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J4L - TEINAMENTOS 
Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
1 
DESENVOLVIMENTO DE NOVAS FÓRMULAS DE PE – PONTOS DE EQUILÍBRIO 
Há muitos anos atrás, ao menos uns 25 anos, passava apurado nas projeções 
de PE. Chegava a determinadas conclusões por tentativa e erro, assim como fazem as 
HP’s atualmente. Só que usando meios de longe ultrapassados, as maquininhas de 
manivela, era um sufoco. 
Diante das dificuldades fui à busca de soluções, na faculdade, nas bibliotecas, 
em livros, etc., e nada. Não havia o imenso banco de dados que atualmente é internet. 
Fui bater cabeça, cálculos daqui e dali chegaram a determinadas fórmulas que em 
minha opinião melhorou muito, ainda não seria o “perfeito”, mas estava de bom 
tamanho. 
Sabemos que as fórmulas de PE – Pontos de Equilíbrios, que existem até então, 
de forma simplista, não nos atende nas aplicações do dia a dia. Ao menos ainda não 
descobri, não achei e não chegou ao meu conhecimento. 
Vejo muito material relacionado à determinação de PE, na sua forma simples, 
monoproduto, sendo divulgado e sabemos que nenhuma empresa opera somente um 
produto ou serviço, é muito raro. 
O que me impressiona é que a maioria das universidades e até de grande 
renome, aplicam nos seus cursos, cálculos de PE de forma muito simplista, que na 
verdade não tem aplicação prática. Isto, sem falar na formação de preços. Insistem no 
“markup” que, na verdade não serve como análise financeira e sim uma referência de 
preços. 
Diante deste fato, estou divulgando este material com as fórmulas e exemplos 
dos cálculos. Não vou discernir sobre os valores fixos dos PE e quanto aos tipos de 
PE: Contábil ou Econômico, de caixa ou financeiro. O usuário, apenas mudaria este 
valor fixo. 
As fórmulas podem ser aplicadas, para três métodos de PE: Agressivo, 
Moderado e Conservador: 
a) Agressivo: Procura projetar resultados com lucro, determinando quantidades, 
baseados nas melhores margens de contribuição de cada item. Agressivo 
porque explora as melhores margens. 
b) Moderado: Procura projetar resultados com lucro, determinando quantidades, 
baseados em históricos de valores de faturamento de cada item. Moderado 
porque dá continuidade aos históricos de valores faturados.
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c) Conservador: Procura projetar resultados com lucro, determinando 
quantidades, baseados em históricos de quantidades de faturamento de cada 
item. Conservador porque se baseia nas quantidades históricas, procurando 
equalizar e manter as bases em volumes. 
Os comentários, explicações e exemplos que comporão o trabalho, estão 
baseados no DRE padrão e as descrições sintetizadas, passível de adequações a 
todos os enquadramentos e regimes tributários: simples, presumido e real, de modo 
que o usuário, ou gestor, possa adaptá-lo para as suas necessidades. 
Sabemos que para o regime Simples Nacional, as despesas tributárias 
incidentes sobre o faturamento, não que sejam isentas, mas resumem-se numa única 
alíquota. A adaptação nas descrições é necessária. 
Os tributos sobre a renda: IRPJ, CSLL e AIR, aplicam-se de duas formas: Lucro 
Presumido, cuja base de cálculos é o faturamento, por isso incide diretamente sobre 
faturamento. É necessário desmembrá-las nas descrições. Por outro lado devem ser 
discriminadas, logo abaixo do LB – Lucro Bruto, estes mesmos tribrutos sobre a renda, 
para as empresas enquadradas no Lucro Real, cuja base é o Lucro Bruto tributável. 
O CPV ou CMV – Custo do Produto ou Mercadoria Vendida, respectivamente, 
deve ser desmembrado de acordo com a necessidade.
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Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
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Observação importante: Cálculos de PE devem passar por uma rigorosa 
análise na separação de custos e despesas, como também da classificação entre fixos 
e variáveis. Qualquer dos valores fixos sejam custos ou despesas devem ser 
considerados no OH – Over Head e desmembrados, conforme a necessidade. Isto 
porque, o próprio conceito já diz: FIXO. Não deve se envolver com volumes de 
produção e vendas e sim como valores estáticos, que devem ser cobertos, 
conforme períodos, pois sabemos que mesmo os valores fixos não são 
permanentemente fixos. 
A maioria das literaturas sobre os PE, não tratam do DRE completo, como 
tributos, enquadramentos. São na verdade, pontos de partida, de modo que usuários 
possam desenvolver e evoluir. 
Não tratam também do fluxo de caixa. E, este conceito influi consideravelmente 
nos resultados, conforme cada empresa. Mas, a esta parte que trata dos efei tos do 
fluxo de caixa, na composição dos PE, serão tratados em outra oportunidade, por 
envolverem fórmulas muito mais complexas. 
1) Para PE – Ponto de Equilíbrio método Agressivo: 
O método agressivo tem como base se utilizar e dar prioridade as melhores 
margens dos produtos. Por isso a forma agressiva. Dar prioridade aos itens mais 
rentáveis. 
Primeiro, projetamos o PE = zero. Sejam as legendas: 
M1 = MCtt_a = Valor Margem de Contribuição Total Produto “a”. 
M2 = MCtt_b = Valor Margem de Contribuição Total Produto “b”. 
M3 = MCtt_c = Valor Margem de Contribuição Total Produto “c”. 
Mn = MCtt_n = Valor Margem de Contribuição Total Produto “n”. 
A participação das margens totais de cada produto na margem global: 
퐌ퟏ% = 
퐌ퟏ 
Σ퐧(퐌ퟏ + 퐌ퟐ + 퐌ퟑ +퐌퐧) 
; 퐌ퟐ% = 
퐌ퟐ 
Σ퐧(퐌ퟏ +퐌ퟐ + 퐌ퟑ + 퐌퐧) 
; 
퐌ퟑ% = 
퐌ퟑ 
Σ퐧(퐌ퟏ + 퐌ퟐ + 퐌ퟑ +퐌퐧) 
; 퐌퐧% = 
퐌퐧 
Σ퐧(퐌ퟏ + 퐌ퟐ + 퐌ퟑ +퐌퐧) 
; 
Legenda para as novas fórmulas:
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Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
4 
m1 = MCun_a = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “a”. 
m2 = MCun_b = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “b”. 
m3 = MCun_c = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “c”. 
mn = MCun_n = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “n”. 
MCx_a = MC_Mix_Un_a = Margem Mix unitária Produto “a”. 
MCx_b = MC_Mix_Un_b = Margem Mix unitária Produto “b”. 
MCx_c = MC_Mix_Un_c = Margem Mix unitária Produto “c”. 
MCx_n = MC_Mix_Un_n = Margem Mix unitária Produto “n”. 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐚 = (퐦ퟏ ∗ 퐌ퟏ%) ; 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐛 = (퐦ퟐ ∗ 퐌ퟐ%) ; 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐜 = (퐦ퟑ ∗ 퐌ퟑ%) ; 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_풏 = (퐦풏 ∗ 퐌풏%) ; 
1.1) Determinando a MC – Margem de Contribuição média unitária do mix de 
produtos: 
MCx_md = Soma da Margem Mix unitária. 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 = 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐚 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐛 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐜 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_풏 ; 
1.2) Determinando a Quantidade total mix de produtos em PE = Zero: 
CDF = Custos Fixos e Despesas Fixas Totais (OH – Over Head, inadimplência, 
CIF totais, amortizações, etc..). 
퐩퐞 = 
퐐퐓_퐌퐢퐱퐳퐞퐫퐨 
퐂퐃퐅 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 
; 
1.3) Determinando as quantidades individuais: 
Q1 = QT_Mix_pe0_a = Quantidade para PE = Zero, do produto “a”. 
Q2 = QT_Mix_pe0_b = Quantidade para PE = Zero, do produto “b”. 
Q3 = QT_Mix_pe0_c = Quantidade para PE = Zero, do produto “c”. 
Qn = QT_Mix_pe0_n = Quantidade para PE = Zero, do produto “n”.
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5 
퐐ퟏ = [( 
퐌ퟏ 
Σ퐧(퐌ퟏ + 퐌ퟐ +퐌ퟑ + 퐌퐧) 
) ∗ ( 
CDF 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 
)] ; 
퐐ퟐ = [( 
퐌ퟐ 
Σ퐧(퐌ퟏ + 퐌ퟐ +퐌ퟑ + 퐌퐧) 
) ∗ ( 
CDF 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 
)] ; 
퐐ퟑ = [( 
퐌ퟑ 
Σ퐧(퐌ퟏ + 퐌ퟐ +퐌ퟑ + 퐌퐧) 
) ∗ ( 
CDF 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 
)] ; 
퐐퐧 = [( 
퐌퐧 
Σ퐧(퐌ퟏ +퐌ퟐ + 퐌ퟑ + 퐌퐧) 
) ∗ ( 
CDF 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 
)] ; 
1.4) Projetando um PE – ponto de Equilíbrio método AGRESSIVO com lucro: 
Até então, não tínhamos como projetar percentuais de lucro para mix de 
produtos, ao menos não encontrava. Seja a legenda: 
PVL_a = Preço de Venda Líquido do produto “a”. 
PVL_b = Preço de Venda Líquido do produto “b”. 
PVL_c = Preço de Venda Líquido do produto “c”. 
PVL_n = Preço de Venda Líquido do produto “n”. 
LB% = Percentual de Lucro Bruto projetado. 
Atenção aos enquadramentos dos regimes tributários: para o Lucro Presumido e 
Simples Nacional, o próprio LB é o LL – Lucro Líquido, porque não há incidências 
diretamente sobre a renda. Somente o AIR – Adicional do Imposto de Renda no Lucro 
Presumido, quando o lucro bruto exceder o valor estipulado pela Receita Federal. 
Atualmente em R$ 60.000,00. 
Para o regime do Lucro Real, é necessário calcular o LB, conforme segue: 
퐋퐁% = 
퐋퐋% 
ퟏ − [(퐈퐑퐏퐉% + 퐂퐒퐋퐋%) ∗ (ퟏ + 퐀퐈퐑%)] 
; 
Sendo a aplicação do AIR de forma arbitrária, pois, como estamos projetando 
resultados, não sabemos qual seria o real resultado. Arbitrariamente, atribuído um 
acréscimo de 10% sobre a soma do IRPJ + CSLL.
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6 
Seja a legenda das quantidades: 
QTf_a = QT_Fat_a = Quantidade do histórico de faturamento de “a”. 
QTf_b = QT_Fat_b = Quantidade do histórico de faturamento de “b”. 
QTf_c = QT_Fat_c = Quantidade do histórico de faturamento de “c”. 
QTf_n = QT_Fat_n = Quantidade do histórico de faturamento de “n”. 
M1 = MCtt_Mix_Luc%_a = Valor Margem de Contribuição Total Produto “a”, M2 = “b”, 
“c”, ...Mn = “n”. 
Sejam as fórmulas que determinam os efeitos do lucro sobre as margens, para o 
novo mix: 
퐌퐢퐱 = 퐌ퟏ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐟_퐚) ; 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 = 퐌ퟐ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐟 _퐛) ; 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐛 
퐌퐢퐱 = 퐌ퟑ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐟 _퐜) ; 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐜 
퐌퐢퐱 = 퐌풏 − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐟_퐧) ; 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_풏 
Sejam as fórmulas que determinam a representação de cada produto no novo 
mix: 
퐌퐢퐱 = 
퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 
퐌퐂_퐭퐭 퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 
Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 
푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 ) 
; 
퐌퐢퐱 = 
퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐛 
퐌퐢퐱 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐛 
퐌퐢퐱 
Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 
푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 ) 
; 
퐌퐢퐱 = 
퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐜 
퐌퐢퐱 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐜 
퐌퐢퐱 
Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 
푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 ) 
; 
퐌퐢퐱 = 
퐌퐂%퐋퐮퐜%_풏 
퐌퐢퐱 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_풏 
퐌퐢퐱 
Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 
푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 ) 
; 
Sejam as fórmulas que determinam a nova margem mix de contribuição de cada 
produto no novo mix:
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Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
7 
퐌퐢퐱 = {[ 
퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 
퐌퐂퐋퐮퐜%_퐚 
(퐐퐓푓푎 ) 
퐌퐢퐱 )} ; 
] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 = {[ 
퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐛 
퐌퐢퐱 
퐌퐂퐋퐮퐜%_퐛 
(퐐퐓푓푏 ) 
퐌퐢퐱 )} ; 
] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐛 
퐌퐢퐱 = {[ 
퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐜 
퐌퐢퐱 
퐌퐂퐋퐮퐜%_퐜 
(퐐퐓푓푐 ) 
퐌퐢퐱 )} ; 
] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐜 
퐌퐢퐱 = {[ 
퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_풏 
퐌퐢퐱 
퐌퐂퐋퐮퐜%_풏 
(퐐퐓푓푛) 
퐌퐢퐱 )} ; 
] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐧 
Seja a soma destas margens unitárias: 
퐌퐢퐱 +퐌퐂_퐔퐧 _퐛 퐋퐮퐜% 
퐌퐂퐮퐧_퐭퐭 =Σ[퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 +퐌퐂_퐔퐧 _퐜 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐔퐧 _풏 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 ] 
풏 
; 
A fórmula que determina o novo volume global do mix de produtos: 
퐌퐢퐱 = [ 
퐐퐓_퐭퐭 퐩퐞_푳풖풄 
(퐂퐃퐅) 
(퐌퐂퐮퐧_퐭퐭) 
] ; 
Sejam as fórmulas que distribui o volume global do mix nos produtos 
individualmente: 
퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐚 퐋퐮퐜% 
퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풂 
퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 
퐌퐢퐱 )] ; 
퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐛 퐋퐮퐜% 
퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풃 
퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 
퐌퐢퐱 )] ; 
퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐜 퐋퐮퐜% 
퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풄 
퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 
퐌퐢퐱 )] ; 
퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _풏 퐋퐮퐜% 
퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풏 
퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 
퐌퐢퐱 )] ; 
1.5) Exemplo da aplicação do método AGRESSIVO: 
Seja a situação hipotética abaixo, cujo resultado global apresenta-se com 2,96% 
de forma negativa. O objetivo é determinar o volume de PE, conforme as mesmas 
despesas fixas (OH), lucro zero. Ninguém objetiva LUCRO ZERO. Mas é necessário 
saber as quantidades do PE, no PE_zero. E após, gerar PE, objetivando lucro 
percentual de 10%.
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Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
8 
Conforme as a aplicação das fórmulas estabeleceu-se os cálculos para a 
projeção do PE_zero, conforme demonstrado a seguir: 
Pode-se obervar a anulação do lucro (lucro zero, a diferença é em função dos 
arredondamentos). Milagre? Não. Apenas os números gerados pelas fórmulas são 
“frios”, isto é, originam-se de cálculos.
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Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
9 
De uma situação de prejuízo anterior, onde o faturamento foi de R$ 302.500,00 e 
ora para R$ 311.510,00, zerando o prejuízo. Com a “mexida” no “mix”, pelo método 
agressivo, que leva em conta as melhores margens, com uma quantidade global menor 
1.119 unidades atuais contra 1.350 unidades anteriores, melhorou o resultado. 
Mas, o objetivo é projetar volumes de modo a produzir um LUCRO 
PERCENTUAL de 10%, vejamos: 
No cenário do exemplo sabíamos que para se chegar a uma condição de lucro, 
teríamos que elevar o faturamento. A pergunta seria quanto? Em valor ou percentual e 
para quais produtos? 
Com a aplicação destas fórmulas poderíamos responder a estas questões. Este 
método de forma agressiva determina o mix mínimo de produto, que foi objetivado, 
uma lucratividade global de 10,00%. 
De uma situação de prejuízo anterior, onde o faturamento foi de R$ 302.500,00 e 
ora para R$ 413.712,73, com lucro de 10,00%. Com a “mexida” no “mix”, pelo método 
agressivo, que leva em conta as melhores margens, com uma quantidade global maior 
1.477 unidades atuais contra 1.350 unidades anteriores, propiciou o resultado 
objetivado em 10,00%. 
2) Os cálculos de PE e o Planejamento Financeiro
J4L - TEINAMENTOS 
Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
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Observações Importantes: Tudo na teoria é muito bonito de se ver, mas na 
prática a situação é outra. Em função disso poderão surgir outros problemas. Alguns 
deles já foram detectados e outros poderão surgir. Por exemplo: ao se projetar uma 
lucratividade desejada, alguns produtos podem não suportar esta lucratividade, 
gerando uma MC projetada negativa. E, esta informação não serve para o nosso uso. É 
como se determinássemos uma raiz com duas respostas e uma fosse negativa. 
Para resolver este problema, deve-se colocar uma condição na fórmula, para o 
caso dela ser projetada e resultar negativa, que esta condição possa zerá-la e este 
produto ficará fora do mix. Mas, como ficar fora do mix? Isto acontece quando 
determinados produtos possuem margens mais baixas, que não suportam a aplicação 
da reserva de lucro projetada. Ficar negativo, algo já demonstra suspeição de erro. 
Estes produtos devem passar por um processo de análise, revistos os seus 
custos as suas margens atuais. Mesmo assim se não for possível pelo preço não ficar 
competitivo, deve-se objetivar o “target costs” dele ou ir diminuindo aos poucos a 
lucratividade objetivada ou em último caso, desconsiderar tais produtos para o plano de 
PE, programando-o como agregado. 
2.1) Aplicação dos PE no Planejamento Financeiro 
Os cálculos de PE são uma grande ferramenta para a aplicação do 
Planejamento Financeiro ou Plano Orçamentário ou simplesmente Orçamento. 
Já havia tido experiências em Planejamento Financeiro, onde o estudo do 
mercado e estudos estatísticos de vendas, reuniões e mais reuniões com força de 
vendas, para se chegar a volumes projetados para o orçamento. Com isto chegava-se 
a belíssimas projeções de vendas, possíveis ou até impossíveis de realizar, mas tinha 
o aval da força de vendas. 
Ainda atualmente em literaturas há belíssimos estudos sobre como planejar 
vendas e transformá-las como base do Planejamento Financeiro ou Orçamento. 
Em nenhuma destas experiências levava-se em conta, “AS NECESSIDADES 
FINANCEIRAS DA EMPRESA”. Isto é, qual o tamanho “enxuto” mínimo que o 
financeiro da empresa requer? O estudo de vendas é muito importante para o 
Orçamento Financeiro, mas ele não é o ponto de partida.
J4L - TEINAMENTOS 
Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
11 
O ponto de partida são exatamente os cálculos de PE, que espelham as 
“necessidades financeiras” da empresa de forma “enxuta” e transformam estas 
necessidades em volumes de faturamento. Daí sim se confronta as projeções de 
vendas e realizam os ajustes, entre o que se necessita vender e o que é possível 
vender. Após os ajustes, volta-se novamente aos cálculos de PE verificam-se 
novamente os resultados financeiros, ajusta-se e volta para vendas, até se alinharem. 
Além de ser base do Orçamento financeiro, os cálculos de PE fornecem o 
índice de Custos Fixos e Despesas Operacionais a serem considerados nas 
análises e formação de preços. No exemplo acima, este índice foi de 30,28%. 
3) Para PE – Ponto de Equilíbrio método MODERADO: 
O método moderado tem como base se utilizar dos dados históricos dos 
volumes de faturamentos em valores. Por isso a forma moderada. Dar prioridade aos 
itens de maior valor faturado. 
Primeiro, projetamos o PE = zero. Sejam as legendas: 
F1 = FTtt_a = Faturamento Total Produto “a”. 
F2 = FTtt_b = Faturamento Total Produto “b”. 
F3 = FTtt_c = Faturamento Total Produto “c”. 
Fn = FTtt_n = Faturamento Total Produto “n”. 
A participação do faturamento total de cada produto no faturamento global: 
퐅ퟏ% = 
퐅ퟏ 
Σ퐧(퐅ퟏ + 퐅ퟐ + 퐅ퟑ + 퐅퐧) 
; 퐅ퟐ% = 
퐅ퟐ 
Σ퐧(퐅ퟏ + 퐅ퟐ + 퐅ퟑ + 퐅퐧) 
; 
퐅ퟑ% = 
퐅ퟑ 
Σ퐧(퐅ퟏ + 퐅ퟐ + 퐅ퟑ + 퐅퐧) 
; 퐅퐧% = 
퐅퐧 
Σ퐧(퐅ퟏ + 퐅ퟐ + 퐅ퟑ + 퐅퐧) 
; 
Legenda para as novas fórmulas: 
m1 = MCun_a = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “a”. 
m2 = MCun_b = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “b”.
J4L - TEINAMENTOS 
Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
12 
m3 = MCun_c = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “c”. 
mn = MCun_n = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “n”. 
MCx_a = MC_Mix_Un_a = Margem Mix unitária Produto “a”. 
MCx_b = MC_Mix_Un_b = Margem Mix unitária Produto “b”. 
MCx_c = MC_Mix_Un_c = Margem Mix unitária Produto “c”. 
MCx_n = MC_Mix_Un_n = Margem Mix unitária Produto “n”. 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐚 = (퐦ퟏ ∗ 퐅ퟏ%) ; 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐛 = (퐦ퟐ ∗ 퐅ퟐ%) ; 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐜 = (퐦ퟑ ∗ 퐅ퟑ%) ; 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_풏 = (퐦풏 ∗ 퐅풏%) ; 
3.1) Determinando a MC – Margem de Contribuição média unitária do mix de 
produtos: 
MCx_md = Soma da Margem Mix unitária. 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 = 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐚 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐛 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐜 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_풏 ; 
3.2) Determinando a Quantidade total mix de produtos em PE = Zero: 
CDF = Custos Fixos e Despesas Fixas Totais (OH – Over Head, inadimplência, 
CIF totais, amortizações, etc.). 
퐩퐞 = 
퐐퐓_퐌퐢퐱퐳퐞퐫퐨 
퐂퐃퐅 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 
; 
3.3) Determinando as quantidades individuais: 
Q1 = QT_Mix_pe0_a = Quantidade para PE = Zero, do produto “a”. 
Q2 = QT_Mix_pe0_b = Quantidade para PE = Zero, do produto “b”. 
Q3 = QT_Mix_pe0_c = Quantidade para PE = Zero, do produto “c”. 
Qn = QT_Mix_pe0_n = Quantidade para PE = Zero, do produto “n”.
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Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
13 
퐐ퟏ = [( 
퐅ퟏ 
Σ퐧(퐅ퟏ + 퐅ퟐ + 퐅ퟑ + 퐅퐧) 
) ∗ ( 
CDF 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 
)] ; 
퐐ퟐ = [( 
퐅ퟐ 
Σ퐧(퐅ퟏ + 퐅ퟐ + 퐅ퟑ + 퐅퐧) 
) ∗ ( 
CDF 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 
)] ; 
퐐ퟑ = [( 
퐅ퟑ 
Σ퐧(퐅ퟏ + 퐅ퟐ + 퐅ퟑ + 퐅퐧) 
) ∗ ( 
CDF 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 
)] ; 
퐐퐧 = [( 
퐅퐧 
Σ퐧(퐅ퟏ + 퐅ퟐ + 퐅ퟑ + 퐅퐧) 
) ∗ ( 
CDF 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 
)] ; 
3.4) Projetando um PE – ponto de Equilíbrio método MODERADO com lucro: 
Seja a legenda: 
PVL_a = Preço de Venda Líquido do produto “a”. 
PVL_b = Preço de Venda Líquido do produto “b”. 
PVL_c = Preço de Venda Líquido do produto “c”. 
PVL_n = Preço de Venda Líquido do produto “n”. 
LB% = Percentual de Lucro Bruto projetado. 
Observar os comentários sobre o LB no tópico 1.4 acima. Para o regime do 
Lucro Real, é necessário calcular o LB, conforme segue: 
퐋퐁% = 
퐋퐋% 
ퟏ − [(퐈퐑퐏퐉% + 퐂퐒퐋퐋%) ∗ (ퟏ + 퐀퐈퐑%)] 
; 
Seja a legenda das quantidades: 
QTpe_Zero_a = QTpe_Zero_a = Quantidade do PE zero produto “a”. 
QTpe_Zero_b = QTpe_Zero_b = Quantidade do PE zero produto “b”. 
QTpe_Zero_c = QTpe_Zero_c = Quantidade do PE zero produto “c”. 
QTpe_Zero_n = QTpe_Zero_n = Quantidade do PE zero produto “n”. 
Mx_1 = MCtt_PeZero_Mix_Luc%_a = Valor da Margem de Contribuição Total no PE = 
Zero Produto “a”, “b”, “c”, ...“n”.
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Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
14 
Sejam as fórmulas que determinam os efeitos do lucro sobre as margens, para o 
novo mix: 
퐌퐢퐱 = 퐌퐱_ퟏ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨_퐚) ; 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 = 퐌퐱_ퟐ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨_퐛) ; 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐛 
퐌퐢퐱 = 퐌퐱_ퟑ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨_퐜) ; 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐜 
퐌퐢퐱 = 퐌퐱_풏 − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐩퐞 _퐙퐞퐫퐨_퐧) ; 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_풏 
Sejam as fórmulas que determinam a representação de cada produto no novo 
mix: 
퐌퐢퐱 = 
퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 
퐌퐂_퐭퐭 퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 
Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 
푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 ) 
; 
퐌퐢퐱 = 
퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐛 
퐌퐢퐱 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐛 
퐌퐢퐱 
Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 
푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 ) 
; 
퐌퐢퐱 = 
퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐜 
퐌퐢퐱 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐜 
퐌퐢퐱 
Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 
푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 ) 
; 
퐌퐢퐱 = 
퐌퐂%퐋퐮퐜%_풏 
퐌퐢퐱 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_풏 
퐌퐢퐱 
Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 
푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 ) 
; 
Sejam as fórmulas que determinam a nova margem mix de contribuição de cada 
produto no novo mix: 
퐌퐢퐱 = {[ 
퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 
퐌퐂퐋퐮퐜%_퐚 
(퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨푎 ) 
퐌퐢퐱 )} ; 
] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 = {[ 
퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐛 
퐌퐢퐱 
퐌퐂퐋퐮퐜%_퐛 
] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐛 
(퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨푏 ) 
퐌퐢퐱 )} ; 
퐌퐢퐱 = {[ 
퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐜 
퐌퐢퐱 
퐌퐂퐋퐮퐜%_퐜 
(퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨푐 ) 
퐌퐢퐱 )} ; 
]∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐜 
퐌퐢퐱 = {[ 
퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_풏 
퐌퐢퐱 
퐌퐂퐋퐮퐜%_풏 
(퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨푛) 
퐌퐢퐱 )} ; 
] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐧 
Seja a soma destas margens unitárias:
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Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
15 
퐌퐢퐱 +퐌퐂_퐔퐧 _퐛 퐋퐮퐜% 
퐌퐂퐮퐧_퐭퐭 =Σ[퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 +퐌퐂_퐔퐧 _퐜 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐔퐧 _풏 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 ] 
풏 
; 
A fórmula que determina o novo volume global do mix de produtos: 
퐌퐢퐱 = [ 
퐐퐓_퐭퐭 퐩퐞_푳풖풄 
(퐂퐃퐅) 
(퐌퐂퐮퐧_퐭퐭) 
] ; 
Sejam as fórmulas que distribui o volume global do mix nos produtos 
individualmente: 
퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐚 퐋퐮퐜% 
퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풂 
퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 
퐌퐢퐱 )] ; 
퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐛 퐋퐮퐜% 
퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풃 
퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 
퐌퐢퐱 )] ; 
퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐜 퐋퐮퐜% 
퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풄 
퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 
퐌퐢퐱 )] ; 
퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _풏 퐋퐮퐜% 
퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풏 
퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 
퐌퐢퐱 )] ; 
3.5) Exemplo da aplicação do método MODERADO: 
Seja a situação hipotética abaixo, como no exemplo 1.5, cujo resultado global 
apresenta-se com 2,96% de forma negativa. O objetivo é determinar o volume de PE, 
conforme as mesmas despesas fixas (OH), lucro zero. Ninguém objetiva LUCRO 
ZERO. Mas é necessário saber as quantidades do PE, no PE_zero. E após, gerar PE, 
objetivando lucro percentual de 10%.
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Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
16 
Conforme as a aplicação das fórmulas estabeleceu-se os cálculos para a 
projeção do PE_zero, conforme demonstrado a seguir: 
Pode-se obervar a anulação do lucro (lucro zero, a diferença é em função dos 
arredondamentos). Milagre? Não. Apenas os números gerados pelas fórmulas são 
“frios”, isto é, originam-se de cálculos.
J4L - TEINAMENTOS 
Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
17 
De uma situação de prejuízo anterior, onde o faturamento foi de R$ 302.500,00 e 
ora para R$ 315.513,10, zerando o prejuízo. Com a “mexida” no “mix”, pelo método 
moderado, que leva em conta os melhores faturamentos, com uma quantidade global 
menor 1.168 unidades atuais contra 1.350 unidades anteriores, melhorou o 
resultado. Ou seja, com quantidades totais menores, explorando os melhores 
faturamentos, é possível se chegar ao PE. 
Mas, o objetivo é projetar volumes de modo a produzir um LUCRO 
PERCENTUAL de 10%, vejamos: 
No cenário do exemplo sabíamos que para se chegar a uma condição de lucro, 
teríamos que elevar o faturamento. A pergunta seria quanto? Em valor ou percentual e 
para quais produtos? 
Com a aplicação destas fórmulas poderíamos responder a estas questões. Este 
método de forma moderada determina o mix mínimo de produto, que foi objetivado, 
uma lucratividade global de 10,00%. 
De uma situação de prejuízo anterior, onde o faturamento foi de R$ 302.500,00 
e ora para R$ 399.912,01, com lucro de 10,00%. Com a “mexida” no “mix”, pelo 
método moderado, que leva em conta os melhores faturamentos, com uma 
quantidade global menor 1.122 unidades atuais contra 1.350 unidades anteriores, 
propiciou o resultado objetivado em 10,00%. 
4) Para PE – Ponto de Equilíbrio método CONSERVADOR:
J4L - TEINAMENTOS 
Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
18 
O método conservador tem como base se utilizar dos dados históricos dos 
volumes quantitativos de faturamentos. Por isso a forma conservadora. Projetar novos 
mixes com base naquilo que já vinha se praticando, ou seja, conservando aquilo que o 
mercado já vinha absorvendo em termos quantitativos. 
Primeiro, projetamos o PE = zero. Sejam as legendas: 
Q1 = QTtt_a = Quantidade Vendida Total Produto “a”. 
Q2 = QTtt_b = Quantidade Vendida Total Produto “b”. 
Q3 = QTtt_c = Quantidade Vendida Total Produto “c”. 
Qn = QTtt_n = Quantidade Vendida Total Produto “n”. 
A participação da quantidade total de cada produto nas quantidades globais: 
퐐ퟏ% = 
퐐ퟏ 
Σ퐧(퐐ퟏ + 퐐ퟐ + 퐐ퟑ + 퐐퐧) 
; 퐐ퟐ% = 
퐐ퟐ 
Σ퐧(퐐ퟏ + 퐐ퟐ + 퐐ퟑ + 퐐퐧) 
; 
퐐ퟑ% = 
퐐ퟑ 
Σ퐧(퐐ퟏ + 퐐ퟐ + 퐐ퟑ + 퐐퐧) 
; 퐐퐧% = 
퐐퐧 
Σ퐧(퐐ퟏ + 퐐ퟐ + 퐐ퟑ + 퐐퐧) 
; 
Legenda para as novas fórmulas: 
m1 = MCun_a = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “a”. 
m2 = MCun_b = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “b”. 
m3 = MCun_c = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “c”. 
mn = MCun_n = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “n”. 
MCx_a = MC_Mix_Un_a = Margem Mix unitária Produto “a”. 
MCx_b = MC_Mix_Un_b = Margem Mix unitária Produto “b”. 
MCx_c = MC_Mix_Un_c = Margem Mix unitária Produto “c”. 
MCx_n = MC_Mix_Un_n = Margem Mix unitária Produto “n”. 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐚 = (퐦ퟏ ∗ 퐐ퟏ%) ; 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐛 = (퐦ퟐ ∗ 퐐ퟐ%) ; 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐜 = (퐦ퟑ ∗ 퐐ퟑ%) ; 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_풏 = (퐦풏 ∗ 퐐풏 %) ; 
4.1) Determinando a MC – Margem de Contribuição média unitária do mix de 
produtos:
J4L - TEINAMENTOS 
Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
19 
MCx_md = Soma da Margem Mix unitária. 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 = 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐚 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐛 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐜 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_풏 ; 
4.2) Determinando a Quantidade total mix de produtos em PE = Zero: 
CDF = Custos Fixos e Despesas Fixas Totais (OH – Over Head, inadimplência, 
CIF totais, amortizações, etc.). 
퐩퐞 = 
퐐퐓_퐌퐢퐱퐳퐞퐫퐨 
퐂퐃퐅 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 
; 
4.3) Determinando as quantidades individuais: 
Q1 = QT_Mix_pe0_a = Quantidade para PE = Zero, do produto “a”. 
Q2 = QT_Mix_pe0_b = Quantidade para PE = Zero, do produto “b”. 
Q3 = QT_Mix_pe0_c = Quantidade para PE = Zero, do produto “c”. 
Qn = QT_Mix_pe0_n = Quantidade para PE = Zero, do produto “n”. 
퐐ퟏ = [( 
퐐ퟏ 
Σ퐧(퐐ퟏ + 퐐ퟐ + 퐐ퟑ + 퐐퐧) 
) ∗ ( 
CDF 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 
)] ; 
퐐ퟐ = [( 
퐐ퟐ 
Σ퐧(퐐ퟏ + 퐐ퟐ + 퐐ퟑ + 퐐퐧) 
) ∗ ( 
CDF 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 
)] ; 
퐐ퟑ = [( 
퐐ퟑ 
Σ퐧(퐐ퟏ + 퐐ퟐ + 퐐ퟑ + 퐐퐧) 
) ∗ ( 
CDF 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 
)] ; 
퐐퐧 = [( 
퐐퐧 
Σ퐧(퐐ퟏ + 퐐ퟐ + 퐐ퟑ + 퐐퐧) 
) ∗ ( 
CDF 
퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 
)] ; 
4.4) Projetando um PE – ponto de Equilíbrio método CONSERVADOR com 
lucro: 
Seja a legenda: 
PVL_a = Preço de Venda Líquido do produto “a”.
J4L - TEINAMENTOS 
Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
20 
PVL_b = Preço de Venda Líquido do produto “b”. 
PVL_c = Preço de Venda Líquido do produto “c”. 
PVL_n = Preço de Venda Líquido do produto “n”. 
LB% = Percentual de Lucro Bruto projetado. 
Observar os comentários sobre o LB no tópico 1.4 acima. Para o regime do 
Lucro Real, é necessário calcular o LB, conforme segue: 
퐋퐁% = 
퐋퐋% 
ퟏ − [(퐈퐑퐏퐉% + 퐂퐒퐋퐋%) ∗ (ퟏ + 퐀퐈퐑%)] 
; 
Seja a legenda das quantidades: 
QTpe_Zero_a = QTpe_Zero_a = Quantidade do PE zero produto “a”. 
QTpe_Zero_b = QTpe_Zero_b = Quantidade do PE zero produto “b”. 
QTpe_Zero_c = QTpe_Zero_c = Quantidade do PE zero produto “c”. 
QTpe_Zero_n = QTpe_Zero_n = Quantidade do PE zero produto “n”. 
Mx_1 = MCtt_PeZero_Mix_Luc%_a = Valor da Margem de Contribuição Total no PE = 
Zero Produto “a”, “b”, “c”, ...“n”. 
Sejam as fórmulas que determinam os efeitos do lucro sobre as margens, para o 
novo mix: 
퐌퐢퐱 = 퐌퐱_ퟏ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨_퐚) ; 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 = 퐌퐱_ퟐ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨_퐛) ; 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐛 
퐌퐢퐱 = 퐌퐱_ퟑ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨_퐜) ; 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐜 
퐌퐢퐱 = 퐌퐱_풏 − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐩퐞 _퐙퐞퐫퐨_퐧) ; 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_풏 
Sejam as fórmulas que determinam a representação de cada produto no novo 
mix: 
퐌퐢퐱 = 
퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 
퐌퐂_퐭퐭 퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 
Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 
푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 ) 
; 
퐌퐢퐱 = 
퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐛 
퐌퐢퐱 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐛 
퐌퐢퐱 
Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 
푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 ) 
;
J4L - TEINAMENTOS 
Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
21 
퐌퐢퐱 = 
퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐜 
퐌퐢퐱 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐜 
퐌퐢퐱 
Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 
푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 ) 
; 
퐌퐢퐱 = 
퐌퐂%퐋퐮퐜%_풏 
퐌퐢퐱 
퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_풏 
퐌퐢퐱 
Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 
푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 ) 
; 
Sejam as fórmulas que determinam a nova margem mix de contribuição de cada 
produto no novo mix: 
퐌퐢퐱 = {[ 
퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 
퐌퐂퐋퐮퐜%_퐚 
(퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨푎 ) 
퐌퐢퐱 )} ; 
] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 = {[ 
퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐛 
퐌퐢퐱 
퐌퐂퐋퐮퐜%_퐛 
] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐛 
(퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨푏 ) 
퐌퐢퐱 )} ; 
퐌퐢퐱 = {[ 
퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐜 
퐌퐢퐱 
퐌퐂퐋퐮퐜%_퐜 
(퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨푐 ) 
퐌퐢퐱 )} ; 
]∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐜 
퐌퐢퐱 = {[ 
퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_풏 
퐌퐢퐱 
퐌퐂퐋퐮퐜%_풏 
(퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨푛) 
퐌퐢퐱 )} ; 
] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐧 
Seja a soma destas margens unitárias: 
퐌퐢퐱 +퐌퐂_퐔퐧 _퐛 퐋퐮퐜% 
퐌퐂퐮퐧_퐭퐭 =Σ[퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐚 
퐌퐢퐱 +퐌퐂_퐔퐧 _퐜 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐔퐧 _풏 퐋퐮퐜% 
퐌퐢퐱 ] 
풏 
; 
A fórmula que determina o novo volume global do mix de produtos: 
퐌퐢퐱 = [ 
퐐퐓_퐭퐭 퐩퐞_푳풖풄 
(퐂퐃퐅) 
(퐌퐂퐮퐧_퐭퐭) 
] ; 
Sejam as fórmulas que distribui o volume global do novo mix nos produtos 
individualmente: 
퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐚 퐋퐮퐜% 
퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풂 
퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 
퐌퐢퐱 )] ; 
퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐛 퐋퐮퐜% 
퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풃 
퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 
퐌퐢퐱 )] ; 
퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐜 퐋퐮퐜% 
퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풄 
퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 
퐌퐢퐱 )] ; 
퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _풏 퐋퐮퐜% 
퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풏 
퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 
퐌퐢퐱 )] ;
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Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
22 
4.5) Exemplo da aplicação do método CONSERVADOR: 
Seja a situação hipotética abaixo, como no exemplo 1.5, cujo resultado global 
apresenta-se com 2,96% de forma negativa. O objetivo é determinar o volume de PE, 
conforme as mesmas despesas fixas (OH), lucro zero. Ninguém objetiva LUCRO 
ZERO. Mas é necessário saber as quantidades do PE, no PE_zero. E após, gerar PE, 
objetivando lucro percentual de 10%. 
Conforme as a aplicação das fórmulas estabeleceu-se os cálculos para a 
projeção do PE_zero, conforme demonstrado a seguir:
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Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
23 
Pode-se obervar a anulação do lucro (lucro zero, a diferença é em função dos 
arredondamentos). Milagre? Não. Apenas os números gerados pelas fórmulas são 
“frios”, isto é, originam-se de cálculos. 
De uma situação de prejuízo anterior, onde o faturamento foi de R$ 302.500,00 e 
ora para R$ 325.271,90, zerando o prejuízo. Com a “mexida” no “mix”, pelo método 
conservador, que se leva em conta quantidades faturadas anteriormente, com uma 
quantidade global maior 1.452 unidades atuais contra 1.350 unidades anteriores, 
melhorou o resultado. Ou seja, com quantidades totais maiores, explorando as 
melhores quantidades são possíveis de se chegar ao PE. 
Mas, o objetivo é projetar volumes de modo a produzir um LUCRO 
PERCENTUAL de 10%, vejamos:
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Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
24 
No cenário do exemplo sabíamos que para se chegar a uma condição de lucro, 
teríamos que elevar o faturamento. A pergunta seria quanto? Em valor ou percentual e 
para quais produtos? 
Com a aplicação destas fórmulas poderíamos responder a estas questões. Este 
método de forma moderada determina o mix mínimo de produto, que foi objetivado, 
uma lucratividade global de 10,00%. 
De uma situação de prejuízo anterior, onde o faturamento foi de R$ 302.500,00 e 
ora para R$ 413.712,93, com lucro de 10,00%. Com a “mexida” no “mix”, pelo método 
conservador, que se leva em conta quantidades faturadas anteriormente, com uma 
quantidade global maior 1.477 unidades atuais contra 1.350 unidades anteriores, 
propiciou o resultado objetivado em 10,00%. 
5) Tipos de PE – Pontos de Equilíbrio 
Há uma infinidade de literaturas sobre cálculos de PE, seus tipos e formas de 
cálculos. Os mais comentados são: Contábil, Econômico e Financeiro. Isto na 
verdade são teorias de modo ainda simples, de modo que o usuário possa agregar aos 
seus conhecimentos. O objetivo aqui é resolver as questões práticas do dia a dia das
J4L - TEINAMENTOS 
Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
25 
empresas, no que se refere a projetar resultados, analisar e formar preços e o 
Planejamento Orçamentário como um todo. 
O leitor ou usuário deverá se aprofundar nos temas de modo a tirar suas 
dúvidas, quanto a outros tipos de PE e o que integra cada um deles, pois, há 
diferenciações entre uma literatura e outra. Diante disso, seriam necessárias páginas e 
páginas para descrevê-los, o que não é este o propósito. Apenas uma breve 
apresentação de cada um deles: 
a) PE Contábil: consideram-se todos os valores dos custos fixos e despesas fixas 
operacionais, como determinado na contabilidade, por isso contábil, 
discriminando-os conforme a necessidade de análise. Obviamente para valores 
futuros, valores projetados, para PE realizado valores efetivos. Incluem-se: 
depreciações, amortizações, exaustão, provisões, etc.. 
b) PE Econômico: a maioria das literaturas consideram os mesmos valores do PE 
contábil e acrescenta lucro em valores de forma a objetivar. Outras acrescentam 
o custo oportunidade. Fica ao critério do leitor ou gestor, escolher sua 
necessidade e optar objetivar aquilo que ele necessita, ou seja, acrescentar o 
valor que ela almeja chegar. 
c) PE Financeiro: consideram-se os valores, além dos valores do PE contábil, 
projeções de amortizações de dívidas, financiamentos, etc., e excluem-se 
valores não desembolsados como: depreciações, amortizações, exaustão, 
provisões, etc.. Outras denominações dentro do PE Financeiro como: PEF 
parcial, PEF total, etc.. 
Há ainda outros tipos, dentre eles, PE de caixa, que gera um PE mínimo a ser 
alcançado, onde são considerados somente os valores com desembolso, excluindo-se 
os valores não desembolsáveis, como por exemplos: depreciações, amortizações, 
exaustão, provisões, etc.. Por outro lado opções para, de forma parcial ou total, 
incluem-se provisões para amortizações de dívidas, financiamentos, empréstimos, etc..
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Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
26 
6) Análises 
É importante observar e realizar todas as análises possíveis, de modo que se 
entenda o comportamento quantitativo de cada item projetado, em todos os métodos 
aplicados: agressivo, moderado e conservador, de forma que seja coerente com as 
atividades da empresa. 
Um primeiro cálculo de PE, por si só não dá poder de decisão. E sim, somente 
após vários ajustes com a força de vendas e setor financeiro, de modo que se possam 
alinhar as necessidades: financeiras e comerciais. Aí sim, os números e valores de 
PE possam ser aplicados em outras etapas, principalmente no Planejamento 
Financeiro e Gestão de Preços. 
O primeiro cálculo de PE é como um rubi ou diamante a ser lapidado. Isto é, os 
primeiros números nos parecem desconexos extremados e distorcidos. São 
necessários que sejam calculados todos os métodos, até se aproximar do desenho 
mercadológico e de vendas. 
Após, as quantidades e os valores projetados para faturamento, devem ser 
encaminhados ao setor comercial. E, juntamente: planejadores e força de vendas, 
alinharem as quantidades, dentro daquilo que seja possível de realização. O ideal é 
que seja nem agressiva, nem conservadora e sim moderada. 
Após ajustes com o setor comercial, volta-se aos cálculos de PE, de modo a se 
adequarem a possíveis alterações quantitativas de produtos com as necessidades 
financeiras novamente. O projeto vai novamente a vendas, procede-se o ciclo 
novamente, até alinharem-se. 
7) Finalidades 
As principais finalidades dos PE são: bases para o Planejamento Financeiro ou 
orçamentos, projeções de fluxo de caixa e determinação dos percentuais (Fatores 
Fixos da MC – Margem de Contribuição) nas análises e formação de preços.
J4L - TEINAMENTOS 
Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
27 
Os valores de PE é que vão determinar, em função da projeção do novo 
faturamento, qual é o percentual que representa os Custos Fixos e as Despesas Fixas 
Operacionais, no ponto de PE objetivado. 
De forma diferente em que muitas literaturas descrevem que o ponto de partida 
para o Planejamento Financeiro são as projeções de vendas, não é. Na prática não é e 
sim se completam com planejamento de vendas. Somente as projeções de vendas, 
não atende os propósitos da empresa e vice versa. O ponto de partida são os PE. 
O princípio são as necessidades financeiras da empresa, de acordo com o seu 
tamanho enxuto. Isto é, de acordo com as necessidades dos seus compromissos já 
assumidos, elencadas nas DFO – Despesas Fixas Operacionais e nos CIF – Custos 
Indiretos (ou Industriais) Fixos, de forma crítica, analisada e enxuta. 
Como já explicado anteriormente, de acordo com as necessidades financeiras 
da empresa, elaboram-se os PE, conforme o tipo necessário e o método projetam-se 
os itens e os volumes necessários de modo a cobrir estas necessidades. Confronta-se 
com as projeções de vendas, dentro daquilo que seja possível a realização, fazem 
ajustes nas informações de PE e voltam para a gestão de PE novamente. Procede-se 
estes ajustes e voltam novamente a vendas, até se alinharem: necessidades 
financeiras x potenciais de vendas. 
Necessidades financeiras, alinhadas e concluídas com projeções de vendas 
estabelecem o ponto de partida para elaboração do Planejamento Financeiro. O 
planejamento financeiro se subdivide em: investimentos operacionais, 
investimentos em manutenção, investimentos em P&D e investimentos em 
expansão. Estes são os principais. 
Os investimentos operacionais são os decorrentes do dia a dia, originados no 
PE, onde são transformadas as necessidades de vendas em: demandas de materiais 
(planos de estoques), insumos, contratos, terceirizações, demanda de pessoal (horas 
homens e carga máquinas), insumos para manutenções, etc.. 
Os investimentos em manutenção são aqueles programados para a manutenção 
e melhoria do patrimônio. 
Os investimentos em P&D são aqueles destinados na manutenção e melhoria 
dos projetos em andamento e em pesquisas de novos produtos e serviços. São de
J4L - TEINAMENTOS 
Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 
28 
extrema importância para acompanhamento das evoluções tecnológicas, a 
perpetuação e sustentabilidade dos negócios. Os investimentos em expansão são 
aqueles destinados a ampliação, implantação ou transformação de novas linhas 
produtivas. 
Dica: Caso o usuário tenha em seu portfólio até 25 itens, o layout da planilha 
pode ser na horizontal, utilizando 50 colunas para os itens (duas colunas cada), mais 
duas para totais e uma para descrições, ou conforme a necessidade de grupos ou 
linhas de produtos. Neste caso, as descrições do DRE, na vertical. Caso tenha mais do 
que 25 itens, inverte-se o cartesiano dos dados: produtos na vertical e DRE na 
horizontal. Isto, para facilitar as visualizações. 
Marília (SP), 08 de dezembro de 1997. 
Elaborado por: João Carlos Januário. 
Gestão de negócios 
J4L - TREINAMENTOS 
E-mail: jcarlinhosjj@hotmail.com 
Experiências profissionais: 
NOMA DO BRASIL S/A: (Implementos rodoviários, carretas) – Projetos de medição de 
processos. Implantações e correções no sistema de custeio (SAP), Coordenador de 
Custos, ago/2011-set/2012. 
SASAZAKI IND. COM. JANELAS S/A: (Esquadrias metálicas) – Implantação sistemas 
de custeio: Contabilidade de Custos, Custos Gerenciais, Pricing. Atualização da 
Engenharia de Materiais e Processos, de parâmetros e sistemas de custeio em ERP 
Totvs (Magnus-EMS), Coordenador de Custos, out/1996-mar/2001. 
Grupo: IGUATEMY JETCOLOR LTDA: (Fabricação ótica, cine foto, lojista) – 
Implantação sistemas de custeio: Contabilidade de Custos, Custos Gerenciais, Pricing, 
projetos com frota, Gerente de Planejamento e Custos, abr/1991-out/1996. 
BAMAR DO BRASIL LTDA: (Alimentos, pecados) – Implantação de KPI’s de 
produção, PCP, gestão de compras, implantação estratégica de auditoria de 
negociações, fechamentos mensais, preparação de exportações, custeio, Gerente de 
Produção, PCP, custos e Planejamento, ago/1989-fev/1991. 
NESTLÉ IND. COM. LTDA (BEATRICE FOODS CO. INC. – AILIRAM S/A 
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS): (Alimentício), Contabilidade de Custos, sistemas de 
custos gerenciais, pricing, projetos com frota, fechamentos mensais, conciliações, 
Supervisor de custos – Nov/1984-jul/1989. 
MÁQUINAS AGRÍCOLAS JACTO S/A: (Pulverizadores e colheitadeiras agrícolas) – 
Início de carreira, evolução de funções, RH, PCP, Engenharia Industrial, Cronometrista, 
Cronoanálise, Supervisor de Custos, fev/1972-nov/1984.

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Novas fórmulas para cálculo de PE considerando mix de produtos

  • 1. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 1 DESENVOLVIMENTO DE NOVAS FÓRMULAS DE PE – PONTOS DE EQUILÍBRIO Há muitos anos atrás, ao menos uns 25 anos, passava apurado nas projeções de PE. Chegava a determinadas conclusões por tentativa e erro, assim como fazem as HP’s atualmente. Só que usando meios de longe ultrapassados, as maquininhas de manivela, era um sufoco. Diante das dificuldades fui à busca de soluções, na faculdade, nas bibliotecas, em livros, etc., e nada. Não havia o imenso banco de dados que atualmente é internet. Fui bater cabeça, cálculos daqui e dali chegaram a determinadas fórmulas que em minha opinião melhorou muito, ainda não seria o “perfeito”, mas estava de bom tamanho. Sabemos que as fórmulas de PE – Pontos de Equilíbrios, que existem até então, de forma simplista, não nos atende nas aplicações do dia a dia. Ao menos ainda não descobri, não achei e não chegou ao meu conhecimento. Vejo muito material relacionado à determinação de PE, na sua forma simples, monoproduto, sendo divulgado e sabemos que nenhuma empresa opera somente um produto ou serviço, é muito raro. O que me impressiona é que a maioria das universidades e até de grande renome, aplicam nos seus cursos, cálculos de PE de forma muito simplista, que na verdade não tem aplicação prática. Isto, sem falar na formação de preços. Insistem no “markup” que, na verdade não serve como análise financeira e sim uma referência de preços. Diante deste fato, estou divulgando este material com as fórmulas e exemplos dos cálculos. Não vou discernir sobre os valores fixos dos PE e quanto aos tipos de PE: Contábil ou Econômico, de caixa ou financeiro. O usuário, apenas mudaria este valor fixo. As fórmulas podem ser aplicadas, para três métodos de PE: Agressivo, Moderado e Conservador: a) Agressivo: Procura projetar resultados com lucro, determinando quantidades, baseados nas melhores margens de contribuição de cada item. Agressivo porque explora as melhores margens. b) Moderado: Procura projetar resultados com lucro, determinando quantidades, baseados em históricos de valores de faturamento de cada item. Moderado porque dá continuidade aos históricos de valores faturados.
  • 2. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 2 c) Conservador: Procura projetar resultados com lucro, determinando quantidades, baseados em históricos de quantidades de faturamento de cada item. Conservador porque se baseia nas quantidades históricas, procurando equalizar e manter as bases em volumes. Os comentários, explicações e exemplos que comporão o trabalho, estão baseados no DRE padrão e as descrições sintetizadas, passível de adequações a todos os enquadramentos e regimes tributários: simples, presumido e real, de modo que o usuário, ou gestor, possa adaptá-lo para as suas necessidades. Sabemos que para o regime Simples Nacional, as despesas tributárias incidentes sobre o faturamento, não que sejam isentas, mas resumem-se numa única alíquota. A adaptação nas descrições é necessária. Os tributos sobre a renda: IRPJ, CSLL e AIR, aplicam-se de duas formas: Lucro Presumido, cuja base de cálculos é o faturamento, por isso incide diretamente sobre faturamento. É necessário desmembrá-las nas descrições. Por outro lado devem ser discriminadas, logo abaixo do LB – Lucro Bruto, estes mesmos tribrutos sobre a renda, para as empresas enquadradas no Lucro Real, cuja base é o Lucro Bruto tributável. O CPV ou CMV – Custo do Produto ou Mercadoria Vendida, respectivamente, deve ser desmembrado de acordo com a necessidade.
  • 3. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 3 Observação importante: Cálculos de PE devem passar por uma rigorosa análise na separação de custos e despesas, como também da classificação entre fixos e variáveis. Qualquer dos valores fixos sejam custos ou despesas devem ser considerados no OH – Over Head e desmembrados, conforme a necessidade. Isto porque, o próprio conceito já diz: FIXO. Não deve se envolver com volumes de produção e vendas e sim como valores estáticos, que devem ser cobertos, conforme períodos, pois sabemos que mesmo os valores fixos não são permanentemente fixos. A maioria das literaturas sobre os PE, não tratam do DRE completo, como tributos, enquadramentos. São na verdade, pontos de partida, de modo que usuários possam desenvolver e evoluir. Não tratam também do fluxo de caixa. E, este conceito influi consideravelmente nos resultados, conforme cada empresa. Mas, a esta parte que trata dos efei tos do fluxo de caixa, na composição dos PE, serão tratados em outra oportunidade, por envolverem fórmulas muito mais complexas. 1) Para PE – Ponto de Equilíbrio método Agressivo: O método agressivo tem como base se utilizar e dar prioridade as melhores margens dos produtos. Por isso a forma agressiva. Dar prioridade aos itens mais rentáveis. Primeiro, projetamos o PE = zero. Sejam as legendas: M1 = MCtt_a = Valor Margem de Contribuição Total Produto “a”. M2 = MCtt_b = Valor Margem de Contribuição Total Produto “b”. M3 = MCtt_c = Valor Margem de Contribuição Total Produto “c”. Mn = MCtt_n = Valor Margem de Contribuição Total Produto “n”. A participação das margens totais de cada produto na margem global: 퐌ퟏ% = 퐌ퟏ Σ퐧(퐌ퟏ + 퐌ퟐ + 퐌ퟑ +퐌퐧) ; 퐌ퟐ% = 퐌ퟐ Σ퐧(퐌ퟏ +퐌ퟐ + 퐌ퟑ + 퐌퐧) ; 퐌ퟑ% = 퐌ퟑ Σ퐧(퐌ퟏ + 퐌ퟐ + 퐌ퟑ +퐌퐧) ; 퐌퐧% = 퐌퐧 Σ퐧(퐌ퟏ + 퐌ퟐ + 퐌ퟑ +퐌퐧) ; Legenda para as novas fórmulas:
  • 4. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 4 m1 = MCun_a = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “a”. m2 = MCun_b = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “b”. m3 = MCun_c = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “c”. mn = MCun_n = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “n”. MCx_a = MC_Mix_Un_a = Margem Mix unitária Produto “a”. MCx_b = MC_Mix_Un_b = Margem Mix unitária Produto “b”. MCx_c = MC_Mix_Un_c = Margem Mix unitária Produto “c”. MCx_n = MC_Mix_Un_n = Margem Mix unitária Produto “n”. 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐚 = (퐦ퟏ ∗ 퐌ퟏ%) ; 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐛 = (퐦ퟐ ∗ 퐌ퟐ%) ; 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐜 = (퐦ퟑ ∗ 퐌ퟑ%) ; 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_풏 = (퐦풏 ∗ 퐌풏%) ; 1.1) Determinando a MC – Margem de Contribuição média unitária do mix de produtos: MCx_md = Soma da Margem Mix unitária. 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 = 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐚 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐛 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐜 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_풏 ; 1.2) Determinando a Quantidade total mix de produtos em PE = Zero: CDF = Custos Fixos e Despesas Fixas Totais (OH – Over Head, inadimplência, CIF totais, amortizações, etc..). 퐩퐞 = 퐐퐓_퐌퐢퐱퐳퐞퐫퐨 퐂퐃퐅 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 ; 1.3) Determinando as quantidades individuais: Q1 = QT_Mix_pe0_a = Quantidade para PE = Zero, do produto “a”. Q2 = QT_Mix_pe0_b = Quantidade para PE = Zero, do produto “b”. Q3 = QT_Mix_pe0_c = Quantidade para PE = Zero, do produto “c”. Qn = QT_Mix_pe0_n = Quantidade para PE = Zero, do produto “n”.
  • 5. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 5 퐐ퟏ = [( 퐌ퟏ Σ퐧(퐌ퟏ + 퐌ퟐ +퐌ퟑ + 퐌퐧) ) ∗ ( CDF 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 )] ; 퐐ퟐ = [( 퐌ퟐ Σ퐧(퐌ퟏ + 퐌ퟐ +퐌ퟑ + 퐌퐧) ) ∗ ( CDF 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 )] ; 퐐ퟑ = [( 퐌ퟑ Σ퐧(퐌ퟏ + 퐌ퟐ +퐌ퟑ + 퐌퐧) ) ∗ ( CDF 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 )] ; 퐐퐧 = [( 퐌퐧 Σ퐧(퐌ퟏ +퐌ퟐ + 퐌ퟑ + 퐌퐧) ) ∗ ( CDF 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 )] ; 1.4) Projetando um PE – ponto de Equilíbrio método AGRESSIVO com lucro: Até então, não tínhamos como projetar percentuais de lucro para mix de produtos, ao menos não encontrava. Seja a legenda: PVL_a = Preço de Venda Líquido do produto “a”. PVL_b = Preço de Venda Líquido do produto “b”. PVL_c = Preço de Venda Líquido do produto “c”. PVL_n = Preço de Venda Líquido do produto “n”. LB% = Percentual de Lucro Bruto projetado. Atenção aos enquadramentos dos regimes tributários: para o Lucro Presumido e Simples Nacional, o próprio LB é o LL – Lucro Líquido, porque não há incidências diretamente sobre a renda. Somente o AIR – Adicional do Imposto de Renda no Lucro Presumido, quando o lucro bruto exceder o valor estipulado pela Receita Federal. Atualmente em R$ 60.000,00. Para o regime do Lucro Real, é necessário calcular o LB, conforme segue: 퐋퐁% = 퐋퐋% ퟏ − [(퐈퐑퐏퐉% + 퐂퐒퐋퐋%) ∗ (ퟏ + 퐀퐈퐑%)] ; Sendo a aplicação do AIR de forma arbitrária, pois, como estamos projetando resultados, não sabemos qual seria o real resultado. Arbitrariamente, atribuído um acréscimo de 10% sobre a soma do IRPJ + CSLL.
  • 6. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 6 Seja a legenda das quantidades: QTf_a = QT_Fat_a = Quantidade do histórico de faturamento de “a”. QTf_b = QT_Fat_b = Quantidade do histórico de faturamento de “b”. QTf_c = QT_Fat_c = Quantidade do histórico de faturamento de “c”. QTf_n = QT_Fat_n = Quantidade do histórico de faturamento de “n”. M1 = MCtt_Mix_Luc%_a = Valor Margem de Contribuição Total Produto “a”, M2 = “b”, “c”, ...Mn = “n”. Sejam as fórmulas que determinam os efeitos do lucro sobre as margens, para o novo mix: 퐌퐢퐱 = 퐌ퟏ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐟_퐚) ; 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 = 퐌ퟐ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐟 _퐛) ; 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐛 퐌퐢퐱 = 퐌ퟑ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐟 _퐜) ; 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐜 퐌퐢퐱 = 퐌풏 − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐟_퐧) ; 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_풏 Sejam as fórmulas que determinam a representação de cada produto no novo mix: 퐌퐢퐱 = 퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 퐌퐂_퐭퐭 퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 ) ; 퐌퐢퐱 = 퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐛 퐌퐢퐱 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐛 퐌퐢퐱 Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 ) ; 퐌퐢퐱 = 퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐜 퐌퐢퐱 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐜 퐌퐢퐱 Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 ) ; 퐌퐢퐱 = 퐌퐂%퐋퐮퐜%_풏 퐌퐢퐱 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_풏 퐌퐢퐱 Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 ) ; Sejam as fórmulas que determinam a nova margem mix de contribuição de cada produto no novo mix:
  • 7. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 7 퐌퐢퐱 = {[ 퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 퐌퐂퐋퐮퐜%_퐚 (퐐퐓푓푎 ) 퐌퐢퐱 )} ; ] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 = {[ 퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐛 퐌퐢퐱 퐌퐂퐋퐮퐜%_퐛 (퐐퐓푓푏 ) 퐌퐢퐱 )} ; ] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐛 퐌퐢퐱 = {[ 퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐜 퐌퐢퐱 퐌퐂퐋퐮퐜%_퐜 (퐐퐓푓푐 ) 퐌퐢퐱 )} ; ] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐜 퐌퐢퐱 = {[ 퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_풏 퐌퐢퐱 퐌퐂퐋퐮퐜%_풏 (퐐퐓푓푛) 퐌퐢퐱 )} ; ] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐧 Seja a soma destas margens unitárias: 퐌퐢퐱 +퐌퐂_퐔퐧 _퐛 퐋퐮퐜% 퐌퐂퐮퐧_퐭퐭 =Σ[퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 +퐌퐂_퐔퐧 _퐜 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐔퐧 _풏 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 ] 풏 ; A fórmula que determina o novo volume global do mix de produtos: 퐌퐢퐱 = [ 퐐퐓_퐭퐭 퐩퐞_푳풖풄 (퐂퐃퐅) (퐌퐂퐮퐧_퐭퐭) ] ; Sejam as fórmulas que distribui o volume global do mix nos produtos individualmente: 퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐚 퐋퐮퐜% 퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풂 퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 퐌퐢퐱 )] ; 퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐛 퐋퐮퐜% 퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풃 퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 퐌퐢퐱 )] ; 퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐜 퐋퐮퐜% 퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풄 퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 퐌퐢퐱 )] ; 퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _풏 퐋퐮퐜% 퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풏 퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 퐌퐢퐱 )] ; 1.5) Exemplo da aplicação do método AGRESSIVO: Seja a situação hipotética abaixo, cujo resultado global apresenta-se com 2,96% de forma negativa. O objetivo é determinar o volume de PE, conforme as mesmas despesas fixas (OH), lucro zero. Ninguém objetiva LUCRO ZERO. Mas é necessário saber as quantidades do PE, no PE_zero. E após, gerar PE, objetivando lucro percentual de 10%.
  • 8. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 8 Conforme as a aplicação das fórmulas estabeleceu-se os cálculos para a projeção do PE_zero, conforme demonstrado a seguir: Pode-se obervar a anulação do lucro (lucro zero, a diferença é em função dos arredondamentos). Milagre? Não. Apenas os números gerados pelas fórmulas são “frios”, isto é, originam-se de cálculos.
  • 9. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 9 De uma situação de prejuízo anterior, onde o faturamento foi de R$ 302.500,00 e ora para R$ 311.510,00, zerando o prejuízo. Com a “mexida” no “mix”, pelo método agressivo, que leva em conta as melhores margens, com uma quantidade global menor 1.119 unidades atuais contra 1.350 unidades anteriores, melhorou o resultado. Mas, o objetivo é projetar volumes de modo a produzir um LUCRO PERCENTUAL de 10%, vejamos: No cenário do exemplo sabíamos que para se chegar a uma condição de lucro, teríamos que elevar o faturamento. A pergunta seria quanto? Em valor ou percentual e para quais produtos? Com a aplicação destas fórmulas poderíamos responder a estas questões. Este método de forma agressiva determina o mix mínimo de produto, que foi objetivado, uma lucratividade global de 10,00%. De uma situação de prejuízo anterior, onde o faturamento foi de R$ 302.500,00 e ora para R$ 413.712,73, com lucro de 10,00%. Com a “mexida” no “mix”, pelo método agressivo, que leva em conta as melhores margens, com uma quantidade global maior 1.477 unidades atuais contra 1.350 unidades anteriores, propiciou o resultado objetivado em 10,00%. 2) Os cálculos de PE e o Planejamento Financeiro
  • 10. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 10 Observações Importantes: Tudo na teoria é muito bonito de se ver, mas na prática a situação é outra. Em função disso poderão surgir outros problemas. Alguns deles já foram detectados e outros poderão surgir. Por exemplo: ao se projetar uma lucratividade desejada, alguns produtos podem não suportar esta lucratividade, gerando uma MC projetada negativa. E, esta informação não serve para o nosso uso. É como se determinássemos uma raiz com duas respostas e uma fosse negativa. Para resolver este problema, deve-se colocar uma condição na fórmula, para o caso dela ser projetada e resultar negativa, que esta condição possa zerá-la e este produto ficará fora do mix. Mas, como ficar fora do mix? Isto acontece quando determinados produtos possuem margens mais baixas, que não suportam a aplicação da reserva de lucro projetada. Ficar negativo, algo já demonstra suspeição de erro. Estes produtos devem passar por um processo de análise, revistos os seus custos as suas margens atuais. Mesmo assim se não for possível pelo preço não ficar competitivo, deve-se objetivar o “target costs” dele ou ir diminuindo aos poucos a lucratividade objetivada ou em último caso, desconsiderar tais produtos para o plano de PE, programando-o como agregado. 2.1) Aplicação dos PE no Planejamento Financeiro Os cálculos de PE são uma grande ferramenta para a aplicação do Planejamento Financeiro ou Plano Orçamentário ou simplesmente Orçamento. Já havia tido experiências em Planejamento Financeiro, onde o estudo do mercado e estudos estatísticos de vendas, reuniões e mais reuniões com força de vendas, para se chegar a volumes projetados para o orçamento. Com isto chegava-se a belíssimas projeções de vendas, possíveis ou até impossíveis de realizar, mas tinha o aval da força de vendas. Ainda atualmente em literaturas há belíssimos estudos sobre como planejar vendas e transformá-las como base do Planejamento Financeiro ou Orçamento. Em nenhuma destas experiências levava-se em conta, “AS NECESSIDADES FINANCEIRAS DA EMPRESA”. Isto é, qual o tamanho “enxuto” mínimo que o financeiro da empresa requer? O estudo de vendas é muito importante para o Orçamento Financeiro, mas ele não é o ponto de partida.
  • 11. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 11 O ponto de partida são exatamente os cálculos de PE, que espelham as “necessidades financeiras” da empresa de forma “enxuta” e transformam estas necessidades em volumes de faturamento. Daí sim se confronta as projeções de vendas e realizam os ajustes, entre o que se necessita vender e o que é possível vender. Após os ajustes, volta-se novamente aos cálculos de PE verificam-se novamente os resultados financeiros, ajusta-se e volta para vendas, até se alinharem. Além de ser base do Orçamento financeiro, os cálculos de PE fornecem o índice de Custos Fixos e Despesas Operacionais a serem considerados nas análises e formação de preços. No exemplo acima, este índice foi de 30,28%. 3) Para PE – Ponto de Equilíbrio método MODERADO: O método moderado tem como base se utilizar dos dados históricos dos volumes de faturamentos em valores. Por isso a forma moderada. Dar prioridade aos itens de maior valor faturado. Primeiro, projetamos o PE = zero. Sejam as legendas: F1 = FTtt_a = Faturamento Total Produto “a”. F2 = FTtt_b = Faturamento Total Produto “b”. F3 = FTtt_c = Faturamento Total Produto “c”. Fn = FTtt_n = Faturamento Total Produto “n”. A participação do faturamento total de cada produto no faturamento global: 퐅ퟏ% = 퐅ퟏ Σ퐧(퐅ퟏ + 퐅ퟐ + 퐅ퟑ + 퐅퐧) ; 퐅ퟐ% = 퐅ퟐ Σ퐧(퐅ퟏ + 퐅ퟐ + 퐅ퟑ + 퐅퐧) ; 퐅ퟑ% = 퐅ퟑ Σ퐧(퐅ퟏ + 퐅ퟐ + 퐅ퟑ + 퐅퐧) ; 퐅퐧% = 퐅퐧 Σ퐧(퐅ퟏ + 퐅ퟐ + 퐅ퟑ + 퐅퐧) ; Legenda para as novas fórmulas: m1 = MCun_a = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “a”. m2 = MCun_b = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “b”.
  • 12. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 12 m3 = MCun_c = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “c”. mn = MCun_n = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “n”. MCx_a = MC_Mix_Un_a = Margem Mix unitária Produto “a”. MCx_b = MC_Mix_Un_b = Margem Mix unitária Produto “b”. MCx_c = MC_Mix_Un_c = Margem Mix unitária Produto “c”. MCx_n = MC_Mix_Un_n = Margem Mix unitária Produto “n”. 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐚 = (퐦ퟏ ∗ 퐅ퟏ%) ; 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐛 = (퐦ퟐ ∗ 퐅ퟐ%) ; 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐜 = (퐦ퟑ ∗ 퐅ퟑ%) ; 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_풏 = (퐦풏 ∗ 퐅풏%) ; 3.1) Determinando a MC – Margem de Contribuição média unitária do mix de produtos: MCx_md = Soma da Margem Mix unitária. 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 = 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐚 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐛 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐜 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_풏 ; 3.2) Determinando a Quantidade total mix de produtos em PE = Zero: CDF = Custos Fixos e Despesas Fixas Totais (OH – Over Head, inadimplência, CIF totais, amortizações, etc.). 퐩퐞 = 퐐퐓_퐌퐢퐱퐳퐞퐫퐨 퐂퐃퐅 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 ; 3.3) Determinando as quantidades individuais: Q1 = QT_Mix_pe0_a = Quantidade para PE = Zero, do produto “a”. Q2 = QT_Mix_pe0_b = Quantidade para PE = Zero, do produto “b”. Q3 = QT_Mix_pe0_c = Quantidade para PE = Zero, do produto “c”. Qn = QT_Mix_pe0_n = Quantidade para PE = Zero, do produto “n”.
  • 13. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 13 퐐ퟏ = [( 퐅ퟏ Σ퐧(퐅ퟏ + 퐅ퟐ + 퐅ퟑ + 퐅퐧) ) ∗ ( CDF 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 )] ; 퐐ퟐ = [( 퐅ퟐ Σ퐧(퐅ퟏ + 퐅ퟐ + 퐅ퟑ + 퐅퐧) ) ∗ ( CDF 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 )] ; 퐐ퟑ = [( 퐅ퟑ Σ퐧(퐅ퟏ + 퐅ퟐ + 퐅ퟑ + 퐅퐧) ) ∗ ( CDF 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 )] ; 퐐퐧 = [( 퐅퐧 Σ퐧(퐅ퟏ + 퐅ퟐ + 퐅ퟑ + 퐅퐧) ) ∗ ( CDF 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 )] ; 3.4) Projetando um PE – ponto de Equilíbrio método MODERADO com lucro: Seja a legenda: PVL_a = Preço de Venda Líquido do produto “a”. PVL_b = Preço de Venda Líquido do produto “b”. PVL_c = Preço de Venda Líquido do produto “c”. PVL_n = Preço de Venda Líquido do produto “n”. LB% = Percentual de Lucro Bruto projetado. Observar os comentários sobre o LB no tópico 1.4 acima. Para o regime do Lucro Real, é necessário calcular o LB, conforme segue: 퐋퐁% = 퐋퐋% ퟏ − [(퐈퐑퐏퐉% + 퐂퐒퐋퐋%) ∗ (ퟏ + 퐀퐈퐑%)] ; Seja a legenda das quantidades: QTpe_Zero_a = QTpe_Zero_a = Quantidade do PE zero produto “a”. QTpe_Zero_b = QTpe_Zero_b = Quantidade do PE zero produto “b”. QTpe_Zero_c = QTpe_Zero_c = Quantidade do PE zero produto “c”. QTpe_Zero_n = QTpe_Zero_n = Quantidade do PE zero produto “n”. Mx_1 = MCtt_PeZero_Mix_Luc%_a = Valor da Margem de Contribuição Total no PE = Zero Produto “a”, “b”, “c”, ...“n”.
  • 14. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 14 Sejam as fórmulas que determinam os efeitos do lucro sobre as margens, para o novo mix: 퐌퐢퐱 = 퐌퐱_ퟏ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨_퐚) ; 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 = 퐌퐱_ퟐ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨_퐛) ; 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐛 퐌퐢퐱 = 퐌퐱_ퟑ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨_퐜) ; 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐜 퐌퐢퐱 = 퐌퐱_풏 − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐩퐞 _퐙퐞퐫퐨_퐧) ; 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_풏 Sejam as fórmulas que determinam a representação de cada produto no novo mix: 퐌퐢퐱 = 퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 퐌퐂_퐭퐭 퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 ) ; 퐌퐢퐱 = 퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐛 퐌퐢퐱 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐛 퐌퐢퐱 Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 ) ; 퐌퐢퐱 = 퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐜 퐌퐢퐱 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐜 퐌퐢퐱 Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 ) ; 퐌퐢퐱 = 퐌퐂%퐋퐮퐜%_풏 퐌퐢퐱 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_풏 퐌퐢퐱 Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 ) ; Sejam as fórmulas que determinam a nova margem mix de contribuição de cada produto no novo mix: 퐌퐢퐱 = {[ 퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 퐌퐂퐋퐮퐜%_퐚 (퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨푎 ) 퐌퐢퐱 )} ; ] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 = {[ 퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐛 퐌퐢퐱 퐌퐂퐋퐮퐜%_퐛 ] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐛 (퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨푏 ) 퐌퐢퐱 )} ; 퐌퐢퐱 = {[ 퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐜 퐌퐢퐱 퐌퐂퐋퐮퐜%_퐜 (퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨푐 ) 퐌퐢퐱 )} ; ]∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐜 퐌퐢퐱 = {[ 퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_풏 퐌퐢퐱 퐌퐂퐋퐮퐜%_풏 (퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨푛) 퐌퐢퐱 )} ; ] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐧 Seja a soma destas margens unitárias:
  • 15. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 15 퐌퐢퐱 +퐌퐂_퐔퐧 _퐛 퐋퐮퐜% 퐌퐂퐮퐧_퐭퐭 =Σ[퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 +퐌퐂_퐔퐧 _퐜 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐔퐧 _풏 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 ] 풏 ; A fórmula que determina o novo volume global do mix de produtos: 퐌퐢퐱 = [ 퐐퐓_퐭퐭 퐩퐞_푳풖풄 (퐂퐃퐅) (퐌퐂퐮퐧_퐭퐭) ] ; Sejam as fórmulas que distribui o volume global do mix nos produtos individualmente: 퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐚 퐋퐮퐜% 퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풂 퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 퐌퐢퐱 )] ; 퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐛 퐋퐮퐜% 퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풃 퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 퐌퐢퐱 )] ; 퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐜 퐋퐮퐜% 퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풄 퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 퐌퐢퐱 )] ; 퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _풏 퐋퐮퐜% 퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풏 퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 퐌퐢퐱 )] ; 3.5) Exemplo da aplicação do método MODERADO: Seja a situação hipotética abaixo, como no exemplo 1.5, cujo resultado global apresenta-se com 2,96% de forma negativa. O objetivo é determinar o volume de PE, conforme as mesmas despesas fixas (OH), lucro zero. Ninguém objetiva LUCRO ZERO. Mas é necessário saber as quantidades do PE, no PE_zero. E após, gerar PE, objetivando lucro percentual de 10%.
  • 16. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 16 Conforme as a aplicação das fórmulas estabeleceu-se os cálculos para a projeção do PE_zero, conforme demonstrado a seguir: Pode-se obervar a anulação do lucro (lucro zero, a diferença é em função dos arredondamentos). Milagre? Não. Apenas os números gerados pelas fórmulas são “frios”, isto é, originam-se de cálculos.
  • 17. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 17 De uma situação de prejuízo anterior, onde o faturamento foi de R$ 302.500,00 e ora para R$ 315.513,10, zerando o prejuízo. Com a “mexida” no “mix”, pelo método moderado, que leva em conta os melhores faturamentos, com uma quantidade global menor 1.168 unidades atuais contra 1.350 unidades anteriores, melhorou o resultado. Ou seja, com quantidades totais menores, explorando os melhores faturamentos, é possível se chegar ao PE. Mas, o objetivo é projetar volumes de modo a produzir um LUCRO PERCENTUAL de 10%, vejamos: No cenário do exemplo sabíamos que para se chegar a uma condição de lucro, teríamos que elevar o faturamento. A pergunta seria quanto? Em valor ou percentual e para quais produtos? Com a aplicação destas fórmulas poderíamos responder a estas questões. Este método de forma moderada determina o mix mínimo de produto, que foi objetivado, uma lucratividade global de 10,00%. De uma situação de prejuízo anterior, onde o faturamento foi de R$ 302.500,00 e ora para R$ 399.912,01, com lucro de 10,00%. Com a “mexida” no “mix”, pelo método moderado, que leva em conta os melhores faturamentos, com uma quantidade global menor 1.122 unidades atuais contra 1.350 unidades anteriores, propiciou o resultado objetivado em 10,00%. 4) Para PE – Ponto de Equilíbrio método CONSERVADOR:
  • 18. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 18 O método conservador tem como base se utilizar dos dados históricos dos volumes quantitativos de faturamentos. Por isso a forma conservadora. Projetar novos mixes com base naquilo que já vinha se praticando, ou seja, conservando aquilo que o mercado já vinha absorvendo em termos quantitativos. Primeiro, projetamos o PE = zero. Sejam as legendas: Q1 = QTtt_a = Quantidade Vendida Total Produto “a”. Q2 = QTtt_b = Quantidade Vendida Total Produto “b”. Q3 = QTtt_c = Quantidade Vendida Total Produto “c”. Qn = QTtt_n = Quantidade Vendida Total Produto “n”. A participação da quantidade total de cada produto nas quantidades globais: 퐐ퟏ% = 퐐ퟏ Σ퐧(퐐ퟏ + 퐐ퟐ + 퐐ퟑ + 퐐퐧) ; 퐐ퟐ% = 퐐ퟐ Σ퐧(퐐ퟏ + 퐐ퟐ + 퐐ퟑ + 퐐퐧) ; 퐐ퟑ% = 퐐ퟑ Σ퐧(퐐ퟏ + 퐐ퟐ + 퐐ퟑ + 퐐퐧) ; 퐐퐧% = 퐐퐧 Σ퐧(퐐ퟏ + 퐐ퟐ + 퐐ퟑ + 퐐퐧) ; Legenda para as novas fórmulas: m1 = MCun_a = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “a”. m2 = MCun_b = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “b”. m3 = MCun_c = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “c”. mn = MCun_n = Valor Margem de Contribuição Unitária Produto “n”. MCx_a = MC_Mix_Un_a = Margem Mix unitária Produto “a”. MCx_b = MC_Mix_Un_b = Margem Mix unitária Produto “b”. MCx_c = MC_Mix_Un_c = Margem Mix unitária Produto “c”. MCx_n = MC_Mix_Un_n = Margem Mix unitária Produto “n”. 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐚 = (퐦ퟏ ∗ 퐐ퟏ%) ; 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐛 = (퐦ퟐ ∗ 퐐ퟐ%) ; 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐜 = (퐦ퟑ ∗ 퐐ퟑ%) ; 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_풏 = (퐦풏 ∗ 퐐풏 %) ; 4.1) Determinando a MC – Margem de Contribuição média unitária do mix de produtos:
  • 19. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 19 MCx_md = Soma da Margem Mix unitária. 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 = 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐚 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐛 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐜 + 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_풏 ; 4.2) Determinando a Quantidade total mix de produtos em PE = Zero: CDF = Custos Fixos e Despesas Fixas Totais (OH – Over Head, inadimplência, CIF totais, amortizações, etc.). 퐩퐞 = 퐐퐓_퐌퐢퐱퐳퐞퐫퐨 퐂퐃퐅 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 ; 4.3) Determinando as quantidades individuais: Q1 = QT_Mix_pe0_a = Quantidade para PE = Zero, do produto “a”. Q2 = QT_Mix_pe0_b = Quantidade para PE = Zero, do produto “b”. Q3 = QT_Mix_pe0_c = Quantidade para PE = Zero, do produto “c”. Qn = QT_Mix_pe0_n = Quantidade para PE = Zero, do produto “n”. 퐐ퟏ = [( 퐐ퟏ Σ퐧(퐐ퟏ + 퐐ퟐ + 퐐ퟑ + 퐐퐧) ) ∗ ( CDF 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 )] ; 퐐ퟐ = [( 퐐ퟐ Σ퐧(퐐ퟏ + 퐐ퟐ + 퐐ퟑ + 퐐퐧) ) ∗ ( CDF 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 )] ; 퐐ퟑ = [( 퐐ퟑ Σ퐧(퐐ퟏ + 퐐ퟐ + 퐐ퟑ + 퐐퐧) ) ∗ ( CDF 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 )] ; 퐐퐧 = [( 퐐퐧 Σ퐧(퐐ퟏ + 퐐ퟐ + 퐐ퟑ + 퐐퐧) ) ∗ ( CDF 퐌퐂_퐌퐢퐱_퐔퐧_퐦퐝 )] ; 4.4) Projetando um PE – ponto de Equilíbrio método CONSERVADOR com lucro: Seja a legenda: PVL_a = Preço de Venda Líquido do produto “a”.
  • 20. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 20 PVL_b = Preço de Venda Líquido do produto “b”. PVL_c = Preço de Venda Líquido do produto “c”. PVL_n = Preço de Venda Líquido do produto “n”. LB% = Percentual de Lucro Bruto projetado. Observar os comentários sobre o LB no tópico 1.4 acima. Para o regime do Lucro Real, é necessário calcular o LB, conforme segue: 퐋퐁% = 퐋퐋% ퟏ − [(퐈퐑퐏퐉% + 퐂퐒퐋퐋%) ∗ (ퟏ + 퐀퐈퐑%)] ; Seja a legenda das quantidades: QTpe_Zero_a = QTpe_Zero_a = Quantidade do PE zero produto “a”. QTpe_Zero_b = QTpe_Zero_b = Quantidade do PE zero produto “b”. QTpe_Zero_c = QTpe_Zero_c = Quantidade do PE zero produto “c”. QTpe_Zero_n = QTpe_Zero_n = Quantidade do PE zero produto “n”. Mx_1 = MCtt_PeZero_Mix_Luc%_a = Valor da Margem de Contribuição Total no PE = Zero Produto “a”, “b”, “c”, ...“n”. Sejam as fórmulas que determinam os efeitos do lucro sobre as margens, para o novo mix: 퐌퐢퐱 = 퐌퐱_ퟏ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨_퐚) ; 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 = 퐌퐱_ퟐ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨_퐛) ; 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐛 퐌퐢퐱 = 퐌퐱_ퟑ − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨_퐜) ; 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐜 퐌퐢퐱 = 퐌퐱_풏 − (퐏퐕퐋 ∗ 퐋퐁% ∗ 퐐퐓퐩퐞 _퐙퐞퐫퐨_퐧) ; 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_풏 Sejam as fórmulas que determinam a representação de cada produto no novo mix: 퐌퐢퐱 = 퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 퐌퐂_퐭퐭 퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 ) ; 퐌퐢퐱 = 퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐛 퐌퐢퐱 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐛 퐌퐢퐱 Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 ) ;
  • 21. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 21 퐌퐢퐱 = 퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐜 퐌퐢퐱 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_퐜 퐌퐢퐱 Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 ) ; 퐌퐢퐱 = 퐌퐂%퐋퐮퐜%_풏 퐌퐢퐱 퐌퐂_퐭퐭퐋퐮퐜%_풏 퐌퐢퐱 Σ (퐌퐂_퐭퐭 _퐚 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐜 퐋퐮퐜% 푛 + 퐌퐂_퐭퐭 _퐛 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐭퐭 _풏 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 ) ; Sejam as fórmulas que determinam a nova margem mix de contribuição de cada produto no novo mix: 퐌퐢퐱 = {[ 퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 퐌퐂퐋퐮퐜%_퐚 (퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨푎 ) 퐌퐢퐱 )} ; ] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 = {[ 퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐛 퐌퐢퐱 퐌퐂퐋퐮퐜%_퐛 ] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐛 (퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨푏 ) 퐌퐢퐱 )} ; 퐌퐢퐱 = {[ 퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐜 퐌퐢퐱 퐌퐂퐋퐮퐜%_퐜 (퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨푐 ) 퐌퐢퐱 )} ; ]∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐜 퐌퐢퐱 = {[ 퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_풏 퐌퐢퐱 퐌퐂퐋퐮퐜%_풏 (퐐퐓퐩퐞_퐙퐞퐫퐨푛) 퐌퐢퐱 )} ; ] ∗ (퐌퐂%퐋퐮퐜%_퐧 Seja a soma destas margens unitárias: 퐌퐢퐱 +퐌퐂_퐔퐧 _퐛 퐋퐮퐜% 퐌퐂퐮퐧_퐭퐭 =Σ[퐌퐂_퐔퐧퐋퐮퐜%_퐚 퐌퐢퐱 +퐌퐂_퐔퐧 _퐜 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 + 퐌퐂_퐔퐧 _풏 퐋퐮퐜% 퐌퐢퐱 ] 풏 ; A fórmula que determina o novo volume global do mix de produtos: 퐌퐢퐱 = [ 퐐퐓_퐭퐭 퐩퐞_푳풖풄 (퐂퐃퐅) (퐌퐂퐮퐧_퐭퐭) ] ; Sejam as fórmulas que distribui o volume global do novo mix nos produtos individualmente: 퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐚 퐋퐮퐜% 퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풂 퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 퐌퐢퐱 )] ; 퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐛 퐋퐮퐜% 퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풃 퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 퐌퐢퐱 )] ; 퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _퐜 퐋퐮퐜% 퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풄 퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 퐌퐢퐱 )] ; 퐌퐢퐱 = [(퐌퐂% _풏 퐋퐮퐜% 퐐퐓_ 퐩퐞_푳풖풄_풏 퐌퐢퐱 ) ∗ (퐐퐓_퐭퐭 _푳풖풄 퐩퐞 퐌퐢퐱 )] ;
  • 22. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 22 4.5) Exemplo da aplicação do método CONSERVADOR: Seja a situação hipotética abaixo, como no exemplo 1.5, cujo resultado global apresenta-se com 2,96% de forma negativa. O objetivo é determinar o volume de PE, conforme as mesmas despesas fixas (OH), lucro zero. Ninguém objetiva LUCRO ZERO. Mas é necessário saber as quantidades do PE, no PE_zero. E após, gerar PE, objetivando lucro percentual de 10%. Conforme as a aplicação das fórmulas estabeleceu-se os cálculos para a projeção do PE_zero, conforme demonstrado a seguir:
  • 23. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 23 Pode-se obervar a anulação do lucro (lucro zero, a diferença é em função dos arredondamentos). Milagre? Não. Apenas os números gerados pelas fórmulas são “frios”, isto é, originam-se de cálculos. De uma situação de prejuízo anterior, onde o faturamento foi de R$ 302.500,00 e ora para R$ 325.271,90, zerando o prejuízo. Com a “mexida” no “mix”, pelo método conservador, que se leva em conta quantidades faturadas anteriormente, com uma quantidade global maior 1.452 unidades atuais contra 1.350 unidades anteriores, melhorou o resultado. Ou seja, com quantidades totais maiores, explorando as melhores quantidades são possíveis de se chegar ao PE. Mas, o objetivo é projetar volumes de modo a produzir um LUCRO PERCENTUAL de 10%, vejamos:
  • 24. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 24 No cenário do exemplo sabíamos que para se chegar a uma condição de lucro, teríamos que elevar o faturamento. A pergunta seria quanto? Em valor ou percentual e para quais produtos? Com a aplicação destas fórmulas poderíamos responder a estas questões. Este método de forma moderada determina o mix mínimo de produto, que foi objetivado, uma lucratividade global de 10,00%. De uma situação de prejuízo anterior, onde o faturamento foi de R$ 302.500,00 e ora para R$ 413.712,93, com lucro de 10,00%. Com a “mexida” no “mix”, pelo método conservador, que se leva em conta quantidades faturadas anteriormente, com uma quantidade global maior 1.477 unidades atuais contra 1.350 unidades anteriores, propiciou o resultado objetivado em 10,00%. 5) Tipos de PE – Pontos de Equilíbrio Há uma infinidade de literaturas sobre cálculos de PE, seus tipos e formas de cálculos. Os mais comentados são: Contábil, Econômico e Financeiro. Isto na verdade são teorias de modo ainda simples, de modo que o usuário possa agregar aos seus conhecimentos. O objetivo aqui é resolver as questões práticas do dia a dia das
  • 25. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 25 empresas, no que se refere a projetar resultados, analisar e formar preços e o Planejamento Orçamentário como um todo. O leitor ou usuário deverá se aprofundar nos temas de modo a tirar suas dúvidas, quanto a outros tipos de PE e o que integra cada um deles, pois, há diferenciações entre uma literatura e outra. Diante disso, seriam necessárias páginas e páginas para descrevê-los, o que não é este o propósito. Apenas uma breve apresentação de cada um deles: a) PE Contábil: consideram-se todos os valores dos custos fixos e despesas fixas operacionais, como determinado na contabilidade, por isso contábil, discriminando-os conforme a necessidade de análise. Obviamente para valores futuros, valores projetados, para PE realizado valores efetivos. Incluem-se: depreciações, amortizações, exaustão, provisões, etc.. b) PE Econômico: a maioria das literaturas consideram os mesmos valores do PE contábil e acrescenta lucro em valores de forma a objetivar. Outras acrescentam o custo oportunidade. Fica ao critério do leitor ou gestor, escolher sua necessidade e optar objetivar aquilo que ele necessita, ou seja, acrescentar o valor que ela almeja chegar. c) PE Financeiro: consideram-se os valores, além dos valores do PE contábil, projeções de amortizações de dívidas, financiamentos, etc., e excluem-se valores não desembolsados como: depreciações, amortizações, exaustão, provisões, etc.. Outras denominações dentro do PE Financeiro como: PEF parcial, PEF total, etc.. Há ainda outros tipos, dentre eles, PE de caixa, que gera um PE mínimo a ser alcançado, onde são considerados somente os valores com desembolso, excluindo-se os valores não desembolsáveis, como por exemplos: depreciações, amortizações, exaustão, provisões, etc.. Por outro lado opções para, de forma parcial ou total, incluem-se provisões para amortizações de dívidas, financiamentos, empréstimos, etc..
  • 26. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 26 6) Análises É importante observar e realizar todas as análises possíveis, de modo que se entenda o comportamento quantitativo de cada item projetado, em todos os métodos aplicados: agressivo, moderado e conservador, de forma que seja coerente com as atividades da empresa. Um primeiro cálculo de PE, por si só não dá poder de decisão. E sim, somente após vários ajustes com a força de vendas e setor financeiro, de modo que se possam alinhar as necessidades: financeiras e comerciais. Aí sim, os números e valores de PE possam ser aplicados em outras etapas, principalmente no Planejamento Financeiro e Gestão de Preços. O primeiro cálculo de PE é como um rubi ou diamante a ser lapidado. Isto é, os primeiros números nos parecem desconexos extremados e distorcidos. São necessários que sejam calculados todos os métodos, até se aproximar do desenho mercadológico e de vendas. Após, as quantidades e os valores projetados para faturamento, devem ser encaminhados ao setor comercial. E, juntamente: planejadores e força de vendas, alinharem as quantidades, dentro daquilo que seja possível de realização. O ideal é que seja nem agressiva, nem conservadora e sim moderada. Após ajustes com o setor comercial, volta-se aos cálculos de PE, de modo a se adequarem a possíveis alterações quantitativas de produtos com as necessidades financeiras novamente. O projeto vai novamente a vendas, procede-se o ciclo novamente, até alinharem-se. 7) Finalidades As principais finalidades dos PE são: bases para o Planejamento Financeiro ou orçamentos, projeções de fluxo de caixa e determinação dos percentuais (Fatores Fixos da MC – Margem de Contribuição) nas análises e formação de preços.
  • 27. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 27 Os valores de PE é que vão determinar, em função da projeção do novo faturamento, qual é o percentual que representa os Custos Fixos e as Despesas Fixas Operacionais, no ponto de PE objetivado. De forma diferente em que muitas literaturas descrevem que o ponto de partida para o Planejamento Financeiro são as projeções de vendas, não é. Na prática não é e sim se completam com planejamento de vendas. Somente as projeções de vendas, não atende os propósitos da empresa e vice versa. O ponto de partida são os PE. O princípio são as necessidades financeiras da empresa, de acordo com o seu tamanho enxuto. Isto é, de acordo com as necessidades dos seus compromissos já assumidos, elencadas nas DFO – Despesas Fixas Operacionais e nos CIF – Custos Indiretos (ou Industriais) Fixos, de forma crítica, analisada e enxuta. Como já explicado anteriormente, de acordo com as necessidades financeiras da empresa, elaboram-se os PE, conforme o tipo necessário e o método projetam-se os itens e os volumes necessários de modo a cobrir estas necessidades. Confronta-se com as projeções de vendas, dentro daquilo que seja possível a realização, fazem ajustes nas informações de PE e voltam para a gestão de PE novamente. Procede-se estes ajustes e voltam novamente a vendas, até se alinharem: necessidades financeiras x potenciais de vendas. Necessidades financeiras, alinhadas e concluídas com projeções de vendas estabelecem o ponto de partida para elaboração do Planejamento Financeiro. O planejamento financeiro se subdivide em: investimentos operacionais, investimentos em manutenção, investimentos em P&D e investimentos em expansão. Estes são os principais. Os investimentos operacionais são os decorrentes do dia a dia, originados no PE, onde são transformadas as necessidades de vendas em: demandas de materiais (planos de estoques), insumos, contratos, terceirizações, demanda de pessoal (horas homens e carga máquinas), insumos para manutenções, etc.. Os investimentos em manutenção são aqueles programados para a manutenção e melhoria do patrimônio. Os investimentos em P&D são aqueles destinados na manutenção e melhoria dos projetos em andamento e em pesquisas de novos produtos e serviços. São de
  • 28. J4L - TEINAMENTOS Desenvolvimento de PE – Pontos de Equilíbrio 28 extrema importância para acompanhamento das evoluções tecnológicas, a perpetuação e sustentabilidade dos negócios. Os investimentos em expansão são aqueles destinados a ampliação, implantação ou transformação de novas linhas produtivas. Dica: Caso o usuário tenha em seu portfólio até 25 itens, o layout da planilha pode ser na horizontal, utilizando 50 colunas para os itens (duas colunas cada), mais duas para totais e uma para descrições, ou conforme a necessidade de grupos ou linhas de produtos. Neste caso, as descrições do DRE, na vertical. Caso tenha mais do que 25 itens, inverte-se o cartesiano dos dados: produtos na vertical e DRE na horizontal. Isto, para facilitar as visualizações. Marília (SP), 08 de dezembro de 1997. Elaborado por: João Carlos Januário. Gestão de negócios J4L - TREINAMENTOS E-mail: jcarlinhosjj@hotmail.com Experiências profissionais: NOMA DO BRASIL S/A: (Implementos rodoviários, carretas) – Projetos de medição de processos. Implantações e correções no sistema de custeio (SAP), Coordenador de Custos, ago/2011-set/2012. SASAZAKI IND. COM. JANELAS S/A: (Esquadrias metálicas) – Implantação sistemas de custeio: Contabilidade de Custos, Custos Gerenciais, Pricing. Atualização da Engenharia de Materiais e Processos, de parâmetros e sistemas de custeio em ERP Totvs (Magnus-EMS), Coordenador de Custos, out/1996-mar/2001. Grupo: IGUATEMY JETCOLOR LTDA: (Fabricação ótica, cine foto, lojista) – Implantação sistemas de custeio: Contabilidade de Custos, Custos Gerenciais, Pricing, projetos com frota, Gerente de Planejamento e Custos, abr/1991-out/1996. BAMAR DO BRASIL LTDA: (Alimentos, pecados) – Implantação de KPI’s de produção, PCP, gestão de compras, implantação estratégica de auditoria de negociações, fechamentos mensais, preparação de exportações, custeio, Gerente de Produção, PCP, custos e Planejamento, ago/1989-fev/1991. NESTLÉ IND. COM. LTDA (BEATRICE FOODS CO. INC. – AILIRAM S/A PRODUTOS ALIMENTÍCIOS): (Alimentício), Contabilidade de Custos, sistemas de custos gerenciais, pricing, projetos com frota, fechamentos mensais, conciliações, Supervisor de custos – Nov/1984-jul/1989. MÁQUINAS AGRÍCOLAS JACTO S/A: (Pulverizadores e colheitadeiras agrícolas) – Início de carreira, evolução de funções, RH, PCP, Engenharia Industrial, Cronometrista, Cronoanálise, Supervisor de Custos, fev/1972-nov/1984.