticas.
5. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
FISSURAÇÃO DE ALVENARIAS
Cargas verticais concentradas sempre que não houver
uma correta distribuição dos esforços, poderão ocorrer
esmagamentos localizados e formação de fissuras a
partir do ponto de transmissão da carga
Comportamento das fundações é um dos fatores que
mais afetam o desempenho das alvenarias: recalques
diferenciados provenientes por falhas de projeto,
rebaixamento do lençol, falta de homogeneidade do
solo ao longo da construção, etc..
6. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
FISSURAÇÃO DE ALVENARIAS
Carregamentos desbalanceados no caso de
sapatas corridas ou vigas baldrames
excessivamente flexíveis que poderão
provocar o surgimento de fissuras.
Movimentações higroscópicas pelo fato
das alvenarias serem constituídas pôr
materiais porosos e absorvedores de
água. Essas movimentações ocorrerão
sempre que houver uma aumento ou
diminuição da umidade, provocando
respectivamente expansão e contração
das alvenarias.
7. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
FISSURAÇÃO DE ALVENARIAS
Retração por secagem
• Componentes de alvenaria constituídos por ligantes hidráulicos (cura mal feita),
associada à própria retração de secagem da argamassa de assentamento pode
provocar fissuras (configuração tipicamente vertical).
• Retração de secagem de laje de concreto armado sujeitas à forte insolação pode
provocar fissuração, o encurtamento das lajes tenderá a provocar a rotação das
fiadas de blocos ou tijolos presentes na proximidade da laje.
8. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
FISSURAÇÃO DE ALVENARIAS
Movimentações térmicas
As movimentações térmicas podem gerar o surgimento de fissuras, em tudo
idênticas àquelas relatadas para os casos de movimentações higroscópicas e
retração de secagem.
Sob o aspecto das movimentações térmicas, as fissuras mais significativas serão
aquelas provocadas pela dilatação térmica de lajes de cobertura. No caso da
inexistência de detalhes apropriados no encontro entre as paredes e a laje de
cobertura (cintamento muito rígido ou sistema de apoio deslizante).
9. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
FISSURAÇÃO DE ALVENARIAS
Alvenarias de vedação destinadas a preencher os vãos das estruturas pilar / laje, não
são projetadas para resistirem à atuação de cargas verticais, além daquelas
provenientes do peso próprio. A flexão de componentes estruturais presentes na base
e no topo da parede de vedação pode solicitá-la de diferentes maneiras:
Caso A → deformações idênticas dos componentes estruturais superior e inferior, a parede é
solicitada ao cisalhamento, desenvolvendo-se fissuras inclinadas nas proximidades dos cantos
inferiores.
Caso B → flecha do suporte maior que a flecha do componentes superior, ocorrem fissuras
inclinadas nas proximidades dos cantos superiores da parede e fissura horizontal nas
proximidades de sua base.
Caso C → flecha do suporte menor que a flecha do componente superior, a parede trabalha como
viga alta, ocorrendo fissuras características de flexão, ou seja, fissura vertical no terço médio da
parede e inclinadas nos cantos superiores.
10. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
FISSURAÇÃO DE ALVENARIAS
Em paredes de vedação com presença
de aberturas em função sobretudo de
sua localização, também poderão
ocorrer fissuras com diferentes formas.
As flechas que se desenvolvem nas vigas ou
lajes em balanço podem, da mesma maneira,
provocar o aparecimento de fissuras
inclinadas nas alvenarias de vedação, nesse
caso, a fissuração novamente é
acompanhada pôr destacamentos entre
alvenaria e a estrutura.
11. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
FISSURAÇÃO DE ALVENARIAS
Fissuras semelhantes àquelas que ocorrem
nos balanços da estrutura, motivadas em
última instância pôr tensões de cisalhamento
ou tração diagonal, são também provocadas
pôr recalques diferenciados das fundações,
nesse caso, todas as paredes que concorrem
no pilar que sofreu maior recalque deverão
apresentar fissuras inclinadas na direção
desse pilar.
Em edifícios altos, com estrutura
aparente de concreto armado, a
dilatação térmica da estrutura pode
ser muito significativa no sentido da
altura do prédio, ocorrência de
fissuras de cisalhamento localizadas
nos últimos pavimentos.
12. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
FISSURAÇÃO DE ALVENARIAS
Um dos problemas mais típicos acarretados pelas
movimentações higrotérmicas diferenciadas é o
destacamento dos panos de vedação em relação
aso componentes estruturais o que ocorre com
maior intensidade nos seguintes casos:
• estrutura de concreto aparente (maior absorção
de calor do concreto, maior dilatação da estrutura)
• inexistencia de detalhes construtivos adequados
na ligação estrutura / alvenaria (ferro de espera,
telas metálicas, etc.)
Os destacamentos entre alvenarias e
estruturas, também podem ser causados pela
retração de secagem de blocos mal curados,
adicionando-se a ela o abatimento plástico da
argamassa de assentamento (peso próprio da
parede recém-construída e sua posterior
retração pôr secagem).
13. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
INTRODUÇÃO À PATOLOGIA DAS ARGAMASSAS
Pode-se observar nas edificações os seguintes fenômenos prejudiciais aos
aspecto estético de paredes e tetos:
• pintura se encontra parcialmente ou totalmente fissurada, descolando da
argamassa do revestimento
• existe formação de manchas de umidade com desenvolvimento de bolor
• existe formação de eflorescência na superfície da tinta
• a argamassa descola inteiramente da alvenaria, em placas compactas ou
por desagregação completa.
• a superfície do revestimento apresenta fissuras de conformação variada
• a superfície do revestimento apresenta vesículas com descolamento da
pintura
• o reboco endurecido empola progressivamente descolando o emboço
POSSÍVEIS CAUSAS
• fatores externos ao revestimento
• má aplicação do revestimento
• mau proporcionamento da argamassa (traço inadequado).
• tipo e qualidade dos materiais utilizados no preparo da argamassa
14. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
QUALIDADE DOS MATERIAIS
AGREGADOS
• A areia natural é a mais utilizada (quartzosa), porém possui impurezas
prejudiciais tais como: a mica, aglomerados argilosos, concreções
ferruginosas, matéria orgânica, etc.
A mica por cristalizar-se em forma de placas prejudica a aderência
da argamassa à base.
O aglomerados argilosos e a matéria orgânica provocam reações
expansivas e, como conseqüência, resultam em fissurações da
argamassa.
No caso das concreções ferruginosas , estas podem resultar na
formação de vesículas, que são pontos ferruginosos e escuros na
argamassa.
• O excesso de finos do agregado (acima de 60%) leva a um consumo
maior de água de amassamento e conseqüente retração por secagem.
Dessa maneira, resulta em aparecimento das microfissuras em forma de
mapa e bastante acentuado nas fachadas ensolaradas.
15. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
QUALIDADE DOS MATERIAIS
AGLOMERANTES
• GESSO
Não existe tradição de utilização de gesso em argamassas
• CIMENTO
Não existe inconveniente quanto ao tipo de cimento , porém quanto à
sua finura, que regulará os níveis de retração por secagem.
• CAL
Após sua fabricação, caso exista óxido de cálcio livre na forma de grãos
grossos a expansão não pode ser absorvida pelos vazios existentes na
argamassa e o efeito é o de formação de vesículas.
Quando a hidratação do óxido de magnésio é muito mais lenta, essa se
dá simultaneamente à carbonatação, como conseqüência o revestimento
endurecido empola gradativamente, descolando-se do emboço.
16. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
TRAÇO DA ARGAMASSA
• ARGAMASSA DE CIMENTO
São ricas em cimento (>1:3) e, portanto, passíveis de retração e
descolamento, mesmo aplicadas em camadas de alguns milímetros.
Contribuem para esta patologia a aplicação sobre base absorvente
(utilização de aditivos podem evitar este problema).
• ARGAMASSA DE CIMENTO - CAL
Para que o emboço seja suficientemente elástico deve conter cal e
cimento em proporções adequadas. Observa-se fissuramento e
descolamento quando esta camada é excessivamente rica em cimento.
• ARGAMASSA DE CAL
Existe uma diferença do grau de carbonatação entre a superfície de
contato com o ar e a de contato com a base, pôr essa razão o emboço
para espessuras acima de 1 cm é indicada a utilização da argamassa de
cimento e cal.
Uma argamassa magra (>1:16) tem porosidade favorável à carbonatação,
mas não tem resistência suficiente para manter-se aderente ao emboço
ou à alvenaria, resultando em descolamento acompanhado de
desagregação.
17. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
MODO INADEQUADO DE APLICAÇÃO
• ADERENCIA À BASE
A aderência se dá pela penetração da nata do aglomerante nos poros da
base e endurecimento subsequente. Pode apresentar problema de
aderência uma camada aplicada sobre outra impregnada de um produto
orgânico (desmoldante, produto hidrofugante).
• ESPESSURA DO REVESTIMENTO
De acordo com a norma NBR 7200 (ABNT) a espessura do emboço não
deverá ultrapassar 2 cm. Observou-se descolamento de revestimento de
teto com emboço com até 5 cm, este fato agravado pôr um traço rico em
cimento não deixa o revestimento acompanhar a movimentação da
estrutura resultando em descolamento.
• APLICAÇÃO DA ARGAMASSA
Nas argamassas de cimento deve-se observar o tempo de secagem da
camada inferior antes da aplicação da camada superior, caso contrário a
retração que acompanha a camada inferior gera fissuras na camada
superior (forma de mapa).
Quando o endurecimento do reboco é deficiente e, numa infiltração
eventual de umidade, os hidróxidos são carreados para a superfície,
resultando numa eflorescência abundante.
18. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
TIPO DE PINTURA
As tintas à oleo, ou à base de borracha clorada e epóxi, formam uma
camada impermeável que dificulta a difusão do ar atmosférico através da
argamassa de revestimento. Caso uma pintura seja aplicada
prematuramente (inferior a 6 meses), o grau de carbonatação atingido
não será suficiente para garantir a resistência suficiente (50%)
resultando em descolamento.
E caso a pintura impermeabilizante seja aplicada antes da secagem do
reboco ou da alvenaria a umidade acumulada na interface forma
vesículas.
PATOLOGIA DAS ARGAMASSAS : CAUSAS EXTERNAS
• UMIDADE
A infiltração de água através de alicerces, lajes de coberturas mal
impermeabilizadas ou argamassas de assentamento magras, manifesta-
se pôr manchas de umidade (acompanhadas ou não pôr eflorescência).
Existem condições especiais que favorecem a proliferação dos fungos
na superfície do revestimento: pouca ventilação, aumento de
temperatura e, principalmente, umidade (presença de água).
19. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
CAUSAS EXTERNAS (cont.)
• UMIDADE (continuação)
A eflorescência é constituída de compostos inorgânicos solúveis,
presentes nas argamassas de assentamento, de revestimento ou no
próprio elemento e alvenaria e que foram conduzidos à superfície
através da umidade.
• EXPANSÃO DA ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO
A expansão ocorre predominantemente no sentido vertical e pode ser
identificada por fissuras horizontais no revestimento, pode ser
provocada pôr reações químicas entre os constituintes dessa
argamassa ou mesmo entre compostos do cimento e dos elementos de
alvenaria.
• MOVIMENTAÇÃO HIGROTÉRMICA DO COMPONENTE
Formação de fissuras geométricas, em revestimento de muro,
contornando o componente de alvenaria (bloco, tijolo, etc.). Por
localizarem-se na metade inferior do muro, a umidade constante
promovida pelo canteiro deve ter favorecido a movimentação
higrotérmica do componente.
20. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
FOTOS CASOS
Vesícula Fissura em mapa Descolamento
(aderência)
Descolamento Umidade
(carbonatação) (empolamento) Umidade (bolor)
21. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS
• CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS
O controle baseado na norma da ABNT indicam as tolerâncias das
dimensões, medidas e agrupados em faixas chamadas bitola.
• RESISTÊNCIA MECÃNICA
Depende da sua espessura e da sua absorção de água, sendo tanto
maior quanto mais baixa a absorção. Constitui uma característica
importante no caso dos pisos submetidos às cargas.
• RESISTENCIA AO IMPACTO
Capacidade da placa receber impactos, em caso de queda de objetos
pontiagudos e/ou pesados.
• RESISTENCIA À COMPRESSÃO
Capacidade da placa receber carga.
• RESISTENCIA À FLEXÃO (dois tipos)
1 - Intrínseca ao material (módulo de resistência à flexão)
2 - É a carga de ruptura da placa que depende da resistência intrínseca do
material e da espessura da placa
22. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
REVESTIMENTOS CERÂMICOS : CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
• RESISTÊNCIA MECÃNICA (continuação)
• RESISTENCIA À ABRASÃO : Oposição ao desgaste superficial do esmalte das placas
causado pelo movimento das pessoas e/ou objetos.
Existem dois métodos de avaliação da resistência à abrasão:
1 - Superficial: produtos esmaltados
Utilização de um aparelho que provoca a abrasão superficial pôr meio de esferas
de aço e materiais abrasivos.
PEI TRÁFEGO PROVÁVEIS LOCAIS DE USO
PEI 0 - paredes (desaconselhável para pisos)
PEI 1 baixo banheiros residenciais, quartos de dormir, etc.
PEI 2 médio cômodos sem portas para o exterior e banheiros
PEI 3 médio alto cozinhas, corredores, halls, sacadas e quintais
PEI 4 alto lojas, bares, bancos, restaurantes, hospitais, hotéis
PEI 5 altíssimo áreas públicas, shoppings, aeroportos, padarias
2 - Profunda: produtos não esmaltados
Medição do volume do material removido em profundidade da placa, quando
submetido à ação de um disco rotativo e um material abrasivo específico.
23. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
REVESTIMENTOS CERÂMICOS : CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
• RESISTÊNCIA MECÃNICA (continuação)
• RESISTENCIA À GRETAGEM :
São fissuras na espessura como um fio de cabelo sobre a superfície esmaltada, no
formato circular, espiral ou como uma teia de aranha.
Em laboratório submete-se a placa cerâmica a uma pressão de vapor de 5 atm
(atmosfera) pôr um período de duas horas. Representa um ensaio acelerado que
reproduz a expansão pôr umidade que a placa assentada sofrerá ao longo dos anos.
• RESISTENCIA AO CHOQUE TÉRMICO :
Característica que indica se a placa cerâmica é capaz de resistir às variações bruscas
de temperatura sem apresentar danos.
• RESISTENCIA AO GELO
Aplicadas em locais sujeitos à temperaturas inferiores a zero grau Celsius, as placas
destinadas a terraços, fachadas e sacadas em cidades de clima frio e em câmaras
frigoríficas.
O dano provocado deve-se ao fato da água congelada nos poros da placa cerâmica
aumentar de volume e, conseqüentemente, danificá-la. Os materiais com baixa
absorção de água são mais resistentes ao gelo e, portanto, mais adequados aos
ambientes acima citados.
24. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
REVESTIMENTOS CERÂMICOS : CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
• RESISTÊNCIA MECÃNICA (continuação)
• RESISTENCIA AO ATAQUE QUÍMICO E ÀS MANCHAS :
Capacidade que a superfície da placa tem de não alterar sua aparência quando em
contato com determinados produtos químicos ou agentes manchantes. O resultado
do ensaio possibilita a classificação da placa cerâmica em uma faixa de resistência
para cada agente manchante ou produto químico especificado pela norma.
Classificação em ordem decrescente de resistência:
Química
Classe A ótima resistência a produtos químicos
Classe B ligeira alteração de aspecto
Classe C alteração de aspecto bem definida
Mancha
Classe 5 máxima facilidade de remoção de mancha
Classe 4 mancha removível c/ produto de limpeza fraco
Classe 3 mancha removível c/ produto de limpeza forte
Classe 2 mancha removível c/ ácido clorídrico / acetona
Classe 1 impossibilidade de remoção da mancha
25. PATO LOG IA D E ED I FÍC I OS
REVESTIMENTOS CERÂMICOS : CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
• DILATAÇÃO
Precisam ser absorvidas pelas juntas largas e com rejuntamento flexível,
podem ser de dois tipos:
reversíveis: por variação de temperatura
irreversíveis: pela expansão de umidade
• DILATAÇÃO TÉRMICA :
Esta dilatação é medida através de um equipamento de precisão sendo
que o seu resultado representa o quanto o material aumenta em relação ao
tamanho inicial após ser submetido a um aquecimento até uma
determinada temperatura.
• DILATAÇÃO PELA EXPANSÃO POR UMIDADE
É um fator crítico em ambientes úmidos, tais como piscina, fachadas,
saunas, estações de metrô, etc. Podendo ser uma das causas do
estufamento e da gretagem.
Esta dilatação é uma media expressa em mm/m e deve ser muito baixa
quando a moagem, a queima e a formulação da placa cerâmica forem bem
feitas.