3. Introducao
No mundo em que actualmentevivemos existe uma sociedade de intolerância no que
diz respeito às nossas divergências a vários níveis como por exemplo:
Social
Religioso
Cultural
…
Por muito incrível que pareça a intolerância hoje em dia atinge todos os aspectos
da vida ate aspectos como o aspecto físico ou simplesmente o modo de pensar.
O que nos torna diferentes uns dos outros começa-se a tornar uma arma no que diz
respeito á intolerância, que aos poucos e poucos faz-nos ficar todos idênticos para
tentar que a intolerância não nos atinja. Neste trabalho o que é pretendido e
analisar ate que ponto a intolerância interfere na nossa vida podendo assim
tornarmo-nos pessoas tolerantes e compreensivas com a capacidade de
compreender outros pontos de vista senão os nossos, tornando-nos pessoas
melhores. Deste trabalho falo de intolerância em geral e a vários níveis em
especifico bem como algumas das suas vertentes.
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4. Intolerancia
Intolerância é uma atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou
vontade em reconhecer e respeitar diferenças em crenças e opiniões. Num sentido
político e social, intolerância é a ausência de disposição para aceitar pessoas com
pontos de vista diferentes. Como um constructo social, isto está aberto a
interpretação. Por exemplo, alguém pode definir intolerância como uma atitude
expressa, negativa ou hostil, em relação às opiniões de outrem, mesmo que
nenhuma acção seja tomada para suprimir tais opiniões divergentes ou calar
aqueles que as têm. Tolerância, por contraste, pode significar "discordar
pacificamente". A emoção é um factor primário que diferencia intolerância de
discordância respeitosa. A intolerância está baseada no preconceito e pode levar à
discriminação. Formas comuns de intolerância incluem acções discriminatórias de
controle social, como racismo, sexismo, homofobia, homofascismo, heterossexismo,
etaísmo (discriminação por idade), intolerância religiosa e intolerância política.
Todavia, não se limita a estas formas: alguém pode ser intolerante a quaisquer
ideias de qualquer pessoa. Em sua forma quotidiana, a intolerância é uma atitude
expressa através de argumentação raivosa, menosprezando as pessoas por causa
de seus pontos de vista ou características físicas e/ou culturais, retratando algo
negativamente devido aos próprios preconceitos etc. Num nível mais extremo, pode
levar à violência; em sua forma mais severa, ao genocídio.
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5. Preconceito
Preconceito é um juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma
atitude discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições considerados
diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém
ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, racial e
sexual. De modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma generalização
superficial, chamada estereótipo, exemplo: "todos os alemães são prepotentes",
"todos os americanos são arrogantes", "todos os ingleses são frios", "todos os
baianos são preguiçosos", "todos os paulistas são metidos", etc. Observa-se então
que, pela superficialidade ou pela estereotipia, o preconceito é um erro.
Entretanto, trata-se de um erro que faz parte do domínio da crença, não do
conhecimento, ou seja ele tem uma base irracional e por isso escapa a qualquer
questionamento fundamentado num argumento ou raciocínio. Agora podemos
perceber porque há tanta dificuldade de combatê-lo. Ou, nas palavras do filósofo
italiano, "precisamente por não ser corrigível pelo raciocínio ou por ser menos
facilmente corrigível, o preconceito é um erro mais tenaz e socialmente perigoso".
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6. Discriminação
Discriminar significa "fazer uma distinção". Existem diversos significados para a
palavra, incluindo a discriminação estatística ou a actividade de um circuito
chamado discriminador. O significado mais comum, no entanto, tem a ver com a
discriminação sociológica: a discriminação social, racial, religiosa, sexual, étnica ou
especista.
Racismo
O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande
importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às
outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre
características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e
inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros. O racismo não é
uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas onde a principal
função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns
acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial. A crença da
existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para
justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e
osgenocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade.
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7. Sexismo
O sexismo é a discriminação ou tratamento indigno a um determinado género, ou
ainda a determinada identidade sexual, e orientação sexual. Existem diferentes
formas de exercício do sexismo, o heterossexismo e o homossexismo.
Para a Psicologia, o Sexismo é um ideário, construído social, cultural e político onde
um género, orientação sexual tenta se sobrepor ao outro.
Existem duas assunções diferentes sobre as quais se assenta o sexismo:
Um género é superior a outro.
Uma orientação sexual é superior a outra.
Mulher e homem são profundamente diferentes (mesmo além de diferenças
biológicas), e essas diferenças devem se reflectir em aspectos sociais como o
direito e a linguagem. Em relação ao preconceito contra mulheres, diferencia-se
do machismo por ser mais consciente e pretensamente racionalizado, ao passo que
o machismo é um muitas vezes um comportamento de imitação social. Nesse caso o
sexismo muitas vezes está ligado à misoginia (ódio às mulheres).
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8. Homofobia
A homofobia, é um termo utilizado para identificar o ódio, aversão ou a
discriminação de uma pessoa contra homossexuais ou homossexualidade, ou
genericamente de modo pejorativo, qualquer expressão de crítica ou
questionamento ao comportamento homossexual. Alguns estudiosos e indivíduos
comuns atribuem a origem da homofobia às mesmas motivações que fundamentam o
racismo e qualquer outro preconceito. Nomeadamente, uma oposição instintiva a
tudo o que não corresponde à maioria com que o indivíduo se identifica e a normas
implícitas e estabelecidas por essa mesma maioria, nomeadamente a necessidade
de reafirmação dos papéis tradicionais de género, considerando o indivíduo
homossexual alguém que falha no desempenho do papel que lhe corresponde
segundo o seu género.
Algumas pessoas consideram que a homofobia é efetivamente uma forma de
xenofobia na sua definição mais estrita: medo a tudo o que seja considerado
estranho. Esta generalização é criticada porque o medo irracional pelo diferente
não é, aparentemente, a única causa para a oposição à homossexualidade, já que
esta atitude pode também provir de ensinamentos (religião, formas de governo,
etc.), preconceito, informação ou ideologia (como em comunidades machistas), por
exemplo.
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9. Homofascismo
Homofascismo ou gayzismo seria uma suposta discriminação invertida de
homossexuais contra heterossexuais.
No entanto, a palavra oposta da homofobia é heterofobia e o termos homofascismo
e gayzismo são também aplicados para identificar a atitude de pessoas que
classificam a homossexualidade como superiores em relação a outras orientações
sexuais. Sobre este assunto ver também heterofascismo.
Os termos são também utilizados em artigos académicos para descrever as
ligações, eventualmente com conotações políticas entre os regimes fascistas e a
homossexualidade.
Heterossexismo
Heterossexismo é um termo relativamente recente e que designa um pensamento
segundo o qual todas as pessoas são heterossexuais até prova em contrário.
Um indivíduo ou grupo classificado por heterossexista não reconhece a
possibilidade de existência da homossexualidade (ou mesmo da bissexualidade).
Tais comportamentos são ignorados ou por se acreditar que são um "desvio" de
algum padrão, ou pelo receio de gerar polémicas ao abordar determinados assuntos
em relação à sexualidade.
Apesar de poder ser considerada como uma forma de preconceito, se diferencia da
homofobia por ter como característica o ato de ignorar manifestações sexuais
geralmente minoritárias (as situações homofóbicas não só não ignoram como
apresentam aversão).
Discriminacaoetaria
Discriminação etária, generacional ou ainda etaísmo é um tipo de discriminação
contra pessoas ou grupos baseado na idade. Quando este preconceito é a motivação
principal por trás dos actos de discriminação contra aquela pessoa ou grupo, então
estes actos se constituem em discriminação por idade.
Embora etaísmo possa se referir ao preconceito contra qualquer grupo etário, a
discriminação por idade está geralmente associada a duas faixas etárias
específicas:
Adolescentes: (etaísmo contra adolescentes é também chamado "adultismo"), a
quem são atribuídos as características estereotipadas de imaturos, insubordinados
e irresponsáveis;
Terceira idade: que são rotulados de lentos, fracos, dependentes e senis.
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10. Intolerância religiosa
Intolerância religiosa é um termo que descreve a atitude mental caracterizada
pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar as diferenças ou
crenças religiosas de terceiros. Poderá ter origem nas próprias crenças religiosas
de alguém ou ser motivada pela intolerância contra as crenças e práticas religiosas
de outrem. A intolerância religiosa pode resultar em perseguição religiosa e ambas
têm sido comuns através da história. A maioria dos grupos religiosos já passou por
tal situação numa época ou noutra.
A perseguição religiosa, que constitui um caso extremo de intolerância, consiste no
maltrato persistente que um grupo dirige a outro grupo ou a um individuo devido à
sua afiliação religiosa. Usualmente, a perseguição desta natureza floresce devido à
ausência de tolerância religiosa, liberdade de religião e pluralismo religioso.
Perseguição, neste contexto, pode referir-se a prisões ilegais, espancamentos,
torturas, execução injustificada, negação de benefícios e de direitos e liberdades
civis. Pode também implicar em confisco de bens e destruição de propriedades, ou
incitamento ao ódio, entre outras coisas.
A perseguição religiosa atingiu níveis nunca vistos antes na História durante o
século XX, quando os nazis desenvolveram métodos industriais de extermínio em
massa e eliminaram milhões de judeus e outras etnias indesejadas pelo regime.
Este massacre, usualmente conhecido por Holocausto, vitimou ainda muitos
milhares, não apenas devido à sua raça, mas especificamente em retaliação contra
os seus ideais religiosos e à sua objecção de consciência, como aconteceu com as
Testemunhas de Jeová e alguns sacerdotes católicos. Houve intensa perseguição
contra os pioneiros Mórmons que habitavam os estados americanos de Ohio,
Missouri e Illinois, muitos chegaram a ser expulsos de suas casas.
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11. Intolerância cultural
Dizemos que existe etnocentrismo quando um indivíduo sobrevaloriza a sua cultura,
considerando inferior a cultura a que pertencem outros indivíduos.
O racismo é uma tomada de posição depreciativa e, frequentemente violenta
relativamente a uma coletividade. Embora as atitudes racistas tenham sempre
existido na humanidade, o fenómeno de preconceito sobre raças diferentes
agudizou-se nos últimos séculos, especialmente com a política colonialista das
potências europeias.
Uma das grandes riquezas da humanidade é a sua heterogeneidade. Os povos
devem mostrar uma compreensão recíproca pelos vários elementos culturais
existentes nas diferentes sociedades.
Quando numa sociedade existem certas ideias de "superioridade" da sua cultura, é
frequente surgirem atitudes de xenofobia e de racismo relativamente a certas
subculturas ou etnias, nomeadamente relacionadas com as populações imigrantes.
Algumas atitudes mais nacionalistas que se manifestam em frases como "Alemanha
para os alemães" ou "França para os franceses" pretendem dizer que os
estrangeiros devem abandonar o território. A esta forma de repúdio (ódio) aos
estrangeiros chama-se xenofobia.
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12. Preconceito sexual
O preconceito sexual é discriminar alguém pela sua orientação sexual.
Homossexuais e bissexuais são agredidos por não serem "iguais" às regras da
sociedade. Nesse caso, muitas pessoas escondem sua orientação sexual, por medo
de insultos e preconceitos de outra ordem. A sexualidade de uma pessoa não é uma
"opção sexual", a maneira como ela irá desenvolver o seu desejo sexual depende de
vários fatores (ainda discutidos pela psicologia). A maioria das sociedades
contemporâneas são heterossexistas e imaginam que a heterossexualidade é a
única manifestação do desejo sexual, interpretando as demais manifestações como
dignas de sanção moral.
Preconceito social
O preconceito social é uma forma de preconceito a determinadas classes sociais
que provém da divisão da sociedade em classe dominante (que detém o capital e os
bens de capital) e a classe dominada (aquela que possui a força de trabalho
apenas). A discriminação consiste em acreditar que as classes mais pobres são
inferiores às que possuem capital.
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13. Machismo
Em países católicos como a Espanha, Itália, Portugal e em toda a América Latina,
Machismo ou chauvinismo masculino ainda é a crença de que os homens são
superiores às mulheres.
A palavra "chauvinista" foi originalmente usada para descrever alguém
fanaticamente leal ao seu país, mas a partir do movimento de libertação da mulher,
nos anos 60, passou a ser usada para descrever os homens que mantém a crença na
inferioridade da mulher, especialmente nos países de língua inglesa. No espaço
lusófono, a expressão "chauvinista masculino" (ou, simplesmente, "chauvinista")
também é utilizada, mas "machista" é muito mais comum.
Os machistas são por vezes postos em oposição ao feminismo. No entanto, a crença
oposta ao machismo é a da superioridade feminina e, embora alguns masculistas
possam pensar que essa é a definição de feminismo, geralmente não se considera
esta ideia correcta. Alguns machistas tendem ainda a ofender-se por
desigualdades de género favoráveis às mulheres.
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14. Misoginia
Misoginia é um movimento de aversão ao que é ligado ao feminino.
Algumas teóricas feministas pensam que a sociedade patriarcal é construída nesse
movimento de expurgar o que é feminino, e de expurgar as mulheres, torná-las
alheias, abjectas.
A misoginia é por vezes confundida com o machismo, mas enquanto que a primeira
se baseia no ódio, o segundo fundamenta-se numa crença na inferioridade da
mulher.
Numa sociedade onde há diferenças sociais de género, ou seja, onde homens
ganham mais que mulheres para fazer trabalhos semelhantes, ou mulheres não são
remuneradas por seus essenciais trabalhos domésticos. Como forma de se vingarem
da situação em que estão, é normal que muitas dessas mulheres, por dependência
financeira, aguentem caladas essa situação, e de forma dissimulada, procurem em
outros homens o prazer sexual ou explorem financeiramente seus parceiros.
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15. Bullying
Bullying é um termo inglês utilizado para descrever actos de violência física ou
psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully ou
"valentão") ou grupo de indivíduos com o objectivo de intimidar ou agredir outro
indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz (es) de se defender.
Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados
momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.
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16. Indiferença
O que é indiferença? Seria um desvio de comportamento, um costume, uma forma
de sobrevivência, um mecanismo de defesa, de resistência, ou consequência do
egoísmo e do medo? O fato é que todos nós, uns mais outros menos, somos
indiferentes, "passamos ao largo" de muitas coisas, realidades, fatos e pessoas, em
algumas situações, até de nós mesmos.
A indiferença tem um poder devastador. Ela é a companheira doentia do dominador
e opressor, também dos que preferem as desigualdades, a violência, o ódio e a
morte. Os indiferentes, de uma forma ou de outra, ferem, rejeitam, excluem,
matam. Está correta a conclusão: o contrário do amor não é o ódio, mas a
indiferença
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17. Conclusão
Somos uma sociedade constituída de diversos valores, diversas etnias, raças,
religiões....ou seja, somos um mundo de pessoas diferentes, com opiniões distintas,
culturas múltiplas. A tolerância nada mais é do que o simples respeito à alteridade,
ou seja, o respeito àquilo que é diferente da sua opinião, do seu modo de ser.
Num mundo onde ninguém é igual, a falta de respeito causaria um caos geral, onde
ninguém e todo mundo ao mesmo tempo seria o dono da verdade.
Além disso, a intolerância é a grande causadora de guerras, mal-entendidos, ódio
egoísmo, preconceitos... O caos humano que vivemos hoje tem sua grande
justificativa na intolerância. Alguns acreditam que é através do respeito mútuo que
o mundo finalmente alcançaria a paz. E é por isso que ela é importante para todos
nós, pois a paz é um desejo em comum de todos os seres humanos.
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